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Águas Subterrâneas Profundas: Novas

Fronteiras do Conhecimento em
Hidrogeologia

Elizabeth Tavares Pimentel-UFAM/ON


Orientador: Dr. Valiya M. Hamza
Água no planeta Terra

Volume de água (%)


Oceanos 97,39
Gelo polar, geleiras, 2,01
icebergs
Água subterrânea, 0,58
umidade do solo
Lagos e rios 0,02
Atmosfera 0,001
Água potável 2,60
Amazônia

Área = 5.217.423 km²


61% do território brasileiro
Províncias Hidrogeológicas e
Locais de Medições Geotérmicas
Localização das Bacias Sedimentares
Sistemas de Rios - Rios Atmosféricos
Rios em Superfície

(Fonte: NASA)
“Rios Subterrâneos”

Rio sob camada de gelo na Antártida


Rio Subterrâneo - Sarasvati
Indícios de um rio subterrâneo em Marte
(Fonte: NASA)

Mars Global Surveyor , da Nasa ( MGS ).


Journal Science.
O Sistema Fluvial Amazônico
é o maior na superfície da Terra.
Encontro dos Rios Negro e Solimões

Encontro dos Rios Amazonas e Tapajós


Água em Subsuperfície
A Infiltração da água no subsolo depende da
permeabilidade do meio geológico.

Fluido nos poros das rochas

Ex: arenito, argila, siltito, folhelho, etc.


Princípio do Método Geotérmico
Calor
Condução Advecção

Materiais de Convecção Fluxo


baixa determinado
permeabilidade pelos desníveis
Fluxo por dos aquíferos
Empuxo Termal

Campo de Temperaturas no meio geológico

Velocidade do Fluxo de Água Subterrânea


Modelo Bidimensional de Condução e Advecção

A equação diferencial para transferência de calor por condução e advecção, nas


direções horizontal e vertical é dada por (Lu e Ge, 1996):

d 2T  
2
  
dz L L

A solução para meio estratificado é escrita como:


Ti  T0 exp [  ( z i / L)] 1    exp [  ( z i / L)] 1 z i 
    
TL  T0 exp (  ) 1    exp (  ) 1 L

  cw  wvx L /    c w  wv z L / 
  dT / dx   dT / dz
α – Número de Peclet para fluxo na horizontal; β – Número de Peclet para fluxo na vertical
 – Gradiente de temperatura horizontal; η – Gradiente de temperatura vertical
1 - Análise Longitudinal
2 - Análise Transversal
Análise Longitudinal:
Exemplos do ajuste do modelo aos dados observados


Bacia Paraná

Sistema de fluxos
ascendentes e
descendentes de águas
subterrâneas na Bacia do
Paraná

Mapeamento inédito
pelo método
geotérmico
Bacia Parnaíba

Duas zonas
de fluxos
ascendentes
foram
identificados
pelo método
geotérmico
Região Amazônica

Em todas as bacias o fluxo de águas subterrâneas é descendente

Sistema de recarga distribuída


Resultados do Ajuste do Modelo
Indicador de
Velocidade (10-9 m/s) Razão
Bacias Ajuste

Vertical Horizontal  R2
Bacias da Região Amazônica
Acre 1.4 49 -0.857 0.99
Solimões 1.1 44 -0.818 0.99
Amazonas 1.1 33 -0.784 0.98
Marajó 0.9 30 -0.822 0.99
Barreirinhas 0.9 22 -0.479 0.91
Bacia Paraná
Parte Leste 1.0 40 -0.615 0.95
Centro-Leste 1.2 75 -0.657 0.97
Zona Norte -1.2 -65 -0.836 0.99
Zona Oeste -1.1 -50 -0.646 0.97
Sudeste -1.5 -80 -0.806 0.98
Bacia Parnaíba
Parte Central 1.3 60 -0.728 0.96

Zonas de Falhas -1.0 -75 -0.908 0.99


Perfil de Elevação das Bacias Sedimentares da Região Amazônica
Tendências de fluxo horizontal identificados na
região Amazônica

Esta tendência
de queda na
velocidade na
direção oeste
para leste
aponta fluxo
por gravidade,
induzida pelo
soerguimento
da região
Andina
Análise Transversal:
Bacia Amazonas
Bacia Amazonas_Borda Norte
Bacia Amazonas_Borda Sul
Bacia Amazonas_Centro
Seção Norte_Sul
Resultados para Bacia Amazonas

Velocities (10-9 m/s) Ratio Model fit


Área
Vertical Horizontal  R2

Análise Longitudinal
Toda Bacia 1.1 33 -0.78 0.98

Perfil Transversal
Borda Norte 1.4 29 -0.38 0.89
Borda Sul 1.1 35 -0.67 0.95
Centro da Bacia 1.3 52 -0.72 0.96

Perfil Norte-Sul
Borda Norte 1.4 35 0.47 0.88
Borda Sul 1.1 35 0.49 0.90
Centro da Bacia 1.3 50 0.77 0.97
Movimento de Água na Bacia Amazonas

vX
vY

vX
vY

vX
vY

Características de “RIO”
Águas Subterrâneas da Região Amazônica

Aquíferos
Acre
Içá-Solimões
Alter do Chão
Aquífero Alter do Chão e “Rio Hamza”

Aquífero Alter do Chão


86 000 km3

superfície

2000m

4000m
Fluxo Subterrâneo
“Rio Hamza”
144 000 km3
Conclusões sobre Movimento das Águas
Subterrâneas

Velocidades verticais nas bacias paleozoicas


são da ordem de 10-9 m/s.

Velocidades horizontais são maiores,


da ordem de 10-8 m/s.

Os resultados apontam existência de fluxos laterais


significativos (em outras palavras, “rios subterrâneos”)
nas três bacias.
Sugestões: Rios Subterrâneos

Maranhão

Hamza

Goytacaz
Guaraní
Agradecimentos
Ufam (Universidade Federal do Amazonas)

Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do


Amazonas)

ON (Observatório Nacional-RJ)
Grupo de Geotermia do ON

Obrigada!!!

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