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Aluno: Jean Carlos de Souza Soares Braga

O que sei sobre teoria do consumidor?


Antes de definir alguns conceitos se faz necessário deixar que claro que na economia
assim como em outras ciências utilizamos modelos para tentar simplificar a realidade e
assim conseguirmos explicar os fenômenos que observamos.
No modelo que em questão, as pessoas, a partir de suas decisões individuais, buscam
maximizar o benefício (a utilidade) dos bens que adquirem. Como não consumimos
apenas um tipo de bem, falamos sobre cesta de bens. Vale lembrar que nosso
consumo não é ilimitado e que estamos restritos a um limite orçamentário. Esta
situação é mostrada pela equação abaixo:

P1X1 + P2X2 ≤ R (Onde P é o preço dos bens, X a quantidade e R a renda)


Manipulando a desigualdade acima chegamos a equação da reta orçamentária.

X2 = R/P2 - P1/P2*X1
O gráfico definido pela equação acima sofrerá alterações caso ocorram mudanças no
preço dos bens ou na renda.
Tudo o mais constante, aumentando-se a renda a reta será deslocada para a direita.
Aumentando-se o valor do bem 1 a inclinação da reta aumentará.
A relação P1/P2 representa a taxa de substituição do bem 1 pelo bem 2.

Preferências
A relação entre as cestas de bens podem ser definidas como o grau de preferência
que o consumidor atribuiu a cada uma delas. Desta forma o consumidor escolherá a
cesta que lhe proporcionar maior satisfação. Para ilustrar, chamemos 3 cestas de A, B
e C.
A B, significa que A cesta A é fracamente preferível a cesta B.
A , significa que A é estritamente preferível a B.
A ~ B significa que o consumidor é indiferente a cesta A ou B.

Ainda no contexto das cestas são definidos alguns axiomas da teoria do consumidor:
Completa: Qualquer conjunto cesta pode ser classificado pelo consumidor.
Reflexiva: As cestas são tão boas quanto elas mesmas I3
Transitiva: A B C, logo A C. Se o consumidor acha a cesta A tão boa quanto a
cesta B e a cesta B tão boa quanto a cesta C, logo a cesta A é tão boa quanto a cesta
C.
Curvas de Indiferença
A representação das preferências entre cestas de consumo pode ser feita através das
curvas de indiferença. Elas representam o conjunto de cestas as quais o consumidor
é indiferente. Afastando-se da origem a satisfação aumenta (I3>I2>I1). Assumimos que
uma maior quantidade é preferível a uma menor quantidade e médias são preferíveis a
extremos. Assumimos também que as curvas não se cruzam, pois do contrário elas
Aluno: Jean Carlos de Souza Soares Braga

não poderiam estar em níveis diferentes, por conta da propriedade transitiva. A


inclinação das curvas de indiferença é a taxa pela qual o consumidor está disposto a
substituir o bem 1 pelo bem 2, também chamada de taxa marginal de substituição
(TMS)

Classificação de bens
Os produtos que consumimos, denominados bens, podem ser classificados de
algumas formas, entre elas:
Bens Substitutos perfeitos
O consumidor está disposto a substituir um bem pelo o outro a uma taxa constante,
logo a taxa marginal de substituição é constante. Exemplo: Sorvete de chocolate e
morango.

Bens complementares perfeitos


São consumidos sempre juntos e na mesma proporção. Exemplo: Sapatos direitos e
esquerdos.
Aluno: Jean Carlos de Souza Soares Braga

Bens normais
Um aumento na renda aumenta a demanda pelo bem. Exemplo: Lazer.
Bens inferiores
Um aumento na renda diminui a demanda pelo bem. Exemplo: Passagens de ônibus.

Utilidade
A utilidade representa os diferentes níveis das curvas de indiferença. Se cada cesta de
utilidade está em uma curva de indiferença e cada curva de indiferença possui um
nível de satisfação diferente, então a utilidade representa os diferentes níveis de
satisfação.
Exemplos de função utilidade.
Substitutos perfeitos

u(x,y) = ax+by
Complementares perfeitos

u(x,y) = min(x1,x2)
Cobb-Douglas

u(x,y) = xαyβ

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