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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO

UNIDADE 01
PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL (AUR051)
Prof.: LUCIANE TASCA
Planejamento Urbano:
Primeiras Questões

As Visões Conflitantes do que é


Planejamento Urbano

É aparentemente simples analisar e discutir o que


é o planejamento urbano.

Poderíamos dizer simplesmente que


PUR é ordenar as cidades e resolver
seus problemas.

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 Com relação aos problemas urbanos podemos
•Mas, para isso seria necessário listar esses
dizer que eles existem apenas por uma falta de
problemas e, em seguida, definir uma ordem de
racionalidade e honestidade do governo ou dos
prioridades na implementação de uma solução.
cidadãos.
•Finalmente, restaria implementá-las com técnicas  A racionalidade seria alcançada através de
adequadas, dependendo dos recursos disponíveis. estudos sistemáticos, sérios e tão científicos
quanto fosse possível, que dissecariam os
•Assim, o bem comum seria finalmente alcançado problemas, indicando-lhes a melhor solução.
desde que tal objetivo fosse perseguido  Desse modo, “a mera ignorância da realidade dos
honestamente. fatos a ser superada através de análise
sistemática seria a causa básica do estado caótico
das cidades”. (Campos Filho, 1992)

 O planejamento urbano é o processo de criação e


desenvolvimento de programas que buscam melhorar ou
revitalizar certos aspectos (como qualidade de vida da
população) dentro de uma dada área urbana ou de uma
nova área urbana em uma dada região, tendo como
objetivo propiciar aos habitantes a melhor qualidade de
vida possível.

 Enquanto disciplina acadêmica ou como método de Planejamento Urbano


atuação no ambiente urbano, lida basicamente com os
processos de produção, estruturação e apropriação do
espaço urbano.
e
 A interpretação destes processos, assim como o grau de
Urbanismo
alteração de seu encadeamento, varia de acordo com a
posição a ser tomada no processo de planejamento e
principalmente com o poder de atuação do órgão
planejador.

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Tanto o planejamento urbano quanto o urbanismo são
entendidos como o estudo do fenônemo urbano em
sua dimensão espacial, mas diferem notadamente no
tocante às formas de atuação no espaço urbano.
 O PLANEJAMENTO URBANO é atividade, por excelência,
 O URBANISMO trabalha (historicamente) com o MULTIDISCIPLINAR, enquanto que o URBANISMO, ao
desenho urbano e o projeto das cidades, em termos longo da história, se caracterizou como DISCIPLINA
genéricos, sem necessariamente considerar a cidade AUTÔNOMA.
como agente dentro de um processo social conflitivo.

 Os limites entre o planejamento e o urbanismo são pouco


 O PLANEJAMENTO URBANO, antes de agir claros na prática: intervenções urbanísticas na cidade são
diretamente no ordenamento físico das cidades, trabalha comumente tratadas como "obras de planejamento",
com os processos que a constróem (ainda que enquanto que atividades típicas do planejamento (como a
indiretamente, sempre atue no desenho das cidades). criação de um plano diretor), são eventualmente tratadas
como "obras de urbanismo".

 O planejamento surgiu como uma resposta aos problemas


enfrentados pelas cidades, tanto aqueles não resolvidos
pelo urbanismo moderno quanto aqueles causados por ele.
 A expressão “planejamento urbano” vem da Inglaterra e
dos Estados Unidos, e marca uma mudança na forma de
encarar a cidade e seus problemas.
 Uma modificação importante refere-se ao reconhecimento
do fenômeno urbano como algo dinâmico, o que leva a
encarar a cidade como resultado de sua própria história e
como algo que está, de alguma maneira, evoluindo no
O Surgimento do Planejamento Urbano tempo.

Portanto, a cidade passa a ser vista como o produto de um


determinado contexto histórico, e não mais como um
modelo ideal a ser concebido pelos urbanistas.
(KOHLSDORF, 1985).

 A segunda mudança introduzida pelo planejamento foi a


passagem da ênfase dada à busca pelo modelo de cidade
ideal e universal para a solução de problemas práticos,
concretos, buscando estabelecer mecanismos de controle
dos processos urbanos ao longo do tempo.

A cidade real passa a ser o foco,


ao invés da cidade ideal.

 Outra mudança importante é a entrada em cena de


profissionais de diversas áreas do conhecimento, cada um
com a sua visão sobre os problemas da cidade. Dessa
forma, houve uma redução no papel do arquiteto no
desenvolvimento das cidades.

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Os Planejadores Urbanos

 Os planejadores urbanos aconselham


municípios, sugerindo possíveis medidas que
podem ser tomadas com o objetivo de
melhorar uma dada comunidade urbana

 Podem ainda trabalhar para o governo ou


empresas privadas interessadas no
planejamento e construção de uma nova
cidade ou comunidade, fora de uma área
urbana já existente.

 Uma idéia muito comum, ainda que com certo nível


de imprecisão teórica, é a de que os planejadores
urbanos trabalhem principalmente com o aspecto
físico de uma cidade, no sentido de sugerir
propostas que têm como objetivo embelezá-la e Também precisam prever o futuro e os
fazer com que a vida urbana seja mais confortável,
proveitosa e lucrativa possível. possíveis impactos, positivos e negativos,
causados por um plano de
 Sob este ponto de vista, os planejadores são atores desenvolvimento urbano, os quais muitas
de um perpétuo conflito de natureza vezes vai favorecem ou contrariam os
eminentemente política, e por este motivo, seu interesses econômicos dos grupos sociais
trabalho não deve ser considerado como neutro.
para os quais trabalham.

A Abordagem Técnico-
Científica
 Com o objetivo de reforçar a base científica e as
ANTECEDENTES, decisões dos órgãos técnicos dos governos sobre a
implementação de políticas orientadoras de soluções
OU, de problemas das cidades, desenvolveu-se na
Europa e Estados Unidos, no final do século XIX,
COMO TUDO COMEÇOU… uma grande ação prática e teórica: o urbanismo
técnico-setorial.

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UM PRINCÍPIO DE
A proposta era ser um instrumento técnico de

melhoria da racionalidade da organização do LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA
espaço urbano e também das qualidades
estéticas desse espaço. O Urbanismo Sanitarista
 Destaca-se que as qualidades visuais eram
consideradas desvinculadas de qualquer
 Esse urbanismo sanitarista produziu o
determinação mais profunda da organização
saneamento de áreas inundáveis, insalubres, a
social prevalecente.
abertura de vias e vielas sanitárias no meio
 Inicialmente, a preocupação básica foi com as das quadras, a canalização dos esgotos e
condições santárias dos bairros e das águas pluviais, que, especialmente nos bairros
habitações. operários, corriam no meio das ruas,
produzindo surtos epidêmicos.

 A orientação da legislação dava-se, inicialmente, sob


uma orientação compulsória para a abertura de vias
(ou arruamentos); a repartição das quadras formadas
 Realizou-se também a reurbanização, com pelas vias (os loteamentos); o distanciamento entre
preocupações de ordem sanitária e, às vezes, edificações, e entre essas e os limites dos lotes; e a
sanitária e estética, de bairros inteiros, definição do número de pavimentos de uma
começando-se a produzir uma LEGISLAÇÃO edificação e sua altura (gabarito de altura).
URBANÍSTICA.
 Passou a existir também, a preocupação com a
densidade máxima a ser permitida em cada lote,
quadra e bairro, tendo em vista uma qualidade
ambiental de vida.

 Assim, passou-se a estabelecer normas legais que


se constituíram, aos poucos, em códigos de
regulamento urbanísticos quanto às edificações e ao
uso, à ocupação e ao parcelamento do solo para
fins urbanos, bem como as políticas de transporte
correspondentes.

São os atuais códigos de obras, que


abrangem tanto normas relativas às
edificações quanto às do parcelamento
do solo e do seu uso, ou seja, o
ZONEAMENTO.

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O Urbanismo Estético-Viário

 Essa vertente do urbanismo, que não  Simultaneamente a esse urbanismo sanitarista,


punha em causa as raízes dos males surgiu em meados do século XVIII, nas grandes
cidades européias e norte-americanas, um
existentes nas cidades, teve aceitação
preocupação com a ampliação dos espaços abertos
crescente, embora tenha sido centrais, destinados a grandes manifestações cívias
combatida por aqueles que vêem e burguesas (praças e avenidas) e que abrigassem,
nesses regulamentos administrativos no seu entorno e na perspectiva dos grandes eixos
um cerceamento do direito ao uso visuais criados, as edificações de caráter
irrestrito da propriedade imobiliária monumental, sede dos poderes governamentais e
urbana. civis mais importantes.

 É um urbanismo que usa a monumentalidade


como expressão da força da classe burguesa
dominante, retratanto a preocupação da
ordenação do espaço urbano através de uma
rede de avenidas de grande porte, terminando
em, grandes praças tendo como pano de fundo
edificações ordenadas.
 Esse configuração funcional irá proporcionar o
surgimento e a implantação plena nas cidades
contemporâneas dos veículos automotores: o
bonde elétrico, o ônibus e os automóveis.
 O Barão Haussman, em Paris, é seu maior
expoente.

O Urbanismo Globalizante
 Surgido na Europa, esse urbanismo foi
Graças a essas redes de avenidas, conjuntamente desenvolvido por pensadores que, procurando
com a legislação urbanística restritiva do analisar a sociedade como um todo, o faziam de
adensamento urbano, aliadas a redes de trens forma simplificada, desembocando propostas de
alteração radical da estrutura social e política, e
subterrâneos, foi possível modernizar o uso das ainda da organização da sociedade no espaço
áreas centrais das velhas cidades européias, geográfico.
sem modificar-lhes a face externa do espaço
urbano herdada do século XIX e anteriores.  Propunham o que hoje denominamos de
UTOPIA

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 Inicialmente são os socialistas utópicos (Saint-  Destaca-se que, como na Inglaterra, na França e
Simon, Owen e Fourier) que preconizam a na Alemanha o processo de industrialização e
reordenação da sociedade em comunas auto- urbanização está mais avançado no século XIX, é
suficientes, com uma produção e consumo de justamente nesses países que surgem as
pequena escala, além de uma organização correntes socialistas utópicas, como também o
SOCIALISMO MARXISTA.
basicamente artesanal. Colocam-se assim, contra
o avanço da tecnologia e da industrialização.
 Este, criticando as posições dos socialistas
utópicos, postula uma transformação radical da
sociedade a partir da lógica de sua
 É uma posição anti-urbana, que mais tarde será transformação, gerada pelo próprio processo de
adotada por Françoise Choay (os chamados urbanização e industrialização no bojo do
culturalistas). capitalismo.

Ligadas a essas linhas críticas do


pensamento que foram surgindo nas
sociedades da vanguarda da transformação
do capitalismo, aparecem várias correntes
urbanísticas:

 O pensamento utópico ou abstrato (marcha à ré


na história/organizações comunitárias/natureza).

Ex: Ebenezer Howard (séc. XIX,XX)


“Cidades-jardins para o amanhã”

 Pensamento de caráter utópico, mas já buscando adequar-


se à sociedade industrial emergente, conciliando o conceito
de cidader pequena, entremeada por verde, com o de
grandes cidades industriais e de serviços.

Ex: Tony Garnier, Walter Gropius e


Le Corbusier

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Cidade industrial de
Tony Garnier

Bauhaus de Walter Gropius

 Brasília, por intermédio de Lúcio Costa e Oscar


Niemeyer
 Chandigard (Índia), com o plano de Le
Corbusier

foram os frutos maiores desse urbanismo racionalista-


progressista conforme Choay.

Conceitos de Le Corbusier

Brasília, 1956 Assembléia, Chandigard, 1951

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 Já Belo Horizonte (1886) e Goiânia (1930)
nasceram sob a orientação do urbanismo
técnico-setorial, tanto sanitário como estético-
sanitário.

Belo Horizonte, por Aarão Reis, 1886

O PENSAMENTO SOBRE O
URBANO

Goiânia, 1930, por Atílio


Correia Lima

CONCEITOS IMPORTANTES:
Análise Estrutural
 Transformação da terra em objetivo de relações
 Os autores mais importantes na análise científica
mercantis (mercadoria)
sobre a questão urbana são os alemães Engels e
Marx, que, analisando a formação e o  Renda da Terra (o valor que assumem os imóveis no mercado imobiliário
capitalista depende de como o mercado está organizado. Cada lote localizado no
desenvolvimento do capitalismo como fator espaço intra-urbano apresenta características próprias quanto às vantagens
locacionais, sejam elas paisagísticas (proximidade com uma praia, encostas de
determinante na organização da sociedade, morros…) sejam decorrentes das características da distribuição da infra-estrutura
desenvolveram conceitos que propiciaram o início da urbana, especialmente a viária e de transportes.
análise do processo de formação e desenvolvimento
do espaço urbano de um ângulo sócio-político global Tais conceitos foram desenvolvidos a partir das contribuições dos
economistas fundadores da economia como ciência, Adam Smith
e estrutural. e David Ricardo.

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Análise Sistemática e
Científica No campo da SOCIOLOGIA:

Foram realizadas no campo da GEOGRAFIA,  Teorias macrossociais (Max Weber) = compreender o


especialmente na França, análises: que de específico apresentam as cidades / cidades
como conjunto de relações sociais que encoraja a
 Ao nível de formação de redes de cidades no território inovação e a individualidade, sendo portanto,
instrumento de transformação histórica
 O conceito de pólos de desenvolvimento (Perroux)
 A teoria dos lugares centrais (Christaller)
 Escola de Chicago (Robert Park) = compreender as
 E, ao nível intra-urbano, o processo de estruturação do
cidades como sistemas ecológicos humanos, à
espaço interno das cidades
semelhança dos sistemas ecológicos que envolvem a
interação dos seres vivos e meio ambiente, em um
processo competitivo de sobrebivência.

No campo da ECONOMIA:

 O pensamento clássico se desenvolve na


A ECONOMIA CLÁSSICA: segunda metade do século XVIII e no século XIX,
centrando suas reflexões nas transformações do
A ciência econômica é consolidada com a escola processo produtivo, trazidas pela Revolução
clássica. O marco fundamental é a obra Uma Industrial.
Investigação sobre a Natureza e Causas da Riqueza
das Nações (1776), do escocês Adam Smith (1723-  Adam Smith afirma que não é a prata ou o ouro
1790). que determina a prosperidade de uma nação, mas
sim o trabalho humano.
Após a morte de Smith, três nomes aperfeiçoam e
ampliam suas idéias: o francês Jean-Baptiste Say  Em conseqüência, qualquer mudança que aprimore
(1767-1832) e os ingleses Thomas Malthus (1766- as forças produtivas enriquece uma nação.
1834) e David Ricardo (1772-1823).

 Os clássicos defendem o liberalismo e elaboram o conceito


de racionalidade econômica, no qual o indivíduo deve
satisfazer suas necessidades sem se preocupar com o bem-
estar coletivo.
A principal delas - além da mecanização - é a
divisão social do trabalho, amplamente  Essa busca egoísta e competitiva, no entanto, estaria na
estudada por ele. origem de todo o bem público porque qualquer intervenção
nessas leis naturais do comportamento humano bloquearia
o desenvolvimento das forças produtivas.
A escola também aborda as causas das crises
econômicas, as implicações do crescimento  Usando a metáfora econômica de Smith, os homens,
populacional e a acumulação de capital. conduzidos por uma "mão invisível", acabam promovendo
um fim que não era intencional.

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 Os neoclássicos negam a teoria clássica do valor-
A ECONOMIA NEOCLÁSSICA: trabalho.

A escola surge no fim do século XIX com o austríaco  Amparados pelas idéias do filósofo inglês Jeremy
Carl Menger (1840-1921), o inglês William Stanley Bentham (1748-1832), criador do utilitarismo, eles
Jevons (1835-1882) e o francês Léon Walras (1834- afirmam que o valor de um produto é uma
1910). grandeza subjetiva: relaciona-se com a utilidade
que ele tem para cada um.
Posteriormente se destacam o inglês Alfred Marshall
(1842-1924), o austríaco Knut Wicksell (1851-1926), o  Essa utilidade, por sua vez, depende da
italiano Vilfredo Pareto (1848-1923) e o norte- quantidade do bem de que o indivíduo dispõe. Nos
americano Irving Fisher (1867-1947).
desertos, por exemplo, a água é um produto
valioso, ao passo que em regiões chuvosas o valor
cai consideravelmente.

O Surgimento da Questão
Social
 A partir de 1950 vemos surgir um novo urbanismo
Dessa maneira, o preço das mercadorias e dos nos países centrais do capitalismo caracterizado por
serviços passa a ser definido pelo uma aguda visão da QUESTÃO SOCIAL, que se
equilíbrio entre a oferta e a procura. tornou claramente uma QUESTÃO URBANA
fundamental.
Essa lei do mercado, para os neoclássicos,
conduz à estabilidade econômica.

 Ao nível macrossocial deve-se destacar a teoria da


dependência, cuja expressão no Brasil é Celso Furtado.
 Ao nível da qualidade de vida mental nas
grandes cidades, Georg Simmel destaca o fator
 Tal teoria atribuiu o subdesenvolvimento às relações de
básico do excesso de estímulos como causador
intercâmbio de importação e exportação de produtos,
de uma carapaça psicológica que envolve a
serviços e capitais, entre os países periférios
personalidade dos habitantes urbanos das
capitalistas e os países em desenvolvimento centrais
metrópoles, insensibilizando-os para uma vida
desse sistema.
mais criativa no campo das relações humanas e
reduzindo-lhes a solidariedade e a capacidade
de expressão.

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 Ao nível interno das cidades e privilegiando a  Nas ciências sociais destaca-se a teoria da
análise dos interesses imobiliários com ênfase nos marginalidade urbana (favelas, cortiços e
interesses dos produtores, ou seja, do capital, situações de miséria no interior das cidades, ao
tem-se Harvey, Lojkine, Topalov entre outros, contrário de estarem à margem da sociedade,
reformando-se as categorias clássicas da fazem parte de sua estrutura). Destaca-se as
economia política como a renda da terra. pesquisas de Manuel Castells, Kowarick, Carlos
Nelson Santos, Nabil Bonduki, entre outros)

Juiz de Fora
 No nível mais específico do planejamento urbano, o
enfoque desenvolveu-se a partir do reconhecimento do
papel estruturante do sistema viário, e do papel
desempenhado por cada um dos meios de transporte como
o maior gerador de renda diferencial.

 A oferta de acessibilidade apresenta-se de importância


social, correspondendo, de um lado à condição essencial
da aglomeração no espaço, e de outro, na geração das
vantagens locacionais diferenciadas no espaço, que por sua
vez, define de forma importante as condições geradoras da
renda diferencial urbana, que é a valorização imobiliária.

PERSPECTIVAS  Nos países periféricos do capitalismo, a


situação se complica, pois os conhecimentos
trazidos dos países centrais são transferidos
 O nível de conhecimento teórico-científico que em defasagem com suas necessidades reais
se possuía do processo de desenvolvimento de transformação social, gerando um
urbano era, e ainda é insuficiente. descompasso alienante.
 O conhecimento efetivo é fruto das relações  Assim, é com grande cautela que devemos
de interesses dos grupos sociais e por isso só utilizar conceitos e análises produzidos para
ocorre após a ocorrência de pressões explicar realidades bem diferentes da
concretas. brasileira.

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