Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Notas de Aula Ensaios PDF
Notas de Aula Ensaios PDF
CURITIBA – PR
2012
1
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 4
2.1 - INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 5
2.2 – ESTRATÉGIAS DE INSPEÇÃO............................................................................................................. 6
2.2.1 LEVANTAMENTO DE DADOS .............................................................................................................................7
2.2.2 TÉCNICA DE INVESTIGAÇÃO ..............................................................................................................................8
2.2.3 ANÁLISE DOS DADOS ....................................................................................................................................12
2.3 - MÉTODOS DE CONDIÇÕES DE AVALIAÇÃO PÓS INSPEÇÃO ............................................................... 13
2.3.1 MÉTODO BÁSICO .........................................................................................................................................14
2.3.2 MÉTODO GERAL ..........................................................................................................................................15
3.1 - INTRODUÇÃO................................................................................................................................ 18
3.2 - INSPEÇÃO VISUAL ......................................................................................................................... 19
3.3 - ESCLEROMETRIA ........................................................................................................................... 21
3.3.1 GENERALIDADES ..........................................................................................................................................21
3.3.2 SUPERFÍCIES A SEREM ENSAIADAS ...................................................................................................................23
3.3.3 ÁREA DE ENSAIO ..........................................................................................................................................23
3.3.4 IMPACTOS...................................................................................................................................................24
3.3.5 ESBELTEZ DOS ELEMENTOS, COMPONENTES E PEÇAS DE CONCRETO .....................................................................24
3.3.6 FATORES QUE INFLUENCIAM OS RESULTADOS ...................................................................................................25
3.3.7 RESULTADOS ...............................................................................................................................................26
3.4. ULTRA-SOM ................................................................................................................................... 27
3.4.1 INTRODUÇÃO...............................................................................................................................................27
3.4.2 HISTÓRICO ..................................................................................................................................................29
3.4.3 ONDAS ULTRA-SÔNICAS ................................................................................................................................29
3.4.4 APLICANDO O ULTRA-SOM ............................................................................................................................30
3.4.5 TÉCNICAS USADAS EM ULTRA-SOM.................................................................................................................30
3.4.6 VANTAGENS E LIMITAÇÕES EM COMPARAÇÕES COM OUTROS ENSAIOS .................................................................31
3.4.7 FATORES QUE INFLUENCIAM NA VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO E CONSIDERAÇÃO DOS SEUS EFEITOS NOS ENSAIOS .....32
3.4.8. RELAÇÕES ENTRE ULTRA-SOM E OUTROS ENSAIOS .............................................................................................32
3.5 - RADIOGRAFIA, RADIOSCOPIA E GAMAGRAFIA................................................................................ 34
3.5.1 INTRODUÇÃO...............................................................................................................................................34
3.5.2 RADIOGRAFIA ..............................................................................................................................................35
3.5.3 GAMAGRAFIA ..............................................................................................................................................36
3.5.4 RADIOSCOPIA ..............................................................................................................................................39
3.6 - RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO DE PINOS .......................................................................................... 39
3.6.1 INTRODUÇÃO...............................................................................................................................................39
3.6.2 DESCRIÇÃO DO MÉTODO ...............................................................................................................................40
3.6.3 VANTAGENS E LIMITAÇÕES .............................................................................................................................40
3.6.4 APLICAÇÕES ................................................................................................................................................41
3.6.5 FATORES QUE INFLUENCIAM OS RESULTADOS DO ENSAIO ....................................................................................41
3.7 - MÉTODO DA MATURIDADE ........................................................................................................... 42
3.8 – CARBONATAÇÃO E PH ................................................................................................................... 43
2
3.9 – PACOMETRIA ............................................................................................................................... 44
3.10 – PIT/ECD ...................................................................................................................................... 44
3.11 – POTENCIAL DE CORROSÃO .......................................................................................................... 45
3.12 – EXTRAÇÃO DE TESTEMUNHOS..................................................................................................... 47
3.13 – RESISTIVIDADE ELÉTRICA ............................................................................................................ 49
3.14 – PULL-OUT TEST ........................................................................................................................... 50
3.15 – PROVA DE CARGA ....................................................................................................................... 51
3.16 – OUTROS ENSAIOS ....................................................................................................................... 52
3.16.1 DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE CLORETOS NO CONCRETO .....................................................................52
3.16.2 DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE SULFATOS NO CONCRETO .....................................................................54
3.17 - OUTROS EQUIPAMENTOS ............................................................................................................ 55
3.17.1 CONTROLE DE ABERTURA DE FISSURAS.................................................................................................55
3
1 – INTRODUÇÃO
Para que uma estrutura de concreto possua uma durabilidade adequada, faz-se necessário efetuar um rigoroso
controle de qualidade, inclusive dos materiais que compões o concreto. Uma forma de se efetuar este
controle é através de ensaios tecnológicos. Durante a fase de execução de uma estrutura é possível fazer
ensaios no concreto tanto no estado fresco quanto endurecido. São diversos os ensaios que podem ser
efetuados, dentre eles, serão abordados os ensaios de consistência, coesão e ar incorporado, para a avaliação
do concreto no estado fresco, e os ensaios de resistência à compressão axial e resistência à compressão
diametral no estado endurecido.
Para a avaliação de uma estrutura já pronta, busca a utilização de ensaios não destrutivos. Estes ensaios
podem auxiliar o profissional no diagnóstico das manifestações patológicas apresentadas pela construção,
uma vez que diagnosticar as causas de um dano em uma construção é uma atividade bastante complexa.
Em alguns casos, o diagnóstico correto só poderá ser elaborado a partir de minuciosos ensaios de
laboratório, revisão de projetos e mesmo instrumentação e acompanhamento da obra.
4
2 – ESTRATÉGIA DE INSPEÇÃO, AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO DAS
PATOLOGIAS
2.1 - INTRODUÇÃO
A qualidade dos serviços que visem a recuperação de uma construção depende de uma avaliação
precisa da situação em que se encontra e do estudo detalhado dos efeitos produzidos pela
manifestação patológica que a acomete.
A condução de testes a avaliações de estruturas são atividades muito importantes para garantia da
qualidade e durabilidade das edificações, além de garantir que se atinja a vida útil projetada.
Podem-se citar as seguintes razões para se promover uma avaliação da construção afetada:
• Quando a confiabilidade da estrutura é comprometida por deterioração geral;
• Quando cargas adicionais serão aplicadas na estrutura;
• Para obter informações visando projetos de reforço ou melhorias;
• Para salvaguardar a segurança e a servicibilidade (funcionalidade) para condições
normais de utilização
• Para criar um banco de dados de informações atualizadas sobre as condições de toda
estrutura, criando parâmetros para organizar operações de manutenção preventiva;
• Para estabelecer prioridades para o reparo ou substituição de estruturas em níveis
elevados de deterioração.
A avaliação de construções acometidas por patologias é uma atividade multidisciplinar onde estarão
envolvidas disciplinas como:
• Comportamento estrutural;
• Tecnologia de materiais;
• Projetos (normas, histórico, etc)
5
• Método construtivo;
• Estática;
• Economia;
Ao se verificar que uma edificação está "doente", isto é, que apresenta problemas patológicos,
toma-se necessário efetuar uma vistoria detalhada e cuidadosamente planejada para que se possa
determinar as reais condições da estrutura, de forma a avaliar as anomalias existentes, suas causas,
providências a serem tomadas e os métodos a serem adotados para a recuperação ou o reforço.
6
Exame Visual Análise do
da Estrutura Meio Ambiente
Histórico
Mapeamento
das Anomalias
Identificação
de Erros
Análise de Instrumentação e
Projetos Ensaios
Análise dos
Dados
NÃO
Diagnóstico
SIM
Recomendações
Terapêuticas
Uma boa técnica exploratória, principalmente para que não sejam esquecidos ou descartados
aspectos importantes, é aquela que se baseia em eliminações subsequentes, tentando-se considerar
todo o universo de causas hipotéticas ou agentes patológicos.
8
• a tentativa de estimarem-se recalques.
Também poderão ser adotadas medidas mais simples, para entendimento qualitativo do problema e
acompanhamento de sua eventual evolução. Nesse sentido, as fissuras poderão ser providas de
testemunhas ("gravatas") constituídas por material rígido (normalmente gesso nas partes internas da
construção e pasta constituída por cal e cimento nas partes externas) que, ao se fissurar indicará a
continuidade do movimento.
Poderão, também, serem utilizadas testemunhas em metal ou vidro, com traços de referência,
coladas alternadamente nos dois lados do componente adjacentes à fissura. Essas testemunhas,
conforme a Figura 2.2, podem fornecer uma idéia quantitativa dos deslocamentos ocorridos.
A verificação da movimentação relativa entre trechos da parede seccionada por uma fissura poderá
ser determinada com precisão, mediante instrumentação da fissura com bases de aço e leitura das
movimentações relativas entre essas bases com extensômetro; instrumenta-se, por exemplo, uma
fissura com três bases constituindo um triângulo equilátero, nas condições da Figura 2.3.
9
Figura 2.3 - Fissura Instrumentada com bases de aço para leitura dos deslocamentos relativos
2 2 c2 2
n = (a + ∆a ) − x − a − (2.1)
4
c
t = x− (2.2)
2
1
x=
2c
[
(a + ∆a ) 2 − (b + ∆b) 2 + c 2 ] (2.3)
Com base nas observações e levantamentos efetuados no local da obra, entretanto, o técnico já
poderá chegar na maioria das vezes ao diagnóstico do problema. Deve-se alertar, contudo, que
juízos precipitados e idéias preconcebidas geralmente conduzem a diagnósticos incorretos. A
similaridade de situações, algumas vezes muito forte, pode induzir a erro o técnico menos avisado
ou menos cuidadoso.
A fissura ilustrada na Figura 2.4, por exemplo, poderia ser precipitadamente atribuída a um recalque
da fundação, no canto direito do prédio; porém com a análise de todas as condições de contorno, foi
estabelecido que a da fissuração da alvenaria foi provocada por excessiva flexibilidade da estrutura
sob a parede.
10
Figura 2.4 - Fissuração da alvenaria devida à flexibilidade da estrutura de concreto armado, aparentando ter sido
provocada por recalque de fundação
No caso ilustrativo apresentado na Figura 2.6, havia, aparentemente, um fissura por sobrecarga
(compressão) no pé do pilar, procedendo-se com a abertura (retirada da camada de argamassa de
acabamento), verificou-se tratar de uma fissura proporcionada pelo movimento diferenciado,
provocado pelos diferentes coeficientes de dilatação térmica, entre a argamassa rígida e a manta de
impermeabilização.
11
Figura 2.6 - Fissura em pé de pilar provocada pelo movimentação térmica diferenciada entre a argamassa de
revestimento e a manta de impermeabilização.
Finalmente, a obtenção de dados históricos sobre a obra e/ou seu local de implantação às vezes
pode conduzir a pistas muito seguras no esclarecimento do problema. Assim sendo, a recuperação
do "diário de obra", de fotografias obtidas durante sua execução e de registros sobre eventuais
anomalias que tenham ocorrido na fase de construção ou de ocupação do edifício podem em alguns
casos ser tão importantes que os próprios levantamentos anteriormente mencionados.
12
• durabilidade do concreto
• analise petrográfica do concreto para investigação da sua microestrutura e agressividade
de elementos químicos;
• avaliação da taxa de corrosão do aço;
• inspeção por raios – x;
• impulsos ultra-sonicos;
• ensaio de arrancamento;
• difusão de clorídeos;
• medida “in-situ” das tensões no concreto e aço;
• medida “in-situ” da geometria, ações, respostas estáticas e dinâmicas.
A escolha dos testes a serem efetuados na edificação depende do engenheiro responsável pelo
processo de avaliação, pois uma escolha desnecessária poderá trazer resultados redundantes e
onerar o processo de avaliação.
Outra análise que pode ser realizada na estrutura, para verificação do estado potencial de risco que
esta oferece, denomina-se Prova de Carga. As provas de carga tem como objetivo testar a estrutura
com solicitações e avaliar as condições de resposta da edificação, principalmente quando existe a
necessidade de se manter a estrutura em uso durante o período de analise.
Condição de avaliação é uma medida efetiva para quantificar a deterioração geral de uma edificação
inspecionada, baseada na avaliação numérica de todos os tipos essenciais de danos revelados
durante a inspeção, cujas características possam ter impacto na segurança e na durabilidade da
edificação. A avaliação numérica deve levar em conta:
• O tipo de dano e seu efeito na segurança e/ou durabilidade da edificação (elemento
estrutural afetado);
• A máxima intensidade de um tipo de dano em uma parte da estrutura;
• O efeito do elemento estrutural afetado na segurança e durabilidade de toda a estrutura;
• A extensão e propagação esperado do tipo de dano observado.
13
2.3.1 Método Básico
Método oriundo da adaptação de norma Austríaca para avaliação de pontes, onde a avaliação do
componente estrutural é dada pela soma de valores atribuídos para cada tipo de dano, multiplicado
pela extensão e intensidade do dano, importância do elemento estrutural e pela urgência de
intervenção, de acordo com a seguinte expressão:
n
I = ∑ Gi .(k1i + k 2i + k 3i + k 4i ) (2.4)
i =1
Onde:
Item Descrição Valores Adotados
G Tipo de dano 1a5
k1i Extensão do dano 0a1
k2i Intensidade do dano 0a1
k3i Importância do elemento estrutural 0a1
k4i Urgência da intervenção 0 a 10
O índice obtido para a estrutura deve variar entre 0 a 70, e de acordo com o valor determinado, a
estrutura poderá ser classificada em 6 categorias de danos, abaixo apresentada:
14
2.3.2 Método Geral
Neste método o índice não é mais expresso pela simples soma dos valores dos danos verificados
nos elementos estruturais, mas pela razão entre:
• A soma efetiva dos valores dos danos obtidos levando em conta a lista fechada de tipos
de danos potenciais detectados na inspeção “in loco”, e;
• A soma de referência de valores de danos obtidos levando-se em conta a mesma lista
fechada de todo tipo de dano que poderia realisticamente ocorrer na mesma estrutura ou
elemento estrutural, multiplicada pela intensidade unitária e fatores de extensão.
Assim o índice de condição de uma estrutura é definido com a fração ou percentagem do valor de
referência associado com a condição assumida da estrutura em particular. O índice de condição
pode ser calculado não só para a estrutura completa, mas também para cada componente estrutural,
principal ou não. No caso de estruturas multi-andares e multi-vãos, aonde a inspeção é feita vão a
vão, o índice é expresso pela soma média dos valores de danos calculados para cada vão.
Onde:
VD = Valor do tipo de dano
Bi = valor básico associado ao tipo de dano i sobre a segurança e ou durabilidade do
componente estrutural inspecionado
K1i = fator do elemento estrutural, função de sua importância no contexto
da estrutura como um todo
K2i = fator indicativo da intensidade do tipo de dano i
K3i = fator cobrindo a extensão da propagação do tipo de dano “i” nos elementos
inspecionados;
K4i = fator enfatizante da urgência necessária da intervenção do dano “ i “
15
A lista de danos pode assumir os seguintes valores (Pontes):
• Deslocamentos (Bi)
- Infraestrutura: Movimentos Laterais = 2,0
Rotações e Desaprumos = 2,0
Recalques Diferenciais = 3,0
Descalçamento das Fundações = 4,0
- Superestrutura: Movimentos Verticais = 2,0
Irregularidades = 1,0
Os valores determinados pelas condições de avaliação pós inspeção vão permitir a determinação do
parâmetro de condição “RC “ que é então calculado pela expressão:
RC =
∑V D
(2.6)
∑V D , ref
Onde:
VD = soma efetiva de valores de danos calculados para a estrutura observada
(ou parte), relacionada com os tipos de defeitos da lista incorporada, e;
VD,re = soma de referência dos valores de dano obtidos levando em conta todos os danos
obtidos na lista, que podem potencialmente ocorrer na mesma estrutura.
O parâmetro de condição Rc da estrutura (ou do elemento estrutural isolado), deve então ser
comparado com a capacidade de carga restante da estrutura, que poderá, Poe sua vez, ser
determinada mediante:
• Análise estrutural, levando em conta as condições medidas em cada seção crítica e
considerando os dados de ensaios e testes, quando disponíveis;
• Redução da resistência de projeto, considerando a deterioração ou envelhecimento que afeta
a estrutura ou o elemento estrutural sob análise;
• Prova de carga, quando os dados disponíveis são insuficientes para as considerações de
análise a serem feitas.
17
3 – ENSAIOS PARA ESTUDOS DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
3.1 - INTRODUÇÃO
Os Ensaios Não Destrutivos – END são ensaios realizados em materiais, acabados ou semi-
acabados, para verificar a existência ou não de descontinuidades ou defeitos, através de princípios
físicos definidos, sem alterar suas características físicas, químicas, mecânicas ou dimensionais e
sem interferir em seu uso posterior.
Cabe salientar, que os ensaios não destrutivos não substituem os ensaios destrutivos, já há muito
tempo utilizado por engenheiros e técnicos. Estes exigem a retirada de amostras, a confecção de
corpos de prova, os quais são rompidos ou deformados para então se concluir a avaliação da
estrutura. Assim, não devemos imaginar que os ensaios não destrutivos sejam novos
aperfeiçoamentos que dispensam ensaios destrutivos. Porém, os END têm algumas vantagens como
resultar em pouco ou nenhum dano à estrutura, podem ser aplicados com a estrutura em uso e
permitem que problemas possam ser detectados quando em estágio ainda inicial.
Os principais métodos são: ensaio visual, ultra-som, radiografia (Raios-X e Gama) e esclerometria.
Outros métodos aplicados: líquido penetrante, partículas magnéticas, análise de vibrações, emissão
acústica, canin, resistivimeter (resi). A Figura 3.1 apresenta um quadro resumo com as principais
aplicações para os ensaios não destrutivos com seus respectivos ensaios.
18
Resistência Elasticidade Mudanças Armaduras Densidade Umidade
estruturais
Deformações
O sucesso da aplicação destes ensaios está vinculado aos seguintes itens: pessoal treinado e
qualificado; procedimento qualificado para conduzir o ensaio; equipamentos devidamente
calibrados; normas e critérios de aceitação perfeitamente definidos.
A inspeção visual é o primeiro ensaio não destrutivo aplicado em qualquer tipo de peça ou
componente, e está freqüentemente associado a outros ensaios de materiais. É o ensaio mais
empregado por ser o mais simples e por fazer parte de maneira direta ou indireta de qualquer
trabalho executado; ou seja, o simples fato de observar as condições superficiais de uma estrutura
de concreto pode fornecer a um profissional experiente, conclusões sobre o estado desta estrutura.
Para a inspeção de peças de concreto, onde o acesso é limitado, utiliza-se de fibras ópticas
conectadas a espelhos ou microcâmeras de TV com alta resolução, além de sistemas de iluminação,
fazendo a imagem aparecer em oculares ou em um monitor de TV. São soluções simples e
eficientes, conhecidas como técnicas de inspeção visual remota.
19
Simplicidade de realização e baixo custo operacional são as características deste método, mas que
mesmo assim requer uma técnica apurada, obedece a sólidos requisitos básicos que devem ser
conhecidos e corretamente aplicados.
Para se fazer o ensaio de Inspeção Visual, deve-se ter alguns equipamentos básicos como:
- escada;
- lupa e binóculo;
- fissurômetro;
- trena;
- máquina fotográfica;
- epi’s;
- trado;
- lápis;
- lanterna;
- martelo;
- nível de mangueira;
- filmadora, etc.
Outro aspecto importante durante a inspeção visual de uma obra consiste na análise dos projetos e
na obtenção de informações sobre a obra, tais como: época de construção, qualidade da mão de
obra, utilização da edificação, ambiente inserido, etc. Também é importante mapear e quantificar
todas as patologias encontradas. Para a obtenção destas informações, sugere-se a utilização de um
questionário, como exemplificado abaixo:
20
Ensaios já executados: _________________________________________________
Croquis das patologias:
3.3 - ESCLEROMETRIA
3.3.1 Generalidades
Método de ensaio não destrutivo que mede a dureza superficial do concreto, fornecendo elementos
para a avaliação da qualidade do concreto endurecido. O aparelho utilizado é o esclerômetro,
desenvolvido pelo engenheiro Ernst Schmidt.
Em função das características da estrutura de concreto que deve ser analisada e segundo o maior ou
menor grau de precisão desejado, deve ser escolhido um dos seguintes tipos que melhor se adequar
à situação:
Energia de percussão de 2,25 N.m com ou sem fita registradora automática (este tipo pode
ser utilizado em casos normais de construção de edifícios e postes, não devendo ser
utilizado em concretos com resistência à compressão inferior a 8MPa);
Energia de percussão de 0,75 N.m com ou sem fita registradora automática (este tipo é
apropriado para elementos, componentes e peças de concreto de pequenas dimensões e
sensíveis aos golpes);
Energia de percussão de 30 N.m (este tipo é mais indicado para obras de grandes volumes
de concreto, concreto massa e pistas protendidas de aeroportos);
21
Energia de percussão de 0,90 N.m com ou sem aumento da área da calota esférica da
ponta da haste (é indicado para concretos de baixa resistência).
nIEnom
k=
∑ IE j
onde:
k = coeficiente de correção do índice esclerométrico;
n = número de impactos na bigorna de aço;
IEnom = índice esclerométrico nominal do aparelho na bigorna de aço, fornecido pelo
fabricante;
IEi = índice esclerométrico obtido dos (pelo menos nove) impactos do esclerômetro na
bigorna de aço.
O esclerômetro de reflexão não deve ser utilizado quando o índice esclerométrico for igual ou
menor que 20%.
22
aditiva para ângulo igual a –90º (laje de teto) e máxima subtrativa para ângulo igual a +90º (laje de
piso).
Superfícies úmidas ou carbonatadas devem ser evitadas. Caso se deseje ensaia-las, devem ser
adequadamente preparadas, se necessário, aplicados coeficientes de correção, e declarados na
apresentação dos resultados.
A área de ensaio deve estar distante, no mínimo 50 mm, de cantos e arestas das peças, e deve ser
superior a 5000 mm2 (70 x 70mm) e inferior a 40000 mm2 (200 x 200mm).
As áreas devem estar geométrica e uniformemente distribuídas pela região da estrutura que está
sendo analisada. O número mínimo de áreas de ensaio deve ser em função da própria
heterogeneidade do concreto, aumentando com esta. É aconselhável pelo menos uma área de ensaio
por elemento, componente ou peça de concreto que está dentro da região de estudo.
23
Em peças com grandes volumes de concreto é aconselhável que sejam avaliadas com pelo menos
duas áreas de ensaio, localizadas preferencialmente em faces opostas. Caso se apresentem
heterogêneas, aumenta-se o número de áreas de ensaio a serem examinadas.
3.3.4 Impactos
Em cada área de ensaio devem ser efetuados no mínimo 9 e no máximo 16 impactos. A distância
mínima entre os centros de dois impactos deve ser de 30 mm, que devem estar uniformemente
distribuídos na área de ensaio. Para a demarcação desta área usa-se a régua graduada e o giz.
1 2 3 1 2 3 4
4 5 6 5 6 7 8
7 8 9 9 10 11 12
13 14 15 16
Devem ser evitados impactos sobre agregados, armadura, bolhas, etc. Não é permitido mais de um
impacto sobre um mesmo ponto. Quando isto ocorrer o valor lido não deve ser considerado no
cálculo dos resultados.
24
Este método fornece apenas uma boa medida da dureza relativa da superfície de concreto
sendo as correlações com as suas demais propriedades, determinadas empiricamente, ou
verificadas através de outros ensaios específicos;
Os métodos esclerométricos são empregados nas seguintes circunstancias:
- averiguação da uniformidade da dureza superficial do concreto;
- comparação de concretos com um referencial: isto pode se aplicar a casos onde se deseje
comparar a qualidade de peças de concreto. Pode se aplicar também como um recurso a
mais no controle de qualidade de peças pré-moldadas. Neste caso o índice esclerométrico
crítico pode ser pré-avaliado por ensaios de desempenho do componente de concreto.
3.3.7 Resultados
1. Calcular a média aritmética dos n (9 a 16) valores individuais dos índices
esclerométricos correspondestes a uma única área de ensaio (M I).
MI =
∑ IE
n
2. Desprezar todo índice esclerométrico individual que esteja afastado de mais ou menos
10% do valor médio obtido.
3. Calcular a nova e definitiva média aritmética com os índices restantes (M II).
MII =
∑ IE
n*
n* = valores compreendidos entre os limites superiores e inferiores.
4. Corrigir, se necessário, o valor médio do índice esclerométrico obtido de uma área de
ensaio para um índice correspondente à posição horizontal. Os coeficientes de correção
devem ser fornecidos pelo fabricante do esclerômetro.
5. O valor obtido conforme itens 1 a 4, denomina-se índice esclerométrico médio da área
de ensaio e deve ser indicado por IE.
6. Obter o índice esclerométrico médio efetivo (IE) de cada área de ensaio com o valor de
IE e do coeficiente de correção indicado no capítulo 6.3.1, usando a fórmula:
IE = K. IE
Obs: Em alguns casos pode ser necessário aplicar outros coeficientes de correção devidos à
umidade, cura, idade, carbonatação, etc, a critério dos profissionais envolvidos no estudo e
desde que declarados na apresentação dos resultados.
7. De cada área de ensaio obtém-se um único índice esclerométrico médio efetivo.
26
8. A apresentação dos resultados deve conter as informações de 8.1 a 8.8:
8.1. Modelo de esclerômetro de reflexão utilizado.
8.2. Índices esclerométricos individuais da aferição do aparelho e de cada área de ensaio.
8.3. Posição do aparelho para a obtenção de cada índice esclerométrico de cada área de
ensaio.
8.4. Coeficientes utilizados na correção de cada um dos índices esclerométricos, em função
da posição do aparelho.
8.5. O valor do índice esclerométrico médio (IE) de cada área de ensaio.
8.6. Coeficientes utilizados nas eventuais correções em função de umidade, cura idade,
carbonatação, etc.
8.7. O valor do índice esclerométrico médio efetivo (IE) de cada área de ensaio.
8.8. Todas as demais informações que ainda se fizerem necessárias.
3.4. ULTRA-SOM
3.4.1 Introdução
Existem diversos estudos no sentido de se determinar uma propriedade física do concreto que
pudesse ser relacionada com a resistência à compressão. Conseguiram-se bons resultados pela
determinação da velocidade de ondas longitudinais através do concreto. A relação é bastante
complexa, mas sob determinadas condições, essas grandezas estão relacionadas. O fator comum é a
massa específica: uma variação da massa específica resulta na variação de velocidade dos pulsos e
na variação de resistência do concreto. A Figura 3.2 apresenta um esquema de funcionamento de
pulsos ultra-sônicos.
27
O ultra-som é um método baseado em vibrações próximas das do som. Detecta descontinuidades
internas em materiais, baseando-se no fenômeno de reflexão de ondas acústicas quando encontram
obstáculos à sua propagação, dentro do material.
Geralmente, as dimensões reais de um defeito interno podem ser estimadas com uma razoável
precisão, fornecendo meios para que a peça ou componente em questão possa ser aceito, ou
rejeitado, baseando-se em critérios de aceitação da norma aplicável. Utiliza-se ultra-som também
para medir espessura e determinar corrosão com estrema facilidade e precisão.
28
O ensaio ultra-sônico é, sem sombra de dúvidas, o método não destrutivo mais utilizado e o que
apresenta o maior crescimento, para a detecção de descontinuidades internas nos materiais.
3.4.2 Histórico
O primeiro estudo utilizando o método de freqüência de ressonância foi o de Powers em 1938.
Nesse método, as provetas podem ser obrigadas a vibrar longitudinal ou transversalmente, às vezes,
impõem-se também vibrações de torção.
Em 1949, no Canadá, Leslie e Cheesmann determinaram pela primeira vez a profundidade de uma
fissura no concreto.
29
São ondas cujas partículas oscilam na direção de propagação da onda, podendo ser transmitidas a
sólidos, líquidos e gases. Em decorrência do processo de propagação, este tipo de onda possui uma
alta velocidade de propagação, característica do meio e são as mais utilizadas.
• Ondas de Superfície:
Consiste em vibrações longitudinais e transversais.
Como o ultra-som deve passar do transdutor para a peça com o mínimo de interferência, há
necessidade de colocar um elemento, o acoplante, que faça esta ligação, evitando o mau contato.
Este acoplante pode ser óleo, água, glicerina, graxa, etc. Quanto maior a velocidade do pulso ultra-
sônico, melhor qualidade do concreto ensaiado.
30
Técnica Indireta: É um ensaio comum de emissor/receptor, que utiliza dois transdutores
angulares, um como transdutor emissor e o outro receptor, fixos a um gabarito com distância
também fixa entre eles. Esse método é utilizado para detecção de defeitos perpendiculares à
superfície da peça (profundidade das trincas). Permite o ensaio em uma certa zona de
profundidade preestabelecida. O transdutor receptor só apresenta um sinal quando existe uma
descontinuidade.
Técnica Semidireta: A técnica semidireta detecta falhas internas. Opera com um transdutor
angular como emissor e outro normal ou reto como receptor.
Vantagens:
• trincas devido a tratamento térmico, fissuras e outros de difícil detecção por ensaio de
radiações penetrantes (radiografia ou gamagrafia);
• Para interpretação das indicações, dispensa processos intermediários, agilizando a
inspeção;
Limitações:
31
Faixas de espessuras muito finas constituem uma dificuldade para aplicação do método;
Requer o preparo da superfície para sua aplicação. Em alguns casos de inspeção de solda, existe a
necessidade da remoção total do reforço da solda, que demanda tempo de fábrica.
Densidade do Concreto: quando são testados concretos mais densos (pesados), verifica-se um
aumento da velocidade de propagação dos impulsos ultra-sônicos;
Tipo de cimento;
Possível existência de aço (em concreto armado), tanto pela qualidade quanto pela quantidade do
mesmo;
32
Velocidade de pulsos longitudinais (km/s) Qualidade do concreto
33
3.5 - RADIOGRAFIA, RADIOSCOPIA E GAMAGRAFIA
3.5.1 Introdução
Métodos atômicos, apesar de não conduzirem a avaliação da resistência do concreto, estão
enquadrados nos ensaios não destrutivos, pois permitem determinar algumas propriedades do
34
concreto, bem como do aço (concreto armado). Consistem no emprego de emissões do átomo ou do
núcleo atômico radioativado.
3.5.2 Radiografia
É a técnica convencional via filme radiográfico, com gerador de Raio X por ampola de metal
cerâmica. Um filme mostra a imagem de uma posição de teste e suas respectivas descontinuidades
internas.
A radiografia utiliza equipamentos pesados e caros além de envolver perigos para os seres vivos
que inadvertidamente se exponham às radiações eletromagnéticas durante a realização dos ensaios
não destrutivos. Por isso que a sua execução impõe cuidados e normas especiais.
A radiografia obtém-se por exposição da peça que se pretende avaliar, devidamente orientada
segundo o melhor ângulo e de acordo com o tipo de defeito que se pretende identificar e também
com as características geométricas do componente.
Este método pressupõe uma fonte de radiação eletromagnética suficientemente potente para poder
atravessar as paredes metálicas dos componentes durante um intervalo de tempo proporcional à
espessura a inspecionar, à potência da fonte de radiação e à distância entre a fonte e a peça.
Imediatamente por detrás da superfície a avaliar é colocada uma película radiográfica que, ao ser
atingida pelas radiações, irá ser impressionada de acordo com a quantidade de radiação que a atinge
(como nas fotografias). A maior ou menor quantidade de radiação que chega à película depende da
existência de zonas sem material a que correspondem fissuras, ocos, poros, etc., que por não
absorverem energia permitem a passagem de maior quantidade em direção à película.
Após a revelação da película radiográfica, a presença dos eventuais defeitos irá aparecer sob a
forma de riscos e marcas mais escuras. Tal como em outros ensaios não destrutivos, é necessário
35
distinguir entre anomalias inócuas e defeitos significativos. Para isso, devem usar películas de
sensibilidade apropriada e a sua revelação deve se realizar de acordo com padrões
internacionalmente aceitos. Uma vez mais, a experiência e competência dos executantes e
intérpretes são fundamentais para uma correta avaliação.
Este método é sempre utilizado perante zonas inacessíveis ou para avaliar áreas que se encontram
escondidas por detrás de grandes espessuras. Assim, para grandes espessuras aumentam-se a
potência da fonte de radiação ou o tempo de exposição.
A fonte de radiação pode ser um equipamento de emissão de Raios X em que a potência radioativa
é controlada eletricamente e o feixe de radiação pode ser dirigido segundo um cone de dispersão
orientável. Este equipamento é caro e apenas necessita de alimentação elétrica para a sua utilização.
3.5.3 Gamagrafia
Quando se coloca um material na trajetória da radiação de uma fonte radioativa, parte da radiação é
absorvida e parte difundida, dependendo da densidade do material. A intensidade da radiação
difundida é medida através de um contador de Geiger.
O equipamento Gama independe de qualquer fonte de energia elétrica, pois está sempre emitindo
irradiações, cuja intensidade varia com a atividade da fonte. Tem como fonte de radiação um
componente radioativo, chamado de “isótopo radioativo”, que pode ser o Irídio, Cobalto, Túlio,
Césio, ou modernamente o Selênio.
A saída da fonte radioativa do seu bloco de estocagem, durante o período de exposição, deve ser
obrigatoriamente feita com controle remoto a uma distancia suficiente para limitar a exposição do
pessoal.
37
A zona de trabalho deve ter dimensões tais que, nos meus limites, os equivalentes das dosagens
máximas admissíveis para pessoas diretamente ligadas ao trabalho sob irradiação. Essa zona pode
ser reduzida pelo emprego de urânio, tungstênio ou chumbo.
Convém lembrar que, para efetuar a radiografia de uma peça de concreto, é preciso que se tenha
acesso às duas faces, pois numa delas se posiciona a parte emissora e na outra o receptor (filme).
A fim de posicionar a emissora em qualquer lugar, é preciso ter fora dos aparelhos meios que
permitam ejetar a fonte. Esses meios, denominados de controle remoto, podem ser manuais ou
elétricos. No caso de um controle remoto manual (aparelho para Irídio 192), não se pode ejetar a
fonte senão a uma distância de 8 metros. Para os controles remotos elétricos (Cobalto 60), a ejeção
é de 15 metros na horizontal e 12 na vertical.
Os equipamentos que utilizam os isótopos radioativos são constituídos, basicamente, por uma
caixa-contentora, com dimensões aproximadas a uma mala pequena, construída em chumbo e
concreto para conter as radiações. Ao contrário dos equipamentos de Raios X que só produzem
radiação quando são ativados, as fontes de Raios Gama estão constantemente a emitir radiação em
todas as direções. Enquanto essa fonte se encontra no interior dos contentores a radiação libertada é
absorvida pelas paredes dos mesmos. Uma vez a fonte exposta no exterior, a radiação liberta pode
ser utilizada para impressionar uma película radiográfica.
Os isótopos radioativos obedecem a uma lei física que determina que ao fim de um determinado
período de tempo (horas, dias, meses ou anos) a potência radioativa decai para metade e assim
sucessivamente ao fim de cada período com a mesma duração. Este fato determina o desgaste das
fontes radioativas o que onera a exploração deste método radiográfico. No caso particular do Irídio
192, a sua massa e potência radioativa decaem para metade ao fim de cada período de 74,4 dias.
Para além do custo de exploração inerente ser bastante elevado (para um baixo investimento inicial)
por oposição ao método de Raios X (em que o investimento inicial é elevado, mas o custo de
exploração baixo) os perigos inerentes à utilização e operação de um equipamento de Raios Gama
são muito superiores relativamente à utilização dos Raios X. Por este motivo e para se eliminar o
manuseamento de material radioativo, este processo está proibido em muitos países e em muitas
atividades, por isso em extinção.
38
As vantagens em relação aos Raios X residem em utilizarem equipamentos de menores dimensões
(embora maior peso) e potências radioativas maiores o que permite maior produtividade na
realização dos ensaios.
3.5.4 Radioscopia
A peça é manipulada a distância dentro de uma cabine a prova de radiação, proporcionando uma
imagem instantânea de toda peça em movimento, portanto tridimensional, através de um
intensificador de imagem acoplado a um monitor de TV. Imagens da radioscopia agrupadas
digitalmente de modo tridimensional em um software possibilita um efeito de cortes mostrando as
descontinuidades em três.
Cuidados:
Os executantes de ensaios não destrutivos, acima descritos, devem ser constantemente vigiados
através de análises do sangue e usar dosímetros ou placas detectoras, a fim de controlar as doses
radioativas a que ficaram expostos durante um determinado período.
A radiografia é aplicada sob a forma de ensaios não destrutivos em concreto em casos especiais
devido ao custo elevado e aos cuidados adicionais quanto a radioproteção, além de tempos
extremamente altos nos casos de grandes estruturas.
3.6.1 Introdução
Nos anos 60, nos Estados Unidos, desenvolveu-se a técnica de correlacionar a resistência do
concreto e a profundidade de penetração de um pino ou de um parafuso disparados com uma pistola
contra uma superfície de concreto.
39
Windsor. Para ensaiar concretos comuns, utilizam-se pinos com 7,9mm de diâmetro, ambos com
79,5mm de comprimento.
A profundidade da penetração dos pinos é usada para estimar a resistência do concreto usando-se
curvas de calibração. O sistema disponível internacionalmente denomina-se “Windsor Probe”. No
Brasil faz-se uma adaptação do método, utilizando-se pistolas e pinos da marca WALSYWA.
Este método pode ser empregado em concretos com agregados de dimensão máxima característica
de até 50mm, com superfície lisa ou áspera. Com ele pode-se avaliar o concreto entre 25mm e
75mm abaixo da superfície.
Para a execução do ensaio, deve-se marcar sobre a superfície a ser ensaiada um triângulo eqüilátero
com 178mm de lado, e crava-se um pino com 7,9mm de diâmetro e 79,5mm de comprimento em
cada vértice e mede-se o comprimento exposto do pino, que deve ser superior a 25mm (limite das
curvas de calibração).
Para a realização do ensaio é necessário o acesso apenas a uma face da estrutura. É necessário evitar
barras de aço, no caso do concreto armado, e tomar os cuidados inerentes à utilização de uma arma
40
de fogo. Após as medições, devem ser retirados os pinos, deixando um dano na superfície em torno
de 75mm de diâmetro.
3.6.4 Aplicações
O método é usado para estimar a resistência à compressão e uniformidade do concreto. Como o
ensaio pode ser feito com disparos através da madeira, pode-se estimar a resistência antes da
retirada das fôrmas.
A estimativa de resistência apresenta acurácia em torno de 15% a 20%, desde que os corpos de
prova sejam moldados, curados e ensaiados sob condições idênticas àquelas com as quais foram
estabelecidas as curvas de calibração.
Devido à penetração do pino no concreto, os resultados deste ensaio não são influenciados pela
textura e a umidade da superfície, no entanto a superfície deve ser limpa e plana. O tipo de agregado
apresenta grande influência nos resultados do ensaio, tanto que os fabricantes dos equipamentos
consideram apenas a dureza do agregado para a confecção das curvas de calibração. A correlação
entre o comprimento exposto do pino e a resistência à compressão do concreto, segundo dois tipos
de agregados, são apresentadas pelas expressões abaixo:
41
3.7 - MÉTODO DA MATURIDADE
Este método propõe que a medição do histórico de temperatura durante o período de cura pode ser
usado para calcular um fator para estimar a resistência do concreto, chamado fator de maturidade.
te = Σ (T+16)2 ∆t
1296
Esta expressão é válida para temperatura ambiente de 20ºC, fornecendo melhores resultados.
42
Existem diversos estudos que correlacionam a maturidade e a resistência à compressão. Em 1956,
Nykanen propôs a seguinte expressão:
S = S∞ (1-e-KM)
onde:
S→ resistência à compressão
S∞→ limite de resistência à compressão
M → maturidade
K→ constante que depende do fator a/c e do tipo de cimento
3.8 – CARBONATAÇÃO E pH
3.9 – PACOMETRIA
3.10 – PIT/ECD
O PIT é um ensaio que visa principalmente determinar a variação ao longo da profundidade das
características do concreto de estacas de fundação. A forma usual do ensaio consiste na colocação
de um acelerômetro de alta sensibilidade no topo da estaca sob teste, e na aplicação de golpes com
um martelo de mão. Os golpes geram uma onda de tensão, que trafega ao longo da estaca, e sofre
reflexões ao encontrar qualquer variação nas características do material. Essas reflexões causam
variações na aceleração medida pelo sensor. Quando uma estaca é atingida pelo impacto de um
martelo, uma onda de tensão é gerada. Esta onda se propaga ao longo do fuste com uma velocidade
que é função exclusivamente das características do material da estaca. À medida que se propaga, a
onda sofre reflexões em seu trajeto. Essas reflexões podem ser provocadas por variações nas
características do material da estaca, pela presença de atrito lateral ou resistência de ponta, ou pela
própria ponta da estaca. Qualquer variação de impedância ao longo da estaca provoca reflexões da
onda. Estas reflexões, ao atingirem o ponto onde está instalado o sensor, provocam uma variação
brusca na velocidade de deslocamento da partícula neste ponto.
O uso mais comum do ensaio PIT é o de detectar falhas na concretagem de estacas de concreto
moldadas "in loco". No entanto, o ensaio pode também ser usado para determinar ou confirmar o
comprimento de estacas de concreto. Este ensaios não fornece informações sobre a capacidade de
carga de estacas; para isto utiliza-se o Ensaio de Carregamento dinâmico (ECD).
44
O Ensaio de Carregamento Dinâmico, também chamado de ensaio dinâmico ou prova de carga
dinâmica, é um ensaio que objetiva principalmente determinar a capacidade de ruptura da interação
estaca-solo, para carregamentos estáticos axiais. A metodologia do ECD encontra-se normalizada
através da NBR-13208, de outubro de 1994.
Ele difere das tradicionais provas de carga estáticas pelo fato do carregamento ser aplicado
dinamicamente, através de golpes de um sistema de percussão adequado. A medição é feita através
da instalação de sensores no fuste da estaca. O sinal dos sensores são enviados por cabo ao
equipamento PDA, que armazena e processa os sinais "on line". O principal objetivo do ECD é o de
obter a capacidade de ruptura do solo. Entretanto, paralelamente muitos outros dados podem ser
obtidos pelo ensaio. Alguns dos mais importantes são:
O potencial de corrosão no aço existente em estruturas de concreto armado pode ser medido pela
diferença de potencial entre o aço e um eletrodo de referência, neste caso utiliza-se o eletrodo de
cobre- sulfato de cobre, que esteja em contato com a superfície de concreto. Este ensaio é descrito
pela ASTM C876. Antes de se efetuar o ensaio devem ser observados alguns aspectos relativos à
estrutura em análise, são eles:
45
- A superfície do concreto não deve apresentar desplacamentos ou trincas;
- Deve haver continuidade elétrica entre as barras de aço;
- O ensaio deve ser realizado em um dia considerado “típico”.
Alguns cuidados também são necessários para evitar interpretações errôneas dos resultados, de
modo que este ensaio não deve ser feito em locais onde haja sintomas evidentes de corrosão, isto
porque após a formação dos produtos da corrosão, ocorrem fissuras que quebram a ligação
eletrolítica em torno da armadura e ainda certos tipos de carepas de corrosão possuem potenciais
elétricos similares aos metais nobres, não indicando a existência da corrosão.
O gradiente de potenciais obtido no ensaio indica a direção das correntes de corrosão, que estão
correlacionadas com as áreas comprometidas da estrutura. No entanto, somente com os resultados
do ensaio de potencial de corrosão não é possível fazer uma avaliação 100% precisa. A ASTM 876
fornece um padrão para a análise dos resultados, sendo:
Os resultados podem ser apresentados em forma de curvas de nível, escala de cores ou mapa
pontual.
46
3.12 – EXTRAÇÃO DE TESTEMUNHOS
Outras informações importantes podem ser coletadas através da inspeção dos mesmos, tais como:
compacidade do concreto, homogeneidade, aderência em juntas de construção, espessura de lajes ou
placas de pavimento, deterioração do concreto e a verificação de aderência de armaduras, em obras.
Também tem importante aplicação na investigação de estruturas com reações expansivas álcali-
agregado.
Os testemunhos são peças de forma cilíndrica, cúbica ou prismática, que podem ser extraídos do
concreto por meio de corte com sonda rotativa ou com disco. Para isso, utiliza-se uma máquina
extratora dotada de coroa diamantada e refrigerada à água que realizará as perfurações e cortes no
concreto.
Este procedimento para a determinação da resistência do concreto nos diâmetros preconizados pela
norma brasileira, dado o caráter semi-destrutivo do ensaio, provoca um dano no elemento que se
estuda. Qualquer atuação neste sentido deve contemplar previamente a análise da segurança
estrutural que se deriva da extração e quanto menor o dano produzido menor será o efeito sobre a
mesma. Em muitos casos, a extração de testemunhos com os diâmetros pedidos em norma
produzirá danos inaceitáveis na estrutura.
Sempre que possível, os testemunhos devem ser extraídos de locais próximos ao centro do elemento
estrutural e nunca a uma distância menor do que o um diâmetro do testemunho com relação às
bordas ou juntas de concretagem. A distância mínima entre as bordas das perfurações não deve ser
47
inferior a um diâmetro do testemunho. A relação entre a altura e o diâmetro deve ser,
preferencialmente 2. Em alguns casos pode-se alterar esta relação, porém, faz-se necessário utilizar
um fator de correção.
A resistência do concreto na data da extração deve ser, sempre que possível, superior a 5,0 MPa no
caso do uso de serra ou 8,0 MPa no caso de uso de sonda.
Dentre vários fatores, a altura de extração na peça tem influência significativa nos resultados de
resistência do concreto. Testemunhos extraídos próximos da superfície superior da estrutura
geralmente têm resistência menor. Segregação, exsudação do concreto e cura mal feita são alguns
dos responsáveis por estes resultados. Neville observa, porém, que o aumento da resistência dos
testemunhos com a profundidade deixa de ser significativa a partir de 300 mm. Em peças verticais
de grande altura, como pilares, vários pesquisadores comprovaram a variação sistemática da
resistência à compressão de testemunhos extraídos de diferentes alturas de um mesmo pilar,
chegando à redução de até 20% entre os concretos de topo e da base do pilar.
48
Comparativamente com os corpos-de-prova cilíndricos de 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura,
moldados e curados em condições normais, segundo as normas da ABNT, cujos resultados de
ruptura à compressão aos 28 dias de idade, são adotados no Brasil como referência nas análises
estruturais, é consenso entre os pesquisadores que, por diversos fatores (deficiência das condições
de cura da estrutura, danos causados pelo processo de extração, presença de barras de aço,
condições de ruptura, etc.) os testemunhos extraídos apresentam resistências inferiores, para a
mesma idade de referência considerada.
Pelos diversos fatores intervenientes na resistência final dos testemunhos, são aceitos
consensualmente por pesquisadores e entidades normalizadoras, percentuais entre 10% a 30% de
redução dessa resistência em relação à resistência potencial dos corpos-de-prova de referência.
49
através da determinação de diferenças de potenciais elétricos medidos na superfície do concreto
causadas por uma pequena corrente de superfície. A relação entre a corrente elétrica e o potencial
elétrico é dada pela Lei de Ohm:
݅=
ோ
Onde R representa a resistência do sistema. Considerando que a resistência elétrica não é uma
propriedade do material, mas depende das dimensões do mesmo, é importante determinar a
Resistividade elétrica ρ do material, pela expressão:
ܴ=ߩ
50
à compressão do concreto. É importante ressaltar que esta correlação estabelecida é válida para o
concreto ensaiado, ou seja, para concretos que possuam os mesmos materiais e a mesma dosagem.
Um dos testes mais convincentes de segurança de uma estrutura já terminada é a prova de carga. Na
verdade, ao colocarmos a estrutura nas condições para a qual foi calculada, construída ou reforçada,
estamos em condição de observar o seu comportamento.
A prova de carga é uma ferramenta muito útil para verificar o estado em que se encontram antigas
estruturas, quando uma análise teórica não seja suficiente ou quando haja suspeita de que pelo
tempo de uso ou outras causas, sua capacidade de suportar esteja abaixo dos níveis especificados.
O nível de carregamento da estrutura durante o ensaio varia de acordo com a finalidade do mesmo.
Definindo Ψ como Fator de Carregamento; Fe como Esforço solicitante teórico do Ensaio de prova
de carga e Fd como Esforço solicitante teórico de Projeto, pode-se expressar o Fator de
Carregamento por:
ி
Ψ=
ிௗ
Também é impreterível a realização de alguns estudos teóricos antes de se executar uma prova de
carga em uma estrutura para se determinar os critérios de ensaio. Os estudos necessários são:
- Coeficiente de segurança do ensaio relativamente ao estado último;
- Dimensionamento do carregamento para submeter a estrutura às solicitações previamente
estabelecidas;
51
- Escolha dos efeitos a serem controlados, por exemplo: rotações, deslocamentos,
deformações, etc.
- Escolha dos pontos da estrutura a serem controlados;
- Previsão teórica dos efeitos do ensaio sobre a estrutura;
- Previsão da tolerância dos desvios entre o ensaio e as previsões teóricas;
- Critérios de aceitação ou liberação para as fases de carregamento.
Quando um metal está imerso em uma solução que contém seus próprios íons, instala-se um
potencial de eletrodo, cujo valor é dado pela equação de Nernst, apresentada na expressão abaixo.
ோ்
ܧ = ܧ+ ቀ ቁ ݈݊ሺܽெశ ሻ
ி
Na equação de Nernst, o termo RT/nF envolve constantes conhecidas, e a uma temperatura de 25ºC,
O potencial elétrico de um metal pode ser medido pela combinação do eletrodo com um eletrodo de
referência e pela determinação da força eletro-motriz (f.e.m.) da pilha que se forma. Desse modo,
desejado. Em soluções diluídas, a atividade iônica medida será a mesma que a concentração iônica.
(VOEGEL, 1992).
52
Para a determinação da concentração do íon Cloreto em uma solução pode-se utilizar a
potenciometria direta, que utiliza uma única medida do potencial do eletrodo para determinar a
concentração, mesmo sem que o íon esteja diretamente envolvido na reação do eletrodo. Para este
O fio de prata pode ser considerado como um eletrodo de prata cujo potencial é dado pela equação
abaixo:
ோ்
ܧ = ܧ + ቀ ቁ ݈݊൫ܽశ ൯
ி
Os íons prata são provenientes do cloreto de prata e, pelo princípio de solubilidade, a atividade
destes íons será governada pela atividade dos íons Cloretos, conforme equação seguinte:
ܽ ౺ೞሺಲሻ .
శ ୀ
ೌష
ோ் ோ்
ܧ = ܧ + ቀிቁ ݈݊ሺΚ ௦ ሻ − ቀிቁ ݈݊ሺܽష ሻ
Para se obter medições analíticas, um dos eletrodos deverá ter potencial constante e não pode haver
mudanças de um experimento para outro. Este eletrodo recebe o nome de “eletrodo de referência”.
53
3.16.2 Determinação da concentração de sulfatos no concreto
A determinação do teor de sulfatos no concreto pode ser feita através da potenciometria, como
descrito no procedimento para a determinação do teor de cloretos, apenas mudando o eletrodo, ou
através de análise química, como descrito abaixo.
Andrade (1992) recomenda utilizar uma amostra de 5g de concreto moído e seco, pesada com
precisão de 1mg, colocando-a em um copo de Becker onde adiciona-se 25ml de água destilada fria
e 10ml de ácido clorídrico concentrado, mexendo constantemente com uma haste de vidro.
Aquece-se a amostra em “banho Maria”, cobrindo o recipiente com um vidro de relógio para evitar
a evaporação dos gases, até que ocorra o ataque completo do concreto. Em seguida, diluí-se o
conteúdo do copo de Becker em 50ml de água destilada quente, e se deixa descansar no “banho
Maria” por 15 minutos. Filtra-se o conteúdo em papel filtro de porosidade média, lavando-se o
conteúdo várias vezes com água destilada quente.
Retira-se uma porção de 250ml do material filtrado e aquece-o até a ebulição, adicionando-se, gota
a gota, uma solução quente de cloreto de Bário a 10%, mantendo a ebulição por alguns minutos.
Deixa-se o material tampado e em descanso por 24 horas, quando filtra-se o conteúdo com papel
filtro de baixa porosidade, lavando-se com água quente até o desaparecimento total dos cloretos. O
precipitado deve ser aquecido a 900-1000oC em cadinho previamente tarado, pesando-se o conteúdo
após o aquecimento.
54
3.17 - OUTROS EQUIPAMENTOS
Ao contrário dos casos tradicionais de monitoramento, que somente informam o movimento na hora
da medição, o Detector de Movimentos S.A.T. deixa registrado todo e qualquer movimento que
ocorre na estrutura.
A instalação é fácil. O cartão é preso de um lado da junta ou trinca com adesivo epóxico ou bonder.
No outro lado da trinca, é preso da mesma forma, o riscador, que tem sua agulha posicionada sobre
o cartão base através de um parafuso regulador. Desta forma, o Detector de Movimentos S.A.T.
pode ficar fixado meses no local em questão, seja horizontal ou verticalmente. A película branca
que reveste o cartão onde a agulha do riscador é posicionada é feita especialmente para ser
finamente riscada, definindo o menor dos movimentos.
55
O S.A.T. é usado para monitorar movimentos estruturais e térmicos de fissuras e trincas, além de
juntas. É um importante equipamento que pode ser usado para analisar recalques de edificações.
Pode ser usado também para informar o comportamento de peças estruturais em processo de
carregamento e uma variedade de outras aplicações.
56
BIBLIOGRÁFIA CONSULTADA E RECOMENDADA
BORGES, J.F. Cracking and deformability of reinforced concrete beams. Lisboa, Laboratório
Nacional de Engenharia Civil. 1965.
BOWLES, J.E. Foundation, analysis and design, 3ª. ed. Tokyo, McGraw-Hill, Kogakusha, 1982.
CÁNOVAS, M. F., Patologia e terapia do concreto armado, Ed. Pini, São Paulo, 1988.
CÁNOVAS, M.F. Patologia y terapeutica del hormlgón armado. Madrid, Editorial Dossat, 1977.
57
CINCOTTO, M.A. Danos de revestimento decorrentes da qualidade da cal hidratada. São
Paulo, Associação Brasileira de Produtores de Cal. 1975. (Boletim n. 7).
FRANZ, G. Tratado del hormigón armado. Konstrukttionslehre des Stahlbetons Trad. Enrique
Zwecker, Barcelona, Editorial Gustavo Gili, 1970.
FUSCO, P. B., Conceitos estatísticos associados à segurança da estruturas, DLP, São Paulo,
1975.
FUSCO, P. B., Técnica de armar as estruturas de concreto, Ed. Pini, São Paulo, 1995.
GOMES, N.S, A resistência das paredes de alvenaria. São Paulo, 1983. (Dissertação de mestrado
apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo).
GOTLIB, M., GUSMÃO FILHO, J. A., Fundações: Teoria e prática, Ed. Pini, São Paulo, 1998.
HELENE, P. R.L., Manual para reparo, reforço e proteção de estruturas de concreto, Ed. Pini,
São Paulo, 1992.
HELENE, P.R.L. Estrutura Interna do concreto. São Paulo, abril, 1980. (Apostila do curso
Patologia das Construções de Concreto, FDTE/EPUSP/IPT).
INSTITUTO EDUARDO TORROJA. Prescripciones del Instituto Eduardo Torroja, P.I.E.T. 70,
Capítulo Obras de Fábrica, Madrid, 1971.
58
INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA E QUALIDADE INDUSTRIAL. NBR 6118.
Projeto e execução de obras de concreto armado, 2000. (ABNT).
LIMA, J.M., PACHA, J. R. S., Patologias das estruturas de concreto armado com ênfase na
execução, UFPA, Belém, 2000.
MACHADO, A. P., Reforço de estruturas de concreto armado com fibras de carbono, Ed. Pini,
São Paulo, 2002.
MELLO, V.F.B.; TEIXEIRA, A.H. Fundações o obras de terra. Escola de Engenharia de São
Carlos, Universidade de São Paulo, 1971.
MELLO, V.F.B. Fundações e elementos estruturais enterrados. São Paulo, 1975. (Apostila da
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo).
MONTOYA, P.J. Hormigón armado 6ª. ed, Barcelona, Editorial Gustavo Gili, 1971.
59
PFEFFERMANN, O.; BATY P. La maçonnerie armée. CSTC Revue, Bruxelles, n.1, mars, 1978.
POULOS, H.G.; DAVIS, E.H. Pile foundation analysis and design. New York, John Wiley and
Sons, 1980.
SANTOS FILHO, M. L., Notas de Aula – Curso de Especialização em Engenharia Civil, UFPR,
Curitiba, 1996.
SOUZA, V. C. M., RIPPER, T., Patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto, Ed.
Pini, São Paulo, 1998.
THOMAZ, E., Trincas em edifícios: causas, prevenção e recuperação, Ed. Pini, São Paulo,
2001.
60