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Zondy
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Neste post, iremos abordar quais métodos de avaliação de candidatos mais funcionam na hora
de selecionar. Usamos o estudo sobre métodos de seleção das Universidades de Iowa e
Michigan, o qual compila 85 anos de pesquisa, como base para nosso artigo.
A principal pergunta realizada foi “qual método de seleção é mais válido para prever a
performance futura de um colaborador?”. A resposta é dada pela coluna “validade”, sendo que
quanto maior, melhor é o método para avaliar os seus candidatos.
Como é possível observar, a metodologia identificada como mais eficaz foi a aplicação de teste
de General Mental Ability (GMA) ou, em outras palavras, capacidade cognitiva. Mas por que
tal modo de avaliação de candidatos é tão eficaz? A resposta é que pessoas com elevada
capacidade cognitiva tendem a aprender mais rápido e com mais profundidade sobre o trabalho
a ser executado.
Obviamente, sua validade depende da posição a ser ocupada. Quanto mais complexo o cargo,
maior a validade dos testes de inteligência. Abaixo, colocamos a validade para cada nível de
complexidade de cargo.
Vale a pena criar testes de inteligência para todas as posições? Não, para vagas de menor
complexidade, a capacidade cognitiva de um candidato possui pouco impacto em sua
produtividade.
Atualmente, as empresas têm usado as técnicas da gamificação como uma ferramenta auxiliar
para descobrir as habilidades e a inteligência dos candidatos em um processo seletivo.
Nesse modelo de análise, são usados a mecânica e a dinâmica de jogos. Enquanto o participante
está envolvido nos desafios propostos pelo entretenimento, os recrutadores vão acompanhando
o desempenho dele.
Além disso, nesse método, o candidato pode revelar, naturalmente, características como
persistência, otimismo, cooperação e espírito de liderança, as quais não seriam possíveis
identificar de outra forma.
A gamificação tem sido tão eficiente, que a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial
(Aberje) alistou essa prática como uma das principais tendências de comunicação interna, em
2017.
Outra forma de avaliação muito interessante é a seleção por competências. Nela, o foco são os
resultados apresentados pelo candidato em relação ao cargo ou função que ele poderá ocupar.
Desse modo, evita-se um processo seletivo generalista.
Digamos que a empresa esteja procurando um profissional para ocupar uma função de nível
executivo, por exemplo. Embora a instituição já tenha em mente o tipo de colaborador que
deseja, por meio de situações que testem os candidatos em domínios específicos, será possível
saber qual deles mais se aproxima dos critérios exigidos.
Um dos requisitos pode ser a habilidade de gerenciar pessoas. Então, os desafios apresentados
para os participantes do processo seletivo serão direcionados para esse objetivo.
Mas como pode ser feita a simulação? Embora o recrutador possa perguntar diretamente
ao candidato como ele reagiria em determinadas situações que ocorrem dentro da empresa, essa
não é a melhor estratégia.
Em vez disso, pode ser feita uma reprodução de um evento real, talvez por meio de um vídeo
ou de uma encenação entre vários candidatos e observar a maneira como cada participante
reage a esse acontecimento.
Um ponto muito importante é a pontualidade, visto que um profissional que respeita os horários
demonstra ser íntegro com o seu trabalho e com os colegas.
Um segundo fator é a organização. Esse quesito fica aparente na maneira em que o candidato
reage aos testes que envolvem realizar uma tarefa cotidiana dentro da empresa. Algo a ser
observado, principalmente nas dinâmicas em grupo, é a atitude de um profissional em relação
aos outros participantes.
Caso o comportamento revele uma personalidade manipuladora ou que tente se dar bem a todo
custo, talvez “puxando o tapete dos outros”, acende-se uma “luz vermelha”, ou seja, esse
candidato não demonstra ter ética nem integridade.
Em entrevistas não estruturadas, o recrutador realiza perguntas diferentes para cada candidato
e não há um sistema de pontuação das respostas colhidas.
Esse tipo de diálogo pode favorecer os preconceitos de um entrevistador, que tende a escolher
os candidatos que possuem os mesmos valores que ele. Desse modo, o processo não fica
imparcial.
A falta de padrão torna difícil a comparação entre os candidatos, o que compromete a validade
dessa etapa. Na pesquisa, enquanto entrevistas estruturadas mostraram elevar a validade do
processo seletivo em 24%, entrevistas não estruturadas conseguiram apenas 8%.
Para ter sucesso nas entrevistas estruturadas, o recrutador deve padronizar um conjunto de
perguntas, utilizar métodos uniformes para as informações dos candidatos e escalas
padronizadas para uma avaliação correta. Sendo assim, o entrevistador conseguirá que a sua
opinião própria não influencie na escolha dos candidatos.
Aprendizado: sempre que possível, opte por entrevistas estruturadas em vez de entrevistas não
estruturadas. Elas garantirão que todos os pontos de análise sejam abordados e facilitarão a
comparação entre os candidatos no momento de escolha.
De modo geral, o grande aprendizado é que afastar subjetividades no processo seletivo traz
ganhos para a empresa.
Um bom processo seletivo parte das competências necessárias para o desempenho do cargo. A
partir daí, defina qual o método mais adequado para avaliar essa competência em um candidato.
Testes, simulações e entrevistas estruturadas são interessantes por conta de sua objetividade na
hora da avaliação.
Sendo assim, cabe à empresa decidir qual método será o ideal para avaliar os candidatos de um
processo seletivo. No entanto, com uma análise cuidadosa é possível encontrar o que mais se
adéqua ao seu ambiente interno.