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grande incêndio em um depósito de tintas resistência ao fogo), ou seja, o tempo projetadas, placas e pinturas intumescentes.

é maior que em uma indústria de proces-
samento de papel;
• Forma do edifício. Um edifício térreo com
grande área de piso, sem compartimenta-
ção, pode representar um risco maior de
incêndio do que um edifício com diversos
andares, de mesma atividade, subdivididos
em muitos compartimentos, que confinarão
o incêndio;
Foto: Divulgação Perfilor
mínimo de resistência ao fogo de um
elemento construtivo, quando sujeito a
um incêndio padrão. Para valores baixos de
TRRF, por exemplo, inferiores a 20 minutos,
há possibilidade de a própria estrutura de
aço resistir ao aquecimento dispensando o
revestimento contra fogo. Já quando o TRRF
é maior, haverá necessidade de incluir re-
vestimento contra fogo, como argamassas
A determinação da espessura desse re-
vestimento poderá ser feita por meio de
métodos analíticos ou por resultados de
ensaios. Os métodos analíticos podem ser
empregados, desde que o comportamento
em incêndio do elemento estrutural reves-
tido tenha sido testado em laboratórios
reconhecidamente idôneos.
Materiais de proteção
térmica mais utilizados
1) Fibras e argamassas projetadas
Jateadas diretamente sobre a peça
de aço, resultam em uma superfí-
cie rugosa, mais apropriada para
elementos acima de forros ou para
ambientes menos exigentes. Pre-
cisam apresentar índice zero de
combustibilidade e propagação de

chamas. As fibras e argamassas

• Condições de ventilação do ambiente; Exigências de TRRF (min) segundo a ABNT NBR 14432
projetadas devem trabalhar mono-
Altura da Edificação liticamente com a estrutura e acom-
• Propriedades térmicas dos materiais
Classe P1 Classe P2 Classe P3 Classe P4 Classe P5 panhar seus movimentos, sem que
constituintes das paredes e do teto; Ocupação/Uso
h < 6m 6m < h < 12m < h < 23m < h < h > 30m ocorram fissuras ou desprendimento.
12m 23m 30m
• Sistemas de segurança contra incêndio (de- Residencial 30 30 60 90 120 2) Placas
tectores de fumaça, chuveiros automáticos, São elementos pré-fabricados fixados
Na construção do Shopping Hotel 30 60 (30) 60 90 120
brigada contra incêndio, compartimentação
Estruturas de aço e
Metrô Santa Cruz em na estrutura por meio de pinos ou
São Paulo, as vigas de aço adequada, etc). Supermercado 60 (30) 60 (30) 60 90 120 perfis leves de aço. Podem ser de
receberam tratamento com
argamassa projetada para
aumentar a resistência ao fogo
a resistência ao fogo Escritório 30 60 (30) 60 90 120 gesso acartonado, de lã de rocha e
de lã cerâmica.
Como aumentar a resistência Shopping 60 (30) 60 (30) 60 90 120
Ainda que os incêndios sejam condições
ao fogo das estruturas de aço? Escola 30 30 60 90 120 3) Pintura intumescente
excepcionais que mereçam ser sempre
Trata-se de uma película fina que
evitadas, para a segurança das pessoas, Estratégias de dimensionamento das Hospital 30 60 60 90 120
intumesce (aumenta de volume)
é fundamental que as edificações sejam estruturas e a incorporação de material de
Igrejas 60 (30) 60 60 90 120 quando sujeita à ação do calor e
capazes de resistir ao calor. Isso pelo revestimento contra fogo são algumas das forma uma camada de proteção tér-
1 - Para subsolos com h > 10 m - 90 minutos; h < 10 m -60 minutos, não podendo ser inferior ao TRRF dos pavimentos
menos por um período de tempo suficiente soluções mais empregadas para adicionar mica no aço. É aplicada por meios
acima do solo; 2 - Os TRRF entre parênteses são aplicados para edificações em que cada pavimento acima do solo tenha
para evitar que a estrutura entre em colapso resistência ao fogo às estruturas de aço. A área inferior a 750 m². convencionais, pistola ou rolo. Tem
antes de sua desocupação completa. especificação do tratamento a ser utilizado textura, aparência e cores similares
Quando submetido a altas temperaturas, o deve visar sempre garantir a segurança de-
O comportamento ao fogo é motivo para deixar de se construir com aço? às pinturas convencionais.

aço, assim como ocorre com outros materiais sejada com o máximo de economia. A busca O engenheiro Valdir Pignatta e Silva, professor da Escola Politécnica da USP, diz que não e
Foto: Divulgação

Prédio do Itaú Cultural em São
Paulo. Estrutura de aço recebeu
pintura intumescente
estruturais, perde resistência e rigidez. Por
isso, de acordo com a tipologia da estrutura,
da ocupação e da altura do edifício, pode ser
necessária a adoção de medidas para prover
a estrutura de resistência adicional ao calor.
O risco de início de incêndio, sua intensidade
e duração estão associados a vários fatores,
como:
• Atividade desenvolvida no edifício, tipo
e quantidade de material combustível pre-
sente. Por exemplo, o risco de ocorrer um
pela melhor solução deve começar pelo
estudo da ABNT NBR 14432 “Exigências
de resistência ao fogo de elementos cons-
trutivos – Procedimento”, bem como pela
leitura das Instruções Técnicas emitidas
pelo Corpo de Bombeiros do estado onde
a obra será construída. Tais diretrizes
indicarão o grau de risco da edificação
e se há necessidade de aplicar alguma
solução especial para elevar a resistência
ao fogo dos elementos estruturais. Um dado
importante é o TRRF (tempo requerido de
explica os motivos. Pela legislação brasileira, todas as estruturas, independentemente do
material de que são constituídas, devem ser verificadas em incêndio. O custo do revestimento, Este material faz parte do Programa “Aço
desde que adequadamente dimensionado, não trará impacto considerável no orçamento Construindo a COPA 2014” promovido pelo
da construção como um todo. Ele lembra, contudo, que o projeto arquitetônico é funda- CBCA - Centro Brasileiro da Construção em Aço.
mental para otimizar os custos com revestimentos. Estruturas em contato com alvenarias, por
Confira mais detalhes em:
exemplo, têm a quantidade de revestimento reduzida. Outra medida positiva é a inclusão de
www.cbca-iabr.org.br/copa2014
forro falso sob as vigas, solução que permite a utilização de revestimentos mais baratos, sem
a preocupação estética.
Gestor:
Para saber mais sobre esse assunto, consulte “Resistência ao Fogo das
Estruturas de Aço”, de Mauri Vargas e Valdir Pignatta e Silva. A publicação
faz parte da Série Manual de Construção em Aço, editada pelo CBCA.