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Ministério da Educação

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás


Câmpus Aparecida de Goiânia

Professor: Murilo
Matéria: Patologia
Aluna: Lígia Raquel Matos de Oliveira
Apresentação dia 28/05

RESUMO SEMINÁRIOS
PERÍCIAS DE ENGENHARIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL.

 NBR 13752: PERÍCIAS DE ENGENHARIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL – 1996

Objetivos: Classificar o objeto quanto à natureza; instituir a terminologia, as convenções e as notações;


definir a metodologia básica aplicável; estabelecer os critérios a serem empregados nos trabalhos; prescrever
diretrizes para apresentação de laudos e pareceres técnicos.

 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES:

- Decreto Federal nº 81621, de 03/05/78, que aprova o Quadro Geral de Unidades de Medida Lei
Federal nº 5194, de 21/12/66, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e
Engenheiro Agrônomo e dá outras providências;
- Lei nº 4591, de 16/12/64, que dispõe sobre propriedades (em planos) horizontais de edificações
e incorporações imobiliárias;
- Lei nº 6496/77, que institui a “Anotação de Responsabilidade Técnica” (ART) na prestação de
serviços de Engenharia, de Arquitetura e de Agronomia; autoriza a criação pelo CONFEA de uma
Mútua Assistência Profissional e dá outras providências;
- Resolução nº 205 do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, de 30/09/71, que
adota o Código de Ética Profissional;
- Resolução nº 218 do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, de 27/06/73, e
demais resoluções pertinentes, que fixam as atribuições do Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro
Agrônomo nas diversas modalidades;
- Resolução nº 345 do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, de 27/07/90, que
dispõe quanto ao exercício por profissionais de Nível Superior das atividades de Engenharia de
Avaliações e Perícias de Engenharia.

 REQUISITOS

São condicionados à abrangência das investigações, à confiabilidade e adequação das informações


obtidas, à qualidade das análises técnicas efetuadas e ao menor grau de subjetividade emprestado pelo perito,
sendo estes aspectos definidos pelos seguintes pontos, quanto: à metodologia empregada; aos dados
levantados; ao tratamento dos elementos coletados e trazidos ao laudo; à menor subjetividade inserida no
trabalho.

 QUALIDADE:

Inclusão de um número adequado de fotografias por cada bem periciado, com exceção dos casos onde
ocorrer impossibilidade técnica; execução de um croqui de situação; descrição sumária dos bens nos seus
aspectos físicos, dimensões, áreas, utilidades, materiais construtivos, etc.; indicação e perfeita caracterização
de eventuais danos e/ou eventos encontrados.
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 REQUISITOS COMPLEMENTARES:

Inclusão de um número ampliado de fotografias; descrição detalhada dos bens nos seus aspectos
físicos, dimensões, áreas, utilidades, materiais construtivos, etc.; apresentação de plantas individualizadas dos
bens; indicação e perfeita caracterização de eventuais danos e/ou eventos encontrados, com planta de
articulação das fotos perfeitamente numeradas; análise dos danos e/ou eventos encontrados, apontando as
prováveis causas e consequências; juntada de orçamento detalhado e comprovante de ensaios laboratoriais,
quando se fizerem necessários.

 OBJETO DA PERÍCIA

Identificar o objeto da perícia a partir dos elementos de cadastro físico, da vistoria, do exame, da
avaliação ou do arbitramento.

 ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS

Engenheiros e arquitetos, devidamente registrados no CREA e CAU e dentro das respectivas


atribuições. O profissional responsável pode convocar profissionais de outras especialidades para assessorá-
lo, conforme o nível de inspeção predial comprovada e anexada ao laudo através das competentes ARTs
(Anotação de Responsabilidade Técnica) e RRTs (Registro de Responsabilidade Técnica).

 CLASSIFICAÇÃO DAS INSPEÇÕES PREDIAIS QUANTO AO NÍVEL DA INSPEÇÃO

Classificação quanto a sua complexidade e elaboração de laudo. A classificação da inspeção é feita


pelo inspetor predial, após análises das características da edificação. O nível de inspeção predial deverá
constar no Laudo. São 3 Níveis de inspeção predial:

Nível 1 - realizada em edificações com baixa complexidade técnica, de manutenção e de operação de


seus elementos e sistemas construtivos. Normalmente para edificações com planos de manutenção muito
simples ou inexistentes. Nesse nível é elaborada por profissionais habilitados em uma especialidade.

Nível 2 - realizada em edificações com média complexidade técnica, de manutenção e de operação de


seus elementos e sistemas construtivos, de padrões construtivos médios e com sistemas convencionais.
Normalmente para edificações com vários pavimentos, com ou sem plano de manutenção, mas com empresas
terceirizadas contratadas para execução de atividades específicas. Nesse nível é elaborada por profissionais
habilitados em uma ou mais especialidades.

Nível 3 - realizada em edificações com alta complexidade técnica, de padrões construtivos superiores
e com sistemas mais sofisticados. Normalmente para edificações com vários pavimentos ou com sistemas
construtivos com automação. Obrigatoriamente, é executado na edificação um Manutenção com base na
ABNT NBR 5674. Possui, ainda, profissional habilitado responsável técnico, plano de manutenção com
atividades planejadas e procedimentos detalhados, software de gerenciamento, e outras ferramentas de
gestão do sistema de manutenção existente. Nesse nível é elaborada por profissionais habilitados e de mais
de uma especialidade, podendo ser intitulada como de Auditoria Técnica.

 CRITÉRIO DA INSPEÇÃO PREDIAL

A elaboração de inspeção predial baseia-se na análise do risco oferecido aos usuários, ao meio
ambiente e ao patrimônio, diante das condições de uso, operação e manutenção, bem como da natureza da
exposição ambiental. A análise do risco consiste na classificação das anomalias e falhas quanto ao seu grau de
risco relacionado com fatores de manutenção, depreciação, saúde, segurança, funcionalidade,
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comprometimento de vida útil e perda de desempenho.

 MÉTODO

Planejamento e conversa com o responsável da obra (síndico, administrador ou gestor predial);


Determinação do nível de inspeção; Verificação e análise da documentação; Obtenção de informações dos
usuários, responsáveis, proprietários e gestores das edificações; Vistoria dos tópicos constantes na listagem
de verificação; Classificação das anomalias e falhas constatadas nos itens vistoriados, e das não conformidades
com a documentação examinada; Classificação e análise das anomalias e falhas quanto ao grau de risco;
Definição de prioridades; Recomendações técnicas; Avaliação da manutenção e uso; Recomendações gerais e
de sustentabilidade; Tópicos essenciais do laudo; Responsabilidades.

 DOCUMENTAÇÃO

Analisar, quando disponíveis e existentes, documentos administrativos, técnicos, manutenção e


operação da edificação. E obter informações por questionários e entrevistas: síndicos, usuários, gestores
prediais, demais responsáveis.

 LISTAGEM DE VERIFICAÇÃO

Conjunto de tópicos a serem vistoriados pelos inspetores prediais, deve ser sistêmica e abranger pelo
menos: estrutura, impermeabilização, instalações hidráulicas e elétricas, esquadrias, elevadores,
revestimentos externos em geral, revestimentos internos, climatização, exaustão mecânica, ventilação,
coberturas, telhados, combate à incêndio, spda.

 CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS E FALHAS

Constituem não conformidades (perda precoce de desempenho; redução da vida útil) e podem
comprometer: segurança, saúde dos usuários, acessibilidade, funcionalidade, durabilidade, conforto térmico,
acústico e lumínico, operacionalidade.

 CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS E FALHAS

Causas: Desvios técnicos e de qualidade; construção e/ou manutenção; não atendimento de


recomendações de manuais técnicos e recomendações de fabricantes.

Anomalias: Endógena (fabricação); exógena (externos, terceiros); natural (natureza); funcional


(envelhecimento natural).

Falhas: Planejamento, execução, operacionais, gerenciais

 CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE RISCO

Fundamentada conforme limites e os níveis de Inspeção Predial. Grau de risco aos usuários, meio
ambiente e patrimônio. Os graus são: Crítico - danos contra saúde, perda excessiva de desempenho,
paralização; Médio - perda parcial de desempenho, sem prejuízo a operação direta; Mínimo - pequenos
prejuízos à estética ou atividade programável; baixo ou nenhum comprometimento do valor imobiliário.

 PARA MANUTENÇÃO

Analisar o plano de manutenção para a edificação e as respectivas condições de execução, conforme


os seguintes critérios:
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- Plano de Trabalho: Coerência do Plano de Manutenção em relação ao especificado por fabricantes


de equipamentos e sistemas inspecionados; em relação ao preconizado em Normas e / ou Instruções Técnicas
de Engenharia específicas; adequação de rotinas e frequências à idade das instalações, ao uso, exposição
ambiental, dentre outros aspectos técnicos que permitam ao inspetor classificar a qualidade da manutenção
executada.

- Condições de execução das atividades propostas no Plano de Manutenção: Verificar se existem as


condições mínimas necessárias de acesso aos equipamentos e sistemas, permitindo a plena realização das
atividades propostas no Plano de Manutenção; verificar as condições de segurança para o mantenedor e
usuários da edificação, durante a execução da manutenção.

- São elementos observados no trabalho de inspeção predial, que devem ser considerados na
classificação da qualidade de manutenção: falhas constatadas; não conformidades registradas nos
documentos pertinentes à manutenção; classificações dos graus de risco; atendimento às necessidades da
edificação, considerados os conceitos de desempenho, vida útil, durabilidade, etc.; aspectos mencionados na
ABNT NBR 5674; manutenção Avaliada: ATENDE; ATENDE PARCIALMENTE ou NÃO ATENDE.

 CLASSIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE USO

Condições de uso da edificação e de seus sistemas construtivos. Em caso de inexistência de projetos


(memoriais e pranchas) o inspetor deverá classificar as Condições de Uso. A classificação da condição de uso
poderá ser REGULAR ou IRREGULAR.

 RECOMENDAÇÕES GERAIS E DE SUSTENTABILIDADE

Aspectos como o uso racional de recursos naturais, a preservação do conforto e segurança de


usuários; preservação do meio ambiente (permeabilidade de solos, descartes irregulares para redes públicas,
etc); importante se consignar as medidas de correção e melhoria da edificação que possam favorecer a
sustentabilidade.

 TÓPICOS ESSENCIAIS DO LAUDO

Identificação do solicitante; classificação do objeto da inspeção; localização; data da diligência;


descrição técnica do objeto; tipologia e padrão construtivo; utilização e ocupação; idade da edificação; nível
utilizado; documentação solicitada, documentação entregue e documentação analisada; descrição do critério
e método da inspeção predial; das informações gerais consideradas; lista de verificação dos elementos
construtivos e equipamentos vistoriados, descrição e localização das respectivas anomalias e falhas
constatadas; classificação e análise das anomalias e falhas quanto ao grau de risco; indicação de prioridade;
avaliação da manutenção e condições de uso da edificação e dos sistemas construtivos; recomendações
técnicas; recomendações gerais e de sustentabilidade; relatório fotográfico; recomendação do prazo para
nova Inspeção Predial; data do laudo; assinatura do(s) profissional (ais) responsável (eis), acompanhado do nº
do CREA ou do CAU e nº do IBAPE; Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Registro de
Responsabilidade Técnica (RRT) entre outros.

 RESPONSABILIDADES

O(s) profissional é (são) responsável (ais) única e exclusivamente pelo escopo e pelo nível de inspeção
contratada; exime-se de qualquer responsabilidade técnica a empresa ou profissional, quando as observações
e orientações existentes no Laudo de Inspeção Predial não forem implementadas; exime-se de qualquer
responsabilidade técnica a empresa ou profissional, sobre a análise de elementos, componentes, subsistemas
e locais onde não foi possível executar a Inspeção Predial.

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