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Tipos de ações 

As ações se diferenciam basicamente pelos direitos que concedem a seus acionistas.

No Brasil, elas estão divididas em dois grandes grupos: as ações ordinárias e as ações
preferenciais. Ambos os tipos de ações devem ser Nominativas, ou seja, seu detentor é
identificado nos livros de registro da empresa.

As empresas também podem emitir diferentes classes de ação e criar quantas classes
quiser.

Essas classes de ação recebem uma letra, conforme objetivos específicos.

A empresa pode, por exemplo, estabelecer em seu estatuto valores diferenciados de


dividendos ou proventos especiais para cada classe de ação.

Uma ação PNA indica uma ação PN preferencial nominativa classe A. A classe A pode
indicar que seja uma ação com dividendo mínimo, e classe B com dividendo fixo.

Ações PN

As ações preferenciais nominativas, PN, são aquelas que menos protegem o acionista
minoritário, porque não lhe dá o direito de votar em assembléia e ainda, em caso de
venda da empresa, a lei não lhe garante o direito de participar do prêmio de controle.

São ações típicas do mercado brasileiro. Não há ações com essas características em
mercados mais desenvolvidos, como o americano, por exemplo.

No Brasil, no entanto, são as ações PN as que geralmente têm maior liquidez, porque
permitem à empresa emitir ações, sem precisar ter sócios com direito a voto, não
correndo assim, risco de perder o controle da empresa.

A nova Lei das Sociedades Anônimas limitou a emissão de ações PN. Atualmente, ao
constituir uma nova empresa, para cada ação ON a empresa pode emitir apenas uma
ação PN. Antes essa relação era de duas ações PN para uma ação ON. As empresas que
já existiam antes da entrada em vigor da nova lei podem continuar emitindo ações pela
regra antiga.

Os acionistas preferencialistas, como são chamados os detentores de ações PN, contudo,


têm preferência no recebimento dos dividendos pagos pela empresa, quando ela tem
lucro. A legislação estabelece dividendo mínimo obrigatório para as ações PNs, e se a
empresa não pagar dividendos por três anos consecutivos, as PNs adquirem direito a
voto.

Algumas empresas estão alterando seus estatutos com o objetivo de estender às ações
PN o tag along que é o direito de participar do prêmio de controle pago ao acionista
controlador da empresa, quando da sua venda. No Novo Mercado, que é um segmento
de listagem de empresas negociadas na BM&FBOVESPA que se comprometem
voluntariamente a adotar práticas de governança corporativa e são admitidas apenas
empresas com ações ON.
Ações ON

Os detentores de ações ordinárias nominativas, ações ON, têm o direito de votar nas
assembléias da empresa; no entanto, na maioria das vezes, eles não têm poder de veto.

O direito de voto ganha relevância nos casos em que há divergências entre os acionistas
controladores. Veja por exemplo o caso de uma empresa que tenha três sócios no
controle e um deles discorda sobre determinado assunto na assembléia. Esse sócio pode,
dependendo da circunstância, vir a ter direito de veto ao se juntar a outros minoritários
detentores de ações ON.

O que torna as ações ordinárias ainda mais interessantes para o investidor, contudo, é o
tag along. A Lei das Sociedades Anônimas determina que todo acionista com ações ON
tenha direito de participar do prêmio de controle. Pela lei, esses acionistas possuem o
direito de receber por suas ações no mínimo 80% do valor pago para o controlador em
caso de venda da empresa.

Em função da evolução do Novo Mercado, que é um segmento de listagem de empresas


negociadas no BM&FBOVESPA e que se comprometem voluntariamente a adotar
práticas de governança corporativa, a maioria das empresas que tem realizado a abertura
de seu capital tem optado por esse segmento. A principal exigência desse mercado é que
o capital social da empresa seja composto somente por ações ordinárias ou ON.

Blue chips

As ações conhecidas como blue chips são aquelas que apresentam maior liquidez, ou
seja, as mais negociadas no mercado. Esses papéis, geralmente de grandes empresas,
têm a maior tradição de segurança no mercado acionário.

 Quanto custa investir 

Todo investimento leva consigo um custo. Saber quanto custa cada um é muito
importante para que você tire o melhor proveito de suas economias.

A compra de ações, por exemplo, deve ser feita por intermédio de uma corretora de
valores, membro da Bolsa de Valores. Ao decidir investir em ações é importante,
portanto, identificar no mercado uma corretora que ofereça serviços de acordo com o
tamanho do seu bolso. Algumas colocam à disposição de seus clientes o home broker,
que permite a negociação de ações via internet. Esta opção é indicada para pequenos
investidores, pois possuem custos de transação mais reduzidos.

Além disso, a negociação de ações, como a maioria dos investimentos, envolve alguns
impostos que precisam ser entendidos e considerados na hora de investir. Um bom
controle tributário pode representar um diferencial de ganho mais adiante.

Mas, lembre-se sempre que, ao fazer um investimento, você deve considerar uma série
de fatores. O custo é apenas um deles. Sua decisão deve estar baseada em seus
objetivos, sua tolerância ao risco, no caso de investimentos mais arrojados, e no seu
horizonte de tempo.

Para investir em ações você deve fazer uma série de considerações: seu perfil como
investidor, suas necessidades de curto, médio e longo prazos e também todos os custos
envolvidos.

Conheça os principais deles:

Custos

Corretagem

É o principal custo quando você compra ações diretamente em uma corretora de valores.
A taxa de corretagem é formada por um valor fixo somado a um valor variável, de
acordo com o volume total de operações realizadas. Esse é um custo que varia de acordo
com a corretora, portanto, fazer uma consulta prévia a algumas corretoras antes de
comprar uma ação pode significar mais dinheiro no seu bolso no final da transação.

Taxa de custódia

É uma taxa cobrada pela corretora pela manutenção dos seus ativos sob guarda da
instituição custodiante. Dependendo da corretora e do montante dos recursos aplicados,
essa taxa pode até não ser cobrada.

Taxa de registro

Percentual estabelecido pela BM&FBOVESPA/CBLC, sobre o valor de cada operação


no pregão.

Impostos
Conhecer a tributação de cada uma de suas aplicações é fundamental para você melhor
planejar seus investimentos. A maior parte dos investimentos em Renda Variável tem alíquota
de 15%, mas é importante entender os detalhes.

O Imposto de Renda (IR) é um tributo cobrado das pessoas físicas e jurídicas, sobre o
rendimento recebido, seja em uma aplicação financeira, seja em uma atividade comercial ou
profissional.

Nos investimentos em ações são cobradas as seguintes alíquotas:

Operações/Ativos Imposto de Renda

15% sobre rendimento líquido* e 0,005% retido na fonte como


Venda de ações
antecipação.

Day-trade 20% sobre rendimento líquido* e 1% retido na fonte como


antecipação.

Os ganhos com dividendos são isentos, pois o lucro que lhes deu
Dividendos
origem já foi tributado.

Juros sobre capital


15% sobre o valor pago pela empresa ao acionista.
próprio

Base de Cálculo de IR = Preço de venda - (preço de compra + custos de transação*)


IR = valor da Base de Cálculo x 15%

*Corretagem, emolumentos, etc.

Estão isentos do Imposto de Renda os ganhos líquidos auferidos por pessoa física em
operações no mercado à vista de ações, cujo valor realizado em cada mês seja igual ou inferior
a R$ 20.000,00, para o conjunto de ações.

O Imposto de Renda deverá ser recolhido via DARF (Documento de Arrecadação da Receita
Federal) até o último dia útil do mês subsequente ao da venda das ações.

Renda Variável

As operações realizadas em Bolsas de Valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas.

Mercados Fato Gerador de Imposto de Renda

À Vista Valor da alienação (venda).

Opções Valor positivo da soma dos prêmios pagos e recebidos no mesmo dia.

A diferença, se positiva, entre o preço a termo e o preço à vista, ou a liquidação


A Termo
financeira.

Futuro Soma algébrica dos ajustes diários (se positiva), no encerramento.

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