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Introdução
internacional que criou riscos à seguridade são consideradas idosas todas as pessoas
social em países da América Latina, os com idade igual ou superior a 60 anos.
quais realizaram reformas liberais que Existem no país cerca de 19,95 milhões
transformaram regimes de repartição de pessoas nessa faixa etária, de acordo
pública em regimes de capitalização de com a Pesquisa Nacional por Amostra de
contas individuais, ou combinaram ambos Domicílios (PNAD) de 2007. Do total de
os regimes, como Chile, Colômbia e idosos brasileiros, aproximadamente
Argentina – embora este último tenha 44,3% (8,83 milhões) são homens e 55,7%
recentemente voltado à repartição pública. (11,1 milhões) são mulheres (Tabela 1).
Dado esse contexto, o presente artigo Os idosos compõem um grupo que,
busca avaliar a situação atual e as pers- em 2007, representava 10,5% da população
pectivas da proteção dos idosos na residente no país – percentual que apresenta
América Latina, com foco no caso brasi- tendência de crescimento. Três fatores
leiro. O texto encontra-se organizado da combinados têm contribuído para isso:
seguinte forma: a) inicialmente, há um a) os progressos na medicina e a melhoria
breve relato da evolução recente da nas condições de vida da população favo-
população idosa no Brasil e na América receram a elevação da esperança de vida ao
Latina; b) em seguida, apresenta-se um nascer, que passou de 42,7 anos em 1940
retrato da proteção social de idosos, de para 72,6 anos em 2007 (IBGE, 2008a). Há
forma mais detalhada no Brasil, buscando expectativa de que tal indicador chegue a
avaliar seus determinantes; c) na terceira 81,3 anos em 2050; b) redução da taxa de
parte, são analisados os efeitos ou fecundidade, que caiu de seis filhos por
impactos sociais da proteção, com foco mulher, na década de 1960, para 1,95 em
na participação dos idosos no mercado 2007, havendo a previsão de queda para
de trabalho e no nível de pobreza, 1,5 em 2050; c) embora a taxa de mortali-
especialmente no caso brasileiro; d) as dade tenha sido reduzida significativamente
considerações finais apontam as perspec- nas últimas décadas, passando de 100 óbitos
tivas da proteção social dos idosos no por mil nascimentos em 1970, para 24,32
Brasil e na América Latina. por mil em 2007, esse patamar não pode
ser considerado baixo para os padrões
Evolução da população idosa no internacionais (IBGE, 2008b).
Brasil e na América Latina A combinação de queda na taxa de
fecundidade com redução ainda insufi-
De acordo com o Estatuto do Idoso, ciente na taxa de mortalidade infantil,
em vigor no Brasil desde janeiro de 2004, somada à elevação da expectativa de vida
Fonte: PNAD/IBGE 1992 e 2007 (exclusive área rural do Norte, exceto Tocantins) e Projeção da População 1980-
2050 – Revisão/2008.
679 mil em 1950 para 4,9 milhões em 2000, compensado, em parte, até 2020, com a
chegaria a 35,1 milhões em 2050. diminuição da população de 0 a 14 anos,
Em 2010, segundo projeções do tanto no Brasil quanto na América Latina
Celade, haverá na América Latina cerca de (Tabela 2). No período de 2020 a 2050,
56,8 milhões de idosos com 60 anos ou essa relação também irá se deteriorar.
mais, correspondendo a 9,7% da popu- Há uma profunda mudança de compo-
lação total (582,6 milhões). Desses, 25,7 sição dos dependentes, que passam a ser
milhões serão homens (45,3%) e 31 milhões cada vez mais idosos, em lugar de crianças
(54,7%) serão mulheres. Enquanto a partici- e adolescentes. Em 2008, por exemplo, no
pação de idosos entre a população Brasil, cada pessoa de 15 a 64 anos teria que
masculina será de 8,9%, entre as mulheres cuidar de 0,49 dependentes, sendo 0,1 idoso
esse percentual será de 10,5%. e 0,39 criança/adolescente. Naquele ano, de
O comportamento demográfico um total de 62,6 milhões de dependentes,
descrito – que combina aumento do contin- 50,2 milhões (80,2% do total) tinham de
gente de idosos, bem como o incremento 0 a 14 anos e 12,4 milhões eram pessoas
de sua participação na população total, e a com 65 anos ou mais (19,8% do total). As
redução da taxa de fecundidade – provoca projeções indicam que, em 2050, cada
efeitos importantes na Previdência Social. Por pessoa de 15 a 64 anos teria de cuidar de
um lado, esses fatores tendem a gerar eleva- 0,56 dependentes, sendo 0,35 idosos e 0,21
ção da despesa previdenciária em função do crianças/adolescentes. De um total de 77,2
crescimento absoluto da população idosa e, milhões de dependentes, cerca de 48,9
por outro, tendem a resultar em redução das milhões seriam idosos de 65 anos ou mais
taxas de crescimento da população (63,3%) e 28,3 milhões, crianças e adoles-
potencialmente ativa e, consequentemente, da centes de 0 a 14 anos (36,7%).
principal fonte de arrecadação da Previdên- Na América Latina também se observa
cia Social – a contribuição dos trabalhadores alteração semelhante, tendo em vista que,
ativos (pelo menos em regimes de reparti- do total de 197 milhões de dependentes em
ção). Em outras palavras, caminha-se para 2005, 16,9% eram idosos e 83,1%, crianças/
um agravamento da razão de dependência adolescentes; em 2050, de um total de 274,3
da população idosa tanto no Brasil quanto milhões de dependentes, 49,7% serão
na América Latina (Tabela 2). pessoas de 65 anos ou mais e 50,3%,
No Brasil, enquanto em 2008 havia indivíduos de 0 a 14 anos.
10,26 pessoas de 15 a 64 anos para cada Certamente essa profunda alteração da
indivíduo com 65 anos ou mais, em 2050 estrutura etária dos dependentes precisa ser
haverá apenas 2,82 indivíduos na idade levada em consideração na definição das
economicamente ativa para cada idoso. Na áreas prioritárias para os gastos públicos,
América Latina, de forma similar, em 2005 para o planejamento e para o desenho das
havia 10,49 pessoas de 15 a 64 anos para políticas de proteção social. Mais que isso,
cada idoso de 65 anos ou mais. Essa nesse contexto de envelhecimento popula-
relação, em 2050, deve cair para 3,58. cional e piora da relação de dependência,
Contudo, o aumento das responsabi- é fundamental que as políticas de seguridade
lidades, em termos de dependência, que social sejam reforçadas sob pena de
as pessoas de 15 a 64 anos irão sofrer, em comprometer a proteção social de parcela
função do aumento de idosos, será crescente da população.
Tabela 4: Cobertura social entre os idosos com 60 anos ou mais de idade, segundo
sexo e tipo de benefício – 2007
uma vez a participação das mulheres é seria igual ou superior a 60% da popula-
significativamente superior (86,2%), con- ção idosa apenas na Costa Rica (60,09%,
forme mostra a Tabela 4. sendo 39,42% contributivo e 20,12% não
A elevada proporção de mulheres contributivo, em 2004), Argentina (68,8%
entre os pensionistas deve estar ligada à em 2006), Bolívia (14,7% contributivo e
maior expectativa de vida desse grupo 69,46% não contributivo, resultando em
populacional. Como em média vivem mais, um total de 72,34% em 2002), Chile
é natural que enviúvem mais frequente- (62,99% contributivo e 14,42% não
mente que os homens, tornando-se contributivo, resultando em 77,26% em
beneficiárias de pensão e, muitas vezes, 2003), Uruguai (85,97% em 2004) e Brasil
chefes da unidade familiar. A menor (86,66% em 2002).
participação das mulheres entre os aposen- Essa cobertura era inferior a 60% em
tados, por sua vez, pode estar atrelada a outros 10 países da América Latina –
questões culturais e econômicas. A popu- Colômbia (18,61% em 2000), Equador
lação feminina atualmente em idade de (33,27%, sendo 16,08% contributivo e
aposentadoria provavelmente participou 18,47% não contributivo, em 2004),
do mercado de trabalho com menos Guatemala (11,17% em 2000), México
frequência que os homens e em condições (18,70% em 2002), Panamá (41,86% em
bastante distintas, conforme mencionado 2003), Paraguai (14,91% em 2004), Peru
anteriormente. (26,19% em 2003), El Salvador (13,88%
De um modo geral, na América Latina em 2003), Venezuela (26,82% em 2004) e
prevalece um baixo grau de proteção social República Dominicana (13,17% em 2004
entre os idosos, sendo que o Brasil possui para a população de 65 anos ou mais) –,
um dos níveis mais elevados da região sendo que seis deles estavam em um pata-
(Quadro 1). Como mostrado por Rofman mar igual ou inferior a 20% e outros qua-
& Luccheti (2007), a cobertura dos idosos tro na faixa de 20% a 40%. Tais dados
– entendida como o percentual que rece- consideram tanto os benefícios contri-
be algum tipo de benefício contributivo butivos quanto os não contributivos, até
ou não contributivo – indica que a prote- porque, para muitos países, as pesquisas
ção social dessa população na América domiciliares não permitem separar o
Latina é extremamente baixa em muitos recebimento desses tipos de benefícios,
países da referida região. Essa cobertura sendo possível para Bolívia, Equador, Chile
por uma reforma estrutural, migrando para Os dados deixam claro que, de modo
um modelo paralelo de Previdência Social, geral, a proteção social dos idosos na
no qual há competição entre sistema público América Latina é bastante precária e hetero-
e privado, os registros restritos aos benefícios gênea, variando de países com cobertura
contributivos mostram retração da cober- de 80% a países com proteção abaixo de
tura entre 1992 e 2000. 20%. O mais importante é salientar que, em
No caso colombiano, cabe destacar o vários países, a melhora da proteção social
chamado Fundo de Solidariedade Pensional esteve relacionada à introdução de benefícios
– uma conta especial do governo federal de caráter não ou semicontributivo, como
daquele país –, vinculado ao Ministério da a Previdência Rural, ou mesmo de caráter
Proteção Social, que tem como finalidade assistencial ou não contributivo, como o
ampliar a cobertura mediante subsídio às Benefício de Prestação Continuada (BPC-
contribuições de grupos da população que, Loas), no caso brasileiro, mas que também
por suas características e condições foi realidade para outros países como
socioeconômicas, não têm acesso aos Bolívia, Chile, Colômbia e Costa Rica.
sistemas de seguridade social; e oferta de Com as informações já apresentadas, é
benefícios para a proteção social de idosos possível fazer, com limitações, uma estimativa
em situação de indigência ou pobreza – da proteção social dos idosos na América
nesse último caso, com desenho e função Latina. Utilizando os dados de população
muito similares ao BPC-Loas. com 65 anos ou mais do Celade/Cepal em
Costa Rica e Argentina instituíram 2005 e a cobertura descrita do Quadro 1,
reformas estruturais que deram origem a pode-se estimar que, dos cerca de 30,7
modelos mistos de Previdência Social, milhões de pessoas com 65 anos ou mais na
caracterizados pela integração de sistema América Latina (inferior ao dado da Tabela
público, que outorga um benefício básico, 2, pois não considera todos os países, apenas
e sistema privado, que oferece um bene- aqueles para os quais há informação sobre
fício complementar. No primeiro país, a cobertura), 16,9 milhões contavam com
cobertura aumentou também em função proteção (54,9%) e 13,8 milhões (45,1%) eram
dos benefícios contributivos, mas princi- desprotegidos (Tabela 5).
palmente em razão da concessão de A médio e longo prazos, o aperfei-
benefícios não contributivos. Na Argen- çoamento da proteção social dos idosos
tina, a cobertura dos idosos de 65 anos na América Latina passa necessariamente
ou mais caiu de 76,7% em 1994 para por uma melhor estruturação dos mer-
71,8% em 1999 (B ERTRANOU , 2001), cados de trabalho da região, com redução
quase um ponto percentual por ano de da informalidade e ampliação da proteção
decréscimo, desde a mudança de social, bem como diminuição dos
modelo. 6 Entre outros fatores, uma chamados working poor (trabalhadores
possível explicação para a diferença nos ocupados com baixo nível de renda e
resultados reside no fato de que, no caso incapacidade de contribuição). Contudo,
argentino, o peso dos benefícios não a curto prazo, a análise da evolução recente
contributivos sobre o total de benefícios da proteção social dos países da América
da seguridade social é menor –10,1%, em Latina indica que a ampliação da cober-
dezembro/2000 –, segundo Schwarzer & tura depende da criação de mecanismos
Quirino (2002). semi ou não contributivos, que geram
independente (sendo 1 para inativo e 0 para entre homens e mulheres, ainda maior do
ativo) e as variáveis dependentes sendo que a atual prevalência.
proteção social (1 para protegido e 0 para Importante aspecto adicional do impacto
não protegido), dummy de sexo (sendo 0 da Previdência Social diz respeito à relevância
para mulher e 1 para homem) e dummy de das transferências previdenciárias para a
posição no domicílio (sendo 1 para pessoa redução da pobreza. A estimativa desse
de referência e 0 para as demais). Como impacto foi elaborada tomando-se em conta
mostrado pela Tabela 7, o fato de um idoso a quantidade de pessoas com renda domi-
ter proteção social aumenta a probabi- ciliar per capita abaixo de meio salário
lidade de que esse se encontre fora da mínimo – valor definido para a “linha de
População Economicamente Ativa (PEA), pobreza”, conforme se inclui ou exclui a renda
ou seja, esteja inativo, denotando o impacto previdenciária. Seguindo esse critério, em
positivo da proteção social. 2007, havia 56,87 milhões de pessoas em
Esse efeito foi mensurado isolando-se situação de pobreza, considerando rendas de
o impacto da posição no domicílio que, como todas as fontes, número que chega a 79,10
discutido anteriormente, tornava mais obs- milhões quando excluídos todos os rendi-
curo o impacto positivo da proteção social mentos oriundos da Previdência Social.
sobre a não participação na PEA, no caso Isso significa que as transferências
das mulheres. Os dados da Tabela 7 mostram previdenciárias foram responsáveis pela
que ser pessoa de referência, isolados os retirada de 22,23 milhões de pessoas, de
efeitos de sexo e proteção social, implica uma todas as faixas etárias, da condição de
redução da probabilidade de estar fora da pobreza8. Esse impacto dos benefícios da
PEA ou, de forma inversa, aumenta a Previdência Social sobre a pobreza se
probabilidade de estar ativo, mesmo sendo concentra, naturalmente, na população
idoso. A dummy sexo indicou que, isolados os idosa, tendo em vista que a função básica
efeitos de pessoa de referência e proteção, de benefícios desse tipo é substituir a renda
ser homem reduzia a probabilidade de estar do trabalhador contribuinte quando esse
fora da PEA em relação a ser mulher – perde a capacidade de trabalho. Embora
provavelmente em decorrência do fato de a redução da pobreza decorrente da
que entre os idosos atuais havia uma dife- expansão da Previdência Social atinja todas
rença de participação na PEA muito grande as faixas etárias, a renda previdenciária
Notas
1
Exclusive 1994 e 2000, anos em que a PNAD não foi a campo. Não inclui os dados da área
rural da Região Norte, exceto do Estado do Tocantins, nos anos de 2004 a 2007, para garantir a
mesma cobertura geográfica do período de 1992 a 2003. Há discrepância entre os dados da PNAD e
os da Projeção da População.
2
O Estatuto do Idoso (Lei no 10.741/2003), vigente desde janeiro de 2004, reduziu – de 67 para
65 anos – a idade mínima para acesso ao benefício assistencial, além de ter flexibilizado o cálculo do
limite máximo de ¼ de salário mínimo de renda familiar per capita, também necessário para a
concessão do benefício. De todo modo, os resultados recentes merecem uma análise mais
aprofundada, especialmente no que toca aos efeitos da expansão da população idosa.
3
O segurado especial, segundo os incisos VII dos arts. 12 e 11 das Leis nos 8.212 e 8.213,
ambas de 1991, respectivamente, é a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado
urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda
que com o auxílio eventual de terceiros, a título de mútua colaboração, na condição de: produtor,
seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, como datário
ou arrendatário rurais, que explore atividade agropecuária (em área de até quatro módulos fiscais)
ou de seringueiro ou extrativista vegetal (desde que exerça suas atividades nos termos do inciso
XII do caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal
meio de vida); de pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou
principal meio de vida; e de cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 anos de idade
ou a este equiparado, que comprovadamente trabalhem com o grupo familiar respectivo. A contri-
buição do segurado especial é de 2,1% sobre a receita bruta decorrente da comercialização da
produção rural.
4
Dado o caráter amostral da pesquisa, oscilações dessa natureza, observadas em períodos
imediatamente anteriores, devem ser tomadas com precaução. É precoce reconhecer nos dados uma
reversão da tendência, até então consistente, de elevação da cobertura.
5
Nesses anos foram realizados suplementos específicos sobre os programas de transferência de
renda.
6
Os dados de Bertranou (2001) e Rofman & Luccheti (2007) não contemplam os efeitos das
novas reformas aprovadas em 2007, com o intuito de fortalecer o pilar público do modelo
previdenciário argentino.
7
Como a PNAD não permite que os benefícios assistenciais sejam dissociados dos benefícios
previdenciários, ao longo deste estudo tratamos do impacto dos benefícios pagos pela seguridade
social – exceto na área da saúde.
8
Supondo que tudo mais permaneça constante, ou seja, considerando que todas as demais
variáveis que interferem no nível de pobreza não sofram alterações e descartando possíveis impactos
das transferências previdenciárias nas decisões dos indivíduos beneficiados direta ou indiretamente.
Referências
BATISTA, Analía Soria; JACCOUD, Luciana de Barros; AQUINO, Luseni e DARIO EL-MORR,
Patrícia. 2008. Envelhecimento e dependência: desafios para a organização da proteção social.
Coleção da Previdência Social. v. 28. Brasília, nov. de 2008.
BERTRANOU, Fabio; GRUSHKA, Carlos e ROFMAN, Rafael. Evolución reciente de la cober-
tura previsional en Argentina. In: BERTRANOV. p. 29-55.
BOLÍVIA. Superintendencia de Pensiones, Valores y Seguros – SPVS. Disponível em:
<http://www.spvs.gov.bo>. Acessos em diversas datas.
BRASIL. Lei no 10.741 de 1o de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso).
. Ministério da Previdência Social. Informe da Previdência Social. 2008.
Evolução recente da proteção social e seus impactos sobre a pobreza. v. 20, n. 10, out. 2008.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Pesquisa Nacional de
Amostra de Domicílios – PNAD. Microdados. 1992 a 2007.
. Projeção da população do Brasil por sexo e idade 1980-2050 – Revisão
2008a.
Recent evolution of determinants on social protection for the elderly in Latin America
and Brazil
Rogério Nagamine Costanzi and Graziela Ansiliero
The existence of a social protection system for the elderly, with broad coverage, is extremely
important to prevent the increase of poverty and inequality. In the absence of such a system, and
considering the changes on demography and family structure faced by most Latin American countries,
there will be an increasing risk that Brazil, as well as other countries in the region, might suffer from
income insufficiency among old age individuals. Given this context, this article addresses the current
situation and the prospects regarding the protection of the elderly in Latin America, particularly in
the Brazilian case. For Brazil, the references were the National Household Sample Survey (PNAD/
IBGE) and projections made by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), while
data for other Latin American countries were obtained from the Latin American and Caribbean
Demographic Centre (Celade/Eclac) and from a literature review on the subject. The analysis indicated
that the level of social protection in the region seems to depend on funding strategies not based
solely on individual monetary contributions, so that it may be possible to incorporate those groups
unable to maintain regular contributions to social insurance schemes.
Keywords: social security, social insurance, demographic transition.