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PROJETO E IMPLEMENTAÇÃO
COMPUTACIONAL DE UM INVERSOR
TRIFÁSICO CONECTADO À REDE COM
GERAÇÃO FOTOVOLTAICA
Juazeiro - BA
2019
DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE
CA Corrente Alternada.
CC Corrente Contínua.
PI Proporcional Integral.
PSIM PowerSim.
1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.1 Considerações Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.2 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.3 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.3.1 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.3.2 Objetivos Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2 Revisão Bibliográfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.1 Considerações Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.2 Utilização da Energia Elétrica no Brasil e no Mundo . . . . . . . . . . . 18
2.3 A Energia Solar no Brasil e no Mundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.4 Fatores que Influenciam no Crescimento da Energia Solar no Brasil . . 24
2.4.1 Influência da Política e da Economia . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.4.2 Influência do Clima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.5 Sistemas Fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.5.1 Tipos de Sistemas Fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.5.1.1 Sistemas Fotovoltaicos Isolados . . . . . . . . . . . . . 26
2.5.1.2 Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede . . . . . . . 27
2.5.2 Considerações Sobre as Distorções Harmônicas . . . . . . . . . 29
2.6 Inversores Para Sistemas Fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.6.1 Estrutura do Conversor CC-CA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.6.1.1 Inversor Fonte de Corrente (CSI) . . . . . . . . . . . . . 30
2.6.1.2 Inversor Fonte de Tensão (VSI) . . . . . . . . . . . . . . 31
2.6.2 Topologia dos Sistemas Fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . . . . 32
2.6.2.1 Sistemas com o Conversor de um Estágio . . . . . . . . 32
2.6.2.2 Sistemas com Conversor de Dois Estágios . . . . . . . 33
3 Projeto do Inversor Trifásico Conectado à Rede . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.1 Considerações Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.2 Especificações dos Componentes do Inversor . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.2.1 Cálculo do Valor da Indutância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.2.2 Cálculo do Valor da Capacitância . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.3 Definições Sobre a Metodologia a ser Utilizada no Trabalho . . . . . . . 36
3.4 Projeto do Filtro LCL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.4.1 Dimensionamento do Capacitor Cf . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.4.2 Dimensionamento do Indutor de Acoplamento L1 . . . . . . . . . 39
3.4.3 Dimensionamento do Indutor de Conexão com a Rede L2 . . . . 40
3.4.4 Dimensionamento do Resistor de Amortecimento Rf . . . . . . . 40
3.5 Controle do Inversor Trifásico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.5.1 Exigências do Controle do Inversor . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.5.2 Descrição das Partes Envolvidas no Controle . . . . . . . . . . . 42
3.5.3 Descrição das Etapas e Funcionamento do Controle do Inversor 43
3.5.4 Principais Estratégias de Controle . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.5.5 Sistema de Controle da Corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.5.5.1 Modelagem do Inversor CC-CA em Variáveis Trifásicas
Estacionárias abc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.5.5.2 Modelagem do Inversor CC-CA em Variáveis Ortogonais
Estacionárias αβ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
3.5.5.3 Considerações Sobre a Modelagem . . . . . . . . . . . 50
3.5.6 Controle da Malha de Corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
3.5.6.1 Controlador PI Utilizado Para Coordenadas Naturais . . 50
3.5.6.2 Controlador P+RES Uutilizado para Coordenadas Esta-
cionárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
3.5.6.3 Projeto da Malha de Corrente . . . . . . . . . . . . . . . 54
3.5.6.3.1 Análise do Comportamento da Malha de Cor-
rente para o Sistema não Compensado . . . . 54
3.5.6.3.2 Avaliação do Desempenho do Controlador P+RES
com diferentes valores de Kp e Ki . . . . . . . 56
3.5.6.3.3 Definição das Formas de Representação do
Controlador P+RES . . . . . . . . . . . . . . . 58
3.5.6.3.4 Avaliação da Estabilidade do Sistema Compen-
sado com o Controlador P+RES . . . . . . . . 59
3.5.7 Controle da Malha de Tensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
3.5.7.1 Controle da Tensão do Barramento CC . . . . . . . . . 62
3.5.7.2 Modelagem da Planta Gcc (s) . . . . . . . . . . . . . . . 62
3.5.7.3 Sistema de Referências da Rede . . . . . . . . . . . . . 64
3.5.7.4 Determinação dos Parâmetros do Controlador de Tensão
e Análise de Estabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
4 Simulação Computacional do Sistema Fotovoltaico Conectado à Rede . 71
4.1 Considerações Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
4.2 Simulação da Gerador Fotovoltaica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
4.3 Análise da Simulação do Inversor Trifásico Conectado à Rede . . . . . 75
4.3.1 Análise das Tensões e Correntes Injetadas na Rede sem a Utili-
zação do Filtro LCL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
4.3.2 Análise das Tensões e Correntes Injetadas na Rede com a Utili-
zação do Filtro LCL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
5 Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
15
1 INTRODUÇÃO
1.2 Justificativa
Analisando a situação energética brasileira e mundial, onde as fontes tradicio-
nais de geração de energia elétrica trazem grandes impactos ambientais, é possível
compreender a necessidade da implementação de fontes alternativas de energia. Uma
das opções para a implementação de uma nova forma de geração é a energia foto-
voltaica, uma vez que o Brasil possui um alto nível de irradiação, muito maior do que
muitos países da união europeia, por exemplo, onde a tecnologia está mais difundida e
recebe maiores investimentos (PEREIRA et al., 2006).
Com a implementação desta tecnologia é necessário avaliar a qualidade da
energia que está sendo produzida, afinal em sistemas conectados à rede, há a possibili-
dade da inserção de harmônicos, o que pode ser muito prejudicial devido as distorções
que podem ser causadas na forma de onda senoidal da rede.
Visando manter os padrões de qualidade de energia, utiliza-se o inversor de
frequência, que nada mais é do que um dispositivo utilizado para converter a Corrente
Contínua (CC) gerada pelos módulos, em Corrente Alternada (CA) e fazer a conexão
com a rede elétrica. É extremamente importante que este dispositivo atue de forma
correta e segura, afinal ele é um componente fundamental entre a geração fotovoltaica
e a rede de distribuição.
Como o inversor é composto de dispositivos semicondutores de potência que
necessitam de comandos para funcionar, é necessário encontrar a melhor controlá-
lo, amenizando as perdas, buscando obter a máxima transferência de potência e
estabelecendo a melhor metodologia de controle.
Portanto, este trabalho terá como foco o estudo da tecnologia dos inversores
de frequência trifásicos, a escolha do melhor arranjo a ser utilizado para a geração
fotovoltaica e a implementação computacional deste modelo. Dessa forma, será
possível avaliar se a metodologia escolhida condiz com os resultados esperados e se
está de acordo com outros modelos já consolidados no mercado.
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo Geral
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Por meio dos dados apresentados, nota-se que a energia solar se destacou
em relação às outras fontes energéticas já que foi a tecnologia com a maior potência
instalada, chegando aos 98 GW , superando a energia eólica (52 GW ) e o gás natural
(38 GW ). A Figura 5 exibe dados compreendidos entre os anos de 2007 e 2017,
evidenciando o expressivo crescimento da energia solar em um intervalo de 10 anos.
Pela análise da figura, percebe-se que até o ano de 2016, a capacidade instalada total
de energia solar no mundo era de 306, 5 GW , porém com o resultado do ano de 2017,
o valor total passou a 404, 5 GW , representado assim um aumento de 32% de um ano
para outro.
O que explica esse crescimento e busca por energia solar são as vantagens
associadas a esta tecnologia, pois este tipo de sistema utiliza a energia do Sol para
produzir energia elétrica por meio dos módulos fotovoltaicos. Além disso, não produz
ruído, não contribui sensivelmente para a poluição, pode ser instalada próxima ao local
de consumo, apresenta elevada vida útil e é de fácil instalação devido a sua estrutura
modular (LUQUE; HEGEDUS, 2011).
22
Para que se tenha uma noção do quão grande é essa diferença, com base nos
valores mínimos e máximos anuais de irradiação solar anual para o plano horizontal, a
região menos ensolarada do Brasil recebe, aproximadamente, 25% a mais de radiação
solar do que a região mais ensolarada da Alemanha, que é um dos países com maiores
potências fotovoltaicas instalada (RÜTHER; SALAMONI, 2011). Portanto, esta é mais
uma característica positiva para a implementação da energia fotovoltaica no país,
embora também evidencie o pouco aproveitamento deste recurso por parte do Brasil.
26
Por outro lado, existem outros tipos de sistemas solares isolados que utilizam
baterias para o armazenamento de energia, permitindo a alimentação das cargas
27
mesmo quando não há luz solar (ZEMAN, 2012). Neste sistema, considerando que
as baterias foram carregadas e armazenam energia suficiente, utiliza-se a energia
produzida durante o dia em aplicações noturnas. Uma configuração para este tipo de
esquema pode ser observada na Figura 10.
Uma outra categoria se refere às usinas de grande porte que geram uma grande
quantidade de potência a ser inserida na rede elétrica com o auxílio de inversores
e transformadores. Estas estruturas necessitam de uma grande área para a sua
instalação e se localizam relativamente distantes dos grandes centros de consumo, o
que exige a utilização de extensos sistemas de transmissão (GIACOMINI, 2015).
No que diz respeito aos sistemas de microgeração e minigeração, são instala-
dos próximos do local de consumo, sendo que a energia gerada por eles é utilizada
como fonte complementar à rede de distribuição. Isso faz com que as perdas associa-
das a transmissão e distribuição sejam bem menores (GIACOMINI, 2015). Os sistemas
de minigeração são mais empregados em aplicações comerciais e industriais, enquanto
que os sistemas de microgeração são mais comuns em instalações residenciais onde
o consumo de energia é menor (VILLALVA; GAZOLI, 2012).
A Figura 11 mostra um diagrama simplificado de um sistema fotovoltaico
conectado à rede elétrica. Assim como observado para o caso dos sistemas isolados,
para a utilização da potência gerada pelos módulos fotovoltaicos, é necessário a
utilização de um dispositivo conhecido como inversor que converte a corrente contínua
(CC) em corrente alternada (CA) para injetar na rede, levando em consideração os
parâmetros da qualidade de energia elétrica.
pP∞
k=2 Vk2
DT Tv = .100[%] (2.1)
V1
De forma similar, a expressão para o cálculo da distorção harmônica total de
corrente é dada por:
pP∞
2
k=2 Ik
DT Ti = .100[%] (2.2)
I1
Sendo:
Especificações Valores
Tensão eficaz da rede (Vabc,rms ) 220 V
Tensão do barramento CC (Vcc ) 450 V
Potência de entrada (Pin ) 6 kW
Ondulação de corrente no indutor de saída (∆iLo ) 10%
Ondulação de tensão no barramento (∆Vcc ) 10%
Frequência de operação da rede (f ) 60 Hz
Frequência de comutação das chaves (fs ) 10 kHz
Fonte – (AUTOR, 2019)
Sendo:
As outras variáveis são Vcc , fs e ∆iLo que já tiveram os seus respectivos valores
apresentados na Tabela 1. A corrente a ser injetada na rede, Ipico , é dada pela equação
3.2. √
Pin 2
Ipico = (3.2)
Vabc,rms
Ipico = 38, 57 A
36
Vabc,m
Mi = (3.3)
Vcc
O maior índice de modulação é obtido considerando o maior valor que a tensão
de pico da rede pode apresentar (Vabc,m = 358 V ). Assim, Mi ∼ = 0, 8. Substituindo
todos os valores na equação (3.1), encontra-se o valor da indutância L, que é igual a
aproximadamente 1, 5 mH.
Pin
C= (3.4)
f (Vcc2 max
− Vcc2 min )
Como Vmp = 37, 2 V , podem ser utilizados 12 módulos em série, o que fornece
uma tensão total de máxima potência (Vmptotal ) igual a 446, 4 V . Este valor é muito
próximo de 450 V , previamente definido.
No que diz respeito à potência de entrada, para este sistema de 12 módulos,
tem-se Pmaxtotal = 3, 96 kW . Este valor está abaixo da potência de entrada (Pin = 6 kW )
utilizada como base para o cálculo da capacitância na seção anterior. Portanto, para
manter a tensão do barramento CC e aumentar a potência do sistema, utiliza-se a
organização do conjunto fotovoltaico 12 x 2 que possui 2 blocos, paralelos entre si, com
12 módulos fotovoltaicos conectados em série, sendo ligados ao inversor trifásico. A
Figura 16 ilustra o modelo proposto, incluindo a organização do conjunto fotovoltaico.
Parâmetros Valores
Potência máxima (Pmax ) 37, 2 V
Tensão em Pmax (Vmp ) 37, 2 V
Corrente em Pmax (Imp ) 8, 88 A
Tensão de circuito aberto (Vsc ) 45, 6 V
Corrente em circuito aberto (Isc ) 9, 45 A
Eficiência do módulo 16, 97%
Coeficiente de temperatura de Isc 0, 053% /◦ C
Coeficiente de temperatura de Voc −0, 31% /◦ C
Fonte – (AUTOR, 2019)
Cf = 5%Cbase (3.5)
1
Cbase = (3.6)
2πf Zb
2
Vabc,rms
Zb = (3.7)
Pin
Como Vabc,rms = 220 V e Pin = 6 kW , têm-se que Zb = 8, 06 Ω. Substituindo Zb
na equação (3.6), encontra-se o valor da capacitância base. Assim, Cbase = 0, 329 mF .
Por fim, substituindo o valor de Cbase na (3.5) obtem-se o valor da capacitância do filtro
que é dada por:
Cf = 0, 05(0, 329mF )
Cf = 16, 4 µF
Vabc,m
L1 = (3.8)
4fs ∆iLo Ipico
L = L1 = 2 mH
q
1
Ka2
+1
L2 = (3.9)
Cf ωs2
Sendo:
L2 = 92, 6 µH
1
Rf = (3.10)
6πfres Cf
s
1 L1 + L2
fres = (3.11)
2π L1 L2 Cf
1
10f < fres < fs (3.12)
2
Pelo resultado encontrado verifica-se que a condição acima é atendida, uma
vez que, 4, 17 kHz é maior que 600 Hz e menor do que 5 kHz. Assim, substituindo fres
na equação (3.10), encontra-se:
Rf = 0, 78 Ω
Todas essas funções fazem parte das estratégias de controle que são proje-
tadas em duas malhas: a de corrente e a de tensão. A malha de corrente deve ser
implementada com o intuito de controlar a forma de onda da corrente que passa pelos
43
indutores do filtro de saída, garantindo que estas estejam em fase com a referência
senoidal de tensão. Quanto a malha de tensão, deve ter um comportamento dinâmico
lento se comparada a malha de corrente, sendo projetada para gerar a referência de
amplitude para as correntes injetadas na rede, além da regulação do barramento CC
(HAUSER, 2014).
O projeto das duas malhas é feito de forma independente, uma vez que a faixa
de frequências em que cada uma opera é diferente.
Esse inversor, com estrutura VSI, será utilizado como base para a obtenção
dos parâmetros dos controladores e também servirá para facilitar o entendimento
no que diz respeito aos comandos dados pelo modulador para ativação das chaves
semicondutoras. A tensão Vcc é um valor fixo refente ao barramento CC e va , vb e vc
são as tensões de saída do inversor conectadas pelos indutores de acoplamento às
fases a, b e c. Quanto as tensões da rede de distribuição, essas são representadas por
vsa , vsb e vsc .
O circuito equivalente da Figura 21 é exibido na Figura 22, onde o inversor e a
rede foram substituídos por fontes de tensão equivalentes.
entre os dois neutros permite a obtenção das equações por fase deste circuito (BROD;
NOVOTNY, 1985).
Sabendo que o circuito possui uma parcela resistiva e uma parcela indutiva,
as equações de corrente podem ser obtidas, conforme as equações (3.13), (3.14) e
(3.15), sendo va,b,c as tensões fase-neutro na saída do inversor e vsa,sb,sc as tensões
fase-neutro da rede:
d
−va + Ria + L ia + vsa = 0 (3.13)
dt
d
−vb + Rib + L ib + vsb = 0 (3.14)
dt
d
−vc + Ric + L ic + vsc = 0 (3.15)
dt
As equações (3.13), (3.14) e (3.15) exibem uma relação entre tensões e
correntes instantâneas do circuito. Para analisar o circuito sob pequenas variações de
sinais pode-se recorrer as seguintes expressões (VILLALVA, 2010):
va = Va + v̂a (3.16)
ia = Ia + îa (3.17)
As equações (3.19), (3.20) e (3.21) podem ser reescritas, sendo Giv (s) a função
de transferência da tensão de fase do conversor para a corrente de fase e Givs (s) a
função de transferência da tensão de fase da rede para a corrente, sendo assim, tem-se
que:
A dedução destas equações tem como principal objetivo encontrar uma expres-
são que possibilite o controle da corrente de saída através da tensão fornecida pelo
inversor. Dessa forma, o termo v̂sa , que é a variável referente aos possíveis distúrbios
que possam vir a ocorrer no sistema, pode ser desconsiderada. Considerando v̂a , que
é a variável de controle, encontra-se uma função para a tensão de fase do inversor:
1
Giv (s) = (3.26)
R + sL
Assim como na seção anterior, esta seção apresenta uma metodologia para
obtenção da função de transferência da fase do inversor, no entanto a modelagem
será feita utilizando o sistema de coordenadas αβ. Para obter a função Giv (s) neste
sistemas de coordenadas, é necessário conhecer as matrizes de transformação que
convertem um sistemas de coordenadas abc em um sistema αβ.
A transformada de Park, como também é conhecida, é regulada pelas seguintes
equações (AKAGI et al., 2004):
χ0 r √1 √1 √1 χa
2 2 2
1
2
1
χα = 1 − 2 − 2 .χb (3.27)
3 √
3
√
3
χβ 0 2
− 2
χc
49
r √12 1
χa 0 χ0
2 √
√1 − 1 3
χb = .χα (3.28)
3 1
2 2 2
√
1 3
χc √
2
− 2
− 2
χβ
Sendo, χ uma variável que pode representar tanto a tensão quanto corrente.
Agora, tomando as equações (3.13), (3.14) e (3.15), e as escrevendo na forma matricial,
têm-se:
ia ia va va
d R 1 1
i = − ib + vb + vb (3.29)
dt b L L L
ic ic vc vc
dy
−v α + Riα + L iα + vsα = 0 (3.31)
dx
dy
−v β + Riβ + L iβ + vsβ = 0 (3.32)
dx
A partir deste ponto, o manuseio com as equações (3.31) e (3.32) seguiu os
mesmos passos apresentados na seção anterior, porém utilizando as coordenadas αβ.
50
Obtém-se, portanto, a função de transferência Giv (s), válida para a corrente de saída
do inversor nas coordenadas αβ:
1
Giv (s) = (3.34)
R + sL
Convém destacar que a equação (3.34) é igual a equação (3.26). Isso mostra
que os valores de R e L não se alteram, independentemente do sistema de coordenadas
utilizado.
Assim como foi apresentado nas seções anteriores, também é possível encon-
trar a função de transferência Giv (s) para as coordenadas dq, sendo o resultado similar
ao que já foi visto nas equações (3.26) e (3.34), porém este trabalho terá como foco a
comparação entre as coordenadas abc e αβ abordando as vantagens e desvantagens
de cada metodologia e explorando a atuação do controle para cada uma delas.
Neste esquema, cada uma das fases possui controle independente umas das
outras. Existem 3 correntes de referência (iref,a , iref,b e iref,c ) oriundas da malha de
tensão, que são constantemente comparadas com as correntes medidas nos indutores
(ia , ib e ic ). Desta comparação, obtem-se os erros de corrente que são processados
pelos controladores PI. O controlador trabalha com o objetivo de reduzir esses erros,
para isso, gera referências de tensão (ua , ub e uc ) para a modulação do inversor.
A definição de cada uma das equações matemáticas que regem o controle
da malha de corrente será importante para encontrar os melhores parâmetros do
controlador. Por essa razão, todo este ciclo pode ser resumido na Figura 24, que exibe
o esquema de controle de malha fechada utilizando o controlador Civ (s).
que estão conectados ao ponto de acoplamento. O inversor ainda fornece uma tensão
para o indutor, cuja corrente é realimentada por um ganho Hi (s).
O compensador Civ (s) é projetado com base nos critérios da largura de banda
e da margem de fase. Normalmente, para que se obtenha um resultado satisfatório, a
largura de banda neste tipo de controle é limitada a 1/10 da frequência de chaveamento
e a margem de fase tem de tomar um valor superior a 45◦ (KAZMIERKOESKI et al.,
2002).
O controlador PI possui ganho infinito apenas de frequência zero e ganho
finito nas demais frequências, o que permite obter erro nulo de regime somente para
variáveis em corrente contínua. Portanto, esta é uma desvantagem do esquema de
controle em coordenadas estacionárias empregando este tipo de compensador (COLIN;
CADDY, 1982). Embora este problema possa ser amenizado com o ajuste do ganho do
compensador, o erro nunca é eliminado. Além da questão do erro de regime, presente
nos controladores do tipo PI, sempre existe a possibilidade de ocorrer a saturação
do integrador do compensador, o que pode deteriorar o desempenho do controle
(VILLALVA, 2010).
Na seção anterior, foi mostrado que as equações do circuito do inversor co-
nectado à rede também podem ser descritas pelas coordenadas αβ. A Figura 25
representa um diagrama de blocos, seguindo a mesma linha observada no sistema da
Figura 23, no entanto, foram incluídos os blocos de transformação entre as coordenadas
abc e αβ.
2ki ωb s
Civ,res (s) = kp + (3.35)
s2 + 2ω 2b + ω 2o
fs
fc = (3.36)
10
55
fc = 1 kHz
1
Giv (s) = (3.37)
R + sL
Sabendo que a tensão no barramento CC é dada por Vcc = 450 V , com ganho
de realimentação de corrente de Hi = 1/40 e com os valores de R = 0, 3 Ω e L = 2 mH,
encontra-se a seguinte função de transferência de malha aberta F T M Ai (s):
6, 495
F T M Ai (s) = Ginv (s)Giv (s)Hi = (3.38)
0, 002s + 0, 3
AV = 5, 73 dB
e,
P = −90◦
56
25
Não compensado
20
15
Magnitude (dB)
10
-5
-10
0
Phase (deg)
-45
-90
101 102 103 104
Frequency (rad/s)
2ki ωb s
Civ,res (s) = (3.41)
s2 + 2ω 2b + ω 2o
Para este trabalho, deseja-se obter como saída do inversor uma onda senoidal
com um frequência de 60 Hz (componente fundamental), assim o valor de ωo é encon-
trado transformando a componente da frequência fundamental em frequência angular,
resultando em um ωo com um valor aproximado de 377 rad/s.
Como os inversores necessitam de um sinal de sincronismo oriundo da rede
da concessionária, eles trabalham dentro de uma frequência tolerável. Quando a
frequência da rede atua fora deste valor, o inversor deixa de operar em sincronismo até
que esta retorne a um limite que esteja dentro de uma faixa aceitável (RODRIGUES,
2010).
Sabendo que a frequência da rede da concessionária pode variar em torno do
valor nominal, a norma EN50160 (European Standard) estabeleceu um limite de ±1Hz,
57
onde a maioria das cargas funciona satisfatoriamente (AWAD et al., 2005). Neste
trabalho será considerado um desvio de frequência tolerável de ±0, 8Hz, assim, ωb
será igual a aproximadamente 10 rad/s.
Conhecendo os valores de ωo e ωb e substituindo-os na equação (3.41) foi
possível testar uma série de valores para o ganho de ressonância Ki . Para isso, foi
utilizado o programa MATLAB, que permite uma análise através do diagrama de Bode,
para avaliar o efeito da variação dos valores de Ki . A Figura 29 apresenta os resultados
encontrados.
50
ki = 500
40
ki = 300
30
ki = 100
Magnitude (dB)
20 ki = 50
10
-10
-20
-30
-40
90
45
Phase (deg)
-45
-90
101 102 103 104
Frequency (rad/s)
Pela análise da Figura 29, percebe-se que a margem de fase foi igual para
todos os valores, no entanto, a margem de ganho apresentou variações, sendo que o
maior valor foi obtido quando Ki = 500.
O ganho Ki é responsável pelas características do pico ressonante na frequên-
cia de ressonância, portanto, o aumento de Ki eleva a magnitude do pico, o que
consequentemente eleva o ganho do controlador na frequência de sincronismo. Um
elevado ganho possibilita pequeno erro de regime no controle das variáveis na frequên-
cia de ressonância, o que implica em uma maior estabilidade por parte do controlador
e consequentemente na resposta do sistema (VILLALVA, 2010).
Quanto ao ajuste de ganho proporcional Kp , deve-se levar em conta o posicio-
namento da frequência de cruzamento de forma a possibilitar a largura de banda e a
margem de fase desejadas. Considerando que Ki = 500 e assumindo valores distintos
para Kp , utilizou-se o diagrama de Bode, na Figura 30, para avaliar o comportamento do
58
kp = 2
50
kp = 3.5
kp = 6
40
kp = 9
Magnitude (dB)
30
20
10
0
90
45
Phase (deg)
-45
-90
100 101 102 103 104 105
Frequency (rad/s)
2ki s
Civ,res (s) = kp + (3.42)
s2 + ωo2
Essas razões fazem com que a forma básica seja priorizada em relação a
forma original do controlador P+RES. A Figura 31 apresenta um diagrama de Bode
com um comparativo entre os compensadores P+RES representados pelas equações
(3.35) e (3.42). Os valores de Kp e Ki utilizados foram, respectivamente, 500 e 3, 5.
180
P+RES (Forma Básica)
160
P+RES (Forma Tradicional
140
Magnitude (dB)
120
100
80
60
40
20
0
90
45
Phase (deg)
-45
-90
100 101 102 103 104 105
Frequency (rad/s)
Na Figura 31, nota-se que a margem de ganho tende ao infinito para o P+RES
na forma básica, ao contrário do que acontece na forma original. Além disso, deseja-
se que em sistemas que tem como base conversores chaveados, o ganho para as
frequências acima da frequência de ressonância sejam reduzidos, impedindo que ruídos
de alta frequência causados pelo chaveamento sejam propagados para a saída do
sistema (PRESSMAN, 1997). Dessa forma, a melhor opção entre os dois controladores
acaba sendo o P+RES na forma básica.
F T SCi (s) = (22, 73s2 + 6495s + 3231000)/(0, 02s3 + 0, 3s2 + 2843s + 42640)
|M F | = |P | − 180◦ (3.44)
M F = 87, 5◦
150
Sistema Compensado
100
Não compensado
Magnitude (dB)
50
0 Bode Diagram
-50
-100
0
-45
Phase (deg)
-90
-135
-180
101 102 103 104
Frequency (rad/s)
3Vabc,rms Iabc,rms
iinv = (3.46)
v cc
Sabe-se que a valor da corrente eficaz, Irms , é igual a corrente média, Im ,
√
dividida pela 2, portanto, substituindo Irms por Im na equação (3.47), encontra-se:
3Vabc,rms Iabc,m
iinv = √ (3.47)
v cc 2
A equação (3.47) pode ser modificada devido ao fato da tensão do barramento
CC ser praticamente constante, assim:
3Vabc,rms Iabc,m
iinv = √ (3.48)
Vcc 2
Outra definição ainda pode ser encontrada com a análise do circuito da Figura
34. Considerando a corrente de entrada constante, iL =IL :
dv cc
IL − C − iinv = 0 (3.49)
dt
dv cc
IL − C = iinv (3.50)
dt
64
dv cc 3Vabc,rms Iabc,m
IL − C = √ (3.51)
dt Vcc 2
Substituindo v cc = Vcc + v̂cc e Iabc,m = Iabc,m,s + Iˆabc,m na equação 3.51, onde Vcc
e Iabc,m,s são valores constantes de regime permanente e v̂cc e Iˆabc,m são variações
de pequenos sinais em torno do ponto de operação, na equação (3.51) e aplicando a
transformada de Laplace obtem-se a equação de pequenos sinais no domínio s:
v̂cc (s)
Gcc (s) = (3.53)
Iˆabc,m
3Vabc,rms
Gcc (s) = √ (3.54)
sCVcc 2
Portanto, o esquema que representa o controlador e a planta, além dos ganhos
associados a este sistema pode ser observado na Figura 35.
Neste circuito, o sinal de saída (I 0 α ), que é uma corrente fictícia utilizada como
variável auxiliar, também é vista como uma referência senoidal. Além disso, a potência
resultante é imaginária (q 0 ) e é comparada com uma referência nula. O sinal resultante
desta operação ainda passa por um controlador PI e por um integrador, fornecendo
assim um angulo de sincronismo, θ, que é utilizado como referência para a geração
dos sinais de referência trifásicos.
A metodologia proposta pelo circuito PLL é utilizada em diversas aplicações,
sendo muito difundida em diversos trabalhos acadêmicos (MARAFÃO et al., 2005)
(KUBO et al., 2006). No entanto, como o foco deste trabalho não é de fazer um estudo
profundo sobre os tipos de PLL e suas aplicações, optou-se pela utilização de um
circuito mais simples. Portanto, o circuito de geração de referências adotado foi àquele
proposto na Figura 36.
Portanto, para a obtenção da corrente de referência que será entregue ao
circuito da malha de corrente, têm-se a operação ilustrada na Figura 38. Nesta
representação, os sinais oriundos do controlador de tensão Ui são multiplicados pelos
sinais senoidais de amplitude unitária oriundos do circuito de referência e dessa forma
são obtidas as correntes de referência iref,abc .
67
660
Gcc (s) = (3.55)
1, 571s
1, 1
F T M Av (s) = Hv Gcc (s) = (3.56)
1, 571s
fc
fcv = (3.57)
20
fcv = 50 Hz
AV = 47, 02 dB
e,
P = −90◦
α = M F − P − 90◦ (3.60)
α = 60◦
Bode Diagram
0
-30
Magnitude (dB)
-40
-50
-60
-70
-80
-90
-100
-89
-89.5
Phase (deg)
-90
-90.5
-91
100 101 102 103 104
Frequency (rad/s)
500
Cv (s) = 5 + (3.61)
s
A Figura 40 apresenta o diagrama de Bode para o sistema compensado. A
linha tracejada de cor vermelha está sobre a frequência de corte inicialmente definida.
70
Neste ponto, nota-se que o atraso de fase P é igual a −123◦ . Da mesma maneira como
foi feito na equação (3.44), têm-se que a margem de fase é dada por:
M F = 57◦
Este valor é muito próximo dos 60◦ inicialmente definidos, portanto este sistema
é estável. De posse dos valores dos ganhos dos controladores de tensão e corrente e,
além disso, dos dispositivos passivos que compõem a estrutura do inversor, é possível
fazer a simulação computacional para avaliar eficiência do sistema proposto.
Sistema Compensado
40
20
Magnitude (dB)
-20
-40
-60
-90
Phase (deg)
-135
-180
100 101 102 103 104
Frequency (rad/s)
4 SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL DO
SISTEMA FOTOVOLTAICO CONEC-
TADO À REDE
350
300
250
Potência (W)
200
150
100
50
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s)
9000
8000
7000
6000
Potência (W)
5000
4000
3000
2000
1000
0
0 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600
Tensão (V)
10000
9000
8000
7000
6000
Potência (W)
5000
4000
3000
2000
1000
0
0 1 2 3 4 5 6
Tempo (s)
Analisando a Figura 44, é possível notar que existem quatro valores de potência
que se mantém constantes durante um determinado período, sendo fornecida pelo
gerador fotovoltaico ao inversor trifásico, são elas: 6 kW , 8 kW , 3, 95 kW e 1, 5 kW .
A variação desses valores é diretamente proporcional a irradiância solar, que na
simulação, assumiu quatro valores diferentes, a saber: 200 W/m2 , 500 W/m2 , 750
W/m2 e 1000 W/m2 . O gráfico da Figura 44 também possui períodos de transição entre
os valores de potência registrados, por exemplo, entre 1,0 e 1,5 segundos e entre 3,5 e
4,0 segundos, no entanto a análise do sistema fotovoltaico conectado à rede levou em
consideração apenas os períodos em que a potência possui um valor constante.
De forma complementar, a Figura 45 ilustra a corrente oriunda do arranjo
fotovoltaico que é injetada no inversor. Seguindo o mesmo comportamento observado
no gráfico da Figura 44, nota-se que, a medida que a irradiância solar aumenta, a
corrente também aumenta. Da mesma forma, quando a irradiância passa a ter um um
valor inferior, decaindo de 1000 W/m2 para 500 W/m2 , a corrente diminui.
75
20
15
10
Corrente (A)
-5
0 1 2 3 4 5 6
Tempo (s)
Fonte – (AUTOR, 2019)
parâmetro muito importante para que o controlador da malha de corrente possa atuar
no sentido de anular o desvio existente entre a corrente injetada na rede e a corrente
de referência.
600
500
400
Tensão (s)
300
200
100
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Tempo (s)
1.5
0.5
Tensão (s)
-0.5
-1
-1.5
0.5 0.525 0.55
Tempo (s)
500
400
300
200
100
Tensão (V)
-100
-200
-300
-400
-500
2.5 2.505 2.51 2.515 2.52 2.525 2.53 2.535 2.54 2.545 2.55
Tempo (s)
50
40
30
20
10
Corrente (A)
-10
-20
-30
-40
-50
0.4 0.405 0.41 0.415 0.42 0.425 0.43 0.435 0.44 0.445 0.45
Tempo (s)
50
40
30
20
10
Corrente (A)
-10
-20
-30
-40
-50
2.5 2.505 2.51 2.515 2.52 2.525 2.53 2.535 2.54 2.545 2.55
Tempo (s)
Figura 51 – Correntes no PAC para uma potência de 3,95 kW e sem filtro LCL.
50
40
30
20
10
Corrente (A)
-10
-20
-30
-40
-50
4.5 4.505 4.51 4.515 4.52 4.525 4.53 4.535 4.54 4.545 4.55
Tempo (s)
Figura 52 – Correntes no PAC para uma potência de 1,5 kW e sem filtro LCL.
50
40
30
20
10
Corrente (A)
-10
-20
-30
-40
-50
6 6.005 6.01 6.015 6.02 6.025 6.03 6.035 6.04 6.045 6.05
Tempo (s)
Figuras 49, 50, 51 e 52 estão de acordo com os valores estabelecidos pela norma IEEE
std. 519-1992. No entanto, neste análise não foi incluído o filtro LCL, que tem a função
de atenuar os harmônicos injetados na rede, portanto, espera-se que a inclusão do
filtro forneça resultados melhores, tanto para as tensões quanto para as correntes.
500
400
300
200
100
Tensão (V)
-100
-200
-300
-400
-500
2.5 2.505 2.51 2.515 2.52 2.525 2.53 2.535 2.54 2.545 2.55
Tempo (s)
corrente eficaz de 12, 81 A e a DT Ti igual a 6, 72%. Por fim, a Figura 57 teve um módulo
de corrente igual a 5, 39 A e a DT Ti igual 15, 29%.
Analisando o valor da distorção harmônica total de corrente das Figuras 54,
55, 56 e 57 percebe-se que apenas duas delas se enquadram dentro das exigências
normativas do IEEE std. 519-1992, uma vez que apenas as correntes das Figuras 54 e
55 apresentam distorção harmônica abaixo dos 5% exigidos. No entanto, nota-se que,
embora as outras duas correntes não tenham atendido a condição estabelecida, houve
uma redução significativa na distorção harmônica de ambas as correntes.
Fica claro, portanto, que o filtro LCL altera sensivelmente o comportamento
do sistema original, fazendo com que tanto a tensão quanto a corrente possuam uma
distorção harmônica inferior.
50
40
30
20
10
Corrente (A)
-10
-20
-30
-40
-50
0.4 0.405 0.41 0.415 0.42 0.425 0.43 0.435 0.44 0.445 0.45
Tempo (s)
50
40
30
20
10
Corrente (A)
-10
-20
-30
-40
-50
2.5 2.505 2.51 2.515 2.52 2.525 2.53 2.535 2.54 2.545 2.55
Tempo (s)
Figura 56 – Correntes no PAC para uma potência de 3,95 kW e com filtro LCL.
50
40
30
20
10
Corrente (A)
-10
-20
-30
-40
-50
4.5 4.505 4.51 4.515 4.52 4.525 4.53 4.535 4.54 4.545 4.55
Tempo (s)
Figura 57 – Correntes no PAC para uma potência de 1,5 kW e com filtro LCL.
50
40
30
20
10
Corrente (A)
-10
-20
-30
-40
-50
6 6.005 6.01 6.015 6.02 6.025 6.03 6.035 6.04 6.045 6.05
Tempo(s)
40
Corrente da fase A
Tensão da fase A
30
20
10
-10
-20
-30
-40
0.4 0.405 0.41 0.415 0.42 0.425 0.43 0.435 0.44 0.445 0.45
Tempo (s)
9000
Potência de Entrada
8000 Potência de Saída
7000
6000
Potência (W)
5000
4000
3000
2000
1000
1 2 3 4 5 6
Tempo (s)
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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