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Conceito de direito: Complexo de normas reguladoras da conduta humana com força coativa = obrigações.

Direito positivo: Consiste no conjunto de todas as regras e leis que regem a vida social e as instituições de
determinado local e durante certo período de tempo. A Constituição Federal é um exemplo de direito
positivo, pois assim como as outras leis e códigos escritos, serve como disciplina para o ordenamento de
uma sociedade. Também conhecido por juspositivismo, o direito positivo é mutável, uma vez que as leis
que regem o funcionamento de determinada nação podem ser alteradas ao longo do tempo, levando em
consideração fatores que condizem com a realidade vivida por esta sociedade específica.

Direito Natural: é a ideia universal de justiça. É o conjunto de normas e direitos que já nascem incorporados
ao homem, como o direito à vida. Pode ser entendido como os princípios do Direito e é também chamado
de jusnaturalismo.

Direito objetivo: o conjunto de regras jurídicas obrigatórias, em vigor no país, numa dada epóca" (José
Cretella Júnior). Em outras palavras, o direito objetivo são as normas jurídicas, as leis, que devem ser
obedecidas rigorosamente por todos os homens que vivem na sociedade que adota essas leis. O
descumprimento dá origem a sanções.

Direito subjetivo: a faculdade ou possibilidade que tem uma pessoa de fazer prevalecer em juízo a sua
vontade, consubstanciada num interesse." (José Cretella Júnior). Ou, "o interesse protegido pela lei,
mediante o recolhimento da vontade individual." (Ilhering). Em outras palavras, é a capacidade que o
homem tem de agir em defesa de seus interesses, invocando o cumprimento de normas jurídicas existentes
na sociedade onde vive, todas as vezes que, de alguma forma, essas regras jurídicas venham ao encontro
de seus objetivos e possam protegê-lo. Por ex.: o seu veículo, parado no semáforo, é atingido na traseira
por outro. Há normas no Código Brasileiro de Trânsito (direito objetivo), aos quais você pode recorrer,
através de uma ação, para fazer valer seu direito. Você está utilizando seu direito subjetivo de utilizar a
regra jurídica do direito objetivo para garantir seu interesse atingido.

Fontes do direito: são os vários modos de onde são buscadas, nascem ou surgem as normas jurídicas e os
princípios gerais da ciências do direito.

Leis

A primeira fonte do direito é a legislação, normas escritas que emanam da autoridade soberana de uma
dada sociedade (ao exemplo do Poder Legislativo) e impõe a todos os indivíduos a obrigação de submeter-
se a ela sob pena de sanções. A Constituição da República Federativa do Brasil, ao tratar dos direitos e
garantias fundamentais dispõe em seu artigo 5º, inciso II, que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Ou seja, todos os indivíduos que compõe a sociedade brasileira
são submetidos ao regime legal imposto, por meio das leis vigentes em nosso país. O que diferencia a
legislação das demais fontes do direito é o seu aspecto formal, sendo a lei elaborada por órgãos
competentes (Câmara Municipal, Câmara Estadual ou Congresso Nacional) e seguindo critérios
predefinidos de validade e eficácia. A lei, portanto, é uma norma formal e predeterminada que obriga o
indivíduo. A obrigatoriedade da lei escrita é o que conceitua o chamado sistema jurídico positivado, ou seja,
vale a norma formal e escrita. Contudo, a lei nem sempre é suficiente para manter a harmonia no convívio
social, seja por ausência de lei que regule determinada atividade humana ou mesmo por sua inadequação
diante da dinâmica social. Para tanto, outras fontes do direito são consideradas na pacificação social.

Costumes

Se a legislação é o meio objetivo pelo qual se mantém a paz social, é necessário que saibamos o que a
sociedade espera deste convívio, ou seja, qual determinação trará efetiva harmonia na convivência entre as
pessoas. É claro que a atual organização legislativa não surgiu repentinamente. Para tanto, foram
necessários anos de evolução histórica social, que ocorreram inicialmente pela aplicação dos costumes
como definição de certo e errado. Por costume, como fonte do direito, entendemos pela conduta do
indivíduo em sociedade, que passa a ser praticada por todos, reiteradamente e por um longo período,
tornando-se obrigatória, sob pena de reprovação social. Ensina Tércio Sampaio Ferraz Junior: “Em suma, o
costume, como fonte das normas consuetudinárias, possui em sua estrutura, um elemento substancial - o
uso reiterado no tempo - e um elemento relacional - o processo de institucionalização que explica a
formação da convicção da obrigatoriedade e que se explicita em procedimento, rituais ou silêncios
presumidamente aprovadores”. Um exemplo clássico que podemos citar são as filas, meio de organização
social em que se espera, geralmente para ser atendido em algum estabelecimento, e que não é regulado
por lei, contudo, respeitado pela sociedade, sob pena de desaprovação, de ser rotulado de desrespeitoso
ou mal-educado. Ainda, é necessário destacar que, apesar de ser uma forma subjetiva de norma, que
prescinde de análise moral e ética por parte do julgador, o costume é incluso no texto legal, ou seja,
considerado valido pela lei. Lembrando o artigo 187 do Código Civil Brasileiro, exemplo de lei, nos
deparamos com o conceito de ato ilícito como que excede os limites impostos pelos bons costumes. Outro
exemplo é o artigo 1.638, inciso III, do mesmo código, que determina que “perderá por ato judicial o poder
familiar o pai ou a mãe que: praticar atos contrários à moral e aos bons costumes”. Concluímos que o
costume é uma fonte do direito informal, porém com eficácia obrigatória, inclusive considerada pelas
normas formais (leis).

Jurisprudência

A jurisprudência representa a aplicação do entendimento dos tribunais sobre determinado assunto, que se
consolida por meio do exercício da jurisdição. Desta forma, a jurisprudência se forma por meio de diversas
decisões no mesmo sentido. Assim explica Miguel Reale: “Pela palavra "jurisprudência" (stricto sensu)
devemos entender a forma de revelação do direito que se processa através do exercício da jurisdição, em
virtude de uma sucessão harmônica de decisões dos tribunais”.

Doutrina

A doutrina é o entendimento formado por juristas renomados, aos exemplos daqueles que vem sendo
utilizados ao longo desta aula: Miguel Reale, Tercio Sampaio Ferraz Junior e Maria Helena Diniz. Ensina
Maria Helena Diniz: “A doutrina é formada pela atividade dos juristas, ou seja, pelos ensinamentos dos
professores, pelos pareceres dos jurisconsultos, pelas opiniões dos tratadistas”. Não podemos negar a
influência da doutrina nas decisões dos tribunais, seja porque os próprios julgadores são reconhecidos
doutrinadores, seja pela citação dos trabalhos científicos nos julgados.

Direito Público: é o conjunto de normas que disciplina os interesses do Estado, seja internamente como
em relação aos interesses particulares. É o ordenamento jurídico de natureza pública e caráter social, que
preza pela soberania do Estado e a ordem das relações entre a sociedade. É competência do Direito Público
estabelecer a subordinação entre o público e o privado. O Direito Público dedica-se à regulamentação das
atividades estatais, as relações do Estado com particulares, e as ações dos próprios cidadãos dentro da
esfera pública da sociedade. E defende o interesse público, que é soberano ao interesse privado.

Ramos do direito público

 Direito Constitucional  Direito Tributário

 Direito Administrativo  Direito Eleitoral

 Direito Financeiro  Direito Trabalhista

 Direito Penal  Direito Internacional

 Direito Previdenciáiro  Direito Processual

Direito Privado: é o ordenamento jurídico que rege os interesses particulares. Questões como
patrimônio familiar e sucessões são matéria do Direito Privado, que está dividido entre o Direito Civil e o
Direito Empresarial.

Ramos do direito privado

 Direito Civil: O Direito Civil é o ordenamento jurídico que determina os direitos e obrigações dos
cidadãos enquanto membros da sociedade. Suas normas estão, de forma geral, estabelecidas no
Código Civil.
 Direito Empresarial: O Direito Empresarial, anteriormente chamado de Direito Comercial
estabelece normas para as relações entre empresas, e suas normas estão dispostas entre o
Código Civil, e partes da legislação do Direito Público.

Características da república: Responsabilidade, eletividade, temporariedade e


principalmente pluralidade das funções. Podendo ou não acumular com o poder executivo, o
presidente é escolhido pelo povo para ser o chefe de país.

Características da Monarquia: Absolutismo, Hereditariedade e Cargo Vitalício

Formas de Governo: Monarquia: O poder do governo é concentrado em uma única pessoa, nessa forma
de governo o poder é repassado hereditariamente, e as propriedades inerentes a soberania é concebida
diante dos poderes especiais, além da tradição existente.
Oligarquia: Corresponde a um regime de governo vinculado ao controle de uma quantidade restrita de
pessoas e essas desfrutam de uma série de vantagens devido a sua condição alicerçada no poder.
República: Na República os representantes do povo são eleitos pelos próprios, de forma direta ou
indireta, a principal característica da República é de estabelecer a justiça e o bem estar comum.
Aristocracia: São governos centralizados nas mãos de poucas pessoas, podendo ser nobres ou não.
Democracia: Na democracia o representante é escolhido pelo povo através de votação para que
assegure primordialmente a vontade popular. Atualmente a democracia é dividida em três poderes:
Legislativo, Executivo e Judiciário, que devem ser autônomos e harmônicos.
Parlamentarismo: No parlamentarismo as decisões sofrem maior influência pelo parlamento, são eles
os responsáveis por indicar um chefe de governo e também um primeiro ministro, sendo assim é
possível que o chefe do governo seja um presidente ou um monarca.
Presidencialismo: No presidencialismo o Presidente e seus ministros compõem o Poder Executivo, já os
deputados federais e os senadores compõem o Poder Legislativo e por fim todo juiz e magistrado
compõem o Poder Judiciário. Os poderes citados devem controlar uns aos outros de forma equilibrada,
o chefe do governo nesse caso é o presidente.

Formas de Estado:

SIMPLES

 Unitário: Possui um único centro dotado de capacidade Legislativa, Administrativa, Política e


toda e qualquer competência constitucional. Te: França, Itália, Inglaterra, Uruguai.

 Federação / União: Capacidade políticas Administrativas e Legislativa, são distribuídas para a


competência de entes regionais, possuindo então autonomia. Dessa forma, a Federação faz-se
através da união de diversos Estados que, embora percam sua soberania em relação ao Estado
Federativo, mantêm sua autonomia.

Para entendimento prático podemos analisar a C. F.

C. F. / 88

Art. 1 - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito.

Requisitos/Características:

 Unicidade de nacionalidade

 Repartição de competências

 Repartição de Rendas

 Esfera de Competência Tributária que lhe garanta renda própria (P. Ex: IPI, ICMS, ISS)

 Poder de Auto-organização Estadual, cabendo-lhe propor Constituições Estaduais vinculadas à


Constituição Federal

 União indissolúvel.
 Representação Senatorial (representação no senado)

 Órgão de Cúpula (no Brasil, o STF)

 Intervenção Federal

COMPOSTOS:

 Confederação: É uma espécie de tratado em que os Estados unem-se visando um


empreendimento comum e benéfico a ambos que, neste aspecto, confunde-se com a
Federação. No entanto, é disponível a cada um, tanto sua autonomia quanto sua soberania,
além de prever a possibilidade de secessão (separação do Estados), sendo estes últimos as
características diferenciadoras entre Confederação e Federação.

Regime de Governo:

Democracia Regime democrático pode ser entendido como aquele em que o poder é emanado do povo,
um regime que proporciona voz e ação à população através na criação de leis, fiscalização (remédios
constitucionais), escolha dos representantes, direta ou indiretamente e etc.

Autocrático Trata-se de um governo autoritário, de poder absoluto, que governa conforme sua
arbitrariedade todos os níveis governamentais. Neste sistema, antagônico em relação à Democracia, a
gestão é exercida através do soberano ou de delegações arbitrárias feitas pelo mesmo.

Regime Político: O conjunto de regras e critérios que define quem será o detentor desse poder consiste
nos chamados regimes políticos. Existem, basicamente, dois tipos principais de regimes políticos –
os democráticos e os autoritários – e, dentre eles, diversas classificações menores. Todas
essas categorias compreendem a diversidade de maneiras que sociedades ao redor do mundo utilizam
para se governar.

 Democracia representativa: A forma mais comum de regime democrático que encontramos


hoje é a da democracia representativa – a qual é utilizada, inclusive, no Brasil. A ideia básica é a
da existência de representantes eleitos, escolhidos pela população para tomar as principais
decisões da sociedade. Os membros da sociedade que têm a possibilidade de escolher os
representantes são chamados de eleitores. Os eleitores, por sua vez, participam das eleições,
dando o seu voto para o/a candidato/a que represente melhor as suas preferências. Nesse
formato de democracia, os cidadãos comuns não precisam se envolver diretamente
nas principais questões da sociedade, que podem ser bem complexas e ocupar bastante tempo.
Por isso, a maior vantagem das democracias representativas é a possibilidade de haver
uma classe política especializada, que se dedica em tempo integral a debater as principais
questões.

 Democracia direta: Ao invés de eleger representantes, também é possível que os cidadãos de


uma determinada sociedade tomem as suas próprias decisões diretamente. Essa forma de
governo é chamada de democracia direta, ou deliberativa, e consiste nos próprios
cidadãos participarem diretamente da política. Na democracia direta, ao invés de deixar as
decisões para representantes eleitos, todos os cidadãos participam do debate. A maior
vantagem da democracia direta é que as decisões refletem, de forma autêntica,
as preferências e vontades da sociedade, o que nem sempre acontece em democracias
representativas. O exemplo mais conhecido de democracia direta foi o da cidade-Estado de
Atenas, na Grécia Antiga, lembra? Hoje em dia, a Suíça é o exemplo mais próximo de uma
democracia direta, onde muitas decisões são tomadas por meio de plebiscitos e referendos à
população.

Estado, conceito e elementos característicos: De forma simplificada, o Estado é uma criação humana
destinada a manter a coexistência pacífica dos indivíduos, a ordem social, de forma que os seres
humanos consigam se desenvolver, e proporcionar o bem estar a toda sociedade.
É o Estado o responsável por dar força de imposição ao Direito, pois é ele que detém o papel exclusivo
de aplicar as penalidades previstas pela Ordem Jurídica. Assim o Estado pode ser definido como o
exercício de um poder político, administrativo e jurídico, exercido dentro de um determinado território,
e imposto para aqueles indivíduos que ali habitam. Os elementos que caracterizam o Estado são:
- População: entende-se pela reunião de indivíduos num determinado local, submetidos a um poder
central. O Estado vai controlar essas pessoas, visando, através do Direito, o bem comum. A população
pode ser classificada como nação, quando os indivíduos que habitam o mesmo território possuem como
elementos comuns a cultura, língua, a religião e sentem que há, entre eles, uma identidade; ou como
povo, quando há reunião de indivíduos num território e que apesar de se submeterem ao poder de um
Estado, possuem nacionalidades, cultura, etnias e religiões diferentes.
- Território: espaço geográfico onde reside determinada população. É limite de atuação dos poderes do
Estado. Vale dizer que não poderá haver dois Estados exercendo seu poder num único território, e os
indivíduos que se encontram num determinado território estão obrigados a se submeterem.
- Soberania: é o exercício do poder do Estado, internamente e externamente. O Estado, dessa forma,
deverá ter ampla liberdade para controlar seus recursos, decidir os rumos políticos, econômicos e
sociais internamente e não depender de nenhum outro Estado ou órgão internacional. A essa
autodeterminação do Estado dá-se o nome de soberania.

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