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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E


TRANSFORMAÇÃO MINERAL
CPRM - SE RV I ÇO G EOLÓ GIC O DO BR AS I L
PROD EEM - PRO G RAM A DE DESEN VOL VIMENT O
ENERGÉT ICO DOS ESTADOS EM UNI CÍPI OS

PROJETO CADASTRO
DE FONTES DE
ABASTECIMENTO POR
ÁGUA SUBTERRÂNEA

RIO GRANDE DO NORTE

DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO
DE BAÍA FORMOSA

CPR M
Ser vi ço Geológi co do Brasi l

Secretaria de Geologia,
Mineração e Transformação Mineral
Secretaria de
Desenvolvi mento Energético
Mi nistério de
Minas e Energi a

Setembro/2005
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
Silas Rondeau Cavalcante Silva
Ministro de Estado

SECRETARIA EXECUTIVA
Nelson José Hubner Moreira
Secretário Executivo

SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO


DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL
Márcio Pereira Zimmermam Cláudio Scliar
Secretário Secretário

PROGRAMA LUZ PARA TODOS SERVI ÇO GEOL ÓGICO DO BRASIL – CPRM


Aur élio Pav ão
Diretor Agamenon S érgio Lucas Dantas
Diretor-Presidente
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
ENERG ÉTICO DOS ESTADOS E Jos é Ribeiro Mendes
MUNICÍPIOS Diretor de Hidrologia e Gest ão Territorial
PRODEEM
Luiz Carlos Vieira Manoel Barretto da Rocha Neto
Diretor Diretor de Geologia e Recursos Minerais

Álvaro Rog ério Alencar Silva


Diretor de Administra ção e Finanças

Fernando Pereira de Carvalho


Diretor de Rela ções Institucionais e
Desenvolvimento

Frederico Cláudio Peixinho


Chefe do Departamento de Hidrologia

Fernando Antonio Carneiro Feitosa


Chefe da Divisão de Hidrogeologia e Explora ção

Ivanaldo Vieira Gomes da Costa


Superintendente Regional de Salvador

Jos é Wilson de Castro Tem óteo


Superintendente Regional de Recife

Hélbio Pereira
Superintendente Regional de Belo Horizonte

Darlan Filgueira Maciel


Chefe da Resid ência de Fortaleza

Francisco Batista Teixeira


Chefe da Resid ência Especial de Teresina
Ministério de Minas e Energia
Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético
Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral
Programa Luz Para Todos
Programa de Desenvolvimento Energético dos Estados e Municí pios - PRODEEM
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial

PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO POR


ÁGUA SUBTERRÂNEA
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

DIAGNÓSTICO DO MUNICÍ PIO DE BAIA FORMOSA

ORGANIZA ÇÃO DO TEXTO

Breno Augusto Beltrão


Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha
João de Castro Mascarenhas
Luiz Carlos de Souza Junior
Saulo de Tarso Monteiro Pires
Valdecí lio Galvão Duarte de Carvalho

Recife
Setembro/2005
COORDENA ÇÃO GERAL RECENSEADORES Saulo Moreira de Andrade -CPRM
Frederico Cláudio Peixinho - DEHID Ac ácio Ferreira Júnior S érvulo Fernandez Cunha
Adriana de Jesus Felipe Thiago de Menezes Freire
COORDENA ÇÃO T ÉCNICA Alerson Falieri Suarez Valdirene Carneiro Albuquerque
Fernando Ant ônio C. Feitosa - DIHEXP Almir Gomes Freire – CPRM Vicente Calixto Duarte Neto - CPRM
Ân gela Aparecida Pezzuti Vilmar Souza Leal – CPRM
COORDENA ÇÃO ADMINISTRATIVO- Antonio Celso R. de Melo - CPRM Wagner Ricardo R. de Alkimim
FINANCEIRA Antonio Edílson Pereira de Souza Walter Lopes de Moraes Junior
Jos é Emílio C. de Oliveira – DIHEXP Antonio Jean Fontenele Menezes
Antonio Manoel Marciano Souza TEXTO
APOIO T ÉCNICO-ADMINISTRATIVO Antonio Marques Honorato
Sara Maria Pinotti Benvenuti-DIHEXP Armando Arruda C. Filho - CPRM ORGANIZA ÇÃO
Carlos A. G óes de Almeida - CPRM Breno Augusto Beltr ão
COORDENA ÇAO REGIONAL Celso Viana Marciel Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha
Jaime Quintas dos S. Colares - REFO Cícero Ren é de Souza Barbosa Jo ão de Castro Mascarenhas
Francisco C. Lages C. Filho - RESTE Cl áudio Marcio Fonseca Vilhena Luiz Carlos de Souza Junior
Jo ão Alfredo C. L. Neves - SUREG-RE Claudionor de Figueiredo Saulo de Tarso Monteiro Pires
Jo ão de Castro Mascarenhas – SUREG-RE Cleiton Pierre da Silva Viana Valdecílio Galv ão Duarte de Carvalho
Jos é Alberto Ribeiro - REFO Cristiano Alves da Silva
Jos é Carlos da Silva - SUREG-RE Edivaldo Fateicha - CPRM CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICIPIO E
Luiz Fernando C. Bomfim - SUREG-SA Eduardo Benevides de Freitas DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS
Oderson A. de Souza Filho - REFO Eduardo Fortes Cris óstomos CADASTRADOS
Eliomar Coutinho Barreto Breno Augusto Beltr ão
EQUIPE T ÉCNICA DE CAMPO
Emanuelly de Almeida Le ão Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha
SUREG-RE Emerson Garret Menor Jo ão de Castro Mascarenhas
Ari Teixeira de Oliveira Emicles Pereira C. de Souza Luiz Carlos de Souza J únior
Breno Augusto Beltr ão Ér ika Peconnick Ventura Saulo de Tarso Monteiro Pires
Cícero Alves Ferreira Erval Manoel Linden - CPRM Valdecílio Galv ão Duarte de Carvalho
Cristiano de Andrade Amaral Ewerton Torres de Melo
Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha F ábio de Andrade Lima
F ábio de Souza Pereira ASPECTOS SOCIOECON ÔMICOS
Franklin de Moraes
F ábio Luiz Santos Faria Breno Augusto Beltr ão
Frederico Jos é Campelo de Souza
Jardo Caetano dos Santos Francisco Augusto A. Lima
Francisco Edson Alves Rodrigues FIGURAS ILUSTRATIVAS
Jo ão de Castro Mascarenhas
Francisco Ivanir Medeiros da Silva Aloízio da Silva Leal
Jorge Luiz Fortunato de Miranda
Francisco Jos é Vasconcelos Souza Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino
Jos é Wilson de Castro Temoteo
Francisco Lima Aguiar Junior Jaqueline Pontes de Lima
Luiz Carlos de Souza J únior
Francisco Pereira da Silva - CPRM N úbia Chaves Guerra
Manoel Julio da Trindade G. Galv ão
Frederico Antonio Araújo Meneses Waldir Duarte Costa Filho
Saulo de Tarso Monteiro Pires
S érgio Monthezuma Santoianni Guerra Geancarlo da Costa Viana
Genivaldo Ferreira de Ara újo MAPAS DE PONTOS D’ ÁGUA
Simeones Néri Pereira
Gustavo Lira Meyer Robson de Carlo Silva
Valdecílio Galv ão Duarte de Carvalho
Haroldo Brito de Sá Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino
Vanildo Almeida Mendes
Henrique Cristiano C. Alencar
SUREG-SA Jamile de Souza Ferreira BANCO DE DADOS
Edmilson de Souza Rosas Jaqueline Almeida de Souza
Desenvolvimento dos Sistemas
Edvaldo Lima Mota Jeft é Rocha Holanda
Josias Barbosa de Lima
Hermínio Brasil Vilaverde Lopes Jo ão Carlos Fernandes Cunha
Ricardo C ésar Bustillos Villafan
Jo ão Cardoso Ribeiro M. Filho Jo ão Luis Alves da Silva
Jos é Cl áudio Viegas Joelza de Lima En éas Coordena ção
Luis Henrique Monteiro Pereira Jorge Hamilton Quidute Goes Francisco Edson Mendonça Gomes
Pedro Ant ônio de Almeida Couto Jos é Carlos Lopes - CPRM
V ânia Passos Borges Joselito Santiago Lima Administração
Josemar Moura Bezerril Junior Eriveldo da Silva Mendon ça
SUREG-BH Julio Vale de Oliveira
Ang élica Garcia Soares K ênia Nogueira Di ógenes EDITORA ÇÃO ELETR ÔNICA
Eduardo Jorge Machado Sim ões Marcos Aurélio C. de G óis Filho Aline Oliveira de Lima
Ely Soares de Oliveira Matheus Medeiros Mendes Carneiro Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino
Haroldo Santos Viana Michel Pinheiro Rocha Jaqueline Pontes de Lima
Reynaldo Murilo D. Alves de Brito Narcelya da Silva Ara újo
Nic ácia Débora da Silva SUPORTE T ÉCNICO DE EDITORA ÇÃO
REFO
Oscar Rodrigues Acioly Júnior Claudio Scheid
Ân gelo Tr évia Vieira
Paula Francinete da Silveira Baia Jos é Pessoa Veiga Junior
Felicíssimo Melo
Paulo Eduardo Melo Costa Manoel J úlio da T. Gomes Galv ão
Francisco Alves Pessoa
Paulo Fernando Rodrigues Galindo
J áder Parente Filho
Pedro Hermano Barreto Magalh ães ANALISTA DE INFORMA ÇÕE S
Jos é Roberto de Carvalho Gomes
Raimundo Correa da Silva Neto Dalvanise da Rocha S. Bezerril
Liano Silva Veríssimo
Ramiro Francisco Bezerra Santos
Luiz da Silva Coelho
Raul Frota Gon çalves
Rob ério B ôto de Aguiar

RESTE
Antonio Reinaldo Soares Filho
CPRM - Serviç o Geoló gico do Brasil
Carlos Ant ônio Luz Projeto cadastro de fontes de abastecimento por á gua subterrâ nea. Diagnó stico do municí pio
Cipriano Gomes Oliveira de Baí a Formosa, estado do Rio Grande do Norte / Organizado [por] Joã o de Castro Mascarenhas,
Heinz Alfredo Trein Breno Augusto Beltrã o, Luiz Carlos de Souza Junior, Saulo de Tarso Monteiro Pires, Dunaldson
Ney Gonzaga de Souza Eliezer Guedes Alcoforado da Rocha, Valdecí lio Galvã o Duarte de Carvalho. Recife:
CPRM/PRODEEM, 2005.
EM DESTAQUE ___ p. + anexos
Almir Ara újo Pacheco- SUREG-BE
Ana Cl áudia Vieiro – SUREG-PA “ Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrâ nea, estado do Rio Grande
do Norte.”
Bráulio Rob ério Caye - SUREG-PA
Carlos J. B. Aguiar - SUREG-MA 1. Hidrogeologia – Rio Grande do Norte - Cadastros. 2. Água subterrâ nea – Rio Grande do
Geraldo de B. Pimentel – SUREG-PA Norte - Cadastros. I. Mascarenhas, Joã o de Castro org. II. Beltrã o, Breno Augusto org. III. Souza
Paulo Pontes Ara újo – SUREG-BE Jú nior, Luiz Carlos de org. IV. Pires, Saulo de Tarso Monteiro org. V. Rocha, Dunaldson Eliezer
Tom ás Edson Vasconcelos - SUREG-GO Guedes Alcoforado da org. VI. Carvalho, Valdecí lio Galvã o Duarte de org. VII. Tí tulo.

CDD 551.49098132

Permitida a reprodução desde que mencionada a fonte


APRESENTAÇÃ O

A CPRM – Serviço Geológico do Brasil, cuja missão é gerar e difundir


conhecimento geológico e hidrológico básico para o desenvolvimento sustentável do
Brasil, desenvolve no Nordeste brasileiro, para o Ministério de Minas e Energia,
ações visando o aumento da oferta hí drica, que estão inseridas no Programa de
Água Subterrânea para a Região Nordeste, em sintonia com os programas do
governo federal.

Executado por intermédio da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial,


desde o iní cio o programa é orientado para uma filosofia de trabalho participativa e
interdisciplinar e, atualmente, para fomentar ações direcionadas para inclusão social
e redução das desigualdades sociais, priorizando ações integradas com outras
instituições, visando assegurar a ampliação dos recursos naturais e, em particular,
dos recursos hí dricos subterrâneos, de forma compatí vel com as demandas da
região nordestina.

É neste contexto que está sendo executado o Projeto Cadastro de Fontes de


Abastecimento por Água Subterrânea, localizado no semi-árido do Nordeste, que
engloba os estados do Piauí , Ceará, Rio Grande do Norte, Paraí ba, Pernambuco,
Alagoas, Sergipe, Bahia, norte de Minas Gerais e do Espí rito Santo. Embora com
múltiplas finalidades, este projeto visa atender diretamente as necessidades do
PRODEEM, no que se refere à indicação de poços tubulares em condições de
receber sistemas de bombeamento por energia solar.

Assim, esta contribuição técnica de significado alcance social do Ministério de


Minas e Energia, em parceria com a Secretaria de Geologia, Mineração e
Transformação Mineral e com o Serviço Geológico do Brasil, servirá para dar
suporte aos programas de desenvolvimento da região, com informações
consistentes e atualizadas e, sobretudo, dará subsí dios ao Programa Fome Zero, no
tocante às ações efetivas para o abastecimento público e ao combate à fome das
comunidades sertanejas do semi-árido nordestino.

José Ribeiro Mendes


Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial
CPRM – Serviço Geológico do Brasil
SUMÁ RIO

APRESENTAÇÃO

1. INTRODUÇÃO 1

2. ÁREA DE ABRANGÊNCIA 1

3. METODOLOGIA 2

4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍ PIO DE BAIA FORMOSA 2

4.1 - LOCALIZAÇÃO E ACESSO 2


4.2 - ASPECTOS SOCIOECON ÔMICOS 3
4.3 - ASPECTOS FISIOGRÁFICOS 3
4.4 - GEOLOGIA 4

5. RECURSOS HÍ DRICOS 5

5.1 - ÁGUAS SUPERFICIAIS 5


5.2 - ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 5

5.2.1 - DOMÍ NIOS HIDROGEOL ÓGICOS 5

6. DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS 5

6.1 - ASPECTOS QUALITATIVOS 8

7. CONCLUS ÕES E RECOMENDA ÇÕES 10

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGR ÁFICAS 11

ANEXOS

1 - PLANILHAS DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO

2 - MAPA DE PONTOS DE ÁGUA

3 - ARQUIVO DIGITAL - CD ROM


Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Baí a Formosa
Estado do Rio Grande do Norte

1. INTRODU ÇÃO

O Polígono das Secas apresenta um regime pluviom étrico marcado por extrema irregularidade
de chuvas, no tempo e no espaço. Nesse cen ário, a escassez de água constitui um forte entrave ao
desenvolvimento socioecon ômico e, at é mesmo, à subsist ência da popula ção. A ocorr ência cíclica
das secas e seus efeitos catastr óficos s ão por demais conhecidos e remontam aos prim órdios da
hist ória do Brasil.
Esse quadro de escassez poderia ser modificado em determinadas regi ões, através de uma
gest ão integrada dos recursos hídricos superficiais e subterr âneos. Entretanto, a car ência de estudos
de abrang ência regional, fundamentais para a avaliação da ocorr ência e da potencialidade desses
recursos, reduz substancialmente as possibilidades de seu manejo, inviabilizando uma gest ão
eficiente. Al ém disso, as decis ões sobre a implementa ção de a ções de conviv ência com a seca
exigem o conhecimento b ásico sobre a localiza ção, caracteriza ção e disponibilidade das fontes de
água superficiais e subterr âneas.
Para um efetivo gerenciamento dos recursos hídricos, principalmente num contexto
emergencial, como é o caso das secas, merece aten ção a utilização das fontes de abastecimento de
água subterr ânea, pois esse recurso pode tornar-se significativo no suprimento hídrico da população
e dos rebanhos. Neste sentido, um fato preocupante é o desconhecimento generalizado, em todos os
setores, tanto do n úmero quanto da situa ção das captações existentes, fato este agravado quando se
observa a grande quantidade de captações de água subterr ânea no semi- árido, principalmente em
rochas cristalinas, desativadas e/ou abandonadas por problemas de pequena monta, em muitos casos
passíveis de serem solucionados com a ções corretivas de baixo custo.
Para suprir as necessidades das institui ções e demais segmentos da sociedade atuantes na
regi ão nordestina, no atendimento à popula ção quanto à garantia de oferta hídrica, principalmente
nos momentos críticos de estiagem, a CPRM est á executando o Projeto Cadastro de Fontes de
Abastecimento por Água Subterrânea em conson ância com as diretrizes do Governo Federal e dos
prop ósitos apresentados pelo Minist ério de Minas e Energia.
Este Projeto tem como objetivo a realiza ção do cadastro de todos os po ços tubulares, po ços
2
amazonas representativos e fontes naturais, em uma área de 722.000 km da regi ão Nordeste do
Brasil, excetuando-se as áreas urbanas das regi ões metropolitanas.

2. ÁREA DE ABRANG ÊNCIA

A área de abrang ência do projeto de cadastramento (figura 1) estende-se pelos estados do


Piauí, Cear á, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e
Espírito Santo.

Figura 1 – Área de abrang ência do Projeto

1
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Baí a Formosa
Estado do Rio Grande do Norte

3. METODOLOGIA

O planejamento operacional para a realiza ção desse projeto teve como base a experi ência da
CPRM nos projetos de cadastramento de po ços dos estados do Cear á e Sergipe, executados com
sucesso em 1998 e 2001, respectivamente.
Os trabalhos de campo foram executados por microrregi ão, com áreas variando de 15.000 a
2
25.000 km . Cada área foi levantada por uma equipe coordenada por dois t écnicos da CPRM e
composta, em m édia, de seis recenseadores, na maioria estudantes de nível superior dos cursos de
Geologia e Geografia, selecionados e treinados pela CPRM.
O trabalho contemplou o cadastramento das fontes de abastecimento por água subterrânea (po ço
tubular, poço escavado e fonte natural), com determinação das coordenadas geogr áficas pelo uso do
Global Positioning System (GPS) e obten ção de todas as informa ções passíveis de serem coletadas
atrav és de uma visita t écnica (caracterização do poço, instalações, situa ção da captação, dados
operacionais, qualidade da água, uso da água e aspectos ambientais, geol ógicos e hidrol ógicos).
Os dados coletados foram repassados sistematicamente á Divis ão de Hidrogeologia e
Explora ção da CPRM, em Fortaleza, para, ap ós rigorosa an álise, alimentarem um banco de
dados. Esses dados, devidamente consistidos e tratados, possibilitaram a elabora ção de um
mapa de pontos d’ água, de cada um dos municípios inseridos na área de atua ção do Projeto,
cujas informa ções s ão complementadas por esta nota explicativa, visando um f ácil manuseio e
compreens ão acessível a diferentes usu ários.
Na elaboração dos mapas de pontos d‘ água, foram utilizados como base cartogr áfica os mapas
municipais estatísticos em formato digital do IBGE (Censo 2000), elaborados a partir das cartas
topogr áficas da SUDENE e DSG – escala 1:100.000, sobre os quais foram colocados os dados
referentes aos po ços e fontes naturais contidos no banco de dados. Os trabalhos de arte final e
impress ão dos mapas foram realizados com o aplicativo CorelDraw. A base estadual com os limites
municipais foi cedida pelo IBGE.
H á municípios em que ocorrem alguns casos de poços plotados fora dos limites do mapa
municipal. Tais casos ocorrem devido à imprecis ão nos traçados desses limites, seja pela pequena
escala do mapa fonte utilizado no banco de dados (1:250.000), seja por problemas ainda existentes
na cartografia estadual, ou talvez devido a informa ções incorretas prestadas aos recenseadores ou,
simplesmente, erro na obten ção das coordenadas.
Al ém desse produto impresso, todas as informa çõe s coligidas est ão disponíveis em meio
digital, atrav és de um CD ROM, permitindo a sua contínua atualiza ção.

4. CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICÍPIO DE BAIA FORMOSA

4.1 - Localiza ção e Acesso

O município de Baía Formosa situa-se na mesorregi ão Leste Potiguar e na microrregi ão Litoral


Sul, limitando-se com o município de Canguaretama, o Estado da Paraíba e o Oceano Atl ântico,
abrangendo uma área de 249 km², inseridos nas folhas S ão Jos é do Mipibu (SB.25-Y-A-II) e
Guarabira (SB.25-Y-A-V), na escala 1:100.000, editadas pela SUDENE.
A sede do município apresenta coordenadas 06°22’08,4” de latitude sul e 35°00’28,8” de
longitude oeste, distando da capital cerca de 101 km, sendo seu acesso, a partir de Natal, efetuado
através das rodovias pavimentadas BR-101 e RN-002.

2
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Baí a Formosa
Estado do Rio Grande do Norte

Oceano Atlântico
Ceará

Ceará

Paraíba

Paraíba

Legenda
0 16 32 48 64km

Escala G rá fica N
Paraíba

Figura 2 - Mapa de acesso rodovi ário

4.2 - Aspectos Socioecon ômicos

O município de Baía Formosa foi criado pela Lei n° 2.338, de 31/12/1958, desmembrado de
Canguaretama.
Segundo o censo de 2000, a popula ção total residente é de 7.821 habitantes, dos quais 3.968
s ão do sexo masculino (50,74%) e 3.853 do sexo feminino (49,26%), sendo que 6.369 vivem na área
urbana (81,43%) e 1.452 na área rural (18,57%). A popula ção atual estimada é de 8.196 habitantes
2
(IBGE/2005). A densidade demogr áfica é de 31,40 hab/km .
A rede de sa úde disp õe de 01 Hospital com 08 leitos, 01 Unidade M óvel, 02 Centros de
Sa úde e 03 Postos de Sa úde. Na área educacional, o município possui 12 estabelecimentos de
ensino, sendo 07 estabelecimentos de ensino m édio da Administra ção Municipal, 02 da
Administra ção Estadual e 03 Particulares. Da popula ção total, 69,20% é de alfabetizados.
O município possui 1.739 domicílios permanentes, sendo 1.435 na área urbana e 304 na área
rural. Destes, 1.588 s ão abastecidos de água atrav és da rede geral, 105 atrav és de po ço ou nascente
e 46 por outras fontes. Apenas 22 domicílios são ligados à rede geral de esgotos.
As principais atividades econ ômicas do município são: agropecu ária, pesca, extrativismo e
com ércio. Em rela ção à infra-estrutura, o município possui 18 Pousadas, 03 Pensões, al ém de 01
Ag ência dos Correios e 50 empresas com CNPJ atuantes no com ércio atacadista e varejista. (Fonte:
IDEMA – 2001).
No ranking de desenvolvimento, Baía Formosa est á em 57º lugar no estado (57/167
municípios) e em 3.865º lugar no Brasil (3.865/5.561 municípios). Fonte:
(www.desenvolvimentomunicipal.com.br).
O IDH-M=0,643 (Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil – www.
FJP.gov.br/produtos/cees/idh/Atlas_idh.php).

4.3 - Aspectos Fisiográficos

Criado pela Lei nº 2.338 em 31/12/1958, o município foi desmembrado do município de


Canguaretama, pertence à microrregi ão denominada de “Litoral Sul” (IBGE), e est á enquadrado em
Litoral Oriental, segundo o planejamento de zonas homog êneas do Estado. (IDEC – 1997). O
município possui um clima do tipo tropical chuvoso com ver ão seco e estação chuvosa adiantando-se
para o outono, período chuvoso de janeiro a agosto, temperatura m édia anual em torno de 25.6ºC e

3
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Baí a Formosa
Estado do Rio Grande do Norte

umidade relativa m édia anual de 79%. Quanto à formação vegetal, o município possui Floresta
Subpereninf ólia (Subperif ólia) constituída por árvores sempre verdes, possuem grande n úmero de
folhas largas, troncos relativamente delgados, densa e o solo apresenta-se recoberto por uma
camada de h úmus. Forma ção de Praias e Dunas: - vegeta ção nativa fixadora de areais. As dunas s ão
estabilizadas ou fixas quando recobertas por vegetação natural denominada Reserva Ecol ógica.e
Manguezal: - Sistema Ecol ógico costeiro tropical dominado por esp écies vegetais – mangues e
animais típicos, aos quais se associam outras plantas e animais, adaptadas a um solo periodicamente
inundado pelas mar és, com grande varia ção de salinidade. solos predominantes s ão: Solos Lit ólicos
Eutr óficos e Bruno n ão C álcico O município possui menos de 100 metros de altitude. (Fonte: IDEMA –
1999).

4.4 - Geologia

O município de Baia Formosa encontra-se inserido, geologicamente, na Província


Borborema, sendo constituído pelos sedimentos do Grupo Barreiras (ENb) e pelos dep ósitos Col úvio-
eluviais (NQc), Fl úvio-lagunares (Qfl) Aluvionares (Q2a) e de Dunas Inativas (Qd), como podem ser
observados na figura 3.

35°08’ 35°04’ 35°00’

N
Qd
6°20’ 6°20’

Qfl Ocean o Atl antico

Canguaretama
Baia Formosa

6°24’ 6°24’
Q2a
Qd

RN062
ENb

RN314

6°28’ 6°28’
NQc

ENb

ENb
Qfm

PARAÍBA
6°32’ 6°32’

35°08’ 35°04’ 35°00’

UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS CONVENÇÕES GEOLÓGICAS


Cenozói co Con tat o g eol ógico

Q2a Depósi tos Aluvi onares (a) : areia, cascal ho e níveis de argi la
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
Qd Dunas Inati vas (d): areia bem sel ecionada
S ede M unicipal
Qfl Depósi tos flúvi o-lagunare s (fl): lama a re nosa e carbonosa
Rod ovias
Depósi tos flúvi o-mari nhos (fm): depósitos in discri mi nados
Qfm de pântanos e mangues, flúvio-lagunares e litorâneos Lim ites In t erm un icipais

Depósi tos co lúvio-elu vi ais : Sedimento arenoso, areno-argiloso Rios e riachos


NQc
e conglomerático

ENb Grupo Barreiras (b): arenito e conglome rado, intercalações de


siltito e argil ito

Figura 3 - Mapa Geol ógico

4
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Baí a Formosa
Estado do Rio Grande do Norte

5. RECURSOS HÍDRICOS

5.1 - Águas Superficiais

O município de Baía Formosa encontra-se com 35,75% de seu territ ório inserido nos
domínios da bacia hidrogr áfica do Rio Guai ú, 33,99% nos domínios da bacia hidrogr áfica do Rio
Curimata ú e 26,43% na Faixa Litor ânea de Escoamento Difuso. O município é banhado pela sub-
bacia do Rio Curimata ú, que o limita a NNW, sendo seus principais tribut ários: a N, os Rios: das
Pedras e Garituba; a NW, o Rio Outeiro; a S, os rios Guaju e Pau Brasil, al ém do riacho Uri úna; a E, o
município é banhado pelo Oceano Atl ântico e pelos riachos Taboquinha e Calva çu. N ão existem
3
a çudes com capacidade de acumula ção igual ou superior a 100.000m . Todos os cursos d’ água tem
regime intermitente e o padr ão de drenagem é o pinado, uma varia ção do dendrítico.

5.2 - Águas Subterrâneas

5.2.1 - Domínios Hidrogeol ógicos

O município de Baia Formosa est á totalmente inserido no Domínio Hidrogeol ógico


Intersticial. O Domínio Intersticial é composto de rochas sedimentares do Grupo Barreiras, Dep ósitos
Aluvionares, Dunas Inativas, Dep ósitos Fl úvio-marinhos, Dep ósitos Fl úvio-lagunares e dos
Dep ósitos Col úvio-eluviais.

6. DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS

O levantamento realizado no município registrou a exist ência de 17 pontos d’ água, sendo todos
po ços tubulares, conforme mostra a fig.6.1.

Poços
tubulares
100%

Poços tubulares

Fig.6.1 – Tipos de pontos d’ água cadastrados no município

Com rela ção à propriedade dos terrenos onde est ão localizados os pontos d’ água cadastrados,
podemos ter: terrenos p úblicos, quando os terrenos forem de serventia p ública e; particulares, quando
forem de uso privado. Conforme ilustrado na fig.6.2, existem 08 pontos d’ água em terrenos p úblicos e
09 em terrenos particulares.

5
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Baí a Formosa
Estado do Rio Grande do Norte

Públicos
47%

Particulares
Públicos

Particulares
53%

Fig.6.2 – Natureza da propriedade dos terrenos onde existem po ços tubulares.

Quanto ao tipo de abastecimento a que se destina o uso da água, os pontos cadastrados


foram classificados em: comunitários, quando atendem a v árias famílias e; particulares, quando
atendem apenas ao seu propriet ário. A fig.6.3 mostra que 06 pontos d’ água destinam-se ao
atendimento comunit ário, 01 ao atendimento particular e 10 pontos n ão tiveram a finalidade do
abastecimento definida.

Particulares
6%

Indefinidos
Comunitários
Particulares
Comunitários Indefinidos
35% 59%

Fig.6.3 – Finalidade do abastecimento dos po ços.

Quatro situa ções distintas foram identificadas na data da visita de campo: poços em opera ção,
paralisados, n ão instalados e abandonados. Os poços em operação s ão aqueles que funcionavam
normalmente. Os paralisados estavam sem funcionar temporariamente devido a problemas
relacionados à manutenção ou quebra de equipamentos. Os n ão instalados representam aqueles
po ços que foram perfurados, tiveram um resultado positivo, mas n ão foram ainda equipados com
sistemas de bombeamento e distribuição. E por fim, os abandonados, que incluem po ços secos e
po ços obstruídos, representam os po ços que n ão apresentam possibilidade de produ ção.
A situa ção dessas obras, levando-se em conta seu car áter p úblico ou particular, é apresentada
em n úmeros absolutos no quadro 6.1 e em termos percentuais na fig.6.4.

Quadro 6.1 – Situa ção dos po ços cadastrados conforme a finalidade do uso
Natureza do Poço Abandonado Em Operação Não Instalado Paralisado Indefinido
Comunitário - 6 - - -
Particular - 1 - - -
Indefinido 1 4 2 3 -
Total 1 11 2 3 -

6
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Estado do Rio Grande do Norte

Em Operação
64% Não Instalado
12% Abandonado
Em Operação
Não Instalado
Paralisado
Paralisado
Abandonado
18%
6%

Fig.6.4 – Situa ção dos po ços cadastrados

Em rela ção ao uso da água, 32% dos pontos cadastrados s ão destinados ao uso dom éstico
prim ário ( água de consumo humano para beber), 36% são utilizados para o consumo dom éstico
secund ário ( água de consumo humano para uso geral), 14% para recrea ção e 18% para
ind ústria/com ércio, conforme mostra a fig.6.5.

Indústria/Comé Recreação
rcio 14%
18% Doméstico Primário
Doméstico Secundário
Indústria/Comércio
Doméstico Recreação
Doméstico Primário
Secundário 32%
36%

Fig.6.5 – Uso da água

A fig.6.6 mostra a rela ção entre os poços tubulares atualmente em opera ção e os po ços
inativos (paralisados e n ão instalados) que s ão passíveis de entrar em funcionamento. Verificou-se a
exist ência de 03 po ços particulares e 02 p úblicos n ão instalados ou paralisados e, portanto, passíveis
de entrar em funcionamento, podendo vir a somar suas descargas àquelas dos 11 po ços que est ão
em opera ção.

6
5
4
3
2
1
0

Em Operação Paral/N. Instalado

Particular 6 3
Público 5 2

Fig.6.6 – Rela ção entre po ços em uso e desativados

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Diagnóstico do Municí pio de Baí a Formosa
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Com rela ção à fonte de energia utilizada nos sistemas de bombeamento dos poços, a fig.6.7
mostra que 11 po ços utilizam energia el étrica, sendo 05 p úblicos e 06 particulares, enquanto 02
outros po ços p úblicos, utilizam outras formas de energia.

6
5
4
3
2
1
0

Energia Elétrica Outras Fontes

Particular 6 0
Público 5 2

Fig. 6.7 – Tipo de energia utilizada no bombeamento d’ água

6.1 - Aspectos Qualitativos

Com relação à qualidade das águas dos pontos cadastrados, foram realizadas in loco medidas
de condutividade el étrica, que é a capacidade de uma subst ância conduzir a corrente el étrica estando
diretamente ligada ao teor de sais dissolvidos sob a forma de íons.
Na maioria das águas subterr âneas naturais, a condutividade el étrica multiplicada por um fator,
que varia entre 0,55 a 0,75, gera uma boa estimativa dos s ólidos totais dissolvidos (STD) na água.
Para as águas subterr âneas analisadas, a condutividade el étrica multiplicada pelo fator 0,65 fornece
o teor de s ólidos dissolvidos.
o
Conforme a Portaria n 1.469/FUNASA, que estabelece os padr ões de potabilidade da água
para consumo humano, o valor m áximo permitido para os s ólidos dissolvidos (STD) é 1000 mg/ l.
Teores elevados deste par âmetro indicam que a água tem sabor desagrad ável, podendo causar
problemas digestivos, principalmente nas crian ças, e danifica as redes de distribui ção.
Para efeito de classifica ção das águas dos pontos cadastrados no município, foram
considerados os seguintes intervalos de STD (S ólidos Totais Dissolvidos):

0 a 500 mg/ l água doce


501 a 1.500 mg/l água salobra
> 1.500 mg/ l água salgada

Foram coletadas e analisadas amostras de água de 15 pontos d’ água. Os resultados das


an álises mostraram valores oscilando de 26,65 e 551,85 mg/l, com valor m édio de 127,14 mg/l.
Observando o quadro 6.2 e a fig.6.8, que ilustra a classificação das águas subterr âneas no município,
verifica-se a predomin ância de água doce em 93,30% dos po ços cadastrados.

Quadro 6.2 – Qualidade das águas subterr âneas no município conforme a situa ção do po ço
Qualidade da água Em Uso Não Instalado Paralisado Indefinido Total
Doce 11 2 1 - 14
Salobra - - 1 - 1
Salina - - - - 0
Total 11 2 2 0 15

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Salobra
7%

Doce Salobra

Doce
93%

Fig. 6.8 – Qualidade das águas subterr âneas do município.

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Diagnóstico do Municí pio de Baí a Formosa
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7. CONCLUS ÕES E RECOMENDA ÇÕES

A an álise dos dados referentes ao cadastramento de pontos d´ água executado no município


permitiu estabelecer as seguintes conclusões:
• A situa ção atual dos po ços tubulares existentes no município é apresentada no quadro 7.1 a
seguir:

Quadro 7.1 – Situa ção atual dos poços cadastrados no município.


Natureza Em Não
Abandonado Paralisado Indefinido Total
do Poço Operação Instalado
Público 1 (13%) 5 (63%) 1 (13%) 1 (13%) - 8 (47%)
Particular - 6 (67%) 1 (11%) 2 (22%) - 9 (53%)
Indefinido - - - - - 0 (0%)
Total 1 (6%) 11 (65%) 2 (12%) 3 (18%) - 17 (100%)

• Os 17 pontos d’ água cadastrados s ão todos po ços tubulares, sendo que 11(65%) encontram-
se em opera ção e 01 foi descartado (abandonados) por estar seco ou obstruído. Os 05
pontos restantes (30%) incluem os n ão instalados e os paralisados, por motivos os mais
diversos. Estes po ços representam uma reserva potencial substancial, que pode vir a reforçar
o abastecimento no município se, ap ós uma an álise t écnica apurada, forem considerados
aptos à recupera ção e/ou instala ção. Cabe à administra ção municipal promover ou articular o
processo de an álise desses po ços, podendo aumentar substancialmente a oferta hídrica no
município.
• Foram feitos testes de condutividade em 15 amostras de água (88,20% dos poços
cadastrados) dos quais, apenas 01 apresentou águas levemente salobras.
• Todos os po ços deveriam sofrer manuten ção peri ódica para assegurar o seu pleno
funcionamento, principalmente em tempos de estiagem prolongada; por manuten ção
peri ódica entende-se um período, no mínimo anual, para retirada de equipamento do po ço e
sua manuten ção e limpeza, al ém de limpeza do po ço como um todo, possibilitando a
recuperação ou manuten ção das suas vaz ões originais.
• Para assegurar a boa qualidade da água, do ponto de vista bacteriol ógico, devem ser
implantadas em todos os po ços ativos e paralisados, possíveis de recupera ção, medidas de
proteção sanit ária tais como: selo sanit ário, tampa de proteção, limpeza permanente do
terreno, cerca de prote ção, etc. O que pode ser articulado entre a Prefeitura Municipal e a
pr ópria popula ção benefici ária do po ço. Quanto aos poços abandonados, devem ser tomadas
medidas de conten ção, como a coloca ção de tampas soldadas ou aparafusadas, visando
evitar a contaminação do lençol fre ático por queda acidental de pequenos animais e
introdu ção de corpos estranhos, especialmente por crian ças, fato muito comum nas áreas
visitadas.

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Diagnóstico do Municí pio de Baí a Formosa
Estado do Rio Grande do Norte

8. REFER ÊNCIAS BIBLIOGR ÁFICAS

ANU ÁRIO MINERAL BRASILEIRO, 2000. Brasília: DNPM, v.29, 2000. 401p.

BRASIL. MINIST ÉRIO DAS MINAS E ENERGIA. Secretaria de Minas e Metalurgia; CPRM – Servi ço
Geol ógico do Brasil [CD ROM] Geologia, tect ônica e recursos minerais do Brasil, Sistema de
Informa ções Geogr áficas SIG. Mapas na escala 1:2.500.000. Brasília: CPRM, 2001. Disponível
em 04 CD’s

FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Geografia do


Brasil. Regi ão Nordeste. Rio de Janeiro: SERGRAF, 1977. Disponível em 1 CD.

FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Mapas Base dos
municípios do Estado do Rio Grande do Norte.

RODRIGUES E SILVA, Fernando Barreto; SANTOS, José Carlos Pereira dos; SILVA, Ademar Barros
da et al [CD ROM] Zoneamento Agroecol ógico do Nordeste do Brasil: diagn óstico e
progn óstico. Recife: Embrapa Solos. Petrolina: Semi-Árido, 2000. Disponível em 1 CD

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Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Baí a Formosa
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ANEXO 1

PLANILHA DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO


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Diagnóstico do Municí pio de Baí a Formosa
Estado do Rio Grande do Norte

Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea


Diagnóstico do Municí pio de Baia Formosa – Estado do Rio Grande do Norte
C ÓDIGO LATITUDE LONGITUDE PONTO DE NATUREZA PROF. VAZ ÃO SITUA ÇÃO EQUIPAMENTO DE FONTE FINALIDADE STD
LOCALIDADE
PO ÇO S W ÁGUA DO TERRENO (m) (L/h) DO PO ÇO BOMBEAMENTO DE ENERGIA DO USO (mg/L)
DO271 CENTRO 062208,4 350015,4 Poço tubular P úblico 71 Em Opera ção Bomba submersa Trifásica Dom éstico Prim ário, Dom éstico Secund ário, 107,9
DO272 CENTRO 062213,5 350011,9 Poço tubular P úblico 70 Em Opera ção Bomba submersa Trifásica Dom éstico Prim ário, Dom éstico Secund ário, 93,6
DO273 CENTRO 062210,2 350009,2 Poço tubular Particular 32,1 N ão Instalado , 128,05
PRAIA BACOPARI Dom éstico Prim ário, Dom éstico Secund ário,
DO274 (CHALEMAR) 062159,6 350010,6 Poço tubular Particular 36 Em Opera ção Bomba submersa Trifásica Indústria/Com ércio, Recreação, 92,3
DO275 CAMPO DE FUTEBOL 062226,3 350012,2 Poço tubular P úblico 45 Em Opera ção Bomba submersa Trifásica Recreação, 169,65
DO276 LAVANDERIA 062220,6 350023,7 Poço tubular P úblico 35 Paralisado Bomba submersa Trifásica ,
Dom éstico Secund ário, Indústria/Comércio,
DO277 CENTRO 062202,9 350019,0 Poço tubular Particular 38 Em Opera ção Bomba submersa Trifásica Recreação, 206,05
DU374 ESTREITO 063026,8 350229,2 Poço tubular Particular 60 Em Opera ção Bomba submersa Trifásica Dom éstico Prim ário, Dom éstico Secund ário, 29,9
DU375 PITUBA 062944,3 350019,8 Poço tubular Particular 54 Em Opera ção Bomba submersa Trifásica Dom éstico Prim ário, Dom éstico Secund ário, 137,15
DU376 PITUBA 062944,4 350019,5 Poço tubular Particular 41 Paralisado , 61,75
DU377 SAGI - POCO I 062729,4 345832,8 Poço tubular P úblico 74 N ão Instalado , 87,75
DU378 SAGI - POCO II 062753,3 345822,7 Poço tubular P úblico 30 Em Opera ção Bomba submersa Trifásica Dom éstico Prim ário, Dom éstico Secund ário, 92,3
DU629 FAZENDA BAIA FORMOSA 062454,3 350320,0 Poço tubular Particular 38,3 Paralisado , 551,85
DU630 CASQUEIRA 062401,1 350425,6 Poço tubular P úblico 43,56 Abandonado ,
DU631 FAZENDA CASQUEIRA 062313,7 350335,4 Poço tubular P úblico 75 Em Opera ção Compressor de ar Dom éstico Prim ário, Dom éstico Secund ário, 92,3
DU632 POSTO FARIAS 062611,7 350648,4 Poço tubular Particular 60 Em Opera ção Bomba submersa Trifásica Indústria/Comércio, 29,9
DU633 BR 101 - KM 76 062625,8 350646,5 Poço tubular Particular Em Opera ção Bomba submersa Trifásica Indústria/Comércio, 26,65
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ANEXO 2

MAPA DE PONTOS D’ Á GUA

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