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DIREITO EMPRESARIAL – I
CURSO – DIREITO - 4º PERÍODO
APOSTILA – RESUMO
LIVRO: MANUAL DE DIREITO EMPRESARIAL
AUTOR: FÁBIO ULHOA
AULA 01
Apresentação da disciplina
Forma de avaliação
Trabalhos
Faltas
Provas
- Propriedade Industrial
- Marcas
- Desenho Industrial
- Patentes
Grupo = 05 Componentes
Normas da ABNT
Critério para correção
- 2,0 Pontos para Conteúdo
- 1,0 Ponto para Normas
- ENTREGA
APOSTILA – RESUMO
LIVRO: MANUAL DE DIREITO EMPRESARIAL
AUTOR: FÁBIO ULHOA
CARACTERÍSTICAS:
- Não admitia a existência de privilégio de classes.
- Passou a regular todas as atividades que o indivíduo exercia, dita como atividade de
comércio.
- Assim, surge a teoria dos atos de comércio, que diferencia o direito comercial dos
outros ramos do direito.
Os atos do comércio sempre foram uma dor de cabeça para os legisladores e
doutrinadores, devido à falta de definição e limitação dos atos praticados pelas
pessoas.
Para Alfredo Rocco, são duas as espécies de atos do comércio:
a- O ato de comércio considerado em si mesmo
b- Os atos acessórios ou por conexão (facilitam a interposição de troca)
Ou seja, “ato de comércio é todo aquele que realiza ou facilita uma interposição na
troca”. (Alfredo Rocco).
Não podemos deixar de citar ainda, J.X.Carvalho de Mendonça (Tratado de Dir.
Comercial Brasileiro, v1, p. 460), que já leva em conta três classes de atos de
comércio:
a- Atos de comércio por natureza comerciais ou profissionais (decorrentes dos
negócios jurídicos, como por exemplo a compra e venda)
b- Atos de comércio por conexão ou dependência (praticados em virtude do exercício
do comércio).
c- Atos de comércio por força ou autoridade da lei (São atos praticados objetivando o
cumprimento da lei).
AULA 02
- FONTES MATERIAIS
São formadas pelos fenômenos sociais e pelos elementos extraídos da realidade
social e dos ideais dominantes que contribuem para dar conteúdo ou matéria à
norma jurídica.
Para o direito comercial a o fator econômico serve como fonte material à sua
formação.
- FONTES FORMAIS
São os meios ou formas através dos quais o direito positivo é conhecido.
Para o Direito comercial, é dividido em fontes primárias ou diretas (Leis,
regulamentos e tratados comerciais) e fontes secundárias ou indiretas (Lei civil,
usos e costumes, jurisprudência, analogia e princípios gerais do direito).
- Código Comercial
Promulgado em 25/06/1850 a Lei 556, entrou em vigor em 01/01/1851
Com a maior parte revogado, a parte segunda (Direito Marítimo) continua
vigorando.
- Lei Civil
Atua como subsidiária do Direito Comercial, mas não como fonte do mesmo.
Todas as vezes que a Lei comercial for omissa, a Lei Civil serve para suprir essa
omissão, mas nem por isso assume uma qualidade de Lei Comercial.
Na lacuna ou omissão do direito comercial, usa-se a lei civil.
Quanto às disposições, por exemplo de regras de direito comercial dentro do
código civil, não é uma utilização da mesma como fonte, mas sim como localização
de uma lei comercial no CCB.
Não há uma mutação da lei comercial por se encontrar no corpo do Código Civil.
- Usos e Costumes
Significam a prática efetiva e repetida de uma determinada conduta.
É a observância uniforme e constante de certas práticas e regras pelos
empresários em seus negócios.
O Direito consuetudinário fomenta a natureza lenta do acompanhamento das
normas comerciais às novas realidades.
Usos – Atos ou fatos reiterados e continuamente praticados.
Costumes – são as normas jurídicas que passam a regê-los.
Só são aplicados, caso se verifique lacuna da lei mercantil.
- Jurisprudência
As decisões reiteradas a respeito de matéria comercial também são consideradas
como fontes do direito.
Deve ser uniforme e constante.
Força vinculante das decisões (EC 45/2004)
AULA 03
EMPRESA e EMPRESÁRIO
- Empresa comercial – é aquela que tem como atividade econômica a prática de atos
de interposição de troca, ou seja, o empresário comercial deverá se organizar para a
aquisição de mercadorias para sua posterior venda com a realização de lucro, que
deve advir da diferença entre o preço de compra e o de venda.
- Empresa industrial – Pratica atos de interposição de troca, comprando e vendendo
bens, agregando a estes bens determinada qualidade, e isso se dá mediante a
transformação da matéria-prima adquirida em produto final.
- Empresa Prestadora de Serviço – Exerce atividade da qual não resulta um
determinado produto tangível, como ocorre com a indústria. Trata-se da aplicação da
mão de obra para a realização de alguma atividade econômicamente relevante.
- Empresa Agropecuária – É aquela que se utiliza da terra, retirando dela bens
destinados ao consumo.
- Empresa Pública – Empresa de capital de direito público, mas é pessoa jurídica de
direito privado pois explora atividade econômica de interesse social.
- Empresa Privada – é aquela que está nas mãos de particulares
- Empresa de Economia Mista – é quando o capital privado e público se unem para a
consecução de um objetivo empresarial em comum.
4.2 – Atividade
Se empresário é o exercente profissional de uma atividade econômica
organizada, então empresa é uma atividade; a de produção ou circulação de bens ou
serviços. Assim, erroneamente falamos a empresa faliu, ou a empresa importou cetras
mercadorias.
Empresa = Atividade
Empresário = Sujeito de direito que explora a empresa
Estabelecimento empresarial – Local onde é desenvolvida a atividade empresarial
Sociedade – Modo de administração da empresa (atividade) pelos sócios.
Empreendimento – Quando se referir à atividade, pode-se usar o termo empresa
como sinônimo de empreendimento.
4.3 – Econômica
A atividade empresarial é econômica no sentido de que busca gerar lucro para quem a
explora.
Nem sempre a atividade empresarial visa o lucro.
Há casos em que o lucro é meio e não fim, como exemplo tem os religiosos que
prestam serviços educacionais (escolas ou universidades).
4.4- Organizada
A empresa é atividade organizada no sentido de que nela se
encontram articulada, pelo empresário, os quatro fatores de produção: Capital, Mão-
de-obra, Insumos e tecnologia.
* Não é empresário quem explora atividade de produção ou circulação de bens ou
serviços, sem alguns desses fatores
Ex: O comerciante de perfumes que leva ele mesmo a sacola e vai até as residências,
ou locais de trabalho das pessoas, explora atividade de circulação de bens, fazendo
com intuito de lucro, habitualidade e em nome próprio, mas não é empresário, pois
não contrata empregado e não organiza mão-de-obra.
Obs: A tecnologia não precisa ser de ponta, pois vai variar de acordo com o ramo da
atividade empresarial, devendo o empresário conhecer o produto ou serviço a ser
oferecido.
AULA 05
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
AULA 06
PREPOSTOS DO EMPRESÁRIO
AULA 08
AULA 09
AULA 11
REGISTRO DE EMPRESA
AULA 12
05 – EMPRESÁRIO IRREGULAR
O Empresário não registrado não pode usufruir de benefícios que o direito
comercial libera a seu favor e contra ele vão as seguintes restrições quando se
tratar de exercente individual da empresa:
a- Não tem legitimidade ativa para o pedido de falência de seu devedor. (Somente o
empresário inscrito na JC, tem esta condição desde que comprove a inscrição).
Porém, ele pode ter sua falência requerida e pode requerer a sua própria falência.
b- Não tem legitimidade ativa para requerer recuperação judicial, pois a lei dá como
condição a inscrição para ter acesso a esse favor legal.
c- Não pode ter seus livros autenticados no registro de empresa, não podendo usá-
los como eficácia probatória em prováveis ou futuros processos, devendo, se
decretada a sua falência, ser esta fraudulenta.
Quando se tratar de sociedade empresária, além dessas conseqüências, também
será imposta as do art. 990 do CCB, onde os sócios respondem solidária e
ilimitadamente, respondendo diretamente aquele que, dentre eles, administrou a
sociedade.
Além dessas conseqüências, ainda temos os seguintes efeitos secundários:
a- impossibilidade de participar de licitações nas modalidades de concorrência
pública e tomada de preço.
b- Impossibilidade de inscrição em cadastros fiscais
c- Ausência de matrícula junto ao INSS, que incorre em multa e na hipótese de
sociedade comercial a proibição de contratar com o poder público.
AULA 13
AULA – 14
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
1 – CONCEITO (ART. 1.142)
“Considera-se estabelecimento todo o complexo de bens organizado, para o
exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária”.
É o complexo de bens de natureza variada:
- Materiais ( mercadorias, máquinas, imóveis, veículos, equipamentos etc.)
- Imateriais (marcas, patentes, tecnologia, ponto, etc)
Devem ser reunidos e organizados pelo empresário ou pela sociedade empresária,
por serem necessários e úteis ao desenvolvimento e exploração de sua atividade
econômica, ou melhor, ao exercício da empresa.
É elemento essencial a empresa
Não existe atividade empresarial sem que antes se organize um estabelecimento.
AULA 15
AULA 16
AULA 17
AULA 18
SOCIEDADES CONTRATUAIS
01- GENERALIDADES.
O CCB 2002, além da Limitada, disciplina três outros tipos de sociedades
empresárias, constituídas por contratos entre os sócios:
- Nome coletivo – N/C
- Comandita Simples - C/S
- Conta de Participação – C/P
São de pouca presença na economia brasileira.
As sociedades em nome coletivo e comandita simples possuem regras comuns às
sociedades simples que se aplicam subsidiariamente às sociedades empresárias:
A- Quanto à alienação de quotas, a sessão está condicionada à concordância dos
demais sócios, sendo as quotas impenhoráveis por obrigação individual dos
sócios.
B- Adotam firma na composição do respectivo nome empresarial, o que significa que
este também será a assinatura apropriada para a prática de ato jurídico por parte
da sociedade.
C- Somente o nome civil de sócio de responsabilidade ilimitada poderá fazer parte
da firma.
Sócio com responsabilidade não ilimitada, cujo nome civil haja sido aproveitado na
composição do nome empresarial da sociedade, responderá ilimitadamente pelas
obrigações sociais.
D- Somente o sócio com responsabilidade ilimitada pode administrar sociedade. A
Inobservância desta vedação importa a responsabilidade ilimitada do sócio que
exercer a representação legal.
E- Somente pessoa física pode ser sócia com responsabilidade ilimitada. Desse
modo, a pessoa jurídica não pode integrar a sociedade em nome coletivo e nem
ser comanditada na comandita siomples.
AULA 19
SOCIEDADE SIMPLES
01- CONTRATO SOCIAL – ART. 997
No contrato social, pelo qual se constitui a sociedade simples,
feito por instrumento público ou particular, há congregação de vontades dirigidas para
a obtenção de um objetivo comum contendo cláusulas estipuladas pelas partes para
lograr o resultado por elas almejado.
O Contrato deverá conter:
a- Nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios se forem
pessoas naturais. Se forem pessoas jurídicas, deverá especificar sua firma ou
razão social, nacionalidade e sede.
b- Denominação, finalidade social, sede e prazo de duração da sociedade que está
sendo constituída.
c- Capital da sociedade, expresso em moeda corrente nacional, podendo
compreender quaisquer bens, desde que suscetíveis de serem avaliados
pecuniariamente.
d- Quota de cada sócio no capital social e a maneira de realizá-la.
e- Prestações a que se obrigar o sócio, se sua contribuição, para o fundo social,
constituir em serviços.
f- Indicação do administrador da sociedade, com delimitação de suas atribuições e de
seus poderes.
g- Participação de cada sócio nos lucros e nas perdas
h- Responsabilidade subsidiária, ou não, dos sócios pelas obrigações sociais.
As estipulações pactuadas entre os sócios, que não estiverem no contrato social,
não produzem efeitos a terceiros.
AULA 20
SOCIEDADES LIMITADAS
4.2 – Quotas
O capital social das limitadas divide-se em quotas, e cada sócio pode ter uma ou
diversas delas.
As quotas desiguais são admitidas, mas o poder de voto com quotas desiguais não
é diminuído.
Assim, o sócio que integralizou em uma sociedade de capital social de R$
5.000,00, um capital de R$ 2.000,00 tem o mesmo direito a voto do que o que
integralizou R$ 3.000,00.
5 – Administração
Quem administra a sociedade limitada é o administrador, que pode ser um dos
sócios, ou não (art. 1.061).
O nome do administrador constará do contrato social ou de documento de
investidura a ser registrado na Junta Comercial.
Pode também haver mais de um administrador.
6- Conselho Fiscal
Órgão de existência facultativa
Só é recomendado quando há um número excessivo de sócios, onde alguns deles
não têm participação na administração direta.
Sua composição prevista no contrato é de pelo menos 03 membros, sócios ou não.
Pelo menos um deles deve ser eleito pelos quotistas minoritários (art. 1.066).
Tem por função analisar os livros e documentos da sociedade, podendo, inclusive,
promover auditoria e caso encontre irregularidade deve informar à assembléia ou
reunião de sócios.
Tais atividades podem ser exercidas pelo conselho como órgão ou por qualquer
dos conselheiros individualmente.
SOCIEDADE ANÔNIMA
1 – Noção fundamental: as sociedades anônimas (ou companhias), regidas pelas lei das
sociedades por ações (Lei 6404/76 – LSA) caracterizam-se pelo fato de que seu capital é
dividido em ações. Não em quotas. E as ações podem ser livremente negociadas, ou
seja, pode-se alterar o seu titular o seu titular independentemente de alteração estatutária
(as sociedades anônimas são regidas por estatutos e não contratos sociais). Por esta
razão elas são consideradas sociedades de capital, e não de pessoas. E são sociedades
institucionais, não contratuais.
2 – Classificação das sociedades anônimas: dividem-se as sociedades anônimas em
abertas e fechadas (art. 4° LSA) conforme os títulos que permitem possam ou não ser
negociados no mercado de valores mobiliários. Este mercado é composto pelas bolsas de
valores e mercado de balcão, e regulado por uma autarquia federal denominada CVM
(Comissão de Valores Mobiliários).
3 – Ações: ações são títulos emitidos pelas companhias representativos do seu capital e
que outorgam aos seus titulares a condição de sócios.
3.2 – Valor das ações: é importante saber que as ações podem ter diferentes valores:
a) valor nominal: é o quociente da divisão do capital social pelo número de ações da
companhia. O direito brasileiro permite a emissão de ações sem valor nominal (art.
11 LSA).
b) Valor patrimonial: é o quociente da divisão do patrimônio líquido da companhia pelo
número de ações.
c) Valor de mercado: é a cotação que as ações de uma companhia aberta possuem
no mercado secundário.
d) Preço de emissão: é o valor pelo qual a companhia oferece a ação no mercado
primário. Não pode, em regra, ser inferior ao valor nominal, para evitar a diluição
injustificada da participação dos antigos acionistas – watered stock – (art. 13 LSA).
3.3 – Classificação das ações quanto à espécie: as ações podem ser ordinárias,
preferenciais ou de fruição:
a) ações ordinárias: são assim chamadas porque conferem aos seus titulares uma
relação ordinária (comum) de direitos (art. 16 LSA).
b) Ações preferenciais: são assim chamadas porque oferecem vantagens aos seus
titulares na percepção de dividendos ou reembolso de capital (art. 17 LSA). Estas
vantagens são fixadas no estatuto, podendo haver inclusive classes diversas de
ações preferenciais, com vantagens diferenciadas para cada uma (art. 19). Em
troca destas vantagens, o estatuto pode (geralmente o faz) restringir ou suspender
o direito a voto dos chamados acionistas preferencialistas.
c) Ações de fruição: são as ações ordinárias ou preferenciais que sofreram processo
de amortização, através do qual paga aos acionistas o valor patrimonial de suas
ações, como se ela estivesse sendo dissolvida (art. 44, parágrafo segundo, LSA).
Mas as ações de fruição não deixam de ser ordinárias ou preferenciais, mesmo
depois da amortização, podendo seus titulares exercer todos os direitos que lhes
concede a ação exceto, evidentemente, o de participar do acervo de liquidação.
3.4 – Classificação das ações quanto à forma: atualmente, tendo em vista a proibição
estabelecida pela lei 8021/90 às ações endossáveis ao portador,a classificação das ações
quanto à forma estabelece-se da seguinte forma:
a) ações nominativas: são assim chamadas porque identificam o nome de seus
titulares nos , os respectivos certificados (art. 24,IX LSA). Há também,
na companhia, um livro denominado “livro de registro de ações
nominativas” (art. 31 LSA), também com a finalidade de identificar o
titular de cada uma das ações da companhia.
b)Ações escriturais: São ações sem certificado (art. 34 LSA). Na verdade, estas
ações são emitidas eletronicamente, ou seja, não tem existência física concreta.
Por esta razão, elas permanecem sob “custodia” de uma intituição autorizada
pela CVM que as mantém em conta depósito aberta em favor dos respectivos
titulares. A instituição custodiante pode propriedade das mesmas (art. 43 VI, LSA)
3.5 - Identificação das ações: Nos informativos e jornais, as ações em geral são
identificadas por dias letras, a primeira delas representando a espécie
(ordinária, letra “O”, ou preferencial letra “P”) e a segunda letra a
forma(sempre letra “N” de nominativa)³. Eventualmente há ainda uma
terceira letra (geralmente “A” ou “B”), representa a classe da ações
preferencial, conforme a precisão do estatuto da companhia.
3.6 - Proporção entre ações ordinárias e preferências: A LSA, com redação
que lhe concedeu a Lei 10.303/01, definiu que o maximo de ações sem
direito a voto que a companhia pode ter é de 50% do total (art. 15,
parágrafo segundo LSA). A redação original da lei permitia que até 2/3
do total das ações pudessem não ter direito a voto. Por isto, a Lei
10.303/01 determinou que as companhias que já existiam antes da sua
promulgação poderiam permanecer dentro dos limites
antigos,aplicando-se o novo apenas as novas companhias ou ás
antigas que viessem a abrir capital no futuro.
3.7 - Capital votante e poder de controle: A existência de ações sem direito a
voto cria na companhia um conjunto de ações (ordinárias) que se
denomina “capital votante”. O acionista detentor de mais da metade
deste capital votante é chamado “ acionista controlador” (art 116 LSA),
o que significa que o controlador de uma sociedade anônima não é,
necessariamente, o sócio majoritário (aquele detentor das maioria das
ações). Quando nenhum sócio individualmente detém mais da metade
do capital votante, é comum que um grupo de acionistas reúna-se
contratualmente através de um instrumento denominado “ acordo de
acionistas (art. 118 LSA) com a finalidade de determinar que exercerão
o controle da companhia em grupo.
5 – bônus de subscrição: são títulos que outorgam aos seus titulares direito preferência
em futuras emissões de novas ações (art. 75 LSA). Podem ser vendidos no mercado ou
distribuídos gratuitamente como vantagem aos acionistas.
6 – partes beneficiárias: são títulos que, embora estranhos ao capital social, dão direito
à participar de eventual lucro da companhia em exercícios futuros (art. 46, parágrafo
primeiro, LSA). Da mesma forma que os bônus de subscrição, as partes beneficiárias
poderão ser vendidas no mercado ou cedidas gratuitamente a fundadores, acionistas ou
terceiros, como remuneração por serviços prestados (art. 47 LSA).
8 – A proteção dos acionistas não controladores: a lei cria alguns mecanismos para
proteger os acionistas não controladores, dos quais se ressalta:
a) direito a recesso: o art. 137 LSA prevê a possibilidade de retirada do acionista
dissidente de deliberação da assembléia geral em matéria especificada nos incisos
I a VI e IX do art. 136 através da operação de reembolso (art.45 LSA).
b) Abuso de direito de voto: acionista controlador ou grupo controlador deve votar
nas assembléias de acordo com o interesse da companhia. Sobrepor os seus
interesses particulares aos da sociedade pode resultar na anulação judicial do voto
e/ou na sua responsabilização pessoal (art. 117 LSA).
c) Direito de voto das ações preferenciais: os titulares preferenciais que não possuem
direito a voto por disposição estatutária readquirirão esse direito se não lhes forem
pagos os dividendos por três exercícios consecutivos (art. 111, parágrafo primeiro,
LSA).
BIBLIOGRAFIA:
DINIZ, Maria Helena – Código Civil Brasileiro, anotado. 9ª Ed. São Paulo, Saraiva –
2003
COELHO, Fabio Ulhoa – Manual de Direito Comercial, 18. Ed. São Paulo, Saraiva,
2007