JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO NO SUL DO ONTÁRIO - O OBJECTIVO

CALOR
APERTA?
VAI... U
FRESQUI MA
NHA?

PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER

Segunda -Feira, 27 de Setembro 2010 | Ano I N.º15 www.pcnewsnetwork.com *www.abcpcn.ca *www.abcpcn.com DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Herman José vem cá Katia Guerreiro “Vadio” Manuel da Ponte

Pois... vem aí, em breve. E já
está a ser falado. Pedro Maia e
Carla Tavares dizem querer ofe-
recer um espectáculo de quali-
dade a clientes e amigos. Assim
sendo, acharam que deveriam
convidar o grande Herman. E
ele vem ao Canadá, após uns
vinte anos da sua última estada
entre nós. Pág. 13
já tem bilhete marcado em “corpo (quase) inteiro”
Kátia Guerreiro já tem bilhete mar-
Conhece os “Vadios”? Conhece
cado. O seu espectáculo está marcado
quem dá corpo e vida ao popular
para o dia 2 de Outubro, no Centro
conjunto da nossa comunidade?
Cultural Português de Mississauga. É
– Hoje fazemos-lhe um retrato
uma gala de Fado a lembrar a grande
quase de corpo inteiro de Manuel
Amália. Vai ser um espectáculo em
da Ponte... que é parte integrante
grande. E os bilhetes estão a desapa-
do conjunto. Pág 17
recer rapidamente.
Pag 11

Santa Cecília
também “mora” em London
Uma festa
interessante.
As Bandas
lembram a sua
Padroeira.
E Tony Campos
conta-nos
como foi.

“Braço social” da BANIF

pag. 21 Oakville cada vez mais no mapa...

Orfeão O LIUNA Centre
pediu foi agora
inaugurado
em Oakville.
bênçãos E a estátua
que fica
para fronteiriça
ao prédio
Cambridge é bem
significativa.

First sopra
54 velas...
 2 . Nossa Gente 27 de Setembro 2010

Da Lei Pedro Jorge

Diga lá... Por: John Paz

Costa Baptista *Bradford: Vale a pena votar nas próximas eleições?

O Direito é um conjunto de leis. Isto já é matéria que Aí temos nós, em breve, todos a serem chamados a votar, elegendo os seus representantes nas autarquias. ABC tam-
foi tratada nas colunas anteriores. Mas então que leis bém vai à rua em Bradford. As eleições municipais estão à porta, uma vez que se realizam já no dia 25 de Outubro.
são estas? Para este exercício podemos fazer duas dis- Bradford, vila a norte de Toronto, com uma população de 25 000 habitantes e com cerca de 30% de origem lusa...
tinções, as leis da natureza ou as “físicas”. A estas leis também vota, pois claro.
todos os seres vivos estão sujeitos, ate os corpos in- LUIS PATRÃO (sem foto) – tes). As eleicoes municipais da- dade, apelo aos portuguese que Bradford. Espero que os Luso-
animados, o que inclui os astros, as estrelas, o nosso Não voto, porque, na minha nos uma oportunidade votem. Exerçam o seu dever Canadianos votem no dia 25 de
planeta e o nosso Sol, fonte da nossa existência. opinião, os políticos, tanto a de “debater” os assuntos que cívico. Outubro.
A estas leis ou regras que, embora não compreenda- nivel municipal, provincial ou afectam os serviços da nossa
mos, a elas estamos sujeitos e até limitados (a morte e nacional, são sempre a mesma comunidade e que têm impacto
coisa. Não fazem nada. São na nossa vida quotidiana. Dá-
as leis da física e do tempo são um excelente exemplo), todos iguais. Só querem o “ta- me uma oportunidade de ver,
de certa forma estas regras são uma forma de ordem e cho”. comentar e até influenciar o
organização mas a um nível que nos supera, falamos grau de desenvolvimento fu-
de ordem em termos universais e da continuidade dos turo da comunidade onde vivo e
corpos planetários e celestes, não será coerente desafiar trabalho. Por mim, com certeza
que irei votar e até sugiro que
estas regras ou leis. as pessoas votem antecipada-
O espírito das leis é mesmo este: ordem, organização, mente, nas datas indicadas,
estabilidade e continuidade. Aplicando princípios de evitando assim qualquer impre- FERNANDO MIRANDA –
JOSÉ MIRANDA - Gostaria
raciocínio lógico, podemos concluir que a ordem que visto que possa impedir de vo-
de ter a oportunidade de votar. Vou votar, claro. Como sempre,
deve existir... ordem também nas sociedades humanas. CÉU PERDIZ – Votar é muito tar no dia das eleições.
Infelizmente, não sou ainda participo nas eleições, sejam
As leis destinadas ao homem são as leis Normativas. É importante. Participar na vida
cidadão Canadiano, embora elas Municipais, Provinciais ou
precisamente a este grupo e não a outro que já foi refer- política com o voto é um dever
de todos os cidadãos. Tenho esteja a tratar da documenta- Nacionais. É um dever e uma
ido, que pertencem as leis jurídicas, ou seja as leis que gostado do trabalho do actual ção para esse fim. As eleições obrigação. Por mim, até posso
formam o Direito, pois o homem é bem mais do que presidente da Câmara Dough são importantes para a Vila. dizer que votarei no incumbente
um ser vivo, é inteligente e complexo, e as sociedades White. Eleger as pessoas certas é uma Dough White, actual presidente
de que faz parte tendem a evoluir como não se observa necessidade para o progresso de da Câmara de Bradford.
em outro ser vivo. O homem tende até a querer ir para
além das leis físicas, controlando a ordem natural da
vida (até onde lhe é possível).
Clubes e Associações
ARMÉNIO PEREIRA – Votar,
Assim, a existência de leis e de regras que o limitem votar... votar. Temos que vo- Envie-nos a sua lista de eventos semanais
sempre tenderam a existir, mesmo no campo espiritual. tar, porque é a única arma que
Os 10 mandamentos são mais do que mandamentos, temos para participar na vida
são regras de conduta e logo após a sua compilação (os política de Bradford. Escolher AMOR DA PÁTRIA C CENTRE - Sábado, 2 de Outubro,
os vereadores e presidente de Baile das Vindimas, com o conjunto Tubarões. Decorre na Casa dos
mandamentos) tornaram-se no centro do sistema legis- FRANCISCO HENRIQUES
Câmara que necessitamos para Açores, com início às 7 horas da noite.
lativo, jurídico e politico do povo de Israel. Hoje, a sua - As eleicoes municipais sao
que os habitantes de Bradford
influência é inegável, os dez mandamentos estão escri- muito importantes para mim e ASSOCIAÇÃO CULTURAL DO MINHO - Sábado, 2 de
deviam ser para todos os resi- tenham uma Vila virada para
tos na entrada de tribunais superiores como o supremo o futuro, com mais infraestru- Outubro, festa do 33.º aniversário. Domingo, 10 de Outubro: Noite
dentes (melhor ainda, para to- de Santoínho, a realizar-se no Downsview Park (40 Carl Hall Rd.),
tribunal dos Estados Unidos. dos os pagantes de impostos, turas e progresso e não seja
só... o aumento dos impostos. com início às 16h00.
Apesar de hoje os dez mandamentos parecerem mor- sejam eles cidadaos ou imigran-
E aproveitando esta oportuni-
alismos, a quem os ouve há dois que já inspiram res- ARSENAL DO MINHO OF TORONTO COM. CENTRE – A
peito: “não matarás” e não roubarás”. Portanto pode-se celebrar o seu 24.º aniversário no dia 10 de Outubro. Na sexta-feira,
perceber que as leis do mundo espiritual tiveram um 8, 7.30 h., Porto de honra para os Sócios e Convidados, seguido
de um Snack à maneira do Arsenal. Sábado, Jantar de Aniversário
propósito e todas as sociedades do mundo hoje ainda com mύsica dançante. No Domingo, o já tradicional Festival de
vigora pelo menos duas. Tal como as leis normativas Folclore, com vários ranchos comunitários, no ginásio do St. Luke
de hoje, no passado as leis espirituais serviram para School (Ossington e Dundas), com inícío às 3 horas da tarde.
organizar o homem e para literalmente limitar o seu
CASA DA MADEIRA - Sábado, 2 de Outubro, Baile de Rock
comportamento. & Roll dos anos 50 e 60.
Segundo um grande jurista português, as leis físicas
são “explicativas” já as leis normativas são “impera- CASA DO ALENTEJO – A partir de 5 de Outubro e até ao
tivas”. As leis físicas “descrevem-nos a natureza são dia 30, XXVI Semana Cultural Alentejana. Terça-feira, 5, Celeb-
regras de causalidade dizem como as coisas se passam rando a Implementação da República com exposição. Quarta-feira,
13, Encontro literário com lançamento do livro de Domingos Melo
no universo” já as leis normativas feitas por homens “Terei eu algo que dizer?”, pelas 18,30. Às 20h00 será apresentado
para homens “dirigem-se à vontade, a que indicam fins, ainda o livro do grémio literário “Primeira Antologia”. Quinta-fei-
e mandam aos indivíduos agir ou abster-se como meio ra, 14, Abertura oficial das festividades, com dia dedicado ao sócio.
de alcançar esses mesmos”.
CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS DE MISSISSAUGA –
POUCO MAIS PODEREI ACRESCENTAR, QUE JÁ Sabado, dia 2, Grande noite de Fados em Homenagem a Amalia
NÃO TIVESSE SIDO TRATADO NAS ULTIMAS 2 Rodrigues. Presença de Katia Guerreiro e seus guitarristas, vindos
COLUNAS. directamente de Portugal. Faca a sua reserva pelo 905-286-1311.

R E F E Ê N C I A
D E P
S E L E C Ç Ã O
A NOS S A

SAGRES
 27 de Setembro 2010 Material Editorial . 3
EDITORIAL

*Olhar o Futuro
Somos todos uns azes. Daqueles que, ao volante das cois-
as, não temos travão. Andamos por meio mundo, violenta-
mos todas as regras, vemo-nos a espelhos que não são os
nossos e, no fim... no fim fica tudo como dantes. Dizia Fer-
nando Pessoa, que, mesmo sendo Poeta... não o era tanto
como alguns dos nossos políticos, que o valor das coisas
não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com
que acontecem. Talvez por isso, o nosso inefável Ministro
das Finanças, mesmo falando pouco... cansa muito. Talvez
por isso alguém o tem aconselhado, e ainda bem, que não
deve falar.
Desta vez é Passos Coelho, do PSD, que quer ver as coisas
antes de aprovar o Orçamento de Estado. Quer, sobretudo,
ver se aquilo que concordou com o Governo, quando da
assinatura do famigerado PEC, foi cumprido. E como é
que foi cumprido. É que, diz ele, tudo aquilo tinha riscos
para o povo... dava mais umas quantas pauladas nos bolsos
dos mais pobres... e não quer que eles sofram ainda mais.
Aqui d´El Rei, grita logo Teixeira dos Santos e José
Sócrates e nem sei quem mais... e atiram-se ao partido da
Oposição, dizendo apenas que eles querem é ser Governo...
querem, no fundo, dar um golpe palaciano. Fazer de conta
que ganharam as eleições.
E aí dou logo comigo a pensar – talvez mal, quem sabe?! –
que quando das recentes eleições vimos a tal “velha chata”,
como impudicamente lhe chamavam, a dizer exactamente o
que está a acontecer. A dizer que, de facto, as coisas iam de
mal a pior. Passos Coelho achou que deveria evitar vazios
de poder. E vai daí, esqueceu o que Manuela Ferreira Leite
dizia... e deu um passo de tango com José Sócrates. Aí tem
o resultado....
Aqui ao meu lado, alguém me diz que o actual panorama
governativo de Portugal faz lembrar um menino birrento...
que, quando está a comer a sopa, quer ser ele a servir-se. E
quando os pais o deixem fazer aquilo tudo – sem uns tabefes
que hoje já nem podem dar – ele lá vai fazendo que come...
mas fica todo lambuzado, entorna a sopa por tudo o que é
sítio. O Governo faz o mesmo. Tenta fazer o mesmo. Quer
ser ele a fazer tudo... mas só faz (isso mesmo que estão a
pensar...) E depois ainda quer que o FMI se vá embora,
que vá pregar a outra freguesia, que nos deixem em paz.
Que nos deixem em paz... para as nossas – nossas deles,
claro – birrinhas...
É por tudo isso... que alguém já disse também que se vivês-
semos a história do Pinóquio... o nariz de certos senhores
já tinha dado a volta ao mundo...
É que as verdades do nosso primeiro... já são só para rir.
No fim, e contrariamente ao que ele e os seus dizem... só
vemos a despesa pública a correr mais lá para a frente. Os
défices à solta, sem controlo. E os Orçamentos – como esse
que agora está a ser cozinhado – a não serem mais do que
um manual de quase ficção científica. Tudo com uma cara
de amigo... de defensor dos pobres e oprimidos... de cultor
da verdade. E, no entanto, vai-se provando que a última
vitória dos senhores do Rato... foi alicerçada num amon-
toado de patranhas... que estão agora a ser vistas à... vista
desarmada.

As contradições Menos exposição, por favor

dos assuntos do mar
Na passada Quinta-feira,
celebrou-se o Dia Mundial
do Mar, sem que houvesse a
preocupação de alguma enti-
dade nos Açores de comem-
orar esta data.
Como se sabe, o mar é para
nós um verdadeiro desígnio
regional e um elemento es-
sencial na identidade da nos-
sa Região, constituindo um
factor estratégico no futuro
dos Açores e do desenvolvi-
mento sustentável do nosso
Arquipélago.
Por outro lado, o Governo
Regional defende que o mar
é uma das grandes opções da
sua política que diz integrada
e pilar do desenvolvimento e
crescimento da riqueza das
nossas populações viradas
para o mar.
Não deixa de ser caricato que
o Governo Regional preten-
da fomentar ou aprofundar
os planos e estudos sobre os
assuntos do mar, de modo a
que sejam implementadas
condições para uma pesca
sustentável, ou mesmo de-
fender e reivindicar a nossa
Zona Económica Exclusiva,
estudando designadamente
os nossos fundos marinhos
se, por um lado, cria uma
Direcção Regional dos As-
suntos do Mar e, por outro,
afasta todos os assuntos das
pescas, que continuam a fi-
car sob a alçada do Subse-
cretário Regional das Pescas.
O Governo Regional justifi-
ca a criação daquela direcção
regional, no sentido de dar
corpo às competências que
a Região passou a deter em
matéria de gestão do espaço
marítimo, colocando no mes-
mo departamento matérias
que se encontravam disper-
sas pelos diversos serviços
da Secretaria Regional do
Ambiente e do Mar. Trata-se
de facto de uma contradição
no que diz respeito especifi-
camente às pescas.
A existência de um Subse-
António Pedro Costa
Deputado Regional
dos Açores
cretário Regional das Pescas
com competências delegadas
pelo Secretário Regional do
Ambiente e do Mar, sem que
superintenda uma única uni-
dade operativa continua a ser
ilógico, em termos adminis-
trativos.
Por esta razão, esperava-se
que a nova Direcção Re-
gional dos Assuntos do Mar
viesse a ter competências
na área das pescas, ultrapas-
sando-se, assim o equívoco
administrativo das com-
petências do Subsecretário
Regional.
Esta foi a forma encontrada
pelo Governo Regional para
comemorar o Dia Mundial
do Mar…
Algumas pessoas ainda não conseguiram entender
que nossa vida online é uma extensão da nossa
vida real. As pessoas não conseguem perceber a
visibilidade e proporção que as coisas ganham na
internet. Quando elas conseguirem assimilar isso,
vão dar-se conta do quanto nos expormos nas re-
des sociais é de uma imbecilidade sem tamanho.
Para mim, o problema é um pouco mais amplo.
Envolve a questão da privacidade, que passa por
uma crise sem precedentes – e provavelmente
sem volta. A internet apenas potencializou o
problema.
A privacidade perdeu espaço. Com a internet,
então, ela foi liquidada, reduzida a pó. Blogs,
Hi5´s, Facebook’s e, mais recentemente, o Twit-
ter, toda a gente, que é gente, tem o seu perfil on-
line.
O difícil é compreender a dimensão disso. E re-
pito: os perfis online são uma extensão da vida
real. Sendo assim, os comentários, divagações,
discussões com outros cibernautas e fotos estão
a ser vistos pelos nossos amigos, colegas, famili-
ares e muito, mas muito provavelmente, pelos
nossos chefes. Não é à toa que actualmente já são
solicitados os endereços de Facebook nas candi-
daturas de emprego.
Fiquemo-nos apenas pelo Facebook para citar
um exemplo que ocorreu recentemente. Rebecca
Javeleau, uma adolescente britânica da cidade de
Harpenden – Norte de Londres – foi obrigada a
cancelar a sua festa de aniversário depois de 21
Cristina Alves
jornalista (Lisboa)
página de Facebook do evento. Inicialmente se-
riam apenas 15 convidados, mas poucas horas de-
pois o número de interessados disparou.
A mãe da adolescente, Rebecca Livesey, removeu
o anúncio do Facebook, no entanto, foram cria-
dos outros perfis falsos para divulgar a festa, onde
constavam a morada e telefone da jovem – inse-
ridos pela adolescente que estava convencida que
só os seus amigos veriam as informações. Depois
de ter punido a filha, que foi obrigada a trocar de
número de telefone, a mãe optou por alertar as
autoridades, que fizeram patrulhas regulares na
rua da jovem.
Em Fevereiro houve um caso semelhante e resul-
tou no vandalismo de uma habitação no Oeste da
Inglaterra.
Na internet tudo toma uma proporção desmedida.
E quem perde é o cibernauta, que parece esquecer
que fica tudo publicado, à disposição de quem
quiser ler. Um deslise pode custar caro. Por isso
façam o favor de falar no MSN, por telefone ou,
melhor ainda, ao vivo.
Se ‘apagar’ os erros quando não estávamos tão
conectados já era difícil, as pessoas precisam co-
locar na cabeça, de uma vez por todas, que a rede
mundial de computadores é uma memória prati-

SAGRES
mil pessoas terem confirmado a sua presença na camente infinita. E um dia ela vai-nos cobrar.

PURO
SABOR
4 . Comunidade
Oakville mais rica co
A acompanhar
o dia-a-dia das comunidades
27 de Setembro 2010
O “Canada Centre” é uma maravilha. Está agora completo.
Foi inaugurado, sexta-feira, por entre o entusiasmo de mui-
tos sindicalistas. E fica a enriquecer ainda mais aquela zona
de Oakville, que parece estar, de facto, a querer andar em
frente. No 1315 da North Service Road East, vai dar mais
força a toda aquela área, sobretudo quando no terreno já ad-
quirido, e ali perto, começar a ser construido uma grande
Palácio de Convenções, que ficará mesmo com o nome de
Oakville.
Como diria Lou Serafino Jr., que fez a apresentação de todo
o cerimonial, “é uma casa para a LIUNA”, construida a tem-
po e horas, o que nem é muito vulgar, e dentro do orçamento
anteriormente aprovado.
Para Joe Eustáquio, que nos serviu quase de cicerone, o LI-
UNA Centre representa, afinal, a junção de muitos serviços
que estavam dispersos. Representa tudo aquilo que a LIUNA
tem para oferecer, não apenas para os seus membros, mas
Terry Sullivan veio de Wasington. “Não podia perder isto por
nada deste mundo”, disse a ABC.
A miniatura da estatua, vendo-se Peter Fonseca, Joe Melo,
Charles Sousa e Durval Terceira.
Grupo de dirigentes.
A estátua frente ao Canada Centre.
 27 de Setembro 2010
om o Centro LIUNA
também para tudo o que se relaciona com a Construção.
Qualquer membro, firma ou empresa que queira obter qual-
quer informação... agora só precisa de vir a um local: este
mesmo.
Unir serviços
De resto – é Joe que nos lembra – em 2000, 2001, a maior
parte dos nossos escritórios estavam na Wilson, onde está a
183. O Ontario Provincial District Council, que representa
os 14 locais ao nível da Província, estava lá colocado, como
também o Tri-Found, que tem por função servir de elo de
ligação ao nível político, federal, provincial ou municipal.
Fora disso, neste prédio, vai funcionar também o Pension
Fund, que nos últimos anos, estava na baixa de Toronto, na
Saint Clair e Yonge. De resto, o maior investimento feito
no prémio foi mesmo do Pension Fund. Foram mesmo os
primeiros a mudar.
Mesmo sem números exactos – e foi uma pena não os termos
conseguido compilar – sabe-se que a maior parte do finan-
ciamento vem do Fundo de Pensões, embora haja também
Manuel Bastos veio de longe e sente-se feliz.
dinheiro do Governo Federal.
Um prédio de oito andares. A LIUNA ficará com quatro
desses andares, alugando o resto a firmas e empresas de
Oakville, e dando assim um certo lucro para a Pension Fund.
“Um grande sucesso para nós todos”, diz-nos, ainda Eus-
táquio, para acentuar que “finalmente, temos um local com
tudo o que representa a LIUNA está junto, o que é impor-
tante”.
O “suor dos membros”
Para Manuel Andrade, de Cambridge, “aquilo é, efectiva-
mente, o suor dos membros dos Locais do Ontario. Para
mim, da local de Hamilton, é um prazer ter este prédio a
representar os trabalhadores do Ontario”.
Manuel Bastos tem a mesma opinião. Acha que valeu a pena
todo o esforço. “Para o futuro da nossa organização, diz mui-
to. Diz, sobretudo, que a nossa organização está a trabalhar
para mostrar aos seus membros que vale a pena ser membro
deste Sindicato, porque daqui estão a sair grandes obras”.
Muitos sindicalistas presentes, vindos das mais diversas par-
tes do Canadá. Há razão para isso, até porque a LIUNA fica
mais “unida” e mais “rica”.
Durval Terceira é “trustee” de toda
aquela obra
Durval Terceira é também “trustee” deste Canada Centre.
Entende que “isto é a prova de que temos uma organização
que, em nome dos seus membros, está a aumentar o seu pat-
rimónio... até através da nossa pensão”.
Às vezes – diz-nos – as pessoas estão até com medo que as
pensões vão acabar e coisas assim... e isto prova que esta-
mos, isso sim, a aumentar. Isto é un elemento que me faz
sentir orgulhoso de ser parte da Pension Fund, mas também
de ser o manager da maior agência sindical da América do
Norte”.
Terence M. O´Sullivan, o Presidente Geral da
Labourers´International Union of North America, veio de
Washington. E era um homem feliz. Como confessaria à re-
portagem do ABC, estava feliz. “O meu pai foi o primeiro
chairman deste Fundo, de que eu sou agora o Chairman.
Quer o meu pai, quer Henry Mancinelli, que trabalhou com
ele, decerto nunca imaginaram estar defronte de um prédio
Comunidades . 5
como este” mas o mais importante “é sabermos que isto é a
segurança das pensões de reforma”. E quando lhe dissemos
que, de facto, ele interpretava tudo isto como muito impor-
tante, tanto que veio de Washington até aqui, Terry Sullivan
disse-nos tão somente: “Não perderia isto por nada”.
Mancinelli agradece a toda a equipa
Joseph Mancinneli, no seu discurso, haveria de salientar o
muito que foi feito em tão pouco tempo. “Foi toda uma eq-
uipa, a que agradeço e saudo”, como referiu. Uma equipa
que ele fez questão de saudar, nome a nome, exactamente
para sublinhar que todos trabalharam em conjunto.
Interessantes foram as palavras do Mayor de Oakville, Rob-
ert Burton, que ficou feliz quando da iniciativa de construir
por ali “aquela maravilha”. E que, segundo Serafino Junior,
“ajudou tanto que estava a toda a hora a perguntar o que é
precisavam mais...”
Por parte do Governo Provincial, o ministro Terence Young.
Kavin Flynn e Charles de Sousa representavam o Governo
Provincial, que, de resto, tinha por ali muitos outros repre-
A descerrar a estátua. Significativa, de resto.
sentantes. Peter Fonseca, assoberbado com ouitros afazeres
já agendados, apareceu quase no final, para dar o seu abraço
aos elementos que levaram por diante aquela obra.
No final, ainda com Joseph Mancinelli a usar da palavra, foi
descerrada uma estátua que ficará a dar mais significado a
toda aquela área. Um trabalhador da construção com o filho
às costas. Simbolismo. Interesse. O escultor – para o caso,
Gino Cavichiolli – teve, de facto, “garra”. Foi muito felic-
itado por isso. Tanto que foi ali mesmo declarado – com a
“bênção” do Presidente Geral e do Vice-Presidente Regional
– membro honorário da LIUNA.
Presença luso-canadiana
Interessante foi também a forma como Joseph Mancinelli
se referiu a Joe Melo. É que todo o sopé da estátua é da
pwedreitra de José Melo. Para ele, “o nosso papel aqui foi de
organizar e cortar as peças de granito que fazem a base para
a estátua”. Conta-nos que Joseph Mancinelli foi às pedreiras
escolher as pedras que estão agora à vista – “uma delas era
muito grande e teve de ser cortada em duas...”, lembra – e
“nós pomo-las juntas para A fita ja cortada...
parecerem uma só”. Tem,
assim, também o seu nome
ligado à obra “e estamos
muito felizes por isso”,
como nos disse.
Os trabalhos de arquitectura
estiveram a cargo de Dan-
iel Louis Cusimano Archi-
tect Inc. Outras companhias
citadas como tendo trabal-
hado no prédio: Applewood
Glass & Mirror, Architec-
tural Precast Systems Inc.,
Armour Steel Supply Ltd.,
Avenue Building Corpora-
tion, Birnie Electric Ltd.,
Bothwell-Accurate, C & H
Fire Suppression Systems
Inc, EllisDon Corporation,
Limen Group Ltd., Ragno
Excavating Ltd., Salit Steel
Ltd., Colliers International
e Fengate Property Manage-
ment Ltd.
 6 . Comunidades 27 de Setembro 2010

First Portuguese... soma e segue

- 54 anos bem vividos

Na quinta-feira... o First Portu-
guese começou as celebrações
dos seus 54 anos de existên-
cia. Um Porto de Honra reu-
niu muitos dos actuais utentes
e muitos outros que aparecem
sempre para soprar as velas de
aniversário do clube-mãe de
outros clubes.
No sábado, foi o jantar de an-
iversário. Mas lá por cima na
Caledonia falou-se num verda-
deiro “gigante” das actividades
Há quem entre em casas
comunitárias...
De facto, um “gigante” no
melhor sentido do termo. Um
“gigante” que vai arrostando
com todas as dificuldades. Um
“gigante” que, de facto, teima
em não cair e em andar em fr-
ente. Há 54 anos – ou foi há
56, como disse Luis Francisco?
- um punhado de Portugueses,
que pouco tempo antes tinham
chegado ao Canadá, fundaram
um clube. E fundaram-no para
se unirem, para confraterniza-
rem, para dialogar. Era a força
da saudade a unir tudo e todos.
Era a vontade de “estar em
casa”, mesmo estando longe.
Hoje, há ainda trabalhos em
curso, serviços prestados, trab-
alho em prol de todos...
O First cresceu. Fez-se “gente
grande”. Foi abrigando nas
suas asas, qual mãe-galinha que
vê ao seu redor cada vez mais
pintainhos, todos quantos, de
algum modo, estavam ligados a
Portugal. Até lá esteve um anti-
go presidente, que fez no clube
a sua quarta classe de Portu-
do primeiro dos clubes e asso-
ciações portuguesas do Ontario.
O First Portuguese, um dos
mais antigos clubes Portugue-
ses do Canadá – há apenas, que
se saiba, uma associação mais
antiga, neste caso no Quebeque
– celebrou a 25 de Setembro o
seu quinquagésimo quarto an-
iversário.
E tudo visto, mesmo em relação
ao nosso First, é tema de medi-
tação.
O First Portuguese perdeu, há
tempos, o prédio que era seu, e
vai agora andando como pode
graças ao entusiasmo de alguns
dos seus dirigentes.
Significa isto – pelo menos as-
sim o pensamos – que o nosso
associativismo está a ter me-
nos força e menos acutilância.
Está a deixar-se enfraquecer,
ao mesmo tempo que a comu-
nidade – que o First ajudou a
crescer – está a ficar mais forte
e mais inserida na comunidade
maior. O significado final ca-
rece, talvez, de ser equacionado
nas diversas vertentes. Os mais
novos têm, de facto, de dizer
aos poucos o que querem e para
onde pensam ir. Mesmo nas
outras associações, algumas das
quais parecem agora – como
parecia o First há 50 anos atrás
– muito fortes, muito pujantes,
muito activas. Vale a pena estu-
dar o fenómeno.

a coberto da noite
guês, para o caso Peter Ferreira.
No “Porto de Honra”, apare-

A Polícia está a pedir a assistência do público em geral

na identificação de suspeito ou de suspeitos responsáveis
por algumas entradas de noite em casas da área noroeste
da cidade. Há indicações de que o suspeito entra em casas
residenciais, durante a noite, enquanto os ocupantes estão
a dormir.
A Polícia lembra o público para manter todas as janelas e
portas fechadas, mesmo quando há gente em casa e, par- ceu Carlos Morgadinho, ali a
ticularmente, a cave e as portas e janelas do andar princi- representar a Associação 25 de
pal. Os donos de casa que tenham instalado um sistema Abril e, para o caso, da Casa
de alarme devem-no ligar e “armar” durante a noite. do Alentejo... que falou sobre
A Polícia lembra, também, para o público em geral ter a verdadeira “bandeira” do País
em atenção a vizinhança e reportar qualquer pessoa ou de onde vieram todos os seus
atitude suspeitas. filhos.
Quem tiver informações sobre o assunto deve contactar a Na quinta-feira, Luiz Francisco,
polícia pelo 416-808-2306, Crime Stoppers, anonimam- um dos pioneiros, o sócio nu-
ente, pelo 416-222-TIPS (8477), online em www.222tips. mero 4 da colectividade, disse
com, escrever TOR e a sua mensagem para CRIMES ter uma mágoa... uma mágoa
(274637), ou deixe uma mensagem no Face Book. que deixou por ali. Era o facto
de dos pioneiros... sõ lá estar ele

Ameaça de bomba
Ameaça de bomba que a Polícia está a investigar
próprio.
No sábado, no Europa Catering,

que a Polícia
foi a festa maior dessa institu-
Os Serviços da Polícia de Toronto estão a pedir o apoio ição comunitária que todos de-
do público para resolver um caso que parece não ser veriam respeitar.
está a investigar
muito habitual entre nós.
Sabe-se que na terça-feira, 21 de Setembro, às 10,30
h., uma ameaça de bomba foi recebida no escritório
Mais um ano de existência
Esta semana, completou-se, as-
sim, mais um ano de existência
OsTTC,
dos Serviços
no da Polícia
1138 de Toronto
Bathurst Street.estão a pedir o apoio
do público
Também porpara resolver
carta, os TTCumreceberam
caso que parece nãoame-
similares ser
muito
aças habitual
naquele entre nós.
local. No Restaurante “Estrela do Mar”
Sabe-se
Quem queinformações
tiver na terça-feira,que
21 possam
de Setembro,
lever às 10,30
a conhe-
h., uma do
cimento ameaça
caso, de
dos TTC,Crime
808-1304,
Também
bomba
pode foi recebida
contactar
no 1138Stoppers
Bathurstpelo
Street.
no escritório
a Polícia, pelo 416-
416-222-TIPS (8477) e Um abraço ao Hernâni
online em por carta, os TTC receberam similares amea-
www.222tips.com. Quem tem uma “anfitriã” como a Maria do Estrelas do Mar... está
ças naquele local. sempre bem servido. Foi ela que nos avisou que o Hernâni Raposo
Quem tiver informações que possam lever a conhe- – “velho” amigo cá de casa – estava por ali reunido com amigos
cimento do caso, pode contactar a Polícia, pelo 416- a saudar a chegada de mais um aniversário (estás a ficar velho,
808-1304, Crime Stoppers pelo 416-222-TIPS (8477) pá...). O paiJoão Raposo é que teve a ideia de juntar tantos amigos.
e online em www.222tips.com. Tantos... não. Faltámos lá nós, que só pudemos ir à última da hora
e quando já nem espaço tínhamos para aquele abraço que o menino
Mulher desaparecida Hernâni merece!
Ad multos prosperosque annos! – LI, SA, FCG
Os Serviços da Polícia de Toronto estão a pedir a assistên-
cia do público para localizar uma mulher desaparecida.
Abbey-Lynn Borges, de 22 anos, foi vista pela última vez,
nos finais de Julho, na zona da The Queensway e High-
way 427.
É descrita como sendo branca, 5’, 110 lbs., olhos castan-
hos, com cabelo castanho longo.
A Polícia diz-se preocupada com a sua segurança.
Quem tiver informações deve comunicar à Polícia, pelo
416-808-2200, Crime Stoppers anonimamente pelo 416-
222-TIPS (8477),
online em www.222tips.com.
 27 de Setembro 2010 Comunidades . 7
Um dia sem carros… Uma “Festa da Amizade”
sem expressão
Não teve grande expressão entre nós o chamado Car-Free
nos salões da Santa Helena
Day Street. E não teve grande expressão, exactamente Historicamente conhecidos cido na paróquia pois tam-
porque foram poucas as pessoas que aderiram ao “Dia”, pela communidade são os bém chegou a cantar e tocar
saloes da Igreja de Santa viola no coro da igreja.
quarta-feira, 22 de Setembro.
De qualquer modo, naquele dia, os escritórios ambientalistas
da Câmara Municipal, juntamente com o Sierra Club, orga-
nizaram o Festival, para chamar a atenção para a necessidade
de ter em conta tudo o que se relaciona com o meio ambi-
ente. Tudo decorreu na zona do Queen’s Park Crescent East
& West, a sul da Bloor Street West, das 11 da manhã às duas
horas da tarde.

Seguro
de Incapacidade ... “O Sid deixou-nos a se- disse-nos Julio Gouveia.
mana passada com 53 anos À família de Cid Freitas os
de idade, e eu não esqueço”, nossos sinceros pêsames.
Helena em Toronto.
No sábado, Antonio Cabral
(mordomo), e a esposa Irene Victor Ferreira, EPC, RFC
Cabral (mordoma), com
Pedro Maia muito trabalho e esforço...
www.lifehealthandwealth.ca
eram felizes. A festa de am-
izade que conseguiu juntar
É fácil supervisionar o seguro de incapacidade e, por 270 pessoas e onde também
vezes. este tipo de seguro pode vir a ser mais importante já não havia lugares, estava
do que o seguro de vida. Muitas das vezes este seguro preenchido por sorrisos por Corrector de Seguros
também é mais caro do que qualquer outro. todo lado onde a vista para- Corrector de Investimentos
va. O salão estava pintado de
É bastante importante calcular a quantia de seguro alegria, se assim nos podem- Conselheiro Financeiro
de incapacidade que se necessita. Por exemplo, paga-
mentos de incapacidade não são tributáveis, portanto
os expressar.
Seguros Investimentos
Ao entrar no salão, era
será necessário menos que a sua renda mensal. fácil perceber que a equipa
No caso de não ter que trabalhar, as suas despesas
da cozinha trabalhava “no
duro” para que nada faltasse.
Seguros de Vida RRSPs/RIFs/LIFs
( transporte ) também serão menos. Tivemos o prazer de receber Seguros de Hipoteca RESPs (Educação)
um convite para a próxima
As apólices de incapacidade são também difí- festa e para nós, que não Seguros de Invalidez Planos de Poupança
ceis, tal como a palavra as define. O seu Agente inde- temos o habito de comer
em serviço (uma das regras
Doenças Graves Fundos Mútuos
pendente pode ajudá-lo e pode oferecer-lhe vários tipos
de apólices. do nosso director) vai ser Cuidados a Longo Prazo Fundos Segredados
dificílimo pois a comida es-
tava com uma aparência... só Planos de Saúde e Dentários Planeamento Financeiro
Procure por uma apólice que tenha o mes-
mo período de espera para incapacidades causadas por
digo simplesmente, Wow!
Para as pessoas na sala que
Visitantes e Viagens Planeamento de Legados
doença ou acidente. Procure por uma apólice perma- não se aperceberam, uma Empregados (Grupo) Planeamento de Reforma
nente e que não possa ser cancelada pela seguradora. coisa que há certamente val-
Tenha sempre em conta outros fatores tais como o re-
nuncio de prémios enquanto incapacitados, clausulas de
or em mencionar foi desco-
berto quando repórter ABC
Advocis
O insucesso MEMBER
MILLION
subiu ao palco para tentar
custo e a apólice em incapacidades intermitentes.
capturar um ângulo da sala Member não é planeado ... DOLLAR
ROUND
Estes fatores deverão afetar a sua escolha de diferente.
seguro.
Julio Gouveia, o escolhido
para servir o salão de mu-
é falta de planeamento! TABLE
sica, do DJ Zip Zip, contou-
Com o seguro de Incapacidade, o “ período de nos uma história triste. Por Ferreira Insurance & Investment Concepts Inc
espera “ entre o princípio da incapacidade e o começo cima da caixa de controlos ...assegurar e investir hoje, para garantir o seu futuro!
dos pagamentos deverá ter o mesmo efeito como o estava uma fotografia em

416-709-2716
dedutível. Quanto maior for o “período de espera” que preto e branco de rapazes,
escolhe na sua apólice, mais baixo deverá ser o seu seguramente amigos. Uma
prémio. das figuras na foto pertencia
a Sid Freitas, que era conhe-

Aconteceu...

Fazer anos... é o quê?

Por vezes sem conta, num café ou em casa, ou até quando
se dirige um automóvel, estamos sempre acompanhados.
Podemos pensar que estamos sós, mas ou no jornal que
lemos, na televisão que vemos, ou na radio que escutamos,
do outro lado, a nossa companhia está presente.
Essa companhia nem sempre é tratada da melhor forma.
Às vezes até podemos dar uma gargalhada à custa do bom
nome das pessoas que dedicam uma vida à informação.
Hoje preferimos... que bata palmas a um dos nossos.
No sábado quando o repórter ABC caminhava pela bela
cidade de Toronto, escutou uma dedicatória especial de um
colega que se encontrava aos microfones da CIRV FM para
os seus próprios Pais.
Dizia ele “obrigado meu Pai e minha Mãe... por me terem
dado a vida”. Depois de mais algumas palavras, percebeu-
se que o dono daquela voz fazia anos, era seu aniversario,
e ali estava, a fazer-nos companhia em fez de estar com a
família. Não podia deixar passar a oportunidade de passar
pela – onde moram muitos que nos fazem companhia todos
os dias - e dar lhe um abraço.
Se me permitirem, em nome de todos os colegas de pro-
fissão, mas especialmente do jornal ABC Portuguese Cana-
dian Newspaper e, vá lá, ainda mais importante, em nome
de Fransisco Bagos Esgaio, filho, e em nome de Cristina
Bagos Esgaio, sua esposa... ao Luis Miguel Ablum Esgaio,
parabéns! Saúde! Obrigado pela companhia.-C.M.
 8 . Daqui e dalém
Comentário Semanal de Economia e Mercados Parceria Montepio/ABC
“Ai Portugal, Portugal... de que é que estás à espera?”
É este o refrão de uma das músicas mais conhecidas de Jorge
Palma… É esta a forma como os mercados financeiros ol-
haram para o nosso país na passada semana. Numa altura em
que os investidores clamam por uma real consolidação das
Finanças Públicas portuguesas, os dados do último relatório
da Síntese de Execução Orçamental, publicado pelo Minis-
tério das Finanças (MF), estiveram longe de satisfazer as
expectativas dos investidores.
Com efeito, no período entre Janeiro e Agosto, o Défice Or-
çamental do subsector Estado situou-se em 9 190 milhões de
euros, revelando um agravamento de 446 milhões de euros
face ao Défice observado no mesmo período do ano anterior
(+5.1% vs +4.1%, no período de Janeiro a Julho).
Do lado da Receita Efectiva, os dados até se têm revela-
do favoráveis, observando-se um acréscimo homólogo de
1.8%. As Receitas Fiscais aumentaram 3.3%, devido ao
crescimento de 10.6% dos Impostos Indirectos (ISP, IVA,
ISV, entre outros), já que os Impostos Directos (IRS, IRC e
outros) continuaram em queda e superior à do mês anterior
(-6.7% vs -2.8%), devido, essencialmente, ao aumento dos
reembolsos, quer de IRS, quer de IRC.
Nos Impostos Indirectos, destaca-se o crescimento de 13.9%
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do IVA (+14.6%, no mês anterior), acompanhando o cres-
cimento da actividade económica, enquanto o forte cresci-
mento do Imposto sobre Veículos (+21.6%) resulta da recu-
peração das Vendas de Veículos Automóveis.
Apesar da evolução favorável da Receita, a Despesa Efectiva
do Estado continuou a avançar em termos homólogos, 2.7%,
não obstante representar numa redução de 1.1 p.p. face ao
crescimento observado até ao mês de Julho, influenciado, se-
gundo o próprio MF, pela desaceleração do crescimento das
Transferências Correntes para as Administrações Públicas,
particularmente a relativa à contribuição financeira para a
Caixa Geral de Aposentações, e dos Juros e Outros Encargos
da Dívida Pública, bem como do efeito base de 2009 relativo
às transferências de capital realizadas no âmbito da “Inicia-
tiva para o Investimento e o Emprego”.
Apesar destas justificações do MF, os investidores em Dívi-
da Pública portuguesa clamam por mais: mais comunicação,
mais medidas. A comunicação revela-se crítica para quebrar
o ciclo vicioso entre o aumento da Dívida e do Défice.
Com taxas de juro muito elevadas, estejamos a falar de par-
ticulares, de empresas ou de um Estado, a solvência torna-se
uma ameaça real. E Portugal começou a pagar, nas últimas
Os escuteiros vieram à ideia...
Na semana passada tive o prazer de inscrever os meus filhos no
grupo 78 dos Escuteiros do Canada. Este grupo foi fundado pela
paroquia da igreja de Sao Sebastiao em Toronto. Posso estar errado,
sou humano, parece ter sido a única fundada principalmente por
Portugueses em toda Norte America .
“Eu prometo que na minha honra , eu farei o meu melhor…” O
juramento de escuteiro consiste apenas de 40 palavras. São pre-
cisamente estas palavras que eu gostaria de compartilhar consigo e
focar as nossas ideias hoje. Mais precisamente nas primeiras onze
palavras, que vou repetir outra vez: “Eu prometo que na minha
honra, eu farei o meu melhor…”
A palavra “honra” é certamente uma das palavras mais maravilho-
sas que pode haver. Honra! A honra pode ter um papel importante
no que diz respeito ao sucesso da vida de qualquer pessoa, seja pes-
soalmente, no que diz respeito à vida familiar, ou até em termos de
negócio ou trabalho. Hoje, enquanto escrevo este artigo, senti-me
curioso em consultar um dicionario para ver qual era a defenição da
palavara… O meu dicionario Priberam da Lingua Portuguesa diz
que “Honra” quer dizer o seguinte: “Sentimento do dever.” “Dis-
tinção que resulta de acções ou qualidades que nobilitam.” “Pessoa
que ilustra uma classe, um país.” “Distinção apreciável.” “Graça,
mercê.” “Grau, dignidade.” “Probidade.” “Boa fama.” “Decoro,
dignidade.” “Ausência de mácula (nas mulheres).” “Honestidade
sem enganar.”
Quer dizer que, quando um escuteiro repete o juramento todas as
semanas, e diz, “eu prometo que na minha honra…” está a dizer
uma coisa muito importante. E quando o escuteiro diz, “eu farei o
meu melhor,” é um compromisso de peso. É preciso entender mais
uma coisa importante. O escuteiro não diz que vai ser o melhor,
Pensar nos outros...
Lara Ingrid
Pensar nos sentimentos dos outros. Ser verdadeiro. Ter palavra e
assumir os erros são coisas importantes na vida. Tudo tem a ver
com actos pequenos que fazemos em consideração aos outros. Ci-
dades estão cada vez mais ocupadas e muitos lugares têm muita
população e, em tempos de trânsito, é importante manter a calma e
continuamente importante ser atencioso com os outros que tambem
estão nas mesmas condições.
Abrir a porta para a pessoa que está atras de si é um acto pequeno
mas porém faz a vida mais fácil para todos os que estão envolvidos.
Igual a abrir uma porta é tambem um cavalheiro tirar a cadeira
do lugar, para assim a sua dama se sentar quando estão a jantar.
Destrancar as portas de um carro se estiver dentro dum carro
trancado. Dar pelo menos 15 por cento de gorjeta a quem te serviu
num restaurante. Dizer por favor e obrigada regularmente com as
pessoas que cruzamos. Tudo é uma questão de ética.
Todos este comportamentos deveriam ser obrigatórios para todos.
E todos merecem serem tratados com respeito independentemente
da idade, sexo ou estado na vida. Mesmo se estamos a ter o dia pior
das nossas vidas temos que ter cuidado como tratamos os outros.
Ninguem tem culpa.
Os meus pais sempre me ensinaram que o que é prometido é para
27 de Setembro 2010
emissões que realizou, taxas de juro proibitivas. Mais, se
toda a nossa Dívida Pública, e diga-se, de qualquer estado
europeu (incluindo a própria Alemanha) estivesse a pagar
6% ao ano, das duas uma: i) ou teríamos, sistematicamente,
Excedentes Primários para pagar os elevados juros; ii) ou
a Dívida geraria uma dinâmica insustentável, crescendo
indefinidamente. Neste sentido, o Governo, mas, diga-se,
também os partidos da oposição, têm de ser muito pró-
activos em termos de comunicação para o mercado. Que
têm um plano A, um Plano B, um Plano C… Uma verda-
deira consolidação terá que ser realizada por via do corte
das Despesas, e todos sabemos que existe muita Despesa
Pública inútil na economia portuguesa, mas o aumento de
Impostos, como situação de recurso, no Plano B ou no Plano
C, também não deverá estar afastada. Se um qualquer Gov-
erno falhar com os objectivos inscritos no Plano de Esta-
bilidade e Crescimento, serão todos os portugueses a pagar
esse preço.
Rui Bernardes Serra (RBSerra@Montepio.pt)
José Miguel Moreira (JoseMoreira@Montepio.pt)
Carlo Miguel Cruz Gomes
ou maior, ou mais do que quem quer que seja, diz simplesmente
que vai fazer o seu melhor, dar o melhor de si. Para mim uma das
melhores satisfacoes que qualquer pessoa possa sentir, é o sentido
de dever comprido, de ter dado o seu melhor. Nao simplesmente de
ter tentado, ou experimentado alguma coisa, mas sim de ter dado o
seu melhor ao caso. O seu melhor!
Mais uma pesquiza no meu dicionario diz nos que a palavara “mel-
hor” quer dizer, “Comparativo de superioridade de bom; o mais
bom.” “Superior em quantidade ou bondade.” “O mais importante
ou interessante.” “O mais conveniente, sensato, prudente ou ac-
ertado.” “Pessoa que é considerada superior a outras.” … Enfim,
melhor. A palavra “melhor” tem muita forca, e para um escuteiro
tomar o juramento todas as semanas e prometer na sua honra de
fazer o seu melhor, certamente isso vai ter o impacto tremendo em
todos aspectos da sua vida em cada semana. Se puzermos muitas
semanas juntas, voce vai acabar por ver uma vida cheia de fazer o
seu melhor, de dar o seu melhor. Qualquer pessoa que fizer o seu
melhor constantemente, em todas as áreas da sua vida, e recompen-
sada sem duvida nenhuma com successo em todas as áreas da sua
vida tambem. Além deste facto, também há outro, a satisfação que
uma pessoa vai sentir todos os dias em ter feito o seu melhor, dado
o seu melhor, cumprido o seu dever, e incomparavel. Faça você
também como os escuteiros. Até outro dia se DEUS Quiser.
ser cumprido. Se prometermos estar num sitio a uma certa hora,
se não o fizermos, indicamos que não o valorizamos. Então tudo
que eles representam não significa nada porque não cumprimos o
que devíamos ter cumprido. A melhor maneira de compreender este
conceito é tentar por nós nos sapatos dos outros. Tentar entender
o que se passa com eles. Os porquês que eles fazem o que fazem.
Como é que nos iríamos sentir se alguém prometeu ter connosco
num certo lugar a uma certa hora e depois não aparecem? Ou se
dissessem que nos iam recomendar para uma certa posição e nunca
o fizeram? É importante tentarmos o nosso melhor para respeitar
o tempo de cada indivíduo e tentar não fazer promessas que não
podemos cumprir.
A vida por vezes pode ser complicada, e se prometermos encontrar-
nos com alguem e não podemos ir... temos que avisar para assim a
pessoa saber e mudar os seus planos. Ninguem é perfeito, somente
Deus. E muitos sabem que erros são normais e que muitos fazem
coisas que não devem. Quando tal acontece não é preciso justificar,
desculpar-se ou encontrar um culpado, em vez disso, pede descul-
pas.
Esta é uma das acções básicas dos adultos e muitos problemas po-
dem ser evitados no mundo se todos admitissem os seus erros e
fizessem algo para fazer as coisas bem. Admite os teus erros e pede
desculpa a quem ficou magoado. Irá fazer uma differença enorme.
Sobretudo, a sinceridade. E mais importante do que tudo isto, é nao
fazer aos outros o que não queremos que nos façam!
27 de Setembro 2010 Mensagens . 9

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 10 . Daqui e dalém
No Sporting
... até “Sueca”
Como em anos passados, no Sporting Clube Português de
Toronto houve festa. Desta vez, a família leonina de Toronto
estava reunida para atribuir as taças do torneio de sueca entra
outras coisas e acompanhar o belo jantar em convívio famil-
iar com um passo de dança também. Isto ao som do conjunto
Mexe Mexe.
Curiosamente o amor do jogo nacional de cartas, “a sueca”,
como e óbvio também e repartido por todos quantos trab-
alham para fazer chegar ABC Portuguese Canadian News-
paper às suas mãos. Já foi estudada até a possibilidade de
também participar o jornal ABC com uma equipa para o ano
que vem.
Para toda direcção do Sporting, vencedores e participantes
do torneio deste ano parabéns. Continuam a participar, a
conviver, pois mesmo a jogar as cartas, a solidariedade é
sempre positivapara todos. – C.M.
Na foto da esquerda para direita, Mario Neves, Ricardo
Quatorze, os Vencedores, Antonio Ferreira,
e Vitor Figeiredo que ficaram em segundo lugares este ano.
Alergias e doencas são provocadas pelo pó, por pelos de animais,
ou por bacterias e fungos que permanecem no sistema...
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De Cambridge
Meio século de existência
da Igreja de Nossa Senhora de Fátima
*Presença do Orfeão Stella Maris
E nós que até queríamos lá ir. Uma arreliadora doença im-
pediu-nos, no entanto. À primeira vista, pode parecer que o
tema não é importante. Entendemos, porém, que é, de facto,
importante, por anotar a penetração portuguesa nestas ter-
ras da diáspora. Sobretudo por ser numa zona que, eventual-
mente, poderia não dar frutos... que deu e está a dar. Falamos
de Cambridge, no Ontario, aqui bem perto de nós.
Sábado, era a celebração de meio século da Fundação da
Comunidade Cristã de Nossa Senhora de Fátima, em Cam-
bridge. Cinquenta anos. A comunidade portuguesa actuou –
está a actuar – para que a sua maneira de ser frutifique e se
transmita aos que vierem a seguir.
De resto, subjacente a toda a festa havia também uma hom-
enagem aos pioneiros. E foram, desde logo, homenageados
alguns desses mesmos pioneiros. De resto, o próprio sacer-
dote daquela comunidade, o padre António Cunha, é também
um dos pioneiros, ainda que no domínio do sector espiritual.
O Stella Maris presente
Para além disso, interessante foi a presença do Stella Maris
que, em concerto do maior interesse, acompanhou a Missa
(em Latim) e deu a noção exacta de que se transformou, aos
poucos, num valor acrescentado da comunidade portuguesa
em geral.
Cinquenta anos ao serviço da comunidade é, de facto, data
a celebrar. Para além do mais, parece ser a certeza de que a
nossa gente – de Cambridge, mas não só – veio para ficar.
Talvez até para espalhar a Fé, como acontecia na época dos
descobrimentos. Para aproximar mais os corações da Espiri-
tualidade que nos anima.
Talvez por isso, de interesse será lembrar que a própria de-
nominação do Orfeão que acompanhou a Missa solene é
mesmo... uma homenagem a Nossa Senhora, chamada Stella
Maris – Estrela do Mar – que seria como que a guia das
noites escuras de tormenta dos mares.
O nosso Povo sempre defendeu a Fé Cristã. Sempre a ten-
tou espalhar por todo o mundo. Sempre esteve, nos bons e
Trabalhadores em greve
na indústria hoteleira
Trabalhadores do Westin Prince fizeram um dia de greve,
depois das negociações levadas a cabo no Westmont hotel
terem falhado no que toca a resolver problemas-chave relati-
vos a questões de pessoal, segurança económica e segurança
propriamente dita.
“Westmont cortou o número de pessoal por todos os secto-
res, mesmo quando o hotel está de novo ocupado”, explicou
Andrea Henry, empregada no Westin Prince. “Toda a gente
está preocupada. Por exemplo, alguns assistentes de quarto
dizem que nem são necessários exactamente na mesma man-
hã em que são escalados ou são mandados para casa, depois
de trabalharem apenas quarto horas. Isto torna cada vez mais
difícil para nós cobrir certas despesas básicas”, acrescentou.
Assistentes de quarto no Westin Prince são admitidos através
do programa “Make a Green Choice” do Starwood, no qual
27 de Setembro 2010
nos maus momentos, integrado no espírito católico que, no
fundo, nos manda ser irmãos uns dos outros. - FCG
Antigos Alunos
do Liceu da Horta
O XXII Encontro dos Antigos Alunos do Liceu Nacional da
Horta vai decorrer, entre nós, no dias 10 e 11 de Outubro, no
Salão Nobre do Sport Club Lusitânia de Toronto, sito no 103 da
Ossington Ave., Toronto.
A edição deste ano reunirá um grupo de ilustres convidados,
vindos expressamente dos Açores para o acontecimento, entres
os quais, os antigos alunos João Castro, Presidente da Câmara
Municipal da Horta, Alzira Silva, Deputada Regional pelo PS,
Genuíno Madruga, o célebre navegador, e ainda Ângelo Duarte,
Presidente da Câmara do Comércio e Indústria da Horta. O últi-
mo será acompanhado por um séquito de empresários açorianos,
com o intuito de estimular e consolidar o intercâmbio comercial
entre a Região Autónoma dos Açores e a América do Norte.
No dia 10, realizar-se-á, pelas 14.00, um Almoço-Convívio para
os Antigos Alunos e Amigos do Liceu Nacional da Horta, com
animação musical providenciada pelo Grupo Faialense Plano B.
Música para dança pelo DJ Martins Sound Mix O orador convi-
dado, Genuíno Madruga, partilhará connosco algumas das suas
muitas aventuras no mar.
Nos dias 11, haverá um Certame e Degustação de Produtos Re-
gionais dos Açores, onde terá oportunidade de interagir com os
empresários expositores e agentes comerciais daquela região, e
ainda uma demonstração de Arte Floral.
Comissão 2010: José Ilídio Ferreira, 416 534 0267/ 647 290
5777 -
joseferreira@adiaspora.com; Fátima Toste, 905 829 1549 /
fátima-toste@hotmail.com
António José Medeiros, 905 845 8216; Fernando Flores, 905
542 0945; José Simões: 416 627 3565; Jorge Almeida: 905 275
2970; e Maria Santa Bettencourt, 905 821 1311.
os clientes são incentivados a recusar os serviços dos as-
sistentes. Estes condenaram já o programa como uma inicia-
tiva destinada a poupar mão de obra, com pouco ou nenhum
impacto ambiental. “Onde vemos o impacto é mesmo nos
assistentes de quarto que “têm de usar mais material e mais
esforço para limpar quartos que vão sendo deixados sujos
durante dias”, disse Andrea Henry.
 27 de Setembro 2010 Desporto . 11

O novo seleccionador sabe

que a sua tarefa não é fácil
O novo seleccionador de Portugal, Paulo Bento, de 41 anos, já chamar ambos. jogador que não criou qual-
começou a actuar e deve já ter saído da sua mão a lista dos pri- “Tive os meus conflitos, não quer tipo de problema e que é
meiros convocados, a que nos referimos noutro local desta edição. nego, mas nunca coloquei os um miúdo extraordinário”,
De 41 anos, Paulo Bento estava no desemprego desde Novembro meus interesses acima do clube começou por explicar, seguin-
do ano passado, depois de ter abandonado o Sporting, após mais de que representava”, começou do logo depois para Carlos
quatro anos, onde conquistou duas Taças de Portugal e duas Super- por dizer a respeito Paulo Ben- Martins.“Houve uma situação
taças. A tarefa, agora, é a dupla jornada de apuramento para o Euro to, apontando ele próprio os quando Luiz Felipe Scolari era
2012 frente a Dinamarca (8 de Outubro, no Estádio do Dragão) e exemplos de Silvestre Varela e o seleccionador em que me foi
Islândia (a 12 de Outubro, em Reiquejavique). Carlos Martins, ambos dispen- pedida uma opinião quando
Na apresentação, Paulo Bento, falou do orgulho pela escolha e do sados pelo técnico na sua pas- Carlos Martins já não jogava no
objectivo único, conseguir o apuramento para o Euro 2012: “Qual- sagem pelo Sporting. Sporting. Disse então que, ape-
quer entidade, federação ou clube, quando quer escolher alguém, “Ao contrário do que dizem, sar da sua situação, não impe-
não tem apenas uma opção. A direcção tinha legitimidade para es- nunca tive qualquer problema dia que fosse convocado para a
gotar todas as opções em mente. O que digo é que me congratulo com o Silvestre Varela, apenas Selecção. Por isso, nesta altura,
e que não tenho nenhum tipo de fragilidade por um dos melhores, não contei com ele para a forma e pela forma como está a jogar,
como entendia que era adequa- convocarei Carlos Martins sem
senão o melhor treinador do da para o Sporting. Mas mais qualquer problema, uma vez
Mundo, ter sido opção. Até do que justificar qualquer coisa, que os interesses do meu País
deve ser motivo de orgulho. devo prestar homenagem a um estão muito acima”, vincou.
Para mim é um orgulho e uma
satisfação ser opção a seguir a
um dos melhores do Mundo”.
O novo seleccionador nacional
assume sem qualquer problema
que tem pouco currículo, uma
vez que apenas tem a experiên-
cia de treinar o Sporting (pri-
meiro nos juniores, depois nos
seniores, ao longo de pratica-

mente quatro anos). No entanto,

Paulo Bento compara-se a out-
ros nomes grandes do futebol
mundial.
“Tenho pouco currículo, admi-
to, pois só tive uma experiência
num clube. Mas houve nomes
como Van Basten, que foi se-
leccionador da Holanda sem
experiência em qualquer clube.
Rijkaard e Klinsmann também
foram directamente para selec-
cionadores”, disse.
Ou seja, o importante para Pau-
lo Bento é saber se “há ou não
competência”. “Não sei se serei
o seleccionador mais novo, mas
não devo ser. Venho de uma ex-
periência de quatro anos num
clube grande e, se calhar, já
houve quem tomasse conta de
uma selecção sem ser campeão
ou sem conquistar duas Taças e
duas Supertaças”, vincou.
E porque muito se tem falado
sobre os alegados conflitos que
Paulo Bento teve com joga-
dores ao longo da sua passagem
como treinador do Sporting, o
novo seleccionador nacional
aponta os casos de Varela e
Carlos Martins, garantindo que
não terá qualquer problema em
 12 . Desporto
Leiria, 1-Rio Ave, 0
Vitória nos descontos
O avançado brasileiro Carlão garantiu a vitória do União de
Leiria frente ao Rio Ave (1-0), em jogo da sexta jornada do
campeonato português.
Depois de uma primeira parte sem grandes motivos de in-
teresse, onde escassearam as boas jogadas e oportunidades
de golo, na etapa complementar as duas equipas podiam ter
chegado por uma vez ganho vantagem, só que acabaram por
falhar. Quando tudo levava a crer que o jogo ia terminar em-
patado, o guarda-redes do Rio Ave Paulo Santos faz grande
penalidade sobre Carlão e o avançado brasileiro aproveitou
para estabelecer o resultado final aos 94 minutos.
27 de Setembro 2010
Um Benfica algo perdulário
ganhou bem...
Claro que o Benfica ficou, sábado, muito aquém das golead-
as dos dois últimos anos nos Barreiros, batendo o Marítimo
por tangencial 1-0, mas deixou claros indícios de enorme
melhoria. O desacerto dos seus finalizadores acabou por
traduzir-se naquilo que alguns já chamaram de “goleada vir-
tual”, já que houve cerca de uma dezena de oportunidades
flagrantes, algumas de baliza aberta, e muito mérito do
guarda-redes Marcelo Boeck e dos colegas Danilo e Ricardo
Esteves, que o substituíram sobre a linha de golo quando
estava batido.
Impressionante o número de 25 remates feitos pelos encar-
nados, um recorde desta Liga em jogos fora, tendo para isso
contribuído decisivamente a melhoria substancial de várias
individualidades, nomeadamente Fábio Coentrão, o homem No entanto, o recomeço dos encarnados foi avassalador, com
do jogo, Saviola e Carlos Martins, a empunhar a batuta de Fábio Coentrão mais liberto de uma certa rigidez táctica que
Aimar. o emperrara no primeiro tempo. Gaitán de novo (47’) e Car-
O Marítimo sofreu a quarta derrota na Liga por 0-1 e deixou dozo de forma escandalosa (51’ e 53’) ainda exasperaram o
claros indícios de que iniciará em breve a ascensão para uma técnico encarnado, mas um lance de contra-ataque puro, o
posição consentânea, depois de resolver alguma confusão segundo em poucos minutos, fez a bola virar o campo, de
na zona de cobertura defensiva e contando com melhores Saviola para Fábio Coentrão, da direita para a esquerda, com
soluções no ataque, nomeadamente o goleador Kléber, sába- o jovem internacional português a marcar, com muita classe,
do ausente por castigo. o seu primeiro golo pelo Benfica na Liga, parando a bola e
O Benfica podia ter resolvido a contenda no primeiro tempo, colocando-a no poste mais distante.
com oportunidades claras de Javi García (15’), Saviola (26 e Faltava mais de meia hora para o final do encontro, mas tudo
30’) e Gaitán (44’), mas os últimos minutos após a substitu- estava decidido, até porque ambas as equipas não conse-
ição de Marquinho mostraram um Marítimo perigoso e com guiam esconder o cansaço que as peripécias da partida tin-
mais ambição. ham provocado: as substituições só pioraram a qualidade.

A melhor defesa
contra o melhor ataque
é para o técnico do FC Porto o
grande objectivo na desloca-
ção a Guimarães na próxima
jornada da Liga. Por seu lado,
Otamendi mostrou-se muito
satisfeito com a estreia e o
golo. “Foi muito importante
marcar. Mas, acima de tudo,
o fundamental é ganhar, inde-
pendentemente de quem marca.
Foi muito lindo”, disse o cen-
tral argentino.

Os indicadores até sugeriam Fucile e Otamendi, juntavam-

um falso equilíbrio. A melhor
defesa contra o melhor ataque,
o estatuto partilhado de equi-
pas invictas e até a memória
recente de o Olhanense ter sido
a última equipa a passar pelo
Dragão sem derrota.
Mas os indicadores rendem-se
perante as evidências. E estas
impuseram a sua lei logo nos
primeiros minutos, com o FC
Porto a empurrar os algarvios
para a área e a embalar para
uma primeira parte de sentido
único.
Hulk começou o seu ‘show’ à
parte num golo bem anulado
(5’). O 4x2x3x1 de Faquirá não
levava a bola até Djalmir e as
duas novidades de Villas-Boas,
se ao ataque para entrar em
acção. Seria o central argentino
a sublinhar a estreia com sor-
risos, aparecendo no sítio certo
para aproveitar uma defesa
incompleta de Moretto, após
outra explosão de Hulk (23’).
Seguiram-se 15’ de descom-
pressão portista, que mostr-
aram as limitações ofensivas
do Olhanense. O “Correio da
Manhã”, bem a propósito, con-
ta que, depois, como na fábula
dos três porquinhos, Hulk fez
de lobo mau, encheu os pul-
mões e com mais um sopro an-
tes do intervalo deitou abaixo o
que restava da resistência algar-
via, aproveitando uma oferta de
Maurício.
Com as evidências sublinha-
das, seguiram-se 45 minutos
de intensidade decrescente, que
permitiram ao Olhanense re-
cuperar alguma confiança, em
especial a partir do momento
em que Hulk saiu de cena: a
gestão de esforços é um luxo a
que este FC Porto está cada vez
mais habituado.

Alguma intranquilidade
“Sentimos alguma intranqui-
lidade no segundo tempo, mas
acabámos sempre por domi-
nar”, disse André Villas-Boas
no final do jogo.
Manter o pleno na Liga (seis
vitórias em outros tantos jogos)
27 de Setembro 2010 Desporto . 13

Sporting volta a tropeçar

e em casa não faz mais que um empate
O Nacional arrancou, ontem Depois do golo, o Nacional para fazerem o golo da Sporting e o seu treinador,
à noite, um empate precioso ainda atacou em busca do vitória. Paulo Sérgio, sob pressão,
em Alvalade, num jogo em 2-1, mas faltou aos madei- Para a história fica o empate, agora na sétima posição, a
que rematar muito e atacar renses a calma necessária num jogo que vem manter o 10 pontos do líder FC Porto.
a maior parte do tempo não
foi sinónimo de qualidade
para o Sporting.
As estatísticas do jogo en-
tre Sporting e Nacional são
demolidoras a favor dos
leões, mas no futebol, todos
sabem, nem sempre ganha
quem mais tempo tem a
bola, nem quem remata mais
vezes à baliza.
Assim, como dizia a “Bola”,
o fantástico golo de Carlos
Saleiro, aos 64 minutos, em-
Classificação belezou os resumos televisi-
vos do jogo, deu a ilusão de
que a vitória seria de quem a
procurou, mas não foi sufici-
ente para que os três pontos
ficassem em Alvalade.
Da mesma forma que os os
27 remates dos leões contra
8 dos madeirenses (apenas
um, o do golo, à baliza),
bem como os 65 por cento
de posse de bola para a eq-
uipa da casa pouco represen-
tam no final da partida.
O Sporting pode queixar-
se da falta de pontaria dos
seus avançados (Yannick
e Liedson ficaram mesmo
no balneário ao intervalo),
num jogo em que Vukcevic
arrancou uma das mais vis-
tosas exibições desde que
chegou a Alvalade.
Carlos Saleiro marcou, aos
64 minutos, o tal lindo golo:
todo no ar, em pontapé de
moínho, colocou os leões
em vantagem, mas o Sport-
R ing mudou de atitude, de-
E ixou de procurar a baliza e
acabou penalizado.
S Os leões estiveram perto
U de alcançar a vitória, mas
L acabaram traídos por um
T erro defensivo: no único re-
A mate do Nacional à baliza
de Rui Patrício, os madei-
D renses empataram, graças a
O pontapé oportuno do defesa
S Danielson, à meia volta.
 14 . Desporto 27 de Setembro 2010
Académica, 3-V. Guimarães, 1 Sp. Braga, 3-Naval, 1

“Estudantes” Mossoró abre caminho

Fazem o seu melhor O Sp. Braga regressou, na que não segura uma bola
sexta-feira, às vitórias (3-0) vinda do ar, em balão, após
depois das derrotas frente corte do companheiro.
ao FC Porto e Arsenal e do Aos 80 minutos Paulo César
empate (2-2) em Paços de aproveitou o espaço dado
Ferreira. A vítima foi a Na- pela defesa navalista e fez o
val que saiu derrotada do 3-0, que só não foi o resul-
Minho, por 3-1. tado final porque em cima da
O Sp. Braga entrou intran- hora o recém-entrado Fábio
quilo na partida, a falhar Júnior reduziu para 3-1.
muitos passes e com grande
dificuldade para passar a
bem condensada e compacta
linha de meio-campo da Na-
Pastelaria DOCE MINHO Padaria
val. Tony
Quando Mossoró, aos 28 Pão quente
minutos, e após dois remates de hora a hora & Dina Araujo
defendidos por Salin, fez o
1-0, ainda os bracarenses
A Académica venceu o V. Guimarães (3-1) e juntou-se, ao
grupo dos segundos classificados na Liga. não tinham tido oportuni- Uma casa
Numa partida disputada em bom ritmo, a segunda parte aca- dades claras de golo. A ver- com a tradicao
bou por ser o período mais emotivo. Aos 53 minutos Diego
Melo abriu a contagem para a Académica, beneficiando de
dade é que logo a seguir, a
equipa da casa acordou e an-
Salão de chá de bem servir
um desvio ao forte remate que fez de fora da área. dou muito perto de aumentar Ambiente porque sabe
O V. Guimarães reagiu de imediato e no minuto seguinte Ed-
gar Silva empatou, com uma cabeçada bem colocada.
a vantagem.
O 2-0, no entanto, acabaria
Broa de milho Acolhedor produzir melhor!
como se faz na terra
A 10 minutos do fim, um pontapé forte de Sougou, a mais
de 25 metros da baliza, parou apenas no fundo da baliza de
por surgir apenas na segun-
da-parte, num lance em que
Para encomendas
Nilson.
Laionel, com um bom trabalho dentro da área aos 90 minu-
o golo acaba por ser atribuí- Pastelaria fina ligue:
tos, rematou colocado fora do alcance de Nilson, estabel- do a Orestes, defesa-central
da Naval, mas em que a cul-
Agora também em Bradford ! (416) 652-8666
ecendo o resultado final e garantindo a segunda posição à
Académica a par de Sp. Braga e V. Guimarães. pa é de Salin, guarda-redes 2189 Dufferin St. Toronto ( Entre a Rogers e Eglinton)
 27 de Setembro 2010 Ainda a tempo . 15

De London Tony Letra

Festa em honra de Santa Cecília no “bom caminho”
Nos passados dias 25 e 26, o Executivo da Banda Filarmónica Lira
do Divino Espírito Santo de London levou a efeito, uma vez mais,
a Festa anual em honra da Padroeira dos Músicos, Santa Cecília.
Com um calendário bem delineado e preenchido, este evento teve
início no Sábado (25) com jantar para convidados de organiza-
ções locais e vizinhas. A apresentação em palco esteve a cargo da
simpática e popular presença de uma figura que para além do seu
elevado sentido de humor, provocou uma atmosfera de boa dis-
posição e de certa forma já conquistou admiradores em London.
Estamos a falar de JOSÉ LIMA (Carteiro).
A parte musical esteve a cargo do Grupo musical da cidade “UNIT-
ED”. De salientar a presença de alguns candidatos às próximas
Eleições Autárquicas, LOREN DEMELO, que concorre para “City
Councillor, Ward 11”, e ainda SANDRA CRUZ, que concorre para
mais um termo para “Trustee” do “Catholic School Board-Ward
2, 3 e 4”.
No Domingo (26), o dia iniciou com a celebração da Missa Solene
na Igreja de Santa Cruz, seguida de Procissão que contou a pre- Finalizada esta cerimónia religiosa, todos os caminhos foram dar
sença da Banda do Senhor Santo Cristo de Toronto, Banda Lira de ao Clube Português onde foi servido almoço aos presentes. Pela
London e ainda o Rancho Folclórico do Clube Português de Lon- tarde, houve arraial musical pela Banda Junior da Lira e pela Banda Tony Letra parece, de facto, estar no bom caminho. No
don. convidada de Toronto. sábado, ofereceu um Churrasco ao ar livre, ali mesmo
Motivos de atracção e entertenimento não faltaram, como artigos ao lado do seu escritório de campanha, no 1647 da Saint
leiloados, petiscos, humor e música pelo conjunto “UNITED”.
Como surpresa da tarde, foi a simpática presença de JOE FON- Clair West.
TANA, uma figura da cena política que dispensa apresentações e E a verdade é que compareceu muita gente. Joe Volpe,
elogios, pois a sua popularidade entre a comunidade lusocanadiana antigo ministro e deputado liberal, foi dos primeiros a le-
é por demais evidente, mas este aparece na qualidade de amigo e var o seu abraço ao candidato a vereador pelo Bairro 17.
candidato eleitoral para PRESIDENTE DA CÂMARA DE LON- Muitas outras figuras das comunidades, como foi o caso
DON. de Richard Boraks, também por lá estiveram.
Sobre estas três figuras da cena política que primaram pela pre-
sença neste evento, apenas um desejo de boa sorte e um bem hajam
pelo facto de terem tido a coragem de comparecer num acontec-
imento que concerteza irá ser benéfico nos seus projectos.
Por seu turno, o presidente da Banda Lira de London, CARLOS
BARBOSA, este mostrou-se ciente de dever cumprido, apelando à
comunidade na continuidade participativa nos eventos sociais leva-
dos a cabo por organizações portuguesas. Por último agradeceu a
presença do público, e ainda para todos quanto, de uma forma ou
outra, contribuíram para que este acontecimento do calendário so-
cial, religioso e recreativo da comunidade fosse mais uma página
virada mas em grande.

No Arsenal do Minho
Kizomba “á maneira...”
Foi há 4 anos que tudo parou
para as festas dos amigos de
Angola entre nós. Faleceu
Paiva de Carvalho, um dos que
mais puxava por tudo isto. O
pintor bem conhecido entre nós
deixou para trás muita saudade.
E sem querer... também deixou
de haver kizomba. No Sábado
passado, o Arsenal do Minho
na Dundas St em Toronto foi o
palco escolhido para o regresso
a kizomba e as festas dos ami-
gos de Angola. Ana Paiva de
Carvalho, Leta Vieira e Eduar-
do deitaram novamente as mãos
à obra e fizeram renascer as
velhas festas de convívio entre
amigos Angolanos.
Na ementa não faltou nada.
Muamba de Galinha servido
com funge de bombom, Feijão
com óleo de palma servido com
farinha de pau e banana... tudo
que se podia esperar estava la.
Muita musica Africana sempre
a bater, os sorrisos a crescer ao
ritmo da musica e os olhares de
novos amigos de Angola que
A uma pergunta do repórter, Tony Letra disse-se confiante
na vitória, até por entender que “os votantes do bairro 17
querem mesmo mudança” e “estão cansados de pagarem
mais dinheiro por serviços decadentes”.
E a verdade é que Tony Letra tem experiência até em
negociar com temas difíceis, a avaliar pelo que nos dis-
seram, quando lá estivemos no sábado. – FCG
agora ficaram, mais ricos.
Para o ano, há mais, diz-nos
Ana Carvalho. E nós, se DEUS
quiser, lá vamos estar. Para
terminar em honra do renasci-
mento da kizomba um poema
de Neves e Sousa. Um abraço
a todos.
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 27 de Setembro 2010 QUEM É QUEM . 17

Um “guerreiro” lutador e persistente

que tem um coração grande
*Conhecem “Os Vadios”? Manuel é um deles...
NOME: Manuel Da Ponte
NATURAL DE: Furnas, São Miguel, Açores
Portugal
COR PREFERIDA: Azul
MELHOR SENTIMENTO: Perdão
PIOR SENTIMENTO: Inveja
PAIS DE SONHO: Canadá
SIGNO: Peixes
Manuel Da Ponte é um guerreiro, lutador e persistente. Veio
para o Canada em 1963 com uma carta de chamada feito
pelo irmão. Tinha 17 anos e veio atrás do sonho de ter uma
vida melhor. Fazer uma vida melhor e aprender tudo o que
podia aprender. No princípio contou-nos que foi um pouco
difícil. Não gostou muito dos dois primeiros anos. Não gos-
tou, pronto.
Foi trabalhar para uma quinta a apanhar tabaco. Logo ao
chegar, só teve hipótese de descansar um pouco e passando
umas horas foi logo trabalhar.
Fez vários trabalhos, incluindo numa fábrica de candeeiros
e, claro, trabalhando no Ontario Place, onde actualmente tra-
balha.
Manuel Da Ponte é uma pessoa culta. Confessa que ainda
está a aprender mais, mas o pouco que sabe foi aprendido
à sua custa. Com a sua curiosidade, a vida ensinou-lhe bas-
tante.
Veio para cá atrás dum sonho, e, ao mesmo tempo, para aju-
dar os seus pais, mandando-lhes dinheiro.
Por: Lara Ingrid/Sérgio Alexandre
Acredita nos laços de família
Ele é um homem familiar... e acredita no laços que a familia
transmite. Tem um filho, Benjamin. E os netos são o que
mais adora. A cada segundo mostra-se um avô orgulhoso. É
viúvo e perdeu a esposa há dois anos. Conheceu-a no Alex-
ander Muir Park e foi um contacto imediato. Acompanhou-a
a casa. Gostou dela logo. Ao conversar, viram que tinha mui-
to em comum. Convidou-o para ver um filme e, mais tarde,
começaram a namorar. Foi difícil no início, porque o sogro
não aceitou de imediato. Talvez preferisse que a filha tivesse
casado com um homem de origem alemã, já que a familia
era alemã.
Mas eles nao desistiram e, aos poucos, Manuel Da Ponte
conquistou a familia com a sua simpatia, bondade e fron-
talidade. Sempre foi uma pessoa a jeito de “amigo do seu Manuel Da Ponte já fez parte da várias bandas. E já deu de si
amigo”, e quando tem alguma coisa a dizer, não o esconde. muito à nossa comunidade. Desde cedinho teve uma paixão
Diz o que o coração sente, mesmo quando nem todos conseg- pela música. É guitarrista e, na sua Banda actual, “Os Va-
uem aceitar a verdade. dios”, também canta.
Manuel da Ponte admira pessoas honestas e gosta de ajudar Gosta muito daquilo que faz. E sabe que quem corre por
quem necessitar. Ele sabe que na vida nunca vale passar por gosto... não cansa.
cima de alguém, pois mais tarde a justiça será feita. Sabe E se estivesse numa ilha deserta?
perdoar e admite que o perdão é uma coisa linda de se ter. Se pudesse estar numa ilha deserta e levar apenas três coisas
Não gosta de pessoas mentirosas, e quem lhe mente uma vez, levaria, sal, cebolas e uma faca. Porque assim podia sempre
jamais tera oportunidade de mentir novamente. fazer um guisado de qualquer coisa que encontrasse na ilha.
A esposa já lá vai... mas está sempre O sentido de humor do Manuel é muito alto e gosta imenso
de animar todos os que precisam.
a seu lado É communicador e conta-nos que os melhores momentos da
Ele é uma pessoa bem disposta...e apesar de sentir muito a sua vida foi ter casado e o nascimento do seu filho. E, como
falta da sua esposa, contou-nos que ela está sempre ao seu com um positivo, também temos que ter um negativo, o pior
lado, e que para ele encontrar outra pessoa simples, amiga, foi quando chegou a casa e encontrou a sua esposa morta.
inteligente e calma como ela... diz-nos não ver nenhuma pos- Porém, como foi dito anteriormente, Manuel Da Ponte já
sibilidade de ter a mesma sorte bater-lhe à porta. Há alturas passou por muito e em cada coisa que passou aprendeu sem-
que, ao olhar para fora da janela e ao ver uma autocarro cuja pre algo, e agora, ele faz o maximo para viver a vida e apre-
paragem fica mesmo defronte da porta... ainda imagina ela ciar o belo que existe. Pois sabe que ela é demasiado curta.
entrar pela porta dentro. Dá tudo dele em tudo que faz. Sem falar de pôr o seu coração
Quando falamos da vida e das lições, ele diz-nos para em tudo...
aproveitar sempre as pessoas até ao maximo, dar de tudo de
nós a todos que se cruzam no nosso caminho, porque infeliz-
mente nós nunca sabemos o tempo que temos juntos.
Alem de ter a companhia do filho e da nora e netinhos, Man-
uel Da Ponte passa o seu tempo com os seus gatitos, Fifi e
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Casper. Para ele, eles são mais que familia e sabem estar em
casa fieis à espera que ele chegue do trabalho.
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 18 . Coisas e loisas 27 de Setembro 2010

Canal revela Alexandra Combate à pobreza em Angola

a falar de violência
Alexandra
a menina russa
A menina russa continua a dar que falar: depois de ter apa-
recido há uma semana no canal ORT, da rede pública da
Rússia, como feliz no regresso às aulas, agora Alexandra
(Sandra) foi vista numa reportagem em que reporta violên-
cia doméstica. A nota é dada, designadamente, no Correio da
Manhã, de Lisboa.
Segundo as imagens do canal privado, que estão a ser exi-
bidas pela SIC, Alexandra refere que assiste diariamente
a cenários de discussão em casa e que chega a assistir a
“puxões de cabelos”.
Além disso, a mesma reportagem alude aos problemas de
alcoolismo da mãe, Natália Zarubina, que entregou a menina
a uma família portuguesa e depois a recuperou, levando-a de
volta à Rússia.
Alexandra, hoje, já fala em russo fluentemente.
continua por fazer...
*Nações Unidas divulgam dados do país sobre
metas propostas nos “Objectivos do Milénio”
Angola terá dificuldade em atingir alguns dos oito Objetivos
de Desenvolvimento do Milénio (ODM), incluindo o pri-
meiro, de combate à pobreza extrema, considera a ONU, que
verificou progressos sobretudo nas metas para a educação e
acesso a água potável.
Em 2000, a proporção da população angolana a viver abaixo
do nível de pobreza em Angola era de 68%, sendo que 26%
vivia em pobreza extrema, ou seja com menos de um dólar
por dia, e não existem dados actuais sobre esta situação.
O Governo de Angola reiterou, contudo, recentemente, no
Plano de Desenvolvimento traçado para 2009-2013 o objec-
tivo de reduzir para metade a proporção da população que
vive nessa situação e também a fome.
As Nações Unidas acreditam que o plano possa ter alguma
eficácia, mas insistem que “só com reformas profundas” An-
gola conseguirá atingir alguns dos ODM, incluindo o da luta
contra a pobreza e os relacionados com o acesso a serviços
de saúde materna e infantil. ro de crianças que concluem o primeiro ciclo de ensino, se-
Na redução da mortalidade associada ao parto, o Programa gundo os indicadores de que dispõem os técnicos das Nações
da ONU para o Desenvolvimento considera que pratica- Unidas.
mente “não há melhoria nenhuma”, já que o ratio, em 2007,
era de 1.700 por cada cem mil partos, contra 1.800 no ano Na luta contra a malária, Angola está a evoluir favoravel-
2000. mente quanto à meta da redução de mortes provocadas pela
doença - de 13 mil em 2005 para 11 mil em 2007 - e pessoas
Há evolução em alguns aspectos em estado de morbidade associada à doença.
A evolução foi um pouco melhor na redução da mortalidade Outro objectivo em que regista um bom desempenho é o de
infantil, com o rácio de mortalidade de crianças com menos reduzir para metade a proporção de pessoas sem acesso a
de cinco anos a baixar dos 260 por cada mil, em 2003, para água potável e condições sanitárias.
154 por cada mil, em 2007.
Um dos objectivos em que houve progressos visíveis foi o da A escassez de dados estatísticos recentes relativos a Angola,
educação, com 5,8 milhões de crianças com acesso ao ensino e consequentemente a dificuldade em conseguir perceber e
primário em 2007 (mais 75% do que em 2003) e 29 mil no- medir com exactidão o progresso para atingir os objectivos
vos professores recrutados entre 2003 e 2005. do milénio, são referidos em vários documentos do Pro-
Ainda assim, está muito abaixo do objectivo fixado o núme- grama das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

UM ROMANCE QUE O NÃO É
Qualquer semelhança com
casos ou factos da vida real
pode não ser pura coincidência
Livro a editar ainda este ano e que vamos apresentar
aos leitores de ABC como extractos em fascículos
(continuação)
A pouco e pouco, a censura começava a endurecer a posição. Artigo escrito pelo Maiato
acerca da situação, desde que não pautado pelos ditames do Governo, era cortado. E mesmo
quando o jornalista, para ver até onde ia a “coragem” do censor, dava uma de “brando” com
um ou outro elogio à mistura... o lápis vermelho actuava. Teve que mudar de sistema e come-
çou a falar em assuntos de carácter socio-económico. No pequeno mas aguerrido Jornal onde
trabalhava, começavam a surgir palavras como “tubarangs” e quejandas para o início de uma
luta contra determinados “tubarões” que sugavam, efectivamente, a economia de Angola. E
esses artigos eram, para espanto do Maiato, aceites pela censura.
Haveria de saber, mais tarde, em conversa com um alto dirigente da governação, que ao
Fagundes deixavam passar artigos de índole política e mesmo militar... porque ele fazia
exactamente o jogo governamental, havendo até quem afirmasse que ele seria, até, informa-
dor da polícia política. Ao Maiato cortavam tudo o que escrevesse, porque ele não alinhava
pelo diapasão do Governo. No que tocava aos artigos e notas de índole socio-económica...
não havia problemas. Pelo contrário, acabariam por desviar a atenção do povo para a guerra
que então grassava por toda a parte e para a nula acção que, nos primeiros tempos, o governo
dava ao assunto.
A “nova” técnica do Maiato seria, assim, até, de apoio ao Governo. Percebia-se a intenção.
Mesmo não se comungando dos mesmos ideais, sabia-se para onde é que o Governo queria
ir.
De qualquer modo, Maiato estava já, e desde o princípio, a ensaiar uma forma de voltar a
Luanda, cidade onde havia melhor e maior mercado de trabalho. E se não ia, de pronto, era
exactamente porque os fazendeiros - incluindo o Tomás, de novo a dialogar muito com o
Maiato - lhe pediam para não ir.
No Uige, sucediam-se as cenas mais ou menos caricatas de um extravasar de ódios
que vinham ao de cima, de um lado e do outro. Da parte dos negros, a matança indiscrima-
da, quando era possível, sem cuidar de saber a tendência de uns e dos outros. Dos brancos,
era como que um responder à guerrilha com a própria guerrilha. Aqui e além, aparecia uma
menina branca esventrada, aberta desde os pontos mais recônditos até ao pescoço? Brancos
faziam logo a seguir o mesmo a uma menina negra.
Ao Grande Hotel, onde o jornalista estava agora hospedado, já que sòzinho na cidade, che-
gavam todos os dias as notícias dos massacres. Havia indicações horripilantes, que eram,
naturalmente, exploradas para exacerbar ainda mais os espíritos.
Um dia, frente a uma mesa de esplanada do hotel, um administrador de uma fazenda de café,
para mais de origem holandesa, mas que vivia no Norte de Angola, há muitos anos, sentou-se
com o Maiato a beberricar uma cerveja. Entre os joelhos, como que a apoiar-se nela, tinha
uma arma. O jornalista tinha consigo um pequeno revólver que o haveria de acompanhar
sempre nas ocasiões mais esquisitas que vivia. O fazendeiro, ao ver que o revólver se encon-
trava com o pequeno cano virado para ele, berrou como que ensandecido:
- Vire para lá essa coisa... você não vê que pode disparar?!
Maiato, irritado com o que começava a ser uma paranóia, foi dizendo:
- Ó homem... então não vê que a arma está aberta...?
- Está aberta... está aberta... todos dizem o mesmo mas quando as coisas acontecem... todos
se queixam...
Acto contínuo... ouviu-se um tiro, que acabaria por se alojar no toldo de cobertura da espla-
nada.
- Eu não lhe dizia...? Eu não lhe dizia?! Era o fazendeiro a gritar.
Passara-se apenas um facto. Por artes que os fabricantes são capazes de explicar, a espingar-
da do fazendeiro disparara, quando este, para dar mais ênfase às palavras que proferia para o
Maiato, ia batendo com ela no chão, como se de uma bengala se tratasse.
Cenas destas repetiam-se aos montes. Destas e doutras... já que ninguém parecia preparado
para a guerra que, entretanto, começava a alastrar, sobretudo lá para os Dembos, onde um
grupo aguerrido e menos mal armado começava a atacar as colunas militares que, entretanto,
adregavam de ser mandados desde Lisboa.
Com a desorganização que reinava nos arraiais da defesa do Uige, era natural o rol de proble-
mas que se iam avolumando e muita gente se interroga ainda hoje sobre o que se teria pas-
 27 de Setembro 2010
Fátima Roque em “foto de corpo inteiro…”
* Transformar “diamantes de sangue”
em “diamantes de vida...”
Fátima Roque foi, durante muito tempo, figura incontornável em
certos meandros do empresariado de Angola. Por ela passavam,
também, alguns dos aspectos fundamentais da Oposição, já que era
pessoa muito ligada a Jonas Savimbi, então líder da UNITA.
Por outro lado, casada com Horácio Roque – de que se divorciou
há uns anos atrás – era figura que conhecia o ambiente geral da
Economia e da Banca em Portugal.
Ana Sofia Fonseca colocou-lhe, agora, algumas perguntas, perti-
nentes para nos apercebermos do seu percurso futuro. Sobretudo
em termos de Angola. Para a economista Fátima Roque, os em-
presários portugueses devem ter cuidado em Angola. Para ela, “é
preciso fazer o trabalho de casa”. Entende que “Angola é um país
que vive em paz e oferece boas condições de investimento a quem
souber fazer o trabalho de casa”. Mas os empresários portugueses
têm de ter cuidado, porque Angola “não é um destino fácil”, como
observa, acentuando que é necessário fazer estudos de mercado e
escolher um parceiro adequado ao investimento.
Uma potência regional... que pode ir longe
A uma pergunta sobre que contas faz da Angola de hoje, Fátima
Roque acentua: “Já é uma potencia regional e poderá ser uma
potência continental. O crescimento económico é excepcional, no
período pré-crise global foi o segundo maior do mundo. Este ano,
estima-se que cresça entre 7 e 9%”.
Mesmo assim, o País não tem sido imune à crise. É que, especial-
mente em 2008, teve algumas dificuldades. “Não há dúvidas que
nós angolanos temos de correr para recuperar o tempo perdido e
transformar este tremendo crescimento económico em desenvolvi-
mento”.
E mesmo quando fala em democracia, tem um conceito muito seu:
“Se definir democracia como o acto livre de votar, a existência de
vários partidos, de uma comunicação social relativamente livre,
então Angola é uma democracia. Se definir democracia na esteira de
Montesquieu ou Toqueville, Angola ainda não é uma democracia.
Para sermos uma verdadeira democracia, precisamos de diminuir
as assimetrias sociais. Vivendo em paz, num clima de reconciliação
nacional e pós-eleitoral, esperar-se-ia mais dos governantes. Estou
convencida que teria sido feito, se não fosse a crise”.
Os netos e a vida... quase privada
A jornalista Ana Sofia Fonseca puxou a entrevista para a vida fa-
miliar. Falou-lhe nos netos. Uma menina com quatro anos e um
menino com seis. “Normal-
mente – diz Fátima - vou a casa
deles ao final da tarde, à hora
do banho. Chego e encontro-os
na banheira, com aqueles olhos
enormes à espera que lhes conte
a história da Mariana. Todos os
dias invento um capítulo novo.
Também foi assim que eduquei
as minhas filhas”.
Fátima Roque tem agora 59
anos. Há quem lhe pergunte o que vai fazer da sua vida.
“Adoraria regressar a casa e trabalhar nos países da África Austral.
Usar uma percentagem mínima dos diamantes, essa riqueza que a
natureza lhes deu, para criar uma estratégia de erradicação da po-
breza. Seria uma organização supra-nacional, com uma espécie de
conselho de sábios, figuras notáveis e ex-presidentes que tenham
sido defensores da democracia e dos direitos humanos”.
- Quer transformar diamantes de sangue em diamantes de vida?
- Precisamente, transformar diamantes de sangue em diamantes de
vida.
- Isso não é uma utopia?
- Não, a estratégia está escrita. Se nos próximos dois anos não a
tiver posto em pé, vou publicá-la em livro. Começaria a implantar
na África Austral, mas há países noutras zonas de África que tam-
bém são produtores e que tanto têm sido ligados aos diamantes de
sangue.
Paixão e alegria
Um tema de conversa interessante. Fátima Roque diz já ter falado
com várias pessoas ao mais alto nível. “O que se pretendia conse-
guir – diz - era dar ao povo africano o que África lhes dá e que
até agora tem sido usufruído apenas por uma elite. Falei nesta es-
tratégia ao actual Presidente da África do Sul (Jacob Zuma) e ele
a determinada altura disse-me: ‘Tu falas como uma criança, com
paixão, com alegria!’.
E vai avisando: “Eu visto as minhas calças de ganga, ponho os
ténis, o meu chapéu e aí vai a Fátima Roque novamente conhecer
África com os seus pés. Não tenho ambição de tomar conta do
grupo do meu ex-marido - não é por falta de competência, é porque
não quero. Nem tenho ambição de fazer parte do governo de An-
gola. Esta é a minha causa. Não tenho outra ambição”.
Coisas e loisas . 19
Júpiter anda por aí
Olhe para o céu
e verá as “novidades”
A notícia vem-nos de Júpiter. Ou melhor, vem-nos de Cabo Ca-
naveral, onde se estudam todas estas coisas relacionadas com os
planetas que o nosso sistema solar tem. E com os outros, também.
De Júpiter – outra vez a enganar-nos… - dizem-nos que esta se-
mana vai ser a semana em que Júpiter se vai apresentar brilhante,
muito brilhante. De tal forma que cena igual… só em 2022. Se ai-
nda cá estiver... pode então ver. Júpiter vai passar a 592 milhões de
quilómetros da Terra, na segunda-feira, lá para o fim da tarde. Tão
próximo... já esteve en 1963. E aí há muita gente que ainda se lem-
bra... E a verdade é que o maior planeta do nosso sistema solar vai
aparecer em aspecto brilhante, incrivelmente brilhante – três vezes
mais brilkhante do que a Sírius, que é o mais brilhante. A única
coisa mais brilhante que Júpiter, por essa altura, sera a Lua, a nossa
Lua. Com um ou outro binóculo, com uns telescópios, mesmo não
muito fortes, conseguiremos ver o tal Júpiter, com algumas das suas
muitas luas a riscar os céus, sobretudo de leste (não nos perguntem
porquê...) “Jupiter está tão brilhante agora, que ninguém precisa
de um mapa do céu para o encontrar”. As palavras são de Tony
Phillips, um astrónomo da Califórnia, que está a trabalhar com a
NASA. “Apenas precisa de sair de casa e olhar. É extremamente
fácil apanhá-lo num ângulo de visão natural”, acrescenta o senhor,
que disse na semana passada nunca ter visto Júpiter tão brilhante
como agora. Por coincidência – assim o pensamos – Urano fará
uma mais próxima aparição na mesma noite. Vai aparecer muito
próximo de Júpiter… mas difícil de ver à vista desarmada. Com a
ajuda de um telescópio, Urano aparece como um disco Esmeralda,
a menosw de um grau de Júpiter. Jupiter chega relativamente próx-
imo da Terra em cada doze anos. Em 1999, passou bastante mais
longe. O que é raro desta vez é a aproximação quase ao mesmo
tempo do tal Urano. Este, actualmente, anda para aí a 2,7 biliões de
quilómetros da Terra, hoje segunda-feira à noite.
Isto tudo foi na segunda-feira à noite. Se não viu… não se preo-
cupe. Porque, de facto, Júpiter ficará por cá, bem próximo, durante
várias semanas, providenciando boas oportunidades de visões du-
rante algum tempo...

sado se os rebeldes, em vez de atacarem apenas
as pequenas vilas e povoações, na madrugada de
14 para 15 de Março de 1961, tivessem atacado,
também, as cidades como o Uige e o Negage,
nesta última existindo já um pequeno aeródro-
mo base com a incipiente aviação já ali postada.
Seria ali, entretanto, que já em finais de Março
de 1961 aterrara um avião “Nordatlas” - que mi-
litares e civis daquela altura chamavam “barriga
de giguba” - proveniente de França. Carregado
de armas e munições para o Exército Português,
era o primeiro abastecimento de armas que che-
gava. Segundo se foi apurando, vinha directa-
mente de França - ou pelo menos com ordens de
França - que, depois, na ONU, haveria de votar
a condenar todos os que forneciam armas ao
Portugal colonialista...
De resto, o Uige foi reagindo como foi possí-
vel. Não eram apenas os brancos a estarem do
lado dos defensores. Bem ao contrário, muitos
negros se integravam, também, nessa mesma
“Unimog”. Era como que um troféu de caça...
- Ai ué... papa... Teta! As velhas mulheres das aldeias e da própria cidade do Uige nem que-
riam acreditar no que viam. A cabeça a servir de troféu!
Maiato Antunes via tudo isso e cada vez mais se interrogava sobre até onde todo aquele ódio
poderia levar. Alinhava meia dúzia de escritos em gaveta fechada... para serem publicados
mais tarde... sempre mais tarde... para não influenciar os ânimos de um lado e do outro. Até
porque a censura da altura nunca deixaria publicar metade dessas notas, a não ser com frases
rebuscadas a entrarem no reino do faz de conta, onde todos pareciam viver.
Um dia, era um boçal feito “defesa civil” a convidar o Maiato para o ir ajudar a fazer uma
obra de caridade...
Interrogado, o homem foi-lhe dizendo que era ir à vala comum ajudar a morrer (?) alguns
terroristas... Que não ia, disse.lhe o jornalista. O outro, pensando que o influenciava, rapa de
um monte de fotos com os horrores do início da luta, logo a seguir ao 15 de Março... Mu-
lheres e crianças mutiladas... homens de cabeça cortada... cenas quase indescritíveis para
espíritos mais sensíveis...
- Ah você não quer ir?! Veja isto, então...
Maiato olhou e verificou logo do que se tratava.

defesa. De resto, os soldados do Batalhão de Caçadores eram, numa proporção de 40%, de
cor negra.
Nas esferas da rectaguarda - aquelas que eram, designadamente, manejadas pela polícia po-
lítica - havia muita gente negra interessada em ajudar a resolver o problema. Um agricultor
negro, nos arredores do Uige, é disso exemplo. Como será exemplo da forma como às vezes
se pagavam favores. Muitas e muitas vezes, as forças chamadas de defesa iam à sua pequena
fazenda para saber pormenores dos movimentos dos guerrilheiros - então eufemìsticamente,
ou quase, chamados de terroristas. Sempre o velho senhor dava as informações. Um dia,
ninguém consegue perceber porquê - talvez pela força da consciência nacionalista a nascer
- o velho agricultor, que tinha para mais dois filhos nas fileiras de um dos movimentos em
armas, achou que não deveria abrir a porta aos militares que por ali passavam. Bem ao con-
trário, começou a despejar tiros sobre tiros sobre os militares.
A tropa ripostou ao fogo. E sempre que se aproximava, mais tiros saiam lá de dentro. Com
“bazookas” e granadas, a casa de adobe do velho agricultor quase ficou desfeita. Quando os
militares lá entraram... encontraram-no morto, quase encoberto pela caliça que se espapaça-
va pela força e impacto das ogivas dos morteiros. Tinha apenas uma pequena caçadeira... e
tinham-se gasto milhares de balas, dezenas de ogivas de “bazooka”, etc., para o matar.
Como gesto gratuito - que só exacerba os ânimos e faz extremar ainda mais os ódios - acha-
ram que valia a pena passear a cabeça do velho fazendeiro, espetada num pau, frente a um
- Ouça meu amigo. A maior parte dessas fotografias fui eu que as tirei... quando nem sequer
ainda sabia grandemente tirar fotografias. Mas daí até servir de matador oficial... vai uma
distância enorme!
Sucediam-se, assim, as cenas que só não eram apenas caricatas, porque, de facto, entravam
mais no escalão das tragédias. Por toda a parte - mas de parte a parte - havia quem tinha algo
a contar.
O jornalista lembrava-se cada vez mais dos seus. E das conversas do Domingos que queria
fazer nascer um homem novo. Não no conceito que “Che” dava ao termo. Não na sequência
que ele queria imprimir à revolução global. Até porque, se ele o tivesse conseguido, ele pró-
prio, inteligente e instruido como era, entenderia que não valeria a pena... O homem novo, no
melhor sentido do termo. A entender as razões - se é que a guerra alguma vez teve razão - de
parte a parte. A considerar criminosos os que fizeram os horrores, quer eles fossem negros
ou brancos. Um homem novo, afinal.
- Ai Domingos... Domingos... onde estás? Que vai ser de ti?!
Era só um pensamento, porque Maiato sabia bem que Domingos tinha sido construido para
entender a luta pela luta... mas, também, a razão pela razão. De resto, agradava-lhe, sobre-
maneira, a certeza de que o Tozé se entendia, perfeitamente, com o Domingos. Haveriam,
decerto, de se proteger um ao outro! (Continua)
 20 . Automobilismo
Mark Webber
ilibado,
Lewis Hamilton
...zangado
Os Comissários Desportivos decidiram não atribuir qualquer penal-
ização a Mark Webber na sequência do toque em Lewis Hamilton,
que colocou o vice-líder do Mundial de Fórmula 1 de fora do GP
de Singapura, pois consideraram que foi um simples incidente de
corrida.
Quem não ficou nada contente foi Lewis Hamilton, pelo que se
aguardam as declarações do inglês relativas ao acidente. Tudo se
passou na volta 36 quando Hamilton passou Webber por fora, mas
com a curva seguinte a ser à esquerda, e com Webber por dentro, os
dois monolugares acabaram por colidir, com o monolugar do inglês
a ficar danificado, ficando fora de corrida.
Team Lotus
de regresso
em 2011
A Lotus Racing confirmou que será conhecida como Team
Lotus a partir de 2011, com a formação a chegar a acordo
com o anterior proprietário do nome, David Hunt, irmão
do malogrado piloto James Hunt. A formação será, assim,
sucessora direta da equipa que em 1994 findou a sua partici-
pação na Fórmula 1.
Tony Fernandes e o Tune Group, de Kamarudin Meranun,
adquiriram os direitos sobre a Team Lotus Ventures Ltd.,
companhia que era dirigida por David Hunt desde que a eq-
uipa terminou a sua participação em 1994, dispondo agora
dos direitos sobre a marca da Team Lotus e a sua herança
histórica na F1.
“Kamarudin, Nasa e eu estamos absolutamente maravilha-
dos por completarmos este negócio é difícil expressar o que
significa para nós podermos dizer que somos a Team Lotus,
um dos nomes mais icónicos nos desportos mundiais, mas
temos trabalhado arduamente para tornar este sonho reali-
dade. E hoje passou a ser. O meu obrigado ao David por cui-
dar da marca Team Lotus e manter a sua integridade. Senti-
mos que agora podemos honrar o legado que herdamos. Um
novo sonho começa hoje a Team Lotus está de volta”, afir-
mou Tony Fernandes, proprietário da Lotus Racing e grande
mentor deste regresso do Team Lotus.
Por seu turno, também David Hunt se mostrou bastante sat-
isfeito por este regresso do nome Team Lotus à Fórmula
1: “Estou bastante satisfeito por que este dia chegou final-
mente. Em janeiro de 1995, quando tive a terrível tarefa de
despedir o pessoal do Team Lotus, prometi-lhes, aos adeptos
e à imprensa que, de alguma forma, um dia voltaríamos à F1
da melhor forma. Não fazíamos ideia das enormes dificul-
dades que teríamos de suplantar para fazer esta declaração”,
explicou.
“A custódia da icónica marca e a sua história passa de mim
para as mãos do Tony, Kamarudin e Nasa. Ao deixar esta
responsabilidade, estou confiante de que o estou a fazer
para uma equipa que tem bons recursos financeiros, energia,
visão e empenho a longo termo para dar à Team Lotus a mel-
hor forma de voltar ao topo da grelha”, acrescentou.
27 de Setembro 2010
Ferrari apresenta SA Aperta
Paulo Alves – Carlos Moreira
A Ferrari reservou para o Salão de Paris a apresentação O SA Aperta conta com uma capota de lona desenha-
do SA Aperta, uma variante descapotável do 599 GTB da para ser utilizada unicamente quando as condições
Fiorano, da qual só serão fabricadas 80 unidades (já meteorológicas não forem as mais favoráveis. Para
vendidas). Trata-se de uma versão comemorativa do melhorar a aerodinâmica o pára-brisas é mais baixo, a
80.º aniversário da Pininfarina e que presta homena- altura ao solo do automóvel foi reduzida e o chassis re-
gem a Sergio e a Andrea Pininfarina (a nomenclatura desenhado. O motor que o equipa é um doze cilindros
SA vem das iniciais dos seus nomes). de 670 cv de potência.
Peugeot apresenta roadster eléctrico
O EX1 conta com dois motores eléctricos que, no seu con-
junto, têm 340 cv. A potência é transferida para as quatro
rodas.
De acordo com a marca francesa o roadster já bateu vários
recordes mundiais de aceleração, com Nicolas Vanier, céle-
bre explorador e cineasta francês, ao volante. A saber:
1/8 milha – 8,89 seg. / 50.61 m/h
1/4 milha – 14,40 seg. / 62.4 m/h
500 m – 16,81 seg. / 107 km/h
1/2 milha – 23,85 seg. / 75.46 m/h
A Peugeot revelou um roadster eléctrico chamado EX1, no 1000 m – 28,16 seg. / 127.8 km/h
âmbito das comemorações do seu 200.º aniversário. 1 milha – 41,09 seg. / 87.6 m/h
Alonso vence em Singapura
As luzes artificiais de Cingapura iluminaram e fizeram brilhar o
vermelho da Ferrari. Mais do que nunca na disputa do título mun-
dial, o espanhol Fernando Alonso fez valer sua pole-position e con-
quistou sua quarta vitória na temporada. O alemão Sebastian Vet-
tel bem que tentou, mas acabou completando a prova na segunda
posição, com seu companheiro, Mark Webber, fechando o pódio
em terceiro.
O quarto foi o inglês Jenson Button, da McLaren, seguido pelo
alemão Nico Rosberg, da Mercedes, e o brasileiro Rubens Bar-
richello, que levou a Williams para a sexta posição. O grande de-
staque da prova, cravando quatro ultrapassagens nas voltas finais da
corrida, Robert Kubica foi o sétimo de Renault, com Adrian Sutil,
Nico Hulkenberg e Felipe Massa fechando a zona de pontuação.
Safety-car e acidentes
Na largada, os cinco pilotos da frente que disputam o título deste
ano fizeram uma largada conservadora, sem troca de posições. En-
tre os primeiros, apenas Barrichello fez uma largada ruim, caindo
da sexta para a oitava posição.
Logo no final da primeira volta, já que largava na última posição,
Felipe Massa foi para as boxes para fazer sua paragem. Na segunda
volta, com a suspensão partida, Vitantonio Liuzzi teve que aban-
donar o seu Force India no meio da pista, provocando a entrada
do safety-car. Então, muitos pilotos aproveitaram para fazer sua
paragem, como foi o caso de Webber único entre os líderes a parar.
acabaram tocando. Pior para o inglês da McLaren, que teve que
O australiano voltou na 11ª posição e, aos poucos, foi recuperando, abandonar a prova enquanto Webber continuou na prova.
ultrapassando Timo Glock, Kobayashi, Schumacher até chegar em
Barrichello. Mais atrás, Massa subiu das últimas posições para 15º, No mesmo momento, Schumacher tocava no carro de Nick
ficando preso atrás do grupinho formado por Adrian Sutil e Nico Heidfeld, levando o alemão da Sauber a abandonar a corrida. Após
Hulkenberg. as confusões, quem beneficiou foi o trio Sutil, Hulkenberg e Massa
que, respectivamente, fechavam a zona de pontuação.
Com o passar da corrida, a luta foi ficando mais restrita entre Alon-
so e Vettel, que se afastavam na frente deixando Hamilton e Button Show nas voltas finais
para trás.
Na volta 46, Kubica voltou as boxes para uma nova troca de pneus.
O pit stop dos lideres começou na volta 29, com Hamilton parando Em sexto, a paragem do polonês rendeu mais uma posição para os
primeiro. Na volta seguinte, Alonso e Vettel, que protagonizavam pilotos de trás. Agressivo, partiu para cima dos adversários, gan-
um cenário de disputa pela vitória, entraram juntos no pit, com o hando diversas posições, para cima de Sebastien Buemi, Vitaly
espanhol voltando na frente mantendo a liderança da prova. Petrov, Massa, Hulkenberg e Sutil.
Duas voltas depois, o japonês Kobayashi, que já havia proporcio- Depois de superar Sutil, a diferença para Barrichello era superior a
nado um empurrão em Schumacher, bateu sozinho e acabou pro- 30 segundos restando seis voltas para o final não era mais possível.
vocando a segunda entrada do safety-car. Kubica e Barrichello
aproveitaram para fazer seus pits stops. Assim a corrida seguiu para a bandeirada final, com a segunda
vitória consecutiva de Alonso, mais do que nunca na luta pelo tí-
Na relargada, Webber aparecia em terceiro, mas teve dificuldades tulo. A última volta foi de muita tensão, com Vettel colado ao es-
para superar os retardatários da Vingin, que o separavam dos lí- panhol. Ficou marcada também pelo incêndio que atingiu o carro
deres. Hamilton tentou aproveitar a ganhar a posição, mas os dois de Heikki Kovalainen o próprio piloto apagou as chamas.
 27 de Setembro 2010 Coisas e loisas . 21

O país das sete maravilhas Obra de Amália

ameaçadas
As sete Maravilhas de Portugal estão escolhidas. E a escolha
dos portugueses recaiu em alguns dos locais mais impor-
tantes do ponto de vista dos valores naturais, mas também
mais ameaçados. Caso do Parque Nacional da Peneda-Gerês
(PNPG) – que venceu a categoria Zonas Protegidas –, no
Norte, e da Ria Formosa – na categoria Zonas Marinhas –,
no extremo sul do país. Ambos ostentam o estatuto de pro-
tecção e ambos correm sérios riscos.
O PNPG, o único parque nacional português, o que só por si
atesta o seu valor, acaba de cumprir a sina de todos os anos,
pois ardeu.
A sul, a ria Formosa é também a partir de agora uma das sete
maravilhas naturais de Portugal. Também ela não está imune
aos riscos, desde logo pela pressão turística que a rodeia. E
não só. Ainda ontem foi divulgada a morte de centenas de
patos, contaminados com uma bactéria que se encontra nas
águas da laguna.
reinterpretada
Para além do PNPG e da Ria Formosa, sairam também
vencedores o Portinho da Arrábida (Praias e Falésias), no
Parque Natural da Arrábida; as Grutas de Mira d’Aire (Gru-
tas e Cavernas), no Parque Natural da Serra d’Aire e Can-
deeiros; a Lagoa das Sete Cidades (Zonas Aquáticas Não
Marinhas) e a Paisagem Vulcânica da Ilha do Pico (Grandes
Relevos), no arquipélago dos Açores; e a Floresta Laurissil-
va (Florestas e Matas), na Madeira, também devastada pelas
chamas este Verão.
A declaração teve lugar durante um espectáculo único, trans-
mitido durante cerca de duas horas em directo pela RTP1,
RTP Internacional e RTP África e apresentado por Catarina
Furtado e José Carlos Malato.
A votação, auditada pela PricewaterhouseCoopers, foi real-
izada por internet, por SMS ou por chamada telefónica.
Entre 7 de Março, data em que teve início a votação pública,
e 7 de Setembro foram registados 656.356 votos. - Doze temas fundamentais da discografia de Amália Ro-
Cristina Alves drigues e a sua influência na cultura contemporânea portu-
guesa são o ponto de partida para a exposição “Amália Nos-
sa”, projecto do Museu Colecção Berardo que reúne desde
dia 2 de Setembro, na Igreja da Misericórdia de Silves, tra-
balhos de 12 dos mais representativos artistas plásticos do
nosso país. “Amália Nossa” integra o cartaz de arte contem-
porânea do programa “Allgarve’10” e vai estar patente até
31 de Janeiro de 2011.
Esta exposição mostra parte de uma iniciativa da editora
Tugaland, que reeditou alguma da discografia de Amália –

BANIF cada vez mais perto da diáspora dividida em 12 temáticas alusivas a tópicos referenciais do
reportório da cantora – e de um projecto editorial de Rui Vie-
ira Nery, que recolheu material discográfico de 1945 e 1959
O grupo financeiro da BANIF portuguesa”.
está a “dar cartas” em todo o Explica que os visitantes vi- para criar o catálogo “Amália Nossa”. Com base nos temas
mundo. Isto é, vem até ao co- eram, designadamente, para Paixão, Ciúme, Abandono, Saudade, Sina, Tradição, Palcos,
ração da diáspora portuguesa cumprimentar clientes, avaliar Cordas, Salero, Mundo, Lisboa e Ao Vivo, os artistas João
e vence, naturalmente, as bar- o desempenho do escritório em Pedro Vale, Adriana Molder, João Onofre, Gabriel Abran-
reiras que o mundo da Emig- Toronto “que nestes últimos
tes, Sofia Leitão, Pedro Barateiro, Pedro Gomes, Ana Rito,
ração ainda vai sentindo. In- três anos tem consolidado a sua
teressante é, por exemplo, em posição junto da comunidade” Catarina Saraiva, Rita GT, Bruno Pacheco e Isabel Simões
Toronto, o escritório de rpre- desenvolveram esculturas, fotografias, instalações, pinturas
sentação ir muito para além das Dignitários estiveram já e vídeos que compõem esta mostra.
suas atribuições, informando os em festa de A exposição, de entrada livre, pode ser visitada de segunda a
clientes e não só sobre as even- solidariedade. sexta-feira das 9 às 13 horas e das 14 às 17 horas. -
tuais subtilezas da Lei.
. Cristina Alves
De qualquer modo, vez por out-
ra, é necessário uma deslocação
“in loco”. Ainda agora esti- Sónia Bernardo,
veram aí dois representantes do
grupo financeiro BANIF para
continuarem o envolvimento um nome de confiança
do grupo numa realização anual
iniciada o ano passado e que O custo de Advogado...
visa beneficiar uma organização
de caridade local. É o projecto Deixe isso comigo!
BANIF solidário, que tem es-
tado a estender a sua acção aos
Açores, Madeira e Continente. Escritório416 534-1124
Maximiano Almeida,
Cell 416 659-1445
responsável pela Direcção Co-
mercial da Região Autónoma e-mail :
dos Açores do banco, refere soniabernardo@live.com
que se trata de uma iniciativa
que ajuda aqueles que mais pre- www.homelife.ca
cisam, cumprindo a função so-
cial que o Banco tem e deve ter. Homelife/Cimerman
De resto, para Maximiano de
Almeida, um Banco, para além
Real Estate Ltd., Brokerage
de ganhar dinheiro e de gerir 909 Bloor Street West
dinheiro, tem obrigações soci-
ais que vale a pena ter em conta. Toronto, Ontario M6H 1L2
De passagem por Toronto e
Montreal, Maximiano Almeida
fez-se acompanhar de Eduardo
Ferreira, gerente do Banco na
Ribeira Grande, em visita que
se prende com o funcionamento
do escritório de representação
local, ao mesmo tempo que se
interessavam pela iniciativa
relativa à BANIF solidária.

José Faria, o director dos es-

critórios de representação de
Toronto diz que “é extrema-
mente importante estar cada vez
mais próximo da comunidade
22 . Passatempos 27 de Setembro 2010

Gossip Horóscopo
Carneiro
Skinbook é a nova moda. 21-3 A 20-4
Na saúde poderá ter problemas respiratórios. Em termos
As redes sociais estão cada vez mais na moda e até já existem financeiros esta não é a altura ideal para arriscar em negócios.
para todos os gostos e feitios. Parece que aúltima novidade é uma
espécie de Facebook, mas para os adeptos do nudismo. Touro
Com o enderelo electrónico www.skinbook.ning.com, o Skinbook 21-4 A 20-5
nasceu no Reino Unido através de Karl Maddocks, de 25 anos, A vida profissional está em alta. Mas tenha cuidado pois a sua
adepto desta prática. emoção será a causa de alguns desequilibrios físicos.

Porém, as regras são muito precisas: nada de pornografias nem

comentários obscenos. Para evitar este tipo de situações, os Gémeos
criadores da primeira rede social para nudistas fazem questão de 21-5 A 20-6
se certificar que nenhum dos usuários procura sexo explícito. Para Este é um período em que pode fazer uma pequena
isso, analisam, minuciosamente, todos aqueles que efectuam o extravagância financeira, mas não se exceda.
registo na rede e apenas aceitam dez por cento dos que tentam
fazer parte da mesma.
Caranguejo
21-6 A 20-7
Apesar de andar tenso, desejará presentear os seus familiares
mais queridos. Aproveite para sair com o seu companheiro.

Sudoku Palavras Cruzadas Leão

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 21-7 A 20-8
5 1 9 4 6 Não se precipite nos gastos. A rotina poderá levá-lo a estados de
1 irritação. Procure divertir-se e relaxar mais.
8 5 6 7 2
3 Virgem
21-8 A 20-9
4 Na saúde terá tendência para dores de barriga. Em
5 1 9 compensação, efectuará bons negócios.
5
6 7 3 2 6
Balança
3 6 4 7 21-9 A 20-10
A sua auto-estima anda muito em baixo. Boa altura para gastar
8 no que mais gosta, mas com moderação.
9
9 3 7 2 10 Escorpião
11 21-10 A 20-11
7 4 2 5 8 Cuidado com a linha, faça exercício físico. Os negócios serão
propícios. Tenderá a partilhar ideias com o seu par.
11- Rá; Sinagoga 11- Alfama; Alga Horizontais Verticais
10- Oó; ETAR; 10- Tipóia 1- Batráquio semelhante à rã/A 1- Quem acompanha outro,
mais ocidental das 2 principais obedecendo-lhe/Acanhamento;
Sagitário
9- Ri; Me; Aal 9- Mesma; Caro

estrelas da constel. de Gémeos; 2- Vias ladeadas de casas dentro

8- Seta; Acácia 8- Estar; Sá; Ag

21-11 A 20-12
7- Acura; Os 7- Avoceta
6- Cão; Apa 6- Ísis; Ámen 2- Planta cultivada em Port. q. da povoação/Símb. do samário;
5- Rn; Armim 5- Laranja as folhas são usadas em saladas; 3- Rapaz bonito (gír.)/Tem Beba mais leite e tenha cuidado com aforma como canaliza os
4- Olaias; Asta
3- Pão; Ri; Tê
4- Eu; Ir; Raios
3- Troa; Outro 3- Ressoa/Diferente; aspecto agradável/Desig. de seus rendimentos. Aposte no romantismo e compreensão.
2- Ruas; Sm 2- Alface 4- O ente consciente/Estar tubo dobrado em ângulo recto,
1- Satélite; Lã 1- Sapo; Castor prestes/Traços de luz que para a condução de águas;
VERTICAIS HORIZONTAIS
emanam de um foco luminoso; 4- Árvore ornamental, cultivada Capricórnio
5- Variedade de pereira em Port., conhecida por árvore-
21-12 A 20-1
Palavras Cruzadas
cultivada em Portugal; da-judeia (pl.)/Afasta! (para os
Faça exercício físico. Provável descida do seu poder de compra.
6- Deusa do casamento, irmã e bois jungidos recuarem);
8 6 5 9 2 4 3 1 7
Provável desentendimento com alguém que lhe é muito especial.
esposa de Osíris e mãe de Hórus 5- Símb. do rádon/Tufo de pêlos
1 4 2 5 7 3 9 6 8 (Mitol. egíp.)/Termo hebraico, junto ao casco dos equídeos,
que significa: assim seja; que sobressai pela coloração;
3 7 9 1 8 6 4 5 2
7- Ave palmípede de arribação; 6- Calote (pop.)/Bolo chato e Aquário
5 8 4 7 6 9 2 3 1 8- Seguir uma carreira/Apelido/ circular de farinha de arroz e 21-1 A 20-2
2 1 3 8 4 5 7 9 6 Símbolo da prata (quím.); azeite de coco, usado na Ásia; Evite ambiente poluídos. Pode ter uma nova proposta de
9- As mesmas circunstâncias/ 7- Aperfeiçoa/Artigo definido; trabalho. Dê mais atenção aos seus filhos.
7 9 6 3 1 2 5 8 4 Desejado; 8- Cogumelo comestível/
4 5 1 2 3 8 6 7 9 10- Rede em que índias do Árvores q. podem ser Legumi.;
Bras. transportavam filhos peq.; 9- Sorri/À minha pessoa/Antiga
9 2 7 6 5 1 8 4 3 11- Bairros Judeus/Talófita porcelana do Oriente;
Peixes
microscópica com clorofila, q. 10- Sono dos bebés/Estação de 21-2 A 20-3
Atenção aos gastos excessívos. Pode ter dores no corpo, sem
6 3 8 4 9 7 1 2 5
vive em sítios húmidos; tratamento de águas residuais;
Sudoku
11- Deus do Sol/Templo judai.; motivo aparente. Uma relação desgastada pode acabar.

LEIA E DIVULGUE ABC

 27de Setembro 2010 Classificados . 23
Vamos falar de cansaço BOLSA DE EMPREGOS CIRV
- Ajudante de pasteleiro e - Pessoal com experiência - Pessoa para recebimento e - Condutor de camião bascu-
padeiro. Contactar Silva. em instalação de marmore envio de mercadoria de con- lante, com carta DZ ou AZ,
416-879-8334. e cerâmica. 416-729-1367. strução e atendimento a cli- pessoa com experiência em
António Custódio Barros entes. Enviar resumé. Fax: assentar pedra (interlocking)
- Casais para fazer limpeza. - Pessoa fluente em inglês, 905-270-0256. e um ajudante.
Entrámos num período do ano, após o nosso merecido des- Contactar Mário. para churrascaria em Scar- 416-527-1620.
canso, em que contrariamente ao que seria de esperar, sen- 416-258-4964. borough. Contactar José - Pessoal para companhia de
timos falta de forças, e sempre que falamos com os nossos Lopes. 416-896-0264. cozinhas. Contactar Luis. - Assistente de apoio para
- Carpinteiro com experiên- 416-402-8859. serviços ao domicílio, com
amigos, frequentemente, ouvirmos falar sobre o mesmo cia e conhecimento de lei-
problema: ‘’Estou tão cansado’’, ‘’já me levanto cansado’’, e - Carpinteiro de acabamen- curso PSW (Personal Sup-
tura de planta. Contactar tos. Contactar Joe. 647- - Pessoa para a cozinha de port Worder), com experiên-
tantas outras expressões que repetimos vezes sem conta, até Fernando. 416-832-7092. 296-8934. restaurante/churrascaria em cia e fluente em português
sem disso nos apercebermos. Hamilton. 416-573-1660. e inglês, para trabalhar com
Muitos são os motivos pelos quais sentimos fadiga, pode de- - Pessoa para oficina de pne- - Mecânico com 4 a 5 anos idosos. Enviar resumé via
ver-se a uma situação de excessivo desempenho escolar ou us, com o mínimo 1 ano de de experiência. Contactar - Pessoal para armazém de fax á atenção de Patrícia Go-
profissional, stress, excessivas emoções fortes, desilusões, experiência. Contactar Bruno. 416-636-3738. uvas em Mississauga. 416- mez. Fax: 416-532-6873
morte ou doença de familiares e amigos, depressão, ansie- Jennie de Lima. 569-3428.
dade, insónia, ou outros desequilíbrios emocionais, pode da 647-349-8554.
mesma maneira, ocorrer quando existem alterações próprias
de certas alturas da vida, tal como os períodos de crescimen- Ultimate Fitness
to, mudanças tal como o inicio da puberdade, a adolescência, Training
os períodos menstruais (nas meninas), a gravidez, a meno-
pausa (nas mulheres), a andropausa (nos homens), a velhice
e as doenças crónicas, qualquer que seja a causa.
Alguns tratamentos como os corticoides, certos antibióti-
cos, antidepressivos, a quimioterapia, a radioterapia e certos
tratamentos com antiinflamatórios e medicamentos para os NUTRICIONISTA /
nervos, provocam um acentuado cansaço que pode durar se-
manas, meses e até anos.
PERSONAL TRAINER
As doenças cardiovasculares, podem provocar cansaço, tal DISPONÍVEL
é o caso da insuficiência cardíaca, da doença das coronárias Para treinar pessoas
a qual normalmente provoca a angina de peito e se não for de todas as idades. Todo o
tratada, poderá ocasionar muitas queixas e até a morte ,não
podemos esquecer que pode surgir fadiga como sintoma equipamento incluído.
único no caso da Tensão Alta (Hipertensão) etc. As doenças Vou a sua casa,
endocrinológicas igualmente são motivos de exaustão como escritório ou apartamento.
é o caso da Diabetes Mellitus, dos problemas da tiróide, quer Contacto:
o hipotiroidismo (funcionamento lento), quer o hipertiroid-
ismo (funcionamento rápido de mais), a obesidade etc. As HUGO SILVA,
doenças do Aparelho Urinário, a Insuficiência Renal, são 647-893 4509
muitas vezes causa de cansaço e de anemia. Os distúrbios do
sistema neurológico, como são o caso da Epilepsia (princi-
palmente após as convulsões), da Doença de Alzheimer, da PRECISA-SE
Doença de Parkinson, da doença tromboembólica, da Escle-
rose múltipla, da Esclerose em Placas etc. As doenças do
sistema respiratório tais como a Asma, Bronquite Crónica,
Procura-se
Enfisema pulmonar, Fibrose Pulmonar, as Doenças de causa carpinteiro
alérgica e tantas outras situações, provocam fadiga, levando de acabamentos
muitas vezes a limitações no desempenho de trabalhos. com experiência
Pois... o cansaço também me chegou a mim. Vou parar um
bocado, com a certeza de que, para a semana, vou continuar
e carta
com o tema. Valeu? de condução.
Por favor contacte
647-895-6640
ou 647-895-6456.

Ficha técnica Precisa-se senhora

Propriedade: portuguesa
ABC Portuguese Canadian Newspaper Ltd responsável e flexível
para tomar conta
Director: de senhora idosa
Fernando Cruz Gomes fazendo-lhe companhia.
Conselho Empresarial: Fernando Cruz Gomes, Por favor contacte
Presidente; Paulo Fernando, Vice-Presidente; Aurora
Carlo Miguel, Tesoureiro; e Lara Ingrid, Secretária. (416)894-2610.
Redacção:Fernando Cruz Gomes, Lara Ingrid,
Carlo Miguel, Fernando Jorge, Sérgio Alexandre, PROFESSORA
Sónia Catarina,Guida Micael, Cristina Alves PARA PORTUGUÊS
(Lisboa), John Paz (Bradford),
Humberto Costa (Luanda)
Anos 5, 6, 7,8
Raul Quinquino (Hamilton) Contactar Dália ou
Secretária de Redacção: Lara Ingrid Carlos
Chefe Gráfico: Sérgio Alexandre 416 828 7054
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 Espiritualidade
Abnegar de si próprio para servir a Deus
Padre Edvando Marcos
Aprendi muitas lições com
minha avózinha, uma delas foi
aos meus oito anos de idade.
Vou contar-lhes a história.
Lembro-me numa certa man-
hã que minha avó responsabi-
lizou-se em levar meus cinco
primos e eu à escola. Fizemos
o percurso andando durante
uns quarenta minutos numa
estrada de terra e paramos
uma única vez, na metade do
caminho, para cumprimen-
tarmos uma amiga da minha
avó. Essa amiga da minha avó
chamava-se Dona Odília, era
uma senhora tão meiga como
minha avózinha e tinha, certa-
mente, mais de noventa anos
de idade. Minha avó estimava
essa mulher, sempre preocu-
pando-se com a saúde dela.
Recordo-me que entra-
mos na casa de Dona Odília
e sentamo-nos todos à mesa
velha de madeira. Meus pri-
mos e eu esperávamos ansio-
sos por uma fatia de bolo de
cenoura com calda de choco-
late - meu preferido. Do fogão
à lenha, exalava o doce per-
fume do café acabado de ser
feito. Dona Odília correu em
busca de uma caneca - pois,
não havia xícara naquela hu-
milde casa - para servir uma
generosa dose de café à minha
avózinha. Mas naquela man-
hã, escutem, algo diferente
aconteceu: ao tentar despejar
o café na caneca, notamos que
não saia, não caia nem mesmo
uma gota do café do bico do
bule.
Intrigada com o fato, Dona
Odília perguntava-se: “Não
compreendo, cadê o café?”
Então, sem demora, a velha
senhora resolveu espiar aden-
tro do bico do bule para tentar
encontrar o problema. Dona
Odília com aquele sorriso
doce de quem havia descobe-
rto um grande segredo, disse
em bom tom: “Olhem e vejam
só! Como pode essa ‘sem ver-
gonha’ esconder-se num lugar
tão pequeno?!” Sem fazer caso
ou intimidar-se pela nossa pre-
sença, Dona Odília tirou uma
ramona - uma espécie de gram-
po de metal - do seu cabelo e
começou a cutucar com aquele
objeto o interior do bico do
bule de café. Depois, pegando a
caneca, virou novamente o bule
para despejar o café, mas de
dentro do bico do bule saiu uma
barata toda machucada, torta
e zonza de tanto ser cutucada.
Dona Odília olhou dentro da
caneca e disse à barata: “Dan-
adinha... você escolheu o lugar
errado pra se esconder...!”
Esperem, ainda vou contar-
lhes a melhor parte da história:
a velha senhora de seus noventa
anos balançou a caneca e jogou
pela janela aquela mistura de
café com barata e - sem pre-
cisar lavar a caneca - despejou
novamente um pouco mais de
café na caneca e serviu à minha
avó. Digo-vos que minha avóz-
inha era doente por limpeza,
não conseguia dormir deixando
louça suja na pia, mas, naquela
manhã, ela engoliu seu orgulho
com todo o café daquela can-
eca, sem reclamar.
Minha avó poderia ter
ficado nervosa com aquela ati-
tude nojenta da Dona Odília e
mandado ela ao menos lavar a
caneca. No entanto, penso que
minha avó temeu magoar os
sentimentos da Dona Odília,
por isso, tomou o café, chei-
rando barata, calada. Outrora,
imagino que você já suportou
muitas maldades, desafios e
pessoas ignorantes também em
sua vida, ou seja, você com
certeza já tomou vezes “café
cheirando barata” para não ma-
goar com o esposo (a), com o
filho (a), com o parente ou o
amigo (a). Acredito ser uma
atitude bonita saber ceder ou Enfim, hoje, reunindo al- seu orgulho para manter am- Ūnico Pai capaz de reconhec-
abnegar no tempo certo, vezes guns ensinamentos que as pes- izade com a Dona Odília - que er nossos esforços.
engolir ‘café com barata’ é mel- soas me ofereceram, não tenho Deus a tenha -, peço humilde- Nesta semana, dia 7,
hor do que perder uma grande medo e nem me importo, se mente ao Espírito Santo for- celebramos Nossa Senhora
amizade. necessário, de “tomar café chei- ças para continuar como bom do Rosário, possa ela,
Ora, vamos celebrar no rando barata” para continuar ‘empregado’ servindo ao nosso Santa Mãe Santíssima,
próximo dia 03 de outubro o servindo a Deus. Do mesmo ‘Divino Patrão’, buscando man-
abençoar todos vós!
27˚ Domingo do Tempo Co- modo que minha avó engoliu ter amizade com nosso Deus,
mum, e vamos partilhar o Santo
Evangelho de São Lucas 17,
5-10, onde encontramos Jesus
contando uma parábola aos seus
discípulos, dizendo-lhes que
imaginem a situação hipotética:
você tem um empregado que
trabalha o dia inteiro cuidando
de animais no campo; no fim
do dia, quando seu empregado
chega, é claro que você não vai
pedir que ele se sente à mesa
com você para jantar, mas vai
pedir que ele se arrume e lhe
sirva a mesa; será que você vai
agradecer a ele, ou ele não fez
nada mais que sua obrigação?
Veja bem, em comparação com
a história de minha avózinha, o
empregado tem que submeter-
se ao trabalho, muitas vezes a
“tomar o café cheirando barata”
para não perder o emprego nem
a amizade do patrão. Lembre-
mos, que na parábola de Jesus,
o ‘empregado’ é você e sou eu
e o ‘patrão’ é o nosso Pai que
exige de nós o cumprimento da
missão.
Depois, Jesus conclui di-
zendo: “Quando tiverdes feito o
que vos mandaram, dizei: ‘So-
mos servos inúteis; fizemos o
que devíamos fazer.’”
Observe um detalhe: Je-
sus fala “empregado”, e não
“escravo”. Caso isso não seja
um erro de tradução, nós somos
comparados a empregados de
Deus, o que significa que te-
mos direito a um “salário”! E
que não merecemos sequer um
“obrigado” de Deus, pois não
fazemos nada além do que já
somos “pagos” para fazer. No
entanto, o nosso “emprego” é
de tempo integral: 24 horas por
dia, 7 dias por semana, 365 dias
por ano, sem direito a férias...
e fazendo tudo o que Eles (Pai,
Filho e Espírito Santo) manda-
rem (veja que, no Evangelho,
este verbo está no plural).