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352*5$0$1$&,21$/'((678'26'26',675,7260,1(,526
PROJETO GIPSITA
(WDSD,
Recife -1995
2
Recife -1995
3
Ë1',&(
$35(6(17$d2................................................................................................. 4
,/2&$/,=$d2(',0(16®(6'$È5($................................................... 6
,,2%-(7,926'2352-(72............................................................................ 6
,,,0(72'2/2*,$'275$%$/+2............................................................... 6
,,,3HVTXLVDELEOLRJUiILFD..................................................................................... 6
,,,7UHLQDPHQWRGDHTXLSHGHWUDEDOKR............................................................... 8
,,,(WDSDVGHFDPSR............................................................................................. 8
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,,,$PRVWUDJHP.................................................................................................... 10
,,,/LQKDVGHLQYHVWLJDomRSURVSHFWLYDV.............................................................. 10
,9352'8726(5(68/7$'262%7,'26.................................................... 13
,90DSHDPHQWRJHROyJLFRHVWUDWLJUiILFR............................................................ 13
,90DSDGHFRQWRUQRHVWUXWXUDOGRWRSRGDJLSVLWD........................................... 13
,90DSDGHUHIOH[mRVtVPLFD................................................................................ 17
,90DSDUHVLGXDO%285*(5............................................................................. 20
,90DSDUHJLRQDOGHUHVLVWLYLGDGHHOpWULFDDSDUHQWH.......................................... 22
,9$QiOLVHOLWRHVWUDWLJUiILFD............................................................................... 23
,9$QiOLVHVHGLPHQWROyJLFDHJHRTXtPLFD........................................................... 30
,94XDOLILFDomRGHPLQpULRV................................................................................ 35
9&21&/86®(6.................................................................................................. 35
9$UFDERXoRJHROyJLFR........................................................................................ 35
9$PELHQWHGHVHGLPHQWDomRQDiUHDSHVTXLVDGD.............................................. 36
9,QGLFDo}HVGHLQWHUHVVHSURVSHFWLYR................................................................. 40
9,QGLFDo}HVVREUHDTXDOLILFDomRGRVPLQpULR................................................... 40
9,68*(67®(6.................................................................................................... 41
4
$35(6(17$d2
,/2&$/,=$d2(',0(16®(6'$È5($
A área programada inicialmente para o projeto correspondia a toda a
cobertura sedimentar da região meridional da Chapada do Araripe, inclusa no Estado de
Pernambuco. Com a progressão dos trabalhos, e em parte em função da disponibilidade de
informações, a área efetivamente trabalhada foi limitada ao setor Trindade-Ipubi e
adjacências (fig. 1), pelo menos durante essa etapa de seu desenvolvimento. Dessa forma, a
superfície investigada abrange 60 km2, embora a foto-interpretação e respectivo
cotejamento geológico tenham coberto aproximadamente 2.200 km2 .
,,2%-(7,926'2352-(72
Basicamente, a concepção do Projeto “Gipsita do Araripe” reúne os
seguintes objetivos:
,,,0(72'2/2*,$'275$%$/+2
,,,3HVTXLVDELEOLRJUiILFD
,,,7UHLQDPHQWRGDHTXLSHGHWUDEDOKR
• Sedimentação evaporítica;
• A jazida de gipsita de Casa de Pedra, Ipubi-PE;
• Perfil litológico da Formação Santana na jazida de Pedra Branca-CE;
• Sedimentação lacustre;
• Depósitos evaporíticos lacustres, e marinhos de águas rasas/profundas;
• Prospecção de gipsita por eletro-resistividade: princípios metodológicos.
,,,(WDSDVGHFDPSR
As etapas de campo tinham como objetivo a uniformização do mapeamento
geológico, o estudo dos perfis litológicos nas áreas mineralizadas, coleta de amostras,
7
,,,0DSHDPHQWRJHROyJLFR
O mapeamento geológico foi executado conforme critérios clássicos de
trabalho, envolvendo: fotointerpretação geológica (aerofotos 1:70.000), compilação e
ajustes de mapeamentos pré-existentes, execução de perfis geológicos transversais aos
contatos estratigráficos, descrição de perfis de lavra (minas: S.Jorge, Ponta da Serra, Lagoa
do Massapê e Sítio Barbosa) e de cortes topográficos. Levando-se em conta a existência de
uma cobertura extensiva de sedimentos incoerentes tércio-quaternários (TQ), mascarando
os afloramentos da Formação Santana, foram executados poços de investigação, em geral
limitados a 3.5 metros de profundidade. Assim sendo, foram abertos 33 (trinta e três)
poços, totalizando 99 (noventa e nove) metros lineares. Em função das observações
realizadas nesses poços, e alternativamente em cacimbas, foi possível constatar que a
espessura dos sedimentos (de TQ) pode, em determinados locais, exceder os 20 metros.
,,,$PRVWUDJHP
,,,/LQKDVGHLQYHVWLJDomRSURVSHFWLYD
O problema básico proposto interessa o desenvolvimento de metodologias
eficientes e se possível de baixo custo, visando: a detecção (em sub-superfície), a avaliação
e o rastreamento de depósitos de gipsita, na Bacia do Araripe. Nessa ótica, foram
desenvolvidas as seguintes hipóteses de trabalho e respectivas linhas de investigação:
ANEXO - 3 : Acompanhamento analítico em execução e previsional de amostras selecionadas pelo Projeto Gipsita
Am. [No] Descrição de Campo Local/Município Int. amost. Petr. Pal. RX Granul. Moagem RX [RT] An. Quim. An. Quím. OBS.
[<2µ] [RT] [< 2µ]
PG-02 Calcário ostracoidal S. Jorge/Trindade superfície +/4 +/1 +/2 +/1
PG-02A Calcário ostracoidal S. Jorge/Trindade superfície +
PG-03 biomicrito S. Jorge/Trindade superfície +/4 2 lâminas petrogr.
PG-05A Argilito sílt. carbonát. S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 + +/3 +/1 +/2 +/1
PG-05B nódulo ostracoidal S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 + +/1 +/2 +/1
PG-06A Siltito argil. carbonát. S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 + +/3 +/1 +/2 +/1
PG-06B calcário argiloso S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 + +/1 +/2 +/1
PG-07A Siltito argil. esverd. S. Jorge/Trindade perfil mina + +/3 +/1 +/2 +/1
PG-07B Siltito argil. bege-esv. S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 + +/3 +/2 +/1 +/2 +/1
PG-08A Argilito esverd. S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 + +/3 +/1 +/2 +/1
PG-08B Nódulo carbonático S. Jorge/Trindade perfil mina +/2
PG-08C Nódulo ostracoidal S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 + +/1 +/2 +/1
PG-09A Argilito cinza-esv. S. Jorge/Trindade perfil mina + +/3 +/1 +/2 +/1 +/1
PG-09B Argilito sílt. averm. S. Jorge/Trindade perfil mina +/3 +/1 +/2 +/1 +/1
PG-10 argilito sílt. vermelho S. Jorge/Trindade perfil mina +/3 +/1 +/2 +/1 +/1
PG-11A Siltito argil. esverd. S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 + +/3 +/1 +/1 +/1
PG-11B Arenito fino argiloso S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/3 +/2 +/1 +/1
PG-11D Arenito fino carbonát. S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/2 +/1 +/2 +/1
PG-12 Argilito S. Jorge/Trindade perfil mina + +/3 +/1 +/2 +/1 +/1
PG-13A Arenito S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/2
PG-13B Marga pelítica S. Jorge/Trindade perfil mina + +/3 +/1 +/2 +/1 +/1
PG-14A Gipsita secundária S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1
PG-14B1 Marga sulfatada S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/3 +/1 +/2 +/1
PG-14B2 Marga sulfatada S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/3 +/1 +/2 +/1 +/1
PG-15A Gy - “ algal mat” S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1
PG-15B Gy - rapadura S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1
PG-15C Arenito carbonático S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1
PG-16 Folhelho cinzento S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 + +/3 +/1 +/2 +/1 +/1 Det. tipo C orgân.
PG-17A Gy - “ algal mat” S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1
PG-17B Gy - rapadura S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1
PG-17C Gy - “ lité” S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1
PG-17D Gy sacaroidal S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1
11
ANEXO -3 : Acompanhamento analítico em execução e previsional de amostras selecionadas pelo Projeto Gipsita (continuação)
Am. [No] Descrição de Campo Local/Município Int. amost. Petr. Pal. RX Granul. Moagem RX [RT] An. Quím An. Quím OBS.
[<2µ] [RT] [<2µ]/
PG-17F Gy “ Johnson” S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1
PG-17G Gy “ neguita” S. Jorge/Trindade perfil mina +/4 +/1 +/2 +/1
PG-18A Argilito síltico esverd. Getomisa/Trindade perfil mina + +/3 +/1 +/2 +/1 +/1
PG-18B Nódulo ostracoidal Getomisa/Trindade perfil mina +/4 + +/1 +/2 +/1
PG-19A argilito esverd. Getomisa/Trindade perfil mina + +/3 +/1 +/2 +/1 +/1
PG-19B bloco oblato carbon. Getomisa/Trindade perfil mina +/4 + +/1 +/2 +/1
PG-19C bloco oblato carbon. Getomisa/Trindade perfil mina +/4 + +/1 +/2 +/1
PG-20 Calcário lumachél. S. Lambedor/Ipubi superfície +/4 + +/1 +/2 +/1
PG-22A biomicrito Lucena/Ouricuri superfície +/4 + +/1 +/2 +/1
PG-22B biomicrito Faz. Pati/Ipubi superfície +
PG-23B Calcário sub-litográf. Faz. Pati/Ipubi superfície +/4 + +/1 +/2 +/1
PG-24 Arenito grosseiro Morro Agudo/Our. afloram. +/4 +
PG-25 Arenito Alto Bonito/Ipubi afloram. +/4 +
PG-26 Arenito Alto Bonito/Ipubi afloram. +/4 +
PG-27 Calcário compacto Alto Bonito/Ipubi superfície +/4 + +/1 +/2 +/1
,9352'8726(5(68/7$'262%7,'26
I90DSHDPHQWRJHROyJLFRHVWUDWLJUiILFR
I90DSDGHFRQWRUQRHVWUXWXUDOGRWRSRGDJLSVLWD
Levando-se em consideração que muito poucas sondagens atravessam o
horizonte principal de gipsita (Hgy-2 de MENOR & AMARAL, 1991), e ainda apresentam
o óbice de estarem concentradas em torno de uma restrita região (Mina Casa de Pedra, do
Grupo Votorantim), tornou-se lamentavelmente inexequível a preparação de um mapa de
contorno estrutural da base de Hgy-2. Como alternativa, o mapa de contorno estrutural do
topo de Hgy-2, sustenta principalmente um interesse prospectivo, por indicar a
profundidade prevista desse horizonte para trabalhos de pesquisa. Sua interpretação
regional, assim como a significação desse mapa para reconstituições paleo-ambientais,
devem ser inevitavelmente cercadas de muita precaução e reservas. Em primeiro lugar,
porque a espessura original de Hgy-2 não é a mesma sobre toda a extensão do domínio
evaporítico, e adicionalmente porque esse horizonte pode apresentar truncamento erosivo.
I90DSDGHUHIOH[mRVtVPLFD
• A espessura prevista para o pacote sedimentar foi de quase 2.000 metros, cálculo
bastante próximo da realidade, conforme seria constatado por sondagens
profundas ulteriores. Na realidade, os cálculos subestimaram a profundidade do
embasamento em cerca de 10 a 15% , aproximação que pode ser considerada
muito boa.
,90DSDUHVLGXDO%28*(5
,90DSDUHJLRQDOGHUHVLVWLYLGDGHHOpWULFDDSDUHQWH
Esse produto resulta de uma continuidade de esforços prospectivos, no
sentido de se tentar estabelecer um conhecimento regional do comportamento estrutural do
embasamento cristalino, sob a cobertura sedimentar da Bacia do Araripe. Sua concepção se
baseia no contraste de resistividade elétrica entre essa cobertura sedimentar, e o substratum
do embasamento cristalino. De uma forma genérica, as camadas sedimentares apresentam
resistividades aparentes que podem variar desde 4-10 OHM.m (pelitos da Formação
Santana), passando para valores mais elevados quando em presença de significativas
espessuras de gipsita e/ou coberturas arenosas TQ, e finalmente valores significativamente
mais elevados quando em domínio exclusivo do embasamento cristalino (valores em geral
superiores a 400 OHM.m). Na realidade, a interpretação das anomalias é um tanto mais
complexa do que a forma simplista de apresentação teórica do processo metodológico
empregado. Por essa razão, fez-se necessário o assessoramento de geofísico especialista, o
Prof. Edilton Feitosa da UFPE.
,9$QiOLVHOLWRHVWUDWLJUiILFD
• Nesses altos estruturais o Membro Crato pode estar representado (fig. 5),
incluindo típicas intercalações delgadas de níveis silicificados no interior de uma
sequência calcária, formada por bancos cuja espessura total acumulada atinge 30
a 50 metros. Sua constatação em Casa de Pedra representa uma extensão lito-
estratigráfica dantes não reconhecida, da mesma forma que no “ poço Wanderlei”
(fig. 6).
,9$QiOLVHVHGLPHQWROyJLFDHJHRTXtPLFD
7DEHOD &RPSRVLomR PLQHUDOyJLFD GH VHGLPHQWRV GR 0HPEUR 5RPXDOGR GD )RUPDomR
6DQWDQD QR SHUILO GD 0LQD 6mR -RUJH 7ULQGDGH3( FDOFXODGD SRU
HVWHTXLRPHWULDFRPDSRLRGHREVHUYDo}HVPDFURVFySLFDV
7DEHOD&RQWLQXDomR
Amostr./ PG 12 PG PG PG 16 PG 02 PG PG PG
Comp. Min. 13B 14B2 05B 07B 08C
Calcita --- 21.0 10.5 --- 89.5 86.5 3.0 61.5
Dolomita 7.0 9.0 14.0 4.5 3.0 tr 2.5 3.0
Gipsita 1.0 1.0 16.5 7.0 1.0 1.0 0.5 1.0
Apatita tr 2.0 1.0 1.0 0.5 0.5 0.5 0.5
Argilas 87.0 60.0 47.0 79.0 6.0 11.5 88.5 30.0
Quartzo 3.0 6.0 10.0 6.0 --- --- 4.0 2.5
Ilmenita 1.0 1.0 1.0 1.5 tr tr 1.0 0.5
Turmalina --- --- --- --- --- --- --- ---
Goethita --- --- tr --- --- --- --- ---
Pirolusita --- --- --- tr --- --- --- 1.0
M. Organica --- --- --- 1.0 --- --- --- ---
• 6LOLFLFODVWRV PXLWR ILQRV correspondem à fase argila das RT, exibindo franca
dominância de montmorilonita. Compõem pelitos, e pelitos
carbonáticos,
24
Am. Ref. PF SiO2 Al2O3 Fe2O3 CaO MgO Na2O K2O P2O5 TiO2 MnO B2O3 V2O5 ZnO BaO SO3 SrO
02 Cal. 41,00 2,00 1,32 0,76 52,00 1,16 0,54 0,17 0,32 0,05 0,21 N.D. N.D. 0,03 N.D. 0,42 120*
05-A Cal. 14,50 44,82 18,85 6,15 6,50 2,73 0,27 2,65 1,53 0,82 0,10 N.D. N.D. 430* N.D. 0,55 N.D.
05-B Cal. 39,88 3,64 2,49 1,21 49,78 1,00 0,46 0,46 0,19 0,19 0,35 N.D. N.D. 310* N.D. 0,40 60*
06-A St. 29,88 22,60 8,85 2,14 31,36 1,49 0,31 1,06 0,42 0,42 0,38 N.D. N.D. 310* 0,31 0,69 170*
06-B Mar. 32,07 17,08 5,07 4,15 36,20 1,66 0,36 1,15 0,42 0,35 0,55 0,70 N.D. 0,04 N.D. 0,36 120*
07-A Arg. 13,42 53,28 19,24 4,57 1,39 2,32 0,44 3,37 0,14 0,90 350* N.D. N.D. 120* N.D. 0,49 N.D.
07-B Mar. 14,86 48,69 18,82 5,72 3,78 2,90 0,41 3,37 0,30 0,71 0,12 N.D. N.D. 0,04 N.D. 0,36 N.D.
08-A Arg. 13,91 49,70 17,90 5,14 4,20 3,73 0,46 3,25 0,13 0,78 0,05 N.D. N.D. 180* N.D. 0,60 N.D.
08-C Mar. 32,58 17,67 6,45 1,71 36,61 1,74 0,32 1,15 0,21 0,22 0,96 N.D. N.D. 0,04 N.D. 0,42 120*
09-A Arg. 13,02 52,63 17,19 6,15 2,50 2,98 0,42 3,13 0,18 0,68 350* N.D. N.D. 310* N.D. 0,55 N.D.
09-B Arg. 14,36 49,54 19,20 6,30 2,10 3,23 0,43 3,25 0,18 0,55 0,05 N.D. N.D. 0,01 N.D. 0,42 N.D.
10 Arg. 14,90 47,08 19,00 6,86 4,54 4,06 0,07 1,75 0,26 0,76 0,11 0,70 N.D. 0,01 N.D. 0,44 N.D.
11-A Arg. 17,71 45,79 16,00 4,72 6,85 4,06 0,51 3,25 0,27 0,78 0,16 N.D. N.D. 0,02 N.D. N.D. N.D.
11-B Mar. 11,73 52,59 12,08 0,65 10,41 1,50 0,17 3,61 0,42 0,74 0,05 N.D. N.D. 0,01 N.D. 6,02 N.D.
11-D St. 10,89 58,51 14,67 0,81 6,98 1,57 0,20 3,90 0,51 0,81 0,09 N.D. N.D. 0,01 0,35 0,37 N.D.
12 Arg. 16,59 47,09 18,99 7,15 2,10 2,73 0,46 3,13 0,10 0,64 0,05 N.D. N.D. 0,01 N.D. 0,46 N.D.
13-B Mar. 23,44 35,88 13,00 4,72 16,10 2,98 0,20 1,15 0,82 0,62 0,13 N.D. N.D. 0,03 N.D. 0,53 50*
14-A Gy 20,88 0,04 N.D. 350* 32,83 N.D. 0,08 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. 150* N.D. 45,93 N.D.
14-B1 Gy 22,05 6,83 2,50 0,89 30,38 0,58 0,11 1,20 0,10 0,10 0,05 N.D. N.D. 150* 0,46 34,40 170*
14-B2 MarS 22,00 32,97 10,01 4,14 16,31 3,10 0,17 1,97 0,50 0,52 0,14 N.D. N.D. 150* N.D. 7,64 120*
15-A Gy 21,87 0,20 N.D. 0,11 34,72 0,66 0,15 0,01 N.D. N.D. 0,05 ------- N.D. N.D. ------- 42,00 0,03
15-B Gy 21,53 0,26 N.D. 0,11 34,30 0,11 0,13 N.D. N.D. N.D. 0,02 ------- N.D. N.D. ------- 43,50 0,02
15-C Gy 29,52 1,88 1,32 0,46 33,32 6,13 0,21 0,02 N.D. N.D. 0,23 ------- N.D. 0,10 ------- 27,02 0,02
16 Arg. 17,98 45,68 16,82 6,57 3,08 4,14 0,80 0,95 0,40 0,85 0,06 ------- N.D. N.D. ------- 3,22 N.D.
17-A Gy 19,34 0,34 N.D. 0,11 34,44 0,01 0,16 0,01 N.D. N.D. N.D. ------- N.D. N.D. ------- 45,50 0,02
17-B Gy 20,77 0,22 N.D. 0,11 34,44 0,08 0,15 N.D. N.D. N.D. N.D. ------- N.D. 0,05 ------- 44,00 0,02
17-C Gy 19,81 0,48 N.D. 0,11 35,56 0,11 0,15 N.D. N.D. N.D. N.D. ------- N.D. 0,05 ------- 43,60 0,02
17-D Gy 21,13 0,58 N.D. 0,11 34,72 0,11 0,15 N.D. N.D. N.D. N.D. ------- N.D. N.D. ------- 43,00 0,02
17-E Gy 21,51 0,84 N.D. 0,11 34,16 0,11 0,14 N.D. N.D. N.D. N.D. ------- N.D. N.D. ------- 43,00 0,03
17-F Gy 19,77 0,18 N.D. 0,11 35,56 0,11 0,14 N.D. N.D. N.D. N.D. ------- N.D. N.D. ------- 44,00 0,03
17-G Gy 4,07 0,09 0,09 0,07 40,18 0,05 0,24 0,02 N.D. N.D. N.D. ------- N.D. 0,03 ------- 55,00 0,08
Observações : Am: Número da amostra; Rf: Referência; Cal: calcário; Arg: argilito; Mar: marga; MarS: marga sulfatada St: siltito, Gy:
gipsita; Aren.: arenito ; N.D. : Não detectado ; (-------) : não analisado
25
Amostr./ PG PG PG PG PG PG PG PG PG
Comp. Min. 15A 15B 17A 17B 17C 17D 17E 17F 17G
Gipsita 82.0 88.0 84.0 86.0 77.0 85.0 88.0 77.5 13.0
Anhidrita 6.5 4.5 11.0 7.0 13.5 6.0 3.5 13.5 83.0
Calcita 8.0 6.5 4.5 6.5 8.5 8.0 7.0 8.5 3.0
Dolomita 3.0 0.5 tr 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5
Argilas --- --- --- --- --- --- --- --- 0.5
Quartzo 0.5 0.5 tr tr 0.5 0.5 1.0 tr ---
Apatita --- --- --- --- --- --- --- --- ---
Goethita tr tr --- tr --- --- tr tr tr
Pirolusita tr tr --- --- --- --- --- --- ---
,94XDOLILFDomRGHPLQpULRV
9&21&/86®(6
9$UFDERXoRJHROyJLFR
9$PELHQWHGHVHGLPHQWDomRQDiUHDSHVTXLVDGD
O conjunto das observações de campo, e análises diversas, incluindo: figuras
de sedimentação, petrografia, composição mineralógica por estequiometria, análises
químicas e micropaleontológicas, permitem algumas indicações sobre a natureza do
processo sedimentar que propiciou a formação de depósitos evaporíticos na Bacia do
Araripe.
Os dados disponíveis, por ora, não são suficientes para decidir se houve uma
influência marinha, mesmo apenas do tipo ingressão, ou se ocorria infliltrações de águas de
origem marinha por vadose, etc. Considera-se que o clima reinante teria sido quente e sêco,
o que DSULRUL parece bastante provável. Indiscutivelmente, a área de sedimentação
30
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CRONO ESTRATIGRAFIA LITO-ESTRATIGRAFIA
S F
I S A G O M SIMBOLO-
E E S É N R R E GIA COLUNA LITOLÓGICA DESCRIÇÕES LITOLÓGICAS
O R T R D U M M ESQUEMÁTICA
N A E I A P A B FÁCIES ESTRATI- (ASSOCIAÇÕES DE LITOFÁCIES)
M E R O Ç R GRÁFICA
A Ã O
O
Q
U
A H ALUVIAL Qa
T O Areias de vários calibres, eventualmente algo sílico-pelíticas
E L
R O
C N C - - - -
E Á E
N R N EÓLICA (?) Qd
Areias finas, homogêneas, bem classificadas, de colorações cremes, formando
O I O montículos agrupados
Z O
O Q P D Blocos e seixos arredondados a subarredondados, dominantemente de arenito
I U L E - PALEO-ALUVIAL TQsa
C A E P C S
silicificado (cascalheiros)
O T T I Ó O I
E E M S S B P Arenitos avermelhados, mal consolidados, intercalados por cascalheiros; e
F R R I T I E A - COLUVIAL TQsc
A C N O O - T R Ú
sedimentos sílticos-argiliosos
N I Á C O T B
E O R E S U A Bancos e camadas de arenito em geral fino a médio ou sequências de leitos
R I N R - TALUVIAL TQst
O O O D A
síltico-argilosos recorrentes
Z ? E
O M
I C N A P P
C E I R S B S E S
O N A C E R Í L A K K Siltitos argilosos e folhelhos com Arenitos em geral avermelhados, com
O N E O R A L Í M e e intercalações de arenitos finos; intercalações de camadas mais claras
M O X L R N T T Í m s
M C A ? U A A C I I T
colorações variegadas, finamente até brancas, finos a médios, estratifica-
E R - N A C C I estratificados ção cruzada planar e acanalada;
S E M D O A C diagênese média-fraca; caulinicos
O T É A I A
Z Á D R A
Ó C I A Argilítica não Ksr4 Arenitos cinza-esverdeados a marrons
I I O R
C C I
Carbonática
O O A P Argilítica-Carbonática Ksr3 Arenitos cinza-esverdeados, carbonáticos, maciços e laminados com
L E
B S
intercalações pelíticas e bancos calcários
I A ROMUALDO Síltico Argilosa Ksr2 Siltitos argilosos avermelhados, dominantemente não-carbonáticos,
A N
N T
micromicáceos
O A Pelítico-Carbonática Ksr1 Pelítos carbonáticos cinza-esverdeados com intercalação psamítica basal
N
A
IPUBI EVAPORÍTICA Ksi Evaporitos (Gipsita) associados com margas, calcários e folhelhos escuros a
negros, na base
CRATO CALCILUTITOS Ksc Calcários laminados com intercalações de pelitos, inclusive folhelhos
LAMINADOS
betuminosos e papiráceos
PRECAMBRIANO pε Granito-gnássico e Biotita-Gnaisses, etc
31
9,QGLFDo}HVGHLQWHUHVVHSURVSHFWLYR
À luz das observações atuais pode-se afirmar que a distribuição dos
jazimentos acompanha áreas aparentemente proximais do sistema deposicional que deu
origem aos depósitos evaporíticos. No sentido dos depocentros a sedimentação torna-se
francamente pelítica, e os horizontes de evaporitos, quando presentes, tornam-se rarefeitos
e mais delgados. Neste sentido, definir o bordo da bacia, pelo menos no que dela ficou
preservado, notadamente sob o capeamento TQ, parece ser muito importante para trabalhos
prospectivos. Considerando-se que estas áreas costumam estar recobertas por sedimentos
incoerentes TQ, pode-se afirmar ser ponderável a perspectiva de descoberta de novos
jazimentos nesses sítios
9,QGLFDo}HVVREUHDTXDOLILFDomRGRVPLQpULRV
9,68*(67®(6
A primeira, imprescindível, e mais óbvia de todas as sugestões, é a de que o
projeto não sofra uma solução de continuidade, em função de sua importância para o
distrito mineiro, e das mais elevadas expectativas que gerou nos meios profissionais e
empresariais. Mais relevante que quaisquer sugestões técnicas a serem pormenorizadas
em itens subseqüentes são as evidências econômicas, sociais e políticas, que reclamam
a subsistência deste projeto. É comprovável que minérios e sub-produtos da gipsita (gesso,
placas, giz, etc) envolvem cerca de 4.000 empregos diretos e indiretos na região, o que
representa algo em torno de 5 % da população ativa de 4 municípios: Araripina, Trindade,
Ouricuri e Ipubi. A importância social deste segmento mineral se amplia para cerca de
20.000 habitantes, que de alguma forma são economicamente assistidos, considerando-se
uma média de 5 pessoas/família. Isto simplesmente significa que 10 % da população global
desses municípios depende da sobrevivência do distrito mineiro, índice esse que de resto é
absolutamente não negligenciável. Além disso, uma considerável geração de impostos
advém dessas atividades, alimentando substancialmente as receitas municipais.
5()(5Ç1&,$6%,%/,2*5È),&$6
AMARAL, A.J.R.; MENOR, E.A. & SILVA, A.L.C. (1993) - Análise de razão
lito-resistiva: influência no direcionamento de pesquisas de gipsita na Bacia do Araripe.
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BERTHOU, P-Y. (1990) - Le bassin d’Araripe et les petits bassins voisins (NE du
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Comparaison avec les bassins ouest-africains situés dans le même contexte. Crato,
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