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Determinação da Massa do Elétron

Experimento 10 – Guia de Procedimentos Laboratoriais


G. S. Aguiar o, A, Ferreira, L. S. Bento, O. A. Cicone, L. M. Souza, R. B. Carpigiani

Resumo

Como sugere o tema, esse experimento tem como objetivo determinar a Massa do Elétron através de um
procedimento popularmente conhecido como “razão carga/massa do elétron”. O aparato utilizado para a realização do
experimento é conhecido como bobina de Helmholtz. Como ilustra a figura (10.1). Uma válvula emissora do feixe de
elétrons é ligada a duas espiras de mesmo raio “R” e mesmo número de enrolamentos(espiras) dispostas de modo
coaxial. O feixe de elétrons é emitido formando um ângulo de 90º com as linhas de campo magnético geradas pela
bobina. Ao serem emitidos esses elétrons colidem com os átomos do gás Xe (xenônio) induzindo nestes um processo
chamado de fluorescência. Como resultado, temos um “rastro” visível da trajetória descrita pelo feixe de elétrons onde
podemos mensurar suas características.

1. Introdução 2. Procedimento Experimental


O campo magnético gerado por espiras é dado
𝜇 .𝑖.𝑁 Materiais e Métodos:
por 𝐵 = 0 (eq. 10.1). Na equação, N é o número
2.𝑅
de espiras da bobina, e a permeabilidade magnética no Para realização desse experimento foram
é 𝜇0 = 4. 𝜋. 10−7 𝑇𝑚⁄𝐴 , pelo fato de estarmos utilizados os seguintes equipamentos; Bobina de
trabalho em um meio propagador de Xe e não vácuo, a Helmholtz, 2 fontes DC phyve 0V à 18V sendo: 1 para
permeabilidade dá-se por 𝜇 = 1,43. 𝜇0 . Nessas acelerar o feixe de elétrons, 1 geração do campo
condições o feixe colimado sofre à ação da força magnético das bobinas; 1 bússola para verificar a
magnética máxima e entra em trajetória curvilínea cuja existência do campo magnético; 2 Multímetros Digitais
curvatura de raio “r” pode variar com o campo aplicado, Minipa ET 2082C sendo: 1 para medir o valor da
observa-se, de maneira prática, utilizando a regra da corrente da bobina, 1 para coletar a tensão de
mão esquerda para campo magnético, que a força alimentação do feixe de elétrons, montados conforme o
magnética que ocasiona a rotação é também uma força esquema a seguir:
centrípeta, de modo que 𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝐹𝐶𝑃 ou seja, 𝑒. 𝑣. 𝐵 =
𝑣2
𝑚 sendo “m” a massa do elétron, “e” a carga
𝑟
fundamental do elétron ( 𝑒 = 1,602. 10−19 𝐶) e “𝑣” a
velocidade do feixe. Conclui-se que a velocidade do
𝑒.𝑟.𝐵
feixe de elétrons é 𝑣 = (𝑒𝑞. 10.2).
𝑚
Em virtude da dificuldade de medir precisamente a
velocidade do feixe de elétrons, partiu-se do conceito de
que os elétrons foram acelerados no interior da válvula
por uma DDP (U) e por esse motivo a energia cinética é (fig. 10.1)
𝑚.𝑣 2
igual a energia elétrica, tal que = 𝑒. 𝑈 (𝑒𝑞. 10.3)
2 3. Resultados
Combinando as equações 10.2 e 10.3 chegamos na
equação capaz de determinar a massa do elétron 𝑚 = Com um auxílio de uma régua graduada coletou-se
𝐵 2 .𝑟 2 .𝑒 o valor do raio da bobina R = 0,20 (m). O número de
. (eq. 10.4)
2.𝑈 espiras da bobina N = 154 foi dado pelo fabricante. Para
a observação do fenômeno foi ajustado o valor de
corrente i = 1,93(A) e tensão U = 256 (V).
Com o experimento em curso foi coletado o raio de
curvatura r = 0,04(m) da trajetória do feixe de elétrons
em função da tensão e corrente aplicada, na escala
contida dentro do tubo do experimento. A partir desses
𝜇 .𝑖.𝑁
valores, utilizando a equação 𝐵 = 0 (eq. 10.1) e a
2.𝑅
permeabilidade magnética 𝜇 = 1,43. 𝜇0 , calculou-se
o valor do campo magnético B = 1,93X10-3.
Consequentemente utilizando a equação:
𝑒.𝑟.𝐵
𝑣= (𝑒𝑞. 10.2), obteve-se a velocidade do feixe
𝑚
v =9,62.10-6(m/s). E por fim, atingindo o objetivo desse
experimento, pode-se determinar a massa do elétron
através da equação 10.4

𝐵 2 .𝑟 2 .𝑒
𝒎= = 8,85.10-31
2.𝑈

4. Conclusão

Comparando o valor obtido nesse experimento com


o valor tabelado para a massa do elétron, obteve-se um
erro % de aproximadamente E(%) = 3 o que é
consideravelmente aceitável tendo em vista as
condições distintas em que foram realizados os
experimentos.

Referencias

[1] Guia de Procedimentos Laboratoriais – Física


Exp. III
[2] passeidireto.com/ arquivo/31592162/bobinas-de-
helmholtz-e-calculo-da-relacao-cargamassa-do-
eletron

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