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A B
A
B
B
L
Concretagem
Escavação
manual ou Alargamento da
Terreno
mecânica base Funil
( fuste )
Cota apoio
1
CURSO DE FUNDAÇÕES
VOLUME 1
Investigações geotécnicas
Fundações diretas
Fundações profundas em tubulões
2
INDICE
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CAPÍTULO I
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS DO SUBSOLO PARA FUNDAÇÕES
1 - Introdução
A elaboração de projetos geotécnicos em geral e, de fundações em particular, exige, como um
requisito básico e imprescindível , um adequado conhecimento do subsolo no local da obra.
Assim, a identificação e classificação das diversas camadas que o compõe, bem como, a avaliação
de suas propriedades de engenharia, constituem elementos sem os quais nenhum projeto poderá
ser elaborado de uma forma adequada.
Este conhecimento básico do subsolo exige investigações que podem ser de diversos tipos, sendo,
de longe, as mais empregadas aquelas denominadas sondagens de simples reconhecimento à
percussão e, sondagens mistas.
2.1- Equipamento
O equipamento para execução de uma sondagem de simples reconhecimento à percussão é a
seguir descrito, em seus componentes básicos:
2.1.1 - Tripé constituído por tubos de aço e, dispondo de sarilho, roldana e corda de sisal, para
movimentação das diversas ferramentas e tubos utilizados na perfuração, amostragem e, ensaio
SPT ou SPTT.
2.1.2 - Tubos de revestimento de aço, com Dext=76,1±5 mm e Dint=68,8±5 mm, com
comprimentos de 1 e/ou 2m conectáveis entre si por meio de luvas rosqueadas. Servem para
revestir as paredes do furo executado quando as mesmas não se mostrarem estáveis.
2.1.3 - Hastes de aço com Dext=33,4±2,5 mm e Dint=24,3±5 mm e peso de 3,2kg/m, de
comprimentos de 1 e/ou 2m, retilíneas e acopláveis entre si, por meio de luvas rosqueadas.
2.1.3 - Martelo para cravação dotado de haste guia com 1,2m de comprimento, com massa de 65
kg, e dispondo em sua parte inferior de coxim de madeira dura. Deverá ainda existir na haste guia
uma marca visível, distante 75cm da base do coxim.
2.1.4 – Cabeça de bater acoplável por rosca à extremidade superior das hastes de perfuração,
constituída por tarugo de aço de 83±5mm de diâmetro e 90±5mm de altura e massa nominal entre
3,5 e 4,5kg.
2.1.5 - Amostrador padrão, de aço de diâmetros externo e interno, 50,8±2 mm e 34,9±2 mm,
possuindo corpo bipartido, bico ou sapata e cabeça, que permitem a montagem do amostrador na
posição fechada (corpo bipartido unido), servindo como elemento de fixação das duas metades do
corpo.
2.1.6 - Conjunto moto-bomba para circulação de água durante a perfuração por lavagem.
2.1.7 - Reservatório de água.
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2.1.8 - Trépano ou peça de lavagem constituída por lâmina de aço com extremidade biselada
soldada na ponta de uma haste de perfuração, possuindo duas saídas laterais para a água injetada
pela bomba. Esta lâmina deve apresentar largura que resulte folga de 3 a 5mm em relação ao
diâmetro interno do revestimento e a distância entre os orifícios de saída da água e a extremidade
biselada, no mínimo 20 e máximo 30cm.
2.1.9 - Trado concha com 100±10 mm de diâmetro.
2.1.10 - Trado helicoidal com diâmetro mínimo de 56 mm e folga em relação ao diâmetro interno
do revestimento compreendida entre 5 e 7mm.
2.1.11 - Torquímetro com capacidade mínima de 50 kgf x m (recomendável 80 kgf x m ), dotado
de ponteiro de arraste que permite o registro do torque máximo.
2.1.12 - Disco centralizador consistindo em disco de aço com diâmetro de 3" externo e furo
central de 1 1/4" que tem por objetivo manter a composição das hastes da sondagem, centralizada
em relação ao revestimento, durante a medição do torque. Na face inferior do disco deve haver um
sulco de 4mm de largura, 4mm de profundidade e 2 1/2" de diâmetro para encaixe no
revestimento.
2.1.13 - Pino adaptador consistindo em tarugo sextavado de aço, com diâmetro de 1 1/4" e rosca
BSP de 1" em uma de suas extremidades.
2.1.14 - Diversas ferramentas e acessórios complementares.
As figuras 1 a 7 mostram desenhos e fotos do equipamento utilizado.
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FIGURA 3 - O Trépano ou Peça de Lavagem
FIGURA 5 - Os Trados
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FIGURA 6- O Conjunto Moto-Bomba
FIGURA 7 - O Torquímetro
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2.2.1 - Perfuração
A perfuração é iniciada com o trado cavadeira. até a profundidade de 1m, quando é então instalado
o primeiro segmento do tubo de revestimento.
No prosseguimento da perfuração utiliza-se o trado helicoidal (perfuração a seco) até que o
mesmo se torne inoperante (menos de 50mm após 10 minutos de operação, ou ocorrência de solo
não aderente ao trado) ou até encontrar o nível d'água. Passa-se a seguir para o processo de
perfuração por circulação d'água ou lavagem, no qual, utilizando-se o trépano ou peça de lavagem,
acoplada à extremidade inferior da haste, como ferramenta de escavação, promove-se à remoção
do material escavado por meio de injeção, sob pressão, de água no interior da haste, em processo
dito de circulação direta, onde o fluxo de retorno, entre a haste e o revestimento, transporta o solo
escavado até à superfície. Este fluxo ascensional retorna ao reservatório d'água através da bica
situada no topo do revestimento.
Durante a perfuração, caso as paredes do furo mostrem-se instáveis, procede-se a descida do tubo
de revestimento, através de sua cravação utilizando o martelo adequado, até onde se fizer
necessário.
Em sondagens profundas, onde a cravação e posterior remoção do revestimento mostrem-se
problemáticas, poderão ser empregadas lamas de estabilização, no lugar do revestimento.
Durante a perfuração são anotadas as profundidades das transições entre as diversas camadas,
detectadas por exame tátil-visual do material trazido pelo trado durante a perfuração a seco e, pelo
material coletado na bica, quando da perfuração por circulação d'água.
Durante a perfuração por lavagem, o nível d'água no interior do furo é sempre mantido em cota
igual ou superior à do nível d'água do terreno, para impedir o refluxo de material para dentro do
furo.
As figuras 8 e 9 ilustram o acima descrito.
Revestimento
Trado cavadeira
(início do furo)
Trado espiral
(após revestir)
9
Água injetada sob
pressão pela bomba
Bica (retorno
da água)
Revestimento
Peça de lavagem
(trépano)
2.2.2 - Amostragem
Consiste inicialmente na coleta de uma parte representativa do solo escavado pelo trado concha
no primeiro metro da perfuração.
A seguir, na profundidade de 1m e, a cada metro subsequente, até o término da sondagem, serão
colhidas amostras por meio do amostrador padrão
Todas as amostras, devidamente embaladas em recipientes plásticos, para preservação de sua
umidade, deverão ser perfeitamente identificadas com o número do furo, número da amostra,
profundidade e local da obra e, serão guardadas para posterior classificação e exame mais
detalhado.
A primeira classificação e descrição é feita pelo próprio sondador que a anota no seu impresso
apropriado (folha de campo), juntamente com os demais dados coletados durante a sondagem.
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como referência o topo do revestimento.A cravação é efetuada pelo martelo padrão de 65kg,
caindo em queda livre de uma altura de 75cm, controlada pela marca existente na haste guia.
A cravação do amostrador será interrompida antes da penetração dos 45 cm quando:
-Em qualquer dos 3 segmentos de 15 cm, o número de golpes ultrapassar 30, ou
-Um total de 50 golpes tiver sido aplicado desde o início do ensaio, ou
- Não se observar nenhum avanço do amostrador durante 5 golpes sucessivos.
Define-se o índice de resistência à penetração, SPT, de um solo como sendo o número de golpes
de um martelo de 65kg, caindo em queda livre de 75cm de altura, necessários à cravação dos
últimos 30cm de um amostrador padronizado, após penetração inicial de 15cm.
Na prática considera-se como SPT a soma do número de golpes obtida nas duas últimas etapas da
cravação, após a penetração não considerada da primeira etapa, mesmo quando estas penetrações
não forem de exatos 15 cm, porém não excedendo significativamente este valor.
No registro dos resultados de um ensaio de penetração, anotado sob forma de fração, o numerador
indica o número de golpes (se P indica zero golpes) e o denominador indica a penetração ocorrida.
Os exemplos a seguir ilustram o exposto:
P/0 ; 2/15 ; 3/15 ; 5/15 corresponde a um SPT de 8
P/3 ; 2/12 ; 4/15 ; 6/15 corresponde a um SPT de 10
P/2 ; 4/17 ; 6/11 ; 8/15 não define um SPT. Na prática, entretanto, costuma-se avaliar o SPT pelo
valor proporcional obtido de SPT= (30/26) x 14 =16 , ou mesmo por 6+8=14
P/60 indica um solo muito fraco cujo SPT pode ser assimilado a zero
P/18 ; 1/28 indica um solo muito fraco cujo SPT pode ser assimilado a 1
P/8 ; 1/10 ; 2/15 ; 4/12 não define um SPT. A avaliação proporcional permite avaliar
SPT=(30/27)x 6=7, podendo-se também adotar 2+4=6
P/0 ; 15/15 ; 20/15 ; 15/11 não define um SPT, cuja avaliação proporcional seria dada por
SPT= (30/26) x 35 = 40 ou, 20+15=35
P/0 ; 30/15 ; 20/8 idem, valor proporcional, SPT=(30/8)x20=75
P/0 ; 30/13 idem, valor proporcional, SPT=(30/13)x30=69
O conhecimento do SPT de um solo permite avaliar, no caso de solos argilosos, sua consistência e,
no caso de solos arenosos, sua compacidade. A ABNT, na Norma Brasileira NBR 6484 (fevereiro
2001), fornece as correlações a serem adotadas e que são mostradas na tabela 1 a seguir
apresentada:
SOLOS ARENOSOS SPT COMPACIDADE
4 Fofa
Pedregulhos, areias e siltes 5a8 Pouco compacta
arenosos 9 a 18 Medianamente compacta
19 a 40 Compacta
>40 Muito Compacta
SOLOS ARGILOSOS SPT CONSISTENCIA
2 Muito mole
3a5 Mole
Argilas e siltes argilosos 6 a 10 Média
11 a 19 Rija
>19 Dura
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O valor do SPT de um solo depende essencialmente das condições em que foi obtido. Sua
variação é condicionada por diversos fatores como a seguir relacionados:
a) Fatores ligados ao equipamento:
- Forma, dimensões e estado de conservação do amostrador
- Peso e estado de conservação das hastes
- Peso de bater com massa diferente da padrão
- Natureza da superfície de impacto inadequada (inexistência ou deficiente estado de conservação
do coxim de madeira dura)
- Diâmetro do tubo de revestimento inferior ao requerido
- Diâmetro do trado helicoidal ou do trépano insuficientes
- Bomba d'água com inadequada vazão e ou pressão
b) Fatores ligados à execução:
- Variação da energia do golpe em função de variação na altura de queda do martelo e ou presença
de atritos no cabo de sustentação do mesmo
- Incorreções no processo de perfuração, resultando em furo não suficientemente alargado para
livre passagem do amostrador
- Perfuração com nível d'água dentro do furo abaixo do NA
- Má limpeza do furo antes da descida do amostrador
- Presença de pedregulhos no interior da escavação
- Excesso de lavagem para cravação do revestimento
- Erro na contagem do número de golpes
Tendo em vista a importância da correta determinação do SPT, pois o mesmo, na maioria das
vezes, é a única avaliação disponível da resistência dos solos, conclui-se da importância que as
sondagens sejam executadas por empresas bem conceituadas no mercado, que exerçam rígidos
controles sobre seus equipamentos e processos e que possuam sondadores qualificados.
Inexoravelmente a manutenção de tais requisitos implica em preços algo superiores àqueles
ofertados por empresas que não cumprem os mesmos.
Sendo as sondagens um produto de preço desprezível quando comparado ao da obra, enfatiza-se as
desvantagens e, mesmo riscos que se acham envolvidos na escolha do executor de sondagens, com
base somente nos preços ofertados, sem garantia da qualidade do serviço
.
2.2.4 - Medida do torque necessário ao descolamento do amostrador após execução do ensaio SPT
– Ensaio SPTT
Após a cravaçâo do amostrador no ensaio SPT, seu descolamento do solo exige a rotação da haste.
Quando também se mede o torque (ensaio SPTT) tal rotação é provida manualmente, girando o
torquímetro conectado à extremidade superior da haste, através de disco centralizador e pino
adaptador. Na ocasião mede-se o máximo torque capaz de girar a haste (TMÁX) e, tem-se sugerido
também a medição do torque residual, que seria o valor mantido
Tais valores são anotados pelo sondador em sua folha de campo e servirão para posterior análise e
estabelecimento de correlações com os valores do SPT e do atrito lateral (adesão) do solo com o
amostrador.
A adesão pode ser calculada a partir da equação proposta por Ranzini(1994):
Denomina-se Índice de Torque (TR) a relação entre TMAX (em kgf x m) e o SPT.
Para os solos da Bacia Sedimentar Terciária de São Paulo (BSTSP) determinou-se que TR
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Para os solos residuais de São Paulo Décourt e Quaresma Filho(1994) sugerem que TR 2
Para os solos residuais de Belo Horizonte temos observado TR 1,9
As observações têm indicado que quanto mais estruturado for o solo maior será o valor de TR,
sendo o torque muitíssimo menos susceptível de sofrer influencia desta estrutura.
O SPT sim é que varia muito com a estrutura do solo (cresce em solos mais estruturados), o que
explica a sua grande heterogeneidade nos solos residuais, fazendo com que duas sondagens
executadas uma ao lado da outra, muitas vezes mostrem valores de SPT muito diferentes.
A grande vantagem do torque esta em mostrar-se muito mais homogêneo, o que levou mesmo a
Décourt (1991b) a propor que se definisse N(SPT)equivalente como sendo o valor de TMAX (kgf x m)
dividido por 1,2.
Uma outra vantagem do torque sobre o SPT é que o mesmo sofre pouca influência da presença de
pedregulhos no solo, o que não acontece com o SPT, que pode mostrar-se falsamente aumentado
várias vezes, não porque a camada tenha maior compacidade, mas sim devido à presença de
pedregulhos com dimensões da ordem de grandeza do bico do amostrador, interferindo na medida
do número de golpes.
Tudo tem indicado que a crescente utilização do SPTT, venha a propiciar bases mais precisas e
seguras para a estimativa da resistência dos solos e, consequentemente para a engenharia de
fundações.
A figura 10 ilustra os procedimentos acima descritos e referentes aos ensaios SPT e SPTT
2.2.5 - Determinação do NA
A determinação da correta posição do nível d'água no subsolo revela-se de extrema importância,
pois, interfere de maneira decisiva na escolha do tipo da fundação e em diversos outros
condicionantes executivos de uma obra.
Durante a execução das sondagens, se a presença do NA é observada ainda na fase de perfuração a
seco, a precisão da determinação é grande e, em geral, bastante confiável.
Entretanto, se ocorre após o início da perfuração por lavagem, a correta posição do NA pode ficar
mascarada e, exigir que medidores (tubos de PVC perfurados e envoltos em tela de malha fina e
areia), sejam deixados no interior do furo, ao seu término, para que medições posteriores possam
confirmar a correta posição do lençol freático.
A determinação da posição do NA durante a execução do furo consiste no esvaziamento do
mesmo ao final do dia, através de ferramenta especial (baldinho), registrando-se o nível final de
equilíbrio que é novamente aferido no dia seguinte, pela manhã, antes do início dos trabalhos. Esta
operação é repetida diariamente e, no mínimo 12 horas após o término da sondagem, desde que o
furo permaneça estável (sem fechar).
Adota-se como NA final aquele observado em cota mais elevada.
Esta determinação pode , no entanto, conter erros, às vezes grosseiros, principalmente em solos de
baixa permeabilidade onde a obtenção do nível final de equilíbrio pode exigir tempos muito
maiores. Alem disto, infiltrações de águas pluviais, esgotos, fossas próximas ou chuvas podem
induzir a enganos. Finalmente, muitas vezes a determinação final, após 12 horas do término das
sondagens, não se mostra possível por desmoronamento das paredes do furo. Neste caso, a cota de
tal ocorrência pode ser interpretada como provável posição do NA.
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Peso de bater
(65kgf)
Torquimetro
Haste guia
Altura Pino de
Cabeça de queda encaixe
bbater =75 cm
3 intervalos
de 15cm
Haste
padronizada
Amostrador
padronizado
15
TORQUE (kgf x m)
TORQUE (kgf x m)
SONDAGEM DE RECONHECIMENTO FURO Nº- SONDAGEM DE RECONHECIMENTO FURO Nº-
CLIENTE CLIENTE
LOCAL LOCAL
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3 - Sondagens rotativas e mistas
A sondagem rotativa emprega equipamentos e processos que se mostram capazes de perfurar
materiais impenetráveis para as sondagens à percussão, tais como rochas, pedras (matacões) ou
outros obstáculos encontrados no subsolo, inclusive concreto.
São executadas por meio de equipamentos (sondas rotativas), ferramentas e processos a seguir
apresentados
3.1 – Equipamentos
3.1.3 - Revestimento
É composto por tubos de aço, de paredes grossas, disponíveis em diversos diâmetros e
comprimentos e emendáveis entre si por roscas macho e fêmea. Servem para sustentar as paredes
do furo, sendo mais usualmente empregados nos seguintes diâmetros (a primeira letra indica o
diâmetro e a segunda o tipo de rosca utilizado)
3.1.4 - Barriletes
São amostradores de aço, cilíndricos, que conectados na extremidade inferior das hastes servem
para coletar as amostras (testemunhos) do material perfurado.
Podem ser de dois tipos:
- Parede simples: são aqueles nos quais o testemunho fica em contacto direto com a parede externa
do barrilete, que gira quando da perfuração e a água de limpeza e refrigeração passa entre a
amostra e a parede.
- Duplo giratório: são os que dispõe de tubo interno não giratório, preso ao amostrador por
rolamento, permitindo que o testemunho fique protegido da rotação da parede externa, bem como
da água de perfuração.
3.1.5 - Coroas
São ferramentas de corte que vão conectadas à extremidade inferior dos barriletes e que dispõe de
superfície revestida por material de grande dureza (widia ou diamante) capaz de cortar o material
perfurado por abrasão.
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3.1.6 - Alargadores ou calibradores
São peças em formato de luva cilíndrica, dispondo de sua superfície lateral externa revestida por
diamantes e, que vão intercaladas entre o barrilete e a coroa e servem para calibrar o diâmetro do
furo executado.
3.1.7 - Caixa de mola e mola
Constituem conjunto de peças tronco-cônicas que retêm o testemunho no interior do barrilete.
3.1.8 - Sapatas
São ferramentas de corte similares às coroas, utilizadas na extremidade inferior dos revestimentos
para permitir o corte complementar da rocha, já previamente perfurada pelo barrilete, durante o
seu avanço. Podem ser também de widia ou diamante
3.1.9 - Conjunto moto-bomba
Compreende uma bomba de elevada capacidade de vazão e pressão, em geral de pistão e
movimentada por motor diesel, responsável pela injeção, através das hastes, da água requerida
para remoção dos resíduos da perfuração, bem como refrigeração da coroa.
3.1.10 - Tripé
Formado por tubos de aço sustenta em seu topo polia através da qual cabo de aço acionado por
guincho existente na sonda, permite a manipulação das ferramentas de perfuração
As figuras 13 a 21 a seguir mostram detalhes do equipamento descrito.
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FIGURA 14 - Foto de uma sonda rotativa
FIGURA 15 - Foto de uma sonda rotativa com o fuso inclinado para perfuração de tirantes
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FIGURA 16 - Barrilete simples FIGURA 17 - Barrilete duplo giratório
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FIGURA 20 - Calibrador ou FIGURA 21 - Calibrador, caixa de mola, mola e coroa
Alargador
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FIGURA 22 - Foto de uma caixa de testemunhos
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FIGURA 23 - Percentagem de recuperação e RQD
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Grau de fraturamento Número de fraturas por metro
Ocasionalmente fraturado 1
Pouco fraturado 2a5
Medianamente fraturado 6 a 10
Muito fraturado 11 a 20
Extremamente fraturado >20
Em fragmentos Pedaços de diversos tamanhos caoticamente dispersos
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FIGURA 24 - Perfil de uma sondagem mista
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4.3 – Parâmetros de resistência
Estes parâmetros, necessários às análises da carga de ruptura (capacidade de carga) das fundações
são estimáveis através do SPT, somente para a resistência rápida ou não drenada dos solos
argilosos (coesão), ou da resistência lenta ou drenada dos solos arenosos (ângulo de atrito
interno).
Assim, as análises procedidas empregando os parâmetros de resistência estimados pelo SPT e, a
seguir indicados, levam em conta as condições acima mencionadas, que em geral, são as que
conduzem aos resultados considerados mais adequados para a grande maioria das situações
práticas.
Eventualmente, se necessária análise com condição diferente, a resistência do solo deverá ser
determinada através de ensaio laboratorial específico, ou, preferencialmente ensaio “in situ”.
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5 - Bibliografia
- ABNT - NBR 6484 (fev. /2001) – Sondagens de Simples Reconhecimento com SPT – Método
de Ensaio
- ABNT - NBR 6502 (1995) – Rochas e Solos - Terminologia
- ABNT – NBR 13441 (1995) – Rochas e Solos - Simbologia
- ABNT - NBR 8063 (1983) - Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos
para fundações de edifícios. - Procedimento
- Alonso U. R. (1994) - Correlação entre o atrito lateral medido com o torque e o SPT - Revista
Solos e Rochas, vol. 17, nº 3, Dezembro 1994.
- Decourt L. (1991a) - Special problems on foundations, General Report - Proc. IX PAMCSMFE,
vol. IV, pp 1953-2001, Viña del Mar.
- Decourt L. (1991b) - Previsão dos deslocamentos horizontais de estacas carregadas
transversalmente com base em ensaios penetrométricos - Proc. SEFE II, vol. II, pp 340-362, São
Paulo.
- Decourt L. (1992) - SPT on no classical materials - US/Brasil Geotechnical Workshop on
Applicability of Classical Soil Mechanics Principles to Structured Soils - Belo Horizonte.
- Decourt L. e Quaresma Filho A. (1994) - Practical applications of the Standard Penetration Test
complemented by Torque Measurements, SPT-T; Present Stage and Future Trends - Proc. of XIII
ICSMFE, vol. I, pp 143-146, New Delhi.
- Decourt L. (1995) - Prediction of Load Settlement Relationships for Foundation on the Basis of
the SPT-T - Ciclo de Conferencias Internacionais Leonardo Zeevaert - pp 87-104, Mexico.
- Maria José C. Porto A. de Lima (1980) - Prospecção Geotécnica do Subsolo - Livros Técnicos e
Científicos Editora S.A.
- Ranzini S. M. T. (1988) - SPTT - Revista Solos e Rochas, vol. II, pp 29-30.
- Waldemar Hachich e outros (1996) - Fundações Teoria e Prática - ABMS/ABEF - Editora Pini -
Capítulo 3 - Investigações Geotécnicas - pp 119-162.
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CAPITULO II
FUNDAÇÕES – CLASSIFICAÇÃO, TIPOS, CONCEITOS BÁSICOS,
DIMENSIONAMENTOS
1 – Cassificação
Denomina-se fundação o ou os elementos de uma construção que transmitem as cargas da mesma
ao subsolo.
São usualmente classificadas na prática da Engenharia como Fundações Diretas ou Fundações
Profundas.
Uma fundação é dita direta ou superficial quando se apoia em camada de solo ocorrente em
pequena profundidade.
Segundo a NBR 6122 uma fundação superficial é aquela cuja profundidade de apoio não excede a
duas vezes sua menor dimensão (largura).
Uma fundação é dita profunda quando seu apoio é provido por camadas de solo ocorrentes em
maiores profundidades.
Teoricamente como poder-se-á ver mais tarde, a diferença básica entre uma fundação superficial e
uma profunda reside no modelo admitido para o desenvolvimento de sua capacidade de carga.
2 – Tipos
As fundações superficiais podem se de diversos tipos como a seguir descrito:
Blocos - fundações de concreto simples ou ciclópico, com alturas compatíveis a não necessitarem
de armadura, sendo as tensões de tração resistidas pelo próprio concreto.
Sapatas - fundações de concreto armado, com alturas menores e onde as tensões de tração são
resistidas por armadura.
Vigas de fundação - fundações corridas que suportam pilares alinhados ou paredes de alvenaria,
podendo ter seção transversal tipo bloco (sem armadura) e, neste caso, frequentemente
denominadas baldrames ou, tipo sapata (armada).
Grelhas - fundações constituídas por conjunto de vigas que se cruzam em pilares.
Sapata associada - fundações que recebem alguns pilares não alinhados de uma edificação.
Radier - fundação que recebe todos os pilares de uma edificação.
A figura 25 ilustra o anteriormente exposto
29
As fundações profundas compreendem as estacas e os tubulões, sendo as primeiras os elementos
cuja execução demanda a utilização de equipamentos e processos específicos e, os tubulões sendo
aqueles que têm pelo menos uma fase de sua execução (abertura da base), realizada manualmente.
(figura 26)
(a) (b)
3 – Conceitos básicos
3.1 – Capacidade de carga (Qu)
Entende-se por capacidade de carga de uma fundação a máxima carga que a mesma pode suportar
sem se romper.
3.2 – Recalque
Denomina-se recalque a deformação (afundamento) de uma fundação.
Os recalques podem ser classificados em:
3.1 - Recalque total (s) : corresponde à máxima deformação observada em um dado ponto
3.2 - Recalque diferencial () : corresponde à diferença entre os recalques totais de dois pontos
quaisquer.
3.3 - Recalque diferencial específico ou distorção angular () : corresponde ao recalque diferencial
dividido pela distancia entre os pontos considerados.
3.4 - Inclinação (w) : corresponde ao recalque diferencial específico entre dois pontos extremos da
estrutura.
A figura 27 ilustra estes diversos tipos de recalques.
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FIGURA 27 – TIPOS DE RECALQUE
sA , sB = recalques totais ou absolutos dos pontos A e B
AB = sA – sB = recalque diferencial entre A e B
= AB / AB = recalque diferencial específico entre A e B
w = = inclinação
A B
sA
AB
A w sB
B
31
- MacDonald e Skempton (1955) sugerem a partir de suas observações os seguintes valores de
recalques admissíveis, sendo os primeiros aqueles constatados e os entre parênteses os
recomendados pelos autores:
- Bjerrum (1963) realizou estudo bastante completo, estabelecendo limites para as distorções
angulares em função dos danos observados e correlacionou tais limites aos máximos recalques
diferenciais e totais observados em areias e argilas. Os resultados obtidos são mostrados nas
figuras 28, 29 e 30.
32
FIGURA 29 - Recalques diferenciais e totais máximos em areias (Bjerrum)
33
3.4 – Carga admissível ( Qadm)
É a máxima carga que pode ser adotada para uma fundação, levando-se em conta uma segurança
à ruptura e, à ocorrência de um recalque considerado admissível. Depende, portanto, do solo e
também da construção em estudo.
4 – Dimensionamentos
O dimensionamento de uma fundação envolve sempre 3 aspectos que deverão ser considerados e
analisados:
4.1 - Dimensionamento geotécnico:
É aquele que leva em conta o solo como elemento de suporte da fundação, consistindo na fixação
de sua capacidade de carga, na determinação das deformações (recalques) que irão ocorrer e,
finalmente no estabelecimento da carga admissível que poderá ser adotada nas condições
consideradas.
4.2 - Dimensionamento geométrico:
É aquele que permite fixar a geometria da fundação aí incluídas sua forma e dimensões.
4.3 - Dimensionamento estrutural:
É aquele que analisa e estabelece o adequado comportamento da fundação sob o ponto de vista
estrutural.
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BIBLIOGRAFIA
- Fundações Teoria e Prática - ABMS / ABEF - Editora Pini - São Paulo - 1996
- NBR 6122/94 - Projeto e Execução de Fundações - ABNT - 1994
- Fundações Aspectos Geotécnicos - Pedro Paulo Costa Velloso - PUC - Rio de Janeiro - 1982
- Foundation Engineering Handbook - Winterkorn and Fang - Van Nostrand Reinhold Company -
USA - 1975
- Foundation Analysis and Design - Joseph E. Bowles - International Student Edition - Mc Graw
Hill Kogakusha Ltd - Japan - 1977
- Foundation Design - Wayne C. Teng - Prentice Hall International Inc. - USA - 1962
- The Design of Foundations for Buildings - Johnson and Kavanagh - Mc Graw Hill Book
Company - USA - 1968
- Foundation Engineering - Leonards - Mc Graw Hill Book Company - USA - 1962
- Introdução à Engenharia de Fundações - Simons e Menzies - Editora Interciência - São Paulo -
1977
- Exercícios de Fundações - Urbano Rodrigues Alonso - Editora Edgard Blucher Ltda - São Paulo
- 1983
35
CAPÍTULO III
DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO DE FUNDAÇÕES DIRETAS
1 - CAPACIDADE DE CARGA: CONCEITO, MECANISMO, RUPTURAS GERAL
E LOCAL
Entende-se por capacidade de carga de um solo a máxima tensão que o mesmo pode suportar sem
se romper.
O conceito de ruptura física ou geral envolve curva tensão x deformação onde percebe-se a
existência de uma tensão máxima que não pode ser excedida e, a partir da qual a deformação
ocorre contínua e incessantemente.
Entretanto, existem casos, especialmente nos solos menos resistentes (de baixas consistências ou
compacidades), que a ruptura física ou geral não ocorre. A tensão vai se elevando juntamente com
as deformações (recalques), sem que um valor máximo possa ser estabelecido. Neste caso a tensão
de ruptura é convencionalmente fixada a partir de uma deformação limite adotada e a ruptura é
dita local.
O mecanismo da ruptura geral foi proposto por Terzaghi, para as fundações diretas, que
estabeleceu o modelo e a equação matemática correspondente. O mecanismo da ruptura local não
foi ainda perfeitamente estabelecido, nem quantificado matematicamente, podendo, segundo
Terzaghi, ser estudado pela teoria proposta para a ruptura geral desde que a resistência do solo seja
empiricamente reduzida conforme relações a seguir:
ccorrigida = 2/3 c
Øcorrigido = arctg(2/3 tgØ)
36
Ruptura geral Ruptura local
FIGURA 32 - Mecanismos de ruptura
Os fatores de capacidade de carga podem ser calculados pelas equações a seguir ou, tirados da
tabela II
Nq = tg2 (45 + Ø/2) e tgØ equação 2
Nc = (Nq - 1) cotgØ equação 3
N Nq - 1) tgØ equação 4
Fatores de inclinação
Ic = iq - (1- iq)*( Nq-1) equação 11
M = momento
D = profundidade
q= sobrecarga
Sapata de dimensões
B = largura
L = comprimento
D
h submerso
Bcorrigido
Valor interpolado
41
Sapata apoiada a 2,00m de prof. q = 2*1,9 = 3,8 t/m2
ML = 2*2 = 4 tm
eL = 4 / 40 = 0,1m
Lcorrigido = 2 - 2*0,1 = 1,8m
Af = 1*1,8 = 1,8 m2
sq =1+(1/1,8)tg30=1,321
s=1-0,4 (1/1,8)=0,778
dq =1+0,289tg-1(2/1)=1,320
qu=51,77*(3,8/1,9)*(1,321/1,304)*(1,320/1,289)+9,47*(0,778/0,789)
qu=107,41 + 9,34 = 116,75 117 t/m2
qtrab = 40/1,8 = 22,22 22 t/m2
FS = 117/22 = 5,32
FS = (5,32-2,9) / 2,9 = 83,4% (acréscimo)
NA a 1,00m de profundidade
qu = 51,77 + 9,47*(0,9/1,9) = 56,25 56 t/m2
FS = 56/21 = 2,67
FS = (2,67-2,9) / 2,9 = -7,9% (decréscimo)
Exemplo de aplicação 2
Resolver o mesmo problema anterior para apoio em solo argiloso com SPT = 10
Dados B=1m
L=2m
D=1m
Solo argiloso SPT=10 - =1,7 t/m3
c = 10,0 t/m2
= 0º
h = 3m
H = 2t
V = 40t
42
Situação inicial Verificação da compatibilidade de H - H 1,9*10 + 0 = 19 t OK
Correção das dimensões
eB = 0 - Bcorrigio = B =1m
eL =ML/V=2*1/40=0,05m - Lcorrigido = L-2 eL =2-0,1=1,9m
Af = 1*1,9 = 1,9m2
Fatores de forma, profundidade e inclinação
s = 0,2*1/1,9 = 0,105
d= 0,4*1/1 = 0,400
i = 0,5 - 0,5 1 (2 / 1,9 * 5) = 0,027
Sobrecarga - q = 1,7*1 = 1,7t/m2
Correção devida ao NA - h = 3m > 1+1 - Não há correção
Capacidade de Carga
qu = 5,14 *10 (1+0,105+0.400-0,027) + 1,7 =77,67 78 t/m2
Tensão de trabalho - qtrab = 40/1,9 = 21,05 21 t/m2
Coeficiente de segurança - FS = 78/21 = 3,71
Exemplo de aplicação 3
Estudar a variação na capacidade de carga de uma sapata quadrada, apoiada em solo arenoso e
argiloso, com SPT=6, na profundidade de 1m, devida à variação de sua largura entre 1 e 3m.
44
Solo argiloso SPT=6 - =1,7 t/m3
c = 6 t/m2
= 0
45
3 – CÁLCULO DO RECALQUE.
O recalque de uma fundação direta pode ser calculado por
s = q*B*(1-2)*I* / E equação 23
D
Solo com parâmetros
elásticos
E , H
Fundação de dimensões
BxL
Solo incompressível
46
Fator de Influência - fundação rígida
H = espessura da camada recalcavel
B = largura da fundação (raio se circular)
L = comprimento da fundação
1,7
1,6 Corrida
1,5 L/B=5
1,4 L/B=3
1,3
Fator de influencia ( I )
1,2 L/B=2
1,1
L / B = 1,5
1
0,9
Quadrada
0,8
Circular
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5
H/B
47
OBS: Se D/(LB)1/2 1 utiliza-se a parte superior do gráfico, se não, inverte-se o valor e utiliza-se
a parte inferior.
E1 ,1 E2 ,2
E1 ,1
E2 ,2
= + -
E2 ,2
s = ss2 - s3 )
FIGURA 40 - Superposição de efeitos para cálculo do recalque de 2 camadas
Os valores de s1, s2, s3, correspondem a uma só camada e podem ser calculados pela equação 23. O
coeficiente de embutimento , obtido na figura 39, em função de D, B e L, aplica-se aos três termos e
s é o recalque procurado da fundação apoiada sobre as 2 camadas. Temos ainda:
s1 = recalque da camada 1
s2 - s3) = recalque da camada 2
Exemplo de aplicação 4
Calcular o recalque de uma fundação direta com dimensões 4 x 4m, suportando uma carga de 200t,
apoiada a 1m de profundidade em uma camada de areia siltosa com SPTmedio=5 e 3m de espessura,
superposta a camada de argila siltosa com SPTmedio=4 e 2m de espessura, que sobrepõe-se a camada de
silte arenoso com SPTmedio=15 e espessura 5m, apoiada em material incompressível (alteração de rocha
com SPT30)
Dados.
B=L=4,0m
D=1,0m
Camada 1 H=3,0m
areia siltosa com SPTmedio=5 E1=210*6=1260t/m2
=0,2
Camada 2 H=2,0m
argila siltosa com SPTmedio=4 E2=100*4=400t/m2
=0,2
Camada 3 H=5,0m
silte arenoso com SPTmedio=15 E3=225*15=3375t/m2
=0,35
49
Pelo princípio de superposição dos efeitos:
s = [s1+(s2-s3)+(s4-s5)] = s1+(s2-s3)+ (s4-s5) onde
s1 = recalque da camada 1
(s2-s3) = recalque da camada 2
(s4-s5) = recalque da camada 3
Superposição de efeitos
0 0 0 0 0
s1 s2 s3 s4 s5
s1 = (200/16)*4*(1-0,22)/1260*0,47 = 0,018m=1,8cm
s2 = (200/16)*4*(1-0,22)/400*0,65 = 0,078m=7,8cm
s3 = (200/16)*4*(1-0,22)/400*0,47 = 0,056m= 5,6cm
s4 = (200/16)*4*(1-0,352)/3375*0,79 = 0,010m=1,0cm
s5 = (200/16)*4*(1-0,352)/3375*0,65 = 0,008m=0,8cm
50
Pode também ser estimada através de critérios empíricos, baseados no SPT e em indicações
fornecidas pela NBR 6122/96.
Pode ainda, constituindo-se na melhor avaliação, ser obtida através de provas de carga.
4.2.1- O intervalo de validade do SPT visa impedir o apoio de fundações diretas em solos moles
ou fofos e, ainda limitar o valor máximo de qadm em 4kg/cm2.
4.2.2- Abaixo da cota de apoio da fundação não ocorrem solos de menor valor de N que o
adotado. No caso positivo uma análise de recalques pelo processo teórico será indispensável
para avaliar o recalque esperado.
4.2.3- Pressupõe-se que as sondagens disponíveis sejam confiáveis, ou seja, tenham sido
executadas por firma idônea, seguindo as técnicas e padrões estabelecidos pela NBR 6484 -
Execução de sondagens de simples reconhecimento dos solos.
4.2.4-Abaixo da cota de apoio da fundação não existem solos porosos ou colapsíveis, cuja quebra
da estrutura poderá provocar recalques consideráveis . Da mesma forma a fundação não deverá se
apoiar em aterros, a não ser aqueles compactados e construídos sob absoluto controle de forma a
garantir a ausência de materiais indesejáveis como, matéria orgânica, entulho, lixo, etc.
51
OBS: 1 Mpa = 10 kg/cm2
4.3.1 - Para solos granulares (classes 4 a 9 da tabela III), a pressão admissível pode se corrigida
em função da largura B da fundação, da seguinte maneira:
a) No caso de construções não sensíveis a recalques, os valores da tabela, válidos para largura
de 2m, devem ser corrigidos proporcionalmente ao valor da largura, ficando entretanto
limitados a 2,5 vezes o valor da tabela, mesmo que a largura seja superior a 10m.
b) No caso de construções sensíveis a recalques, deve-se fazer uma verificação do recalque
esperado, para larguras superiores a 2m, ou, manter o valor da tabela.
c) Para larguras inferiores a 2m o valor da tabela deve ser reduzido proporcionalmente.
4.3.2 – Ainda para solos granulares, as pressões da Tabela III devem ser aplicadas para fundações
assentes a uma profundidade, medida a partir do topo da camada de assentamento, menor ou igual
a 1m. Para profundidades maiores, estando a fundação totalmente confinada pelo solo adjacente,
os valores da tabela podem ser majorados em 40%, para cada metro de profundidade excedente a
1m, ficando, entretanto, limitados a 2 vezes o valor da tabela, mesmo que a profundidade exceda a
3,5m. (1+2,5m)
4.3.3 – Em qualquer situação, inclusive nos casos citados nos itens 5.2 e 5.3, pode-se somar à
pressão adotada, a pressão efetiva de peso do solo sobrejacente, desde que garantida sua
permanência.
52
4.3.4 – Os efeitos a que se referem o disposto nos itens 5.2 e 5.3, não podem ser condiderados
cumulativamente se ultrapassarem a 2,5 vezes os valores indiacados na Tabela III.
4.3.5 – Para os solos finos (classes 9 a 15 da Tabela III) os valores indicados devem ser aplicados
a fundações com área não superior a 10m2. Para áreas superiores os valores da tabela devem ser
reduzidos através de suas multiplicações por um fator de redução calculado como:
Fator de redução = 10 / S
onde S é o valor em m2 da área considerada.
53
FIGURA 41 - Resultados de uma prova de carga sobre placa apoiada no solo
54
Em solos argilosos:
Em solos arenosos:
onde os significados são os mesmos, porem, tanto a placa como a fundação são quadradas. (para
circulares utilizar o diâmetro do círculo de área equivalente).
Exemplo de aplicação 5
A interpretação da prova de carga mostrada na figura 41, (placa de 80 cm de diâmetro) utilizando
a curva obtida ligando os pontos de estabilização dos recalques em cada estágio de carga, para
fundações quadradas, suportando até 150t conduz, para um recalque admissível na fundação de
4cm:
Observa-se ser este valor bem superior ao estimado em bases empíricas, constituindo-se na
melhor avaliação da tensão admissível.
55
Exemplo de aplicação 6
Calcular a tensão admissível, pelo processo teórico, para uma fundação rígida, apoiada na cota -2,0m
do perfil de subsolo representado pela sondagem abaixo mostrada, admitindo-se que ela pertença a um
prédio de apartamentos para o qual estima-se em 40t a máxima carga atuante na fundação
Argila siltosa média SPT = 6 qadm = 6/5 1,2 kg/cm2 = 12 t/m2 (com base no SPT)
0
-1 4 NA
.2 6 Argila siltosa, mole a média
-3 8 marrom
-4 7
-5 12
-6 15
Medte compacto
-7 18 Silte arenoso, rosa e
-8 45 branco
-9 45/5 Compacto Solo Residual
= 1,70 t/m3
Ø = 0º
c = 6,00 t/m2
E = 100*6 = 600 t/m2
= 0,40
0 0 0
Silte arenosos med. Silte arenosos med.
Argila média compacto compacto
-5 -8 -5
s1 s2 s3
56
B = (40 / 17)1/2 = 1,55m
D / (L*B)1/2 = 2 / (1,55*1,55 )1/2 = 1,29>1
(L*B)1/2 / D = 0,73 = 0,67
L / B = 1,0
Portanto s = 2 + 0= 2 cm
BIBLIOGRAFIA
- Fundações Teoria e Prática - ABMS / ABEF - Editora Pini - São Paulo - 1996
- NBR 6122/94 - Projeto e Execução de Fundações - ABNT - 1994
- Fundações Aspectos Geotécnicos - Pedro Paulo Costa Velloso - PUC - Rio de Janeiro - 1982
- Foundation Engineering Handbook - Winterkorn and Fang - Van Nostrand Reinhold Company -
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- Foundation Design - Wayne C. Teng - Prentice Hall International Inc. - USA - 1962
- The Design of Foundations for Buildings - Johnson and Kavanagh - Mc Graw Hill Book Company -
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- Foundation Engineering - Leonards - Mc Graw Hill Book Company - USA - 1962
- Introdução à Engenharia de Fundações - Simons e Menzies - Editora Interciência - São Paulo - 1977
- Exercícios de Fundações - Urbano Rodrigues Alonso - Editora Edgard Blucher Ltda - São Paulo -
1983
57
CAPÍTULO IV
DIMENSIONAMENTO GEOMÉTRICO DE FUNDAÇÕES DIRETAS
1 - INTRODUÇÃO
O dimensionamento geométrico de uma fundação direta compreende a fixação de sua geometria,
incluindo forma e dimensões, em função da tensão admissível no terreno de apoio.
Conforme apresentado no Capítulo II, as fundações diretas se classificam em:
Sapatas - elementos de fundação em concreto armado
Blocos - elementos de fundação em concreto simples ou ciclópico
Radiers - elementos de fundação em concreto armado, recebendo a totalidade dos pilares de uma
edificação.
H = ( B - b ) / 2 * tg Relação 1
H
B
Fig. 42 - Altura dos blocos
Para que não seja necessário armar, o angulo deverá ser tomado igual ou superior ao valor do angulo
dado pela relação a seguir:
58
Se a tensão de tração no concreto supera o valor admissível ( qct ) e será necessário armar o
elemento de fundação (sapata)
A solução da equação expressa pela relação 2 é apresentada na tabela e gráfico da figura 43.
Figura 43 - Determinação de
Exemplo de aplicação 1
Calcular a mínima altura de um bloco de fundação, executado com concreto de fck 12Mpa, com
dimensões da base de 1,5 x 2,0m, suportando um pilar de 20 x 30cm, cuja carga é de 60t.
20
150
H
30
200
qs = 60 / (1,5*2,0) = 20 t/m2
qct = 120 / 20 = 6 kg/cm2 = 60 t/m2
qs / qct = 20 / 60 = 0,333 50º 50º
H = (200-30)/2 * tg 50º 100 cm
H = (150-20)/2 * tg50º 80 cm Adotar H = 100 cm
59
3 – PRESSÃO APLICADA AO TERRENO
3.1 – Fundações retangulares ou quadradas
A pressão p aplicada ao terreno por uma fundação de dimensões B (largura) por L (comprimento),
suportando uma carga normal N, um momento fletor M e uma carga horizontal H, atuando numa direção
paralela a B, (figura 44), pode ser calculada por:
M
p = N / (B*L) * (1 6*e/B) Relação 3
N onde e = excentricidade da carga normal
H
e = Mt / N Relação 4
D
sendo Mt = momento total atuante
Mt = M + H*D Relação 5
B
Os valores máximo, mínimo e médio da pressão valem
p min
pmax = N / (B*L) * (1 6*e/B) Relação 6
p max
pmin = N / (B*L) * (1
6*e/B) Relação 7
(pmax*3u) / 2 = N e portanto
60
e > B/6
pmax
N
B/2 B/2
2N/BL
N/BL
P max
B/6 B/2
excentricidade
Figura 45 Figura 46
O gráfico da figura 46 permite visualizar a variação de pmax com e, percebendo-se que para pequenas
excentricidades (e o valor de pmax cresce linearmente até o máximo do dobro do valor inicial (e
= 0). Quando o valor da excentricidade ultrapassa B/6 o crescimento de pmax torna-se muito rápido,
tendendo a um valor infinito quando e = B/2.
Daí se conclui ser extremamente perigoso utilizar excentricidades superiores a B/6, devido a pequenas
variações da excentricidade poderem provocar enormes variações na pressão máxima no solo,
eventualmente atingindo sua capacidade de carga e causando a ruptura da fundação.
A Norma Brasileira recomenda que a resultante dos esforços normais seja mantida dentro do terço médio
da seção (B / 6 para cada lado), admitindo, entretanto, que o valor de pmax supere em até 30% o valor da
pressão admissível, no caso em que todas as hipóteses de carregamento tenham sido consideradas e, na
hipótese mais desfavorável a máxima pressão no solo seja devida a cargas acidentais (por exemplo
vento), não sendo, entretanto, a pressão média ( N / (B*L) ) superior à pressão admissível.
A relação 3 pode ser generalizada para o caso de dupla excentricidade, ou seja, atuação de momentos nas
direções B e L, tomando a forma:
Exemplo de aplicação 2
Calcular as pressões, máxima, mínima e média no terreno de apoio de uma sapata retangular de 2 por 3m,
assente a 1,5m de profundidade e submetida aos seguintes esforços:
N = 180 t
MB = 10 tm
ML = 30 tm
HB = 2 t
HL = 6 t
61
MtB = 2*1,5 + 10 = 13 tm eB = 13/180 = 0,07 m < 2/6
MtL = 6*1,5 + 30 = 39 tm eL = 39/180 = 0,22 m < 3/6
pmax = 180 / (2*3) * (1+ 6*0,07/2 + 6*0,22/3) = 30*1,65 = 49,5 t/m2
pmin = 180 / (2*3) * (1- 6*0,07/2 - 6*0,22/3) = 30*0,35 = 10,5 t/m2
pmed = 180 / (2*3) = 30 t/m2
Exemplo de aplicação 3
Calcular a máxima pressão no solo de apoio de uma sapata quadrada de 2 x 2 m, submetida aos seguintes
esforços:
N = 50 t
MB = 25 tm
Exemplo de aplicação 4
Uma sapata retangular de 1,5 x 3,0m , apoiada a 1,5 m de profundidade em solo cuja pressão
admissível é de 30 t/m2, deverá ser carregada com os esforços a seguir indicados.
Vento na direção XX
Mty = 9 + (3*1,5) = 13,5 tm
ex = 13,5 / 110 = 0,12 m < 3,0 / 6 OK
pmax = 130 / (3*1,5) * (1 + 6*0,12/3)
pmax = 29 * 1,24 = 36 t/m2 < 1,3 * 30 t/m2 OK
Vento na
Y direção YY
My Mtx = 3 + (1*1,5) = 4,5
tm
ey = 4,5 / 113 = 0,04 m < 1,5 / 6 OK
pmax = 127 / (3*1,5) * (1 + 6*0,04/1,5)
pmax = 28 * 1,16 = 33 t/m2 < 1,3 * 30 t/m2 OK
1,50 m
X X
Conclui-se, portanto, que os esforços previstos são
compatíveis, pois:
Hx
3,00 m Mx
N
H R
2R
p min
p max
Figura 47
Quando
e=0 pmax = pmin = pmed = N / (*R2) Relação18
0 e R/4 pmax = N / (*R2)*(1 4*e/R) Relação19
pmin = N / (*R2)*(1 4*e/R) Relação20
pmed = N / (*R2) Relação21
e>R/4 pmax = K * N / (*R2) Relação22
O valor de K, a ser utilizado na relação 22 pode ser obtido na tabela ou gráfico da figura 48 a seguir:
63
e/R K
0,25 2,00
14
0,30 2,20 12
0,35 2,43 10
0,40 2,70
0,45 3,20 8
K
0,50 3,55 6
0,55 4,22
4
0,60 4,92
0,65 5,90 2
0,70 7,20 0
0,75 9,20
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
0,80 13,00 e/R
0,90 80,00
Exemplo de aplicação 5
Uma sapata de base circular com 2,00m de diâmetro, apoiada a 1,00m de profundidade, está submetida
a um esforço normal de compressão de 80t. Pede-se calcular a máxima pressão no solo de apoio
quando da atuação de um momento de 10tm. Pede-se também o acréscimo nesta pressão devido a
acréscimo de 20tm no momento atuante.
M = 10tm e = 10 / 80 = 0,13m R / 4
pmax = 80 / (3,14 * 1,002) * (1 + 4*0,13/1) = 39 t/m2
Δp = 66 – 39 = 27 t/m2
64
Pilar
Pilar equivalente
dado
O dimensionamento da fundação consiste em adequar suas dimensões de apoio de forma que a pressão de
trabalho, entendida como a pressão máxima atuante, não exceda a pressão admissível no solo.
Como a pressão de trabalho depende da área de apoio e, esta, por sua vez é, em geral (seções
retangulares), função do comprimento e largura, infinitas combinações destas dimensões são possíveis,
permitindo a escolha de uma delas para, então fixar a outra.
Nesta escolha, respeitados os critérios indicados nos itens 4.4 e 4.5, duas situações podem ocorrer:
a) Existe alguma restrição que impede a livre fixação das dimensões, por exemplo, alguma
interferência física que não permite que uma das dimensões exceda determinado valor
(figura 50)
Fundação
existente
Pilar para o
qual se deseja
dimensionar a
fundação
Neste caso a dimensão com restrição é fixada de acordo com a mesma e, a outra dimensão resulta da área
requerida para que a pressão atuante no solo não exceda a admissível.
65
Exemplo de aplicação 6
Dimensionar uma sapata para um pilar de 30 x 60 cm, sujeito a uma carga normal de compressão de 100t,
considerando uma pressão admissível no solo de 20 t/m2, nas condições indicadas na figura a seguir
0,75m
b) Não existe nenhuma restrição que impeça a livre escolha das dimensões.
Neste caso dever-se-á optar pelo dimensionamento mais econômico que é aquele que
conduz ao mínimo volume de concreto para a sapata, além de condicionar no cálculo
estrutural o mínimo peso da armação (mesma armação nas duas direções).
A condição para tal é que os “balanços” sejam iguais (figura 51)
Sapata
Pilar Dimensões B x L
Dimensões b x l
(B – b) / 2
(L – l ) / 2 = (B –b) / 2
(L – l ) / 2
Neste caso, a solução é única e as dimensões B e L podem ser calculadas a partir de valores conhecidos
de b, l, padm e N pela resolução do sistema de equações a seguir:
66
Exemplo de aplicação 7
Dimensionar as fundações do pilar a seguir indicado, para uma carga normal de compressão de 150t,
admitindo-se que a pressão admissível no solo seja de 30t/m2.
20 30
20
60
CG
yg
20
xg
100
Determinação do CG do pilar
59,5
CG
59,5
64,5 64,5
Dimensionamento mais econômico
B * L = 150 / 30 = 5m2
(B – 1,19) =(L – 1,29)
L – B = 0,1m
L = B + 0,1
B2 + 0,1*B – 5 = 0
B = 2,2m Adotar B = 2,2m
L = 2,2 + 0,1 = 2,3m L = 2,3m
67
Dimensionamento da altura
No caso de blocos a altura deve ser dimensionada conforme exposto no item 2.
No caso de sapatas, o dimensionamento da altura será feito no cálculo estrutural, não abrangido neste
curso e, preferencialmente dever-se-á considerar sapata rígida e, para isto a condição será que a altura
seja maior ou igual à metade do maior “balanço”, ou seja :
No exemplo de aplicação 6
H m
H m
Adotar H 0,80m
Deve ser ainda considerado um “rodapé” de 10 a 20cm para permitir que o concreto preencha
totalmente a seção de apoio da sapata no terreno (figura 52)
H
Rodapé
5 – SITUAÇÕES ESPECIAIS
68
Pilares
Viga
Sapata
CG pilares
pilares
Planta Seção transversal
Figura 53 – Sapata associada
Exemplo de aplicação 8
Com base na figura 53, para padm = 20t/m2, dimensionar sapata associada para os dois pilares
indicados, tendo em conta os seguintes dados:
Pilar da esquerda – 40x40cm – 150t
Pilar da direita – 30x30cm – 90t
Distância medida na horizontal entre os centros dos dois pilares – 2,00m
Distância medida na vertical entre os centros dos dois pilares – 1,00m
245cm
122,5cm
245cm
122,5cm
37,5cm
75cm
69
5.2 – Pilares situados junto a divisas
No caso de pilares situados junto a divisas, a impossibilidade de construir no terreno vizinho, implica
que a fundação do pilar seja excêntrica.
Em geral, esta excentricidade será sempre muito elevada, face às pequenas dimensões dos pilares
quando comparadas com as da fundação, implicando em que a resultante das cargas caia fora do terço
médio da seção da fundação.
Duas soluções são então empregadas:
Podemos escrever:
e = (B – b) /2 Relação 26
R = N1 + N1*e/d Relação 27
70
B Centro de gravidade da fundação
coincidente com o eixo da viga alavanca
Divisa
L
Viga alavanca
Planta
N1
N2
Viga alavanca
R
e d
B/2 B/2
Elevação lateral
O problema é resolvido por tentativas, através da fixação de um valor inicial para B, calculando-se
então e pela relação 26 e R pela 27. Calcula-se a seguir a área necessária para a fundação do pilar junto
à divisa e o comprimento resultante da fundação:
Exemplo de aplicação 9
Dimensionar as sapatas para os pilares indicados considerando padm = 25t/m2
P1 – 20x40
50t
50 P2 – 20x40
40t
Divisa
400
12,5
Pilar P1
Sinic = 50/25 = 2m2
B= (2/2)1/2 = 1m
e = (1,00 – 0,20)/2 = 0,40m
R = 50 + (50*0,4)/(4,0 – 0,4) = 55,6t
Snec = 55,6/25 = 2,22m2
L = 2,22/1,0 = 2,22m
L/B = 2,22/1,00 = 2,22 < 2,50 OK
Adotar para sapata do pilar P1
L = 2,25m
B = 1,00m
H – Dimensionado no cálculo estrutural
Pilar P2
N = 40 – 5,6/2 = 37,2t
Snec = 37,2 / 25 = 1,49m2
B * L = 1,49
B – 0,2 = L – 0,4
B = L – 0,2
L2 – 0,2*L – 1,49 = 0
L =[ 0,2 + (0,22 + 4*1,49)1/2] / 2 = 1,32m 1,35m
72
B = 1,35-0,2 = 1.15m
H = (1,15– 0,2)/4 = 0,95/4 0,25m
Adotar para sapata do pilar P2
L = 1,35m
B = 1,15m
H = 0,25m 115
100
Alavanca
135
50
225
Divisa
CG sapata coincidente
com eixo da alavanca
40 360
Folga de 2,5cm para colocação da forma
73
Divisa
74
CG pilares coincidente com CG sapata
composta
Divisa
Exemplo de aplicação 10
Com base na figura 55, admitindo-se que o pilar junto à divisa tenha dimensões 20x40cm, carga 40t e
esteja situado 1,0m acima e 2,0m à esquerda do pilar interno de dimensões 40x40cm, carga 100t,
sendo 20t/m2 a pressão admissível no solo, dimensionar uma sapata associada para os dois pilares.
29cm
57cm 170 cm
420 cm
75
Exemplo de aplicação 11
Resolver o mesmo problema anterior admitindo-se que o pilar junto à divisa tenha carga de 80t e o
interno 60t.
bb
a/2 a/2
Figura 58 – CG trapézio em relação à base maior
d) 7 = [(a + b) / 2] * c
76
[(0,8 * 5,83) + ( 0,8* b)] = 5,83 * 0,96
4,66 + 0,8 * b = 5,60
b = (5,60 – 4,66) / 0,8
b = 1,18m 1,2m
j) Caso o valor mínimo de c não conduza a b 60cm então a solução de viga alavanca será mais
adequada
Adotar c = 2,4m
b = 1,2m
a = 5,83 – 1,20 4,6m
A altura e a viga serão dimensionadas no cálculo estrutural
96cm
Divisa
120 cm
240 cm
77
Exemplo de aplicação 12
Dimensionar as fundações dos pilares indicados em sapatas para uma tensão admissível no solo =
20t/m2.
Deverão ser fornecidos:
Dimensões (comprimento, largura e altura) das sapatas.
Desenho em planta contendo a locação das sapatas em relação aos centros dos pilares.
P1 (20x40) - 40t Divisa
. 12,5
ey 12,5
ex Centro sapata
400
Viga alavanca
Divisa
.
50 200
P2 (30x30)
100t
78
Para o pilar P2 pode-se considerar o alívio
L = B = (4,8)1/2 = 2,2m
H = (2,2 – 0,30) / 4 0,5m
Portanto a sapata do pilar P2 será quadrada com 2,2m de lado e altura, inclusive rodapé (10 a
20cm), de 50cm.
160
65
150
32,5
220
220
79
6 – PROBLEMAS PROPOSTOS
6.1 - Dimensionar as fundações dos pilares indicados em sapatas para uma tensão admissível no solo =
20t/m2.
Deverão ser fornecidos:
Dimensões (comprimento, largura e altura) das sapatas.
Desenho em planta contendo a locação das sapatas em relação aos centros dos pilares.
DIVISA
200cm
DIVISA
P2 - (30x30) - 100t
12,5cm 400cm
6.2 - Na figura abaixo mostra-se parte de uma planta de locação dos pilares de um prédio para o qual
pretende-se projetar fundações diretas em sapatas de concreto armado. A tensão admissível no solo de
apoio das sapatas, encontrado na profundidade de 1,50m a partir da cota de implantação do prédio, de
acordo com as sondagens possuidas, foi fixada em 20 t/m2.
Pede-se:
80
Desenhar na figura abaixo as sapatas projetadas (esc. 1/50), locando-as em relação aos eixos dos pilares
6.3 - Na figura abaixo mostra-se parte de uma planta de locação dos pilares de um prédio para o qual
pretende-se projetar fundações diretas em sapatas de concreto armado. A tensão admissível no solo de
apoio das sapatas, encontrado na profundidade de 1,50m a partir da cota de implantação do prédio, de
acordo com as sondagens possuidas, foi fixada em 20 t/m2.
Pede-se:
1- Dimensionar as sapatas dos pilares figurados, para as cargas a seguir indicadas
81
2- Desenhar na figura abaixo as sapatas projetadas (esc. 1/50), locando-as em relação aos eixos dos
pilares
7 – Bibliografia
7.1 – Urbano Rodrigues Alonso – Exercícios de Fundações – Editora Edgard Blucher
Ltda – 1983
7.2 – Fundações – Teoria e Prática – ABMS/ABEF – Editora Pini – 1986
82
CAPÍTULO V
FUNDAÇÕES PROFUNDAS – TUBULÕES
83
Concretagem
Escavação ( concreto auto adensavel )
manual ou
Superfície mecânica Alargamento
do terreno ( fuste ) da base Funil
Cota de
assentamento
1.2 - Aplicação
A solução é aplicável em solos que permitem a escavação sem necessidade de revestimento (solos
apresentando alguma coesão) e, situados acima do lençol freático (NA subterrâneo).
1.3 - Controle
O controle da execução compreende a inspeção do material escavado que deve estar de acordo com o
mostrado pelas sondagens, a conferencia da cota de assentamento obtida, que deverá ser compatível com
a prevista, a conferencia da geometria do tubulão (fuste e base), de sua locação e desaprumo e, da
concretagem, incluindo características do concreto (fck e abatimento) , lançamento e adequado
preenchimento da base.
1.4 - Dimensionamento
1.4.1 - Fuste
O diâmetro do fuste é dimensionado como um pilar sem consideração da flambagem.
Usualmente não é armado, sendo simplesmente colocada uma armadura de espera com cerca de 2m de
comprimento e que visa estabelecer melhor ligação com a infraestrutura sobrejacente e absorver algum
esforço de flexão oriundo de pequenas excentricidades executivas.
O cálculo é feito pelas relações abaixo indicadas:
Øf = (4*Sc/
Onde Øf = diâmetro do fuste
Sc = área da seção transversal do fuste
Sc = Q/fc
Onde Q = carga atuante
fc = tensão admissível no concreto = 0.85*fck / (1.4*1.6)
84
1.4.2 - Base
O diâmetro da base é dimensionado em função da tensão admissível no terreno, obtida a partir da
resistência SPT medida nas sondagens de simples reconhecimento à percussão.
O cálculo é feito pelas relações abaixo indicadas:
Øb = (4*Sb/
Onde Øb = diâmetro da base
Sb = área de apoio da base
Sb = Q/qadm
Onde Q = carga atuante
qadm = tensão admissível no t erreno = N / 3 + 0.15*D (kg/cm2)
N = SPT na cota da assentamento
D = profundidade do tubulão (m)
A aplicação da fórmula acima exige N 6, não decrescente a partir da cota de apoio, não se
admitindo ainda apoio sobre solos orgânicos, colapsíveis, ou, expansíveis e, aterros de construção
não controlada e qualidade não garantida. Exige-se ainda D 3B.
Para D 3 B considera-se fundação direta e qadm = N / 5 (vide item 4.2, capítulo III)
Øf
Hb
Rodapé
Øb
Exemplo de cálculo
Dimensionar um tubulão para carga de 50t, a ser executado em local onde o subsolo é representado pela
sondagem abaixo, empregando concreto de fck 13MPa
0
-1 3 Argila siltosa mole a média
.2 5 marrom
-3 6
-4 8
-5 10 Silte areno argiloso, pouco a
-6 15 muito compacto rosa e
branco
-7 17
-8 25 Solo Residual
-9 35
-10 45/12
85
Adotando-se uma profundidade de 5m:
qadm = 10/3 + 0.15*5 = 4,05 4 kg/cm2
Para fck = 13Mpa = 130kg/cm2
fc = 0.85*130/(1.4*1.6) = 49kg/cm2
Sc = 50000/49 = 1020cm2
Sb = 50000/4= 12500cm2
Øf = (4*1020/)1/2 = 36cm Adotar 60cm
Øb = (4*12500/)1/2 = 126cm Adotar 130cm
Hb = (130-60)/2 * tg60º = 60cm
Rodapé = 20cm
A tensão admissível no terreno é usualmente obtida, através do SPT, pela fómula empírica
anteriormente apresentada.
Entretanto, é possível também determina-la através de processo teórico como o exposto para
fundações diretas.
A avaliação da capacidade de carga do terreno pode ser feita pela fórmula já vista no capítulo III, item
2, sendo o recalque calculável pelo processo exposto no item 3 do mesmo capítulo. O embutimento a
ser considerado é aquele efetivamente existente na camada de apoio do tubulão, desprezadas as
camadas sobrejacentes.
Nestas condições, o exemplo apresentado acima, poderia ser calculado como a seguir:
Camada de apoio do tubulão – Silte areno argiloso
SPT na cota de apoio – 10 c=0
= 15 (20*10)1/2 30º Nq = 18,40
N = 15,10
2tg(1-sen)2 = 0,289
= 1,9 t/m2
b = 1,50m
D = 2,0m
sq = 1 + (1,3/1,3)*tg 30º = 1,6
s= 1 – 0,4 * (1,3/1,3) = 0,6
dq = 1 + 0,289*arctg (2/1,3) = 1,3
d = 1,0
iq = i = 1,0
q = 3*1,5 + 2*1,9 = 8,3 t/m2
qu = (8,3*18,4*1,6*1,3*1,0) + (0,5*1,9*1,3*15,1*0,6*1,0*1,0) = 329 t/m2
qs = 329/3 = 110 t/m2
Adotando-se como admissível um recalque de 2 cm
s = q*B*(1-2)*I* / E
s = 2 cm = 0,02 m
-3,0 B = L = b = 1,30m
E = 175*11 = 1925 t/m2
= 0,3
H/B = 5/1,3 = 3,85
Silte areno argiloso Na fig. 38 para fundação circular
-5,0 SPT med = 11 I = 0,74
L / B = 1,3 /1,3 = 1
D / (L*B)1/2 = 2 / 1,3 = 1,54
(L*B)1/2 / D = 0,65
Na figura 39
-8,0 = 0,67
86
Indeformável
q = 0,02*1925 / [1,3*(1-0,32)*0,74*0,67] 66 t/m2
Recomenda-se que:
(A + B) /B 2,5
B
A altura do tubulão vale
Hb (A+B-f)/2 * tg60º
Esta configuração da base é utilizada quando existe alguma limitação de espaço que impede a adoção
da base circular.
A seguir são apresentados alguns exemplos destas situações:
Exemplo 1
Dimensionar a fundação em tubulão a céu aberto para um pilar de 80x30cm, suportando uma carga de
450t, em local onde a tensão admissível no solo seja de 50 t/m2. Adotar concreto de fck 150 kg/m2
Sbase = 450/50 = 9 m2
b = (4*9/3,14)1/2 = 3,39 3,4 m
Sfuste = 450000 / (0,85*150) * 1,4 * 1,6 = 7906 cm2
f = (4*7906/3,14)1/2 100 cm
Hb = (340-100)/2 * tg60º 210cm
Como a altura da base não deve exceder a 2m, consideraremos 2 tubulões para o pilar. Entretanto, para
que o bloco de distribuição da carga do pilar, para os tubulões, não seja muito grande, vamos adotar 2
tubulões com base em falsa elipse com [ (A + B) / B] = 1,2 .
Teremos assim
Sbase = 0,5*450 / 50 = 4,5 m2
87
[ (A + B) / B] = 1,2
A + B = 1,2 * B
A = 0,2*B
3,14 / 4 * B2 +0,2 B2 = 4,5m2
B = 2,15m
A = 0,2*2,15 = 0,4 m
Sfuste = 0,5*450000 / (0,85*150) * 1,4 * 1,6 = 3953 cm2
f = (4*3953/3,14)1/2 70 cm
Hb =[(215 + 40) – 70] /2 * tg60º 160 cm
A solução será:
f = 70cm
A = 40cm
B = 215cm
Hb = 160cm 215
Bloco
Pilar
f = 70cm
A = 40cm 215
B = 215cm
Hb = 160cm
40
Exemplo 2 – Tubulão em divisa
Dimensionar as fundações em tubulões a céu aberto para os pilares P1 e P2, para uma tensão
admissível no solo de 30t/m2 e fck 13 Mpa
Divisa
P1 – 30x60
50t
Viga alavanca
e 200
17,5 P2 – 40x40
80t
400
88
O problema é pefeitamente análogo ao de fundações diretas. A existência da divisa implica em que o
tubulão de P1 seja excentrico e a excentricidade seja combatida por meio de viga alavanca. O tubulão
excentrico será projetado com base em falsa elipse de modo que a excentricidae seja a mínima e a base
resulte com (A+B)/B 2,5. O alívio em P2 também pode ser considerado, no máximo como 50% da
reação negativa nele computada.
O roteiro de cálculo, idêntico ao já estudado em fundações diretas é mostrado a seguir:
f = 60
A = 105
B = 100
Hb = 130
16,3
f = 60
b = 180
32,5
Hb = 100
89
Exemplo 3 – Tubulão de canto
Dimensionar as fundações em tubulões a céu aberto para os pilares P1 e P2, para uma tensão
admissível no solo de 30t/m2 e fck 13 Mpa
Divisa
P1 – 30x60
50t
40
Divisa
ey
Viga alavanca
200
ex
17,5 P2 – 40x40
80t
400
O problema é também completamente similar ao já estudado para fundações diretas. Assim, a solução,
obtida por tentativas, procura o menor tubulão que seja possível com a mínima excentricidade.
A = 25cm
B = 150cm
fc = 0,85* 130 / (1,4*1,6) = 49 kg/cm2
Sf = 61000 / 49 = 1245cm2
f = (4*1245/)1/2 = 40cm Adotar f = 60cm
Hb = (150+25-60) / 2 * tg60º = 100cm
A solução será
91
f =60cm
A = 25cm
B = 150cm
Hb = 100cm
35
70
f = 60cm
b = 180
Hb = 100cm
A utilização de pressões superiores a 1,5 atm, somente é permitida pela legislação quando as
seguites providências forem tomadas:
a) Exista equipe de socorro médico permanentemente à disposição da obra.
b) Exista câmara de descompressão devidamente equipada na obra.
c) Existam disponíveis na obra compressores e reservatórios de ar comprimido de reserva.
d) A renovação do ar dentro da campânula e tubulão seja garantida e o ar injetado apresente
condições satisfatórias para o trabalho humano.
È importante realçar que excesso de pressão pode ocasionar desconfinamento do fuste do tubulão
e perda de sua resistência por atrito lateral. Assim é desaconselhavel que água eventualmente
acumulada no tubulão seja eliminada por pressão de ar, devendo para tal empregar-se
bombeamento e remoção através da campânula.
92
A utilização de tubulões pneumáticos, face aos riscos do trabalho sob ar comprimido, baixa
produtividade do processo e elevados custos de execução, atualmente só tem se mostrado
adequada em obras de arte fora de perímetro urbano e onde o emprego de estacas não se mostre
mais vantajoso.
onde
P = carga atuante no tubulão
fck = resistência caracteristica do concreto da camisa à compressão
Sc = área da seção de concreto da camisa
93
f’yk = resistência característica do aço à compressão
Sf = área da seção de aço da camisa
Alem disto, tendo em vista o trabalho sob ar comprimido, os estribos devem ser calculados para
resistirem a uma pressão 30% superior à máxima pressão de ar comprimido a ser empregada (p),
admitindo-se nula a pressão externa de terra ou de água. Assim:
F = 1,3*p*R
As = (1,61*F) / f’yk
Onde:
R= raio da armadura de estribo
As = seção de estribo por unidade de comprimento (mesma unidade adotada para R)
Para bases não circulares costuma-se admitir que o volume seja 1,55 vezes superior ao de uma
base circular com diâmetro igual à média das dimensões da base em falsa elipse e altura
correspondente, isto é:
=[(A+B) + B] / 2
Hb=[( - f)/2]*tg60º
4 – Bibliografia
4.1 – Urbano Rodrigues Alonso – Exercícios de Fundações – Editora Edgard Blucher Ltda – 1983
4.2 – Fundações – Teoria e Prática – ABMS/ABEF – Editora Pini – 1986
94
Anexo – Volume da base (circular) de tubulões (m3)
95