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Introdução:
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Serviço Nacional ESCOLA SENAI “MARIANO FERRAZ" Rua Jaguaré Mirim, 71 - Vila Leopoldina”
de Aprendizagem Autoria: CEP: 05311-020 - São Paulo - SP
André Luis Lenz
Industrial andrellenz@hotmail.com
As chaves soft-starters são equipamentos de eletrônica de potência que consistem
em elementos de comutação bidirecionais, compostas de pontes de tiristores (de quatro a
seis tiristores SCR montados na configuração antiparalelo e acionados por uma placa de
controle eletrônica) que atuam como chaves de partida estática, projetadas para regular a
rampa de aceleração nas partidas de motores de indução trifásicos (motor de corrente
alternada do tipo gaiola), a fim de controlar a corrente de partida da máquina, em
substituição às técnicas mais antigas. Os soft-starters atuam também na rampa de
desaceleração, nas paradas da máquina e ainda na proteção elétrica do motor. Seu uso é
comum em bombas centrífugas, ventiladores, e motores de elevada potência cuja aplicação
não exija a variação de velocidade.
As principais características que uma boa chave soft-starter deve ter são funções de:
proteção, sinalização e ajustes. Essas funções e características são bastante desejáveis e
estão presentes, num grau maior ou menor, em todas chaves produzidas industrialmente.
Princípio de Funcionamento:
Circuito de Controle:
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Diagrama de Blocos Típico de um Soft-Starter
Recursos de um Soft-Starter:
Quanto aos recursos que um soft-starter deve ter, os mais importantes são:
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Sinalizações por Indicadores Luminosos (LEDs):
Proteções:
Curto-Circuito:
Atua caso ocorra uma corrente instantânea de valor 8 vezes a nominal do soft-
starter. Neste caso, faz acender o indicador luminos correspondente, inibe-se os disparos e
comuta-se o relê de indicação de falha. Esta proteção não dispensa o uso de fusíveis ultra-
rápidos para proteção dos tiristores, já que as condições de curto-circuito variam,
dependendo da impedância da rede, podendo atingir valores elevados de corrente. Neste
caso, o fusível pode atuar primeiro, garantindo uma proteção mais adequada os tiristores.
Sobre-Corrente e Sub-Corrente:
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tiristores.
Essa função, que deve estar presente em toda chave soft-starter, sinaliza a
ocorrência de sobrecarga acima dos níveis ajustados.
O dispositivo pode ser configurado para dar proteção tanto para sobre-correntes
quanto para sub-corrente. Quando possível, utilizar para partidas de motores chaves soft-
starters que possibilitem o ajuste do torque do motor às necessidades do torque da carga, de
modo que a corrente absorvida será a mínima necessária para acelerar a carga.
Veja a figura a seguir, que ilustra a limitação de corrente quando usamos soft-
starter:
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Sobre e Subtensão:
Sobre-Temperatura:
Uma chave bem projetada pode possui um sensor térmico nos dissipadores de calor
dos tiristores. Caso ocorra elevação da temperatura, ocorrerá a indicação da falha no
indicador luminoso correspondente, inibição do disparo dos tiristores, e a comutação do
relé de indicação de falha.
Falta de Fase:
Detecta falha e falta de fase na entrada da soft-starter. Quando atuada, faz acender o
indicador luminoso correspondente, comuta o relé de falha e inibe-se o disparo dos
tiristores. Sinaliza se ocorrer tanto falta de fase na entrada como na saída, como também
falha interna que ocasione falta de corrente em uma das fases.
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By-Pass Incorporado:
Na hora da parada por “Soft Stop”, o contator abre sem faiscamento, pois os
tiristores assumem a corrente do motor, sem interrupção e inicia-se a rampa de parada, com
a interrupção da corrente final pala passagem pelo zero, portanto sem faiscamento.
Plug-In:
Uma economia significante pode ser experimentada para motores que operam com
cargas de até 50% da potência do motor. Entretanto, essa função gera correntes harmônicas
indesejáveis na rede, devido à abertura do ângulo de condução para diminuição da tensão.
Agora vamos mudar o ângulo de disparo dos tiristores, e ver o que acontece com o
fator de potência e com o consumo de energia elétrica. Queremos analisar o comportamento
da potência (traduzida em energia elétrica) na partida de um motor de indução quando se
usa partida suave.
Foi usado na simulação acima um ângulo de disparo dos tiristores igual a 70º.
Entretanto, vamos analisar torque e potência para um ângulo de disparo diferente, igual a
100º. Sendo assim, mostramos a configuração dos pulsos enviados aos tiristores, pela figura
a seguir.
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Pulsos enviados aos tiristores para um ângulo de disparo de 100º
Aplicações:
Os soft-starters podem ser utilizados nas mais diversas aplicações. Suas principais
são em:
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Porém, três delas são clássicas: bombas, compressores e ventiladores. Daremos, em
seguida, uma pequena descrição de cada uma dessas aplicações.
Métodos de Partida:
Rampa de Tensão:
Aplicado a cargas com torque inicial mais baixo ou torque quadrático. Este tipo de
controle pode ser utilizado como um teste inicial de funcionamento.
Controle de Bombas:
Uma das facilidades que torna ainda mais interessante a utilização desse
equipamento no acionamento de bombas é o recurso kick-start. O kick-start é um pulso de
tensão rápido e de grande amplitude aplicado no instante da partida. Isso ajuda a vencer a
inércia de partida quando há a presença de sólidos na bomba (sujeira).
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Compressores:
Ventiladores:
Limitação de Corrente:
Aplicado a cargas com torque inicial mais alto ou torque constante. Este tipo de
controle é utilizado para adequar a partida aos limites de capacidade da rede de
alimentação.
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Rampa de Corrente:
Pode substituir a função kick start para cargas com torque inicial mais elevado.
Aplicado a cargas com torque inicial mais baixo ou mais alto.
Este tipo de controle é utilizado para adequar a partida aos limites de capacidade da
rede de alimentação.
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Controle de Torque:
Este tipo de controle pode permitir aceleração e desaceleração com rampa linear de
velocidade.
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Função de Frenagem:
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Frenagem Ótima
Este é um eficiente método para cessar cargas de média inércia. Uma tensão CC é
aplicada somente quando pode produzir o efeito de frenagem.
Utilize uma entrada digital programada para “Habilita Geral” a fim de parar o motor
sem a frenagem.
Por segurança utilize uma entrada digital programada como “Sem frenagem”, para
possibilitar a utilização de um sensor de parada no motor que desabilite a frenagem
imediatamente.
A frenagem ótima não é recomendada para utilização com motores de dois ou oito
pólos.
O motor irá parar devido a um nível de tensão CA, aplicado em sentido contrário no
motor, até próximo a 20% de sua velocidade nominal, quando então é acionada a frenagem
ótima para parar o motor.
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São necessários dois contatores para realizarem a troca do sentido de giro do motor.
Utiliza-se uma entrada digital programada para “Habilita Geral” a fim de parar o
motor sem a frenagem. Por segurança utilize uma entrada digital programada como “Sem
frenagem”, para possibilitar a utilização de um sensor “motor parado” que desabilite a
frenagem imediatamente, evitando que o motor passe a girar em sentido contrário.
Função Booster:
Esta função permite que para cargas com muita inércia ou atrito o soft-starter injete
inicialmente por um período de 0 a 2 segundos, ajustável, uma corrente de 5 vezes a
nominal do motor, retomando em seguida a rampa de partida ajustada. Só deve ser usado
onde absolutamente necessário e pelo menor tempo que surta o efeito desejado, para evitar
sobrecorrentes desnecessárias na instalação.
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Função Software CLP - SoftPLC:
Com o Soft PLC podem ser criadas lógicas de intertravamento, entre as entradas e
saídas digitais, saídas analógicas, lógicas de acionamento do motor, entre outros.
Este Soft PLC é programável através do software WLP, conforme Manual doWLP.
Cuidados:
• Evite enfileirar demais os soft-starters, de modo que o ar mais aquecido que sai
de um seja o ar que vai ser sugado pelo ventilador do outro;
Nem sempre é possível utilizar um soft-starter. A seguir, damos uma lista dos
pontos mais críticos:
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• Refrigeração: deve-se instalar o dispositivo sempre verticalmente, com a
ventilação para cima. A perda de calor aproximada é de 3,6 W/A de corrente
circulante;
• Tipo de motor: não deve ser utilizado para partida de motores em anel.
Qualquer chave soft-starter deverá ser protegida por fusíveis ultra-rápidos, levando
em conta os valores i 2 ⋅ t dos tiristores e dos fusíveis, sendo que os valores i 2 ⋅ t dos
fusíveis deverá ser 20% menor que dos tiristores.
Exemplo de Aplicação:
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onde: Td = Torque disponível
Trb = Torque com rotor bloqueado
I = Valor limite de corrente
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Modelo típico de uma micro soft-starter (WEG Automação – Brasil)
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É possível armazenar arquivos de parâmetros de todas as Soft-Starters SSW-05 Plus
existentes na instalação.
O software é dotado ainda de uma de uma IHM virtual que permite o comando
remoto.
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