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QUESTÃO 78

Segundo a Constituição Federal qual é o remédio jurídico criado quando a falta de norma
regulamentadora torna inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania?
A) Mandado de Segurança.
B) Mandado de Injunção.
C) “Habeas corpus”.
D) “Habeas data”.
E) Ação Monitória
É o mandado de injunção, por força do art. 5.º, LXXI, da CF. Na apostila, p. 5, exercício 7, tinha
essa questão!
QUESTÃO 79
A Constituição Federal prevê em seu Art. 7.º direitos dos trabalhadores urbanos e rurais. Em
relação a este tema, quais os prazos prescricionais para ações judiciais quanto aos créditos
resultantes das relações de trabalho?
A) O prazo prescricional para ações judiciais quanto aos créditos resultantes das
relações de trabalho é de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o
limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
B) O prazo prescricional para ações judiciais quanto aos créditos resultantes das relações de
trabalho é de dez anos para os trabalhadores urbanos e rurais.
C) O prazo prescricional para ações judiciais quanto aos créditos resultantes das relações de
trabalho é de dez anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de cinco anos após a
extinção do contrato de trabalho.
D) O prazo prescricional para ações judiciais quanto aos créditos resultantes das relações de
trabalho é de dois anos para os trabalhadores urbanos e rurais.
E) O prazo prescricional para ações judiciais quanto aos créditos resultantes das relações de
trabalho é de trinta anos para os trabalhadores urbanos e rurais.
Questão comentada em sala de aula! Prescrição relativa: 5 anos, enquanto vige o contrato de
trabalho; prescrição absoluta: 2 anos, após a extinção do contrato de trabalho. Verificar art. 7.º,
XXIX. Na apostila, p. 10, questão 12.
QUESTÃO 81
De acordo com a Constituição Federal, no que se refere ao Poder Judiciário, é correto afirmar
que:
A) é facultado aos juízes dedicar-se à atividade político-partidária.
B) o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á apenas por antigüidade.
C) o Governador de Estado poderá propor ação direta de inconstitucionalidade ou ação
declaratória de constitucionalidade.
D) é vedado ao Tribunal de Justiça instalar a justiça itinerante.
E) a competência dos tribunais dos estados será definida na Constituição Federal,
sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Alçada.
Aos juízes é vedado, expressamente pela CF, dedicar-se à atividade político-partidária, conforme
art. 95, parágrafo único, III. Na apostila, p. 20, questões 17 e 21.
Questão sobre promoção vertical, comentada em sala de aula! O acesso aos tribunais, pelos
juízes de carreira, pode ser feito por promoção segundo critérios de antigüidade ou
merecerimento. Neste sentido, art. 93, III. Ademais, o acesso aos tribunais de segundo grau,
com exceção dos Tribunais Eleitorais, pode ser feito pelo quinto constitucional, art. 94.
O Governador de Estado tem legitimidade para propor Ação Direta de Inconstitucionalidade e
Ação Declaratória de Constitucionalidade, a teor do art. 103, V.
A Justiça Estadual (art. 125, § 7.ª), a Justiça Federal (art. 107, § 2.º) e a Justiça do Trabalho
(art. 115, § 1.º) instalarão a justiça itinerante, visando o acesso amplo ao Poder Judiciário e a
celeridade processual.
A competência dos Tribunais dos Estados será definida na Constituição Estadual, a teor do art.
125, § 1.º Ademais, o Código de Organização Judiciária será de iniciativa do Tribunal de Justiça.
Lembrar que os Tribunais de Alçada foram extintos com a EC 45/04. Na apostila, p. 19, questão
10.
QUESTÃO 88
O Artigo 5.º da Constituição Federal assegura a igualdade de todos perante a lei, proibindo a
distinção de qualquer natureza, garantindo aos brasileiros e estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Com base
neste dispositivo constitucional, é correto afirmar que:
A) a Constituição Federal veda expressamente a pena de morte, não aplicando a esta vedação
qualquer exceção.
B) a Constituição Federal, em relação à sociedade conjugal, reforça a legislação ordinária que
considera o homem como “cabeça do casal”.
C) a Constituição Federal garante a livre manifestação do pensamento, porém veda o
anonimato.
D) a Constituição Federal assegura o direito perpétuo à propriedade particular, não sendo
admitida qualquer hipótese de sua transferência compulsória.
E) a Constituição Federal para preservar o direito de segurança aos cidadãos garante, de maneira
expressa, a existência de juízo ou tribunal de exceção.
Questão comentada em sala de aula! A uma única hipótese de existência, no nosso Direito, da
pena capital ou pena de morte é no caso de guerra externa declarada, a teor do art. 5.º, XLVII,
a, da CF. Na apostila da turma de exercícios, p. 2, questão 13.
O art. 5.º, I, da CF, estabelece que “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações”,
portanto, inexiste a figura do “cabeça do casal”.
Pela CF, é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato, conforme art. 5.º,
IV. Na apostila, p. 5, questão 5.
A CF prevê uma hipótese de transferência compulsória da propriedade: a desapropriação. Na
apostila, p. 5, questão 11 e p. 6, questão 15.
A CF veda, expressamente, em nome do princípio do juiz natural, a existência de juízos ou
tribunais de exceção, art. 5.º, XXXVII. Na apostila, p. 5, questão 6; p. 6, questão 13.
QUESTÃO 89
A Constituição Federal assegura, a partir de seu artigo 6.º, alguns dos denominados direitos
sociais. Dentre eles, no artigo 8.º prevê a liberdade de associação profissional ou sindical. Com
base neste dispositivo constitucional, é correto afirmar que:
A) A lei poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, admitindo que o Poder
Público, em determinados casos, possa intervir na organização social.
B) A Constituição Federal determina que, uma vez filiado, deverá o sindicalizado manter-se nesta
condição.
C) A Constituição Federal faculta a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de
trabalho.
D) A Constituição Federal permite que o aposentado filiado vote, proibindo que seja votado nas
organizações sindicais.
E) A Constituição Federal observa que ao sindicato cabe a defesa dos direitos e
interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou
administrativas.
Questão abordada em sala de aula! Pelo princípio da liberdade sindical, a lei não poderá exigir
autorização do Estado para a fundação do sindicato, e pelo princípio da autonomia sindical, o
Estado não poderá intervir no funcionamento dos sindicatos, tudo a teor do art. 8.º, I, da CF. Na
apostila, p. 9, questão 7.
A CF expressa que ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato, conforme
art. 8.º, V.
A CF determina que é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de
trabalho, art. 8.º, VI. Na apostila, p. 10, questão 12.
O aposentado filiado pode votar e ser votado nas organizações sindicais, a teor do art. 8.º, VII.
A CF, em seu art. 8.º, III, estabelece que cabe ao sindicato a defesa dos direitos e interesses
coletivos e individuais da categoria, inclusive em questões judiciais e administrativas,encartando
a figura da substituição processual.
QUESTÃO 90
Segundo o Artigo 92 da Constituição Federal, quais são os órgãos do Poder Judiciário que têm
jurisdição em todo o território nacional?
A) O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores.
B) O Conselho Nacional de Justiça e o Supremo Tribunal Federal.
C) Os Tribunais de Justiça e o Tribunal Militar.
D) O Superior Tribunal Federal e os Tribunais Regionais.
E) O Supremo Tribunal de Justiça e o Tribunal Superior do Trabalho.
Por expressa disposição constitucional, art. 92, § 2.º, o STF e os Tribunais Superiores têm
jurisdição em todo o território nacional.
O Conselho Nacional de Justiça não tem jurisdição, competindo-lhe o controle da atuação
administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos
juízes.
Os Tribunais de Justiça tem jurisdição em todo o território do Estado-membro respectivo, mas
não em todo o território nacional.
Não existe o “Superior Tribunal Federal”, e os Tribunais Regionais tem jurisdição na respectiva
região.
Não existe o “Supremo Tribunal de Justiça”.

Resolução da Questão 11 - Versão 1 - Direito Administrativo


11. Princípios do Direito Administrativo.
(A) O princípio da moralidade só pode ser aferido pelos critérios pessoais do administrador.
(B) São princípios explícitos da Administração Pública, entre outros, os da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
(C) O princípio da razoabilidade ou proporcionalidade não é princípio consagrado sequer
implicitamente.
(D) O princípio da publicidade obriga a presença do nome do administrador nos atos obras, serviços
e campanhas do Poder Público.
(E) O princípio da motivação não exige a indicação dos pressupostos de fato e de direito que
determinarem a decisão administrativa.
NOTAS DA REDAÇÃO
ALTERNATIVA (A)
A moralidade administrativa, expressamente prevista na CR/88, pode ser conceituada como a boa-
fé, a lealdade, a ética, a honestidade, a boa conduta, enfim muito mais do que a moralidade comum,
porque o administrador além de fazer o que é certo, deve fazer o melhor para a boa administração.
Logo, a moralidade jurídica está intrinsecamente vinculada ao princípio da eficiência. De certa
forma a amplitude da moralidade administrativa torna o conceito vago e indeterminado, razão pela
qual o judiciário para aplicá-lo o faz de forma conjunta com o princípio da legalidade.
Nos termos da Lei 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração
Pública Federal, a moralidade administrativa consiste "na atuação segundo padrões éticos de
probidade, decoro e boa-fé" (art. 2º, parágrafo único, inciso IV). Segundo o Professor Hely Lopes
Meirelles de certa forma, a moralidade se compara a "boa-fé" objetiva do Direito Privado, na qual é
vista como uma 'norma de comportamento leal' ou 'um modelo de conduta social, arquétipo
ou standard jurídico', ao qual cada pessoa deve ajustar a própria conduta, 'obrando como obraria um
homem reto: com honestidade, lealdade, probidade".
Dessa forma, a moralidade será aferida com base nos princípios da legalidade, eficiência e também
de acordo com padrões éticos, honestos e leais. Portanto, avaliar a moralidade apenas segundo
critérios pessoais do administrador, não será o suficiente, o que faz dessa alternativa errada.
ALTERNATIVA (B)
A redação do artigo 37, caput, da CR/88, traz expressamente os princípios que regem o Regime
Jurídico Administrativo, quais sejam: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (grifos nossos)
Tendo em vista a redação do artigo supra a alternativa está correta.
ALTERNATIVA (C)
Pelo Princípio da Razoabilidade o administrador deverá agir com lógica, coerência e congruência, o
que pode ser complementado pelo princípio da proporcionalidade que consiste na conduta
equilibrada do administrador, isto é, deve haver moderação entre os atos e as medidas aplicadas,
entre os benefícios e os prejuízos causados. Esses princípios representam uma limitação à liberdade
do administrador, o que significa que sua discricionariedade deverá ser razoável e proporcional.
Nas palavras de Hely Lopes Meirelles os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade estão
"implícito na Constituição Federal e explícito, por exemplo, na Carta Paulista, art. 111, o princípio
da razoabilidade ganha, dia a dia, força e relevância no estudo do Direito Administrativo e no
exame da atividade administrativa (...) A Lei 9.784/99 também prevê os princípios da
razoabilidade e daproporcionalidade. Assim, determina nos processos administrativos a
observância do critério de 'adequação entre os meios e os fins', cerne da razoabilidade, e veda
'imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias
ao atendimento do interesse público', traduzindo aí o núcleo da noção da proporcionalidade (cf. art.
2º, parágrafo único, VI)".
Com a EC 45/2004 o artigo 5º, inciso LXXVIII da CR/88 passou a dispor em sua redação que o
processo administrativo deve ter prazo razoável, o que para a maioria dos doutrinadores significa
que o princípio passou a ser expresso na Constituição.
Sendo assim, dizer que os postulados da razoabilidade ou proporcionalidade não são consagrados
sequer implicitamente é uma afirmativa errada.
ALTERNATIVA (D)
O princípio da publicidade tem por fundamento o fato de que todo poder emana do povo (art. 1º,
parágrafo único, CR/88), logo o titular desse poder tem o direito de ter conhecimento do que ocorre
com os seus interesses, que são os da coletividade. Assim, à luz do princípio da publicidade os atos
administrativos devem ser divulgados para o conhecimento de todos.
A publicidade do ato administrativo traz outras conseqüências, pois com a publicidade o ato começa
a produzir efeitos no mundo jurídico, portanto, sua divulgação é condição de eficácia dos atos
administrativos. Outra conseqüência da publicidade está no fato de que a partir dela dá-se início a
contagem do prazo.
E por fim, a publicidade permite o exercício de controle das contas públicas conforme a regra
constitucional a seguir:
Art. 31 (...)
§ 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de
qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos
termos da lei.
Note-se que, a publicidade não pode ser usada como desculpa para a promoção pessoal, aliás, a
CR/88 expressamente veda essa conduta, nos termos do parágrafo 1º do art. 37, in verbis:
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos. (grifos nossos)
Ressalte-se que, para o STJ não basta constar o nome da autoridade para caracterizar a improbidade
da publicidade, mas deve haver a finalidade da promoção pessoal.
Pelo exposto, concluímos que o princípio da publicidade NÃO obriga a presença do nome do
administrador, por isso a alternativa está errada.
ALTERNATIVA (E)
De acordo com o princípio da motivação o administrador tem o dever apontar a causa e os
elementos determinantes da prática do ato, bem como seu fundamento legal. Mais uma vez
brilhantemente esclarece o Professor Hely Lopes Meirelles ao afirmar que "pela motivação o
administrador público justifica sua ação administrativa, indicando os fatos (pressupostos de fato)
que ensejam o ato e os preceitos jurídicos (pressupostos de direito) que autorizam sua prática. (...)
Em outros atos administrativos (...) que afetam o interesse individual do administrado, a motivação
é obrigatória, para o exame de sua legalidade, finalidade e moralidade administrativa. A motivação
é ainda obrigatória para assegurar a garantia da ampla defesa e do contraditório prevista no art. 5º,
LV, da CF de 1988.
Por tudo isso, conclui-se que a alternativa está errada.

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