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O SIN E OS MODELOS NEWAVE E

DECOMP UTILIZADOS NO
PLANEJAMENTO DA OPERAÇÃO
ENERGÉTICA
E NO CÁLCULO DO PLD

Junho de 2016
Agenda

Introdução

O Preço de Liquidação das Diferenças

Fundamentos Teóricos

Características Gerais do NEWAVE

Características Gerais do DECOMP

2
Objetivos e responsabilidades

Coordenação técnica da operação

Sistema elétrico

Objetivo
Garantir o atendimento ao mercado com
elevada confiabilidade e mínimo custo

Contabilização e liquidação
Mercado
consumidor

3
Curvas de Carga Típicas

1800
Residencial 580 Comercial
1600
1400 480
MW

MW
1200
380
1000
800 280
600
180
400
200 80

11

13

15

17

19

21

23
1

9
11

13

15

17

19

21

23
1

Iluminação pública
190
2400 Industrial
170
2200
MW 150
2000
MW

130
1800
110
1600
90
1400
70
1200
50
1000

11

13

15

17

19

21

23
1

9
11

13

15

17

19

21

23
1

4
Diversidade hidrológica

Diferença entre o Máx e


Diferença entre o Máx e Min de 4,8 para 1
Min de 8,6 para 1

Ena Média Anual Ena Média Anual


7420 MWmed 8148 MWmed

Diferença entre o Máx e


Min de 2,0 para 1
Diferença entre o Máx e
Min de 3,3 para 1

Ena Média Anual Ena Média Anual


9250 MWmed 34590 MWmed

5
Diversidade hidrológica

Diferença entre o Máx e


Diferença entre o Máx e Min de 4,8 para 1
Min de 8,6 para 1

Ena Média Anual Ena Média Anual


7420 MWmed 8148 MWmed

Diferença entre o Máx e


Min de 2,0 para 1
Diferença entre o Máx e
Min de 3,3 para 1

Ena Média Anual Ena Média Anual


9250 MWmed 34590 MWmed

6
Usinas em Cascata

Bacia do Grande

Bacia do Tietê

Bacia do Paranapanema

itaipu
7
Interdependência Operativa-Sinergia Espacial

UHE de Montante
VAZÕES DEFLUENTES
Benefício Local

k1h1Q1

Benefício Incremental
- Ganhos à Jusante -
k2h2Q1
A geração de uma usina
afeta as usinas rio abaixo

Várias usinas k3h3Q1


em cascata com diferentes
proprietários
Todos ganham alguma coisa = SINERGIA k4h4Q1
k5h5Q1
Necessidade da coordenação do esvaziamento e do enchimento de cada
reservatório – Papel do ONS

8
Interdependência de Usinas em Cascata

Rio Grande
Água
Itutinga Furnas L.C.Barreto Igarapava P. Colômbia Vermelha

Camargos Funil M.Moraes Jaguara V.Grande Marimbondo Rio Paraná


Grande

I. Solteira
Nova Ponte Miranda
Múltiplos proprietários

Jupiá
C. Dourada
Rio Paranaíba

Emborcação Itumbiara São Simão P.Primavera

Corumbá I
Itaipu
Cemig
Furnas
Pequena regularização (fio d`água)
AES-Tietê
CESP
CDSA Media / alta regularização (reservatório)

9
Interdependência de Usinas em Cascata

Fonte: www.ons.org.br
10
Regularização ao longo do tempo

Fonte: www.ons.org.br
11
A Matriz de Energia Elétrica de 2014 e 2019
Base: PMO maio/15

2014 2019 Crescimento 2014-2019


Tipo
MW % MW % MW %
Hidráulica 94.375 73,7 113.086 68,0 18.711 19,8
Nuclear 1.990 1,6 3.395 2,0 1.405 70,6
Gás / GNL 11.625 9,1 15.477 9,3 3.852 33,1
Carvão 3.210 2,5 3.550 2,1 340 10,6
Biomassa 6.428 5,0 7.969 4,8 1.541 24,0
Outras (1) 1.021 0,8 1.649 1,0 628 61,5
Óleo / Diesel 4.628 3,6 4.731 2,8 103 2,2
Eólica 4.759 3,7 15.567 9,4 10.808 227,1
Solar 8 0,0 898 0,5 890 -
Total 128.044 100,0 166.322 100,0 38.853 30,0
As novas hidroelétricas serão majoritariamente do tipo a fio d’água e, consequentemente,
a capacidade de regularização do SIN diminuirá gradativamente, tornando o sistema cada vez mais
dependente de geração complementar à hídrica, sobretudo durante a estação seca.
(1) Usinas Biomassa com CVU

12
Evolução do armazenamento

Racionamento 2001/2002

13
A expansão do SIN

O SIN

Sistemas
Isolados Área de atuação

Amazônia Legal
1,8% do Mercado
Grandes interligações
Predominantemente
Térmico
Grandes Bacias Hidrográficas

14
Países com predominância termoelétrica

Países com geração predominantemente termoelétrica:


As incertezas não têm muita importância

$
$

$ Basta usar as usinas térmicas


$ em ordem crescente de custo.
$
15
Consequência da predominância hidroelétrica

Países com geração predominantemente hidroelétrica:


As decisões têm consequências futuras.
Futuro
Hoje

Os níveis dos reservatórios no futuro dependem de


quanta água se utiliza hoje para gerar energia.

16
Consequência da predominância hidroelétrica

Uma das principais questões é balancear adequadamente a geração


de usinas termoelétricas e hidroelétricas

Alto custo Sem custo


imediato imediato

?
17
O Sistema Elétrico Brasileiro

~74% geração

Usinas Sistema
hidroelétricas Interdependente
Linhas de
transmissão
Usinas Sistema
termoelétricas
Interligado

Necessidade de
operação coordenada
18
Agenda

Introdução

Preço de Liquidação das Diferenças

Fundamentos Teóricos

Características Gerais do NEWAVE

Características Gerais do DECOMP

19
Funcionamento do Sistema Elétrico
Custo de Conexão Pagamento pelo uso do
sistema de transmissão

Consumidores livres
Pagamento pelo uso do
sistema de distribuição Custo de Conexão

Transmissoras

Consumidores Cativos

Geradores Públicos Distribuidoras


Geradores Privados
Produtores
Independentes
Auto-produtores

Geração Transmissão Distribuição Consumo

20
Funcionamento do Mercado de Comercialização

Comercializadores

Contratos
livremente negociados
Consumidores livres

Transmissoras

Tarifa regulada

Consumidores Cativos

Geradores Públicos Distribuidoras


Geradores Privados
Produtores
Independentes Contratos regulados
Auto-produtores

Venda Compra

 Administração do Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e Ambiente de Contratação Livre (ACL)


 Apuração do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD)
 Contabilização e liquidação das transações realizadas no mercado de curto prazo

21
Mercado Spot

• A contabilização da CCEE leva em consideração toda a


energia contratada por parte dos Agentes e toda a energia
efetivamente verificada (consumida ou gerada)

Mercado
Spot

Energia
Energia Verificada
Contratada

22
O Modelo Brasileiro de Comercialização

• O mercado bilateral brasileiro é constituído por dois ambientes de


contratação:
– Ambiente de Contratação Regulada (ACR): negociação entre Agentes
Vendedores e Distribuidores de Energia Elétrica (leilões)
– Ambiente de Contratação Livre (ACL) negociação livre entre Agentes
Vendedores e Consumidores Livres
• O mercado SPOT é o mercado no qual são liquidadas as
diferenças de contratação entre os Agentes, a partir de resultados
apurados pela Câmara de Comercialização de energia Elétrica
(CCEE)
• O preço do mercado SPOT, no Brasil, é determinado a partir de
modelos de otimização e denominado de Preço de Liquidação das
Diferenças (PLD)

23
O Preço de Liquidação das Diferenças - PLD

Para o cálculo do PLD, a CCEE realiza duas alterações


nos dados de entrada fornecidos pelo ONS:
• retiram-se dados de disponibilidade
provenientes de unidades geradoras em fase
de teste; e
• retiram-se dados de restrições operativas
internas de cada submercado.
As restrições elétricas internas aos submercados são
retiradas para que, na determinação do CMO no CCEE, a
energia comercializada seja tratada como igualmente
disponível em todos os pontos de consumo do
submercado.

24
O Preço de Liquidação das Diferenças - PLD

A princípio o PLD seria esse CMO obtido pela CCEE,


porém a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)
estabeleceu valores máximo e mínimo para o PLD.

Portanto, o PLD é obtido a partir da comparação do CMO


com esses valores limites:
• PLDmímino para 2016: 30,26 [R$/MWh] – RES nº
2.002/2015
• PLDmáximo para 2016: 422,56 [R$/MWh] – RES nº
2.002/2015

25
Outros usos do PLD

Tratamento das Penalidade de


Ressarcimento Encargos
Exposições Energia

•Excedente •Energia não •Restrição de •Precificação da


Financeiro gerada no ano por Operação Penalidade de
usinas a biomassa •Encargo por Energia e por falta
Segurança de combustível
Energética

Contratação de Regime de Cotas


Reajuste da Contratação no
Energia de de Garantia Física
Receita de Venda ACR
Reserva e Energia Nuclear
•Abatimento do •Atraso na Entrada •Efeito dos •Efeito no Mercado
encargo a pagar em Operação contratos por de Curto Prazo
pelos Comercial disponibilidade
Consumidores

26
Agenda

Introdução

O Preço de Liquidação das Diferenças

Fundamentos Teóricos

Características Gerais do NEWAVE

Características Gerais do DECOMP

27
O Planejamento da Operação Eletroenergética

Usinas
hidroelétricas
Previsão Previsão
Linhas de
de vazões de carga
transmissão

Usinas
termoelétricas Condicionantes
Ambientais
Segurança Elétrica
Restrições Hidráulicas Uso Múltiplo das
Segurança Energética Águas

Otimização Restrições
Físicas
dos recursos
28

28
O Planejamento da Operação Eletroenergética

horizonte: 5 anos
médio prazo etapas: mensais

HORIZONTE DE ESTUDO
DETALHAMENTO

horizonte: 2 a 6 meses
curto prazo etapas: semanais

horizonte: 1 semana
programação diária etapas: ½ hora

29
O Planejamento da Operação Eletroenergética

NEWAVE
médio prazo
DECOMP
curto prazo
DESSEM

programação diária
A operação do sistema elétrico brasileiro
adotou esta cadeia de modelos de otimização

30
O Planejamento da Operação Eletroenergética

OBJETIVO:

Minimizar custo total,


do presente ao futuro,
através de decisões de:
Geração térmica
Geração Hidráulica
Intercâmbio entre regiões
Corte de carga (déficit)

31
Minimização do Custo Total

Custo Total = Custo Futuro + Custo Imediato


$

Atende a carga com


Custo Imediato água
Volume final: ZERO
Custo imediato: ZERO
Custo futuro: ALTO

Custo Futuro
Atende a carga com
volume 0% volume 100% combustível
Volume final: 100%
Custo imediato: ALTO
Volume para mínimo custo total Custo futuro: BAIXO

Mínimo Custo Total: Inclinações das curvas de


Custo Futuro e Custo Imediato se anulam.

32
A derivada do custo imediato é o custo de
$ geração das usinas térmicas ou de déficit

Custo Imediato

O que o Custo Imediato representa?

volume 0% volume 100%

33
A Função de Custo Futuro e o Valor da Água

Volume próximo de 0%, Valor


da Água tende ao custo de
déficit

$
A derivada do custo futuro em relação ao
volume armazenado é o Valor da Água

Volume próximo de
100%, Valor da Água
tende a zero

Função de
Custo Futuro

volume 0% volume 100%

34
Valor da Água e a decisão operativa

Custo Total = Custo Futuro + Custo Imediato


$

Valor da Água

Custo de
Custo Imediato
geração
térmica
Custo Futuro

volume 0% volume 100%

Quando o custo total é o mínimo, as derivadas do


Custo Imediato (Custo de Geração Térmica) e do
Custo Futuro (Valor da Água) se igualam

35
Custo Futuro na Operação do Sistema

Para otimizar, precisamos conhecer os custos imediato e futuro


Custo imediato - conhecido
Custo futuro - desconhecido (depende das vazões no futuro)

Como obter o custo


futuro?

Estudando-se o comportamento
estatístico das vazões

36
Modelo Estocástico de Afluências

Conhecido o histórico de vazões (1931 a 2014)

Obtidos os índices: Escolheu-se o modelo


Média
Desvio padrão
PAR(p)
Modelo autorregressivo
Correlação temporal
periódico de geração
Correlação espacial
de afluências
Programa
GEVAZP Autorregressivo: depende de si
mesmo nos meses anteriores

O modelo PAR(p) depende de “p” meses anteriores,


mas é periódico (“p” varia de acordo com o mês)

37
Conceito de “Estado” do sistema

Estado = Nível de Armazenamento

38
Cálculo do Custo Futuro

Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa n

Nível de
CF=Valor
médio
Armazenamento
(“Estado”)

Pode-se então estudar o comportamento do sistema


com diversos cenários de vazões.
O Custo Futuro a partir do estado inicial pode ser a
média dos custos de todos os cenários.
39
Cálculo do Custo Futuro

Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa n

Nível de
CF=Valor
médio
Armazenamento
(“Estado”)

Pode-se então estudar o comportamento do sistema


com diversos cenários de vazões.
O Custo Futuro a partir do estado inicial pode ser a
média dos custos de todos os cenários.
40
Cálculo do Custo Futuro

Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa n

CF
CF CF
CF Armazenamento
CF CF
CF

Um método de cálculo do Custo Futuro para


qualquer estado, em qualquer etapa, de forma que
estes custos sejam os mínimos possíveis, é a
PROGRAMAÇÃO DINÂMICA ESTOCÁSTICA.
41
PROGRAMAÇÃO DINÂMICA
Problema tipicamente resolvido por Programação Dinâmica
Qual é o caminho mais curto entre A e J?

B 7 E

4 1
2 6 4
H 3
3 6
A 4 2
C F J
3
2 4
3 4
4 I
1
D G 3
5

Normalmente são os problemas cujas decisões são tomadas em estágios sequenciais.

42
Exemplo

PROGRAMAÇÃO DINÂMICA
Inicialmente divide-se o problema em estágios.

Resolve-se sequencialmente o subproblema de cada estágio.

B 7 E

4 1
2 6 4
H 3
3 6
A 4 2
C F J
3
2 4
3 4
4 I
1
D G 3
5
1 2 3 4

43
Exemplo

PROGRAMAÇÃO DINÂMICA
Estágio 4: HJ Σ3,
IJ Σ4,

B 7 E

4 1
2 6 4 3
H 3
3 6
A 4 2
C F J
3
2 4 4
3 4
4 I
1
D G 3
5
1 2 3 4

44
Exemplo

PROGRAMAÇÃO DINÂMICA
Estágio 3: GH Σ6,
FI Σ7,
EH Σ4

B 7 E

4 4 1
2 6 4 3
H 3
3 6
A 4 2
C F J
3
2 4 7 4
3 4
4 I
1
D G 3
5 6
1 2 3 4

45
Exemplo

PROGRAMAÇÃO DINÂMICA
Estágio 2: ΒΕ ou BF Σ11,
CE Σ7,
DE ou DF Σ8
11
B 7 E

4 4 1
2 6 4 3
H 3
7 3 6
A 4 2
C F J
3
2 4 7 4
3 4
4 I
8 1
D G 3
5 6
1 2 3 4

46
Exemplo

PROGRAMAÇÃO DINÂMICA

Estágio 1: AD Σ10,

11
B 7 E

4 4 1
2 6 4 3
H 3
7 3 6
A 4 2
C F J
3
10 2 4 7 4
3 4
4 I
8 1
D G 3
5 6
1 2 3 4

47
Exemplo

PROGRAMAÇÃO DINÂMICA

Caminho ótimo:

11
B 7 E

4 4 1
2 6 4 3
H 3
7 3 6
A 4 2
C F J
3
10 2 4 7 4
3 4
4 I
8 1
D G 3
5 6
1 2 3 4
Existem 2 caminhos ótimos de mesmo custo.
48
Exemplo

PROGRAMAÇÃO DINÂMICA

Outro caminho ótimo de mesmo custo:

11
B 7 E

4 4 1
2 6 4 3
H 3
7 3 6
A 4 2
C F J
3
10 2 4 7 4
3 4
4 I
8 1
D G 3
5 6
1 2 3 4

49
Exemplo

PROGRAMAÇÃO DINÂMICA
Qualquer política ótima tem a propriedade de que, qualquer que seja o estado e a
decisão atual, as decisões restantes devem constituir uma política ótima no que se
refere ao estado resultante da decisão atual (Princípio da otimalidade de Richard
Bellman 1920-1984).
11
B 7 E

4 4 1
2 6 4 3
H 3
7 3 6
A 4 2
A F J
3
10 2 4 7 4
3 4
4 I
8 1
D G 3
5 6
1 2 3 4
50
Programação Dinâmica Estocástica e a
Maldição da Dimensionalidade

Para se obter o custo futuro a partir de


qualquer estado, teria-se que estudar
um número exponencial de estados:

Posso calcular para


Supondo 100 estados de poucos estados?
armazenamento por reservatório:
1 reservatório: 100 estados
2 reservatórios : 10.000 estados
3 reservatórios : 1.000.000 estados SIM!
4 reservatórios : 100.000.000 estados
10 reservátórios: 100.000.000.000.000.000.000 estados!!!!!!!!

51
Programação Dinâmica Estocástica e a
Maldição da Dimensionalidade

Função de Custo Futuro para 2 reservatórios : 10.000 estados


Função de Custo Futuro
Custo Futuro (R$)

Volume Hidroelétrica 1 (%)

52
Programação Dinâmica Dual Estocástica

Ao invés do ... pela PDDE,


cálculo do calcula-se o Custo
Custo Futuro Futuro para apenas
para “todos” ALGUNS estados
os estados...

Mas em compensação... calcula-se, para cada estado,


além do CUSTO FUTURO,

sua TAXA DE VARIAÇÃO,


ou seja, a sua DERIVADA!

53
Construção da Função de Custo Futuro

Neste exemplo, foram calculados os Custos Futuros


B para os estados A e B.
V Qual seria o Custo Futuro para V?
CF(A) = R$ 1200
A CF(B) = R$ 1000 O problema consiste em:
DER(A) =-15 R$/
DER(B) =-10 R$/ Minimizar CF(V) tal que
$ CF(V) >= CF(B) + (V-B)*DER(B)
DER(A) DER(B)
CF(V) >= CF(A) + (V-A)*DER(A)

A V B vol Típico problema de


Programação Linear
Este conjunto de derivadas forma a FUNÇÃO DE CUSTO FUTURO

54
Uso da Função de Custo Futuro

Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa n

Nível de
CF=Valor
Armazenamento
médio
(“Estado”)

A transição entre uma etapa e outra é um processo


de otimização, que busca
minimizar CUSTO IMEDIATO + CUSTO FUTURO

55
Uso da Função de Custo Futuro

DER(A) =-15 R$/


CF DER(B) = -10 R$/

Valor da Água

Custo da Térmica = 10 R$/


A B vol
O reservatório está chegando,
ao final da etapa, ao estado A.
A derivada do Custo Futuro em A é –15 R$/
A derivada do Custo Imediato (Térmica) é 10 R$/

Vale a pena ligar a térmica e aumentar o estoque até que:


|Derivada do Custo Futuro|=|Derivada do Custo Imediato|= 10 R$/

56
Minimização do Custo Total

Custo Total = Custo Futuro + Custo Imediato


$

Atende à carga com


Custo Imediato água
Volume final: ZERO
Custo imediato: ZERO
Custo futuro: ALTO

Custo Futuro
Atende à carga com
volume 0% volume 100% combustível
Volume final: 100%
Custo imediato: ALTO
Volume para mínimo custo total Custo futuro: BAIXO

Mínimo Custo Total: Inclinações das curvas de


Custo Futuro e Custo Imediato se anulam.

57
Minimização do Custo Total

Custo Total = Custo Futuro + Custo Imediato


$

Custo Imediato

Custo Futuro

volume 0% volume 100%

Volume para mínimo custo total


|Derivada
Mínimodo Custo
Custo Futuro|=|Derivada
Total: Inclinações das do Custo
curvas deImediato|
Custo
Futuro e Custo Imediato se anulam.
58
Uso da Função de Custo Futuro

DER(A) =-15 R$/


CF DER(B) = -10 R$/

Valor da Água

Custo da Térmica = 10 R$/


A B vol
O reservatório está no estado A.
A derivada do Custo Futuro em A é –15 R$/
A derivada do Custo Imediato (Térmica) é 10 R$/
Vale a pena ligar a térmica e aumentar o estoque até que:
|Derivada do Custo Futuro| = |Derivada do Custo Imediato| = 10
(Solução de mínimo Custo Total !!)

59
Montagem do Problema

Minimizar CI + CF
GerT+GerH+Imp-Exp+Def=Carga
Armaz(t+1) = Arm(t) +Afluência-GerH-Vertimento
CF >= CF(B) + (Armaz(t+1) -B)*DER(B)
CF >= CF(A) + (Armaz(t+1) -A)*DER(A)

$
DER(A) DER(B)

A V B vol

60
Montagem do Problema

Minimizar CI + CF
GerT+GerH+Imp-Exp+Def=Carga
Atendimento da Carga
Armaz(t+1) = Arm(t) +Afluência-GerH-Vertimento
Balanço Hídrico
CF >= CF(B)
Função + (Armaz(t+1)
de Custo Futuro -B)*DER(B)
CF >= CF(A) + (Armaz(t+1) -A)*DER(A)

$
DER(A) DER(B)

A V B vol

61
Escolha dos Estados para cálculo da FCF

Através da simulação da operação


Mas como escolher
utilizando sequências de
os estados?
afluências sorteadas a partir da
distribuição estatística.
Existem dois enfoques:
Usado no DECOMP Usado no NEWAVE

Árvore Completa Árvore Incompleta

62
Escolha dos Estados para cálculo da FCF

Supondo a Árvore Completa (Modelo DECOMP) ...

...

Etapas
Os estados escolhidos são os armazenamentos atingidos
por cada um dos cenários em uma simulação do
presente ao futuro (“otimização FORWARD”)
63
Cálculo do Custo Futuro nos Estados escolhidos

...

Etapas

Os Custos Futuros são calculados nestes estados, do


futuro para o presente (sentido “backward”)

64
Cálculo do Custo Futuro para um Estado

O nível inicial do mês é conhecido

Custo Futuro

Armazenamento

65
Cálculo do Custo Futuro para um Estado

São utilizadas três hipóteses de


afluência

Custo Futuro

Armazenamento

66
Cálculo do Custo Futuro para um Estado

Obtém-se o Custo Futuro e o


Valor da Àgua para cada afluência

CF1
CI1 VA1

Custo Futuro
CF1+CI1
VA1

Armazenamento

67
Cálculo do Custo Futuro para um Estado

Obtém-se o Custo Futuro e o


Valor da Àgua para cada afluência

CI2 CF2
VA2
Custo Futuro
CF2+CI2
VA2

CF1+CI1
VA1 Armazenamento

68
Cálculo do Custo Futuro para um Estado

Obtém-se o Custo Futuro e o


Valor da Àgua para cada afluência

Custo Futuro
CF3+CI3 CI3
CF3
VA3
VA3

CF2+CI2
VA2

CF1+CI1
VA1 Armazenamento

69
Cálculo do Custo Futuro para um Estado

Obtém-se o Custo Futuro como a


média para as três afluências

Custo Futuro

CF3+CI3
VA 1
CF2+CI2 CF =
VA2 média
CF3+CI3
VA3 Armazenamento

70
Cálculo do Custo Futuro para um Estado

Obtém-se o Valor da Àgua como a


média para as três afluências

Custo Futuro

CF1+CI1
VA 1
CF2+CI2
VA2 VA =
CF3+CI3 média
VA3 Armazenamento

71
Cálculo do Custo Futuro para um Estado

Custo Futuro

Custo Futuro
Estimado Inclinação é a
derivada (Valor da
Água)

Armazenamento

72
Cálculo do Custo Futuro para um Estado

Adotando a Árvore Verifica-se, para cada cenário da etapa anterior,


Completa ... - Qual é o CUSTO FUTURO ESTIMADO e
- Qual é a sua DERIVADA.
Valores médios considerando todas as
seqüências que partem deste estado.
Custo Futuro

Custo Futuro
Estimado Inclinação é a
derivada (Valor da
Água)

Armazenamento

73
Processo Iterativo para Cálculo da FCF

...

Etapas

Com algum conhecimento dos custos futuros, as mesmas


sequências são novamente simuladas, dando origem a
diferentes decisões e atingindo estados diferentes.
74
Construção da Função de Custo Futuro

Verifica-se, para este novo estado, o


Custo Futuro e sua derivada, dando
origem a um nova reta (denominada
“corte de Benders”) .
Custo Futuro

Armazenamento

75
Construção da Função de Custo Futuro

A cada nova iteração, mais um


corte é acrescentado, até que a
Função de Custo Futuro esteja
bem “desenhada”

Custo Futuro

Armazenamento

76
A Função de Custo Futuro para Árvore Completa

Adotando a Árvore
Completa...
É formada uma Função
... de Custo Futuro para
cada afluência da etapa
anterior.

77
A Função de Custo Futuro para Árvore Incompleta

(Modelo NEWAVE)

Adotando
Diferentemente
a Árvoredo
... Incompleta,
enfoque Árvore,
é calculada
em
uma
queúnica
é construída
Função uma
de
Custo
Função
Futuro
de Custo
para cada
Etapa
Futuro para cada
Afluência anterior...

Como isso é feito?

78
Consideração do “Estado” para Árvore Incompleta

(Modelo NEWAVE)
Afluência Anterior

Custo Futuro
Nível de
Derivada
Armazenamento

Nível de Armazenamento

Significado: Estado no NEWAVE


O Custo Futuro varia com o Nível de Armazenamento e
também em função da Afluência Anterior
79
A Função de Custo Futuro para Árvore Incompleta

Adotando a Árvore Incompleta, para cada afluência


de uma etapa só é simulada uma hipótese de
afluência em cada etapa seguinte…
O custo futuro assim calculado não teria valor
estatístico
(seria equivalente a supor que se conhece o futuro).
80
A Função de Custo Futuro para Árvore Incompleta

Assim, ao invés de considerar apenas uma


afluência na etapa seguinte,…
…são sorteadas algumas afluências.
Estas afluências são denominadas ABERTURAS.
As aberturas são cenários de afluências adotados
no cálculo do Custo Futuro.
81
Construção da FCF para Árvore Incompleta

Verifica-se, para cada estado,


- Qual é o CUSTO FUTURO ESTIMADO
e
- Qual é a sua DERIVADA.
Valores médios considerando todas as
aberturas.
Custo Futuro

Custo Futuro
Estimado

Armazenamento
82
Construção da FCF para Árvore Incompleta

Assim, mesmo que cada


ponto da FCF tenha sido
calculado com uma
afluência anterior diferente,
todas as derivadas podem
ser combinadas em um
mesmo gráfico.
E cada ETAPA só terá uma
FUNÇÃO DE CUSTO
FUTURO!

83
Comparações entre as Representações

Árvore Completa - DECOMP Árvore Incompleta - NEWAVE

• Permite considerar • Sua dimensão se mantém


qualquer conjunto de inalterada com o número de
cenários, independente etapas, que pode ser grande
do modelo estocástico
• Exige que os cenários se
• Dimensão cresce originem de um modelo
exponencialmente com estocástico auto-regressivo
número de etapas

84
Processo Iterativo do Cálculo da FCF

O cálculo da Função
de Custo Futuro é ...
...
iterativo

Mas quantas iterações


são suficientes?

85
...
Processo Iterativo de Cálculo da FCF

Custo Futuro
Estimado ...

Custo

Armaz. Custo Médio


Simulado
Etapas

O Custo Futuro Estimado, sem conhecer o futuro, é baixo.

O Custo Médio Simulado, sem uma boa estratégia, é alto.


86
Processo Iterativo do Cálculo da FCF

Custo Futuro
...
...
Estimado ...

Custo Custo Médio


Simulado
Armaz.

Custo Médio À medida em que a FCF é


desenhada,
Simulado
o Custo Médio Simulado se
reduz e
Custo Futuro o Custo Futuro Estimado
Estimado aumenta.
87
Convergência do Processo Iterativo

Custo Médio
Simulado

Custo Futuro Custo Futuro


Estimado Estimado

No DECOMP (árvore completa), em No NEWAVE (árvore incompleta), em


que o Custo Futuro é calculado que o Custo Futuro é calculado com
com as mesmas afluências em aberturas diferentes das
que é feita a simulação, a afluências utilizadas na simulação,
tendência é que o estes valores podem não ser
Custo Futuro Estimado próximos, devido também ao maior
fique igual ao horizonte de estudo.
Custo Médio Simulado

88
Convergência do Processo Iterativo

Custo Médio
Simulado

Custo Futuro Custo Futuro


Estimado Estimado

Para o DECOMP, portanto, a No NEWAVE, a convergência é


convergência é atingida pela verificada por um critério de parada
distância aceitável entre os que avalia a estabilidade do Custo
custos Médio e Futuro, fixada Futuro Estimado.
por uma TOLERÂNCIA, que é
normalmente um número próximo
de zero.

89
Considerações sobre a Função de Custo Futuro

• No cálculo da Função de Custo Futuro do NEWAVE:


São simulados 200 cenários
São utilizadas 20 aberturas

O Custo Futuro Estimado é obtido para um


único estado de partida, pois o processo
regressivo (backward) termina no ponto de
partida do estudo,

O Custo Simulado é obtido individualmente


para cada um dos 200 cenários.

Por isso é feita a distribuição Normal do Custo


Simulado

90
Convergência do Processo Iterativo

Custo Médio
Simulado ZSUP
Nomenclatura no
ZINF DECOMP
Custo Futuro
Estimado

Estabilidade do Custo Futuro


Estimado
Nomenclatura no
ZINF
NEWAVE
Custo Futuro
Estimado

91
Sendo conhecida a Afluência Anterior, a FCF se restringe a uma
função relacionando o Custo Futuro com a Energia Armazenada

Custo Afluência Anterior


Futuro

Consulta à Função de Custo Futuro do NEWAVE


Energia
Armazenada

92
Consulta à Função de Custo Futuro do NEWAVE
Exemplo: o DECOMP consulta, ao final de seu horizonte,
a FCF do NEWAVE, que apresenta o Valor da Água
associado à Energia Armazenada.

Custo
FCF NEWAVE vista
Futuro
pelo DECOMP

CF >= CF(B) + (EARM – B)*DER(B) Energia


Armazenada
CF >= CF(A) + (EARM – A)*DER(A)
...
93
A Energia Armazenada é associada às decisões de volumes
armazenados nos reservatórios dos subsistemas.
EARM =  (VOLUME x  PRODUTIBILIDADE)
reservatórios

CF >= CF(B) + (EARM – B)*DER(B)


CF >= CF(A) + (EARM – A)*DER(A)
Consulta
...à Função de Custo Futuro do NEWAVE
Este é o caso dos modelos DECOMP e SUISHI, que
representam o parque gerador e usinas individualizadas.

94
Restrições de Uso Múltiplo das Águas

Controle de Defluência Uso


Cheias Mínima Consuntivo

Armaz. <= Nível max para controle de cheias


Geração Hidro + Vertimento >= Vazão Mínima
Afluência = Afl. Bruta - Retirada p/ Uso Consuntivo

95
Restrições de Uso Múltiplo das Águas

Minimizar CI + CF
Atendimento
GerT+GerH+Imp-Exp+Def=Carga
da Carga
Armaz(t+1) = Arm(t) +Afluência-GerH-Vertimento
Balanço Hídrico
Função de Custo Futuro

Armaz.
Restrições
<= Nível
de Uso
maxMúltiplo
para controle
das Águas
de cheias
Geração Hidro + Vertimento >= Vazão Mínima
Afluência = Afl. Bruta - Retirada p/ Uso Consuntivo

96
Restrições Elétricas

Gerações
Entre Gerações Máxima e
subsistemas Máxima e Mínima de
Mínima conjunto de
usinas

Intercâmbio(x,y) <= MAX


MIN <= Geração (usina u) <= MAX
MIN <= Geração (conjunto de usinas) <= MAX

97
Restrições Elétricas

Minimizar CI + CF
Atendimento
GerT+GerH+Imp-Exp+Def=Carga
da Carga
Armaz(t+1) = Arm(t) +Afluência-GerH-Vertimento
Balanço Hídrico
Função de Custo Futuro
Restrições de Uso Múltiplo das Águas
Intercâmbio(x,y) <= MAX
Restrições Elétricas
Min <= Geração Hidro(usina u) <= MAX
Min <= Geração Hidro(conjunto de usinas) <= MAX

98
Curva de Carga

Para expressar as
exigências de energia e de
capacidade de máquinas e
linhas de transmissão, a
carga é representada em
patamares.

99
Função Custo de Déficit

Atualmente, por determinação da ANEEL, a função custo de


déficit está assim estabelecida:

Cortes até 5% da carga custam 1.571,42 [R$/MWh]


Cortes entre 5% e 10% da carga custam 3.390,08 [R$/MWh]
Cortes entre 10% e 20% da carga custam 7.084,98 [R$/MWh]
Cortes acima de 20% da carga custam 8.050,39 [R$/MWh]
Fonte: Resolução Homologatória nº 2.002, de 15 de dezembro de 2015

100
O Custo Marginal de Operação

Qual é o custo para o atendimento de uma carga adicional


em uma região?

Recurso Custo

Água armazenada Valor da água


Geração térmica Custo de Geração Térmica
Vertimento turbinável ZERO
Recebimento CMO do outro
Corte de carga Custo do déficit

101
Exemplo da operação representada no NEWAVE

EAR_i % = 96,9 EAR_i % = 64,1

EAR_f % =100 5836,1 3236,1 EAR_f % =69,9

Gh = 8750 MWmed N NE Gh = 4248 MWmed

Ghmax = 8750 MWmed Ghmax = 9506 MWmed

2600
VA = 0 R$/MWh VA = 363,2 R$/MWh

CMO = 287,83 R$/MWh CMO = 287,83 R$/MWh

300
SE/CO
EAR_i % = 46,3
EAR_f % =47,0
Gh = 19957,6 MWmed
4924,5

Ghmax = 44261,5 MWmed


EAR_i % = 91,4
VA = 385,25 R$/MWh
EAR_f % =61,1
CMO = 385,25 R$/MWh
Gh = 13917 MWmed
Ghmax = 13917 MWmed
VA = 342,69 R$/MWh
S Valores em vermelho – no limite
CMO = 385,24 R$/MWh Valores em verde – no mínimo
102
Usinas com despacho antecipado – usinas a GNL

Motivação:

• O despacho das usinas GNL, de acordo com o regime de contratação, deve


ser conhecido alguns meses antes de sua efetiva realização, por dois
motivos: a impossibilidade de armazenamento do combustível junto às
usinas e o tempo necessário para transportar o GNL desde suas fontes até
os pontos onde se localizam as usinas.

• Atualmente, enquadram-se nesta condição as UTEs Santa Cruz e Luiz


Oscar Rodrigues Melo (Linhares).

103
Usinas com despacho antecipado – usinas a GNL

Conceito básico: Custo x Benefício

CVU Benefício

t t+1 t+2

Se o CUSTO (CVU) for menor


que o BENEFÍCIO esperado, o
despacho É SINALIZADO

104
Usinas com despacho antecipado – usinas a GNL

Representação da geração a ser


sinalizada para t+k na FCF
Aparece mais um eixo na FCF:
O Custo Futuro está relacionado
com o despacho GNL em t+k

Gt(GNL) em t+k

105
Usinas com despacho antecipado – usinas a GNL

O que significa o Benefício da sinalização?

A derivada do Custo Futuro em


relação ao Despacho GNL em t+k é
o Beneficio da sinalização deste
despacho.

Gt(GNL) em t+k

106
Usinas com despacho antecipado – usinas a GNL

Cálculo do Benefício para um estado

Da mesma maneira que para o cálculo do


Valor da Água, obtém-se o Benefício de um
estado como a média para os cenários de
afluência

107
CV@R - antecedentes

Estação chuvosa
2012/2013: muito
Estação chuvosa atrasada
2012: muito curta
CV@R - antecedentes

MODELO
VERIFICADO

Geração térmica bem superior


à indicada pelo modelo
CV@R - antecedentes

Resolução
MODELO 03/2013 do Conselho Nacional de Política
Energética
VERIFICA
Internalizar
DO um mecanismo de aversão a risco, de tal forma
que a geração térmica despachada seja, a menos que em
condições excepcionais, igual à indicada pelo modelo.
Valor Condicionado ao Risco – CV@R

Formulação tradicional: neutra ao risco


Distribuição dos cenários
Custo presente Valor esperado do custo futuro

Probabilidade de
custos elevados
111
Valor Condicionado ao Risco – CV@R
CV@R - metodologia

Otimização sem aversão a risco Otimização com CV@R

Decisão de GT
mais segura
Minimização Minimização
Decisão

do custo médio
de GT

do custo médio

Cenários de Cenários de
afluência futura afluência futura

Maior peso para


Sinalização do modelo é insuficiente cenários
para a segurança energética desfavoráveis

 uso de Procedimentos Operativos Parâmetros (α=50%) Cenários ponderados


de Curto Prazo (POCP). (λ=25%) Peso utilizado
Valor Condicionado ao Risco – CV@R

Formulação avessa ao risco - CV@R

114
Valor Condicionado ao Risco – CV@R
Formulação avessa ao risco - CV@R

115
Valor Condicionado ao Risco – CV@R

Aplicação do CV@R nos modelos

No NEWAVE:
• Todo o horizonte.

No DECOMP:
• 1º mês determinístico: não se aplica.
• 2º mês estocástico: CV@R.
• 3º mês em diante: FCF do NEWAVE (CV@R).

Parametrização para todo o horizonte:


• Alfa 50% e Lambda 25% (DECOMP e NEWAVE).

116
Agenda

Introdução

O Preço de Liquidação das Diferenças

Fundamentos Teóricos

Características Gerais do NEWAVE

Características Gerais do DECOMP

117
Modelagem do Sistema para o NEWAVE

• A montagem da função de
custo futuro para múltiplos
reservatórios para um
período longo pode levar a
tempos proibitivos.

• Necessidade:
simplificar o problema

118
O Sistema Equivalente – Energia Armazenada

O modelo NEWAVE utiliza a representação a SISTEMA EQUIVALENTE

Reservatório
equivalente
de energia

Energia armazenada: energia que pode ser gerada no


sistema, com o deplecionamento dos reservatórios do
sistema (operação paralelo) sem afluências adicionais

119
O Sistema Equivalente – Energia Controlável

Energia
controlável

Reservatório
equivalente
de energia

Energia controlável: parcela da energia afluente que


pode ser armazenada nos reservatórios

120
O Sistema Equivalente – Energia de Fio D’água

Energia
Energia fio
controlável
d’água bruta
Reservatório
equivalente
de energia

Energia de fio d’água: parcela da energia afluente que


chega nas usinas fio d’água “e que não se tem controle”

121
O Sistema Equivalente – Energia Natural Afluente

Energia
Energia fio
controlável
d’água bruta
Reservatório
equivalente
de energia

Energia natural afluente: total de energia que chega


ao sistema

122
O Sistema Equivalente
Vazão Mínima e Evaporação

Energia
Energia fio
controlável Energia
d’água bruta
evaporada
Reservatório
equivalente Energia
de energia desviada

Energia de
vazão
mínima

Energia de vazão mínima: energia produzida devido às


restrições de defluência mínima (geração compulsória)
Energia evaporada: perda por evaporação nas usinas
Energia desviada: retirada para outros usos da água
123
Componentes do Sistema Equivalente

Energia
Energia fio
controlável
d’água bruta
Energia
Reservatório evaporada
Energia equivalente
Energia
vertida de energia
Energia desviada
vertida não Energia de
turbinável vazão
mínima
Energia fio Energia
d’água líquida gerada

São contabilizadas a parte:


Energia de Usinas Submotorizadas
Energia de “Pequenas Usinas” (PCHs, PCTs, Proinfa)
124
Representação da Variação da Altura de Queda

Variação da altura de queda no Sistema Equivalente


As seguintes grandezas são calculadas
Energia
Energia fio
d’água bruta
controlável inicialmente supondo que o reservatório
Reservatório
Energia
evaporada
equivalente está com altura de queda
Energia equivalente

Energia
vertida de energia Energia
desviada
correspondente a 65% do volume útil:
vertida não Energia de
turbinável vazão
mínima
Energia Controlável
Energia fio
d’água líquida
Energia
gerada Energia de Vazão Mínima
Energia Evaporada
Energia Desviada
Na construção da Função de Custo Futuro
e na simulação da operação, estas
grandezas são corrigidas em função da
altura de queda ao início de cada mês.
Para que isso seja feito, é calculada uma 100%
0% 65%
parábola que relaciona estas três
grandezas à Energia Armazenada. Energia Arm.
125
Reservatório equivalente de energia

Representação 4 SS/SM x 4 REEs Representação 4 SS/SM x n REEs

Entre os REEs não existe restrição de intercâmbio.

126
Reservatório equivalente de energia

Representação 4 SS/SM x 4 REEs

Em um subsistema/submercado:

 Uma equação de atendimento à demanda

 Uma equação de balanço hidráulico

Representação 4 SS/SM x n REEs

Em um subsistema/submercado:

 Uma equação de atendimento à demanda

 Diversas equações de balanço hidráulico (uma para cada REE)

127
Reservatório equivalente de energia

O Despacho SRG/ANEEL nº 3276 de 22/09/2015 aprovou o uso da topologia


de reservatórios equivalentes de energia (REE), constituído de 9 REEs, no
âmbito do planejamento e programação da operação do SIN e do cálculo de
PLD, a partir de janeiro de 2016.

128
Acoplamento Hidráulico

Sistemas Hidraulicamente Dependentes

Sistema Y1 Objetivo
1

 Definir um Modelo Equivalente de Energia


cujos REEs possam ter vínculo hidráulico.
2
 Permitir que haja mais de um REE com usinas
na mesma cascata.

3  Não há necessidade de considerar usinas


fictícias para representar o vínculo hidráulico.
6 5 4

Fronteira enrte os REEs


7
Sistema Y2

129
Acoplamento Hidráulico

Sistemas Hidraulicamente Dependentes

Considerações:
Sistema Y1
1
 No reservatório equivalente de energia,
parte da energia ao ser desestocada pelo
sistema Y1 será gerada no próprio sistema
Y1.
2

 No reservatório equivalente de energia,


parte da energia ao ser desestocada pelo
3 sistema Y1 será energia afluente do sistema
Y2.
6 5 4
 A adoção do acoplamento hidráulico gera
uma dependência entre as operações dos
Fronteira entre os REEs sistemas.
7
Sistema Y2

130
Restrição elétrica

Restrição de escoamento de geração das usinas, ocasionada


pelo atraso no cronograma de expansão das linhas de
transmissão da região.

MD
~

131
Restrição elétrica

CPMAXREE - Capacidade de geração hidráulica considerando as limitações das


restrições elétricas do REE.

Representa o limite máximo disponível de


GHmax escoamento de geração do REE no tronco de
GHmed transmissão, após o abatimento da energia de
submotorização.

GHMAXREE
GHmin

GHMAXREE
energia na linha de transmissão
Capacidade de escoamento de

REGHREE
0 EAmed EAmax EA

Restrição da capacidade máxima de geração


hidráulica

E.Submot
ghREE ≤ CAPAMXREE

132
Condições de Contorno

No cálculo do Custo Futuro, parte-se do último mês do horizonte.


Mas qual é o Custo Futuro após o último mês? ZERO?
133
Condições de Contorno para o NEWAVE

Para que não seja ZERO, é acrescido um período adicional


de 5 anos, estático, ou seja, sem alteração da carga e sem
expansão do parque gerador.
134
Condições de Contorno para casos estruturais

Para eliminar os efeitos da condição inicial


(armazenamento e afluência anterior), os estudos
estruturais iniciam a simulação 10 anos antes do
período de planejamento, considerando configuração
estática.

“Estático inicial” Estático final

2016 2020

período pré- período de período pós


planejamento estudo
estudo
5 anos 5 anos
10 anos

135
Fluxograma de um estudo com o NEWAVE

obtenção da
Leitura de
estratégia de Geração de
dados
operação (2) séries de energia
Otimização afluente
forward

Montagem do
sistema Cálculo da Simulações com
equivalente de função de custo séries históricas ou
energia futuro 2000 séries
(backward) sintéticas

Convergiu?
Geração das Não Sim
séries de energia
afluente
Obtenção de
índices de índices de
modelo estocástico de desempenho (3) desempenho do
afluências (1) sistema

136
Cálculo de Índices de Desempenho no NEWAVE

• Utiliza a função custo futuro


• Usa séries históricas ou sintéticas
• Obtém os índices de desempenho no atendimento do
sistema
X------------------------------------------------------------X
RISCO ANUAL DE DEFICIT E E(ENS) (%)
SUBSISTEMA
SUDESTE SUL NORDESTE NORTE
ANO RISCO EENS RISCO EENS RISCO EENS RISCO EENS
% MWMES % MWMES % MWMES % MWMES
X----X-----X-------X-----X-------X-----X-------X-----X-------X
2014 2.40 10.7 9.65 7.5 0.70 0.4 0.60 0.3
2015 2.70 37.6 6.25 13.4 0.75 0.6 0.95 0.4
2016 1.50 20.9 2.25 5.5 0.35 0.1 0.30 0.1
2017 1.50 24.5 2.35 7.1 0.55 0.4 0.55 0.2
2018 1.05 6.9 2.60 2.9 0.35 0.7 0.35 0.4
X----X-----X-------X-----X-------X-----X-------X-----X-------X

137
Utilização da Função de Custo Futuro do NEWAVE

• análise da operação supondo a repetição do histórico


conhecido e consolidado (83 anos)
• análise de caráter estatístico com 2000 séries de
afluências de tamanho igual ao período de estudo
• acoplamento com o modelo DECOMP
• consulta pelo modelo SUISHI - simulador a usinas
individualizadas, tomando as decisões de geração
térmica e intercâmbio com base na FCF

138
Agenda

Introdução

O Preço de Liquidação das Diferenças

Fundamentos Teóricos

Características Gerais do NEWAVE

Características Gerais do DECOMP

139
O Planejamento da Operação Eletroenergética

NEWAVE
médio prazo
DECOMP
curto prazo
DESSEM

programação diária
A operação do sistema elétrico brasileiro
adotou esta cadeia de modelos de otimização

140
Representação do SIN no DECOMP e no NEWAVE

NEWAVE – Sistema Equivalente DECOMP – Sistema Individualizado

• Energia armazenada por • Volume armazenado em cada


reservatório equivalente de reservatório
energia - REE

141
Representação de afluências no DECOMP

Semanas Meses

O DECOMP, no primeiro mês, supõe conhecidas as afluências,


fazendo a otimização determinística das etapas semanais.

142
Acoplamento DECOMP – NEWAVE

Ao final de seu horizonte, o DECOMP lê o custo futuro


calculado pelo NEWAVE.

143
Acoplamento DECOMP – NEWAVE

Custo Futuro

Armazenamento

O acoplamento é feito através da leitura da


Função de Custo Futuro do NEWAVE

144
Fixando a Afluência Anterior, a FCF se restringe a uma função
relacionando o Custo Futuro com a Energia Armazenada

Custo Afluência Anterior


Futuro

Acoplamento DECOMP – NEWAVE


Energia
Armazenada

145
Acoplamento DECOMP – NEWAVE

Custo
FCF NEWAVE vista
Futuro
pelo DECOMP

CF >= CF(B) + (EARM – B)*DER(B) Energia


Armazenada
CF >= CF(A) + (EARM – A)*DER(A)
...
146
EARM =  (VOLUME x  PRODUTIBILIDADE)
reservatórios

CF >= CF(B) + (EARM – B)*DER(B)


CF >= CF(A) + (EARM – A)*DER(A)
...
Acoplamento DECOMP – NEWAVE

147
Características do Modelo DECOMP

Principais recursos
• Usinas individualizadas
NEWAVE
• Produtibilidade variável com altura da queda
• Representação do tempo de viagem da água
• Evaporação/Irrigação/Transposição de vazões DECOMP
• Geração em pequenas bacias
• Contratos de Importação/Exportação de energia
• Representação da interligação em Ivaiporã DESSEM
• Enchimento de volume morto
• Configuração dinâmica
• Integração com modelos NEWAVE e DESSEM

148
Características do Modelo DECOMP

Principais recursos
• Volumes de espera para amortecimento de cheias
• Indisponibilidade das unidades geradoras
• Limites min/max de defluência em UHE ou grupo de UHEs
• Limites min/max de afluência em UHE ou grupo de UHEs
• Limites min/max de armazenamento em UHE ou grupo de UHEs
• Limites min/max de geração em UHE, UTE e conjuntos de
aproveitamentos, incluindo fluxo nas interligações
• Restrições hidráulicas especiais (otimização da operação do Paraíba do
Sul e Alto Tietê com decisão para bombeamento)

149
Cálculo da função de produção hidráulica

Produção de energia =
k x (altura de queda) x (vazão turbinada)
e altura de queda = f(vazão turbinada,...)
Portanto, a produção de energia em uma
usina hidroelétrica é uma função
NÃO LINEAR:

150
Cálculo da função de produção hidráulica

O DECOMP é um modelo de programação LINEAR

Uma alternativa seria supor a altura de queda constante durante uma etapa.
Isso teria as seguintes desvantagens:
– não representação da variação da altura de queda ao longo da etapa
– não sinalização do impacto econômico causado por esta variação

A solução encontrada foi construir uma aproximação linear por partes da


função de produção de energia.

151
Cálculo da função de produção hidráulica

2500
Geração hidráulica (MW)

2000

1500

1000

500

0
4000 15000
3000
2000 10000
1000 5000
Volume turbinado (m3/s) 0 0 Volume disponível (hm3)

152
Cálculo da função de produção hidráulica

função utilizada no cálculo


da política de operação

2500
Geração hidráulica (MW)

2000

1500

1000

500

0
4000 15000
3000
2000 10000
1000 5000
0 0

153
Cálculo da função de produção hidráulica

Efeito do vertimento na geração

• Geração aumenta com a vazão turbinada Q (mais “combustível” na turbina)


• Produtividade aumenta com o volume armazenado V (maior queda liquida)
• Vertimento diminui a geração (menor queda líquida)

154
Cálculo da política de operação

mês de planejamento dividido


em semanas

Janeiro
Funções de
Custo Futuro do
NEWAVE
1 2 3 4 5

Fev, Mar, Abr, ...

155
Esquema de solução

• Baseia-se na mesma técnica de solução


• Iterações FORWARD e BACKWARD obtêm estimativas e
verificações do valor do custo total de operação
• O critério de convergência é baseado na “proximidade” entre os
valores estimados e verificados

ZSUP – ZINF  Tolerância


ZINF

156
Fluxograma de um estudo com o DECOMP

Leitura de
dados Cálculo da política
de operação
Forward
Montagem do
arquivo de vazões
Backward

Determinação Não Sim


das funções de
Convergiu?
produção das
usinas
hidráulicas
Impressão de
resultados e
Cálculo das funções de produção gravação de
das usinas hidráulicas arquivos

157
Principais Resultados do Modelo DECOMP

• Trajetória dos reservatórios


• Geração hidráulica para cada aproveitamento
• Geração térmica
• Fluxo nas interligações entre subsistemas
• Balanço energético entre os subsistemas
• Custo marginal de operação

158
FIM

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