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O guia completo
Joe Marconi
Tradução
Anna Maria Dalle Luche
Revisão Técnica
Luiz Alberto de Farias
Austrália • Brasil • Japão • Coreia • México • Cingapura • Espanha • Reino Unido • Estados Unidos
Introdução, xi
Bibliografia, 205
Índice Remissivo, 207
1 No Brasil, a profissão de Relações Públicas é regulamentada pela Lei no 5.377, mas a amplitude
de atuação da profissão e o panorama do mercado favorável às práticas de Relações Públicas –
muito motivado pela excelente relação custo-benefício – têm trazido cada vez mais profissionais
de outras áreas (e não só da Comunicação) para a atividade, tanto em agências quanto em depar-
tamentos de empresas. (NRT)
Sempre que um escândalo ocupa as páginas dos noticiários, não raro alguém
diz que as pessoas envolvidas “devem ter um problema de RP”. Se forem
pessoas de bem, injustamente acusadas, então a Relações Públicas pode, de
fato, contribuir muito para esclarecer a situação, acalmar os ânimos, bem
como preservar e restaurar as boas reputações – talvez, em última análise,
fazer que essas pessoas fiquem ainda melhores aos olhos do público após te-
rem passado por tal provação. Entretanto, se os envolvidos no escândalo, ou
acusados de fraude, não forem pessoas de bem, então, este já não é mais um
problema de RP, mas de falta de caráter dessas pessoas.
1 O marco oficial de criação da profissão de Relações Públicas deu-se com a criação do primeiro
escritório destinado a essa atividade, em 1906, na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, por
Ivy Lee. Outras iniciativas marcam a consolidação da profissão, como o lançamento do livro Cris-
talizando a Opinião Pública, em 1922, escrito por Edward L. Bernays. (NRT)
2 Em inglês, Assessoria de Imprensa equivale a Publicity, muitas vezes confundido no Brasil com
Publicidade, que em inglês é Advertising. (NT)
3 James Grunig e Todd Hunt oferecem quatro modelos de Relações Públicas: de imprensa e
propaganda, de informação pública, assimétrico de duas mãos e simétrico de duas mãos (apud
Kunsch, 1997, p. 110). (NRT)
4 Companhia americana de marketing global que realiza pesquisas para avaliar o nível de sa-
tisfação dos clientes, qualidade de produtos e serviços oferecidos ao mercado e estudos sobre o
comportamento do consumidor. (NT)
5 Prêmio pela excelência conferido pelo conceituado instituto de opinião pública. (NT)
6 A sigla Care refere-se à organização humanitária mundial de combate à pobreza. (NT)
O papel do profissional de RP
O que deve também ser lembrado é que nem todo profissional dessa área é
comprometido com um único código de ética, como também não precisa ser
extremamente competente em outras atividades de RP. Em capítulo mais
adiante esse assunto será tratado em detalhes, mas com certeza a questão da
conduta ética tornou-se mais subjetiva do que o era antigamente.
Philip Lesly foi figura exponencial na profissão por quase 50 anos, e dizia
que Relações Públicas “compreende a análise completa e o entendimento de
todos os fatores que influenciam as atitudes das pessoas em relação a uma
organização”. Essa análise e entendimento devem obviamente se estender
para além do interesse gerado pela mídia.
Em uma das situações mais explícitas, o profissional de RP representa
sempre a ligação entre a organização e o mundo de fora. Um secretário de
imprensa de um candidato a algum cargo público ou o porta-voz de algum
setor do governo, por exemplo, geralmente é um experiente profissional de
Relações Públicas – ou pelo menos deveria ter essa vivência para alcançar
melhores resultados. Essa grande visibilidade e o impacto potencial que pode
resultar de comentários feitos – deliberada ou espontaneamente – destacam
a importância do requisito “análise completa e entendimento” mencionado
por Lesly, o que não deixa de exigir certo grau de diplomacia e desenvoltura
para fazer apresentações.
É muito comum que o profissional de RP – ou a área de RP – esteja
abaixo apenas da presidência da organização e atue como face e voz da orga-
nização diante de seus mais importantes grupos constituintes. Além disso,
atua também como contato da linha de frente, recebendo perguntas e co-
mentários de pessoas de fora da organização. O profissional de RP é crucial
fonte de informações a respeito do que o público está pensando ou dizendo
sobre a empresa. Este profissional mantém-se em linha direta com aqueles
que a diretoria deseja influenciar, e esse canal de comunicação precisa ser
gerenciado com muito cuidado.