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Gestão Pública p/SERPRO

Teoria e exercícios comentados


Prof. Rodrigo Rennó – Aula 02

Aula 2: Serviços Públicos

Olá pessoal, tudo bem?


Chegamos ao final de nosso curso! Na aula de hoje iremos cobrir os
seguintes itens do edital:

Serviços públicos. Conceito amplo e restrito de serviço


público. Classificação: serviços gerais e individuais. Serviços
delegáveis e indelegáveis. Serviços administrativos, sociais e
econômicos. Serviços próprios e impróprios
Irei trabalhar com muitas questões do Cespe. Espero que gostem da
aula!

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Sumário
Conceito de Serviços Públicos .................................................................... 3
Conceitos de Serviço Público em sentido amplo e sentido restrito ........................... 3
Conceito de Serviço Público em sentido objetivo e sentido subjetivo ....................... 4
Competências Constitucionais ................................................................. 5
Princípios presentes nos Serviços Públicos .................................................... 8
Regularidade ................................................................................. 8
Continuidade ................................................................................. 8
Eficiência ..................................................................................... 9
Segurança ................................................................................... 10
Atualidade .................................................................................. 10
Generalidade ............................................................................... 10
Cortesia ..................................................................................... 11
Modicidade das tarifas ..................................................................... 11
Classificação dos Serviços Públicos ......................................................... 12
Serviços Gerais e Individuais .............................................................. 12
Serviços Próprios e Impróprios ............................................................ 15
Serviços Delegáveis e Indelegáveis ....................................................... 17
Serviços Administrativos, Sociais e Econômicos ........................................ 18
Formas de Prestação dos Serviços Públicos ................................................. 20
Prestação Direta ............................................................................ 20
Prestação Indireta .......................................................................... 21
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 31
Gabaritos. ........................................................................................ 35
Bibliografia ...................................................................................... 35

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Conceito de Serviços Públicos

De acordo com a doutrina, não existe uma definição precisa de


Serviço Público. O que há é basicamente um conjunto de conceitos que
buscam qualificar os serviços públicos de acordo com fundamentos
diversos.
Para Maria Sylvia Di Pietro1, alguns autores usam o conceito amplo,
já outros, usam o conceito restrito. No entanto, nessas duas hipóteses,
segundo a autora, combinam-se, em geral, três elementos para definição:
o material (atividades de interesse coletivo), o subjetivo (presença do
Estado) e o formal (procedimento de direito público).
Vamos, a seguir, tentar definir todos os elementos presentes nos
serviços públicos.

Conceitos de Serviço Público em sentido amplo e sentido restrito

Serviço Público em sentido amplo é todo o leque de serviços que


podem ser enquadrados no conceito de atividade pública, seja
administrativa, seja legislativa, seja jurisdicional.
Segundo os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo2, a
definição de serviço em sentido amplo é o seguinte:
“A expressão ‘serviço público’ é empregada como
sinônimo de ‘função pública’. Abrange, assim, o
conjunto de todas as atividades que são exercidas
sob regime jurídico de direito público.”
Dessa forma, o sentido amplo de serviço público refere-se a toda e
a qualquer atividade que a Administração Pública venha desenvolver para
alcançar a sua finalidade de visar o bem da coletividade.
Já Serviço Público em sentido restrito, para Di Pietro3, nada mais é
do que aqueles serviços públicos propriamente ditos, senão vejamos:
“Restritos são aqueles que confinam o serviço
público entre as atividades exercidas pela
Administração Pública, com exclusão das funções

1
(Di Pietro, 2012)
2
(Alexandrino & Paulo, 2009)
3
(Di Pietro, 2012)

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legislativa e jurisdicional; e, além disso, o
consideram como uma das atividades
administrativas, perfeitamente distintas do poder
de polícia do Estado.”
A autora distingue as ações sociais das jurídicas. Para ela, os
serviços públicos em sentido restrito alcançam as atividades executadas
de forma direta à sociedade, tanto pela própria Administração, quanto
por aqueles cujo serviço lhes foram delegados. Além dos serviços internos
ou administrativos, que fazem com que a “máquina administrativa”
funcione.

Conceito de Serviço Público em sentido objetivo e sentido subjetivo

O sentido objetivo do serviço público, também denominado de


material, relaciona-se a atividades exercidas pela Administração.
De modo diverso, o sentido subjetivo do serviço público refere-se
ao aparelho estatal, isto é, a toda pessoa jurídica, entidades ou órgãos,
que realiza os serviços públicos.
Para alguns autores, o sentido subjetivo também pode ser chamado
de orgânico ou formal. Para outros autores, com Di Pietro4, o critério
formal seria um terceiro “sentido” e estaria diretamente ligado ao tipo de
regime jurídico adotado, que, no caso, seria o público, e se balizariam nos
princípios da supremacia do interesse público e no da indisponibilidade do
interesse público.
Por fim, o que vocês devem ter em mente é que, no sentido
subjetivo, os serviços públicos relacionam-se com os agentes, os órgãos
ou entidades, ou seja, a pessoa jurídica que executa as atividades
administrativas.
Já o sentido objetivo relaciona-se com a atividade propriamente dita
com a finalidade de alcançar o bem da sociedade. Sempre lembrando que
há autores que adotam um terceiro critério, ok?

4
(Di Pietro, 2012)

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Sentido Amplo
• Conjunto de atividades exercidas sob o regime jurídico de direito
público;
Sentido Restrito
• Ações/Atividades executadas diretamente à sociedade;

Sentido Objetivo
• Tem relação com as atividades executadas diretamente à sociedade;

Sentido Subjetivo
• Tem realção com as pessoas jurídicas que executam as atividades.

Figura 1. Conceitos para Serviço Público

Competências Constitucionais

Os serviços públicos são prestados pelo Estado, no entanto, eles


podem sem desempenhados por particulares, após sofrerem tratamento
específico e controle pelo ente público.
A competência para prestar os serviços públicos é tratada na
Constituição Federal, de 1988. Observem, abaixo, algumas passagens
como exemplo.
Segundo nossa Carta Magna, no artigo 21, inciso X, compete à
União manter o serviço postal e o correio aéreo nacional. Pessoal, isso é
caracterizado como um serviço exclusivo e, consequentemente,
obrigatório para o Estado.
Outro tipo de serviço prestado pelo Poder Público, está descrito no
artigo 223, conforme podemos observar a seguir:
“Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e
renovar concessão, permissão e autorização
para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e
imagens, observado o princípio da
complementaridade dos sistemas privado, público
e estatal.”

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Com isso, extraímos que a regulamentação da prestação de serviço
de radiodifusão sonora e transmissão de sons e imagens é de
competência obrigatória do Estado.
No entanto, cabe ao poder público transferir por meio de
concessões, permissões ou autorizações a execução desse tipo de serviço
a terceiros.
Pessoal, existe mais outro tipo de serviço em que o Estado é
obrigado a prestar. São os serviços de educação, saúde, previdência
social e associação social.
Vale ressaltar aqui que há obrigatoriedade de prestação desses
serviços pelo Poder Público, entretanto, não existe exclusividade para
tal. Isso significa que a CF/88 autorizou que o setor privado poder
exercer essas atividades juntamente com o Estado, mesmo que este
não realize a transferência por meio de concessões ou permissões ou
autorizações.
Por fim, o inciso XI, do artigo 21, exemplifica um tipo de serviço que
não é obrigatório para o Estado, no entanto, cabe a ele providenciar a
sua efetiva execução por um particular.
“Art. 21.
(…) XI - explorar, diretamente ou mediante
autorização, concessão ou permissão, os
serviços de telecomunicações, nos termos da lei,
que disporá sobre a organização dos serviços, a
criação de um órgão regulador e outros aspectos
institucionais.”
Outros exemplos em que o Estado não tem a obrigatoriedade de
prestar, mas sim de promover uma execução efetiva seriam os casos de
fornecimento de energia elétrica, transporte rodoviário.

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Serviço Postal e Correio Aéreo Nacional:


•Serviços exclusivos do Estado;
•Prestado obrigatoriamente pelo Poder Público.

Serviço de radiodifusão e transmissão de


sons e imagens:
•Serviço que o Estado é obrigado a regulamentar para
o setor privado executá-lo.

Educação, Saúde, Previdência e Assistência


Sociais:
•Serviços não exclusivos do Estado;
•Prestação obrigatória pelo Poder Público,
independente da execução pelo setor privado.

Serviço de Telecomunicação e Energia


Elétrica:
•Serviço não obrigatório para o Poder Público;
•Estado deve regulamentar a execução pelo setor
privado.

Figura 2. Serviços Públicos na CF/88

Vamos ver algumas questões sobre o assunto?


1 - (CESPE – CORREIOS – ANALISTA - ADVOGADO – 2011) No
tocante ao critério da exclusividade, o serviço postal e o Correio
Aéreo Nacional são considerados exemplos de serviços públicos
exclusivos.

O artigo 21 da CF/88, que trata das competências da União, no


inciso X, dispõe que cabe a esse ente federativo a manutenção do serviço
postal e do correio aéreo internacional.

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Esses são, portanto, considerados serviços prestados de forma
exclusiva pelo Estado, não admitindo que se deleguem tais atividades a
particulares. Dessa maneira, o gabarito é questão correta.

2 - (CESPE - MPE-RR – PROMOTOR DE JUSTIÇA – 2012 -


Adaptada) De acordo com o critério que considera a exclusividade
ou não do poder público na prestação do serviço, os serviços de
telecomunicações enquadram-se como serviços públicos não
exclusivos do Estado.

De acordo com o inciso XI, do artigo 21, da CF/88, os serviços de


telecomunicação se enquadram na competência exclusiva da União para
explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão.
Desse modo, o gabarito é questão errada.

Princípios presentes nos Serviços Públicos

Conforme o parágrafo primeiro do artigo 6o da lei 8.987, de 1995,


que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de
serviços públicos, previstos no artigo 175 da Constituição da República
Federativa do Brasil, de 1988, um serviço público adequado deve atender
a algumas condições, ou digamos, princípios.

Regularidade

Para um serviço ser considerado adequado, ele deve apresentar a


característica de ser regular. Isto significa que a prestação das atividades
públicas não pode sofrer alterações, mantendo a qualidade do serviço, ou
se aquelas tiverem que acontecer que seja o mínimo possível para evitar
prejuízos à sociedade.

Continuidade

Decorre do fato de que os serviços públicos devem ser contínuos,


ininterruptos. Para Di Pietro5, esse princípio traz as seguintes

5
(Di Pietro, 2012)

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consequências na aplicação dos contratos administrativos e no exercício
da função pública:
“Imposição de prazos rigorosos ao contraente;
A aplicação da teoria da imprevisão, para
recompor o equilíbrio econômico-financeiro do
contrato e permitir a continuidade do serviço;
(...)
O reconhecimento de privilégios para a
Administração, como o de encampação, o de uso
compulsório de recursos humanos e materiais da
empresa contratada, quando necessário para dar
continuidade à execução do serviço;
(...)
Normas que exigem a permanência do servidor em
serviço.”

Pessoal, vale ressaltar que o parágrafo 3o do artigo 6o da Lei 8.987,


de 1995, retrata casos que, em situação de emergência ou após aviso
prévio, não está caracterizado a descontinuidade de serviço público.
São eles: quando for justificada por problemas técnicos ou por
segurança nas instalações, ou quando o usuário for inadimplente e a
Administração interrompe o serviço, visando o interesse da coletividade.

Eficiência

O princípio da eficiência, como todos sabem, está presente na nossa


CF/88. Segundo esse princípio, a Administração deve se mostrar eficiente
quanto ao uso dos recursos públicos. Isto é, deve “fazer mais com
menos”.
Na prestação de serviços público, é essencial a atenção a esse
princípio para garantir um bom resultado no atendimento às necessidades
da sociedade.

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Segurança

O princípio da segurança visa garantir que os serviços públicos


sejam prestados com a segurança adequada para evitar qualquer tipo de
risco ao indivíduo.

Atualidade

Esse princípio garante que os serviços prestados ao público tenham


certo nível de atualização. A Lei 8.987/95, no parágrafo 2o do artigo 6o,
dispõe que a atualidade compreende a modernidade das técnicas, do
equipamento e das instalações e a sua conservação. Ela também engloba
a melhoria e a expansão do serviço.
Para Mazza6, o princípio da atualidade ou modernização deve
observar o seguinte:
“A técnica empregada na prestação do serviço
público, embora não tenha de ser a mais avançada
disponível, precisa mostrar-se compatível com o
estágio de desenvolvimento tecnológico vigente à
época da prestação. Em termos prático, o princípio
da atualização proíbe o retrocesso da técnica.”

Generalidade

O princípio da generalidade ou da universalidade traz a regra bem


difundida na prestação dos serviços públicos. Segundo esse princípio, não
é permitido haver discriminação no sentido de ter escolhas na hora de se
prestar um serviço público.
Pessoal, o que esse princípio quer mostrar é que a Administração
Pública deve atender a qualquer um que procurar o serviço público, sem
diferenciação.

6
(Mazza, 2011)

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Cortesia

A cortesia no serviço público, como em qualquer outro tipo de


prestação de serviço, deve ser regra e não exceção, não é verdade.
Vale a pena considerar que respeito ao usuário e, principalmente,
educação e polidez, devem estar presentes a todo instante.

Modicidade das tarifas

O princípio da modicidade das tarifas traz a idéia de valor barato,


isto é, totalmente acessível a todos que precisar utilizar o serviço público.
Pelo fato de se tentar permitir que todos usufruem, aplicando
valores módicos, esse princípio procura atingir , ao máximo, à
universalidade ou generalidade, aquele outro princípio que vimos há
pouco.
Pessoal, esses princípios listados até agora estavam presentes na
Lei 8.987/95, no entanto, a doutrina retrata vários outros, os quais
iremos conhecer ao longo de nossa aula, resolvendo algumas questões,
ok?
Abaixo, um gráfico com os princípios presentes na Lei 8.987/95.

Regularidade Continuidade Eficiência

Segurança Atualidade Generalidade

Modicidade
Cortesia
das Tarifas

Figura 3. Princípios previstos na Lei 8.987/95

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Classificação dos Serviços Públicos

A classificação dos serviços públicos é frequentemente cobrada em


provas de concurso público. Daí a necessidade de estudarmos com um
pouco mais de detalhes esse assunto. Então, vamos lá?
Os serviços públicos são classificados de forma variada pela
doutrina. Nota-se que há certa mistura de conceitos. Vamos tentar
abordar de forma mais clara possível para que vocês possam
compreender.
Dentre os autores, a classificação mais abordada seria:

Serviços Gerais e Individuais;


Serviços Próprios e Impróprios;
Serviços Delegáveis e Indelegáveis;
Serviços Administrativos, Sociais e Econômicos.
Vamos, a seguir, falar um pouco sobre cada uma delas.

Serviços Gerais e Individuais

Os serviços gerais são conhecidos também por indivisíveis ou uti


universi. Já os serviços individuais podem ser denominados também por
singulares ou uti singuli.
Para os professores Alexandrino & Paulo7, esse tipo de classificação
é “a única que possui relevância prática”. Segundo eles:
“Os serviços gerais (uti universi) ou
indivisíveis são aqueles prestados a toda
coletividade, indistintamente, ou seja, seus
usuários são indeterminados e indetermináveis.
Não é possível o poder público identificar, de
forma individualizada, as pessoas beneficiadas por
um serviço prestado uti universi. Não há,
tampouco, meio de mensurar a utilização por
parte de cada usuário.”

7
(Alexandrino & Paulo, 2009)

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Pelo que se observa, nos serviços públicos gerais, não se identifica
qual o usuário do serviço prestado. Isto é, não se possui usuários certos,
determinados.
Assim, o serviço estará funcionando regularmente e disponível. Não
será necessário que se busque a prestação desse serviço, pois ele estará
funcionando independentemente de procura. Por isso mesmo ele será
mantido por meio da cobrança de impostos.
Como exemplos de serviços uti universi, têm-se: iluminação
pública, segurança pública, conservação de ruas públicas.
Pessoal, ao transitar por uma rua à noite, por exemplo, espera-se
que haja postes iluminando o local e também uma razoável segurança,
não é verdade?
No entanto, se você nunca passar por aquela rua, a iluminação e a
segurança continuarão existindo no local. E, mesmo assim, a sociedade
contribuirá pela manutenção e continuidade desses tipos de serviços.
Dessa forma, pode-se ter real noção do que significa um serviço geral,
indivisível ou uti universi.
Já os serviços individuais, segundo os mesmos professores8 acima:
“Os serviços individuais ou singulares (uti
singuli), ou, ainda, divisíveis, são prestados a
beneficiários determinados. A administração
pública sabe a quem presta o serviço e é capaz de
mensurar a utilização por parte de cada um dos
usuários, separadamente. Tais serviços podem ser
remunerados mediante taxas (regime legal) ou de
tarifas (regime contratual).”
Conforme se pode notar, os serviços individuais são aqueles que a
Administração pode identificar quem realmente está se beneficiando com
a sua prestação. Dessa forma, ela tem condições de cobrar
individualmente pela utilização do serviço.
Os serviços uti singuli, por poderem ser cobrados a quem deles
usufruírem, são remunerados por taxas ou tarifas, dependendo do tipo de
serviço. Caso seja um serviço prestado de forma direta pelo Estado, por
meio de sua Administração Indireta, por exemplo, ele será cobrado por
taxas.
No entanto, se forem executados por pessoa jurídica de direito
privado, cuja incumbência seja dada por delegação (concessão ou

8
(Alexandrino & Paulo, 2009)

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permissão), a cobrança será feita por tarifa, ou simplesmente, preço
público.
Como exemplo de serviços públicos singulares ou divisíveis, tem-se:
serviço postal, serviços de fornecimento de água e esgoto, serviço de
telefonia e energia elétrica.
Vamos ver algumas questões sobre esse assunto?
3 - (CESPE - PRF – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2012) A prestação
de serviços públicos deve dar-se mediante taxas ou tarifas justas,
que proporcionem a remuneração pelos serviços e garantam o seu
aperfeiçoamento, em atenção ao princípio da modicidade.

Pessoal, essa questão trata do princípio da modicidade que rege os


serviços públicos. Segundo esse princípio, o Estado deve prestar os
serviços cobrando preços razoáveis.
Ao determinar os valores, o Estado dever avaliar a capacidade
econômica do usuário com o fim de evitar que alguém que necessite de
tal prestação de serviço, seja excluído.
Dessa forma, o gabarito é questão correta.

4 - (CESPE - PRF – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2012) O serviço


de iluminação pública pode ser considerado uti universi, assim
como o serviço de policiamento público.

A professora Fernanda Marinela9 diferencia os serviços públicos em


gerais e individuais da seguinte forma:
“Os serviços gerais, também denominado de uti
universi, englobam os serviços prestados à
coletividade em geral, sem ter um usuário
determinado. São considerados indivisíveis,
porque não é possível medir e calcular o quanto
cada um utiliza, devendo ser mantido pela receita
geral do Estado, com a arrecadação dos impostos,
como é o caso da segurança nacional.
Já os serviços individuais, uti singuli, ou
específicos, são aqueles que têm usuário
determinado, individualizável. Ressalte-se que
esses serviços também são prestados a todos,

9
(Marinela, 2012)

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mas com possibilidade de identificação dos
beneficiados. Nessa hipótese é possível medir e
calcular o quanto cada um utiliza do serviço,
sendo, portanto, considerado um serviço divisível.”

Conforme pudemos observar, os serviços gerais são os


consideráveis indivisíveis, ou seja, aqueles que não se consegue medir o
quanto cada um utiliza. Assim se dá o policiamento público. É um serviço
prestado uti universi, em que o Estado o mantém por meio de sua
receita geral, sem cobrar individualmente a quem dele utilizar.
Dessa maneira, o gabarito é questão correta.

• Indivisíveis ou uti universi;


Serviços • Usuários indeterminados;
• Ex.: Iluminação pública,
Gerais segurança pública.

• Divisíveis ou uti singuli;


Serviços • Usuários determinados;
• Ex.: Serviço postal serviço de
Individuais fornecimento de água e esgoto.

Figura 4. Serviços Gerais & Serviços Individuais

Serviços Próprios e Impróprios

Os serviços públicos também são classificados segundo o critério de


essencialidade às necessidades da sociedade.
Os serviços públicos próprios estão associados com as funções do
Estado e são utilizados consagrando o princípio da supremacia do poder
público.

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O Estado executa esse tipo de serviço de forma direta e
centralizada, por seus agentes públicos lotados na Administração Direta,
já que estão ligados às suas atribuições.
Alguns exemplos desse tipo de serviço são: a segurança pública, a
saúde e a higiene pública. Vale salientar que a prestação de serviços
próprios se dá de forma gratuita ou por meio de baixa cobrança.
Já os serviços denominados impróprios são aqueles que não estão
diretamente ligados às funções essenciais do Estado, mas que são
considerados de utilidade pública.
Dessa forma, nesse tipo de serviço, o Estado transfere a execução
para a Administração Indireta (autarquia, fundação, sociedade de
economia mista, empresa pública) ou o delega para o setor privado
(concessão, permissão ou autorização).
Vale ressaltar que o fato de o Estado não executar diretamente os
serviços públicos impróprios não quer dizer que ele os deixe “ao bel
prazer” de quem os realizar. Cabe ao pode público a regulamentação e a
fiscalização da prestação desses serviços que são, normalmente,
cobrados.
Como exemplos de serviços públicos impróprios, têm-se:
fornecimento de gás, telefonia, serviço de táxi, transporte coletivo.

•Tem relação com as funções essenciais do

Serviços Estado;
•Prestado pela Administração Direta;
•Ex.: Segurança Pública, higiene pública.
Próprios

•Sem relação direta com as funções essenciais do

Serviços Estado, mas são de utilidade pública;


•Prestado pela Adm. Indireta ou delegado ao setor
privado;
Impróprios •Ex.: Fornecimento de gás, serviço de taxi,
transporte coletivo.

Figura 5. Serviços Próprios & Serviços Impróprios

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Serviços Delegáveis e Indelegáveis

Os serviços públicos podem ser prestados de duas formas: existem


aqueles serviços que só o Estado pode prestar, mas também há aqueles
que o Estado pode delegar para pessoa jurídica de direito privado a
execução deles.
Nos serviços públicos indelegáveis, somente o Estado, por meio da
sua Administração Direta ou Indireta, tem a titularidade da execução. Isto
porque esses serviços estão diretamente ligados às funções do Poder
Público.
Já nos serviços públicos delegáveis, o Poder Público pode executá-
los, como também pode passar a execução a particulares, por não ser
considerado um serviço essencial. Essa delegação se dá por intermédio de
contratos administrativos, como os de concessão e os de permissão.
Vejamos abaixo quais são os serviços delegáveis e quais os
indelegáveis:

• Estado ou particular, por delegação,


Serviços pode executar o serviço;
• Serviço não essencial;
Delegáveis • Ex.: fornecimento de energia elétrica,
transporte Público, telecomunicações.

• Só o Estado executa o serviço;


Serviços • Serviço essencial;
• Ex.: Segurança Pública Interna, defesa
Indelegáveis nacional fiscalização do comércio
exterior.

Figura 6. Serviços Delegáveis & Serviços Indelegáveis

Vamos ver uma questão sobre o tema?


5 - (CESPE - TJ-AC - JUIZ – 2012 – Adaptada) Consideram-se
serviços públicos indelegáveis os serviços que o Estado,
atendendo a necessidades coletivas, assume como seus e executa
diretamente, por seus próprios agentes e órgãos da administração

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centralizada, vedada a transferência de sua execução a
particulares ou mesmo a entidades da administração indireta.

O item apresenta um erro só no final da frase. Realmente, é correto


dizer que os serviços públicos indelegáveis devem ser executados
diretamente pelo Estado, por seus agentes e órgão da administração
centralizada.
Também se permite que as entidades da administração indireta
executem tais serviços, daí o erro da questão. Fica vedado, portanto, a
transferência da execução a particulares. O gabarito, assim, é questão
errada.

Serviços Administrativos, Sociais e Econômicos

Agora vamos abordar mais uma classificação de serviços públicos.


Eles estão relacionados com o objeto de prestação.
Nos serviços administrativos, a administração realiza as
atividades-meio, buscando satisfazer suas próprias necessidades. Como
exemplo, tem-se a publicação de atos pela imprensa nacional.
Observa-se que os serviços não são prestados à população de modo
direto, mas, mesmo assim, ela se beneficia com as ações dessa natureza,
não é verdade?
Os serviços sociais, para a professora Di Pietro10, podem ser
conceituados da seguinte forma:
“Serviço social é o que atende a necessidades
coletivas em que a atuação do Estado é essencial,
mas que convivem com a iniciativa privada, tal
como ocorre com os serviços de saúde, educação,
previdência, cultura, meio ambiente.”
Assim sendo, nota-se que os serviços sociais relacionam-se com os
direitos sociais da população. A nossa Carta Magna, no seu artigo 6º,
trata do assunto e dispõe que “são direitos sociais a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados.”
Por fim, os serviços econômicos, ou segundo alguns autores, os
serviços comerciais e industriais, são aqueles prestados pela

10
(Di Pietro, 2012)

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Administração de forma direta ou por meio de delegação. Esta
transferência de prestação obedece às incumbências dispostas no artigo
175 da CF/88, como obediência à lei que irar reger:

O regime das empresas concessionárias e permissionárias de


serviços públicos;
O caráter especial do contrato de concessão ou de permissão
e de sua prorrogação;
Os direitos dos usuários dos serviços;
A política tarifária utilizada para financiar a prestação de
serviço.
Como exemplos desse tipo de serviços, temos: serviços de energia
elétrica, serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens, navegação
aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária, os serviços de
transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras
nacionais, os serviços de transporte rodoviário interestadual e
internacional de passageiros, os portos marítimos, fluviais e lacustres.
Também não podemos esquecer as atividades exercidas em regime
de monopólio pelo Estado, como: a pesquisa e a lavra das jazidas de
petróleo, a refinação do petróleo, a importação e exportação dos produtos
e derivados básicos de petróleo; a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o
reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios e minerais
nucleares e seus derivados.
Abaixo, podemos visualizar melhor os exemplos desses tipos de
serviços estudados:

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Serviços Serviços Sociais Serviços


Administrativos • Educação; Econômicos
• Atividade-meio, • Previdência e • Transporte;
interna; Segurança Social; • Energia Elétrica;
• Visa garantir uma • Cultura e Lazer; • Refinação de
prestação eficiente; • Moradia. petróleo;
• Impressa oficial. • Comércio de
minérios e minerais
nucleares.

Figura 7. Classificação de Serviços Públicos quanto ao objeto.

Formas de Prestação dos Serviços Públicos

A nossa Constituição Federal, de 1988, dispõe, no seu artigo 175


que cabe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, a prestação de serviços públicos.
O que se deve tirar desse artigo é que os serviços públicos são
prestados na forma disciplinada em lei. A execução deles será de modo
direto ou indireto. Vamos falar um pouco sobre cada uma dessas forma,
ok?

Prestação Direta

Quando a Administração Pública presta serviços por meio de seus


órgãos ou entidades da Administração Indireta ela estará realizando a
gestão de serviço público de forma direta.
Ao dispor que os órgãos da Administração Direta executarão os
serviços, o poder público realiza a chamada desconcentração
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administrativa. No entanto, se a prestação de serviços se der por meio
das entidades da administração indireta, ocorrerá o que se denomina de
descentralização administrativa.
Essas duas maneiras de divisão na prestação de serviços, a
desconcentração e a descentralização administrativas, são reconhecidas
pela tradicionalidade na gestão pública.
Na desconcentração, a titularidade do serviço continua com o ente
federativo responsável pela execução. Já na descentralização, a
titularidade é repassada a um ente da Administração Indireta, com
personalidade jurídica própria, por meio de lei específica.

Prestação Indireta

Diferentemente da prestação direta de serviços público, na


prestação indireta o que se observa é o fato de haver uma transferência
da execução para particulares por meio do instituto denominado de
delegação.
Pessoal, é através da delegação que certo tipo de atividade pode ser
transferido do setor público para o setor privado. Vale ressaltar que
alguns autores denominam esta prestação indireta por descentralização
por colaboração.
A nossa CF/88 autoriza a transferência da execução do serviço
público para particulares, no entanto, cabe lembrar que a titularidade
continua pertencendo ao poder público.
Os tipos de delegação estudados são: concessão e permissão para
se prestar determinada atividade. Para Di Pietro11:
“As principais formas de prestação indireta
abrangem:
a) a concessão e a permissão de serviços
públicos (...);
b) a concessão patrocinada e a concessão
administrativa, englobadas sob o título de
parcerias público-privadas;
c) o contrato de gestão como instrumento de
parceria com as chamadas organizações
sociais(...). “

11
(Di Pietro, 2012)

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Pessoal, as formas de prestação dependem do tipo de serviço a


ser prestado, não é verdade? Assim, pode-se prestar diretamente, pela
Administração Direta ou Indireta, como também há a possibilidade de se
prestar indiretamente, utilizando-se do instituto da delegação dos
serviços aos particulares.
Por fim, o que se deve ter em mente é que em qualquer uma das
formas de prestação de serviço público, seja direta, seja indireta, cabe ao
ente público federado, que o criou, a sua regulação.
Portanto, é obrigatória que a regulação do serviço se dê por meio
de criação de leis e normas necessárias para estabelecer as diretrizes de
execução dos serviços, as normas técnicas, a resolução de conflitos.
Isso pode ser claramente observado com a leitura do artigo 33 da
Lei 9.074, de 1995, que estabelece normas para outorga das concessões
e permissões de serviços públicos:
“Art. 33. Em cada modalidade de serviço público,
o respectivo regulamento determinará que o
poder concedente (...) estabeleça forma de
participação dos usuários na fiscalização e torne
disponível ao público, periodicamente, relatório
sobre os serviços prestados.”

Vamos ver uma questão sobre esse assunto?


6 - (CESPE - PC-CE – INPETOR DE POLÍCIA CIVIL – 2012) A
titularidade dos serviços públicos é conferida expressamente ao
poder público.

Pessoal, conforme estudamos, o que se transfere é o exercício do


serviço público. A titularidade, portanto, permanece com o ente federativo
que o criou.
O gabarito da questão, desse modo, é questão correta.

Vamos agora resolver várias questões sobre os assuntos da aula de


hoje, visando uma boa preparação para a prova?
7 - (CESPE - AGU - ADVOGADO – 2004) As concessões de serviço
público têm natureza de contrato administrativo, sendo a
remuneração pela execução do serviço feita por meio de tarifa,
que, paga pelo usuário, tem natureza de preço público e é fixada
pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas

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regras de revisão previstas na lei que disciplina o regime de
concessão de prestação de serviços públicos, no edital e no
contrato.

De acordo com o artigo 4° da Lei 8.987/95, a concessão de serviço


público será formalizada mediante contrato, que deverá observar os
termos desta Lei, das normas pertinentes e do edital de licitação. Essa
licitação visa alcançar a melhor tarifa para se contratar.
Já, no artigo 9°, está disposto que a tarifa será fixada pelo preço da
proposta vencedora da licitação e que será preservada pelas regras de
revisão previstas na Lei em questão, no edital e no contrato.
Com isso, concluímos que o gabarito é questão correta.

8 - (CESPE - TJ-AC - JUIZ – 2012 – Adaptada) Em decorrência do


princípio da igualdade dos usuários, não se admite, no serviço
público, o estabelecimento de tarifas diferenciadas em função de
custos específicos provenientes do atendimento a distintos
segmentos de usuários.

De acordo com o artigo 13 da Lei 8.987/95, as tarifas poderão ser


diferenciadas em função das características técnicas e dos custos
específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de
usuários. Desse modo, o gabarito é questão errada.

9 - (CESPE - MPE-RR – PROMOTOR DE JUSTIÇA – 2012 –


Adaptada) Consoante o princípio da igualdade dos usuários
perante os serviços prestados pela administração pública,
reconhecido pelo ordenamento jurídico pátrio, é vedado o
estabelecimento de tarifas diferenciadas em razão de custos
provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuário.

Pessoal, podemos observar que a banca repete as questões em


concursos variados, não é mesmo? Essa questão trata sobro o princípio
da igualdade nos serviços públicos. De acordo com o artigo 13 da Lei
8.987/95, as tarifas poderão ser diferenciadas conforme as
características técnicas e os custos específicos provenientes do
atendimento aos distintos segmentos de usuários.
Como podemos ver, pode, sim, estabelecer tarifas diferenciadas a
usuários. Dessa forma, o gabarito é questão errada.

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10 - (CESPE - MPE-RR – PROMOTOR DE JUSTIÇA – 2012 –


Adaptada) A característica da mutabilidade do regime jurídico não
se encontra presente no contrato de concessão do serviço público.

Pessoal, vocês devem ter em mente que quem assinar contrato com
a Administração Pública não tem direito à imutabilidade do regime
jurídico. Este poderá sofrer alterações com o intuito de garantir o
interesse público.
Dessa forma, pra preservar a continuidade da prestação de serviços
e a eficiência, é permitido que o regime jurídico no contrato de concessão
de serviço público seja mutável. O gabarito é, portanto, questão errada.

11 - (CESPE - TJ-AL – CONHECIMENTOS BÁSICOS – 2012 -


Adaptada) São exemplos de serviços públicos uti singuli: os
serviços de iluminação pública e de saneamento.

Já vimos que os serviços públicos podem se qualificar como uti


universi ou uti singuli. Os serviços públicos uti universi caracterizam-se
por serem serviços prestados à coletividade com um todo, sem ter um
usuário determinado.
No entanto, os serviços uti singuli são prestados a beneficiários
determinados, como telefone, água e esgoto.
A questão está exemplificando os serviços uti universi e não os uti
singuli. Desse modo, o gabarito é questão errada.

12 - (CESPE - TJ-AL – CONHECIMENTOS BÁSICOS – 2012 -


Adaptada) Os serviços públicos não essenciais podem ser
prestados diretamente pelo Estado ou delegados a terceiros
mediante remuneração. No caso de delegação, a regulamentação
e o controle são exercidos pelo Estado, mas a prestação se dá por
conta e risco dos delegatários.

Questão bem, tranquila, pessoal. Esse item está definindo os


serviços públicos impróprios ou não essenciais, conforme já estudamos.
Portanto, o gabarito, considerado pela banca, é questão correta.

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13 - (CESPE - TJ-RR - ADMINISTRADOR – 2012) O serviço público
concedido não pode ser remunerado por tarifa, visto que não é um
serviço do poder público.

Pessoal essa questão pode ser respondida com os ensinamentos de


Mazza, senão vejamos:
“Tarifa: também chamada de preço público, é a
remuneração paga pelo usuário quando serviço
público uti singuli é prestado indiretamente (...).
A tarifa é um a contrapartida sem natureza
tributária, mas de cunho privado-contratual.”
Dessa forma, quando o serviço público for uti singuli, ele poderá
ser remunerado por tarifa ou por taxa, uma espécie tributária. O gabarito,
portanto, é questão errada.

14 - (CESPE - MPE-PI – ANALISTA MINISTERIAL – 2012)


Consideram-se serviços públicos coletivos (uti universi) aqueles
que têm por finalidade a satisfação individual e direta das
necessidades dos cidadãos, como são os de energia elétrica
domiciliar e os de uso de linha telefônica.

A questão trocou os conceitos. O que ela dispõe é sobre os serviços


públicos uti singuli ou individuais. Os serviços de energia elétrica
domiciliar e telefonia individual são exemplos de serviços públicos
individuais.
Os serviços coletivos, ou uti universi, são aqueles que atendem a
satisfação da coletividade como um todo e não são passíveis de mensurar
quanto cada um utiliza. Para seguir ao exemplo da banca, teríamos como
serviços coletivos: iluminação pública, e limpeza pública.
Desse modo, o gabarito é questão errada.

15 - (CESPE - MPE-RR – ANALISTA DE SISTEMAS – 2008) Segundo


o princípio da continuidade do serviço público, os órgãos da
administração pública são estruturados de forma a criar uma
relação de coordenação e subordinação entre eles, cada qual com
suas atribuições previstas em lei.

Pessoal, a banca misturou os conceitos. O princípio da continuidade


do serviço público visa preservar as atividades de mantê-las em

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funcionalidade, sem interrupções, evitando, dessa forma, que a sociedade
fique descoberta da prestação do serviço público.
Essa relação de coordenação e subordinação transcrita na questão
tem relação com a estrutura hierárquica disposta entre os órgãos e
entidades da Administração Pública. O gabarito, portanto, é questão
errada.

16 - (CESPE - INSS – ENGENHEIRO CIVIL – 2010) Os serviços de


energia elétrica, gás, transportes, saúde, ensino e assistência e
previdência social são exemplos de serviços uti universi, que, na
classificação dada pela doutrina, são aqueles que visam à
satisfação individual e direta das necessidades dos cidadãos.

Essa questão possui mais de um erro. O serviço de transporte não é


do tipo uti universi, como propõe a questão, ele é do tipo uti singuli, pois
são prestados a beneficiário determinados, quem de utilizar.
O segundo erro está na definição desse tipo de serviço. Eles não
visam à satisfação individual e direta das necessidades do cidadão. Eles
têm a finalidade de satisfazer indistintamente a coletividade como um
todo. Dessa maneira, o gabarito é questão errada.

17 - (CESPE - ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2010) O


princípio da continuidade do serviço público, segundo o qual o
serviço público não pode ser interrompido, é aplicável ao exercício
da função pública, mas não aos contratos administrativos.

O princípio da continuidade do serviço público, que reza que o


serviço público não deva ser interrompido, é aplicável a todo e a qualquer
tipo de serviço prestado pelo poder público, seja de forma direta, seja de
forma indireta, quando realiza a delegação na prestação do serviço.
Nos contratos administrativos acontece o mesmo, isto é, a
Administração deve prezar para manter em atividade os serviços.
Dessa forma, os contratos firmados pelo poder público também
respeitam esse princípio. Tanto que a Administração se vale de outros
princípios, como o da supremacia do interesse público, para garantir que
a continuidade na prestação seja atendida. Desse modo, o gabarito é
questão errada.

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18 - (CESPE - ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2010) Os
serviços prestados por pessoas jurídicas em regime de concessão
ou permissão, ainda que para satisfazer as necessidades coletivas,
não são considerados serviços públicos, já que não são prestados
diretamente pelo Estado.

Os serviços prestados pelas pessoas jurídicas de direito privados,


em regime de concessão ou permissão, são sim considerados serviços
públicos.
Dessa forma, o serviço público pode ser prestado tanto diretamente
pelo poder público, quanto pelos delegatários, quando o Estado transfere
para particulares a prestação dos serviços sob o regime de concessão ou
de permissão. Assim sendo, o gabarito é questão errada.

19 - (CESPE - TJ-ES – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011) Os serviços


públicos devem ser prestados ao usuário com a observância do
requisito da generalidade, o que significa dizer que, satisfeitas as
condições para sua obtenção, eles devem ser oferecidos sem
qualquer discriminação a quem os solicite.

O princípio elencado na questão, o da generalidade, também é


conhecido pelo o princípio da universalidade. Dessa forma, fica claro
responder a questão, não é verdade?
De acordo com o princípio da universalidade, a prestação de
serviços públicos deve alcançar a qualquer um, sem nenhum tipo de
discriminação.
Dessa forma, esse princípio garante que a contemplação de um
serviço público se dê a uma maior quantidade possível de indivíduos. O
gabarito, portanto, é questão correta.

20 - (CESPE - TJ-ES – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011)


Consideram-se serviços públicos uti universi os que são prestados
à coletividade, mas usufruídos indiretamente pelos indivíduos,
como são os serviços de defesa do país contra inimigo externo e
os serviços diplomáticos.

O texto da questão está perfeito. Os serviços públicos uti universi,


como o da defesa nacional, serviços diplomáticos, serviços de segurança
pública, se iluminação pública, são gerais e indivisíveis. Desse modo, o
gabarito é questão correta.

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21 - (CESPE - DPE-BA – DEFENSOR PÚBLICO – 2010) Entre os


serviços públicos de prestação obrigatória e exclusiva do Estado,
que não podem ser prestados por concessão, permissão ou
autorização, inclui-se a navegação aérea e a infraestrutura
aeroportuária, os serviços de transporte ferroviário e aquaviário
entre portos brasileiros e fronteiras nacionais.

Dois dos serviços públicos que possuem o caráter de exclusividade e


de prestação obrigatória pelo Estado são os serviços postais e de correio
aéreo nacional. Também se têm os de fiscalizar a produção e o comércio
de material bélico e o da emissão de moeda, dentre outros.
Os serviços descritos no enunciado da questão são de prestação
obrigatória, mas, entretanto, não são de caráter de exclusividade. Pode-
se, portanto, ser delegada as atividades para o setor privado. O gabarito,
assim, é questão errada.

22 - (CESPE - MPU – TÉCNICO DE INFORMÁTICA – 2010) Um dos


princípios que regem a prestação de todas as modalidades de
serviço público é o princípio da generalidade, segundo o qual os
serviços públicos não devem sofrer interrupção.

Já vimos questão semelhante em nossa aula. Percebe-se que a


banca costuma repetir os assuntos nas questões de suas provas.
Essa questão não se refere ao princípio da generalidade, o qual
dispõe que a prestação de serviço público não deve excluir ninguém de
que dela necessite.
O princípio que trata da não interrupção na prestação dos serviços
públicos é o princípio da continuidade dos serviços públicos. Vale
salientar que pode haver interrupção em situações de emergência ou
quando, após aviso prévio, necessitar de atendimento técnico e de
segurança nas instalações ou devido a inadimplemento de usuários.
Desse modo, o gabarito é questão errada.

23 - (CESPE - MPU – ANALISTA PROCESSUAL – 2010) Com base no


princípio da igualdade de usuários, não cabe a aplicação de tarifas
diferenciadas entre os usuários de serviços públicos.

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De acordo com o artigo 13 da Lei 8.987, de 1995, regime de
concessão e permissão da prestação de serviços públicos:
“Art. 13. As tarifas poderão ser diferenciadas
em função das características técnicas e dos
custos específicos provenientes do atendimento
aos distintos segmentos de usuários.”
De acordo com o ordenamento jurídico, há várias tarifas cobradas
de forma diferenciada, conforme as características e os custos dos
serviços, as diferentes classes de usuários, etc. Desse modo, o gabarito é
questão errada.

24 - (CESPE - TCE-ES – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – 2012)


A permissão de serviço público é o instituto por meio do qual o
Estado atribui o exercício de determinado serviço público a
alguém que aceita prestá-lo em nome próprio, por sua conta e
risco, nas condições fixadas pelo poder público, e, em razão do
princípio da supremacia do interesse público, no contrato de
permissão, deve constar garantia de equilíbrio econômico-
financeiro, sendo o permissionário remunerado pela própria
exploração do serviço, mediante tarifas cobradas diretamente dos
usuários do serviço.

Pessoal, essa questão, mesmo falando sobre concessão e permissão


de serviço público, o que se questiona aqui é o princípio aplicado na
prestação de serviço público.
A Lei 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, que dispõe sobre o regime
de concessão e permissão da prestação de serviços públicos, estabelece
no seu artigo 9°, ao tratar sobre a política tarifária o seguinte:
“Art. 9° A tarifa do serviço público concedido será
fixada pelo preço da proposta vencedora da
licitação e preservada pelas regras de revisão
previstas nesta Lei, no edital e no contrato.
(…)
§ 2° Os contratos poderão prever mecanismos de
revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio
econômico-financeiro.”
Conforme podemos observar, os contratos que tratarem de
permissão de serviço público deverão atender às condições necessárias
para manter o equilíbrio econômico-financeiro.

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Para isso, se extrai do mencionado parágrafo que pode (e não
deve) haver previstos na contratação mecanismos para conservar o
equilíbrio econômico-financeiro. Dessa forma, o gabarito é questão
errada.

25 - (CESPE - PRF – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2012) Os


serviços públicos outorgados constitucionalmente à União, como
os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional
de passageiros, estão enumerados taxativamente na CF.

Realmente, esses serviços são taxados na nossa Carta Magna,


senão vejamos:
“Art. 21. Compete à União:
(…)
XII - explorar, diretamente ou mediante
autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e
imagens;(Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 8, de 15/08/95:)
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o
aproveitamento energético dos cursos de água,
em articulação com os Estados onde se situam os
potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-
estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e
aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras
nacionais, ou que transponham os limites de
Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário
interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres.”

Assim sendo, pudemos perceber que o rol de serviços que a União


possui competência para explorar é numerado nesse inciso da CF/88
transcrito acima. O gabarito, portanto, é questão correta.

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Lista de Questões Trabalhadas na Aula.

1- (CESPE – CORREIOS – ANALISTA - ADVOGADO – 2011) No tocante ao


critério da exclusividade, o serviço postal e o Correio Aéreo Nacional são
considerados exemplos de serviços públicos exclusivos.

2 - (CESPE - MPE-RR – PROMOTOR DE JUSTIÇA – 2012 - Adaptada) De


acordo com o critério que considera a exclusividade ou não do poder
público na prestação do serviço, os serviços de telecomunicações
enquadram-se como serviços públicos não exclusivos do Estado.

3 - (CESPE - PRF – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2012) A prestação de


serviços públicos deve dar-se mediante taxas ou tarifas justas, que
proporcionem a remuneração pelos serviços e garantam o seu
aperfeiçoamento, em atenção ao princípio da modicidade.

4 - (CESPE - PRF – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2012) O serviço de


iluminação pública pode ser considerado uti universi, assim como o
serviço de policiamento público.

5 - (CESPE - TJ-AC - JUIZ – 2012 – Adaptada) Consideram-se serviços


públicos indelegáveis os serviços que o Estado, atendendo a necessidades
coletivas, assume como seus e executa diretamente, por seus próprios
agentes e órgãos da administração centralizada, vedada a transferência
de sua execução a particulares ou mesmo a entidades da administração
indireta.

6 - (CESPE - PC-CE – INPETOR DE POLÍCIA CIVIL – 2012) A titularidade


dos serviços públicos é conferida expressamente ao poder público.

7 - (CESPE - AGU - ADVOGADO – 2004) As concessões de serviço público


têm natureza de contrato administrativo, sendo a remuneração pela
execução do serviço feita por meio de tarifa, que, paga pelo usuário, tem
natureza de preço público e é fixada pelo preço da proposta vencedora da
licitação e preservada pelas regras de revisão previstas na lei que
disciplina o regime de concessão de prestação de serviços públicos, no
edital e no contrato.

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8 - (CESPE - TJ-AC - JUIZ – 2012 – Adaptada) Em decorrência do
princípio da igualdade dos usuários, não se admite, no serviço público, o
estabelecimento de tarifas diferenciadas em função de custos específicos
provenientes do atendimento a distintos segmentos de usuários.

9 - (CESPE - MPE-RR – PROMOTOR DE JUSTIÇA – 2012 – Adaptada)


Consoante o princípio da igualdade dos usuários perante os serviços
prestados pela administração pública, reconhecido pelo ordenamento
jurídico pátrio, é vedado o estabelecimento de tarifas diferenciadas em
razão de custos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de
usuário.

10 - (CESPE - MPE-RR – PROMOTOR DE JUSTIÇA – 2012 – Adaptada) A


característica da mutabilidade do regime jurídico não se encontra
presente no contrato de concessão do serviço público.

11 - (CESPE - TJ-AL – CONHECIMENTOS BÁSICOS – 2012 - Adaptada)


São exemplos de serviços públicos uti singuli: os serviços de iluminação
pública e de saneamento.

12 - (CESPE - TJ-AL – CONHECIMENTOS BÁSICOS – 2012 - Adaptada) Os


serviços públicos não essenciais podem ser prestados diretamente pelo
Estado ou delegados a terceiros mediante remuneração. No caso de
delegação, a regulamentação e o controle são exercidos pelo Estado, mas
a prestação se dá por conta e risco dos delegatários.

13 - (CESPE - TJ-RR - ADMINISTRADOR – 2012) O serviço público


concedido não pode ser remunerado por tarifa, visto que não é um
serviço do poder público.

14 - (CESPE - MPE-PI – ANALISTA MINISTERIAL – 2012) Consideram-se


serviços públicos coletivos (uti universi) aqueles que têm por finalidade a
satisfação individual e direta das necessidades dos cidadãos, como são os
de energia elétrica domiciliar e os de uso de linha telefônica.

15 - (CESPE - MPE-RR – ANALISTA DE SISTEMAS – 2008) Segundo o


princípio da continuidade do serviço público, os órgãos da administração
pública são estruturados de forma a criar uma relação de coordenação e
subordinação entre eles, cada qual com suas atribuições previstas em lei.

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16 - (CESPE - INSS – ENGENHEIRO CIVIL – 2010) Os serviços de energia


elétrica, gás, transportes, saúde, ensino e assistência e previdência social
são exemplos de serviços uti universi, que, na classificação dada pela
doutrina, são aqueles que visam à satisfação individual e direta das
necessidades dos cidadãos.

17 - (CESPE - ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2010) O princípio da


continuidade do serviço público, segundo o qual o serviço público não
pode ser interrompido, é aplicável ao exercício da função pública, mas
não aos contratos administrativos.

18 - (CESPE - ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2010) Os serviços


prestados por pessoas jurídicas em regime de concessão ou permissão,
ainda que para satisfazer as necessidades coletivas, não são considerados
serviços públicos, já que não são prestados diretamente pelo Estado.

19 - (CESPE - TJ-ES – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011) Os serviços


públicos devem ser prestados ao usuário com a observância do requisito
da generalidade, o que significa dizer que, satisfeitas as condições para
sua obtenção, eles devem ser oferecidos sem qualquer discriminação a
quem os solicite.

20 - (CESPE - TJ-ES – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011) Consideram-se


serviços públicos uti universi os que são prestados à coletividade, mas
usufruídos indiretamente pelos indivíduos, como são os serviços de defesa
do país contra inimigo externo e os serviços diplomáticos.

21 - (CESPE - DPE-BA – DEFENSOR PÚBLICO – 2010) Entre os serviços


públicos de prestação obrigatória e exclusiva do Estado, que não podem
ser prestados por concessão, permissão ou autorização, inclui-se a
navegação aérea e a infraestrutura aeroportuária, os serviços de
transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras
nacionais.

22 - (CESPE - MPU – TÉCNICO DE INFORMÁTICA – 2010) Um dos


princípios que regem a prestação de todas as modalidades de serviço
público é o princípio da generalidade, segundo o qual os serviços públicos
não devem sofrer interrupção.

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23 - (CESPE - MPU – ANALISTA PROCESSUAL – 2010) Com base no


princípio da igualdade de usuários, não cabe a aplicação de tarifas
diferenciadas entre os usuários de serviços públicos.

24 - (CESPE - TCE-ES – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – 2012) A


permissão de serviço público é o instituto por meio do qual o Estado
atribui o exercício de determinado serviço público a alguém que aceita
prestá-lo em nome próprio, por sua conta e risco, nas condições fixadas
pelo poder público, e, em razão do princípio da supremacia do interesse
público, no contrato de permissão, deve constar garantia de equilíbrio
econômico-financeiro, sendo o permissionário remunerado pela própria
exploração do serviço, mediante tarifas cobradas diretamente dos
usuários do serviço.

25 - (CESPE - PRF – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2012) Os serviços


públicos outorgados constitucionalmente à União, como os serviços de
transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros, estão
enumerados taxativamente na CF.

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Gabaritos.
1. C 11. E 21. E
2. E 12. C 22. E
3. C 13. E 23. E
4. C 14. E 24. E
5. E 15. E 25. C
6. C 16. E
7. C 17. E
8. E 18. E
9. E 19. C
10. E 20. C

Bibliografia
Alexandrino, M., & Paulo, V. (2009). Direito administrativo
descomplicado. São Paulo: Forense.
Di Pietro, M. S. (2012). Direito Administrativo. São Paulo: Atlas.
Marinela, F. (2012). Direito Administrativo. Niterói: Ímpetus.
Mazza, A. (2011). Manual de direito administrativo (1° Ed. ed.). São
Paulo: Saraiva.

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