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Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo

EIXO TEMÁTICO:
( ) Bacias Hidrográficas, Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos
( ) Biodiversidade e Unidades de Conservação
( ) Campo, Agronegócio e as Práticas Sustentáveis
( x ) Cidade, Arquitetura e Sustentabilidade
( ) Educação Ambiental
( ) Geotecnologias Aplicadas à Análise Ambiental
( ) Gestão dos Resíduos Sólidos
( ) Gestão e Preservação do Patrimônio Arquitetônico, Cultural e Paisagístico
( ) Mudanças Climáticas
( ) Novas Tecnologias Sustentáveis
( ) Paisagem, Ecologia Urbana e o Planejamento Ambiental
( ) Saúde, Saneamento e Ambiente
( ) Turismo e o Desenvolvimento Local

Formatado: Inglês (Estados Unidos)

Aglomerados e vazios urbano, o crescimento de uma cidade.

Agglomerates and urban voids, the growth of a city.)

Clara Maria Gomes Rios Ribeiro


Estudante de
arquit
etura
e
urban
ismo
cgomi
nha@
gmail.
com

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RESUMO
Dada a questão da colonização do bBrasil, da libertação dos escravos e da ausência de qualquer política de ocupação de terra de forma responsável
e satisfatória, o surgimento de aglomerados urbanos se tornou quase inevitável no país, crescendo de forma que se tornaram fantasmas presentes
até os dias de hoje em pequenas e grandes cidades, transformando-se em uma atribuição que precisa ser resolvida ou ao menos melhorada.
Objetivo? Metodologia? Formatado: Inglês (Estados Unidos) PALAVRAS-CHAVE: Favelas. Crescimento-urbano. Cidade.

ABSTRACT
Given the issues of Brazil's colonization, the slaves' liberty and the absence of any policy for
occupying lands in a responsible and satisfactory way, the appearance of urban agglomerates was
almost inevitable in the country, growing so much they became ghosts in small and large cities
nowadays, turning into a responsability that needs to be solved; or at least, improved.
PALAVRAS-CHAVE: Shantytown. Urban-growth. City.

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INTRODUÇÃO
Devido a abolição da escravatura, em 1888, e ao grande surto migratório sofrido
principalmente entre os anos de 1850 a 1934, as cidades brasileiras sofreram com um
aumento de população numerosa e desenfreada, criando moradias de forma cada vez
mais rápidas e desordenadas. Isso ocasionou um crescimento desses núcleos urbanos¹,
de forma caótica e tumultuosa (IPEA, 2011, ANO 8).
A população ocupava todo os espaços disponíveis -como cortiços e “cabeças de
porcos”-, o que logo se mostrou inviável por conta do alastramento de epidemias e das
intervenções do Estado para resolvê-las, acarretando na dissipação dessa massa para
lugares mais desocupados e distantes dos centros.
[...]Esses antigos moradores, diante da estreita capacidade de
renda, passam a buscar, como alternativa habitacional, a
favelização dos morros do centro da cidade[...]. Essa nova
situação habitacional é complementada pela suburbanização da
população de média e baixa renda, através da implantação de
loteamentos populares em áreas mais distantes do centro
(GORDILHO, 2001. p. 65).

O esperado era que com o crescimento dessas cidades e o encontro dos núcleos
urbanos com essas favelas obrigassem uma resolução desse problema ou pelo menos
uma melhoria em seu estado, urbanizando seus espaços e tornando-os mais
“habitáveis” para sua população, o que não foi a realidade observada.
O preconceito contra a população mais pobre e o racismo enraizado culturalmente
contra os negros – e reforçadas cientificamente com teorias da superioridade branca,
como a do conde Joseph-Arthur Gobineau (1816–1882) – só reforçaram ainda mais a
exclusão desses espaços e sua população, de modo que até mesmo o reconhecimento
desses cidadãos e de sua inserção em estudos da população e de moradias, só
aconteceu a partir de 1948 (Pasternak & D’Ottaviano, 2016).

Até que ponto o estigma que lhes recai – como moradores de


espaços historicamente associados à violência – os impede de se
apropriar dos espaços da cidade e das oportunidades que a
cidade cria em termos de mercado de trabalho, acesso à
educação e à cultura? Mais ainda, em que sentido a condição
histórica das favelas – e agora estamos colocando-as para além
do discurso criminalizante – é um obstáculo para a
implementação de políticas públicas integradas e, efetivamente,
eficazes que possibilitem aos moradores uma vida digna e lhes
confira a garantia de respeito aos seus direitos fundamentais
enquanto cidadãos? (FERNANDES, 2005. p. 2)
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A questão das favelas assume um problema ainda crescente nos dias de hoje,
sendo impulsionado pelas crises econômicas dos últimos anos, o preço dos
alugueis e a falta de oferta de moradia, de modo que só entre 2000 a 2010, o
número de pessoas residindo em favelas aumentou cerca de 4,9 milhões de
pessoas, totalizando 11,4 milhões (IBGE, 2000 e 2010).
É importante ressaltar que esse aumento acontece ainda que a infraestrutura
desses lugares não tenha se desenvolvido completamente, com 21% dessas
moradias em lugares com declive acentuado, menos de 89% com rede geral de
distribuição de água e menos de 78% com acesso a energia elétrica e medidor
exclusivo (IBGE 2010).
O Nordeste é a segunda região que mais possui aglomerados subnormais, tendo
uma densidade de 70,8 hab/ha, uma taxa bem menor comparada a região Sudeste,
ainda que preocupante levando em consideração que a terceira e a quarta maior
são de 39,8 e 39,3 hab-ha, respectivamente (IBGE 2010).
Por meios desses dados, o artigo buscar entender um pouco sobre os aglomerados
urbanos de Teresina, em relação aos fatores que possibilitaram e influenciaram
suas formações, para pôr fim compreendermos melhor a situação da ocupação da
Vila do Céu encontrada no limite do bairro Noivos e São João.

Desenvolvimento
A cidade de Teresina foi fundada no ano de 1852, após a mudança da sede
administrativa do estado do Piauí de Oeiras para Barras do Poti, onde já havia um
aglomerado de casas habitadas por pescadores, canoeiros e plantadores de fumo
e mandioca.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERNANDES, Fernando Lannes. Os discursos sobre as favelas e os limites ao direito à cidade.


periódico Cidades (Presidente Prudente: Grupo de Estudos Urbanos, 2(3), jan.-jun. 2005, pp. 37-62).

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SOUZA, Ângela Gordilho. Favelas, invasões e ocupações coletivas nas grandes cidades brasileiras –
(Re)Qualifi cando a questão para Salvador- BA*. Caderno Metrópoles, revista PUC n. 05 (2001).

CALVACANTI, Mariana. DO BARRACO À CASA. Tempo, espaço e valor(es) em uma favela


consolidada*. Revista brasileira de ciências sociais - VOL. 24 No 70 69.

MELO, Constance de Carvalho Correia Jacob; COLLETBRUNA, Bruna Gilda Collet. Desenvolvimento
urbano e regional de Teresina, Piauí, Brasil e sua importância no atual quadro de influência na Rede
Urbana Regional no Brasil. 1ª Congresso de desenvolvimento regional de Cabo Verde.

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