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RECLAMATÓRIA TRABALHISTA
1. DOS FATOS
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Ocorre que o Reclamado, após ficar ciente da gravidez da Reclamante,
cometeu atos desfavoráveis que vieram a prejudicá-la, motivo pela qual propõe esta
reclamatória trabalhista.
Em 25 de julho de 2017, a Reclamada foi dispensada sem justa causa.
Todavia, o Reclamante estava ciente que esta encontrava-se em gestação.
Dessa maneira, no momento em que mais precisava de um emprego para
suportar os gastos da gestação e de uma criança, foi dispensada sem qualquer motivo.
Nāo vendo outra maneira de solucionar este impasse em um momento tão
complicado, socorre-se pelo Judiciário pelo que pede por justiça.
2. DO DIREITO
Diante dos fatos narrados acima, é notório que a Reclamante faz jus a
estabilidade provisória. Isto porque a mesma foi dispensada durante período em que
gozava da referida garantia, em decorrência de encontrar-se com 5 meses de
gestação.
Na hipótese nos autos, ressalta-se que a Reclamante comunicou o
Reclamada da descoberta da gravidez, não podendo este valer-se então, da omissão
acerca da informação.
Nesse passo, nota-se de forma clara a ilegalidade do Reclamado ao
dispensar imotivadamente sua funcionária no período que detinha de estabilidade
provisória.
Sabe-se, que esse período ofertado as gestantes é um instituto social
destinado a proteger a gestação em todos os seus aspectos. Tal proteção é um
garantia constitucional prevista no artigo 7, inciso I, bem como o artigo 10 inciso alínea
“b” da ADCT.
Assim, a CF no seu art. 7°, I expressa que:
"Art. 7° São direitos dos trabalhadores (...) I - relação de emprego protegida
contra despedida arbitrária ou sem justa causa (...)"
Já o art. 10, II, alínea "b" da ADCT assegura o efetivo emprego da gestante,
desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Vejamos:
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I,
da Constituição:
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II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses
após o parto. (Vide Lei Complementar nº 146, de 2014)
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provido. (RR - 210500-55.2003.5.15.0015 , Relator Ministro: Luiz Philippe Vieira
de Mello Filho, Data de Julgamento: 07/03/2007, 1ª Turma, Data de
Publicação: DJ 23/03/2007).”
DO INTERVALO
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Cumpre registrar que o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho, 12ª região,
apreciou matéria idêntica, entendendo por garantir, de forma inequívoca o direito dos
trabalhadores, senão vejamos:
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Desse modo, resta incontroverso o direito da Reclamante a remuneração de
uma hora extra por dia trabalhado, com acréscimo de 50%, relativo ao intervalo para
repouso ou alimentação, não gozado, conforme preconiza o artigo 71, § 4º da CLT e a
pacífica jurisprudência dos Tribunais.
DA IRREDUTIBILIDADE DO SALÁRIO
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Art.468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das
respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não
resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de
nulidade da cláusula infringente desta garantia.
8. DOS PEDIDOS
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10.
11.
12.
13.
SUBTOTAL R$ 18.151,60
TOTAL R$ 16.627,46
Nestes termos,
Pede deferimento.
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