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A energia

nossa de cada
dia: de onde ela
vem e para onde
vamos com ela

Tesla, o mestre dos raios

PROFESSORES
Felipe Damásio Física
Maurício Dalpiaz Melo Geografia
Sinopse do Programa
Nikola Tesla foi o físico visionário que no final do
século XIX ousou pensar diferente e revolucionou
a maneira como a energia elétrica era produzida
e distribuída. Foi a partir da biografia de Tesla
que os professores Felipe Damásio (Física) e
Maurício Dalpiaz (Geografia) do Instituto Federal
de Santa Catarina, campus Araranguá, desen-
volveram um trabalho interdisciplinar onde os
alunos pesquisam as diferentes formas de gerar
energia, analisam seus impactos socioambien-
tais e propõem matrizes energéticas para países
aparentemente fictícios. Foi com esse projeto que
os professores participaram da campanha Minha
ideia dá um Sala e foram selecionados para par-
ticipar do programa “Sala de Professor Especial”.

Apresentação
Um dos grandes focos do documentário é a ge-
ração de energia elétrica e a busca de Tesla por
uma fonte inesgotável deste tipo de energia,
ótima oportunidade para o professor de Física
desenvolver seus conteúdos em parceria com
o de Geografia. O professor de Física poderá
abordar a produção da energia elétrica, en-
quanto o de Geografia, os impactos ambientais
causados pela implantação das usinas gera-
doras de energia, com um olhar para a matriz
energética do Brasil.
Um olhar para o documentário
a partir da física

O documentário relata a vida e a obra de uma Sugerimos que a atividade seja iniciada com a cons-
das maiores personalidades da ciência nos últi- trução de um motor elétrico (os materiais e o passo
mos 200 anos, Nikola Tesla. Ele traz desde o seu a passo também estão disponíveis em: portaldopro-
nascimento na Europa eslava, até a sua vida nos fessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=19588).
Estados Unidos, passando pela sua fascinação
precoce pela eletricidade, contribuições relevantes Motor Elétrico Simples
para esta área. Seu nome foi, inclusive, usado para
batizar a unidade de campo magnético. Um dos materiais
grandes focos do documentário é a geração de 1 2 3 4 5
energia elétrica e a busca de Tesla por uma fon-
te inesgotável deste tipo de energia. Outro ponto
bastante explorado no filme é o fascínio de Tesla
pelas cataratas do Niágara e como suas águas 1) Uma pilha de 1.5V; 2) um imã circular pequeno;
poderiam gerar energia elétrica, o que é realizado 3) um parafuso; 4) um fio elétrico com cerca de 10cm;
5) fita isolante.
atualmente pelas usinas hidrelétricas.

montagem

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1. Com a fita isolante, prenda uma extremidade do fio


ao pólo negativo da pilha;
2. Coloque a cabeça do parafuso sobre o imã;
Nikola Tesla (1856–1943). 3. Com o pólo positivo da pilha para baixo, toque a
parte superior do parafuso, que fica unido à pilha;
4. Lenvate tudo da superfície e encoste a outra extremi-
O professor de Física poderá utilizar o documen- dade do fio no imã. O parafuso deve começar a girar.
tário como ponto de partida para a discussão e
desenvolvimento de conteúdos como energia elé-
explicação
trica e indução eletromagnética. Propomos uma
sequência de atividades que podem ser realizadas Ao tocar o imã com o fio o circuito elétrico é fechado. A
com alunos do 3° ano do Ensino Médio, pois é com corrente elétrica segue o caminho: pólo positivo da pilha,
estes alunos que o tema da eletricidade e magne- parafuso, imã, filo e pólo negativo da pilha.
A corrente que circula pelo imã, o parafudo para o fio ex-
tismo é tradicionalmentte trabalhado. No entanto,
perimenta uma força magnética perpendicular a direção da
cabe ao professor avaliar se tais atividades podem corrente que e faz com que o conjunto parafuso-imã gire.
ser adequadas a alunos mais jovens.

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Em um segundo momento, propõe-se discutir montagem
a geração de energia elétrica pela indução ele-
tromagnética por meio de um experimento que 1
demonstre a variação do campo magnético para
2
criar a corrente elétrica. Os materiais utilizados
para esse experimento são simples e toda sua
discussão está detalhada em: <portaldoprofessor.
mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=17560>. 3 4

Experimento de Oersted

materiais
1. Faça duas bobinas enrolando o fio desencapado em
dois dedos;
2. Ligue cada extremidade do fio paralelo a uma das bobinas;
3. Coloque a bússola dentro de uma das bobinas;
4. Na outra bobina, movimento o imã para cima e para bai-
Imã Fio elétrico Fio elétrico bússola xo. O movimento vai gerar um campo magnético e criar
desencapado paralelo encapado uma corrente de energia induzida que vai percorrer o fio
(cerca de 1m) e interagir com a bússola na outra extremidade.

Em um terceiro momento, sugerimos que seja dada a explicação do funcionamento das usinas térmicas
(como termelétricas e termonucleares) pela construção de uma máquina térmica com materiais simples.

usina termelétrica usina termonuclear

Eletricidade Eletricidade

Turbina Gerador Turbina Gerador

A queima de O vapor A fissão dos O vapor


carvão, diesel A água da pressurisado gira a núcleos de A água da pressurisado gira a
ou gás gera caldeira é turbina que move urânio no reator caldeira é turbina que move
energia tér- aquecida e o gerador e produz gera energia aquecida e o gerador e produz
mica (calor). gera vapor. energia elétrica. térmica (calor). gera vapor. energia elétrica.

A partir dos experimentos, toda a exposição dos da diferenciação progressiva de Ausubel, ou seja,
conceitos envolvidos para a explicação da geração comece com os conceitos mais gerais e só então
e distribuição de energia elétrica é realizada. Para explique os mais específicos (Moreira, 1999).
tanto, recomendamos que se utilize o princípio

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Para se discorrer sobre a unificação da eletricida- explicações teóricas e contextualização histórica. O
de com o magnetismo, sugerimos a explicação do material está disponível no endereço <portaldopro-
experimento clássico de Oersted, de 1820. Neste fessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=25545>.
experimento fica claro que é possível gerar magne-
tismo (campo magnético capaz de girar um ímã) a Outro ponto a ser abordado trata do papel da indução
partir de eletricidade (corrente elétrica). eletromagnética para a geração da energia elétrica
pelas usinas hidrelétricas, termelétricas, termonu-
A seguir, sugerimos a discussão de como, em 1831, cleares e eólicas. Para isso, sugerimos a discussão
Faraday mostrou que é possível induzir uma corren- sobre o funcionamento de uma usina hidrelétrica,
te elétrica a partir de um campo magnético (Lei de que pode ser realizada pela construção de maquetes
Indução de Faraday). Uma plataforma acessível e ou por simulações que podem ser encontradas na in-
muito útil para explorar estes conceitos é a chamada ternet: <objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/
“Faraday, eis o cara!”, que conta com animações, handle/mec/14895/hidreletrica.swf?sequence=1>.

usina hidrelétrica

Água represada

Gerador

Água desce com


Turbina
força da gravidade. Eletricidade
Água gira turbina que move ge-
rador e produz energia elétrica.

Para encerrar o assunto, propomos a discussão de


formas alternativas para obtenção de energia elétri- MATERIAL
ca sem utilização de indução eletromagnética, como
é o caso da energia solar. O processo de produção
Computador com acesso à internet.
desse tipo de energia se dá por placas solares para
aquecer água ou para gerar eletricidade.

veja mais
ETAPAS
Experimento de Oersted. Disponível em: <portaldo-
Exibição do documentário; professor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=36730>;

Realização dos experimentos sugeridos; Coletor solar térmico. Disponível em: <portaldopro-
fessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=24122>;
Discussão dos resultados dos experimentos;
Painel solar fotovoltaico: <portaldoprofessor.mec.
Exposição teórica. gov.br/fichaTecnica.html?id=24123>.

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Um olhar para o documentário
a partir da geografia

As aulas de Geografia estão ligadas aos conteúdos Para iniciar a proposta, sugerimos o estabeleci-
discutidos nas aulas de Física. Ao mesmo tempo mento da relação entre geração de energia elétrica
em que ocorre a discussão dos assuntos do docu- e aquecimento global. Para tanto, o professor po-
mentário nas aulas de Física, ocorrerá uma análise derá desenvolver conteúdos como: efeito estufa,
dos impactos ambientais de cada um dos tipos de combustíveis fósseis e recursos renováveis.
geração de energia nas aulas de Geografia. Toda a Após breve explanação sobre essa relação, o
abordagem do professor de Geografia deverá ser professor poderá discutir as vantangens e desvan-
feita de maneira imparcial, sem defender ou criticar tagens de cada uma das opções de geração de
uma forma de geração em especial. energia elétrica utilizadas na aula de Física.

usinas hidrelétricas usinas termelétricas

vantagens desvantagens vantagens desvantagens

Alta eficiência Elevado valor de transmis- Ocupação de área Alto preço


(cerca de 95%). são até os centros urbanos. relativamente pequena. do combustível.
Custo nulo de combustível. Emissão de metano. Pequeno custo
Poluição do ar.
de transmissão.
Produção energética Grande impacto socio-
elevada garantida pela ambiental devido às
grande quantidade de rios inundações geradas pela Não dependência
Emissão de gases estufa.
presentes no Brasil. construção das barragens. de fatores climáticos.

Vale lembrar que os rios de planalto são mais aptos Ressalte que a disponibilidade e o tamanho das reser-
à produção de energia por hidrelétricas, bem como vas de combustiveis fósseis é primordial para definir
climas úmidos favorecem a formação de rios perenes. a viabilidade de investimento nessa matriz energética.

usinas eólicas usinas solar

vantagens desvantagens vantagens desvantagens

Fonte inesgotável Necessitadade Produção de Dependência


de energia. de vento forte. energia limpa. da insolação.
Instalação em Produção de poluição
locais isolados. visual e sonora. Instalação das Não produção
placas de captação de energia no
Interferência nos hábitos em locais isolados. período noturno.
Não poluição do ar.
de pássaros migratórios.

A frequência dos ventos é um dado Elevado custo


Manuntenção
primordial que precisará ser analisado, definindo da instalação das
de baixo custo.
a viabilidade nos investimentos em energia eólica. placas de captação.

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usinas termonucleares Poderá ser explorado pelo professor, por meio de
saídas a campo, algum tipo de geração de energia
vantagens desvantagens
próximo de sua escola, como usinas hidrelétricas,
termelétricas ou eólicas. Os impactos causados
Reservas energéticas maiores Produção indiretamente por elas também podem ser discu-
que as dos combustíveis fósseis. de lixo nuclear. tidos, como o impacto ambiental e social causado
pela exploração de carvão mineral ou pela contru-
Possibilidade
Instalação em áreas reduzidas. ção de barragens.
de acidentes.

Possibilidade de independência
Após a discussão feita nas aulas de Física e Geogra-
energética para países sem
combustíveis fósseis. fia, os consultores esperam que os alunos estejam
preparados para a segunda fase do projeto.
Não emissão de gases estufa.

MATERIAL veja mais

Computador com acesso à internet; Portal do Professor do MEC. A física e o coti-


diano – Fique sabendo! – Geração de energia
Dispositivo para apresentação do tipo data show. elétrica. Disponível em: <portaldoprofessor.mec.
gov.br/fichaTecnica.html?id=33222>;

Portal do Professor do MEC. Efeito Estufa.


Disponível em: <portaldoprofessor.mec.gov.br/
fichaTecnica.html?id=12645>;
ETAPAS Portal do Professor do MEC. Combustíveis
fósseis. Disponível em: <portaldoprofessor.mec.
gov.br/fichaTecnica.html?id=28335]>;
Exibição do documentário;
Portal do Professor do MEC. Energia nuclear
Exibição dos recursos sugeridos ao longo do texto; e impacto ambiental – Geração de energia.
Disponível em: <portaldoprofessor.mec.gov.br/
Discussão tos temas sugeridos com os alunos. fichaTecnica.html?id=35675>.

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UMA CONVERSA
ENTRE AS DISCIPLINAS

Na segunda fase do projeto será organizada uma as- e Outros” (2002), se mostra uma atividade pertinente
sembleia com países fictícios. Este recurso usa uma para que os adolescentes dediquem tempo à leitura
espécie de julgamento que, de acordo com “Guerra e à reflexão sobre o assunto que pretendem debater.

Formação das comissões

A atividade aqui proposta é pouco usual em aulas de A assembleia deve ser formada por convidados de
Educação Básica: a simulação de uma assembleia fora da turma. Sugerimos outros professores, alunos
de países fictícios: Teslaquistão do Sul, Teslaquis- de outras turmas ou mesmo pais e responsáveis por
tão do Norte, Teslaquistão do Leste e Teslaquistão alunos. Estes membros serão convidados a partici-
do Oeste. O objetivo é analisar as potencialidades par da atividade no dia de encerramento do projeto.
energéticas, ou seja, os recursos naturais e econô-
micos disponíveis em cada país fictício que servirão A assembleia deve ser realizada na própria turma em
de base para a definição da matriz energética. Para que as aulas de Física e Geografia foram ministradas.
isso, serão utilizados os dados da base física (natu- Assim, o material necessário para a sua formação
ral) e econômica de quatro estados brasileiros, que são as próprias mesas e cadeiras da sala de aula.
poderão ser escolhidos a critério dos professores. Porém, se assim interessar aos professores e direção
da escola, ela poderá ser realizada no auditório do
É interessante não revelar aos membros da assem- colégio, como um evento do calendário escolar.
bleia quais estados foram utilizados como base na
pesquisa, pois isso poderia influenciar no resultado São sugeridas quatro comissões formadas aleato-
da votação. A assembleia deve tomar uma decisão riamente por alunos da turma, escolhidos por meio
importante: em que tipo de matriz de geração de de sorteio. Cada uma destas comissões formadas
energia elétrica seu governo deve investir? Deverão deverá defender uma matriz energética para cada
analisar as potencialidades energéticas de cada país fictício, lembrando que a adoção de uma matriz
país fictício, bem como questões de viabilidade energética não significa, necessariamente, a utiliza-
econômica e o impacto ambiental e social. ção de apenas uma fonte de energia.

Preparação e realização da assembleia

As comissões deverão ter nome, presidente, relator blogues e nas redes sociais, de forma que pessoas
e membros. Um relatório deverá ser entregue pre- de outras cidades possam interagir com os alunos
viamente aos membros da assembleia com duas participantes do projeto.
páginas por cada comissão. Este relatório ficará sob
a responsabilidade do relator, mas todos os membros Ao final das arguições e do debate, os membros
deverão participar da sua elaboração. Nesse relatório da assembleia discutirão entre eles sobre suas
a comissão deverá expor os pontos fortes da matriz impressões. Após as manifestações dos membros
energética escolhida para seu país fictício. Além dis- da assembleia, uma votação deverá ser realizada.
so, os alunos membros das comissões devem estar O resultado será divulgado a todos os alunos mem-
preparados para os possíveis questionamentos dos bros das comissões e da assembleia, e também
membros da assembleia sobre a escolha do grupo. serão revelados quais estados foram utilizados
Os relatórios podem ser publicados na internet, em como base de dados para a realização do projeto.

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Avaliação das atividades

A avaliação da atividade, desde a exibição do No entanto, os professores de Física e Geografia


documentário até a realização da assembleia, não devem ressaltar que o resultado da votação da
deve ser realizada com estratégias tradicionais, assembleia não tem importância alguma na avalia-
como provas escritas. Um dos instrumentos de ção das atividades e dos alunos participantes. Eles
avaliação será um relatório de no máximo duas devem demonstrar que os alunos deixaram de ser
páginas, que o relator da comissão entregará pre- receptores de conhecimento para tornarem-se pro-
viamente aos membros da assembleia. Por meio dutores. Não são mais cidadãos passivos e passíveis
da avaliação desse documento, a comissão mani- de ter sua opinião formada por fontes questionáveis
festará seus argumentos para adotar determinada – passaram a ser formadores de opinião.
matriz energética.
O ensino deixará de ser “bancário”, como descrito
O desempenho dos alunos durante as arguições por Paulo Freire, para ser um ensino problematizador
e debates será outra fonte rica para analisar como (Freire, 2004). As aulas deixarão de ser dissertativas,
os alunos receberam e transformaram os co- e as atividades como um todo terão a oportunidade
nhecimentos discutidos em sala de aula e como de alcançar a sugestão de Paulo Freire de o aluno
buscaram novas fontes de informações para de- “dar a volta por cima e superar o autoritarismo e o
sempenhar suas tarefas nas comissões. erro epistemológico do ‘bancarismo’” (2004, p. 25).

O relato de uma experiência com a atividade sugerida

Para a realização da assembleia ficou definido que o Teslaquistão do Sul seria o estado do Rio Grande do
Sul; o Teslaquistão do Leste, Minas Gerais; o Teslaquistão do Oeste seria representado por Mato Grosso; e
o Ceará seria o Teslaquistão do Norte.

Teslaquistão do sul Teslaquistão do Oeste

Latitude 27˚05’ Sul – 33˚45’ Sul; Latitude 7˚20”5 Sul – 18˚2’ Sul;
Rico em bacias hidrográficas; Bacia com potencial hidrelétrico;
Grande reserva de carvão mineral; Sem reserva de carvão mineral ou outro tipo de
Fortes ventos; minério;
Insolação média anual baixa. Baixo índice de ventos;
Insolação média anual baixa.
Matriz energética recomendável:
60% hidráulica, 30% eólica e Matriz energética recomendável:
10% termelétrica à carvão (suporte). Hidráulica e termelétrica a gás natural – importação.

Teslaquistão do Norte Teslaquistão do Leste

Latitude 2˚46’ Sul – 7˚52’ Sul; Latitude 14˚33’ Sul – 22˚57’ Sul;
Não há potencial hidrelétrico; Reservas de urânio;
Sem reserva de carvão mineral; Sem reserva de carvão mineral;
Reservas de carvão vegetal; Fortes ventos;
Possui reservas de urânio; Insolação média anual baixa.
Fortes ventos, já possui 14 parques eólicos;
Insolação média anual alta. Matriz energética recomendável:
Hidráulica e eólica.
Matriz energética recomendável:
Eólica, solar e termonuclear.

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A escolha desses estados pelos professores foi da assembleia. Eles fizeram a defesa da matriz
proposital, pois o Rio Grande do Sul possui uma energética a ser utilizada em seu país trazendo
grande reserva de carvão mineral que pode ser dados atuais de consumo de energia elétrica do
utilizada como fonte de energia, porém causa estado escolhido e quais fontes de energia deve-
sérios problemas ambientais. Minas Gerais pos- riam ser utilizadas para suprir essa demanda. Por
sui bom potencial para várias fontes de energia, exemplo, o grupo que ficou com o estado do Rio
Mato Grosso possui um pequeno potencial em Grande do Sul sugeriu que 60% da energia seria
praticamente todas as fontes, e o Ceará apresenta produzida em hidrelétricas, 30% em parques
um potencial de utilização de energia limpa muito eólicos e o restante em termelétricas movidas
grande, com grande potencial eólico e solar. a carvão mineral. A escolha foi devido às grandes
reservas desse mineral, que serviria para situações
No trabalho de pesquisa dos grupos para defini- de emergência ou suporte em caso de problemas
ção do potencial energético de cada país fictício, na geração de energia por outras fontes.
uma fonte de dados foi de suma importância: o
atlas nacional da energia elétrica produzido pela Durante os debates, membros da assembleia
ANEEL sobre a potencialidade de geração de faziam perguntas aos membros das comissões
energia elétrica de todo o país. Esse atlas possui e sugeriam outras matrizes energéticas para os
mapas e gráficos com informações relevantes países fictícios. Essas sugestões eram acolhidas
sobre as potencialidades das fontes de energia. e incorporadas na votação final sobre qual matriz
energética deveria ser adotada. Ao final são reve-
Durante a realização da assembleia os grupos en- lados quais estados serviram de base física para
tregaram uma cópia do relatório para cada membro a pesquisa dos grupos.

SUGESTÕES DE LEITURA E OUTROS RECURSOS

Livros e Revistas
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia – saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

GASPAR, A. Experiências de ciências para o ensino fundamental. São Paulo: Ática, 2005.

GUERRA, A.; REIS, J.C.; BRAGA, M. Julgamento no Ensino Médio. A Física na escola, São Paulo, v. 3, n.1, 2002.

MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa. Brasília: UnB, 1999.

SAGAN, C. O mundo assombrado por demônios – a ciência vista como uma vela no escuro. São Paulo: Companhia
das Letras, 1996.

passeios e visita
Museu de Ciência e Tecnologia – PUC-RS. Mais informações: <www.pucrs.br/mct>.

Museu Catavento Cultural e Educacional. Mais informações: <www.cataventocultural.org.br>.

Parque Viva a Ciência - UFSC. Mais informações: <www.vivaciencia.ufsc.br>

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sites e outros recursos
Atlas de Energia Elétrica do Brasil. 2ª. ed., Brasília: ANEEL, 2005, 243 p. Disponível em: <www.aneel.gov.br/aplicacoes/
Atlas/download.htm>. Acesso em: 05 fev. 2013.

Universidade do Colorado. PhET – Simulações interativas de Ciências. Disponível em <phet.colorado.edu/pt_BR>.


Acesso em: 05 fev. 2013.

Sociedade Brasileira de Física. Píon – Ligado na Física! Disponível em <pion.sbfisica.org.br/pdc>. Acesso em: 05 fev. 2013.

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Centro de Referência para o Ensino de Física. Disponível em <www.if.ufrgs.br/
cref>. Acesso em: 05 fev. 2013.

filmes e documentários
COSMOS – uma viagem pessoal. Direção: Adrian Malone. Produção: Ann Dryan. Intérprete: Carl Sagan. BBC, 1980. 60 min.,
13 episódios.

Nikola Tesla – mestre dos raios. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=gwcmbOtLRXQ>

Uma verdade inconveniente. Direção: Davis Guggenheim. Produção: Davis Guggenheim e Scott Z. Burns. Intérpretes:
Al Gore; Billy West e Charles Berling. Roteiro: Davis Guggenheim. Paramount Pictures, 2006. 1 DVD (100 min.).

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Um documentário da TV Escola. Um ponto
de partida para grandes trabalhos com os
alunos. Assim é o Sala de Pofessor. O progra-
ma incentiva os professores de Ensino Médio
a desenvolverem projetos que mudem a roti-
FOTO na em sala de aula. Em cada programa, dois
professores convidados criam um projeto a
partir de documentários exibidos na TV Es-
cola. São sempre propostas e experimentos
inovadores, que podem ser reaplicados em
qualquer escola do país.

Os trabalhos apresentados são detalhados


em dicas pedagógicas como essa e ficam
disponíveis no site da TV Escola. Os profes-
sores também podem usar as artes criadas
para o programa: são animações, tabelas,
mapas e infográficos que tornam os con-
teúdos mais visuais e interativos. As dicas
pedagógicas e as computações gráficas fo-
ram transformadas em fascículos interativos
para tablets. E o professor também pode
navegar pelo material extra do programa no
blog do Sala. Para ter acesso a esses pro-
dutos, acesse o site tvescola.mec.gov.br ou
curta a fan page da TV Escola no Facebook.

FOTO

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