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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA ELÉTRICA
Junho de 2011
Itajubá - MG
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA ELÉTRICA
Junho de 2011
Itajubá - MG
DEDICATÓRIA
Este trabalho é dedicado a Deus sempre em primeiro lugar em tudo que faço.
AGRADECIMENTOS
À minha esposa e filhos que muito me incentivaram a concluir este
trabalho após tanto tempo longe da universidade, embora tenha
custado precioso convívio em muitas situações.
This work also gives a practical point of view concerning the circuitry
elements that represents a synchronous machine, so that the combined effects
looking for innovative alternatives.
Initially, this work discusses the main principles for the understanding
of a synchronous machine taking into account the limitations regarding
materials, fabrication and assembly, in order to cover the whole active part of
the machine. Obviously there are several definitions related to mechanical
aspects that are needed to complement the studies, which were not addressed
in this work.
The main contribution is the going back to the main principles at the
solidification of its knowledge and openness to innovation.
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
a número de circuitos em paralelo por fase
Ci constante de integração
c capacidade térmica volumétrica do fluído refrigerante que
no caso do ar a 40ºC vale aproximadamente
kW seg
1,14 3
m K
m número de fases
Nr
número de ranhuras do estator
Q seg
secção transversal do segmento de curto entre as barras
2
mm
amortecedoras
W seg
Q rd fluxo de calor irradiado de uma superfície 2
m
amortecedoras A
2
mm
.
V Vazão do fluído de refrigeração necessária dissipar o
3
calor gerado na máquina m
seg
X
"
q reatância sub-transitória de eixo em quadratura [ohm]
X
"
d reatância sub-transitória de eixo direto [ohm]
eixo direto X hd
X h C d [ohm]
'
Xd reatância transitória de eixo direto [ohm]
'
Xq reatância transitória de eixo em quadratura [ohm]
transp
Ângulo total da transposição em graus
fator de campo
0
entreferro nominal medido no centro do pólo [mm]
cd
diferença de temperatura entre as superfícies que o calor
será transmitido [ºC]
cv
diferença de temperatura entre a superfície e o fluido
refrigerante onde o calor será transmitido [ºC]
0
permeabilidade magnética do ar, que vale
aproximadamente 4 10
7
[H/m]
W seg
coeficiente de irradiação da superfície 2 4
m K
p
passo polar [m]
'
d0 constante de tempo transitória de eixo direto em vazio
[seg].
'
d constante de tempo transitória de eixo direto em curto
[seg].
''
d0 constante de tempo sub transitória de eixo direto em vazio
[seg].
''
d constante de tempo sub transitória de eixo direto em curto
[seg].
''
q0 constante de tempo sub transitória de eixo em quadratura
em vazio [seg].
''
q constante de tempo sub transitória de eixo em quadratura
em curto [seg].
Dd 0 constante de tempo enrolamento amortecedor de eixo
direto em vazio [seg].
Agradecimentos.......................................................................................4
Resumo.....................................................................................................5
Abstract....................................................................................................6
Lista de figuras.......................................................................................18
Sumário..................................................................................................20
1) Introdução..........................................................................................24
2.3) Materiais...................................................................................34
3.1) Hidrogeradores.........................................................................36
3.2) Turbogeradores.........................................................................38
4.5.1) Ranhura..........................................................................52
6) Aquecimento e refrigeração.............................................................104
6.3.2) Convecção...................................................................108
6.3.3) Irradiação.....................................................................109
6.4.1) Externa.........................................................................111
6.4.2) Interna..........................................................................111
7) Conclusões.......................................................................................115
8) Referências bibliográficas...............................................................118
Capítulo 1 24
1 - INTRODUÇÃO
1.1 - RELEVÂNCIA DO TEMA
14 de Julho 56 MVA
Capítulo 1 - Introdução
Capítulo 7 - Conclusões
Por fim, vale a pena informar que esta dissertação pela maneira
como foi conduzida e sobretudo por seu objetivo, seria muito mais
adequada a um programa de mestrado profissional, como o proposto pela
CAPES em junho de 2009.
Capítulo 2 27
Tales não tinha explicação para o fato, mas registrou o que havia feito.
Outras pessoas leram e refletiram sobre suas experiências.
científico.
1. Século XVI
2. Século XVII
chamado de “Elektrisiermaschine”.
1675 - Robert Boyle observa que as forças elétricas podem atuar através
do vácuo.
3. Século XVIII
4. Século XIX
1820 - Hans Christian Örsted observa que uma corrente elétrica causa
uma pertubação em uma bússola próxima, ilustrando a iteração entre
eletricidade e magnetismo. André-Marie Ampère consegue desenvolver e
Capítulo 2 30
explicar o fenômeno.
somente trinta anos mais tarde surgiria outro trabalho que viria a apresentar e
acomodar novas técnicas: o de Rudolf Richter “Ankerwickung für Gleich- und
Wechselstrommaschinen” (enrolamento de armadura para máquinas de
corrente continua e de corrente alternada), em 1920. Então passados mais
trinta anos, em 1950, surgiu o trabalho de Heinrich Sequenz “Die Wicklungen
elektrischer Maschinen” (os enrolamentos de máquinas elétricas) que finaliza
o trabalho sobre enrolamentos por mais de meio século que engloba em quase
sua totalidade as opções de enrolamentos de máquinas que temos até hoje nas
máquinas elétricas girantes.
2.3 - MATERIAIS
Fica assim muito claro que o gerador deve se adaptar a uma gama
muito grande de quedas d’água que determinam as rotações e, portanto o tipo
construtivo do mesmo, que ainda dependendo da construção da turbina poderá
ser vertical ou horizontal, o que sem dúvida modifica em muito o arranjo
mecânico. Há que se contar ainda com as variações da vazão, que determinam
fundamentalmente a potência ativa influindo especialmente nos comprimentos
dos geradores, para se adaptar aos aproveitamentos.
3.2 - TURBOGERADORES
Ainda com relação aos impactos ambientais, cabe aos fabricantes das
máquinas elétricas a escolha adequada dos materiais cuja origem não seja
agressiva e ainda cujo manuseio e aplicação não sejam nocivos à saúde e ao
meio ambiente.
P 10 Hn Vl (4.1)
3. Rotação nominal
4. Rotação de disparo
6. Ruídos
7. Vibrações
11.Freqüência
13.Reatâncias
14.Constantes de tempo
Capítulo 4 43
15.Classe de isolamento
16.Limites de temperatura
17.Rendimento
f 60
p (4.2)
nN
SN
Sp (4.3)
2p
pode precisar valores para “C” num cálculo aritmético simples, mas um valor
aproximado que servirá para inicio da definição da máquina.
SN
C 2
Di L nN
(4.4)
2 SN
Vol Di L (4.5)
4 C nN 4
O passo polar é:
Di
p
2p (4.6)
nd
vd Di
60 (4.7)
Capítulo 4 47
4
GD 2 ke D i L
(4.8)
Assim:
Lc
l L Nc
1000 (4.9)
Estes são os valores que dão uma idéia inicial do tamanho da máquina
(volume). Como o cálculo é iterativo e recursivo, muito provavelmente os
números finais não serão estes, porém próximos.
S N * 1000
IN
3 U N (4.10)
IN
Ir 2
a (4.11)
correspondente.
D i 1000
n
Nr (4.12)
4
log 10 n
1, 08 10 Ir 1,30 (4.13)
até
4
log 10 n
1, 08 10 Ir 1, 44 (4.14)
Z
q (4.15)
n
Nr
q
2p m (4.16)
N r Ir
A1
Di
(4.18)
4.5.1 RANHURA
3. A relação altura / largura das barras do estator não deve ser muito
grande devido às dificuldades de fabricação e manuseio. A
relação 4/1 não deve ser ultrapassada.
desenvolvimento de materiais.
L 360 1000
transp
Z th 1
transp
(4.19)
Capítulo 4 58
transp
3,6 b t 1 isol
(4.20)
S barra
S cond
N cond (4.21)
Capítulo 4 59
uma perfeita acomodação das barras nas ranhuras de modo a não deixar
espaços vazios. Como normalmente são feitos de material flexível permitem o
embutimento da barra (às vezes sob pressão) e servem como enchimento
lateral. A característica flexível destes materiais permite o amortecimento de
vibrações das barras nas ranhuras.
Un
V espira
3 N serie (4.22)
Nas curvas de fluxo por pólo figura 4.7 podem ser vistas as
características típicas de fluxo por pólo em vazio e a componente
fundamental correspondente.
Na figura 4.6 existem ainda varias formas usuais de pólos (ou sapatas
Capítulo 4 63
bp
0 ,7 0 , 75
p
* 1000 (4.23)
2) relação do entreferro
0
0 , 01 0 , 04
p
* 1000 (4.24)
3) entreferro
0
Di
(4.25)
4) Fator de campo
B
B1 (4.26)
bp
Desde que se guardem as relações e 0
. É de se esperar que o
p p
B
N exc I exc
0 (4.28)
bp b cp
L cu
2 (4.29)
A1 p
Q3 k deseq
1000 S3 (4.30)
Q seg 0 ,8 Q3 (4.31)
"
X q
X
" (4.32)
d
equação do tipo X 2 f L.
Xa Xn Xs (5.1)
A1
Xn n (5.2)
B1
A1
Xs s (5.3)
B1
A reatância de dispersão da armadura pode ser medida com o rotor da
máquina fora do estator. Entretanto o valor obtido será acrescido da reatância
de dispersão do vazio no estator deixado pelo rotor, chamado de (furo do
estator), seja:
X medido Xa XB (5.4)
equação (5.5).
A1
X B
1, 76 1 (5.5)
B1
V fase 0
Xd (5.6)
I fase 0
V faseM
Xq (5.7)
I faseM
Xd X h Cd Xa (5.8)
Xq X h Cq Xa (5.9)
pólos salientes:
Cq 0 ,6
Cq 0,4
básicas para definição das reatâncias e pode ser determinada por dois
caminhos distintos conforme as equações (5.10) ou (5.12);
p A1
Xh k (5.10)
0
B1
2
k 0 1 (5.11)
Ag 1
A1
Xh 3
Al Al (5.12)
1) Efeito em X d .
2
X ds Xa X h Cd (5.13)
ksw ksb
Inclinação Re taEntrefer ro
ksw fator de saturação para oscilações de
TensãoPoti er
Inclinação Re taEntrefer ro
ksb fator de saturação para oscilações de
Inclinação CurvaVazio
2) Efeito em Xq.
' '
5.4 - REATÂNCIAS TRANSITÓRIAS X d E X q
' '
5.4.1 – MÉTODO DE MEDIDA PARA X d E X q
'
A importância da reatância transitória especialmente X d aparece no
estudo do funcionamento não estacionário de máquinas, lembrando que, a
estabilidade dinâmica da máquina melhora a medida que a reatância transitória
Capítulo 5 83
'
X d diminui conforme visto anteriormente.
' '
5.4.2 – MÉTODO PARA CALCULO DE X d E X q
' ( X h Cd ) X e
Xd Xa (5.14)
( X h Cd ) Xe
'
X q
X a
X h
Cq X q (5.15)
'
A1
Xe 1, 65 1 (5.16)
l 100 B1
Capítulo 5 84
' '
5.4.3 – EFEITO DA SATURAÇÃO EM X d E X q
" "
5.5 - REATÂNCIAS SUB TRANSITÓRIAS X d E X q
" "
5.5.1 – MÉTODO DE MEDIDA PARA X d E X q
A variação dos valores pode ser vista na Figura 5.7 onde, a diferença
"
entre enrolamento amortecedor contínuo com X q muito pequeno (curva “a”)
"
e enrolamento amortecedor com gaiolas isoladas onde X q bem maior (curva
“b”) é mostrada.
Capítulo 5 87
"
OBS: Nos casos de pólos maciços X q tem valores intermediários
devido a correntes parasitas que se formam nas extremidades das sapatas
polares.
" "
Os valores absolutos de X d e de X q são menores do que as
reatâncias transitórias porque os enrolamentos de amortecimento estão mais
próximos do estator que o enrolamento de excitação, tornando seu efeito mais
sensível.
" "
5.5.2 – MÉTODO PARA CÁLCULO DE X d E X q
" ( X h Cd ) X L
Xd Xa (5.17)
( X h Cd ) XL
Xe X Dd
X L
Xe X (5.18)
Dd
D
1 A1
X Dd 5,6 1 (5.19)
N p
l B1
Capítulo 5 89
No eixo em quadratura:
"
( X h C q ) X Dq
Xq Xa (5.20)
(X h Cq ) X Dq
podemos considerar X Dq
X Dd , casos do enrolamento amortecedor
completamente conectado.
NOTA:
"
Xq
A relação " deve ser sempre observada no projeto da máquina, pois
Xd
nos casos de curto circuito bifásico a tensão na fase aberta é dada por:
"
Xq
U Bi max 2 "
1 UN (5.21)
Xd
"
Xq
Dessa forma o risco de sobretensões é limitado pela relação " .
Xd
" "
5.5.3 – EFEITO DA SATURAÇÃO EM X d E X q
ser desprezado nos casos em que os valores em [pu] sejam 0 ,12 e em que a
faixa de variação da tensão estiver dentro de +-10%, o que corresponde a
esmagadora maioria dos geradores existentes.
L
R
Capítulo 5 92
X L
2 f R
" "
2 Xd Xq X2
Ta " " (5.22)
ra w Xd Xq ra w
determinada.
' X hd
Xe
d0
w re (5.26)
' 1 X hd
X a
Xe
d
w re X X (5.27)
hd a
'
d representa a taxa de decréscimo da corrente de campo e enfim do
próprio fluxo após um curto circuito brusco no estator. Ao mesmo tempo
representa a taxa de decréscimo da componente alternada da corrente de
armadura (em curto) em sua fase transitória, conforme o circuito equivalente
mostrado.
Capítulo 5 95
" 1 X hd
Xe
X
d0
w r Dd
Dd
X Xe (5.28)
hd
"
Esta tensão terá um crescimento rápido com a taxa d0 e em seguida
Capítulo 5 96
'
um crescimento mais lento com a taxa d0 , até atingir o valor da tensão em
vazio.
" 1 X hd Xe Xa
d
X Dd
w r Dd X hd Xa Xe Xa Xe (5.29)
"
A determinação de d pode ser feita com a mesma experiência do
Capítulo 5 97
" 1
q0
X hq
X Dq (5.34)
w r Dq
"
OBS. “ Da mesma forma poderia se obter d0 quando a corrente de
armadura fosse mínima.”
" 1 X hq X a
q
X Dq
w rDq X hq Xa (5.35)
"
" "
Xq
q q0
Xq (5.36)
1
Dd 0
X hd X Dd (5.37)
w r Dd
1 X hd
X a
X
Dd
w r Dd
Dd
X X (5.38)
hd a
"
Sua determinação é análoga a q porem, com excitação aberta.
2
GD 2 nn
A
365 S N (5.39)
2
GD 2 nn
H
730 S N (5.40)
A
2 H (5.41)
6 - AQUECIMENTO E REFRIGERAÇÃO
6.1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Este capítulo trata de grandezas que são muito importantes para o custo
do gerador. O aquecimento é um subproduto da geração de energia que o
homem até hoje ainda não conseguiu aproveitar (pelo menos de modo
contínuo e satisfatório) e, insistentemente, procura reduzi-lo através da
refrigeração. O objetivo é mostrar as fontes do aquecimento e meios usados
na sua redução. Serão feitas considerações sobre os aquecimentos que
ocorrem em geradores e a conseqüente elevação de temperatura da máquina.
A maior fonte de calor dentro das máquinas está na parte ativa e nesta
Capítulo 6 105
1. Enrolamento estator
2. Enrolamento rotor
3. Enrolamento amortecedor
4. Conexões do estator
7. Sistema de excitação
8. Núcleo do estator
15. mancais
Ventilação 27%
Adicionais 10%
Excitação 1%
CONDUÇÃO
CONVECÇÃO
IRRADIAÇÃO
6.3.1 - CONDUÇÃO
cd
Q cd (6.1)
Rth cd
l fc
Rth cd (6.2)
S cd
6.3.2 - CONVECÇÃO
cv
Q cv (6.3)
Rth cv
1
Rth cv (6.4)
S
6.3.3 - IRRADIAÇÃO
Q rd Si (6.5)
100
Ainda que uma máquina síncrona seja constituída de diversas partes com
distintas propriedades físicas, para a análise a seguir, considera-se a mesma
um corpo homogêneo com transferência de calor uniforme em toda superfície.
Seja Pp a potencia a ser dissipada que será transformada em calor. No
intervalo de tempo dt uma parcela desta energia elevará a temperatura do
corpo, enquanto que a outra será transferida para o ambiente. A parcela
transferida ao ambiente cresce à medida que a temperatura do corpo aumenta.
Pp dt S dt G c d (6.6)
Pp dt S f
dt 0 (6.7)
Pp
f (6.8)
S
G c
(6.9)
S
Resulta:
f
dt d (6.10)
dt d
(6.11)
f
t
ln f
Ci (6.12)
Ci ln f 0 (6.13)
t t
f
1 e 0
e
(6.14)
Capítulo 6 111
6.4.1 - EXTERNA
6.4.2 - INTERNA
.
Pp c V ref (6.15)
Capítulo 6 113
.
Pv
V
c (6.16)
ref
7 - CONCLUSÕES
7.1 - CONCLUSÕES E CONTRIBUIÇÕES
8 - REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Máquinas de Corriente Alterna
Walter Böning
Karl Vogt
Werner Nürnberg
im nichtstationären Betrieb
Th. Laible
Capítulo 8 119
Rudolf Richter
Johannes Klamt
Kurt Bonfert
Heinrich Sequenz
[11] Eletromagnetismo
Paul C. Krause
Eugen Philippow
Capítulo 8 120
Richard C. Dorf
Charles Concórdia
Wiley,1951