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METODOLOGIA DO TRABALHO ACADÊMICO Prof.WaldemarNeto [I] TÉCNICAS DE FICHAMENTO 1.

Di
cas sobre a Técnica de Fichamento Quanto mais se estuda, mais se percebe que o ato
de estudar é extremamente lento, exige interesse, esforço. disciplina. Não adiante le
r ou levantar dados superficialmente, porque o objetivo básico da aprendizagem, qu
e é a assimilação da matéria, não se efetua.
Deste modo, lembramos que o fichamento é uma forma de investigação que se caracteriza
pelo ato de fichar (registrar) todo o material necessário à compreensão de um texto ou
tema. Para isso, é preciso usar fichas que facilitam a documentação e preparam a exec
ução do trabalho.
Destacamos dois tipos de fichas: 1. Bibliográfica (assunto e autor). 2. Conteúdo (re
sumo e cópia-citação). Todavia, no próprio exercício da leitura percebemos a necessidade d
e fazer comentários sobre a argumentação do autor, assim como também surgem na nossa men
te várias idéias e relações novas.
Alguns autores de técnica de ensino acrescentam mais dois tipos de fichas de conteúd
o: [A] - comentário; [B] - ideação. Mas não vemos necessidade de ampliar o número de ficha
s, mas simplesmente assinalar a necessidade de elaborar esses tipos de anotações que
devem aparecer na feitura do trabalho. Assim, num único tipo de ficha (fichamento
), pode-se incluir as diversas modalidades de apurações de investigação.
Em primeiro lugar, deve-se apresentar objetivamente as idéias do autor (resumo e c
itação), em seguida deve-se discutir de modo pessoal as idéias fichadas (comentário e id
eação). Em outras palavras, um fichamento completo deve apresentar os seguintes dado
s: 1) Indicação bibliográfica — mostrando a fonte da leitura. 2) Resumo — sintetizando o c
onteúdo da obra. Trabalho que se baseia no esquema (na introdução pode fazer uma peque
na apresentação histórica ou ilustrativa). 3) Citações — apresentando as transcrições signi
ivas da obra. 4) Comentários — expressando a compreensão crítica do texto, baseando-se o
u não em outros autores e outras obras. 5) Ideação — colocando em destaque as novas idéias
que surgiram durante a leitura reflexiva. 1.2. Modelo de Fichamento INDICAÇÃO BIBL
IOGRÁFICA 1ª Parte: apresentação objetiva das idéias do autor
1)- resumo (baseado no esquema)
2)- pequenas citações (entre aspas e página)
INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA 2ª Parte (elaboração pessoal sobre a leitura) 1)- Comentários (pare
e crítica) 2)- Ideação (novas perspectivas) 2.1. Modelo de Fichamento (a respeito de “O
bstáculo epistemológico”, de Gaston Bachelard) In: Recensão Citação BACHELARD, Gaston. A no
e obstáculo epistemológico. In:A formação do espírito científico[La formation de l’espirit
entifique]. 3 ed. Paris: L.J.F, 1957. 1 - Noções sobre Bachelard Nasceu em 1884, em C
hampagne, e faleceu em Paris, em 1962. Foi professor de ciências na sua cidade nat
al, mais tarde professor de história e filosofia das ciências na Sorbonne. Preocupad
o com a pedagogia das ciências, ele analisou nesta obra a noção de obstáculo epistemológic
o à luz das psicanálise do conhecimento objetivo.
2 - Influência da psicanálise freudiana sobre Gaston Bachelard Nesse texto ele não apr
esenta os objetos externos como os empecilhos verdadeiros ao conhecimento científi
co, mas analisa principalmente aqueles obstáculos internos de carácter inconsciente,
que surgem no próprio ato de conhecer. “... é no interior do próprio ato de conhecer qu
e aparecem, por uma espécie de necessidade funcional, retardos e perturbações”.
COMO SE FAZ UMA RESENHA? 1. DEFINIÇÃO 2 Inicialmente é preciso definir o termo “resenha”.
Fazer uma resenha é o mesmo que fazer uma recensão (que significa apreciação breve de u
m livro ou de um escrito), ou seja, trata-se de resumir de maneira clara e sucin
ta um livro, artigo ou qualquer tipo de texto científico.
Embora o texto a ser resenhado tenha um/a autor/a, o/o recenseador/a deve ser o/
a autor/a do seu trabalho; quer dizer, é preciso manter a identidade de quem escre
veu o trabalho que você está analisando, mas é preciso transparecer a sua presença, como
voz crítica sobre o texto.
Resenhar significa resumir, sintetizar, destacar os pontos principais de uma obr
a científica. 2. PROCEDIMENTOS 1o Passo - Leitura total da obra a ser resenhada; 2
o Passo - leitura pormenorizada, fazendo os destaques da partes mais significati
vas, que servirão de fio condutor para elaboração do texto da resenha; 3o Passo - elab
oração de um esquema com as principais etapas a serem desenvolvidas pela resenha; 4o
Passo - construção do texto propriamente dito; 5o Passo - revisão do texto, correção e ap
rimoramento. 3. NECESSIDADES Toda resenha deve ser o mais bem identificada possíve
l, daí as seguintes necessidades: 3.1. cabeçalho contendo o nome da instituição de ensin
o, título da resenha com identificação do texto resenhado, autor/a da resenha, objetiv
o do trabalho, local e data. 3.2. Texto dissertativo contendo: introdução, corpo pri
ncipal do texto e conclusão com apreciação crítica. 3.3.Bibli og r afia. 4. DICAS IMPORT
ANTES • A recensão deve cumprir um objetivo claro: comunicar ao leitor os aspectos e
ssenciais da obra em questão e situá-lo no assunto da melhor maneira possível. Lembrem
o-nos de que, no método Descartes, a 1 regra é a evidência, i.e., o dado inicial, que t
em de ser claro, ordenado e distinto, ou seja, o critério cartesiano da verdade é ac
lareza e adistinção. Em concreto, Descartes parte de uma dúvida universal (metódica), pa
ra, entretanto, superá-la criticamente na conquista da verdade.
• A forma da resenha, isto é, o texto deve ser claro, inteligível e dinâmico. O/A leitor
/a deve ter prazer nesta leitura e deve sentir-se convidado/a à leitura do texto r
esenhado. Para isso, é imprescindível o uso das normas padrão da língua portuguesa.
• Caso haja necessidade de citação do próprio texto resenhado, isso deve ser feito entre
aspas e/ou em destaque. Sempre deve haver referência bibliográfica. • Por vezes, é inte
ressante fazer uma pesquisa mais abrangentes sobre o/a autor/a do texto resenhad
o, sobre o assunto em questão e sobre a situação atual da pesquisa científica sobre 3 o
tema. Esses esclarecimentos, quando convenientes, devem abrir a resenha e prepa
rar o comentário sobre o texto em pauta. 5. APRESENTAÇÃO GRÁFICA • Papel A4( 210x297) • Cor
o do texto: • margens: superior e inferior: 2,5cm; margem direita: 2cm e margem es
querda: 3cm; • caracteres (fontes): “Times New Roman”, tamanho 12; • títulos e subtítulos:
o mesmo tamanho, em negrito e/ou sublinhado; • espaçamento: no texto: 2 (duplo); na
bibliografia: simples. • Bibliografia Observa-se o seguinte critério de citação, de acor
do com os padrões de Normas Técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): S
OBRENOME, Nome do autor. Título da obra.Subt ítulo. Edição. Cidade (local da publicação; qu
ndo houver duas cidades, separa-se com barra: /): Editora (quando houver mais de
uma editora, separa-se por barra: /), ano da publicação e páginas citadas.
Ex: BEAINI, Thais Curi.He idegger: arte como cultivo do inaparente. SP: EDUSP/No
va Stella, 1986. COMO SE FAZ UMA TESE1 [I] PARÁFRASES E PLÁGIO Ao elaborar a ficha d
e leitura, você resumiu vários pontos do/a autor/a que lhe interessavam: isto é, fezpa
rá frases e repetiu com suas próprias palavras o pensamento do autor. E também reprodu
ziu trechos inteiros entre aspas.
1ECO, Humberto. Como se faz uma tese. 12 ed.. SP: Perspectiva, 1995, p. 128 a 132
. 4
Ao passar para a redação da tese, já não terá sob os olhos o texto, e provavelmente copia
rá longos trechos das fichas. Aqui, é preciso certificar-se de que os trechos que co
piou são realmente paráfrases e não citações sem aspas. Do contrário, terá cometido um plág
Essa forma de plágio é assaz comum nas teses. O estudante fica com a consciência tranqüi
la porque informa, antes ou depois, em nota de rodapé, que está se referindo àquele au
tor. Mas o leitor que, por acaso, percebe na página não uma paráfrase do texto origina
l, mas uma verdadeira cópia sem aspas, pode tirar dai uma péssima impressão. E isto não
diz respeito apenas ao orientador, mas a quem quer que posteriormente estude a s
ua tese, para publicá-la ou para avaliar sua competência.
Como ter certeza de que uma paráfrase não é um plágio? Antes de tudo, se for muito mais
curta do que o original, é claro. Mas há casos em que o autor diz coisas de grande c
onteúdo numa frase ou período curtíssimo, de sorte que a paráfrase deve ser muito mais l
onga do que o trecho original. Neste caso, não se deve preocupar doentiamente em n
unca colocar as mesmas palavras, pois às vezes é inevitável ou mesmo útil que certos ter
mos permaneçam imutáveis. A prova mais cabal é dada quando conseguimos parafrasear o t
exto sem tê-lo diante dos olhos, significando que não só não o copiamos como o entendemo
s.
Para melhor esclarecer esse ponto, transcrevo com o número I um trecho de um livro
(trata-se de Norman Cohn, Os Fanáticos do Apocalipse). Com o número 2 exemplifico u
ma paráfrase razoável. Com o número 3 exemplifico uma falsa paráfrase, que constitui um
plágio. Com o número 4 exemplifico uma paráfrase igual à do número 3, mas onde o plágio é e
ado pelo uso honesto de aspas. 1.1. O texto original A vinda do Anticristo deu l
ugar a uma tensão ainda maior. Sucessivas gerações viveram numa constante expectativa
do demônio destruidor, cujo reino seria de fato um caos sem lei, uma era votada à ra
pina e ao saque, à tortura e ao massacre, mas também o prelúdio de um termo ansiado, a
Segunda Vinda e o Reino dos Santos. As pessoas estavam sempre alerta, atentas a
os “sinais” que, segundo a tradição profética, anunciariam e acompanhariam o último “períod
desordem”; e, já que os “sinais” incluíam maus governantes, discórdia civil, guerra, fome,
arestia, peste, cometas, mortes imprevistas de pessoas eminentes e uma crescente
pecaminosidade geral, nunca houve dificuldade em detectá-los.
1.2. Uma paráfrase honesta A esse respeito, Cohn2 é bastante explícito. Debruça-se sobre
a situação de tensão típica desse período, em que a expectativa do Anticristo é, ao mesmo
empo, a do reino do demônio, inspirado na dor e na desordem, mas também prelúdio da ch
amada Segunda Vinda, a Parúsia3, a volta do Cristo triunfante. Numa época dominada p
or acontecimentos sombrios, saques, rapinas, carestia e pestes, não faltavam às pess
oas os “sinais” correspondentes aos sintomas que os textos proféticos haviam sempre an
unciado como típicos da vinda do Anticristo.
2COHN, Norman. I fanatici dell’Apocalipse. Milano: Comunità, 1965, p. 128. 3Normalme
nte, entre nós teólogos/as e pastoras/es, empregamos a forma transliterada do grego
parusía; todavia, no dicionário Aurélio a forma de se grafar esse vocábulo é parúsia. Em at
nção à perfeita tradução e revisão do texto, ora compilador, mantivemos a grafia original d
texto. [Nota do Compilador] 5
1.3. Uma falsa paráfrase Segundo Cohn... [segue-se uma lista de opiniões expressas p
elo autor em outros capítulos]. Por outro lado, cumpre não esquecer que a vinda do A
nticristo deu lugar a uma tensão ainda maior. As gerações viviam na constante expectat
iva do demônio destruidor, cujo reino seria de fato um caos sem lei, uma era consa
grada à rapina e ao saque, à tortura e ao massacre, mas também o prelúdio à Segunda Vinda
ou ao Reino dos Santos. As pessoas estavam sempre alerta, atentas aos sinais que
, segundo os profetas, acompanhariam c anunciariam o último “período de desordem”: e, já q
ue esses “sinais” incluíam os maus governantes, a discórdia civil, a guerra, a seca, a f
ome, a carestia, as pestes e os cometas, além das mortes imprevistas de pessoas im
portantes (e uma crescente pecaminosidade geral), nunca houve dificuldade em det
ectá-los.
1.4. Uma paráfrase quase textual que evita o plágio O próprio Cohn, já citado, recorda a
inda que “a vinda do Anticristo deu lugar a uma tensão ainda maior”. As diversas gerações
viviam em constante expectativa do demônio destruidor, “cujo reino seria de fato um
caos sem lei, uma era consagrada à rapina e ao saque, à tortura e ao massacre, mas t
ambém o prelúdio de um termo ansiado, a Segunda Vinda e o Reino dos Santos”.
As pessoas estavam sempre alerta e atentas aos sinais que, segundo os profetas,
acompanhariam e anunciariam o último “período de desordens”. Ora, sublinha Cohn, uma vez
que estes sinais incluíam “maus governantes, discórdia civil. guerra, seca, fome, car
estia. peste. cometas, mortes imprevistas de pessoas eminentes e uma crescente p
ecaminosidade geral, nunca houve dificuldade em detectá-los.
Ora, é claro que, ao invés de dar-se ao trabalho de elaborar a paráfrase n.° 4, melhor f
ora transcrever como citação o trecho completo. Mas para isso seria preciso que sua
ficha de leitura já contivesse todo o trecho ou uma paráfrase insuspeita. Como, ao r
edigir a tese, não poderá mais recordar-se do que foi feito na fase de fichamento, c
umpre proceder corretamente a partir daí. Você deve estar seguro de que, não existindo
aspas na ficha, o que ali está é uma paráfrase e não um plágio.
[II] NOTAS DE RODAPÉ 2.1. Para que servem as notas Uma opinião muito difundida prete
nde que não apenas as teses, mas também os livros com muitas notas, denunciam um esn
obismo erudito e, com freqüência, uma tentativa de lançar fumaça nos olhos do leitor. Po
r certo, não se deve excluir que muitos autores amontoam notas para conferir um to
m importante ao seu trabalho, ou que recheiam as notas com informações desnecessárias,
às vezes subtraídas subrepticiamente da literatura critica examinada. Mas isso não im
pede que as notas, quando utilizadas na justa medida, sejam importantes. Qual se
ja essa justa medida depende do tipo de tese. Não obstante, procuraremos ilustrar
os casos onde as notas se impõem e como se elaboram.
a) As notas servem para indicar as fontes das citações. Se a fonte tivesse de ser in
dicada no próprio texto, a leitura da página seria difícil. Há sem dúvida maneiras de forn
ecer referências essenciais no texto, sem recorrer às notas, como no sistema autor-d
ata discutido em 5.4.3. Mas, em geral, a nota se presta maravilhosamente a este
fim. Se for nota de referência bibliográfica, convém que apareça em rodapé e não no fim do
ivro ou
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do capítulo, pois desse modo com um simples golpe de vista pode-se controlar o qu
e se está discutindo. b) As notas servem para acrescentar ao assunto
 discutido no
texto outras indicações bibliográficas de reforço. “ver também a esse respeito, a obra tal
Aqui também é mais cômodo colocá-las em rodapé.
c) As notas servem para remissões internas e externas. Tratado um assunto, pode-se
pôr em nota um “cf.” (que quer dizer “confrontar” e que remete a outro livro ou a outro c
apítulo ou parágrafo de nosso próprio trabalho). As remissões internas também podem aparec
er no texto, quando essenciais: sirva de exemplo o presente livro, onde vez por
outra surgem remissões a outro parágrafo.
d)As notas servem para introduzir uma citação de reforço que, no texto, atrapalharia a
leitura. Quer dizer, no texto você faz uma afirmação e, para não perder o fio da meada,
passa à afirmação seguinte, remetendo em seguida à primeira nota onde se demonstra como
uma célebre autoridade confirma a afirmação feita4.
e)As notas servem para ampliar as afirmações que se fez no texto5: nesse sentido, são út
eis por permitirem não sobrecarregar o texto com observações que, embora importantes,
são acessórias em relação ao tema ou apenas repetem sob um diferente ponto de vista o qu
e já fora dito de maneira essencial.
f)As notas servem para corrigir as afirmações do texto. você está seguro do que afirma m
as, ao mesmo tempo, consciente de que pode haver quem não esteja de acordo, ou con
sidera que de um certo ponto de vista, se poderia fazer uma objeção à nossa assertiva.
Seria então prova não só de lealdade científica, mas também espírito crítico inserir uma n
explicativa6.
g) As notas podem servir para dar a tradução de uma citação que era essencial fornecer e
m língua estrangeira, ou a versão original de uma citação que, por razões de fluência do di
curso, era mais cômodo fazer em tradução.
h) As notas servem para pagar as dívidas. Citar um livro donde se extraiu uma fras
e é pagar uma dívida. Citar um autor do qual se utilizou uma idéia ou uma informação é paga
uma divida. Às vezes, porém, é preciso também pagar dívidas cuja documentação não é fácil,
er norma de correção científica advertir em nota, por exemplo que uma série de idéias orig
inais ora expostas jamais teria vindo à luz sem o estímulo recebido da leitura de de
terminada obra ou das conversações privadas com tal estudioso.
Enquanto as notas do tipo a, b, e c são mais úteis em rodapé, as do tipo d, h podem ap
arecer também no fim do capítulo ou da tese, principalmente se forem muito longas. C
ontudo, diremos que uma nota nunca deveria ser excessivamente longa, do contrário
não será uma nota, mas um apêndice que, como tal, deve aparecer no fim da obra, numera
do. De qualquer forma, é preciso ser coerente: ou todas as notas em rodapé ou no fim
do capítulo, ou breves notas em rodapé e apêndices no fim da obra.
Convém lembrar mais uma vez que, se se está examinando uma fonte homogênea, a obra de
um só autor, as páginas de um diário, uma coleção de manuscritos, cartas ou documentos etc
, poder- 4 Todas as afirmações importantes de fatos que não são matéria de conhecimento ge
ral... devem basear-se numa evidência da sua validez. Isto pode ser feito no texto
, na nota de rodapé ou em ambos. Cf CAMPBELL, op. cit. p. 50. 5 As notas dec on t
e úd o podem ser usadas para discutir ou ampliar pontos do texto. Por exemplo, Cam
pbell e Ballou (op. cit. p. 50) lembram que é útil colocar em nota discussões técnicas,
comentários incidentais, corolários e informações adicionais. 6 De fato, depois de haver
dito que é útil fazer as notas, ressaltemos que, como lembram ainda Campbell e Ball
ou (op. cit., p. 50), “o uso das notas com vista à elaboração do trabalho requer certa p
rudência. E preciso ter cuidado em não transferir para as notas informações importantes
e significativas: as idéias diretamente relevantes e as informações essenciais devem a
parecer no texto”. Por outro lado, como dizem os mesmos autores (ibidem), “qualquer
nota de rodapé deve justificar praticamente sua própria existência”. Não há nada mais irrit
nte do que as notas que parecem inseridas só para fazer figura e que não dizem nada
de importante para os fins daquele discurso.
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se-á evitar as notas simplesmente fornecendo no início do trabalho abreviaturas para
as fontes e inserindo entre parênteses, no texto, uma sigla com o número de página ou
do documento para cada citação ou outra remissão qualquer. Veja o parágrafo sobre as ci
tações de clássicos, e atenha-se àqueles uses. Numa tese sobre autores medievais publica
dos na patrologia latina de Migne evitar-se-ão centenas de notas colocando no text
o parênteses do tipo (PL, 30, 231). Deve-se proceder da mesma maneira pare remissões
a quadros, tabelas, figuras no texto ou em apêndice.
Fonte:www.eduardostefani.eti.br/bennett/pesquisa/metodologia-trabalho-academico-
1- fichamentos.doc

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