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ANÁLISE DE ESTRUTURAS
UIA 2 | MÉTODO DAS FORÇAS
ANÁLISE DE ESTRUTURAS | UIA 2 | 2

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ANÁLISE DE ESTRUTURAS | UIA 2 | 3

SUMÁRIO

Aula 5 | Introdução ao Método das Forças .................................................................................4  


5.1. Metodologia .....................................................................................................................................4  
Caso (0): sistema principal + carregamento externo:.............................................................................................................. 5  
Caso (i): sistema principal + hiperestático i: ................................................................................................................................ 6  
5.2. Teorema da Reciprocidade .......................................................................................................... 11  
Aula 6 | Influências da Temperatura e do Recalque nas Estruturas Hiperestáticas pelo
Método das Forças .................................................................................................................... 12  
6.1. Efeitos da Temperatura................................................................................................................ 12  
6.1.1. Efeitos do Recalque de Apoio .............................................................................................................................. 13  
Aula 7 | Outros Sistemas Principais .......................................................................................... 15  
7.1. Adição de Rótulas ......................................................................................................................... 15  
7.1.1. Corte em Seção ......................................................................................................................................................... 17  
Aula 8 | Aplicação do Método das Forças em Programas Computacionais .......................... 19  
8.1. Ftool – Versão Educacional .......................................................................................................... 19  

   

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Aula 5 |  INTRODUÇÃO AO MÉTODO DAS FORÇAS

Olá, estudante, bem-vindo à segunda Unidade de Interação e Aprendizagem (UIA). Falaremos aqui sobre o
Método das Forças. Nesta primeira aula, faremos uma introdução a esse assunto. Bons estudos!
Como visto nas aulas anteriores, as condições de equilíbrio não são suficientes para resolver estruturas
hiperestáticas, isto é, sistemas que, sendo estáveis, apresentam mais vínculos do que o necessário. Em outras
palavras, o número de incógnitas do problema supera o número de equações de equilíbrio disponíveis. Desse
modo, são necessárias outras metodologias para resolver o problema, como o Método das Forças e o Método
dos Deslocamentos, que utilizam, além das equações de equilíbrio, condições de compatibilidade e equações
constitutivas dos materiais.

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O Método das Forças (MF) é uma metodologia para análise de estruturas


hiperestáticas baseada no atendimento das condições descritas anteriormente.
Consiste na soma de casos básicos (definidos adiante) que atendem às
condições de equilíbrio, mas não satisfazem as condições de compatibilidade,
estas últimas sendo atendidas após a superposição dos referidos casos
(MARTHA, 2010, p. 211).

5.1.  METODOLOGIA
A metodologia de resolução consiste em transformar a estrutura em estudo em uma estrutura isostática
por meio da eliminação dos vínculos em excesso. Essa estrutura, chamada de Sistema Principal (SP),
pode ser resolvida por meio das equações de equilíbrio. Entretanto, aparecerão deslocamentos e
rotações em correspondência com os vínculos que foram eliminados que não deveriam existir. Para
eliminar esses deslocamentos e rotações, será necessário a aplicação de forças e/ou momentos
(chamados de hiperestáticos), estes últimos são considerados as incógnitas do problema.
Para facilitar o entendimento, considere o pórtico biengastado da Figura 1(a) e sua configuração
deformada, Figura 1(b). É evidente que, por se tratar de uma estrutura com dois engastes, os
deslocamentos e as rotações nos apoios A e B são iguais a zero. Sendo um pórtico hiperestático, de grau
3 (𝑔ℎ = 3), para se construir o sistema principal, eliminam-se os vínculos excedentes.

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Figura 1. Pórtico hiperestático: (a) estrutura indeformada; (b) estrutura deformada

Desse modo, eliminando o vínculo que restringe a rotação do apoio A, bem como os que restringem a
rotação e o deslocamento horizontal do apoio B, a estrutura passa a ser biapoiada e, portanto, isostática,
ou seja, pode ser analisada apenas com as condições de equilíbrio já estudadas: 𝐹' = 0,   𝐹+ = 0,
𝑀- = 0, veja Figura 2(a). Nota-se, no entanto, que as condições de compatibilidade do modelo original
foram violadas, uma vez que o apoio A passa a ter rotação diferente de zero e, além da rotação, o apoio B
pode apresentar deslocamentos horizontais (Figura 2b).

Figura 2. Pórtico isostático: (a) estrutura indeformada; (b) estrutura deformada

Assim, para reestabelecer essas condições violadas, é necessária a análise do sistema principal submetido
ao carregamento externo e à atuação dos hiperestáticos1, de modo que cada solicitação resultará em
uma parcela para anular os deslocamentos causados pela eliminação dos vínculos.
Desse modo, o número de casos analisados é sempre o número de hiperestáticos mais 1 (que se refere ao
caso cuja solicitação é o carregamento externo). Os casos básicos são resolvidos individualmente, de
modo que cada um é composto pelo sistema principal associado ao respectivo hiperestático.

CASO (0): SISTEMA PRINCIPAL + CARREGAMENTO EXTERNO:


O caso (0) é sempre a análise do sistema principal acrescido do carregamento
original do modelo estrutural.

Desse modo, por meio das equações de equilíbrio, é possível calcular as reações de apoio e os diagramas
de esforços internos. Nota-se que, por usar a estrutura auxiliar (SP), surgem deslocamentos que,
inicialmente, não eram permitidos pela estrutura original.
Esses deslocamentos causados pelo carregamento são chamados de termos de cargas (𝜹𝒊𝟎 ) e,
fisicamente, representam a rotação ou o deslocamento nas direções dos vínculos eliminados.

                                                                                                                       
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Forças/momentos necessários para eliminar os deslocamentos e rotações causados pela eliminação dos vínculos da estrutura original.
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CASO (I): SISTEMA PRINCIPAL + HIPERESTÁTICO I:


Os casos (i) são as análises do sistema principal sob a atuação de cada um dos
hiperestáticos.

Similarmente ao caso (0), em função da eliminação dos vínculos, bem como da atuação dos hiperestáticos,
surgem deslocamentos cujos nomes são coeficientes de flexibilidade (𝜹𝒊𝒋 ) e seu sentido físico corresponde ao
deslocamento ou rotação na direção do vínculo eliminado i, devido à atuação isolada do hiperestático j, unitário.
O cálculo desses deslocamentos (𝜹𝒊𝟎  𝑒  𝜹𝒊𝒋 ) é feito com base no Princípio das Forças virtuais (PFV), visto
em disciplinas anteriores.
Segundo Martha (2010, p. 219), o PFV utiliza dois sistemas, um real, cujo deslocamento se deseja calcular,
e um sistema virtual, com uma carga virtual unitária, seja momento fletor ou carga concentrada, atuando
na direção e no ponto do deslocamento ou rotação que se deseja calcular. No MF, os sistemas se referem
aos casos básicos já mencionados.

O cálculo dos 𝜹𝒊𝟎 se dá pela combinação do caso (i) com o caso (0). Já os 𝜹𝒊𝒋 resultam da combinação dos
casos motivados pelos hiperestáticos.
Com base no Princípio da Conservação da Energia:

𝑈4 = 𝑈5 → 𝑈4 = 𝑈5 → 𝐹7 . 𝐷: = 𝑓7 . 𝑑:  

𝑈4 = 𝐹7 . 𝐷: →Trabalho virtual das forças externas 𝐹7 com os correspondentes deslocamentos (externos)


𝐷: .
𝑈5 = 𝑓7 . 𝑑: → Energia de deformação interna virtual armazenada, combinada com os esforços
internos 𝑓7 com os correspondentes deslocamentos relativos internos 𝑑: .
Assim, o deslocamento de um sistema estrutural plano é calculado conforme expressão mostrada a seguir:
1
𝑈4 = 𝑈5 → ∆= 𝑀𝑑𝜃 + 𝑄𝑑ℎ + 𝑁𝑑𝑢    
𝑃

E os 𝛿FG e 𝛿FH   podem ser calculados como se segue (MARTHA, 2010, p. 219):
𝑀F 𝑀G 𝑁F 𝑁G 𝑄F 𝑄G
𝛿FG = 𝑀F 𝑑𝜃G + 𝑁F 𝑑𝑢G + 𝑄F 𝑑ℎG   → 𝛿FG = 𝑑𝑥 + 𝑑𝑥 + 𝜒 𝑑𝑥    
𝐸𝐼 𝐸𝐴 𝐺𝐴

𝑀F 𝑀H 𝑁F 𝑁H 𝑄F 𝑄H
𝛿FH = 𝑀F 𝑑𝜃H + 𝑁F 𝑑𝑢H + 𝑄F 𝑑ℎH   → 𝛿FH = 𝑑𝑥 + 𝑑𝑥 + 𝜒 𝑑𝑥    
𝐸𝐼 𝐸𝐴 𝐺𝐴

Sendo 𝑀F , 𝑁F , 𝑄F , 𝑀H , 𝑁H , 𝑄H , 𝑀G , 𝑁G , 𝑄G os diagramas de momento fletor, esforços normal e cortante dos


casos provocados pelos hiperestáticos 𝑋F,  𝑋H e pelo carregamento externo respectivamente.

𝐸, 𝐺, 𝐴, 𝐼 representam módulo de elasticidade e cisalhamento, área e momento de inércia da seção


transversal, respectivamente.
Como a parcela referente ao momento fletor é a mais preponderante, as outras parcelas podem ser
desconsideradas, de modo que, nos casos das estruturas planas estudadas nesta disciplina (vigas e
pórticos), os deslocamentos serão calculados por:
𝑀F 𝑀G 𝑀F 𝑀H
𝛿FG = 𝑑𝑥                               𝛿FH = 𝑑𝑥  
𝐸𝐼 𝐸𝐼
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A resolução dessa expressão pode ser substituída pela combinação dos diagramas de momentos fletores
dos casos envolvidos, desde que as barras dos modelos estruturais tenham rigidez constante.
Desse modo, o parâmetro 1/EI será multiplicado pelas parcelas das combinações dos diagramas, como
mostra a Figura 3.

Figura 3. Combinação de momentos fletores Fonte: Martha (2010, p. 192)

Uma vez calculados os deslocamentos, isto é, os termos de carga e os coeficientes de flexibilidade, a


última etapa da metodologia consiste em reestabelecer, por meio da superposição dos casos, as
condições de compatibilidade da estrutura original, violada ao ser criado o sistema principal2.
Em outras palavras, o restabelecimento das referidas condições se baseia no cálculo das forças/momentos
capazes de anular deslocamento/rotações que surgiram com a eliminação vínculos do sistema original. Tal
procedimento recai no cálculo dos valores reais dos hiperestáticos, anteriormente assumidos como unitários.
Assim:
𝛿FG + 𝛿FF 𝑋F + 𝛿FH 𝑋H = 0  
𝛿HG + 𝛿HF 𝑋F + 𝛿HH 𝑋H = 0  

Matricialmente:
𝛿FG 𝛿FF 𝛿FH 𝑋F 0
+ 𝑋H = 0  
𝛿HG 𝛿HF 𝛿HH

𝛿FG 𝛿FF 𝛿FH


→ 𝑉𝑒𝑡𝑜𝑟  𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑠  𝑑𝑒  𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎                                             → 𝑀𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧  𝑑𝑒  𝑓𝑙𝑒𝑥𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒  
𝛿HG 𝛿HF 𝛿HH
𝑋F
𝑋H → 𝑉𝑒𝑡𝑜𝑟  𝑑𝑒  ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠  

Uma vez calculados os valores reais dos hiperestáticos por meio do sistema acima, a metodologia finaliza
na determinação dos esforções internos da estrutura original (hiperestática), por meio da superposição dos
casos. Assim, para qualquer esforço (E) que se deseja calcular, basta seguir a expressão mostrada a seguir:

                                                                                                                       
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Estrutura auxiliar e isostática, obtida por meio da eliminação dos vínculos excedentes da estrutura original.
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𝐸 = 𝐸G + 𝐸F 𝑋F + 𝐸H 𝑋H  
𝐸G, 𝐸F , 𝐸H → 𝑒𝑠𝑓𝑜𝑟ç𝑜  𝑛𝑜  𝑐𝑎𝑠𝑜  0, 𝑖  𝑒  𝑗, 𝑟𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑡𝑖𝑣𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒  
𝑋F , 𝑋H → 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠  𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠  𝑑𝑜𝑠  ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠  

No caso em discussão mostrado na Figura 4, ao eliminar os vínculos excedentes (criação dos SP) associa-
se os seus respectivos hiperestáticos 𝑋b , 𝑋c  𝑒  𝑋d , sendo o primeiro um momento unitário no apoio A,
devido à liberação da rotação. Os outros dois correspondem a um momento e uma força horizontal
unitária, devido à liberação da rotação e do deslocamento horizontal do apoio B, respectivamente

Figura 4. Sistema principal com hiperestáticos

Desse modo, o número de casos básicos é 4, sendo: casos (0) - estrutura formada pelo sistema principal
(SP) + carregamento externo e outros três compostas pelo SP + cada um dos hiperestáticos, conforme
apresentado na Figura 5.

Figura 5. Casos básicos

A metodologia segue resolvendo cada um dos casos, de modo a obter as reações de apoio, bem como os
seus diagramas dos esforços internos.
No pórtico em análise, é possível observar 𝛿bG , 𝛿cG  𝑒  𝛿dG , representando respectivamente a rotação no apoio
A devido à eliminação do vínculo, rotação no e deslocamento horizontal no apoio B devido à eliminação dos
vínculos, quando atua o carregamento externo (Figura 6). Estes são obtidos pelas combinações dos diagramas
de momentos fletores dos casos (1) e (0); (2) e (0); e (3) e (0), respectivamente.

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Figura 6. Caso (0)

O cálculo dos coeficientes de flexibilidade seguem os mesmos procedimentos do caso (0), calculam-se as
reações de apoio, os diagramas de esforços internos e, por meio do PFV, calculam-se os diagramas dos
esforços internos (mostrados adiante).
Desse modo, para o caso (1), devido à atuação do hiperestáticos 1 (momento unitário no apoio A),
surgem deslocamentos nas direções dos demais vínculos eliminados. Assim (Figura 7):

Caso 1: atuação do hiperestáticos 1 (momento unitário no apoio A), surgem


deslocamentos nas direções dos demais vínculos eliminados.
𝛿bb → 𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜  𝑛𝑜  𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜  𝐴   𝑛𝑎  𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜  𝑑𝑜  ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋b   , 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑑𝑜  à  𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜  𝑑𝑜    
ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋b  ;;  
 𝛿cb → 𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜  𝑛𝑜  𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜  𝐵   𝑛𝑎  𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜  𝑑𝑜  ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋c   , 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑑𝑜  à  𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜  𝑑𝑜    
ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋b  ;;  
 𝛿db → 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜  𝑛𝑜  𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜  𝐵   𝑛𝑎  𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜  𝑑𝑜  ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋d   , 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑑𝑜  à    
𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜  𝑑𝑜  ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋b .  

Caso 2: atuação do hiperestáticos 2 (momento unitário no apoio B).


𝛿bc → 𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜  𝑛𝑜  𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜  𝐴   𝑛𝑎  𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜  𝑑𝑜  ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋b   , 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑑𝑜  à  𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜  𝑑𝑜    
ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋c ;;  
 𝛿cc → 𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜  𝑛𝑜  𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜  𝐵   𝑛𝑎  𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜  𝑑𝑜  ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋c   , 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑑𝑜  à  𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜  𝑑𝑜    
ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋c ;;  
 𝛿dc → 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜  𝑛𝑜  𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜  𝐵   𝑛𝑎  𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜  𝑑𝑜  ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋d   , 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑑𝑜  à    
𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜  𝑑𝑜  ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋c .  

Caso 3: atuação do hiperestáticos 3 (força unitária no apoio B).


𝛿bd → 𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜  𝑛𝑜  𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜  𝐴   𝑛𝑎  𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜  𝑑𝑜  ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋b   , 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑑𝑜  à  𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜  𝑑𝑜    
ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋d ;;  
 𝛿cd → 𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜  𝑛𝑜  𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜  𝐵   𝑛𝑎  𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜  𝑑𝑜  ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋c   , 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑑𝑜  à  𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜  𝑑𝑜    
ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋d ;;  

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 𝛿dd → 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜  𝑛𝑜  𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜  𝐵   𝑛𝑎  𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜  𝑑𝑜  ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋d   , 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑑𝑜  à    


𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜  𝑑𝑜  ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋d .  

 
Figura  7.  Casos  1,  2  e  3  

O cálculo dos coeficientes de flexibilidade segue o mesmo procedimento mostrado para os termos de
carga. No entanto, a combinação se dá apenas entre os casos provocados pela atuação dos
hiperestáticos 𝑋F . Assim, a partir da tabela da Figura 8, os deslocamentos são calculados por meio da
combinação entre os diagramas de momento fletor (DMF) de cada barra de modo que:
𝛿bb , 𝛿cb , 𝛿db → combinações entre os diagramas de momentos fletores dos casos 1 e 1, 2 e 1, 3 e 1,
respectivamente;
𝛿bc , 𝛿cc , 𝛿dc → combinações entre os diagramas de momentos fletores dos casos 1 e 2, 2 e 2, 3 e 2,
respectivamente;
𝛿bd , 𝛿cd , 𝛿dd → combinações entre os diagramas de momentos fletores dos casos 1 e 3, 2 e 3, 3 e 3,
respectivamente.
É notável que 𝛿db = 𝛿bd , 𝛿dc = 𝛿cd , tal fato é explicado pelo teorema da reciprocidade de Betti e
Maxwell, que será detalhado adiante.
O reestabelecimento será obtido pelas seguintes expressões:
𝛿bG + 𝛿bb 𝑋b + 𝛿bc 𝑋c + 𝛿bd 𝑋d = 0  
𝛿cG + 𝛿cb 𝑋b + 𝛿cc 𝑋c + 𝛿cd 𝑋d = 0  
𝛿dG + 𝛿db 𝑋b + 𝛿dc 𝑋c + 𝛿dd 𝑋d = 0  

Matricialmente:
𝛿bG 𝛿bb 𝛿bc 𝛿bd 𝑋b 0
𝛿cG + 𝛿cb 𝛿cc 𝛿cd 𝑋c = 0  
𝛿dG 𝛿db 𝛿dc 𝛿dd 𝑋d 0

Os esforços internos serão calculados conforme expressão a seguir.


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𝐸 = 𝐸G + 𝐸b 𝑋b + 𝐸c 𝑋c + 𝐸d 𝑋d  

5.2.  TEOREMA DA RECIPROCIDADE


Com base no Princípio dos Trabalhos Virtuais (PTV), o Teorema da Reciprocidade nas suas duas versões (a
mais generalizada, o Toerema de Betti; e o Teorema de Maxwell) é muito utilizado no contexto da análise
estrutural, sobretudo quando se fala de estruturas hiperestáticas.
Como visto na seção anterior, especificamente no cálculo dos coeficientes de flexibilidade dos modelos
estruturais, existem situações que estes têm mesmos valores. Tal fato é explicado pelo Teorema da
Reciprocidade, uma vez que esse teorema permite estabelecer correspondência entre dois sistemas de
carga e deslocamento.
Assim, considere os sistemas A e B, mostrados na Figura 8, cujos campos de forças externas e esforços
internos – momentos ou forças – em equilíbrio (𝐹, 𝑓) e deslocamentos externos e internos – rotações ou
deslocamentos – compatíveis (𝐷: , 𝑓: ), são, respectivamente, (𝐹7 , 𝑓7 )  𝑒  (𝐷7 , 𝑓7 ), (𝐹: , 𝑓: )  𝑒  (𝐷: , 𝑓: ).

Figura 8. Sistemas submetidos a forças – Teorema da Reciprocidade

A partir do Princípios da Conservação, no qual o trabalho realizado pelas forças externas é igual à energia
deformação interna e, aplicando o Princípio dos Trabalhos Virtuais (PTV), considere o sistema A como real
e o B como virtual. Desse modo:

𝐹7 . 𝐷: = 𝑓7 𝑑:        𝑜𝑢   𝐹: . 𝐷7 = 𝑓: 𝑑7  

Sendo: 𝑓7 𝑑: = 𝑓: 𝑑7
Enuncia-se o Teorema de Betti (MARTHA, 2010, p. 209):

Se uma estrutura linear é submetida a dois sistemas de forças generalizadas, o


trabalho realizado pelas forças generalizadas do primeiro sistema com os
correspondentes deslocamentos generalizados do segundo é igual ao trabalho
realizado pelas forças generalizadas do segundo sistema com os
correspondentes deslocamentos generalizados do primeiro”.

Dessa forma, resulta:

𝐹7 . 𝐷: = 𝐹: . 𝐷7  

Como mencionado, o Teorema de Maxwell é a generalização do Teorema de Betti para forças unitárias,
desse modo, ainda conforme (Martha, 2010, p. 210):

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“Em uma estrutura linear elástica, o deslocamento generalizado no ponto 2


provocado por uma força generalizada unitária atuando no ponto 1 é igual ao
deslocamento generalizado no ponto 1 provocado por uma força generalizada
unitária atuando no ponto 2”.
𝜃c7 = 𝛿b:  

Acesse o link a seguir para assistir a uma animação da metodologia do


Método das Forças.
http://tinyurl.com/yavhy7b2
Para ver um exemplo de resolução de pórtico pelo Método das Forças,
acesse o link a seguir.
http://tinyurl.com/y99fu8dr
Aqui, temos outra opção de utilização da tabela de diagramas de
momento fletor.
http://tinyurl.com/ybtas3wu

Termina aqui nossa aula! Introduzimos assuntos importantes para o restante da UIA. Estudamos algumas
noções essenciais para o estudioso(a) da área. Continue estudando!

Aula 6 |   INFLUÊNCIAS DA TEMPERATURA E DO RECALQUE NAS


ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS PELO MÉTODO DAS FORÇAS

Estudantes, nesta segunda aula da nossa Unidade de Interação e Aprendizagem (UIA), falaremos sobre como
a temperatura e o recalque influenciam as Estruturas Hiperestáticas pelo Método das Forças. Bons estudos!

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Acesse o material de estudo, disponível no Ambiente Virtual de


Aprendizagem (AVA), e assista à videoaula sobre como analisar
uma estruturas hiperestáticas pelo método das forças.

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6.1.  EFEITOS DA TEMPERATURA


Como visto em disciplinas anteriores, uma estrutura isostática, quando submetida à variação de
temperatura, não sofre acréscimos ou decréscimos nos seus esforços internos, visto que esta tem o
número mínimo de vínculos para que seja classificada como estável. Como consequência, o sistema
estrutural pode se ajustar a pequenas alterações de comprimento provocadas pelo aumento ou redução
da temperatura (dilatação ou encurtamento) sem que sejam provocados novos valores de esforços, além
da possibilidade de apresentar deslocamentos em função da referida variação.

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No entanto, como o contexto desta disciplina trata das estruturas hiperestáticas, este aspecto precisa ser
avaliado de maneira diferenciada.
É sabido que uma estrutura hiperestática apresenta vínculos excedentes para sua estaticidade, ou seja,
ela é formada por um número de vínculos maior que o necessário para que a mesma seja estável. Em
consequência a esse fator, a estrutura apresenta resistência para acomodar após pequenas alterações de
comprimento provocadas pela variação da temperatura, o que implica no surgimento de variações de
deformações e esforços internos.
Para se conhecer os deslocamentos relativos internos provocados pela temperatura, considere a
estrutura, cujas fibras externas e internas sofrem variação da temperatura te e ti, respectivamente
(SÜSSEKIND, 1980, p. 47). Analisando um elemento infinitesimal de barra, notam-se os seguintes
deslocamentos relativos internos (MARTHA, 2010, p. 121):

Figura 9. Estrutura submetida à variação de temperatura Fonte: Sussekind (1980); Martha (2010, p. 121)

𝑑𝑢 i → deslocamento axial relativo interno devido à variação da temperatura


𝑑𝜃 i → rotação relativa interna por flexão devido à variação da temperatura
𝑑𝑀 i → deslocamento transversal relativo interno devido à variação da temperatura
Nesse sentido, a consideração dos efeitos da variação da temperatura em um sistema hiperestático é
baseada no Princípio dos Trabalhos Virtuais, especificamente, no Princípio das Forças Virtuais (PFV).
Sendo a temperatura uma solicitação externa, a parcela dos deslocamentos referente a esse efeito é
calculada levando no caso (0), mostrado na aula anterior, de modo que será somada aos termos de carga.
Assim, desprezando o efeito do deslocamento transversal relativo interno por ser muito pequeno, para
uma estrutura plana, tem-se:
𝑀F 𝛼(Δ𝑇F − Δ𝑇4 )
𝛿FG = 𝑁F 𝛼Δ𝑇mn 𝑑𝑥 + 𝑑𝑥  

Onde 𝛼 é coeficiente de dilatação do material; Δ𝑇mn , Δ𝑇F  𝑒  Δ𝑇4 são a variação da temperatura no centro
de gravidade, das fibras inferiores e externas da seção transversal da barra, respectivamente; e ℎ é a
altura da seção transversal da barra em análise.

6.1.1.  EFEITOS DO RECALQUE DE APOIO


Recalques de apoio são pequenos movimentos que as funções podem apresentar ao longo de sua vida
útil, que, em geral, são associadas a solicitações acidentais. Pelos mesmos motivos apresentados no caso
da temperatura, se uma estrutura isostática apresenta movimentos pequenos em relação às suas
dimensões, esta não apresenta variações de esforços internos.

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Desse modo, pode se admitir que, se um apoio estrutural se movimenta, a estrutura isostática perde um
vínculo, transformando-se em um mecanismo (uma cadeia cinemática). Assim, a estrutura se acomoda como
um corpo rígido (sem deformações) para a nova posição do apoio. Portanto, recalques de apoio provocam
deslocamentos em uma estrutura isostática sem que ocorram deformações ou esforços (MARTHA, 2010, p.
200).

Já nas estruturas hiperestáticas, por serem formadas por vínculos excedentes, os


recalques podem provocar variação tanto dos esforços internos como das
deformações e, portanto, devem ser considerados na análise estrutural.

No contexto do Método das Forças, esse efeito é calculado com base no PFV e, portanto, com a mesma
consideração do sistema principal, no caso (0).
Como o sistema principal é uma estrutura isostática, a estrutura se desloca como corpo rígido, de modo
que esse deslocamento é somado aos termos de carga.
Assim, considere o pórtico da Figura 10 (MARTHA, 2010, p. 200), que possui em um dos apoios um
recalque ρ=6 cm.

Figura 10. Com recalque de apoio Fonte: Martha (2010, p. 200)

Como mencionado, a estrutura isostática se deforma como corpo rígido, conforme mostrado na figura.
Em consequência a essa consideração, as barras não apresentam deformação, resultando na anulação da
energia de deformação interna.
Assim, sendo a energia de deformação interna igual ao trabalho das forças externas:
𝑈F = 𝑊q  

0 = 𝑊q  

1
𝑊q = 𝑃. ∆ + − . −𝜌  
3

1
∆= − − . −𝜌  
3

Nota-se que -1/3 refere-se à reação do apoio do sistema virtual que apresenta o recalque do sistema real.
∆→ deslocamento  causado  pelo  recalque  
𝑃 → Força  unitária  virtual  
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ANÁLISE DE ESTRUTURAS | UIA 2 | 15

Assim, a expressão geral a ser somada nos termos de carga é definida como:

∆= 𝑅 . −𝜌  
…4†‡ˆ‰Š4‹

𝑅 → Reação de apoio no sistema virtual (casos básicos devido aos hiperestáticos) correspondente ao
recalque real

Para ver um exemplo de resolução pelo Método das Forças de estrutura


com temperatura, acesse o seguinte link.
http://tinyurl.com/yazhhopx
Para um exemplo de resolução pelo Método das Forças de estrutura
com recalque de apoio, vá neste próximo link.
http://tinyurl.com/y7qx53mg

Termina aqui mais uma de nossas aulas. Continue estudando para desenvolver as competências e habilidades
necessárias a essa área de estudo! Até lá!

Aula 7 |  OUTROS SISTEMAS PRINCIPAIS

Teremos agora uma aula sobre os outros sistemas principais.


Conforme visto nas aulas passadas, o Sistema Principal (SP) é uma estrutura isostática, criado por meio de
eliminação de vínculos excedentes de uma estrutura hiperestática e, portanto, capaz de oferecer diversas
possibilidades para a mesma estrutura, desde que seja mantida a sua estabilidade.
No entanto, como o objetivo de se trabalhar com um SP é a aplicação do Método das Forças, busca-se, na
maioria das vezes, construir sistemas que resultem em diagramas de momentos fletores mais simples e,
portanto, que ofereçam mais facilidade no momento das combinações.
Nesse sentido, esta seção apresenta outras maneiras de se construir sistemas principais, cujas metodologias
consistem em adicionar rótulas ou fazer cortes em seções, diferentemente da que foi apresentada
anteriormente (eliminação de vínculos externos – apoios).
Fique atento e bons estudos!

7.1.   ADIÇÃO DE RÓTULAS


Como se sabe, a rótula é um tipo de ligação articulada, capaz de permitir o giro de independente entre as
partes interligadas, resultando, portanto, na impossibilidade da transferência de momento fletor (em
outras palavras, o momento fletor no ponto é nulo).
Em função dessa propriedade, a presença de uma rótula na estrutura acrescenta uma condição de
equilíbrio a mais para o sistema, resultando em uma nova equação enunciada por: a resultante do
momento fletor de um dos lados da rótula deve ser igual a zero.

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ANÁLISE DE ESTRUTURAS | UIA 2 | 16

Dessa forma, por se tratar de mais uma equação de equilíbrio, a introdução de rótulas a uma estrutura
hiperestática resulta na quebra de um vínculo e, portanto, conveniente no contexto do Método das
Forças.
Na Figura 11, observa-se um pórtico de plano com grau de hiperasticidade igual a 1 (𝑔ℎ = 1). Conforme
estudado, para a resolução por meio do Método das Forças, é necessária a criação de um SP, isto é, uma
estrutura isostática e estável.
Por meio da eliminação de vínculos externos, poderia ser, por exemplo, eliminado o vínculo que restringe
a rotação no apoio A, resultando em um pórtico biapoiado. Para verificar o comportamento do SP com a
adição de uma articulação entre barras, foi adicionada uma rótula, resultando em mais uma equação de
equilíbrio para o sistema.
Uma vez que foi quebrada a continuidade, permitindo a rotação relativa das barras (rotação de maneira
independente), os hiperestáticos associados a esse tipo de quebra de vínculo são exatamente os
momentos fletores nas seções transversais onde as rótulas foram introduzidas.

Figura 11. Sistema Principal com adição de rótulas

Assim, no contexto da metodologia do MF, os deslocamentos provocados pela introdução de uma rótula
(termos de carga e coeficientes de flexibilidade) são:
 𝛿FG → 𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜  𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎  𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒  𝑎𝑠  𝑠𝑒çõ𝑒𝑠  𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠  à  𝑟𝑜𝑡𝑢𝑙𝑎  𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑎  𝑎𝑜  ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋F ,  
𝑑𝑒𝑣𝑖𝑑𝑜  à  𝑠𝑜𝑙𝑖𝑐𝑖𝑡𝑎çã𝑜  𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎  𝑛𝑜  𝑐𝑎𝑠𝑜  (0)  
 𝛿FH → 𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜  𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎  𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒  𝑎𝑠  𝑠𝑒çõ𝑒𝑠  𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠  à  𝑟𝑜𝑡𝑢𝑙𝑎  𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑎  𝑎𝑜  ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋F ,  
𝑑𝑒𝑣𝑖𝑑𝑜  𝑎𝑜  ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋H  

Esse tipo de elemento (rótula) pode ser colocado em qualquer parte da estrutura, no entanto, deve-se
atentar às condições de utilização de rótulas (visto em disciplinas anteriores), sobretudo no que diz
respeito à estabilidade do modelo estrutural.

A Figura 12 mostra um caso típico da má colocação da rótula.

Suponha que a rótula tenha sido introduzida no ponto D, liberando a rotação entre as barras CD e DB. Do
ponto de vista matemático, poderia se dizer que o modelo é isostático, uma vez que a estrutura
apresenta o mesmo número de reações de apoio e de equações de equilíbrio.
 

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ANÁLISE DE ESTRUTURAS | UIA 2 | 17

No entanto, uma das condições necessárias para que a estrutura seja isostática é que a mesma seja
estável, fato este que não se verifica no pórtico abaixo. Tendo um apoio de primeiro gênero restringindo
apenas o deslocamento vertical, caso seja aplicada uma força horizontal na barra DB, por ser capar de
girar independentemente da barra CD, esta barra pode se movimentar horizontalmente, resultando em
uma estrutura instável.
Assim, situações como essa não podem ser verificadas em Sistemas Principais.

Figura 12. Sistema Principal com adição de rótulas – incorreto

Um outro aspecto da colocação da introdução de rótulas é a escolha do sistema principal de quadros


compostos. Nesses casos, essa opção pode representar não só uma ferramenta na criação do SP, mas
também um grande auxílio na decomposição do quadro, como mostra a Figura 13.

Figura 13. Sistema Principal para quadros compostos Fonte: Martha (2010, p. 239)

7.1.1.   CORTE EM SEÇÃO


Uma outra maneira de se obter o sistema principal de uma estrutura hiperestática, sobretudo em
quadros fechados (circuitos fechados), é por meio do corte na seção transversal das barras.
 

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ANÁLISE DE ESTRUTURAS | UIA 2 | 18

Assim, considere o pórtico a seguir, apresentado na Figura 14.

Figura 14. Quadros fechados

Sendo o graus de hiperasticidade da estrutura igual a 3 (𝑔ℎ = 3), para a criação do sistema principal é
necessária a eliminação de três vínculos. Nesse tipo de estrutura, não se pode mais eliminar vínculos dos
apoios, uma vez que, externamente, a estrutura é isostática. Assim, pode se optar pela colocação de três
rótulas não alinhadas (Figura 15) ou pela realização do corte em uma seção transversal (Figura 16).

Figura 15. Sistema Principal para quadros fechados – adição de rótulas

Figura 16. Sistema Principal para quadros fechados – corte de seção

Nesta última situação, os hiperestáticos correspondem aos esforços internos na seção do corte e os casos
básicos correspondem ao caso (0), o SP + carregamento externo, bem como os casos com cada um dos
hiperestáticos.
Os termos de carga e coeficientes de flexibilidade representam fisicamente:

 𝛿FG
→ 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜   𝑎𝑥𝑖𝑎𝑙, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙  𝑜𝑢  𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜  𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎  𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒  𝑎𝑠  𝑠𝑒çõ𝑒𝑠  𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠  𝑑𝑜    
𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒  𝑝𝑟𝑜𝑣𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜  𝑝𝑒𝑙𝑎  𝑠𝑜𝑙𝑖𝑐𝑖𝑡𝑎çã𝑜  𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎  𝑛𝑜  𝑐𝑎𝑠𝑜  (0)  
 𝛿FH
→ 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜   𝑎𝑥𝑖𝑎𝑙, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙  𝑜𝑢  𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜  𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎  𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒  𝑎𝑠  𝑠𝑒çõ𝑒𝑠  𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠  𝑑𝑜    
 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒  𝑛𝑎  𝑠𝑒çã𝑜, 𝑝𝑟𝑜𝑣𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜  𝑝𝑒𝑙𝑜  ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑜  𝑋F  𝑛𝑜  𝑐𝑎𝑠𝑜  𝑗  

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ANÁLISE DE ESTRUTURAS | UIA 2 | 19

A metodologia do Método das Forças nesses casos segue os mesmos procedimentos apresentados no
casos anteriores, inclusive no reestabelecimento das condições de compatibilidade violadas com a
criação do Sistema Principal.

Para saber mais sobre separação de pórticos compostos, acesse o


link a seguir.
http://tinyurl.com/ya72z2mz
Para um exemplo resolvido com adição de rótulas, confira a seguir!
http://tinyurl.com/ycupqjvx

Finalizamos aqui mais uma aula. Siga estudando e passe para a aula seguinte, a última da nossa Unidade de
Interação e Aprendizagem (UIA). Bons estudos!

Aula 8 |  APLICAÇÃO DO MÉTODO DAS FORÇAS EM PROGRAMAS


COMPUTACIONAIS

Nesta aula, última da nossa Unidade de Interação e Aprendizagem (UIA), falaremos sobre alguns softwares
usados para aplicar o Método das Forças. Fique atento e bons estudos!

8.1.   FTOOL – VERSÃO EDUCACIONAL

Acesse o site oficial e fique por dentro!


http://tinyurl.com/yc9fsvzu

Conforme visto, o Método das Forças é uma metodologia para resolver estruturas hiperestáticas e,
dependendo do caso, pode se tornar uma tarefa longa e difícil para se resolver. Nesse sentido, utilizar
ferramentas computacionais para auxiliar é de grande importância para o estudante da disciplina de
Análise de Estruturas.
Hoje há muitas ferramentas com o mesmo objetivo, seja em plataformas para dispositivos móveis, seja
para computadores. No contexto dos softwares para análise estrutural, entre tantos existentes, podem-se
citar no meio acadêmicos:

•   Ftool – https://www.alis-sol.com.br/Ftool/

•   ANSYS – http://www.ansys.com/

•   SAP – https://www.csiamerica.com/products/sap2000

•   ABAQUS – https://academy.3ds.com/en/software/abaqus-student-edition

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ANÁLISE DE ESTRUTURAS | UIA 2 | 20

De maneira geral, são softwares pagos, no entanto, apresentam versões destinadas à academia. Desse
modo, na condição de estudante, pode estar utilizando-os como auxiliadores no aprendizado.
Por ser um programa desenvolvido no âmbito educacional, mas que hoje já é tratado de maneira
comercial, nesta disciplina será dado ênfase ao Ftool. É um programa para a análise estrutural para
estruturas planas, idealizado e desenvolvido pelo professor Luiz Fernando Martha, inicialmente, através
de um projeto de pesquisa na PUC-Rio.
Com uma interface bastante acessível, entre outras funções, o programa é capaz de construir diversos
modelos estruturais, sob diferentes formas de carregamento, dimensões, materiais, bem como fornecer
seus respectivos diagramas de esforços internos. Desse modo, configurando-se como uma ferramenta de
grande valor para a análise estrutural.
A Figura 17 apresenta as principais funcionalidades do Ftool.

Figura 17. Interface do Ftool

Como visto, as opções fornecidas permitem criar os mais diversos sistemas estruturais. Para conhecer
como essa ferramenta estará auxiliando, será desenvolvida uma questão do Método das Forças por meio
do Ftool. Assim, considerando o pórtico mostrado na Figura 18, determine o seu diagrama de momento
fletor.
Sendo essa estrutura de grau de hiperasticidade 2 (𝑔ℎ = 2), será necessária a exclusão de dois vínculos
excedentes para a criação do Sistema Principal (SP). Assim, optando por retirar o vínculo que restringe a
rotação do apoio A, bem como o vínculo que restringe o deslocamento na direção horizontal do apoio B,
e associando os respectivos hiperestáticos, o SP escolhido é mostrado ao lado da estrutura original

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ANÁLISE DE ESTRUTURAS | UIA 2 | 21

Figura 18. Pórtico no Ftool

Caso (0): SP + carregamento externo:

Figura 19. Caso (0)

Caso (1): SP + hiperestático 1:

Figura 20. Caso (1)


 

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ANÁLISE DE ESTRUTURAS | UIA 2 | 22

Caso (1): SP + hiperestático 2:

 
Figura 21. Caso (2)

De posse dos diagramas, a sequência de cálculos do Método das Forças passa para o cálculo dos
deslocamentos provocados pela eliminação dos vínculos excedentes, por meio da combinação dos
diagramas. No contexto do Ftool, esse software auxilia na construção dos diagramas do momentos
fletores, sendo possível conhecer o valor do esforço na seção que se deseja.
Cálculo dos termos de carga:
•   𝛿bG → 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎çã𝑜  𝑑𝑜𝑠  𝑑𝑖𝑎𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠  𝑑𝑒  𝑑𝑢𝑎𝑠  𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠  

Verificando os coeficientes na tabela de diagramas de momentos fletores (Figura 20)

1 1 1
𝛿bG = − 𝑀b 𝑀G 𝐿 − 𝑀b 𝑀G 𝐿  
𝐸𝐼 2 3

O sinal negativo na segunda parcela acontece, pois os diagramas nas respectivas barras tracionam
nas fibras contrárias.
 

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ANÁLISE DE ESTRUTURAS | UIA 2 | 23

•   𝛿cG → 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎çã𝑜  𝑑𝑜𝑠  𝑑𝑖𝑎𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠  𝑑𝑒  𝑑𝑢𝑎𝑠  𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠  

1 1 1
𝛿cG = 𝑀c 𝑀G 𝐿 + 𝑀c 𝑀G 𝐿  
𝐸𝐼 3 3

Cálculo dos coeficientes de flexibilidade:


 
•   𝛿bb → 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎çã𝑜  𝑑𝑜𝑠  𝑑𝑖𝑎𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠  𝑑𝑒  𝑑𝑢𝑎𝑠  𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠  

1 1
𝛿bb = 𝑀b 𝑀b 𝐿 + 𝑀b 𝑀b 𝐿  
𝐸𝐼 3

•   𝛿cb → 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎çã𝑜  𝑑𝑜𝑠  𝑑𝑖𝑎𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠  𝑑𝑒  𝑑𝑢𝑎𝑠  𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠  

1 1 1
𝛿cb = − 𝑀c 𝑀b 𝐿 − 𝑀c 𝑀b 𝐿  
𝐸𝐼 2 2

•   𝛿bc → 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎çã𝑜  𝑑𝑜𝑠  𝑑𝑖𝑎𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠  𝑑𝑒  𝑑𝑢𝑎𝑠  𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠  

1 1 1
𝛿bc = − 𝑀b 𝑀c 𝐿 − 𝑀b 𝑀c 𝐿
𝐸𝐼 2 2
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ANÁLISE DE ESTRUTURAS | UIA 2 | 24

•   𝛿cc → 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎çã𝑜  𝑑𝑜𝑠  𝑑𝑖𝑎𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠  𝑑𝑒  𝑡𝑟ê𝑠  𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠  

1 1 1
𝛿bc = 𝑀c 𝑀c 𝐿 + 𝑀c 𝑀c 𝐿 + 𝑀c 𝑀c 𝐿
𝐸𝐼 3 2

Restabelecendo as condições de compatibilidade:


𝛿bG + 𝛿bb 𝑋b + 𝛿bc 𝑋c = 0  
𝛿cG + 𝛿cb 𝑋b + 𝛿cc 𝑋c = 0  

Encontram-se os valores de 𝑋b  𝑒  𝑋c e, por meio da equação que superpõe os efeitos de todos os casos,
traça-se o diagrama de momentos fletores da estrutura original, conforme Figura 22.
𝑀 = 𝑀G + 𝑀b 𝑋b + 𝑀c 𝑋c  

Essa equação é verificada em todas as seções que se necessita calcular o momento fletor para construir o
diagrama da estrutura original.

Figura 22. Diagrama de momento fletor da estrutura original

Para assistir a um vídeo mostrando a utilização do Ftool, confira a seguir!


http://tinyurl.com/y9g2ho65

Termina aqui nossa Unidade de Interação e Aprendizagem (UIA). Ficou com alguma dúvida? Retorne ao
conteúdo ou busque esclarecimentos no Fórum de Dúvidas. Senão, passe para a unidade seguinte. Até lá.
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Você terminou o estudo desta unidade. Chegou o momento de verificar sua aprendizagem.
Ficou com alguma dúvida? Retome a leitura.
Quando se sentir preparado, acesse a Verificação de Aprendizagem da unidade no menu
lateral das aulas ou na sala de aula da disciplina. Fique atento, essas questões valem nota!
Você terá uma única tentativa antes de receber o feedback das suas respostas, com
comentários das questões que você acertou e errou.
Vamos lá?!

   

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ANÁLISE DE ESTRUTURAS | UIA 2 | 26

REFERÊNCIAS
 

MARTHA, L. F. Análise de estruturas. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.


SÜSSEKIND, J. C. Curso de Análise Estrutural. Porto Alegre: Globo, 1980.

GLOSSÁRIO

Hiperestáticos: Forças/momentos necessários para eliminar os deslocamentos e rotações causados pela


eliminação dos vínculos da estrutura original.
Sistema Principal: Estrutura auxiliar e isostática, obtida por meio da eliminação dos vínculos excedentes
da estrutura original.
Termo de carga: Deslocamentos causados pelo carregamento externo quando a estrutura original teve
seus vínculos excedentes excluídos.

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