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851 STF PDF
851 STF PDF
Processo excluído deste informativo por não ter sido concluído em virtude de pedido de vista: ADI 5540/MG.
Julgados excluídos por terem menor relevância para concursos públicos ou por terem sido decididos com base em
peculiaridades do caso concreto: ACO 758/SE; ARE 992066/SP; ARE 988549/RO.
ÍNDICE
DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITO DE RESPOSTA
Sentença que nega direito de resposta por não ter havido ofensa não ofende a decisão do STF na ADPF 130/DF.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Conversão da MP em lei antes que a ADI proposta seja julgada.
MEDIDA PROVISÓRIA
Análise dos requisitos constitucionais de relevância e urgência e MP que trate sobre situação tipicamente
financeira e tributária.
TRIBUNAL DE CONTAS
Criação de Procuradoria do Tribunal de Contas e impossibilidade de que tal órgão seja responsável pela cobrança
das multas.
PODER JUDICIÁRIO
Análise da constitucionalidade de resolução que permite reeleição para cargos de direção no TJ.
MINISTÉRIO PÚBLICO
Compete ao PGR decidir conflito negativo entre MPE e MPF.
DIREITO ADMINISTRATIVO
CONFISCO DO ART. 243 DA CF/88
Possibilidade de o proprietário afastar a sanção do art. 243 da CF/88 se provar que não teve culpa.
SERVIDORES PÚBLICOS
Aposentadoria compulsória não se aplica a cargos comissionados.
FURTO
Causa de aumento do § 1º pode ser aplicada tanto para furto simples como qualificado.
DIREITO TRIBUTÁRIO
DEPOSITÁRIO INFIEL DE DÉBITOS TRIBUTÁRIOS
Inconstitucionalidade da Lei nº 8.866/94.
COFINS
Portaria nº 655/93 e parcelamento de débitos de COFINS.
DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITO DE RESPOSTA
Sentença que nega direito de resposta por não ter havido ofensa
não ofende a decisão do STF na ADPF 130/DF
Não cabe reclamação para o STF contra sentença que julgou improcedente pedido de direito
de resposta sob o fundamento de que não houve, no caso concreto, ofensa.
Esta sentença não afronta a autoridade da decisão do STF no julgamento da ADPF 130/DF.
Como a sentença não violou nenhuma decisão do STF proferida em sede de controle
concentrado de constitucionalidade, o que se percebe é que o autor, por meio da reclamação,
deseja que o Supremo examine se a sentença afrontou, ou não, o art. 5º, V, da CF/88.
Para isso, seria necessário reexaminar matéria de fato, o que não é possível em reclamação,
que se presta unicamente a preservar a autoridade de decisão do STF.
Ademais, isso significaria o exame per saltum, ou seja, "pulando-se" as instâncias recursais do
ato impugnado diretamente à luz do art. 5º, V, CF/88.
STF. 1ª Turma. Rcl 24459 AgR/SP, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 13/12/2016 (Info 851).
Contudo, o fato de o STF ter reconhecido o direito de resposta não significa que a Corte tenha dito que é
desnecessária a comprovação do “agravo” (ofensa) a que alude o dispositivo. A decisão do STF no
julgamento da ADPF 130 não regulamentou o direito de resposta.
O Supremo afirmou apenas que o direito de resposta deve ser assegurado, mas para isso é necessário que
a pessoa demonstre ofensa.
Desse modo, a sentença do juiz, ao entender que não iria conceder direito de resposta por não ter sido
constatada ofensa, não afrontou a decisão do STF na ADPF 130/DF. A sentença teria violado o acórdão do
STF se, por exemplo, tivesse dito que não existe direito de resposta no ordenamento jurídico brasileiro, o
que não foi o caso. O que o magistrado decidiu foi que não houve, no caso concreto, ofensa.
Lei nº 13.188/2015
Além disso, a sentença do magistrado foi baseada na Lei nº 13.188/2015. Essa Lei regulamentou o direito
de resposta, previsto no art. 5º, V, da CF/88. E essa Lei (de 2015) é posterior à decisão da ADPF 130/DF
(DJE de 6.11.2009).
Per saltum
Como a sentença não violou nenhuma decisão do STF proferida em sede de controle concentrado de
constitucionalidade, o que se percebe é que o autor, por meio da reclamação, deseja que o Supremo
examine se a sentença afrontou, ou não, o art. 5º, V, da CF/88.
Para isso, seria necessário reexaminar matéria de fato, o que não é possível em reclamação, que se presta
unicamente a preservar a autoridade de decisão do STF.
Ademais, isso significaria o exame per saltum, ou seja, "pulando-se" as instâncias recursais do ato
impugnado diretamente à luz do art. 5º, V, CF/88.
Em suma
Não cabe reclamação para o STF contra sentença que julgou improcedente pedido de direito de resposta
sob o fundamento de que não houve, no caso concreto, ofensa.
Esta sentença não afronta a autoridade da decisão do STF no julgamento da ADPF 130/DF.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Conversão da MP em lei antes que a ADI proposta seja julgada
Importante!!!
Se é proposta ADI contra uma medida provisória e, antes de a ação ser julgada, a MP é
convertida em lei com o mesmo texto que foi atacado, esta ADI não perde o objeto e poderá ser
conhecida e julgada.
Como o texto da MP foi mantido, não cabe falar em prejudicialidade do pedido. Isso porque
não há a convalidação ("correção") de eventuais vícios existentes na norma, razão pela qual
permanece a possibilidade de o STF realizar o juízo de constitucionalidade.
Neste caso, ocorre a continuidade normativa entre o ato legislativo provisório (MP) e a lei que
resulta de sua conversão.
Ex: foi proposta uma ADI contra a MP 449/1994 e, antes de a ação ser julgada, houve a
conversão na Lei nº 8.866/94.
Vale ressaltar, no entanto, que o autor da ADI deverá peticionar informando esta situação ao
STF e pedindo o aditamento da ação.
STF. Plenário. ADI 1055/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 15/12/2016 (Info 851).
MEDIDA PROVISÓRIA
Análise dos requisitos constitucionais de relevância e urgência
e MP que trate sobre situação tipicamente financeira e tributária
O art. 62 da CF/88 prevê que o Presidente da República somente poderá editar medidas
provisórias em caso de relevância e urgência.
A definição do que seja relevante e urgente para fins de edição de medidas provisórias
consiste, em regra, em um juízo político (escolha política/discricionária) de competência do
Presidente da República, controlado pelo Congresso Nacional.
Desse modo, salvo em caso de notório abuso, o Poder Judiciário não deve se imiscuir na
análise dos requisitos da MP.
No caso de MP que trate sobre situação tipicamente financeira e tributária, deve prevalecer,
em regra, o juízo do administrador público, não devendo o STF declarar a norma
inconstitucional por afronta ao art. 62 da CF/88.
STF. Plenário. ADI 1055/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 15/12/2016 (Info 851).
Tais procuradorias não violam as atribuições da PGE previstas no art. 132 da CF/88. Confira precedente
nesse sentido envolvendo a criação de uma Procuradoria para atuar na Câmara distrital:
(...) 3. A Procuradoria Geral do Distrito Federal é a responsável pelo desempenho da atividade jurídica
consultiva e contenciosa exercida na defesa dos interesses da pessoa jurídica de direito público Distrito
Federal.
4. Não obstante, a jurisprudência desta Corte reconhece a ocorrência de situações em que o Poder
Legislativo necessite praticar em juízo, em nome próprio, uma série de atos processuais na defesa de sua
autonomia e independência frente aos demais Poderes, nada impedindo que assim o faça por meio de um
setor pertencente a sua estrutura administrativa, também responsável pela consultoria e assessoramento
jurídico de seus demais órgãos. (...)
STF. Plenário. ADI 1557, Rel. Min. Ellen Gracie, julgado em 31/03/2004.
É possível que norma estadual preveja que compete à Procuradoria do Tribunal de Contas cobrar
judicialmente as multas aplicadas em decisão definitiva do Tribunal e não saldadas no prazo?
NÃO.
É inconstitucional norma estadual que preveja que compete à Procuradoria do Tribunal de Contas
cobrar judicialmente as multas aplicadas pela Corte de Contas.
A Constituição Federal não outorgou aos Tribunais de Contas competência para executar suas próprias
decisões.
As decisões dos Tribunais de Contas que acarretem débito ou multa têm eficácia de título executivo,
mas não podem ser executadas por iniciativa do próprio Tribunal.
STF. Plenário. ADI 4070/RO, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 19/12/2016.
PODER JUDICIÁRIO
Análise da constitucionalidade de resolução que permite reeleição para cargos de direção no TJ
ADI
O Procurador-Geral da República ajuizou ADI contra este dispositivo afirmando que o art. 93 da CF/88
exige lei complementar para tratar sobre o tema e que o Estatuto da Magistratura atualmente em vigor
(LC 35/79) não permite que um Desembargador volte a ocupar cargo de direção no TJ, salvo se todos os
demais já tiverem ocupado. Confira o que diz a LOMAN:
Art. 102. Os Tribunais, pela maioria dos seus membros efetivos, por votação secreta, elegerão dentre seus
Juízes mais antigos, em número correspondente ao dos cargos de direção, os titulares destes, com mandato
por dois anos, proibida a reeleição. Quem tiver exercido quaisquer cargos de direção por quatro anos, ou o
de Presidente, não figurará mais entre os elegíveis, até que se esgotem todos os nomes, na ordem de
antiguidade. É obrigatória a aceitação do cargo, salvo recusa manifestada e aceita antes da eleição.
CNJ pode determinar que Tribunal de Justiça exonere servidores nomeados sem concurso
público para cargos em comissão que não se amoldam às atribuições de direção, chefia e
assessoramento, contrariando o art. 37, V, da CF/88. Esta decisão do CNJ não configura
controle de constitucionalidade, sendo exercício de controle da validade dos atos
administrativos do Poder Judiciário.
STF. Plenário. Pet 4656/PB, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 19/12/2016 (Info 851).
Nas palavras da Min. Cármen Lúcia: “concluo ter atuado o órgão de controle administrativo, financeiro e
disciplinar da magistratura (CNJ) nos limites de sua competência, afastando a validade de atos
administrativos e, para tanto, adotando como fundamento a invalidade da lei estadual, que ele reputou
contrária ao princípio constitucional de ingresso no serviço público, por concurso público, pela ausência
dos requisitos caracterizados para a criação de cargos comissionados”.
Além disso, não houve declaração de inconstitucionalidade da qual resultasse a anulação ou revogação da
lei discutida, com exclusão de sua eficácia. Ou seja, houve a nulidade dos atos questionados por ser
considerada inaplicável, administrativamente, lei estadual com vício de inconstitucionalidade, com a
vinculação apenas da atuação de órgão judicial cujos atos administrativos foram submetidos ao controle
do CNJ. Assim, o Conselho não usurpou competência do STF.
Em suma:
CNJ pode determinar que Tribunal de Justiça exonere servidores nomeados sem concurso público para
cargos em comissão que não se amoldam às atribuições de direção, chefia e assessoramento,
contrariando o art. 37, V, da CF/88. Esta decisão do CNJ não configura controle de constitucionalidade,
sendo exercício de controle da validade dos atos administrativos do Poder Judiciário.
STF. Plenário. Pet 4656/PB, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 19/12/2016 (Info 851).
MINISTÉRIO PÚBLICO
Compete ao PGR decidir conflito negativo entre MPE e MPF
DIREITO ADMINISTRATIVO
Importante!!!
A expropriação prevista no art. 243 da Constituição Federal pode ser afastada, desde que o
proprietário comprove que não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou in eligendo.
STF. Plenário. RE 635336/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/12/2016 (repercussão geral)
(Info 851).
Confisco constitucional
Parte da doutrina denomina este art. 243 de "desapropriação confiscatória" em virtude de não conferir ao
proprietário direito à indenização, como ocorre com as demais espécies de desapropriação (CARVALHO
FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2016, p. 1044).
Outros autores preferem falar em "confisco" (MORAES, Alexandre. Constituição do Brasil interpretada e
legislação constitucional. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 2135).
O STF também reafirmou que se trata de confisco. Veja o que disse o Ministro Gilmar Mendes:
"O instituto previsto no art. 243 da CF não é verdadeira espécie de desapropriação, mas uma penalidade
imposta ao proprietário que praticou a atividade ilícita de cultivar plantas psicotrópicas, sem autorização
prévia do órgão sanitário do Ministério da Saúde. Portanto, a expropriação é espécie de confisco
constitucional e tem caráter sancionatório."
Pressupostos
Existem dois motivos que geram esse confisco:
a) o fato de no imóvel estarem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas; ou
b) o fato de no imóvel haver exploração de trabalho escravo.
Extensão da expropriação
A expropriação irá recair sobre a totalidade do imóvel, ainda que o cultivo ilegal ou a utilização de trabalho
Procedimento
As regras e o procedimento para essa expropriação estão disciplinados na Lei nº 8.257/91 e no Decreto nº
577/92. Trata-se de um rito muito célere, no qual a Lei estipula poucos dias para a realização de cada ato
processual. Veja abaixo o resumo do procedimento:
1. Processo judicial. Para haver a desapropriação confiscatória, é necessário processo judicial que tramita
na Justiça Federal.
2. Petição inicial. A União deverá propor uma demanda chamada de "ação expropriatória" contra o
proprietário do imóvel (expropriado). Vale ressaltar que apenas a União é competente para realizar a
expropriação de que trata o art. 243 da CF/88, não podendo ser feita pelos outros entes federativos.
3. Citação. Recebida a inicial, o juiz determinará a citação do expropriado, no prazo de 5 dias.
4. Perito. Ao ordenar a citação, o Juiz já nomeará um perito para fazer a avaliação do imóvel. Este deverá
entregar o laudo em 8 dias.
5. Audiência. O juiz determinará audiência de instrução e julgamento, que deverá ser realizada no prazo
máximo de 15 dias, a contar da data da contestação.
6. Mandado de imissão na posse. O juiz poderá imitir, liminarmente, a União na posse do imóvel
expropriando, garantindo-se o contraditório pela realização de audiência de justificação. Em outras
palavras, o magistrado poderá conceder tutela provisória de urgência determinando que o
proprietário saia do imóvel e este fique na posse da União. Vale ressaltar que o INCRA é quem irá
imitir-se em nome da União (art. 6º do Decreto nº 577/92).
7. Prova testemunhal. Na audiência de instrução e julgamento, cada parte poderá indicar até 5
testemunhas.
8. Oitiva do Ministério Público. A Lei nº 8.257/91 não prevê, mas o Procurador da República deverá ser
ouvido como fiscal da ordem jurídica, nos termos do art. 178, I, do CPC/2015.
9. Sentença. Encerrada a instrução, o Juiz prolatará a sentença em cinco dias.
10. Haverá expropriação mesmo que o imóvel esteja em garantia. A expropriação prevalece sobre direitos
reais de garantia, não se admitindo embargos de terceiro fundados em dívida hipotecária, anticrética
ou pignoratícia.
11. Recurso. Da sentença, caberá apelação.
12. Trânsito em julgado. Transitada em julgado a sentença expropriatória, o imóvel será incorporado ao
patrimônio da União. Em seguida, a gleba será destinada à reforma agrária e a programas de
habitação popular.
O proprietário poderá evitar a expropriação se provar que não teve culpa pelo fato de estarem
cultivando plantas psicotrópicas em seu imóvel?
SIM.
A expropriação prevista no art. 243 da Constituição Federal pode ser afastada, desde que o proprietário
comprove que não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou in eligendo.
STF. Plenário. RE 635336/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/12/2016 (repercussão geral) (Info
851).
Ônus da prova
Importante destacar que cabe ao proprietário (e não à União) o ônus da prova. Em outras palavras, caberá
ao proprietário provar que não agiu com culpa.
SERVIDORES PÚBLICOS
Aposentadoria compulsória não se aplica a cargos comissionados
Importante!!!
Os servidores ocupantes de cargo exclusivamente em comissão não se submetem à regra da
aposentadoria compulsória prevista no art. 40, § 1º, II, da CF, a qual atinge apenas os
ocupantes de cargo de provimento efetivo, inexistindo, também, qualquer idade limite para
fins de nomeação a cargo em comissão.
Ressalvados impedimentos de ordem infraconstitucional, não há óbice constitucional a que o
servidor efetivo, aposentado compulsoriamente, permaneça no cargo comissionado que já
desempenhava ou a que seja nomeado para cargo de livre nomeação e exoneração, uma vez
que não se trata de continuidade ou criação de vínculo efetivo com a Administração.
STF. Plenário. RE 786540/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 15/12/2016 (repercussão geral) (Info 851).
Aposentadoria
No serviço público (regime próprio de previdência) existem três espécies de aposentadoria:
Aposentadoria por invalidez Aposentadoria voluntária Aposentadoria compulsória
(art. 40, § 1º, I) (art. 40, § 1º, III) (art. 40, § 1º, II)
Ocorre quando o servidor Ocorre quando o próprio A CF previu que, atingida
público for acometido por uma servidor público, mesmo tendo determinada idade, o servidor
Repare que a atual redação do art. 40 não fala "aos servidores da União, dos Estados...". Ela é explícita ao
restringir sua hipótese de incidência: "aos servidores efetivos".
A aposentadoria compulsória está prevista no § 1º do art. 40. Como se sabe, os parágrafos estão
relacionados e devem ser interpretados em conjunto com o caput. Logo, a regra do § 1º, por não trazer
qualquer exceção, significa que vale para as situações trazidas no caput (servidores efetivos).
Além disso, o § 1º também é expresso ao fazer remissão ao art. 40 (que trata sobre servidores efetivos):
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados,
calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17:
(...)
II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de
idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma da lei complementar;
O § 13, por sua vez, trata sobre os cargos em comissão. Neste dispositivo, o legislador constituinte deixou
claro que se aplica aos servidores ocupantes de cargo em comissão o regime geral de previdência social,
administrado pelo INSS (e não o regime próprio dos servidores efetivos):
§ 13 Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de
previdência social.
SERVIDOR EFETIVO APOSENTADO COMPULSORIAMENTE PODE SER NOMEADO PARA CARGO EM COMISSÃO
Outro tema correlato e que precisa ser enfrentando é o seguinte:
O servidor efetivo que foi aposentado compulsoriamente pode ser nomeado ou permanecer em cargo
em comissão? Ex1: Carlos era servidor público efetivo; ao completar 75 anos, foi obrigado a se
aposentar; ele poderá ser nomeado para um cargo exclusivamente em comissão? Ex2: Ricardo é servidor
público efetivo, mas ocupa um cargo em comissão; ao complementar 75 anos, Ricardo terá que se
aposentar do cargo efetivo, mas poderá continuar no cargo em comissão?
SIM, desde que não exista nenhuma vedação na respectiva lei que rege a carreira. Do ponto de vista
constitucional, não há nenhum óbice.
Ressalvados impedimentos de ordem infraconstitucional, não há óbice constitucional a que o servidor
efetivo aposentado compulsoriamente permaneça no cargo comissionado que já desempenhava ou a
que seja nomeado para cargo de livre nomeação e exoneração, uma vez que não se trata de
continuidade ou criação de vínculo efetivo com a Administração.
STF. Plenário. RE 786540, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 15/12/2016 (repercussão geral) (Info 851).
O servidor efetivo que foi aposentado compulsoriamente, quando é nomeado para um cargo em
comissão, inaugura, com essa última investidura, uma segunda e nova relação jurídica com a
Administração, agora relacionada com um cargo comissionado.
Desse modo, não se trata da criação de um segundo vínculo efetivo, o que é terminantemente vedado
pelo texto constitucional, salvo nas exceções por ele próprio declinadas, mas da coexistência de um
vínculo funcional efetivo e de um cargo em comissão sem vínculo efetivo, para o que não se vislumbra
vedação, inclusive sob o ponto de vista previdenciário.
Não se trata, também, por óbvio, de forma irregular de continuidade do vínculo efetivo, visto que
comissionados e efetivos são espécies diferentes do gênero servidor público.
COMPETÊNCIAS
Competência para julgar ação ordinária contra o CNJ
e mitigação da interpretação restritiva do art. 102, I, “r”, da CF/88
Ora, segundo a interpretação restritiva do art. 102, I, “r”, da CF/88, acima exposta, a competência para
julgar ação ordinária não é do STF, mas sim da Justiça Federal de 1ª instância. No entanto, no caso
concreto, o STF decidiu que deveria conhecer e julgar a causa.
A Min. Relatora Cármen Lúcia invocou dois argumentos para fixar a competência no STF:
1) O caso concreto discutia os poderes do CNJ para afastar lei inconstitucional. Se o STF não julgasse a
causa, isso significaria conferir à Justiça Federal de 1ª instância a possibilidade de definir os poderes
atribuídos ao CNJ para o cumprimento de sua missão, subvertendo, assim, a relação hierárquica
constitucionalmente estabelecida.
2) Além da ação ordinária proposta pelo Sindicato, diversos servidores impetraram mandados de
segurança contra a decisão do CNJ. Assim, mesmo que a ação ordinária fosse remetida para a Justiça
Federal de 1ª instância, continuariam no STF os mandados de segurança individuais. Desse modo, o mais
recomendável seria a reunião dessas ações a fim de garantir, com a tramitação e o julgamento conjuntos,
a prolação de decisões harmônicas sobre a legitimidade da situação jurídica afetada pelo CNJ.
DIREITO PENAL
DOSIMETRIA DA PENA
Correto conceito de culpabilidade, princípio da não-culpabilidade e vedação ao bis in idem
Determinado réu foi condenado por furto qualificado por rompimento de obstáculo (art. 155,
§ 4º, I, do CP).
O STF considerou incorreta a sentença do juiz que, na 1ª fase da dosimetria da pena, aumentou
a pena-base com fundamento em três argumentos:
a) Culpabilidade. O magistrado afirmou que era patente a culpabilidade do réu considerando
que ele tinha plena consciência da ilicitude de seu ato.
a) Culpabilidade
Aqui o magistrado confundiu os conceitos.
Para fins de dosimetria da pena, culpabilidade consiste na reprovação social que o crime e o autor do fato
merecem. Ex: a culpabilidade (reprovabilidade) do crime de furto é intensa (elevada) se o agente, além de
furtar os bens da casa, ainda urina no chão da residência ou nos móveis do proprietário. Neste caso, a
pena-base poderia ser aumentada por causa disso.
Essa culpabilidade de que trata o art. 59 do CP não tem nada a ver com a culpabilidade como requisito do
crime (imputabilidade, potencial consciência da ilicitude do fato e inexigibilidade de conduta diversa).
b) Antecedentes
A jurisprudência entende que, em face do princípio da presunção de não culpabilidade, os inquéritos
policiais e ações penais em curso não podem ser considerados maus antecedentes.
Súmula 444-STJ: É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base.
FURTO
Causa de aumento do § 1º pode ser aplicada tanto para furto simples como qualificado
Importante!!!
É legítima a incidência da causa de aumento de pena por crime cometido durante o repouso
noturno (art. 155, § 1º) no caso de furto praticado na forma qualificada (art. 155, § 4º).
Não existe nenhuma incompatibilidade entre a majorante prevista no § 1º e as qualificadoras
do § 4º. São circunstâncias diversas, que incidem em momentos diferentes da aplicação da
pena.
Assim, é possível que o agente seja condenado por furto qualificado (§ 4º) e, na terceira fase da
dosimetria, o juiz aumente a pena em 1/3 se a subtração ocorreu durante o repouso noturno.
A posição topográfica do § 1º (vem antes do § 4º) não é fator que impede a sua aplicação para
as situações de furto qualificado (§ 4º).
STF. 2ª Turma. HC 130952/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 13/12/2016 (Info 851).
STJ. 6ª Turma. HC 306.450-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 4/12/2014 (Info 554).
ESTRUTURA DO FURTO
O crime de furto encontra-se tipificado no art. 155 do CP, que tem cinco parágrafos.
Vejamos o que dispõe cada um deles:
Caput: furto simples.
§ 1º: causa de aumento de pena para os casos em que o furto é praticado durante o repouso noturno.
§ 2º: causa de diminuição de pena, chamada pela doutrina de “furto privilegiado”.
§ 3º: a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico é equiparada à coisa móvel.
§ 4º: hipóteses de “furto qualificado”.
§ 5º: qualificadora para as hipóteses em que a subtração for de veículo automotor que venha a ser
transportado para outro Estado ou para o exterior.
Essa causa de aumento de pena do § 1º, além de se aplicar para os casos de furto simples (caput), pode
também incidir nas hipóteses de furto qualificado (§ 4º)?
Exemplo:
Se João e Pedro, durante a madrugada, invadem a residência da vítima enquanto esta dormia, e de lá
subtraem a televisão, eles irão ter praticado furto qualificado:
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
Além disso, na 3ª fase da dosimetria da pena, ao analisar as causas de aumento, o juiz irá aumentar a pena
em 1/3 pelo fato de o crime ter sido cometido durante o repouso noturno, conforme prevê o § 1º.
PROVAS
Antecipação da prova testemunhal pela gravidade do crime e possibilidade concreta de perecimento
A antecipação da prova testemunhal prevista no art. 366 do CPP pode ser justificada como
medida necessária pela gravidade do crime praticado e possibilidade concreta de
perecimento, haja vista que as testemunhas poderiam se esquecer de detalhes importantes
dos fatos em decorrência do decurso do tempo.
Além disso, a antecipação da oitiva das testemunhas não traz nenhum prejuízo às garantias
inerentes à defesa. Isso porque quando o processo retomar seu curso, caso haja algum ponto
novo a ser esclarecido em favor do réu, basta que seja feita nova inquirição.
STF. 2ª Turma. HC 135386/DF, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes,
julgado em 13/12/2016 (Info 851).
A oitiva de testemunhas pode ser considerada prova urgente para os fins do art. 366 do CPP?
Sim, desde que as circunstâncias do caso revelem a possibilidade concreta de perecimento.
Ex: a testemunha possui idade avançada e se encontra enferma, com possibilidade concreta de morte.
Esta decisão do STF neste HC 135386/DF vai de encontro à Súmula 455 do STJ?
NÃO. O STF entendeu que havia possibilidade concreta de perecimento. Desse modo, para o Tribunal, a
decisão foi concretamente fundamentada. No caso, o juiz não decidiu apenas com base no decurso do
tempo, tendo ele também suscitado outros argumentos, como o fato de que houve dificuldade na
localização das testemunhas e que os endereços que havia nos autos eram apenas profissionais (e não
residenciais).
Assim, não significa que neste HC 135386/DF tenha havido mudança de entendimento sobre o tema.
DIREITO TRIBUTÁRIO
Lei nº 8.866/94
A Lei nº 8.866/94 trata sobre o depositário infiel de valor pertencente à Fazenda Pública.
Segundo esta Lei, é considerado depositário da Fazenda Pública a pessoa a que a legislação tributária ou
previdenciária imponha a obrigação de reter ou receber de terceiro, e recolher aos cofres públicos,
impostos, taxas e contribuições, inclusive à Seguridade Social (art. 1º).
Desse modo, pelo texto legal, se a pessoa tiver a responsabilidade de reter o tributo pago por um terceiro
(ex: empregador em relação às contribuições previdenciárias do empregado), esta pessoa seria
considerada depositária da Fazenda Pública.
Ainda de acordo com a Lei, se a pessoa não entregasse à União esses valores que ela deveria recolher,
seria considerada depositária infiel, podendo ser presa.
Pela Lei, a União poderia ajuizar ação de depósito fiscal contra o depositário e se ele não depositasse o
valor referente à divida na contestação, ou após a sentença, no prazo de 24 horas, seria preso. Vale
ressaltar que o devedor poderia sofrer este processo judicial de depósito mesmo sem que tivesse chegado
ao fim o processo administrativo fiscal.
Isso tem grande importância para o debate acadêmico sobre o tema e poderá também ser cobrado na sua
prova. Por essa razão, fique atento. Confira o trecho do Informativo que transcreve as palavras do
Ministro:
"É cediço que há o dever fundamental de pagar tributos, entretanto os meios escolhidos pelo Poder
Público devem estar jungidos à necessidade da medida, à adequação e à proporcionalidade, em sentido
estrito, de restringir os meios de adimplemento em caso de cobrança judicial, as quais não estão presentes
na apreciação da legislação ora questionada.
O Estado brasileiro baseia-se em receitas tributárias. Um texto constitucional como o nosso, pródigo na
concessão de direitos sociais e na promessa de prestações estatais aos cidadãos, deve oferecer
instrumentos suficientes para que possa fazer frente às inevitáveis despesas que a efetivação dos direitos
sociais requer. O tributo é esse instrumento. Considera-se, portanto, a existência de um dever
fundamental de pagar impostos. No caso da Constituição, esse dever está expresso no § 1º do art. 145."
COFINS
Portaria nº 655/93 e parcelamento de débitos de COFINS
Diversos contribuintes que ficaram impedidos de aderir ao parcelamento por conta desta vedação
ingressaram com ações judiciais questionando a constitucionalidade do art. 4º da Portaria. Argumentavam
que este ato violou os princípios da isonomia e da universalidade do acesso à jurisdição, considerando que
deram tratamento diferente aos contribuintes pelo simples fato de eles terem recorrido ao Poder
Judiciário para questionar o tributo.
O argumento dos contribuintes foi aceito pelo STF? O art. 4º da Portaria nº 655/93 é inconstitucional?
NÃO.
Não viola o princípio da isonomia e o livre acesso à jurisdição a restrição de ingresso no parcelamento de
dívida relativa à Contribuição para Financiamento da Seguridade Social - COFINS, instituída pela Portaria
nº 655/93, dos contribuintes que questionaram o tributo em juízo com depósito judicial dos débitos
tributários.
STF. Plenário. RE 640905/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 16/12/2016 (repercussão geral) (Info 851).
A exceção feita ao parcelamento do débito fiscal, prevista no art. 4º da Portaria, não ofende os princípios
da isonomia e do livre acesso à Justiça.
Isonomia
Não se pode aplicar um regime isonômico para pessoas em situação desigual perante o Fisco.
Em outras palavras, não se pode tratar igualmente o contribuinte que deposita os valores em discussão e o
contribuinte que nada faz.
A portaria em questão não afronta o princípio da isonomia, uma vez que se distinguem duas situações
completamente diferentes: a do contribuinte que voluntariamente efetuou o depósito judicial do débito,
ficando imune aos consectários legais decorrentes da mora, e a do contribuinte que se quedou inerte em
relação aos débitos que possuía com o fisco. São pessoas que estão em situação jurídica absolutamente
diferentes.
Se fosse aceita a tese do contribuinte, ele seria autorizado a retirar o dinheiro que depositou judicialmente
com o objetivo de poder ir para a via extrajudicial parcelar o débito. No entanto, se ele não conseguisse
pagar as parcelas, a Fazenda Pública teria que voltar a acioná-lo judicialmente, havendo, no caso, um
desperdício de força processual imenso.
Acesso ao judiciário
Também não se pode falar em afronta ao princípio do livre acesso à jurisdição, uma vez que não se impõe
o depósito judicial para ingressar em juízo.
O contribuinte poderia ter questionado a COFINS sem fazer o depósito judicial. Ele opta por fazer o
depósito judicial para ficar imune aos consectários legais decorrentes da mora.
EXERCÍCIOS
Gabarito
1. C 2. E 3. - 4. C 5. C 6. E 7. E 8. E 9. C 10. C
11.C 12.C 13.C 14.E 15. -
Direito Processual Civil - Prazos. Novo CPC e contagem de prazo em matéria penal
A Segunda Turma afetou ao Plenário o julgamento de agravo regimental em recurso extraordinário com
agravo. A discussão é sobre o prazo para interpor agravo regimental em matéria criminal, bem como a sua
forma de contagem, com o advento do Novo Código de Processo Civil.
ARE 992066/SP, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 13.12.2016. (ARE-992066)
ARE 988549/RO, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 13.12.2016. (ARE-988549)
OUTRAS INFORMAÇÕES
REPERCUSSÃO GERAL
DJe de 12 a 19 de dezembro de 2016
Decisões Publicadas: 3
CLIPPING DO D JE
12 a 19 de dezembro de 2016
AP N. 695-MT
RELATORA: MIN. ROSA WEBER
DEPUTADO FEDERAL. OPERAÇÃO SANGUESSUGA. RÉU MAIOR DE 70 ANOS. BENEFÍCIO ETÁRIO DO ART. 115 DO CP. REDUÇÃO À
METADE DO LAPSO PRESCICIONAL. PRESCRIÇÃO PELAS PENAS EM ABSTRATO QUANTO AOS CRIMES DE QUADRILHA E LAVAGEM DE CAPITAIS.
PRESCRIÇÃO RETROATIVA PELA PENA CONCRETAMENTE FIXADA QUANTO AOS CRIMES DE CORRUPÇÃO PASSIVA. CONDENAÇÃO PREJUDICADA.
EXTINÇÃO DO PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.
1. Considerando que réu é maior de 70 anos, reduz-se o prazo prescricional pela metade, ex vi do artigo 115 do CP. Favor etário que leva à
prescrição dos delitos de quadrilha e lavagem de capitais, tendo em vista o tempo transcorrido entre a data de recebimento da denúncia no
primeiro grau de jurisdição e o julgamento da causa. Extinção da punibilidade quanto aos crimes do artigo 288 do CP, e do art. 1º, V e VII, da Lei nº
9.613/1998, nos termos do artigo 109, II e III, c/c artigo 115, todos do CP.
2. Delito de corrupção passiva previsto no art. 317 do CP, com a causa de aumento do § 1º do mesmo dispositivo legal, configurado pelo
recebimento direto e indireto de vantagens financeiras sem explicação causal razoável, pela inferência de liame entre o recebimento e o exercício
do mandato parlamentar, e, ainda, a prática de atos funcionais concreta ou potencialmente benéficos ao responsável pelos pagamentos. Extinção
da punibilidade pela prescrição retroativa da pena concretamente fixada, restando prejudicada a condenação quanto aos crimes do art. 317, § 1º,
do CP, nos termos do artigo 109, III, c/c art. 115 e art. 119, todos do CP.
AG. REG. NO ARE N. 952.458-SP
RELATORA: MIN. ROSA WEBER
EMENTA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA. TEMPO DE SERVIÇO RURAL. EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO.
REELABORAÇÃO DA MOLDURA FÁTICA. PROCEDIMENTO VEDADO NA INSTÂNCIA EXTRAORDINÁRIA. NEGATIVA DE SEGUIMENTO A RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO QUE NÃO ATACA TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. IRREGULARIDADE FORMAL. ART. 1.021, §
1º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E ART. 317, § 1º, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO MANEJADO SOB
A VIGÊNCIA DO CPC/2015.
1. Não preenchimento do requisito de regularidade formal expresso nos arts. 1.021, § 1º, do Código de Processo Civil e 317, § 1º,
do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal: “Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os
fundamentos da decisão agravada” e “A petição conterá, sob pena de rejeição liminar, as razões do pedido de reforma da decisão
agravada”. Ausência de ataque, nas razões do agravo regimental, aos fundamentos da decisão agravada.
2. Majoração em 10% (dez por cento) dos honorários anteriormente fixados, obedecidos os limites previstos no artigo 85, §§ 2º, 3º
e 11, do CPC/2015.
3. Agravo regimental não conhecido.
TRANSCRIÇÕES
Com a finalidade de proporcionar aos leitores do INFORMATIVO STF uma compreensão mais
aprofundada do pensamento do Tribunal, divulgamos neste espaço trechos de decisões que tenham
despertado ou possam despertar de modo especial o interesse da comunidade jurídica.
Anteprojeto de Lei de Iniciativa Popular Autuado como Projeto de Lei de Iniciativa Parlamentar - Desvirtuação da Essência do
Projeto (Transcrições)
MS 34.530/DF*
INOVAÇÕES LEGISLATIVAS
12 a 19 de dezembro de 2016
Lei nº 13.369, de 12.12.2016 - Dispõe sobre a garantia do exercício da profissão de designer de interiores e ambientes e
dá outras providências. Publicada no DOU, Seção nº 1, Edição nº 238, p. 1, em 13.12.2016.
Lei nº 13.371, de 14.12.2016 - Altera a remuneração de servidores públicos; estabelece opção por novas
regras de incorporação de gratificação de desempenho às aposentadorias e pensões; e dá outras providências.
Publicada no DOU, Seção nº 1, Edição nº 240, p. 1, em 15.12.2016.
Emenda Constitucional nº 94, de 15.12.2016 - Altera o art. 100 da Constituição Federal, para dispor sobre o regime de
pagamento de débitos públicos decorrentes de condenações judiciais; e acrescenta dispositivos ao Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, para instituir regime especial de pagamento para os casos em mora. Publicada no DOU, Seção nº 1,
Edição nº 241, p. 1, em 16.12.2016.
Emenda Constitucional nº 95, de 15.12.2016 - Altera o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir
o Novo Regime Fiscal, e dá outras providências. Publicada no DOU, Seção nº 1, Edição nº 241, p. 2, em 16.12.2016.