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UNIDADE DE DOURADOS
CURSO DE DIREITO
UNIDADE DE DOURADOS
CURSO DE DIREITO
DOURADOS
2018
INDICE
1- Introdução
2- Tema
3- Objetivos
4- Problema
5- Justificativa
6- Hipótese
7- Metodologia
8- Cronograma
9-Referências
1- INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem o intuito de analisar a problemática que envolve o sistema prisional
brasileiro, discutindo o cumprimento ou não da função social da pena, se a ressocialização
daquele que está em cárcere pela prática de um delito de fato ocorre no Brasil.
Deve evidenciar que a Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210 de 11 de julho de 1984),
considerada uma das mais avançadas do mundo, prevê e reconhece a ressocialização do preso,
como sendo um de seus direitos. Todavia, tem-se cada dia mais um número maior de
reincidência de presos nas penitenciárias brasileiras, demonstrando que o Estado prefere tratar
as penas, apenas como um meio de castigar o indivíduo pelo delito realizado e não como uma
forma de reinserção na sociedade.
Assim, a divisão do trabalho será feita por etapas. Na primeira, abordam-se uma análise da
evolução das formas de punição, conceito, seu surgimento na sociedade e o estudo dos sistemas
prisionais que influenciaram o Brasil a adotar o sistema atual de execução penal. Na segunda,
versa os princípios que norteiam a aplicabilidade das penas. Esses princípios dão um norte ao
aplicador da lei no processo de individualização das penas, levando sempre em consideração o
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, sendo esse, basilar em todo o ordenamento jurídico.
Por fim, o último item trata-se das formas que já existem de reintegração do reeducando na
sociedade, analisar a precariedade do sistema prisional e também o investimento na qualificação
profissional dos reeducandos, para que com a progressão dos regimes, possam ser reinseridos
gradativamente à sociedade por meio do mercado de trabalho, como forma de evitar a
reincidência e, consequentemente, gere o “desafogamento” das penitenciárias.
O principal objetivo do estudo é expor a real situação do sistema carcerário brasileiro ante a
precariedade do sistema prisional no que diz respeito à falta de atendimento ao disposto na Lei
de Execução Penal, especificamente no direito de ser efetivamente ressocializado, de ser
reconduzido à sociedade com uma qualificação profissional, ou até mesmo com um emprego
garantido, evitando que aqueles que outrora praticaram ilícitos contra a comunidade voltem a
praticá-los.
2- TÍTULO
3 – BJETIVOS
O trabalho não pretende exaurir todas as formas de recuperação do apenado, todavia visa
expor algumas delas e trazer a tona a realidade do nosso sistema prisional, os direitos legalmente
previstos na Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 que são desrespeitados, e principalmente,
levar a uma reflexão dos legisladores, governantes e a sociedade de modo geral a respeito da
reinserção do ex-condenado ao seio da sociedade uma vez que cumprindo sua pena deve ter sua
dívida quitada com a sociedade.
4 - PROBLEMA
O sistema prisional brasileiro há tempos tem sido alvo de polêmicas na sociedade. Seja por
falta de assistência no âmbito material, a ser prestada pelo Estado, como no fornecimento de
alimentação, vestuário, instalações sanitárias e serviços que sirvam para as necessidades
pessoais básicas dos presos ou seja na assistência da saúde, jurídica, educacional, social e
religioso dos condenados.
Além disso, a Lei de Execução penal, uma das mais avançadas do mundo e que tem como
objetivo conferir uma série de direitos e deveres do condenado para a sua volta a sociedade,
quase nunca é aplicada da forma correta e também raramente sobram meios que ajudem a
efetivar esse processo, o mesmo que ocorre na maioria das leis que existem no país,
permanecendo apenas no plano teórico.
Todavia, não basta apenas serem direitos positivados, eles devem ser cumpridos pelo
condenado e é papel do Estado disponibilizar recursos para que a ressocialização aconteça de
forma efetiva.
Observa-se também, que a taxa de reincidência no Brasil é alta, o que só vem confirmar que
a finalidade da pena privativa de liberdade de ressocialização do preso é falha. Constata-se que
esta falha traz graves consequências ao preso e principalmente à sociedade.
Portanto, apesar da LEP ter finalidade ressocializadora da pena, verifica-se que as unidades
prisionais brasileiras não contam com programas que permitam a efetivação deste processo.
Além disso, trata-se de um sistema falido, onde não há individualização do cumprimento da
pena, e não comporta todos os que para lá são enviados, pelo fato do Brasil ter uma das mais
altas massas carcerárias do mundo, e a sociedade se cala diante dessa realidade, por acreditar
que os que lá estão merecem tal sofrimento. Há uma concordância quase geral de que os
delinquentes necessitam padecer dos males do Sistema, pois ‘pensarão duas vezes antes de
cometerem novos delitos.
5-JUSTIFICATIVA
Esse projeto tem por escopo, como já mencionado, evidenciar a problemática que envolve a
Lei de Execução Penal e o direito de ressocializar o condenado, que como vista, na maior parte
dos casos não cumpre seu papel. Se faz necessário trazer a tona esse assunto haja visto que o
sistema carcerário brasileiro comporta uma massa carcerária com cerca de 500 mil pessoas,
vivendo em estado deplorável, além de possuir um das maiores taxas do mundo quando se fala
em reincidência, chegando a 70% dos casos, o que quer dizer que sete em cada dez libertados
voltam para o crime.
Os direitos fundamentais desses presos se encontram negligenciados, uma vez que o Estado
não está cumprindo o estabelecido, em diversos diplomas legais, como a Lei de Execuções
Penais, Constituição Federal, Código Penal, além das regras internacionais, como a Declaração
Universal dos Direitos Humanos, a Declaração Americana de Direitos e Deveres do Homem e
a Resolução da ONU que prevê as Regras Mínimas para o Tratamento d Preso (ASSIS, 2007).
O próprio artigo 1º da Lei de Execuções Penais estabelece que “a execução penal tem por
objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para
a harmônica integração social do condenado e do internado”. Ademais, quando alguém é preso
em virtude de uma condenação o que se retira é a liberdade dessa pessoa e não a dignidade. O
art. 3 da Lei de Execuções Penais reforça esse pensamento quando diz que serão assegurados
todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei.
Desse modo, a Lei de Execução Penal torna-se o ponto chave para que o preso seja
efetivamente trazido de volta ao meio social, todavia a falta de políticas públicas e o descaso
com as normas já existentes fazem com que a reintegração se faça cada dia mais longínqua do
que se necessita; pertinente se faz uma reavaliação do que se tem e do que se precisa e mais do
que ficar no papel dar sentido prático às propostas que existem em relação a essa recuperação
e as que já estão sendo discutidas.
6 - HIPÓTESE
A Lei de Execução Penal, com relação ao que vemos no atual sistema prisional brasileiro,
realmente traz as melhores formas de velar pela ressocialização do condenado? A pena privativa
de liberdade é a melhor forma de ressocializar?
7 – METODOLOGIA
Para o estudo que busca analisar como acontece de fato o processo da ressocialização dos
apenados nos estabelecimentos prisionais e sua reinserção na sociedade, serão utilizadas
pesquisas bibliográficas em diversas fontes, artigos publicados em periódicos, documentos
eletrônicos, pesquisa na internet e legislações pertinentes ao tema.
O trabalho será realizado por etapas, analisando cada uma delas e observando porque as
formas utilizadas hoje para tratar o apenado não surtem os efeitos desejados, se na teoria rege
o modo como deve ser feito, mas que na prática não ocorre da forma prevista em lei.
8 - CRONOGRAMA
Leitura e X X X X X X X X
fichamento
Coleta de X X X X X X X X
Informações
Tabulação dos X X X X X X X
dados coletados
Análise dos X X X X X
Dados coletados
Textualização do trabalho X X X X
Apresentação do artigo X X
10- REFERÊNCIAS
ASSIS, Rafael Damaceno de. A realidade atual do sistema penitenciário Brasileiro.
Disponível: http://br.monografias.com/trabalhos908/a-realidade-atual/a-realidade-atual.shtml.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Falência da pena de prisão: causas e alternativas. 2. ed. São
Paulo: Saraiva, 2001.
BRASIL. Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Brasília:
Senado Federal, 1984. Disponível em: 03/leis/L7210compilado.htm>. Acesso em: 29 ago.
2012.
MIRABETE, Julio F. Execução Penal: comentário a lei n.7210. 11 ed. São Paulo: Atlas 2006,
p. 62.