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ManualEnergiaFotovoltaicoADIV PDF
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MANUAL DE ENERGIA SOLAR
FOTO-VOLTAICA
ÍNDICE
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
Conceitos de electricidade, electrónica e energias renováveis e recursos
solares..................................................................................................................... PAG 3
CAPÍTULO 2 - MÓDULOS OU PAINÉIS SOLARES FOTO-VOLTAICOS............ PAG 19
(As três páginas seguintes são homenagem ao grande cientista e escritor Isaac Azimov por toda sua
obra )
Referencias Bibliográficas
Cartilha de Energia Solar - Kyocera
Manual do curso publicado por Panorama Energético (http://www.panoramaenergetico.com).
E-TexT Books de Retscreen, do Canadá ( http://www.retscreen.net ), e software para elaborar projectos de fo-
tovoltaico. Se quiser este software pode efectuar o descarga. É gratuito.
Guias da Energia Solar do Concurso Solar Padre Himalaya .
O SOL GLORIOSO
Isaac Asimov ( excerto do livro “O Início e o Fim” - Edições Melhoramentos)
Vivemos da energia do Sol Glorioso, e tudo que vive o faz. As plantas verdes fazem uso da energia da luz so -
lar para converter o dióxido de carbono, a água e minerais em hidratos de carbono, gordura e proteínas. Os
animais vivem dos compostos de alta energia das plantas, ou de outros animais que comeram plantas. Toda
a vida animal, inclusive a nossa, se alimenta, finalmente, das plantas verdes que fizeram uso da energia da
luz solar para criar a provisão de alimentos.
A tecnologia do homem está também, baseada, na energia solar. O calor solar aquece desigualmente o ar e o
mar, criando ventos e correntes oceânicas. O calor solar evapora o oceano, elevando quilómetros cúbicos de
água ao espaço, na forma de vapor. Lá, a água, a seu tempo, condensa-se, e cai em forma de chuva; parte
dela cai em continentes, onde se acumula em lagos a lagoas, alguma corre de volta aos oceanos na forma de
rios e riachos. E os ventos e a água corrente têm estado a mover navios e a girar rodas desde os tempos an-
tigos.
A grande fonte de energia, feita pelo homem - o fogo - depende da queima de combustível no ar. Onde o
combustível é lenha, o fogo representa a queima de compostos formados por plantas através do uso da ener -
gia da luz solar; onde a gordura animal, são os compostos formados por animais a expensas das plantas;
onde se trata de carvão ou de petróleo, o combustível é material que se formou por meio de plantas ou de
animais há centenas de milhões de anos, partindo da energia dessa antiga luz solar.
Alguma energia usada pelo homem não é de origem solar; o calor interno da Terra manifesta-se em fontes
quentes; a rotação da Terra produz o movimento das marés; e os núcleos atómicos podem sofrer fissão, ou
fusão, para produzir energia. Estas fontes não-solares de energia têm contribuído, por enquanto, muito pouco
para as necessidades totais de energia da humanidade. A principal fonte, neste momento (e durante dois sé-
culos passados), é o carvão, apenas superado pelo petróleo - ambos obtidos do interior da crosta terrestre.
Entretanto, o carvão é difícil de ser conseguido e transportado; ademais, sua escavação prejudica o meio am-
biente. O petróleo é de abastecimento limitado, e o dia do seu desaparecimento não se encontra a muitos de -
cénios no futuro. Tanto o carvão como o petróleo, ao serem queimados, poluem gravemente. Ainda que o
carvão e o petróleo pudessem ser purificados e queimados com completa eficiência, de modo a não produzi -
rem poluição comum, eles, ainda assim, dariam desperdício de calor que aqueceria lentamente a Terra, alte-
rando-se o clima. Também produziriam dióxido de carbono, que não deixaria o calor escapar para o espaço, a
isto aceleraria a tendência para o aquecimento. Se nos voltarmos para a fissão nuclear, haverá o grande peri-
go da poluição pela radiação. Se nos voltarmos para a fusão nuclear, com a qual o perigo da poluição é muito
menor, teremos de enfrentar o facto de que os problemas de engenharia envolvidos na fusão se encontram
por enquanto solução, e talvez requeiram decénios para serem resolvidos.
Podemos voltar-nos de novo para o Sol. A despeito de toda a energia solar que entra na produção do vento,
das correntes aquáticas e das plantas verdes, mais de 90 % da energia que recebemos do sol destina-se sim-
plesmente a aquecer a Terra. Este aquecimento é útil, naturalmente, pois mantém a temperatura da Terra su-
ficientemente quente para tornar possível a vida. Contudo, se esse desperdício de calor da luz solar fosse uti -
lizado para os propósitos do homem, ele acabaria sendo utilizado como calor (que é indestrutível), e a Terra
continuaria tão quente como antes. A cada dia, a quantidade de luz solar que incide sobre a Terra, sem ser
usada de alguma forma, a não ser para aquecer o nosso planeta, representa tanta energia quanto a humani-
dade utiliza em cerca de 3 anos. E mais: a energia solar a completamente não-poluente. Ela nem sequer in-
troduz poluição pelo calor, porquanto o calor existe, nela, na mesma quantidade, façamos ou não façamos
uso da energia.
Que é que nos impede, então, de fazer uso da energia solar?. Três coisas:
1. energia solar é muito diluída. É muito abundante, mas espalha-se subtilmente por uma grande área.
Colectá-la e concentrá-la até o ponto em que se torne útil para a tecnologia humana é coisa altamen -
te complexa.
2. A energia solar directa varia em quantidade com a hora do dia . É baixa pela manhã e à tarde, e não
existe à noite. As nuvens, a névoa e a neblina reduzem-lhe a quantidade, mesmo quando está no
ponto máximo. Em muitos lugares, onde a indústria do homem é mais concentrada, a quantidade dis-
ponível do Sol é particularmente variável.
3. O homem tem sido extremamente preguiçoso quanto a solucionar os problemas de engenharia envol-
vidos no uso directo da energia solar, porque estiveram à sua disposição as técnicas mais simples de
queima do carvão e do petróleo; e tem tido, igualmente, falha de imaginação, de modo que não tem
visto as necessidades e as possibilidades com suficiente antecipação para fazer funcionar um dispo -
sitivo condicionador de ar que refrigerará a casa no tempo de calor. O Sol pode não inspirar confiança
Já existem muitos projectos “Solares” quer governamentais, quer particulares nas áreas de: Telecomunica-
ções, Electrificação Rural, Sinalização de Estradas e Bombeamento de Água e actualmente Micro-geração,
que utilizam a Energia Solar com bastante sucesso.
O principal obstáculo à implementação de centrais deste tipo prende-se com o investimento inicial elevado.
No entanto, já é comercialmente viável para pequenas instalações. Os postos de saúde remotos beneficiam
com a Energia Solar no que toca a abastecer refrigeradores para a conservação de vacinas, prover ilumina -
ção e comunicação.
Em regiões isoladas de países desenvolvidos, já são comercializáveis kits (incluem um ou dois módulos Foto-
voltaicos, 3 ou 4 lâmpadas, uma bateria e um simples carregador de baterias) para alimentação de habita-
ções temporárias, por exemplo uma casa de montanha. O seu uso é particularmente vantajoso em regiões re-
motas ou em zonas de difícil acesso. Espera-se contudo que o aumento da produção dos painéis solares,
faça descer bastante o investimento desse custo inicial, e que assim o possamos aproveitar o máximo de
energia solar possível.
As principais aplicações dos sistemas fotovoltaicos são:
- Electrificação remota – actualmente uma das principais aplicações da energia fotovoltaica é a possibilida-
de de fornecer energia eléctrica a lugares remotos, onde o custo da montagem de linhas eléctricas é superior
ao sistema fotovoltaico, ou existe a impossibilidade deste tipo de fornecimento;
- Sistemas autónomos – bombagem de água para irrigação, sinalização, alimentação de sistemas de teleco-
municações, frigoríficos médicos em locais remotos, etc;
- Aplicação de micro-potência – relógios, maquinas de calcular, etc;
- Integração em edifícios – a integração de módulos fotovoltaicos na envolvente dos edifícios (paredes e te -
lhados) é uma aplicação recente, podendo representar reduções de custos construtivos e energéticos. A
energia produzida em excesso pode ser vendida à companhia eléctrica, e quando existem insuficiências, esta
pode ser comprada;
- Veículos – outra aplicação, ainda em fase de investigação, é a de automóveis de recreio providos de célu-
las foto-voltaicas, com suficiente potência para movimentá-los, assim como também embarcações de recreio.
Através de métodos adequados obtém-se o silício em forma pura. Na forma cristalina é muito duro e pouco so-
lúvel, apresentando um brilho metálico e uma coloração cinzenta. É um elemento relativamente inerte e resis-
tente à acção da maioria dos ácidos. O silício transmite mais de 95% dos comprimentos de onda das radiações
infravermelhas.
O silício necessário ao fabrico das células foto-voltaicas pode ser obtido a partir da quartzite através de um
processo dispendioso, sujo e difícil de realizar o que contribui para tornar o preço do silício bastante mais ele-
vado. Ainda por cima, o cristal de silício puro possui poucos electrões livres e portanto é um mau condutor
eléctrico. Assim, e depois de fabricar os cristais é necessário em seguida fazer a deposição de impurezas
para criar as 2 zonas, p e n, acrescentando-se pequenas percentagens de outros elementos. Este processo
denomina-se de dopagem.
Mediante a dopagem do silício com o fósforo obtém-se um material com electrões livres ou material com por-
tadores de carga negativa (silício tipo N). Realizando o mesmo processo, mas acrescentando Boro ao invés
de fósforo, obtém-se um material com características inversas, ou seja, défice de electrões ou material com
cargas positivas livres - as lacunas (silício tipo P). Se juntarmos duas camadas de silício dopado N e P elas
forma um JUNÇÃO semicondutora.
Separadamente, ambas as capas são electricamente neutras. Mas ao serem unidas, na união P-N, cria-se
um campo eléctrico devido aos electrões do silício tipo N que ocupam os vazios da estrutura do silício tipo P.
Seguidamente, o silício é tratado com um revestimento anti-reflector, que evita perdas de radiação por esse
fenómeno.
Por meio de um condutor externo, conecta-se camada negativa à positiva. Assim o efeito fotovoltaico produz
um fluxo de electrões nos condutores externos. Os electrões são excitados pelas partículas de luz e encon -
tram no circuito eléctrico externo à célula, o caminho mais fácil para viajar de um lado da célula solar para o
outro. Enquanto a luz continue a incidir na célula, o fluxo de electrões manter-se-á. A intensidade da corrente
gerada variará proporcionalmente conforme a intensidade da luz incidente.
A célula solar apenas consegue orientar uma pequena percentagem desses electrões de forma a fazê-los fluir pelo circuito
externo. Este fluxo de electrões é, por definição, corrente eléctrica e a sua energia é vulgarmente chamada de electricida-
de.
- INORGÂNICOS
ORGÂNICOS
Uma abordagem radicalmente nova são as células solares de materiais electrónicos orgânicos, como por ex-
emplo polímeros semicondutores também por vezes denominados por “soft cells”. Engenheiros electricistas
da Universidade Princeton (Estados Unidos) criaram uma nova técnica de fabricação de células solares orgâ -
nicas que poderão se transformar num meio mais económico de aproveitamento da luz solar. Essas células
são geralmente constituídas por um polímero condutor e um material receptor de electrões, como o fulereno
(C60). A eficiência desses dispositivos ainda é limitada, principalmente devido à baixa absorção de luz pela
camada activa e a baixa mobilidade dos transportadores de cargas. Parte desse problema pode ser minimiza -
do através da inserção de um terceiro componente na célula, como corantes orgânicos que apresentem ele-
vada absorção de luz na faixa espectral acima de 400 nm. (Pode fazer-se em construção caseira células or -
gânicas)
A BP, líder mundial no fabrico de células foto-voltaicas, optou pelo Telureto de Cádmio, que, embora não seja
o material mais promissor, é bastante mais fácil de utilizar e tem menos problemas associados.
O processo começa com vidro coberto por uma fina película de óxido, em seguida é decomposta por electróli-
se a primeira camada de Sulfito de Cádmio, seguida pela segunda camada, de Telureto de Cádmio. A cama -
da fina de metal é obtida por deposição de vapores metálicos, feita em fornos de vácuo. Por fim as camadas
são cortadas a laser para criar células individuais ligadas em série pelo material condutor.
Ligando uma série de células produz-se uma grande voltagem com uma baixa corrente. Uma única célula
grande produziria uma grande corrente, mas, com uma tensão muito baixa.
A Siemens-Energia optou pelo material mais difícil de transformar, o Disseleneto de Índio e Cobre, desenvol-
vido pela Boeing para aplicações espaciais (satélites). Embora seja mais raro, a quantidade de material ne-
cessário para uma célula é muito menor, espessuras da ordem dos 0.002mm o que corresponde a 50g de
material por metro quadrado de painel contra quase um Kg de Silício necessário para mesma área.
Outra das tecnologias em desenvolvimento é a dos revestimentos anti-reflectores. Uma superfície texturada
torna o revestimento anti-reflector bastante mais eficaz. Apenas com a aplicação deste revestimento, é possí-
vel obter células com rendimentos da ordem dos 12 a 13%.
Outra tecnologia em desenvolvimento acelerado é a célula sem contactos frontais (grelha). Na sua substitui -
ção existem zonas do tipo p+ e n+ que actuam como colectores de portadores de carga. A aplicação conjunta
desta técnica e do revestimento especial anti-reflexo permitiram à SunPower Corporation o fabrico de células
de rendimentos espantosos (20 a 23 %). Estas células foram utilizadas pela Honda no World Solar Challenge,
competição de veículos movidos a energia solar.
A massa dos painéis solares pode ser reduzida utilizando células foto-voltaicas solares de filme fino, feitas de
substratos flexíveis. A eficiência pode ser aumentada utilizando novos materiais e concentradores solares que
intensificam a luz incidente, aspectos importantes os quais vamos apresentar em seguida, assim como novas
tecnologias em produção das células foto-voltaicas.
Reflexão
Uma grande parte da radiação que atinge o painel fotovoltaico é reflectida, isto deve-se à camada de vidro colocada na
parte superior do painel e aos eléctrodos frontais.
Desadaptação espectral
Para radiações com comprimentos onda λ> 1100 nm não haverá lugar à produção de pares electrões-lacunas. Isto porque
a energia de um fotão é inferior à energia necessária para que o electrão salte da valência para a de condução.
Aumento de temperatura
O aumento da temperatura da célula faz com que o rendimento do módulo diminuía, assim baixando os pontos de opera -
ção para potência máxima gerada. Como é mostrado na figura abaixo.
Tensão [V]
Efeito causado pela temperatura na célula.
Rendimento máximo
Máximo registado em
Rendimento Típico registado em labora-
aplicações
tório
Mono-cristalina 12-16% 22.7% 24.7%
Poli-cristalina 12-14% 15.3% 19.8%
Silício amorfo 5-8% 10.5% 12.7%
Quadro Resumo
Qualidades ecológicas
A tecnologia fotovoltaica apresenta um produto final que não é poluente, que é silencioso e que quando correctamente es -
tudada a sua localização não perturba o ambiente.
Agrupamentos de painéis
Podem ser ligados em paralelo para aumentar a corrente (mais energia) e ligados em série para
aumentar a tensão para 24, 48 Volt, ou ainda maior tensão. A vantagem de utilizar uma maior tensão
de saída nos painéis solares é que se pode usar cabo de secção menor para transferir a mesma
energia eléctrica a partir do agrupamento de painéis solares para o controlador de carga, para as
baterias ou para o inversor (conversor de CC em CA).
Como o preço do cobre subiu consideravelmente nos últimos anos, é muito caro comprar condutores
de cobre de secção elevada e assim opta-se pela solução de elevar a tensão dos conjuntos de
painéis.
Efeito da temperatura
O principal efeito provocado pelo aumento da temperatura do módulo é uma redução da tensão de
forma directamente proporcional. Existe um efeito secundário dado por um pequeno incremento da
corrente para valores baixos de tensão.
É por isso que para locais com temperaturas ambientes muito elevadas são adequados módulos que
possuam maior quantidade de células em série a fim de que as mesmas tenham suficiente tensão de
saída para carregar baterias.
A curva de potência máxima de um módulo em função da hora do dia tem a forma indicada neste dia-
grama de carga:
A quantidade de energia que o módulo é capaz de entregar durante o dia é representada pela área
compreendida sob a curva da acima e mede-se em Watts hora/dia.
Observa-se que não é possível falar de um valor constante de energia entregue pelo módulo em
Watts hora uma vez que varia conforme a hora do dia. Será necessário então trabalhar com os valo-
res da quantidade de energia diária entregue. (Watts hora/dia).
Será de prever na Europa um forte crescimento, no que respeita aos sistemas fotovoltaicos com ligação à
rede pública eléctrica. No caso concreto da Alemanha, os sistemas fotovoltaicos com ligação à rede, foram
instalados com maior intensidade após a entrada em vigor de subsídios governamentais no âmbito do “ Pro-
grama dos 1.000 telhados” (1991-1995). Com a posterior evolução para o “Programa dos 100.000 telhados”
(desde 1999) e o “Decreto das Fontes de Energia Renovável” (EEG1/4/2000), o Governo Federal lançou no
mercado um conjunto de programas dinamizadores, os quais tiveram reconhecimento a nível mundial. Em
Portugal os governos recentes (2002 a 2009) têm criado incentivos ao investimento em sistemas ligados à
rede pública tanto familiares como industriais.
Um dos aspectos mais importantes dos sistemas fotovoltaicos ligados à rede, tem sido a sua interligação à
rede pública eléctrica. Um sistema fotovoltaico com ligação à rede é composto, normalmente, pelos seguintes
componentes:
1. Gerador fotovoltaico (vários módulos fotovoltaicos dispostos em série e em paralelo, com estruturas de su-
porte e de montagem)
2. Caixa de junção (equipada com dispositivos de protecção e interruptor de corte principal DC)
3. Cabos AC-DC
4. Inversor
5. Mecanismo de protecção e aparelho de medida
A figura a seguir mostra a estrutura principal de um sistema fotovoltaico com ligação à rede.
Um ambiente “solar”, é um ambiente com 3R onde as palavras de ordem são : reduzir, reutilizar e reci-
clar ou seja Economia e mais Economia
Com o sistema solar fotovoltaico não pode haver excessos: os aparelhos ligados a ele têm que ser económi-
cos. Todos devem ser de classe A de eficiência energética.
As lâmpadas incandescentes comuns, por exemplo, são substituídas pelas fluorescentes compactas de 9
watts ou fluorescentes tubulares 12 volts ou mais recentemente pelas luminárias de LED de alta intensidade
que são ainda mais económicos, que produzem a mesma luminosidade com 80% menos de energia. Frigorífi -
co, secador de cabelo, ferro eléctrico e chuveiro eléctrico, normalmente não têm tecnologia económica, por-
tanto não os recomendamos para uso directo com a Energia Solar Fotovoltaica onde a potência instalada seja
menor do que 5KW.
Baterias de acumuladores
A função prioritária das baterias num sistema de geração fotovoltaico é acumular a energia que se
produz durante as horas de luminosidade a fim de poder ser utilizada à noite ou durante períodos pro -
longados de mau tempo. Outra importante função das baterias é prover uma intensidade de corrente
superior àquela que o dispositivo fotovoltaico pode entregar. É o caso de um motor, que no momento
do arranque pode exigir uma corrente de 4 a 6 vezes sua corrente nominal durante uns poucos se-
gundos.
Bateria
É o elemento destinado a acumular a energia eléctrica
gerada pelo painel tornando-a disponível sempre que
necessário.
Embora muitos tipos diferentes de baterias sejam usa-
dos, a única característica que todas elas devem ter
em comum é serem.
Baterias de ciclo profundo, ou estacionárias.
Ao contrário das baterias de carro, que são baterias de
ciclo-baixo, as baterias de ciclo profundo podem des-
carregar mais a energia armazenada enquanto man-
têm uma longa vida.
No arranque do carro, as baterias descarregam uma
grande corrente num período muito curto e, imediatamente, recarregam quando o motor trabalha. As
baterias PV geralmente tem de descarregar uma corrente menor por um período maior (como durante
a noite toda), e são carregadas durante o dia.
As baterias de ciclo-profundo mais usadas são as baterias de chumbo ( seladas e ventiladas) e as
baterias de níquel-cádmio. As baterias de níquel-cádmio são mais caras, mas duram mais e podem
ser descarregadas mais por completo sem causar danos. Mesmo as baterias de chumbo de ciclo pro-
fundo não podem ser descarregadas 100% sem reduzir seriamente o tempo de vida e, geralmente, os
sistemas PV são projectados para descarregar as baterias de chumbo não mais de 40 ou 50%.
Baterias de chumbo com Manutenção ( não seladas ou ventiladas )
As baterias de chumbo-ácido aplicam-se amplamente nos sistemas de geracão fotovoltaicos.
Dentro da categoria chumbo-ácido, as de chumbo-antimónio, chumbo-selénio e chumbo-cálcio são as
mais comuns. A unidade de construção básica de uma bateria é a célula de 2 Volts. Dentro da célula,
a tensão real da bateria depende do seu estado de carga, se está a carregar, a descarregar ou em
circuito aberto. Em geral, a tensão de uma célula varia entre 1,75 Volts e 2,5 Volts, sendo a média
cerca de 2 Volts, tensão que se costuma chamar nominal da célula.
Quando as células de 2 Volts se ligam em série (POSITIVO A NEGATIVO) as tensões das células so -
mam-se, obtendo-se desta maneira baterias de 4, 6,12 Volts, etc.
Se as baterias estiverem ligadas em paralelo (POSITIVO A POSITIVO E NEGATIVO A NEGATIVO)
as tensões não se alteram, mas somar-se-ão suas capacidades de corrente. Só se devem ligar em
paralelo baterias de igual tensão e capacidade.
Pode-se fazer uma classificação das baterias com base na sua capacidade de armazenagem de
energia (medida em Ah à tensão nominal) e no seu ciclo de vida (número de vezes em que a bateria
pode ser descarregada e carregada a fundo antes que se esgote sua vida útil).
A capacidade de armazenagem de energia de uma bateria depende da velocidade de descarga. A ca-
pacidade nominal que a caracteriza corresponde a um tempo de descarga de 10 horas.
Quanto maior for o tempo de descarga, maior será a quantidade de energia que a bateria fornece. Um
tempo de descarga típico em sistemas fotovoltaicos é 100 hs. Por exemplo, uma bateria que possua
uma capacidade de 80 Ah em 10 hs (capacidade nominal) terá 100 Ah de capacidade em 100 hs.
Dentro das baterias de chumbo-ácido, as denominadas estacionárias de baixo conteúdo de antimónio
são uma boa opção em sistemas fotovoltaicos. Elas possuem uns 2500 ciclos de vida quando a pro -
fundidade de descarga é de 20 % (ou seja, que a bateria estará com 80 % da sua carga) e uns 1200
ciclos quando a profundidade de descarga é de 50 % (bateria com 50 % da sua carga).
As baterias estacionárias possuem, além disso, uma baixa auto-descarga (3 % mensal aproximada-
mente contra uns 20 % de uma bateria de chumbo-ácido convencional) e uma manutenção reduzida.
Dentro destas características enquadram-se também as baterias de chumbo-cálcio e chumbo-selénio,
que possuem uma baixa resistência interna, valores desprezíveis de gaseificação e uma baixa auto-
descarga.
Baterias seladas
Gelificadas
Electrólito absorvido
O electrólito encontra-se absorvido numa fibra de vidro micro-poroso ou num entrançado de fibra poli -
mérica. Tal como as anteriores não derramam, montam-se em qualquer posição e admitem descar-
gas moderadas.
Tanto estas baterias como as Gelificadas não exigem manutenção com acrescentos de água e não
desenvolvem gases, evitando o risco de explosão, mas ambas requerem descargas pouco profundas
durante sua vida útil.
Níquel-Cádmio
As principais características são :
a) O electrólito é alcalino
b) Admitem descargas profundas de até 90% da capacidade nominal
c) Baixo coeficiente de auto-descarga
d) Alto rendimento sob variações extremas de temperatura
e) A tensão nominal por elemento é de 1,2 Volts
f) Alto rendimento de absorção de carga (superior a 80%)
g) Custo muito elevado em comparação com as baterias ácidas
Tal como as baterias de chumbo-ácido, estas podem ser obtidas nas duas versões: standard e seladas. Utili-
za-se a mais conveniente conforme a necessidade de manutenção admissível para a aplicação prevista.
Dado seu alto custo, não se justifica sua utilização em aplicações rurais.
Baterias Necessárias
Recomenda-se que a capacidade da bateria seja de 150 ampére, por painel. Então, para 2 painéis de
24 V recomenda-se o uso de 4 baterias de 12 volts, 150 ampére cada uma. Colocando-se 2 baterias
de 150 ampére em paralelo, teremos então, 300 ampére.
Controlador de Carga
A sua finalidade é transformar corrente contínua dos painéis para corrente alternada sinusoidal de 220 volts /
50 Hz. O seu uso consome +/- 2 a 5% da energia. Existem inversores específicos para instalações isoladas e
inversores próprios para se sincronizarem com a rede ( os usados por exemplo na micro-geração)
Existem dois tipos : com transformador e isolamento galvânico DC-AC e sem transformador - sem isolamento
galvânico.
O inversor pode alimentar aparelhos e equipamentos com a tensão AC nominal da rede.
Condutor:
Cobre estanhado, classe 5
Isolamento
Poliolefina modificada
Reticulado sem halogéneos
Camada Exterior
Poliolefina modificada
Reticulado sem halogéneos
Resistente a UV
Cabos eléctricos “Solares”
Condições gerais:
Para a instalação eléctrica de um sistema fotovoltaico, apenas devem ser usados cabos de cobre e
que cumpram os requisitos para esta aplicação. Antes de mais é necessário distinguir entre os cabos
de módulo ou de fileira, cabo principal DC e cabo do ramal AC.
Designam-se por “cabos de módulo” ou “cabos de fileira”, os condutores que estabelecem a ligação
eléctrica entre os módulos individuais de um gerador solar e a caixa de junção do gerador ou do regu -
lador de tensão se o sistema usa baterias. Estes cabos são aplicados no exterior. Com o objectivo de
garantir protecção contra a ocorrência de falhas de terra, bem como de curto-circuitos, os condutores
positivos e negativos não podem ser colocados lado a lado no mesmo cabo.
Deverão ser aplicados cabos mono-condutor flexível próprios para instalações exteriores, com isola -
mento duplo, resistente aos raios ultravioletas e não propagante do fogo, e de preferência isento de
halogéneos, pois são a melhor solução, oferecendo uma elevada segurança.
A versão standard do cabo de duplo isolamento usada nas instalações eléctricas comuns apenas
permite temperaturas máximas de 60 ºC. Nas aplicações exteriores no telhados já foram medidas
temperaturas que vão até 70 ºC no telhado. Por este motivo são usados os “cabos solares” nas apli-
cações exteriores. As características principais destes cabos são a resistência aos ultra-violetas e ao
clima, sendo apropriados para um largo espectro de temperaturas (entre -55 ºC e 125 ºC). Nas insta-
lações interiores integradas nos telhados poderão ser usados cabos standard.
Os cabos solares têm longa duração e características eléctricas e mecânicas perfeitamente adapta-
das às instalações foto-voltaicas. Nomeadamente são garantidos para trabalho até 1000 V (em mui-
tas pequenas instalações a tensão por fileira pode atingir os 600 V CC.
Deve-se respeitar o código de cores para fios e condutores utilizados internacionalmente em sistemas
de corrente contínua: vermelho (+) pólo positivo; preto (-) pólo negativo.
A caixa de junção do módulo (quando exista) permite que sejam fixados cabos com uma secção
transversal de 1,5 mm2 até 6,0 mm2.
A tabela a seguir apresenta uma lista de alguns tipos de cabos de fileira de vários fabricantes e as
respectivas características.
Os tipos de cabo acima mencionados, podem também ser utilizados para o cabo principal DC. Este
cabo estabelece a ligação entre a caixa de junção do gerador e o inversor. Se a caixa de junção do
gerador estiver localizada no exterior, estes cabos devem ser entubados, uma vez que não são resis -
tentes aos raios ultravioletas.
Sempre que houver possibilidade de opção, os cabos de poli-cloreto de vinilo (PVC) não deverão ser
usados no exterior e quando tiverem de ser usados devem estar sempre protegidos por caminhos de
cabos ou tubagens.
Propriedades Técnicas
Temperatura de Operacao (°C) -40 a +160
Temperatura de Pico 150 °C por 500h
Max. Temperatura curto - circuito 200 °C por 15 s
Max. Tensão (kV) 0,8/1,5
Tensão de Teste (kV) 5
Potencia máxima de saída (W) 3600
Cores disponíveis Preto, Azul e Vermelho
CERTIFICACAO STANDARD
- IEC 60332.1
- CEI 20-29
Cabo principal DC
Os tipos de cabo acima mencionados, podem também ser utilizados para o cabo principal DC. Este
cabo estabelece a ligação entre a caixa de junção do gerador e o inversor. Se a caixa de junção do
gerador estiver localizada no exterior, os cabos standard cabos devem ser entubados, uma vez que
não são resistentes aos raios ultra-violetas. Sempre que houver possibilidade de opção, os cabos de
poli-cloreto de vinilo (PVC) não deverão ser usados no exterior. O material halogeneizado PVC é fre-
quentemente utilizado nas instalações eléctricas. Tendo em consideração os impactos no ambiente,
deverão ser escolhidos produtos isentos de halogéneo. Por razões associadas à protecção contra fa -
lhas de terra e curto-circuitos, recomenda-se o uso de cabos mono-condutores isolados para as li-
nhas positiva e negativa. Se forem usados cabos multi-condutores, o condutor de protecção
verde/amarelo não deverá estar sujeito a qualquer tensão. Para as instalações foto-voltaicas expostas
ao risco de incidência de relâmpagos, deverão ser usados cabos blindados Os cabos devem ser en-
caminhados de modo a que a sua integridade mecânica nunca seja posta em causa (ex. Pela acção
de roedores). Deverá ser sempre possível isolar os condutores da tensão da linha principal DC. Nor-
malmente, o interruptor principal DC e os pontos de isolamento da caixa de junção do gerador asse-
guram esta função.
Cabo de ligação AC
O cabo de ligação de corrente alternada liga o inversor à rede receptora, através do equipamento de
protecção. No caso dos inversores tri-fásicos, a ligação à rede de baixa tensão é efectuada com um
cabo de cinco condutores. Para os inversores mono-fásicos é usado um cabo de três condutores.
Outros acessórios da instalação
Os cabos devem ser colocados através de materiais de fixação apropriados. Os vários materiais da
instalação, tais como as abraçadeiras dos cabos, devem também ser resistentes aos agentes atmos-
féricos.
As opções mais simples para fixar os cabos são, sem dúvida alguma, as abraçadeiras. Os tubos fle -
xíveis de protecção, as calhas e os clips, também poderão ser usados como sistemas alternativos de
fixação.
Sistemas de ligação ou conectores
Os conectores para os cabos eléctricos dos painéis devem ser igualmente próprios para instalação
exterior, estanques e resistentes à radiação e corrosão. A ligação dos cabos de fileira e outras liga-
ções eléctricas DC, devem ser levadas a cabo com extremo cuidado. A fraca qualidade dos contactos
eléctricos podem levar ao aparecimento de arcos e consequentemente, ao aumento do risco de in -
cêndio. Normalmente são usados quatro sistemas de ligação:
Detalhe da ficha
Fotografia: Tyco
i) Quando ligados em série, todos os painéis devem ter a mesma característica e tipo. Quando liga -
dos em paralelo, esta regra não é rigorosa, porém é recomendável a instalação de díodos para
protecção e equalização das cargas.
Cuidados:
Não inverter jamais as ligações (polaridade) da ba-
teria ao controlador pois, causará danos irrepará-
veis ao mesmo. Não expor o controlador a tensão
ou corrente superior ao especificado. Verificar
sempre se os contactos estão bem apertados e se
não há oxidação nos mesmos. Conecte primeiro a
bateria e somente depois os módulos.
As baterias podem armazenar imensas quantidades de energia. Embora seja um elemento de baixa tensão,
pode, quando em curto-circuito liberar kilowatts de energia, resultando em choques ou queimaduras. Use uma
cobertura isolante para os bornes ( terminais ) e evite tocar ambos os bornes ( terminais ) simultaneamente.
Não utilize jóias durante a manipulação ou outros objectos metálicos não apropriados. No caso de utilização
de baterias não seladas, observe ainda o seguinte:
a) As baterias contêm ácido sulfúrico, portanto, não permita seu contacto com olhos ou pele. No
caso de acidente, lave a zona atingida com bastante água, imediatamente. Consulte um médico.
b) Cheque todos os meses as baterias:
c) Remova as tampas de cada elemento e verifique o nível do líquido. Se necessário, adicione água
destilada (obrigatoriamente) para completar o nível. Não permita nunca que as placas das bateri -
as fiquem abaixo do nível de solução;
d) No caso de sulfatação dos bornes ( terminais ), afrouxe os terminais e limpe os contactos. Reco-
loque-os apertando adequadamente. Recubra os terminais com graxa ou vaselina para evitar sul-
fatação.
e) Manter o local da instalação ventilado! Baterias chumbo-ácidas podem liberar hidrogénio, um gás
que pode explodir na presença de faíscas ou chamas.
f) O uso do Módulo Solar evita o translado da bateria para recarga periódica, economizando tempo
e dinheiro.
Por sua vez os sistemas fixos normalmente classificam-se quanto ao local onde se “amarram” os pai-
néis em:
Coberturas ou terreno plano ( obriga a um sistema de fixação que garanta a inclinação adequada )
Telhados inclinados (com inclinação natural razoável, mais comum nos países do norte da Europa)
Telhados com placa subjacente
Telhados montados em arnês (travejamento de madeira ou de ferro podendo ser usadas as telhas tra-
dicionais ou o fibrocimento)
A indústria dos sistemas de fixação mecânica para painéis solares ( fotovoltaicos e térmicos ) é pre -
sentemente uma indústria florescente com muitas soluções originais de elevada qualidade técnica e
muito bom efeito estético.
Para os sistemas fixos pontificam as estruturas em perfilado de alumínio ou aço que permitem confi-
gurações de geometria ajustável como as que abaixo se exemplificam da marca CONERGY
Legenda
Componentes
a Fixações ao telhado
b Perfis básicos
c Conector (conforme seja necessário, não se mostra)
d Barra telescópica (conforme seja necessário)
e Fixação dos módulos marco adequado à altura)
f Evita o deslizamento dos módulos marcados (não se mostra)
Conergy SolarFamulus II
Componentes
a Triângulo
b Conectores diagonais
c Fixador lateral
d Fixador bilateral
e Perfiles básicos
f Conectores (não se mostra)
g Barra telescópica
h X-Stone
Corrosão Bimetálica
Corrosão bimetálica (ou “galvânica”). – Acontece quando dois metais diferentes são unidos electricamente e
submetidos a um mesmo electrólito, uma corrente eléctrica flui entre os metais e o processo de corrosão é
acentuado no metal anódico, isto é, no menos nobre. Alguns metais e suas ligas (p.ex., o cobre e os aços ino -
xidáveis) promovem a corrosão dos aços estruturais, enquanto que outros (p.ex., o magnésio e o zinco) prote-
gem o aço da corrosão.
A taxa de corrosão depende também das áreas relativa ao contacto dos metais, a temperatura e a composi-
ção do electrólito. Em particular, quanto maior a área do cátodo em relação ao ânodo, maior é a taxa de ata-
que. As proporções desfavoráveis de áreas ocorrem provavelmente com os fixadores e as juntas. Deveriam
ser evitados os parafusos de aço carbono nos componentes de aço inoxidável devido a proporção da área do
aço inoxidável para o aço carbono que é grande e os parafusos estarão sujeitos a ataque agressivo. Inversa-
mente a taxa de ataque de um componente de aço carbono por um parafuso de aço inoxidável é muito menor
Em situações de grande risco, devemos tratar de isolar electricamente os dois metais, de modo a impedir o
fluxo de electrões. Rebites de ferro em esquadrias de alumínio causam a corrosão do alumínio. Metais de sa-
crifício que funcionam como ânodos de sacrifício são muito usados hoje em dia. Por exemplo em cascos de
navios, tubagens subterrâneas, tanques de água ou de combustíveis, utilizam-se placas de zinco ou de mag -
nésio para retardar ou prevenir a corrosão bimetálica.
Dimensionamento eléctrico
a) Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão (RTIEBT), portaria 949-A/2006
b) Norma IEC 60364-7-712
O rendimento da instalação ou “Performance Ratio” (PR) é calculado como o produto de todos os ren -
dimentos energéticos.
Autonomia prevista
Isto refere-se ao número de dias em que se prevê que diminuirá ou não haverá geração e que deve-
rão ser tidos em conta no dimensionamento das baterias de acumuladores. Para sistemas rurais do-
mésticos tomam-se de 3 a 5 dias e para sistemas de comunicações remotos de 7 a 10 dias de auto-
nomia.
Passo número 2 - Calcular consumos diários e semanais. Para isso preparamos uma tabela:
Coluna A = número de aparelhos
Coluna B = consumo por hora em ampére
Coluna C = quantas horas são usadas por dia
Coluna D = quantos dias por semana são usados
Coluna E = consumo por semana Ah
Coluna FC = total de consumo em ampére por semana é igual: A x B x C x D
A Potencia B C D E FC
Qtd Nominal Consumo Horas de Dias por Consumo Consumo
APARELHO
W /h A uso por dia Semana semanal semanal
Ah Wh
Iluminação LED 5W
recurso e sinalização 3 5 0,42 2 7 210
nocturna
Internet Wireless 1 10 3 7 210
TOTAL 420
APARELHO A Potencia B C D E FC
Qtd Nominal Consumo/ Horas de Dias por Consumo Consumo
Identificar cada carga de corrente contínua, seu consumo em Watts e a quantidade de horas por dia que deve
operar. .
a) Multiplicar a coluna (A) pela (B) pela ( C ) e pela (D) para obter os Watts hora / dia de consumo de
cada aparelho (coluna [A xBxCxD]).
b) Somar os Watts hora/semana de cada aparelho para obter os Watts hora/semana totais das cargas
em corrente contínua (Subtotal 1).
c) Proceder de igual forma com as cargas em corrente alternada com o acrescento de 10% de energia
adicional para ter em conta o rendimento do inversor e outras perdas (Subtotal 2 ) Para poder esco-
lher o inversor adequado, dever-se-á ter claro quais são os níveis de tensão que se manejarão tanto
em termos de corrente alternada como de continua assim como a potência máxima simultânea a de-
bitar . Por omissão escolhe-se a 3300 W
d) Obter a procura total de energia. Subtotal CC + Subtotal CA.
Método Simplificado
Devem-se conhecer os níveis de radiação solar típicos da região (v. mapa). Como já se viu, a capaci-
dade de produção dos módulos varia com a radiação.
Energia
a) 1 cal = 4,186 J (Joule)
b) 1kcal= 4186 J
3
c) 1 Btu = 252 cal = 1,054 x 10 J
6
d) 1 KWh = 3,60 x 10 J
Potência
a) 1 hp = 0,746 KW
b) 1 W = 1 J/s = 3,413 Btu/h
c) 1 Btu/h = 0,293 W
Exemplo
140Kcal/cm2=0,1627kWh/cm2=16kWh/m2
Para realizar um cálculo aproximado da quantidade de módulos necessários para uma instalação.
Pode-se proceder da seguinte forma:
a) Calcular com base na folha de dimensionamento da procura total de energia da instalação (Sub-
total CC + Subtotal CA).
b) Determinar em que zona se realizará a instalação.
Os valores de radiação devem calcular-se para que no inverno abasteçam adequadamente o consumo. Para
isso deverão diminuir-se aos valores médios de radiação a percentagem que se indica na tabela anterior.
Usando um programa de estimativa da energia produzida em função dos painéis e da localização da instala -
ção disponível e do tipo de instalação se é fixa ou com seguimento, podemos obter dados prévios para plane-
amento da instalação no site da comunidade europeia http://re.jrc.ec.europa.eu/pvgis/apps3/pvest.php
Ângulo Fixo
Mês Ed Em Hd Hm
1 10.80 336 3.41 106
2 11.70 327 3.74 105
3 16.40 509 5.41 168
4 15.40 462 5.16 155
5 17.40 539 5.89 183
6 18.40 551 6.36 191
7 18.90 586 6.58 204
8 19.70 610 6.86 213
9 17.20 517 5.88 176
10 14.10 436 4.67 145
11 10.10 304 3.26 97.8
12 8.98 278 2.83 87.8
Ano 14.90 455 5.01 152
Dtot:
Débito ou procura total de energia da instalação em Ah/dia.
Isto obtém-se dividindo os Wh/dia totais que surgem da folha de dimensionamento pela tensão do sis-
tema.
Aut:
Dias de autonomia conforme visto no item Autonomia prevista.
No exemplo adoptado de baterias de 12V será :
Ligações
Para assegurar a operação apropriada das cargas deverá efectuar-se a selecção adequada dos con-
dutores e cabos de ligação, tanto daqueles que ligam o gerador solar às baterias como os dos que as
interligam com as cargas.
O processo de selecção do cabo fica mais simplificado se se utilizar a tabela abaixo, que indica a secção de
cabo adequada a utilizar para uma queda de tensão de 5% em sistemas de 12 V.
Se a instalação for de 24, 36 ou 48 Vcc proceder-se-á da mesma forma, mas nesse caso dever-se-á dividir a
secção obtida por 2, 3 ou 4, respectivamente. Se o valor que resultar desta divisão não coincidir com um valor
normalizado de secção dever-se-á adoptar a secção imediatamente superior.
Onde:
a) Fe = Factor de espaçamento obtido da
Figura
b) Ho = Altura do objecto
c) Hm = Altura em relação ao nível do
solo em que se encontram instalados
os módulos.
Os módulos deverão ser orientados de modo a que a sua parte frontal olhe para o Sul. Para orientar o módulo
solar faça uso de uma bússola. Notar que a bússola indica a direcção Norte-Sul Magnéticos, que é diferente
do Sul Geográfico pela acção da declinação magnética. Para efeito de instalação pode-se adoptar o Sul Geo -
gráfico sem muito erro.
Para conseguir um melhor aproveitamento da radiação solar incidente, os módulos deverão estar inclinados
em relação ao plano horizontal num ângulo que variará conforme a latitude da instalação. Recomenda a
adopção dos seguintes ângulos de inclinação:
As baterias deverão ser instaladas num compartimento separado do resto da habitação e com ventila-
ção adequada.
Nas instalações rurais é aconselhável ter um quadro de distribuição com uma entrada para o banco
de baterias e uma ou duas saídas (com as respectivas protecções) em que se repartirão os consu-
mos das habitações. No referido quadro também poderá haver um sistema indicador do estado de
carga das baterias. Para isso é conveniente colocar o quadro num lugar da habitação de acesso fácil
a fim de manter o controle adequado.
Deve-se confirmar que não haja projecção de sombras de objectos próximos em nenhum sector dos
módulos entre as 9 e as 17 horas, pelo menos. A simples sombra de uma vara ou mesmo uma som -
bra parcial de árvore afecta drasticamente o rendimento do painel solar.
Deve-se verificar periodicamente se as ligações eléctricas estão bem ajustadas e sem sinais de oxi -
dação. Sugere-se o reaperto dos terminais do controlador pelo menos anualmente.
Os maciços base, a estrutura de suporte, as buchas e ou os sistemas de amarração deverão ser dimensiona -
das de forma a serem capazes de resistir eficazmente às tracções provocadas pela força do vento que se
passam a explicitar.
Para este efeito de cálculo devem ser considerados os dados históricos de vento no local e as normas em vi -
gor para este tipo de estruturas.
Assim, deve ser considerado que a estrutura na sua totalidade deve suportar uma velocidade máxima do ven -
to de 120 km/h, que equivale a 33,3 m/s.
A força do vento nos painéis inclinados decompõe-se em duas componentes: uma perpendicular à estrutura
que levanta o painel chamada força de sustentação e outra que o empurra na direcção que sopra o vento
chamada força de arrasto.
Para um valor de 33,2 m/s a pressão do vento sobre uma superfície perpendicular à direcção de sopro é de
Fa=Ca*q*A, onde:
Ca = coeficiente de arrasto = 2,0
q = pressão estática do vento = 0,613 * 33,33² (para um vendo de 120 km/h).
A = área do painel.
Assim a força de arrasto de um painel de 1,310m2 perpendicular ao vento será :
Como a estrutura à latitude de Portugal Continental vai ter os painéis com 45º de inclinação, para este ângulo
e para painéis com 1,31 m2 a força (F1- força de sustentação) que é a força que tende a levantar os módulos
e a estrutura de suporte é:
F1= 1784.1*sen (45º )= 1261,6N por painel ou seja cerca de 128Kgf por painel.
Deve-se verificar periodicamente se o ângulo de inclinação obedece ao especificado, isto por que é comum
que as estruturas de fixação sofram pequenos desvios pela acção dos ventos e até mesmo desgaste mecâni-
co.
Este software multilíngua e multi-local pode ser descarregado gratuitamente do site www.sma.de
O programa permite fazer um cálculo rápido dos valores eléctricos de um sistema fotovoltaico consi-
derando componentes disponíveis comercialmente e verifica ainda a compatibilidade dos diversos
componentes do sistema permitindo depois a impressão de dados técnicos do projecto sob a forma
de documentos padronizados.
p) No primeiro écran deste software define-se a latitude da instalação o número tipo e inclinação dos
painéis
q) No segundo écran escolhe-se o inversor e o programa verifica compatibilidades de acordo com o
número de módulos e o número de fileiras
r) No último visualizam-se os resultados e pode imprimir-se documentação necessária para o supor-
te técnico do projecto
R= ρ l/s
2
a) s - Secção em mm
b) ρ - Resistividade em ohm*mm2/m
c) l - Comprimento em metros
Se a distância que pretendemos colocar o gerador é de 150m a resistência do cabo será R= 0.017*150/2,5 =
1,02 Ohm. Deveremos sempre considerar a queda de tensão no condutor + adicionada à queda de tensão no
condutor -
Sendo a corrente de A,a queda de tensão no cabo é calculada pela utilização da Lei de Ohm U=RI onde nes-
te caso teremos 2*1,02*15,8=16,16 V ou seja em percentagem 2*16,116/264=12,2%. As perdas em potência
são P=R*I2=2*255,3W =510,6W
2
Ou seja, a utilização de cabo condutor de cobre com 2,5 mm de secção, em 150 metros produz perdas totais
de 12,2% da energia produzida, o que não é aceitável em termos de projecto.
É muito comum encontrar instalações em que não existiu cuidado em relação aos cabos e à coloca-
ção dos sistemas de carga de baterias e inversão, tornando a instalação de produção de energia pou -
co rentável ou mesmo inviável.
Será viável adquirir um pequeno sistema com painéis de potência total de 1000W e capacidade de ba -
teria de 3600Ah?
Um sistema de produção de energia é viável se o consumo não exceder o máximo que o sistema
pode debitar, deve-se por isso instalar o sistema para que com os aparelhos regularmente ligados
não exceda o máximo de débito que o sistema permite.
O sistema deve ser dimensionado para que no mínimo, consiga alimentar um sector que tenha um
consumo diário máximo igual ou inferior ao máximo de carga das baterias.
Um sistema energético de 1000W deve alimentar um sector e não a totalidade da habitação, deve por
isso ser dimensionado para ter a melhor resposta em relação à carga e consumo e não utilizado para
ligar tudo e mais alguma coisa.
1. Gerador Fotovoltaico
O gerador fotovoltaico é composto por 20 módulos fotovoltaicos da marca BP Solar, modelo BP 7175 S. Cada
módulo tem uma potência máxima de 175 W, o que resulta numa potência total do gerador de 3,5 kW. Os 20
módulos ocupam uma área de 26 m².
Permitem as seguintes configurações padrões quando montados num telhado inclinado:
2. Inversor
O inversor indicado é o modelo Sunny Boy SB 3300 da marca SMA. Tem uma potência máxima de saída de
3600 W. Está incorporada a protecção CC ao lado da entrada dos módulos e vem equipado com o sistema
‘Grid Guard’, que respeita as normas de segurança para a interligação com a rede pública.
4. Contador
O contador modelo SL7000 da marca Actaris é aprovado pela EDP e é fornecido com um modem GSM para
cumprir as exigências da lei acerca da tele-contagem.
5. Instalação
O preço da instalação inclui a mão-de-obra e o material de instalação como cabos, calhas, etc.
Não inclui o cabo que liga ao contador/ramal nem os custos de deslocação do pessoal.
7. Preços
O preço global é composto conforme a tabela seguinte:
8. Condições de Pagamento
35% de adiantamento com a adjudicação
65% depois da conclusão das obras e da verificação do funcionamento técnico.
9. Impostos
Aos preços apresentados, acresce o I.V.A. à taxa legal em vigor à data da factura.
Documentação Oficial
a) Decreto-Lei nº 363/2007, de 2 de Novembro
b) Alteração ao Decreto-Lei nº 363/2007, de 2 de Novembro
c) Despacho com regras técnicas de aplicação (Formato PDF, 29 kb)
d) Termo de Responsabilidade (Formato PDF, 15 kb)
e) Minuta de contrato de fornecimento de energia
f) Elementos para inscrição de entidades instaladoras (Formato PDF, 22 kb)
g) Lista de entidades instaladoras
h) Portaria das taxas de microprodução
i) Guia de microprodução
Investimento subvencionado
O estado subvenciona a fundo perdido 30% do valor da instalação, com um limite máximo de 777€,
por dedução directa no IRS das instalações particulares residenciais e ainda aplica a taxa de IVA in -
termédia de 12 % aos painéis fotovoltaicos e aero-geradores.
Condições para venda de energia à Rede Eléctrica de Serviço Público (RESP) dentro do enquadramen-
to do regime bonificado de acordo com o disposto no DL 363/2007 (Nov 2007):
CONDIÇÕES GERAIS:
a) Considera-se micro-produção a produção de energia destinada a ser vendida à RESP
com potência não superior a 3,68 kW por instalação e ponto de consumo.
b) Considera-se regime bonificado o regime de micro-produção com preços de venda à
RESP da energia produzida, com incentivos definidos por lei.
c) Os incentivos actuais são: um preço de venda cerca de 5,9 vezes superior ao de compra
no caso de micro-produção fotovoltaica ou de cerca de 4,1 vezes mais no caso da micro-
produção eólica.
d) Para os micro-produtores residenciais a potência máxima de produção instalada tem de
ser inferior a 50% da potência contratada com a EDP
e) Para os micro-produtores residenciais é obrigatório ter um colector solar térmico instala-
do, com um mínimo de 2 m2 de área
f) No caso de os micro-produtores serem condomínios, não é necessário ter colectores so-
lares térmicos, mas é necessária uma auditoria energética, que defina as medidas de efi-
ciência energética a implementar obrigatoriamente como condição prévia.
g) Contingente licenciável total por ano : 10 MWh (cerca de 4000 instalações foto-voltaicas
ou 2400 instalações eólicas ou um valor intermédio, dependente dos pedidos de registo
totais de cada tipo.
h) Possibilidade do pagamento da energia fornecida ser feito directamente a uma instituição
financeira, no caso do produtor ter recorrido a crédito ou leasing
Com o investimento previsto de cerca de 28000 €, sendo dedutíveis no máximo 777 € no IRS do pri -
meiro ano, o período de amortização desse investimento é de 5+(28000 – 777-5*3727)/2882= 7,98
anos .
Como os proveitos anuais ficam abaixo de 5000 €, nos termos da lei são isentos de IRS.
Os lucros estimados nos primeiros 15 anos são 7,02*2882=20232€ o que corresponde a uma taxa
global de 20232/28000=72,3 % ou uma taxa média anual de 4,8 % ou seja acima do valor actual de
um depósito a prazo.
Para a produção de energia eléctrica a partir das fontes de energia renováveis, existem em Portugal, basica -
mente, dois mecanismos de apoio:
i) um regime jurídico, que considera uma remuneração diferenciada por tecnologia das FER e respecti-
vo regime de exploração;
ii) ii) e uma medida de apoio ao investimento inicial de projectos de produção de energia a partir das
FER.
Em termos da meta 150 MW (conforme Resolução do Conselho de Ministros nº 63/2003), sobre o actual en-
quadramento legal no que respeita ao potencial de expansão nacional dos investimentos na área da energia
fotovoltaica, poderemos fazer dois tipo de comentários, que talvez nos possam ajudar a entender o seu real
valor. Por um lado, no que respeita ao valor anterior de 50 MW, sem dúvida alguma de que se tratou de um
importante aumento, revelando uma actual perspectiva de crescente interesse por parte do Governo Portu -
guês. Por outro lado, em termos do enquadramento desta meta no que respeita a resultados de estudos efec-
tuados sobre o cenário energético nacional, será de realçar os estudos efectuados pela REN, onde é referido,
para o horizonte de 2010, uma possibilidade de evolução da potência instalada até 400 MW, no que respeita
à injecção de energia eléctrica na rede pública de distribuição a partir de sistemas fotovoltaicos.
Diplomas Publicados
Entre os diplomas já publicados em Portugal com especial interesse para a produção de energia eléctrica a
partir das FER, e com especial interesse no âmbito de intervenção do presente documento – produção de
energia eléctrica a partir de sistemas fotovoltaicos, temos os seguintes Decretos Lei e Portarias:
Decreto – Lei 313-95 de 24 de Novembro: Estabelece no âmbito do SEI, o regime jurídico do exercício de
actividade de produção de energia eléctrica em aproveitamentos hidroeléctricos, bem como da produção de
energia eléctrica a partir das FER.
Decreto Lei Nº 168/99 de 18 de Maio: Revê o regime aplicável à actividade de produção de energia eléctri-
ca, no âmbito do Sistema Eléctrico Independente (SEI), que se baseia na utilização de recursos renováveis. A
presente legislação estabeleceu uma tarifa diferenciada para a entrega de energia eléctrica na rede pública
de distribuição. Regula a actividade de produção de energia eléctrica integrada nos termos do Decreto-Lei
nº182/95,de 27 deJulho.
Portaria nº 198/2001, de 13 de Março, que criou a “Medida de Apoio ao Aproveitamento do Potencial Ener-
gético e Racionalização de Consumos” (MAPE), por sua vez já alterada pela Portaria nº 1219-A/2001, de 23
de Outubro.
Decreto-Lei nº 312/2001 de 10 de Dezembro: Define o novo regime de gestão da capacidade de recepção
de energia eléctrica nas redes do Sistema Eléctrico de Serviço Público, proveniente de centros electro-produ -
tores do Sistema Eléctrico independente.
Decreto-Lei nº 339 - C/2001 de 29 de Dezembro: Actualizou o Dec. Lei nº 168/99 de 18 de Maio, que define
o regime aplicável à remuneração da produção de energia eléctrica, no âmbito da produção em regime espe -
cial do Sistema Eléctrico Independente (SEI). A Tarifa verde, que considera uma mais valia em função dos
benefícios ambientais proporcionados, determina uma tarifa diferenciada positiva, no que respeita à remune-
ração do kWh produzido a partir de fontes renováveis vendido à rede eléctrica pública
Decreto-Lei nº68/2002 de 25 de Março: Regula o exercício da actividade de produção de energia eléctrica
em baixa tensão (BT).
Portaria nº 764/2002 de 1 Julho: Estabelece os tarifários aplicáveis às instalações de produção de energia
eléctrica em baixa tensão, licenciadas ao abrigo do Dec.-Lei nº 68/2002.
Portaria n.º 383/2002 de 10 de Abril: No contexto do Programa E4, foi necessário proceder a alguns ajusta-
mentos na portaria nº 198/2001, de 13 de Março, que criou a “Medida de Apoio ao Aproveitamento do Poten-
cial Energético e Racionalização de Consumos” (MAPE), por sua vez já alterada pela Portaria nº 1219-
A/2001, de 23 de Outubro. É definido um regime de incentivos financeiros, num contexto de atribuição de sub-
sídios reembolsáveis e a fundo perdido, considerando como elegíveis os projectos relativos a centros de pro -
dução de energia eléctrica com utilização de fontes renováveis. Esta medida, inserida no eixo 2 do Programa
Operacional da Economia (POE) do QCA III, estará em vigor no período entre 2000 a 2006.
Portaria 949 A/2006, de 11 de Setembro. Regras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão – RTI-
EBT
(Decreto – Lei n.º 101/07, de 02 de Abril
Decreto-lei 225/2007que concretiza um conjunto de medidas ligadas às energias renováveis previstas na es-
tratégia nacional para a energia, estabelecida através da Resolução do Conselho de Ministros n.o 169/2005,
de 24 de Outubro.
Decreto – Lei 363-2007 de 2 de Novembro. Estabelece o regime simplificado da Micro-Geração - Produção
e Venda de Energia à Rede Eléctrica de Serviço Público (RESP)
Alteração ao Decreto-Lei nº 363/2007, de 2 de Novembro
IP XY
X = Primeiro Número Característico
0 Não protegido.
1 Protegido contra objectos sólidos maiores que 50 mm.
2 Protegido contra objectos sólidos maiores que 12 mm.
3 Protegido contra objectos sólidos maiores que 2,5 mm.
4 Protegido contra objectos sólidos maiores que 2,5 mm
5 Protegido contra a poeira
6 Totalmente protegido contra a poeira
Letra Suplementar
A – Uma grande superfície do corpo humano tal como a mão ( Não impede a penetração intencio -
nal). Prova com esfera de 50 mm
B – Os dedos ou objectos análogos que não excedam o comprimento de 80 mm. Prova com dedo
de diam=12 e comp= 80 mm
C – Ferramentas, arames , etc com diâmetro ou espessura superior a 2,5 mm. Prova com vareta
de diam=2,5 mm e comp=100 mm
D – Arames ou fitas com espessura superior a 1mm . Prova com vareta de diam=1 mm e Comp=
100 mm
S - O ensaio de protecção contra a penetração prejudicial de água deve ser efectuado com o
equipamento em repouso
M - O ensaio de protecção contra a penetração de água deve ser efectuado com o equipamento
em funcionamento
W - (Colocado imediatamente após as letras JP) – O equipamento é projectado para utilização
sob condições atmosféricas específicas e previsto com medidas ou procedimentos complementa-
res de protecção. Tanto as condições atmosféricas especificadas como as medidas ou procedi -
mentos complementares de protecção devem ser objecto de acordo entre fabricante e usuário.
Factores de Conversão
Definições
1 - INTRODUÇÃO
O presente Projecto tem como objectivo o licenciamento junto das entidades competentes e a posterior exe-
cução de uma instalação eléctrica destinada à produção de energia eléctrica a partir de painéis solares foto -
voltaicos para venda à RESP (Rede eléctrica de Serviço Público), nos termos do enquadramento legal das
instalações eléctricas de produção designadas de Micro-geração, de acordo com os preceitos regulamentares
aplicáveis e as boas regras técnicas.
4. ( Decreto – Lei n.º 363/07, de 02 de Novembro) , que estabelece o regime jurídico aplicável à produ-
ção de electricidade por intermédio de unidades de micro-produção e que prevê que a electricidade pro -
duzida se destine predominantemente a consumo próprio,sendo o excedente passível de ser entregue a
terceiros ou à rede pública, com o limite de 150 kW de potência no caso de a entrega ser efectuada à
rede pública.
5. ( Resolução do Conselho de Ministros nº 80/2008 de 5 de Maio) que aprova o Plano Nacional de Ac-
ção para a Eficiência Energética (2008-2015).
7. (Decreto-lei 225/2007), que concretiza um conjunto de medidas ligadas às energias renováveis pre-
vistas na estratégia nacional para a energia, estabelecida através da Resolução do Conselho de Ministros
n.o 169/2005, de 24 de Outubro.
8. (Decreto-Lei 68/2002) que regula a actividade de produção de energia eléctrica em baixa tensão (BT)
destinada predominantemente a consumo próprio, sem prejuízo de poder entregar a produção excedente
a terceiros ou à rede pública.
A instalação eléctrica deve ser constituída por um conjunto produtor de energia eléctrica em corrente contí -
nua obtida por conversão directa da energia da luz solar em energia eléctrica, por intermédio de células foto-
voltaicas, agrupadas em módulos encapsuladas em painéis estanques, que lhes conferem protecção mecâni-
ca e contra agentes atmosféricos e fornecem os meios de montagem em estruturas com a topologia que ma -
ximize a recepção de energia radiante, que associados da forma correcta vão alimentar um dispositivo con-
versor de corrente contínua em corrente alterna sinusoidal, com as características de tensão, frequência,
fase iguais às da RESP, para permitir a sua interligação nos termos regulamentares. Esse equipamento de-
nominado INVERSOR terá incorporada uma limitação de potência máxima de CA produzida que será sua a
potência nominal.
A potencia nominal do INVERSOR será nos termos regulamentares a potência máxima contratualizada
para fornecer à rede no âmbito da Micro-geração
A energia de saída fornecida à rede será contada por um CONTADOR munido de um dispositivo que per -
mita a a sua leitura remota (tele-contagem).
O diagrama de blocos da instalação em modo figurativo é representado na fig 1
O sistema fotovoltaico será constituído por painéis com potência máxima nominal de 180W e tensão nominal
de 23,7 V (24V), interligados numa série de 20 elementos que proporcionará aos seus terminais uma tensão
nominal de 480 V (CC)
Cada painel deve possuir conectores estanques adequados para uma instalação exterior nas condições cli-
matéricas médias existentes em Portugal
Os condutores de transporte da corrente contínua serão independentes para cada polaridade nas cores regu-
lamentares com alma em cobre multifilar flexível, de secção adequada à corrente necessária para produzir a
potência nominal da instalação, revestidos a XLPE não propagante da chama e de elevada resistência aos
agentes atmosféricos e aos raios ultravioletas, nominalmente certificados pelo fabricante para funcionamento
em instalações de produção de energia solar, em canalizações interiores ou exteriores, com com as certifica -
ções IEC 60332.1 e CEI 20.29
As canalizações serão constituídas por tubo de 50 mm de diâmetro regulamentarmente adequado para insta -
lações eléctricas e serão embebidas nas paredes do edifício ou fixados aos elementos estruturais adequados
nas zonas técnicas do edifício, constituído troços rectos sendo as mudanças de direcção feitas com raio de
curvatura adequado que não produza deformação no diâmetro interior do tubo.
Quando no exterior da paredes as canalizações serão constituídas por calha técnica DLP de 100x50 mm com
os acessórios adequados para fazer um correcto percurso dos condutores
O circuito de corrente contínua possuirá um interruptor bipolar com tensão de funcionamento até 1000 V e
com uma corrente nominal adequada à corrente contínua necessária para o INVERSOR produzir a potência
nominal e um poder de corte de pelo menos 2 KA. Este interruptor permitirá executar com segurança as ope -
rações de manutenção quer nos painéis quer no INVERSOR com as características não inferiores a:
- Classe de isolamento : IP65
- De acordo com o padrão europeu : IEC 60947-1/3
- Certificado por organismos reconhecidos na CE
O circuito de corrente alterna possuirá um interruptor bipolar de 25A, (com poder de corte de 3KA), entre o IN -
VERSOR e o contador de energia de saída destinado a permitir isolar da rede o inversor sem para operações
de manutenção. Esse interruptor será do tipo modular para montagem em calha DIN de características não in-
feriores ao da marca Legrand modelo LEXXIC-2P. É recomendável que esse interruptor possua protecção di-
ferencial de 300mA.
A interligação à portinhola existente do condutor de fase deve ser feita através de um seccionador-fusível de
16 A, ou outro valor indicado pelo distribuidor da energia e aceite pela entidade inspectora e certificadora.
O equipamento conversor da corrente contínua gerada pelos painéis fotovoltaicos, em corrente alterna
para fornecer à RESP será do tipo ondulador electrónico monofásico, com com transformador e isolamento
galvânico entre os circuitos de CC e de CA, com protecção intrínseca no lado de CA contra curto circuitos ex-
ternos, com limitação da potência máxima de CA gerada, com potência nominal de pico de 3600 VA, com saí-
da de dados de estado, leituras e controlo remoto via modem, de características globalmente não inferiores
às do de marca SMA modelo Sunny Boy 3300, incluindo as garantias de durabilidade e resistência mecânica.
Deverá existir um sistema de comunicação de dados 100% compatível com o inversor de acordo com o fa-
bricante do mesmo, que permita a monitorização do estado da rede e leitura remota de dados coligidos nesse
inversor, quer via Ethernet quer via modem esse sistema não poderá ter funcionalidades e características glo-
bais inferiores ao da marca SMA modelo WebBox.
A instalação deverá ser constituída por uma associação série de 20 painéis fotovoltaicos com potência no-
minal de 180 W e tensão de saída nominal de 24 V. Os painéis deverão ser estanques mecanicamente resis-
O contador da energia entregue à rede deverá ser digital multifunções de tipo homologado para interliga-
ção à RESP com capacidade para tele contagem e capacidade para interligação a modem por meio de portas
série RS232/485 através de modem GSM de característica não inferiores ás da marca Actaris modelo SL7000
3 – MEMÓRIA JUSTIFICATIVA
O sistema solar fotovoltaico é destinado a operação automática permanente sem necessidade de intervenção
do utilizador!
Todas as intervenções de carácter técnico devem ser feitas por técnico habilitado a trabalhos eléctricos em
tensão!
Devem ser sempre consultadas as instruções dos fabricantes que acompanham os equipamentos principais
(painéis, inversor, regulador e baterias) e em caso de intervenção do utilizador devem, sempre ser estritamen-
te seguidas recomendações dos fabricantes, do projectista do sistema, do instalador, da companhia distribui -
dora de electricidade da RESP e em geral de toda a regulamentação vigente.
ATENÇÃO! PERIGO DE MORTE POR ELECTROCUSSÃO! Numa instalação fotovoltaica, tanto ao nível dos
painéis como ao nível da rede, existem tensões eléctricas letais para o ser humano, mesmo em contactos
ocasionais imperfeitos com os condutores e eventualmente com as partes metálicas acessíveis.
O utilizador deve certificar-se que os condutores e tubagens do circuito de terra de protecção nunca sejam
danificados ou interrompidos por obras ou acidentes
Os condutores eléctricos da instalação, podem estar em tensão mesmo quando há interrupção da rede por
parte da empresa distribuidora dado que a instalação FV gera corrente eléctrica mesmo com baixa ilumina -
ção.
ATENÇÃO! PERIGO DE MORTE POR EXPLOSÃO E INCÊNDIO! É rigorosamente proibido armazenar quais-
quer tipos de produtos voláteis inflamáveis ou combustíveis nas proximidades dos equipamentos da instala-
ção fotovoltaica
O utilizador deve certificar-se que o inversor, as baterias e o regulador de carga, estejam sempre com os res -
pectivos compartimentos arejados e desobstruídos.
O utilizador deve chamar os técnicos de instalação ou manutenção sempre que por observação fique com dú -
vidas sobre o estado das estruturas de fixação dos painéis. São sinais de perigo:
1- as deformações na estrutura de suporte dos painéis
2- a presença de corrosão visível
3- a existência de rachadelas nas paredes placas de tecto ou telhados onde se amarrem as estrutu -
ras de suporte
4- avisos meteorológicos de alerta vermelho, sobre ventos com velocidades superiores a 120Km/h
OPERAÇÃO
Quando houver razões evidentes de necessidade de interrupção do seu funcionamento normal, como por ex -
emplo: graves anomalias na RESP ( rede eléctrica de serviço público) motivadas por avaria, por descargas
atmosféricas ou por manutenção programada informada pelo distribuidor de energia, deve-se isolar o INVER-
SOR da RESP ( rede eléctrica de serviço público) desligando o interruptor diferencial existente no quadro de
MANUTENÇÃO
A limpeza dos painéis deve ser feita com a frequência verificada necessária ( recomendado mínimo de duas
limpezas ano), utilizando material macio e água simples ou detergente neutro não reactivo com os metais da
instalação, nem com os isolamentos dos cabos e outros materiais plásticos existentes na instalação.
MONITORIZAÇÃO E CONTROLO
Para efeitos de facturação a energia considerada é a registada (“contada”) no contador de produção. Contudo
a maioria dos inversores tem e apresenta os seus próprios registos num visor digital sendo comum :
1. a apresentação da energia produzida acumulada desde o seu primeiro funcionamento (E total)
2. a energia produzida durante o último período de iluminação dos painéis (E today).
Em muitos tipos de inversores apresenta-se ainda a tensão contínua disponível por “string” fotovoltaica, bem
como a tensão medida da rede eléctrica e a potência instantânea em produção. Para mais pormenores refe -
rir-se ao manual do INVERSOR (por exemplo o do SMA Sunny Boy 3800)
Alguns tipos de inversores podem ser operados (ligar desligar ) remotamente , assim como podem disponibili-
zar para registo remoto os dados do seu funcionamento. Nesse caso é habitual a existência na instalação de
uma unidade de aquisição e comunicação de dados do tipo da SMA WEB BOX. Neste caso a respectiva ope-
ração é regulada pelo manual do fabricante
Performance of Grid-connected PV
PVGIS estimates of solar electricity generation
Location: 40°37'20" North, 7°55'16" West, Elevation: 423 m a.s.l.,
Nominal power of the PV system: 4.0 kW (crystalline silicon)
Estimated losses due to temperature: 10.6% (using local ambient temperature)
Estimated loss due to angular reflectance effects: 2.7%
Other losses (cables, inverter etc.): 14.0%
Combined PV system losses: 25.2%
Month Ed Em Hd Hm
Jan 01-10-80 335 01-03-41 106
Feb 01-11-60 326 01-03-73 104
Mar 16.40 508 01-05-40 167
Apr 15.40 463 01-05-17 155
May 17.50 541 01-05-92 183
Jun 18.50 555 01-06-40 192
Jul 19.00 590 01-06-62 205
Aug 19.70 612 01-06-88 213
Sep 17.20 517 01-05-88 176
Oct 14.00 435 01-04-65 144
Nov 10-10-10 303 01-03-25 97.5
Dec 01-08-95 278 01-02-82 87.4
Year 15.00 455 05-02-10 153
Total for year 5460 1830
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