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Universidade da Região de Joinville

Disciplina : Microbiologia
Professora: Andréa Lima Schneider

COLORAÇÃO GRAM

Objetivo: entender as bases teóricas da coloração diferencial Gram, como se processa a


reação Gram e observar a morfologia de espécies bacterianas.

Fundamentos Teóricos

1. Forma
Nem todas as bactérias são iguais. As células bacterianas individuais apresentam uma
das três formas básicas:
a) cocos: células esféricas
b) bacilo: células cilíndricas (bastões)
c) espirilos: células espiraladas. Algumas células se comportam como bacilos curvos que
podem ser denominados vibriões.

2. Arranjo

Ao visualizarmos uma bactéria ao microcópio, veremos que muitas estão acopladas


uma às outras. De acordo com o plano de divisão e se as células filhas permanecem juntas
ou não, os arranjos podem, inclusive, ajudar na identificação.

 Cocos
a) diplococos
b) estreptococos
c) tétrades
d) sarcina
e) estafilococos

 Bacilos
a) arranjo em paliçada
b) arranjo em rosetas
c) arranjo em cadeias

3. Coloração Gram

Esta coloração é muito utilizada porque a maioria das bactérias cora-se por este
método, permitindo observar sua morfologia e fornecendo informações a respeito do
comportamento do material celular diante dos corantes básicos.
As bactérias coradas pelo método Gram são classificadas em dois grandes grupos: as
bactérias Gram-positivas, que retêm o corante cristal violeta e aparecem coradas em violeta-
escuro; e as bactérias Gram-negativas, que perdem o cristal violeta quando tratadas com
álcool. As bactérias Gram-negativas são coradas com o corante safranina ou fucsina e
aparecem coradas em vermelho.
Procedimento

4. Preparação a partir de meio sólido (placa de Petri)

A partir de uma suspensão de células, colocar uma gota do material na lâmina e fazer
a fixação, passando duas a três vezes a lâmina na chama do bico de Bunsen. Algumas vezes,
faz-se a preparação da lâmina a partir de uma colônia crescida em placa de Petri. Neste caso,
colocar uma pequena gota de água destilada numa lâmina com a alça de platina. Flambar a
alça, esfriar e coletar a amostra fazendo um suspensão homogênea espalhando na lâmina.
Flambar novamente a alça. Deixar o esfregaço secar a temperatura ambiente. Problema: as
células podem não ficar bem espalhadas sobre a lâmina e dificultar a visualização.
Dica: ressuspender a colônia em um eppendorf com um pouco de água e agitar
vigorosamente. Espalhar este material sobre a lâmina e fixar.

Após a preparação do esfregaço, deve-se realizar a coloração Gram.

5. Coloração Gram

Neste processo, o esfregaço bacteriano é tratado com os reagentes na seguinte


ordem:

SOLUÇÃO TEMPO OBSERVAÇÃO


Solução de cristal violeta 1 min desprezar o excesso na pia
(corante principal)
Lugol -solução de iodo 1 min e 30 seg desprezar o excesso na pia
(solução mordente)
Álcool e/ou acetona 30 seg lavar com água rapidamente
Colorir com fucsina ou 30 seg lavar a lâmina e secar (sem esfregar)
safranina

Após a coloração Gram, visualizar ao microscópio com óleo de imersão, com objetiva
(100x)

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

Resultados e discussão

Faça um desenho/imagem de cada uma das preparações visualizadas.


1. AMOSTRA A Qual a morfologia das células de
Staphylococcus aureus Staphylococcus?

Qual o arranjo formado por estas


células?

Qual a coloração assumida?

2. AMOSTRA B
Escherichia coli Qual a morfologia das células de
Escherichia coli?

Há arranjo formado por estas


células?

Qual a coloração assumida?

Algumas questões para pesquisa:

1. Explique o mecanismo de coloração Gram.


R= A técnica de Gram, mundialmente conhecida como coloração de Gram, é um método
de coloração de bactérias desenvolvido pelo médico dinamarquês Hans Christian
Joachim Gram (1853-1938), em 1884, o qual permite diferenciar bactérias com
diferentes estruturas de parede celular a partir das colorações que estas adquirem após
tratamento com agentes químicos específicos.
2. Quais formas e arranjos que as bactérias podem assumir?
R= * cocos: células esféricas
 bacilo: células cilíndricas (bastões)
 espirilos: células espiraladas. Algumas células se comportam como bacilos curvos
que podem ser denominados vibriões.

3. Porque a coloração Gram deve ser feita em culturas jovens?


R= A idade das culturas, principalmente das células Gram positivas, influencia a
coloração, pois estes organismos tendem a perder a capacidade de reter o corante inicial
na lâmina preparada e podem variar na coloração de Gram.
4. Descreva outros tipos de coloração existentes.
R= Coloração simples - Cuja proposta é apenas tornar a forma e estrutura básica das
células mais visíveis.

Coloração diferencial - Nessa coloração o corante reage diferentemente com diferentes


tipos de bactérias. A coloração de Gram e a álcool - ácido resistente são exemplos de
colorações diferenciais.

Coloração especial - São aquelas utilizadas para corar e identificar partes específicas dos
microrganismos como esporos, flagelos ou ainda revelar a presença de cápsulas. No
processo de coloração podem ser usadas substâncias que intensificam a cor por
aumentarem a afinidade do corante com seu espécime biológico. Essas substâncias são
chamadas mordentes, e é o caso do iodo na coloração de Gram. Outra função do
mordente é tornar uma estrutura mais espessa e mais fácil de visualizar após a coloração.
5. Qual o aumento proporcionado pelo microscópio ótico ao se observar pela objetiva
40?
R= O aumento proporcionado é de 400 vezes
6. O que movimento browniano?
R= é o movimento aleatório das partículas suspensas num fluido (líquido ou gás),
resultante da sua colisão com átomos rápidos ou moléculas no gás ou líquido.
7. Porque é recomendado usar óleo de imersão para podermos utilizar a objetiva de
100?
R= Para uma melhor visualização, já que a lente fica muito próxima da lamina, podendo
até chegar a quebrar.

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