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Segurança do Trabalho
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
Apresentação.................................................................................................................................. 4
Introdução.................................................................................................................................... 7
Unidade I
EVOLUÇÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO.............................................................................. 9
Capítulo 1
Como ocorreu a evolução histórica da Segurança e da Saúde no Trabalho?........ 9
Capítulo 2
Como evoluiu a Segurança e a Saúde do Trabalho no Brasil?.................................... 11
Capítulo 3
A regulamentação da Engenharia
de Segurança...................................................................................................................... 15
Unidade iI
SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO........................................................................................ 18
Capítulo 1
Os acidentes do trabalho................................................................................................. 21
Capítulo 2
Os riscos ambientais........................................................................................................... 27
Capítulo 3
Gestão dos riscos.............................................................................................................. 51
Referências................................................................................................................................... 70
Anexo............................................................................................................................................. 71
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
A segurança do trabalho está relacionada a um conjunto de normas e técnicas aplicáveis
em vários setores. Pode ser entendida como um conjunto de medidas adotadas para
proteger o trabalhador em sua integridade e capacidade de trabalho, evitar doenças
ocupacionais e minimizar acidentes de trabalho.
Objetivos
»» Apresentar aos alunos as normas e procedimentos do curso.
7
»» Compreender a inserção da engenharia de segurança no contexto capital
x trabalho e o papel e as responsabilidades do engenheiro de segurança.
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EVOLUÇÃO DA
SEGURANÇA E SAÚDE Unidade I
NO TRABALHO
Capítulo 1
Como ocorreu a evolução histórica da
Segurança e da Saúde no Trabalho?
Você deve pensar que, de modo geral, as coisas acompanham a evolução. Pois bem,
de fato, isso, na maioria das vezes, é verdadeiro. Uma tentativa de se adequar ao novo
comportamento, às atitudes, ao modo de pensar, vai com o tempo se ajustando e quando
se percebe as coisas mudaram.
No ano de 1556, Georg Bauer publicou o livro “Re De Metallica”, em que estuda as
doenças e acidentes de trabalho relacionados à mineração e fundição de ouro e prata.
O autor discute, em especial, a inalação de poeiras causadoras da “asma dos mineiros”
que, pelos sintomas descritos, deve tratar-se de silicose. Em 1567, Aureolus Theophrastur
Bembastur von Hohenheim apresentou a primeira monografia relacionando trabalho
com doença. (NOGUEIRA, 1981)
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UNIDADE I │ EVOLUÇÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
As máquinas a vapor usavam carvão para seu acionamento, o que aumentou também o
número de minas de carvão nos diversos países. O trabalho em condições degradantes,
que era desempenhado pelos mineiros, contribuiu para criar na categoria uma consciência
das condições desumanas a que eles eram submetidos. Era comum a ocorrência de
incêndios, explosões, intoxicação por gases, inundações e desmoronamento, ocasião
em que muitos trabalhadores ficavam sepultados nas galerias. Também eram comuns
as doenças ocupacionais, tais como tuberculose, anemia e asma.
Como você pode ver, mesmo que aparentemente o processo de trabalho tenha sido
modificado, as condições de trabalho não eram as melhores. Não havia nenhuma
regulamentação quanto às condições do trabalho e do ambiente industrial, tampouco
em relação à duração da jornada de trabalho. Apesar da jornada excessiva de trabalho
não poder ser atribuída ao nascimento da grande indústria, pois já era verificada na
atividade artesanal, essa condição foi potencializada. A partir de 1792, com a invenção
do lampião a gás, houve uma tendência de aumento da jornada de trabalho, haja vista
a possibilidade de uso de iluminação artificial, ainda que precária.
Em função das más condições de trabalho, o parlamento inglês criou uma comissão
de inquérito que foi responsável pela criação, em 1802, da primeira lei de proteção aos
trabalhadores, a “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”, que estabelecia o limite de 12
horas de trabalho diário, proibia o trabalho noturno, obrigava os empregadores a ventilar
as fábricas e lavar suas paredes duas vezes por ano. Essa lei, complementada em 1819,
não teve a eficiência esperada devido à oposição dos empregadores. (NOGUEIRA, 1981)
A partir do relatório elaborado pela comissão, foi instituída na Inglaterra, em 1833, a “Lei
das Fábricas” (FactoryAct), primeira lei realmente eficaz no campo da segurança e saúde
no trabalho. A lei, aplicada à indústria têxtil, proibia o trabalho noturno para os menores de
18 anos, restringindo sua carga horária para 12 horas diárias e 69 semanais. Para menores
entre 9 e 13 anos, a jornada de trabalho diária passou a ser de 9 horas. A idade mínima
para o trabalho era de 9 anos, sendo necessário um médico atestar que o desenvolvimento
físico da criança correspondia à sua idade cronológica. As fábricas precisavam ter, ainda,
escolas frequentadas por todos os trabalhadores menores de 13 anos.
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Capítulo 2
Como evoluiu a Segurança e a Saúde
do Trabalho no Brasil?
No Brasil Colonial, os escravos trabalhavam até 18 horas por dia, estando os proprietários
no direito de aplicar castigos para garantir uma melhor produtividade e submissão ao
trabalho. As condições de trabalho eram degradantes, encontrando-se muitas situações
semelhantes às ocorridas na Inglaterra durante a Revolução Industrial, a partir de 1760.
A Lei no 3.724 de 15/1/1919 firmou-se como a primeira lei sobre indenização por acidentes
de trabalho, sendo regulamentada pelo Decreto no 13.498, de 12/3/1919. Essa lei
limitava-se ao setor ferroviário e reconhecia somente os elementos que caracterizavam
diretamente o acidente de trabalho.
O Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio foi criado por meio do Decreto no 19.433,
de 26/11/1930. Em 1932, foram criadas as Inspetorias do Ministério do Trabalho, Indústria
e Comércio, transformadas, no ano de 1940, em Delegacias Regionais do Trabalho.
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UNIDADE I │ EVOLUÇÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT foi criada pelo Decreto no 5.452, de 1/5/1943,
e reuniu a legislação relacionada com a organização sindical, previdência social, justiça
e segurança do trabalho. A CLT, no seu Capitulo V – Da Segurança e da Medicina do
Trabalho, dispõe sobre diversos temas, tais como a Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes (CIPA), máquinas e equipamentos, caldeiras, insalubridade, Medicina do
Trabalho, higiene industrial, entre outros. Essa legislação foi alterada em 1977 e serviu
como base para as atuais Normas Regulamentadoras.
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EVOLUÇÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO │ UNIDADE I
»» o trabalho portuário;
»» o trabalho aquaviário;
»» trabalho em altura;
Entre as maiores inovações no arcabouço legal, temos o NTEP e o eSocial. Pelo NTEP,
é realizado o cruzamento das informações de código da Classificação Internacional de
Doenças (CID-10) e do código da Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE).
Ele já aponta se há uma relação entre a lesão ou agravo e a atividade desenvolvida pelo
trabalhador. Caso haja essa relação no NTEP, o trabalhador não fica mais com o ônus
de comprovar que a sua lesão foi provocada pela atividade laboral na empresa, cabe à
empresa provar que a lesão não foi provocada pela atividade laboral. A indicação de
NTEP está embasada em estudos científicos alinhados com os fundamentos da estatística
e epidemiologia. A partir dessa referência, a medicina pericial do INSS ganha mais uma
importante ferramenta-auxiliar em suas análises para conclusão sobre a natureza da
incapacidade ao trabalho apresentada, se de natureza previdenciária ou acidentária.
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UNIDADE I │ EVOLUÇÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
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Capítulo 3
A regulamentação da Engenharia
de Segurança
O anseio dos profissionais somente tornou-se realidade por meio da Lei no 7.410, de
27/11/1985 e o Decreto no 95.530, de 9/4/1986. Essa legislação permitiu o exercício da
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UNIDADE I │ EVOLUÇÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
O profissional de segurança do trabalho atua conforme sua formação, quer seja médico,
técnico, enfermeiro ou engenheiro. O campo de atuação é vasto.
Muitas vezes o profissional que faz a gestão de SSO também é responsável pela
implementação de programas de Gestão da Qualidade (tendo como base programas de
gestão preconizados pela NBR ISO 9001), Gestão Ambiental (analogamente à NBR ISO
14.001) e Gestão da Responsabilidade Social (NBR 16.001 e ISO 26.000).
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SEGURANÇA
DO TRABALHO – Unidade iI
INTRODUÇÃO
O trabalho é considerado, em algumas sociedades, como fonte de satisfação e de orgulho
para o ser humano. Podemos inferir que as doenças ocupacionais e os acidentes de
trabalho prejudicam todos os atores sociais envolvidos no processo: trabalhador,
empregador e governo.
Para Sell (2002), as empresas que sujeitam seus trabalhadores a condições de trabalho
inadequadas, perdem em termos de qualidade, produtividade, competitividade e
imagem perante a sociedade. Trabalhadores em más condições de trabalho não
contribuem na melhoria de processos e produtos, reduzem sua disposição para
o trabalho, não têm comprometimento com a empresa por não se sentirem parte
do processo.
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SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
Há uma “cultura do fatalismo” introjetada em boa parte das empresas brasileiras, segundo
a qual, quando um acidente ocorre, foi devido a uma “fatalidade” de cunho imprevisível e
sem possibilidade real de ter sido evitado. Dependendo das crenças religiosas, essa questão
transcende e pode ser associada ao destino ou carma de cada indivíduo. Entretanto, ao se
analisar as causas dos acidentes do trabalho ocorridos em qualquer empresa, verifica-se,
facilmente, que a maioria poderia ter sido evitada com ações simples em três campos:
Como bem afirmou Souto (1999), está na hora de corrigirmos os nossos cacoetes
e titularmos acertadamente as ações integradas da Medicina do Trabalho e da
Engenharia de Segurança do Trabalho, inclusive com o propósito de evitar distorções
em sua aplicação: somos agentes que trabalham para a implantação e manutenção de
condições de salubridade ambiental nos ambientes de trabalho.
Saúde
A saúde não cabe apenas ao médico, pois é um problema de todo contexto social.
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UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
Parte da Saúde Pública que se ocupa das formas de vida, das substâncias e das
condições em torno do homem que podem exercer alguma influência sobre sua
saúde e bem-estar.
Salubridade ambiental
Saneamento ambiental
»» drenagem urbana;
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Capítulo 1
Os acidentes do trabalho
A definição de acidente do trabalho adotada pela esfera legal no Brasil afirma que é
“aquele que pode ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando
lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause morte, ou a perda, ou a
redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”. Essa definição
não é interessante para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho porque cria
uma “dependência” de ocorrer um dano direto ao trabalhador, ou seja, só é considerado
acidente do trabalho aquele que tem uma vítima com lesões.
»» incidentes, ou quase acidentes, que não gerem lesões nem danos, mas
apenas perda de tempo (ou “sustos”).
21
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
[...]
22
SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
Essa abordagem simplificada que imputa a culpa à própria vítima traz como
consequência uma avaliação superficial das questões de segurança e saúde. É usual
os empresários justificarem o treinamento realizado para seus empregados com o
argumento de que o propósito é conscientizar o trabalhador para o cumprimento
das normas de segurança, ou seja, treiná-los para que não cometam atos inseguros
(OLIVEIRA, 1999).
Segundo Garcia (2001), esse enfoque pode ser considerado como maniqueísta, pois
reduz uma questão complexa, que envolve a exposição a diversos riscos, a uma
dicotomia: o problema é o “uso inadequado” e a solução é a “conscientização”, no caso
entendida como “treinamentos”. Ao caracterizar a questão da exposição aos riscos e
suas consequências como basicamente um “problema de educação”, reduzindo-a à não
observação dos “cuidados” recomendados, o que é realmente efetivado é a transferência
ao trabalhador, de praticamente toda a responsabilidade pelas consequências ocorridas
no âmbito de suas tarefas.
Podemos definir como causas dos acidentes do trabalho “qualquer fator que, se fosse
removido a tempo, teria evitado o acidente”. O ambiente de trabalho, portanto, contém
condições inadequadas para o exercício das tarefas pelos trabalhadores e, em algumas
situações, essas condições concorrem simultaneamente para a ocorrência do acidente.
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UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
Os riscos de acidentes têm uma abrangência diversificada das situações inseguras dos
locais de trabalho. Podemos subdividir as condições inadequadas dos ambientes de
trabalho em quatro categorias:
»» iluminação deficiente,
»» ventilação deficiente,
»» pisos escorregadios,
»» espaço insuficiente,
»» ruído excessivo,
»» vibrações excessivas,
O material que será utilizado na atividade pode conter, intrínsecos, diversos graus de
risco, como:
»» ser inflamável,
»» explosivo,
»» tóxico,
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SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
»» corrosivo,
»» defeituoso,
»» radioativo,
»» equipamento inadequado,
»» com defeito,
»» sem proteção,
25
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
Segundo os autores que ainda utilizam o conceito de ato inseguro como causa dos
acidentes, a definição para esses atos é: “a maneira pela qual o trabalhador se expõe,
consciente ou inconscientemente, a riscos de acidentes”. Esses autores afirmam que
ato inseguro é todo ato, consciente ou não, capaz de provocar dano ao trabalhador,
a seus companheiros ou a máquinas, materiais e equipamentos, estando diretamente
relacionado a falha humana.
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Capítulo 2
Os riscos ambientais
O que é risco?
Risco é qualquer variável que pode causar danos ou lesões graves ao trabalhador, inclusive
a morte.
1. físicos,
2. químicos,
3. biológicos,
4. ergonômicos e
Essa classificação é internacional e segue a simbologia dos riscos ambientais que são
empregadas no Mapa de Risco (NR-05 – CIPA):
27
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
Deve-se entender que a presença dos agentes físicos, químicos e biológicos no ambiente
pode oferecer riscos potenciais à saúde dos trabalhadores e gerar uma probabilidade de
que eles venham a contrair uma doença. Mas para que isso aconteça, devem concorrer
vários fatores:
»» a susceptibilidade individual.
Cada agente de risco tem, no mínimo, uma fonte geradora do risco associada. O espaço
existente entre a fonte do risco e o trabalhador é considerado a sua “trajetória”. Qualquer
medida planejada para controlar a exposição do trabalhador ao risco estará centrada
em, pelo menos, um destes três focos possíveis:
»» na fonte geradora,
»» na trajetória, ou
»» no trabalhador.
Lei de Murphy
<http://brasil.elpais.com/brasil/2015/06/19/ciencia/1434705663_423636.html>.
“Se algo errado tiver de acontecer, não se preocupe, acontecerá da pior maneira”
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SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
Riscos físicos
Agentes de riscos físicos são as diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas
e radiações ionizantes.
É um fenômeno físico que indica uma mistura de sons, cujas frequências não seguem uma
lei precisa. Alguns utilizam como sinônimo de barulho, mas esse inclui componentes
subjetivos da percepção sonora. É o risco profissional com maior frequência de
reclamações nos ambientes laborais. Pode causar perda auditiva, permanente ou
temporária, e trauma acústico entre outros efeitos possíveis de alterações em quase
todos os órgãos do organismo humano.
O ruído de impacto é aquele que se caracteriza por ser de intensidade muito alta
com duração muito pequena, menor que um segundo, em intervalos maiores que um
segundo, como, por exemplo, uma martelada em superfície metálica e a operação de
um bate-estaca. Considera-se ruído contínuo todo outro tipo de ruído que não seja
de impacto.
Uma dica: se o ruído ambiente prejudica a conversa entre dois trabalhadores que estão
dispostos a 1,0 metro de distância, em tom de voz normal, vale a pena solicitar uma
avaliação com equipamentos pois essa intensidade de ruído pode ser danosa à saúde.
Vibração
»» enjoo ou náuseas,
»» afundamento do tórax,
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UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
São as condições térmicas rigorosas em que são realizadas diversas atividades profissionais,
submetendo os colaboradores a sua ação. Deve-se conhecer a interação térmica entre
o organismo humano e o meio ambiente de trabalho e conhecer, também, os efeitos da
exposição a essas temperaturas para que se possa avaliar e controlar essas interações
de forma a proteger o trabalhador de seus efeitos maléficos. Vale ressaltar que os efeitos
da exposição a temperaturas extremas são relacionados à atividade física realizada pelo
trabalhador, em termos de taxa de metabolismo.
»» a insolação,
»» a desidratação,
»» as câimbras de calor e
»» o choque térmico.
Pressão anormal
A exposição à pressão anormal é definida como qualquer exposição a pressões diferentes
da pressão atmosférica a que os trabalhadores estão normalmente expostos. A pressão
acima da atmosférica é a alta pressão, ou condição hiperbárica, a pressão abaixo da
atmosférica é a baixa pressão, ou condição hipobárica. A exposição de trabalhadores
à condição hiperbárica é muito mais frequente e mais danosa à saúde humana, com
diversos estudos epidemiológicos e limites estabelecidos.
»» bolhas de nitrogênio nos tecidos (dores nas juntas, suor, palidez, tontura,
inconsciência, paralisias etc.).
As radiações são uma forma de energia que se transmite pelo espaço como ondas
eletromagnéticas e, em alguns casos, apresenta também comportamento corpuscular.
A absorção da radiação pelo organismo pode gerar diversas lesões e doenças. A radiação
pode ser classificada em dois tipos, pois, ao atingir o organismo e ser absorvida, pode
gerar dois efeitos principais:
As radiações ionizantes podem ser naturais e artificiais, mas a sua classificação mais
importante é feita em 4 tipos:
»» alfa,
»» beta,
»» gama, e
»» raios X.
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UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
Os efeitos dependem da dose da radiação recebida pelo organismo, mas podem ser
divididos em:
»» micro-ondas,
»» infravermelha,
»» ultravioleta,
»» maser.
Existem, ainda, muitas dúvidas quanto à extensão real dos efeitos nocivos da exposição
a essas radiações, dividindo-os em:
Riscos químicos
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SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da
pele ou por ingestão.
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UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
»» irritantes,
»» anestésicos (narcóticos),
»» tóxicos sistêmicos,
»» genotóxicos e mutagênicos,
»» carcinógenos, e
»» embriotóxicose teratógenos.
Irritantes
Substâncias que produzem inflamação nos tecidos vivos, quando entram em contato
direto são corrosivos vesicantes em sua ação. Têm essencialmente o mesmo efeito
sobre homens e animais, e o fator concentração é mais importante que o fator tempo
de exposição. Os irritantes primários concentram a sua ação irritante (amônia, cloro,
ozônio, gases lacrimogênios etc.) enquanto os secundários possuem o efeito irritante e
têm uma ação tóxica generalizada sobre o organismo (gás sulfídrico).
Asfixiantes
Exercem sua ação interferindo com a oxidação dos tecidos. Podem ser divididos em
simples e químicos. Os simples são gases inertes que agem por diluição do oxigênio
atmosférico: dióxido de carbono, etano, hélio, hidrogênio, metano, nitrogênio, óxido
nitroso. Os químicos impedem o transporte de oxigênio pelo sangue: monóxido de
carbono, cianogênio, cianeto de hidrogênio, nitrobenzeno, sulfeto de hidrogênio.
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SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
Anestésicos (Narcóticos)
Sua principal ação é a anestésica, sem sérios efeitos sistêmicos, tendo ação sobre o
SNC (sistema nervoso central). Alguns passam para a corrente sanguínea e, daí, para os
demais órgãos. Podem penetrar pela pele. São exemplos de anestésicos: hidrocarbonetos
acetilênicos, hidrocarbonetos oleofínicos, éter etílico, hidrocarbonetos parafínicos,
cetonas alifáticas, álcoois alifáticos.
Tóxicos Sistêmicos
Incluem:
Existem substâncias que causam dano unicamente aos pulmões, incluindo aquelas que
não causam nenhum tipo de ação irritante, tais como poeiras de asbesto, causadoras
da fibrose. As poeiras que fazem parte desse grupo podem se tornar mais nocivas se
contaminadas com bactérias ou fungos alergênicos, microtoxinas ou pólens.
São substâncias que podem causar dano material genético e podem, também, ser
mutagênicas. Os mutagênicos podem causar mutações. Uma mutação é considerada
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UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
Carcinógenos
São substâncias que podem produzir câncer, que é uma doença resultante do
desenvolvimento de um tumor maligno e de sua invasão em tecidos vizinhos. Um tumor
(neoplasma) caracteriza-se pelo crescimento do tecido, formando um grupo de células
anormais no organismo. Um tumor maligno é composto de células que se dividem e
se dispersam através do organismo. Um tumor benigno é aquele localizado e que não
invade os tecidos vizinhos nem produz câncer.
Riscos biológicos
Entretanto, exceto na primeira situação, na qual o risco é real e deve ser evitado, o risco
biológico na segunda e terceira só é evidente para os profissionais que trabalham em
alguma etapa dos sistemas de esgotamento sanitário e dos serviços de limpeza urbana,
conforme será detalhado na unidade 2.
36
SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
»» durante a limpeza,
37
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
Cabe esclarecer que a exposição a agentes biológicos ocorre em número muito mais
expressivo em ambientes que utilizam sistemas de condicionamento de ar, naquilo que
a Organização Mundial de Saúde (OMS) define com Síndrome do Edifício Doente (SED).
A Síndrome do Edifício Doente refere-se à relação entre causa e efeito das condições
ambientais observadas em áreas internas, com reduzida renovação de ar, e os vários
níveis de agressão à saúde de seus ocupantes por meio de fontes poluentes de origem
física, química e/ou microbiológica.
Um edifício pode ser considerado “doente” quando cerca de 20% de seus ocupantes
apresentam sintomas transitórios associados ao tempo de permanência em seu interior,
que tendem a desaparecer após curtos períodos de afastamento. Em alguns casos, a
simples saída do local já é suficiente para que os sintomas desapareçam. Os principais
sintomas relacionados a SED são:
»» dores de cabeça,
»» fadiga,
»» falta de concentração, e
»» náuseas.
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SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
»» absorção,
»» inalação, e
»» ingestão.
Da mesma forma que os agentes físicos e químicos, a melhor atuação para a prevenção
sempre é, prioritariamente, na fonte e/ou na trajetória, no sentido de se evitar que o
risco chegue ao trabalhador, situação que impõe o uso de equipamentos de proteção
individual (EPI), cuja eficiência e eficácia são, via de regra, discutíveis.
Absorção
Inalação
O trato respiratório é a via mais importante pela qual os agentes biológicos e químicos
entram no organismo. A grande maioria das intoxicações ocupacionais que afetam a
estrutura interna do corpo é ocasionada por se respirar substâncias contidas no ar. Essas
substâncias podem ficar retidas nos pulmões ou outras partes do trato respiratório e
podem afetar esse sistema, ou passar através dos pulmões a outras partes do organismo,
levadas pelas células fagocitárias.
39
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
Ingestão
A intoxicação por essa via é mais comum para os agentes biológicos e menos comum
para os químicos. A frequência e o grau de contato com os agentes tóxicos depositados
nas mãos, alimentos e cigarros é muito menor que na inalação, por isso, somente
substâncias altamente tóxicas como o chumbo, o arsênico e o mercúrio podem causar
preocupações nesse sentido. Cabe ressaltar que a porção que se deposita na parte
superior do trato respiratório é arrastada para cima pela ação ciliar, e é posteriormente
engolida, ingressando no organismo.
O trato gastrointestinal pode ser visto como um tubo que atravessa o corpo, começando
na boca e terminando no ânus. Apesar de estarem dentro do organismo, seus conteúdos
estão essencialmente externos aos fluídos do corpo (sangue e linfa). Por isso, os agentes
tóxicos no trato gastrointestinal podem produzir um efeito na superfície da mucosa que
o reveste, sendo absorvidos pela mucosa do trato gastrointestinal.
Riscos ergonômicos
A ergonomia é a ciência que estuda a relação entre o homem e o seu ambiente de trabalho,
visando ao conforto. Segundo a Associação Internacional de Ergonomia (International
Ergonomics Association – IEA, 2000) ergonomia é “a disciplina científica relacionada
ao entendimento das interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema,
e também é a profissão que aplica teoria, princípios, dados e métodos para projetar a fim
de otimizar o bem-estar humano e o desempenho geral de um sistema”. A Associação
Internacional de Ergonomia divide a ergonomia em três domínios de especialização,
são eles:
»» ergonomia física,
»» ergonomia cognitiva e
»» ergonomia organizacional.
A Ergonomia Física lida com as respostas do corpo humano à carga física e psicológica.
Tópicos relevantes incluem manipulação de materiais (peso), arranjo físico de estações
40
SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
de trabalho, demandas do trabalho e fatores tais como repetição, vibração, força e postura
estática, relacionada com lesões musculoesqueléticas (lesão por esforço repetitivo).
A ergonomia pode ser também considerada como o estudo dos aspectos do trabalho e
sua relação com o conforto e bem-estar do trabalhador. Está mais ligada às posturas,
movimentos e ritmos determinados pela atividade e conteúdo dessa atividade, nos seus
aspectos físicos e mentais.
Entre os danos causados pela exposição aos riscos ergonômicos merecem destaque as
DORT (distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho, que englobam as lesões
por esforços repetitivos, a LER). As DORT abrangem diversas patologias, sendo as mais
conhecidas a tenossinovite, a tendinite e a bursite.
41
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
Postura
Movimento e força
Esses dois fatores estão correlacionados ao aparecimento de DORT nas mãos e punhos.
A combinação de forças elevadas e alta repetitividade aumenta a magnitude da lesão
mais do que qualquer uma delas isoladamente. Movimentos repetidos podem danificar
diretamente os tendões devido ao frequente alongamento e flexão dos músculos. A força
exercida durante a realização dos movimentos é outro determinante das lesões, como
por exemplo, no levantamento, carregamento e utilização de ferramentas pesadas; a força
necessária para cortar objetos muito duros, a utilização de parafusadeiras e furadeiras.
Características individuais
42
SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
»» queda,
»» choque elétrico,
»» soterramento,
»» choque mecânico,
»» cortes e perfurações,
»» queimaduras,
»» animais peçonhentos,
»» acidentes de trânsito,
»» incêndio e explosão.
Quedas
Choque elétrico
Soterramento
Choque mecânico
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SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
»» o objeto não estar preso a nenhuma estrutura (estar solto, sem cordas ou
correntes) e
Cortes e perfurações
Queimaduras
A recuperação dos tecidos é mais lente e pode deixar cicatrizes e manchas claras
ou escuras.
Animais peçonhentos
No Brasil existem pelo menos quatro sistemas de informação que tratam do registro
de acidentes por animais peçonhentos: o Sistema Nacional de Informações Tóxico-
Farmacológicas – SINITOX, o Sistema Nacional de Agravos de Notificação – SINAN, o
Sistema de Internação Hospitalar – SIH/SUS, e o Sistema de Informação de Mortalidade
– SIM. Cada um desses sistemas possui características próprias, pois foram criados para
atender demandas diferentes, e ao invés de se completarem, podem até se contradizer
em alguns casos.
46
SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
Acidentes de trânsito
Acidente de trânsito pode ser definido como todo evento danoso que envolva o veículo,
a via, o homem e/ou animais e, para caracterizar-se, é necessária a presença de dois
desses fatores. Os principais fatores que concorrem para a ocorrência dos acidentes de
trânsito são:
Incêndio e explosão
Para ocorrer o fogo são necessários quatro componentes, conhecidos como Tetraedro
do Fogo:
48
SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
Os explosivos artificiais mais comuns são os explosivos químicos, que se decompõem por
meio de violentas reações de oxidação e produzem grandes quantidades de gás e calor
(dinamite, nitroglicerina, nitrocelulose, pólvora negra etc.). Entretanto, é importante
assinalar que as poeiras de qualquer substância que possa ser mantida em combustão,
quando se coloca fogo, explodirá sob as circunstâncias certas.
Locais com muita poeira explosiva geralmente geram duas explosões subsequentes:
50
Capítulo 3
Gestão dos riscos
A gestão dos riscos ambientais só tem chance de sucesso em uma empresa se houver
um programa de gestão dos riscos implantado. Segundo os preceitos da higiene do
trabalho, o reconhecimento de riscos é a primeira fase de um programa para gerenciar
e controlar os riscos ocupacionais. Pode-se verificar que não faz sentido reconhecer
os riscos sem propor medidas que possam controlar a exposição dos trabalhadores a
esses riscos, esta é, portanto, a segunda fase do programa. A Norma Regulamentadora
no 9 propõe uma metodologia para elaboração de um programa de prevenção de riscos
ambientais, entretanto aborda apenas os riscos físicos, químicos e biológicos.
O reconhecimento dos riscos ambientais, que neste texto será tratado diversas vezes como
avaliação ambiental qualitativa existentes nos ambientes de trabalho, é fundamental
para o empregador, o qual tem o dever de assegurar a segurança e a saúde dos
trabalhadores em todos os aspectos relacionados ao trabalho.
51
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
A primeira etapa é a identificação das fontes de riscos existentes nos locais de trabalho
e das pessoas expostas a esses riscos, utilizando apenas as percepções sensoriais
humanas, principalmente a visão, a audição e o olfato. Essa identificação pode ser feita
seguindo o seguinte procedimento:
»» circular pelo local de trabalho e observar (sentir) tudo o que possa causar
danos;
»» observar os riscos a longo prazo para a saúde, por exemplo, níveis elevados
de ruído ou fatores de risco decorrentes da organização do trabalho;
Deve-se verificar quais são as pessoas expostas a cada risco de forma a subsidiar
a identificação da melhor forma de gerir o risco. A ideia é identificar os grupos de
trabalhadores expostos e não elaborar listas nominativas. Cabe lembrar que o pessoal
de serviços terceirizados (limpeza, vigilância etc.), os contratantes e o público em geral
podem igualmente estar expostos a riscos.
A segunda etapa consiste na avaliação dos riscos decorrentes de cada fonte. Para o
efeito, deve-se considerar:
52
SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
Um processo direto, baseado na percepção sensorial (visão e audição), que não exige
qualificações especializadas ou técnicas complicadas, pode ser suficiente para a maioria
das atividades do local de trabalho, cujos riscos são bem conhecidos ou facilmente
identificáveis e com meios de controle facilmente disponíveis. Esse é o caso da maior
parte das empresas (principalmente pequenas e médias empresas – PME). Em seguida,
devem ser definidas prioridades para o tratamento dos riscos.
A terceira etapa do programa de gestão, já com objetivo precípuo de controle dos riscos,
consiste em decidir de que forma eliminar ou controlar os riscos. Nessa fase, há que se
avaliar se é possível eliminar o risco; se não, de que forma é possível controlar os riscos
de modo que esses não comprometam a segurança e a saúde das pessoas expostas.
Na prevenção e no controle dos riscos, deve-se levar em conta os seguintes princípios
gerais de prevenção:
»» as medidas a aplicar;
53
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
54
SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
1. controle de acesso,
2. programa de manutenção,
3. treinamento de segurança,
4. plano de abandono,
Vale ressaltar que a questão a ser respondida pelo trabalhador para cada tema será
selecionada de forma aleatória de um “banco de questões” do tema respectivo, cada
um com no mínimo 20 questões disponíveis. O avaliador deve, a partir das respostas
dadas pelo servidor, avaliar o conteúdo de cada resposta e emitir uma nota para o
desenvolvimento daquele tema específico, no local avaliado. O avaliador deve descrever,
no formulário específico, uma justificativa que detalhe os critérios técnicos utilizados
para emitir a nota de cada tema avaliado.
55
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
PARÂMETROS CRITÉRIOS
RUÍDO CONTÍNUO E DE IMPACTO
»» Controle de Acesso ao ambiente com ruído intenso.
»» Tom de voz normal para conversa (baixa intensidade).
»» Tom de voz alterado para conversa (média à alta).
»» Avaliações periódicas da saúde (audiometrias).
Controle de Exposição
»» Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar a exposição ao ruído insalubre no
ambiente (na fonte ou na trajetória). Para ruído de impacto:
›› Periodicidade simples (manuseio de materiais, marteladas, disparo de armas etc.).
›› Repetitivo (prensas automáticas, guilhotinas, ferramentas pneumáticas, rajadas consecutivas etc.).
TEMPERATURA EXTREMA – CALOR E FRIO
»» Controle de acesso aos locais aquecidos e resfriados, limitado e restrito ao pessoal autorizado e
qualificado.
Controle de Exposição
»» Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar a exposição ao calor ou frio
insalubre no ambiente (na fonte ou na trajetória).
UMIDADE
»» Controle de Acesso aos locais encharcados ou alagados, limitado e restrito ao pessoal autorizado e
qualificado:
Controle de Exposição ›› contato direto e permanente com água e umidade do ar excessiva.
»» Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar a exposição à umidade insalubre no
ambiente (na fonte ou na trajetória).
VIBRAÇÃO
»» Controle de acesso aos ambientes, máquinas ou equipamentos que gerem vibrações excessivas,
limitado e restrito ao pessoal autorizado e qualificado.
»» Contato parcial (membros superiores: ferramentas manuais, moto serras, derrubada de árvores,
Controle de Exposição fundição, fabricação de móveis, reparo de autos etc.).
»» Contato integral (corpo inteiro: plataformas industriais, veículos pesados, tratores etc.).
»» Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar a exposição à vibração insalubre no
ambiente (na fonte ou na trajetória).
PRESSÕES ANORMAIS
»» Controle de Acesso aos ambientes com pressões anormais, limitado e restrito ao pessoal autorizado
(18 a 45 anos).
»» Medidas de controle na câmara de trabalho.
Controle de Exposição
»» Avaliação e controle de agentes químicos e condições de exposição ao calor no local.
»» Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar a exposição a pressões insalubres
ou perigosas no ambiente (na fonte ou na trajetória).
RADIAÇÃO IONIZANTE E NÃO IONIZANTE
»» Controle de acesso aos ambientes com radiações ionizantes e não ionizantes, limitado e restrito ao
pessoal autorizado.
Controle de Exposição
»» Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar a exposição a radiações insalubres
ou perigosas no ambiente (na fonte ou na trajetória).
56
SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
PARÂMETROS CRITÉRIOS
RQ 01 ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS
»» Controle de acesso aos ambientes de armazenamento de produtos químicos, limitado e restrito ao pessoal
autorizado.
»» Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar a exposição a agentes químicos (na fonte ou na
trajetória).
Controle de
exposição »» Recipientes adequados e identificados (rotulados).
»» Prateleiras estáveis e resistentes, em bom estado de conservação.
»» Critério de separação dos produtos.
»» Sinalização de segurança (advertência e emergência).
Controle de »» Controle de acesso às áreas de manipulação de produtos químicos, limitado e restrito ao pessoal autorizado e qualificado.
exposição »» Procedimentos e instalações específicos para evitar ou minimizar os riscos de contaminação.
RQ 03 VENTILAÇÃO
RQ 04 HIGIENIZAÇÃO DO AMBIENTE
»» Higienização constante.
Bancadas
»» Livres de produtos estranhos ao trabalho.
RQ 05 MANUTENÇÃO DO AMBIENTE
57
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
PARÂMETROS CRITÉRIOS
RQ 06 GESTÃO DE RESÍDUOS QUÍMICOS
»» Em local adequado.
Armazenamento
»» Controle de acesso.
»» Plano de gerenciamento de resíduos químicos.
Coleta e transporte »» Periodicidade dos treinamentos.
»» Procedimentos em caso de emergência.
»» Inertização dos materiais contaminados.
Tratamento e
»» Descarte local, com monitoramento e controle.
descarte
»» Descarte no sistema municipal com monitoramento.
RQ 07 EQUIPAMENTOS DE EMERGÊNCIA
»» Equipamento com fácil acesso e em funcionamento adequado, de acordo com as especificações de projeto.
Lava olhos
»» Manutenção e treinamento periódicos.
Chuveiro de »» Equipamento com fácil acesso e em funcionamento adequado, de acordo com as especificações de projeto.
emergência »» Manutenção e treinamento periódicos.
RQ 08 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA
»» EPC com fácil acesso e em funcionamento adequado, de acordo com as especificações de projeto.
Capela »» Manutenção e treinamento periódicos.
»» Acionado pelo funcionário quando em atividade.
»» EPC com fácil acesso e em funcionamento adequado, de acordo com as especificações de projeto.
Ventilação local
(exaustora ou »» Manutenção e treinamento periódicos.
diluidora) »» Acionado pelo funcionário quando em atividade.
»» EPC com fácil acesso e em funcionamento adequado, de acordo com as especificações de projeto.
Outros EPC »» Manutenção e treinamento periódicos.
»» Acionado pelo funcionário quando em atividade.
PARÂMETROS CRITÉRIOS
RB 01 FONTES POTENCIAIS (Mofo, ácaros, fungos)
58
SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
PARÂMETROS CRITÉRIOS
»» Móveis, cortinas e tapetes sem mofo.
Controle de exposição
»» Higienização periódica.
(mobiliário)
»» Sem poeira acumulada ou suspensa.
RB 04 HIGIENIZAÇÃO DO AMBIENTE
»» Higienização constante.
Bancadas
»» Livres de produtos estranhos ao trabalho.
RB 05 MANUTENÇÃO DO AMBIENTE
»» Controle e manutenção de equipamentos danificados.
Máquinas e equipamentos
»» Empresa contratada – pessoal qualificado.
»» Suficiente para execução das tarefas.
Iluminação
»» Confortável durante toda a jornada de trabalho.
»» Ambiente confortável para execução das tarefas.
»» Entradas e saídas externas em ambientes controlados.
Ventilação
»» Monitoramento periódico do ar interno e externo, com o resultado divulgado.
»» Manutenção periódica realizada por empresa especializada.
59
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
PARÂMETROS CRITÉRIOS
RB 07 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA
»» EPC com fácil acesso e em funcionamento adequado, de acordo com as especificações de projeto.
Capela »» Manutenção e treinamento periódicos.
»» Acionado pelo funcionário quando em atividade.
»» EPC com fácil acesso e em funcionamento adequado, de acordo com as especificações de projeto.
Ventilação local (exaustora
»» Manutenção e treinamento periódicos.
ou diluidora)
»» Acionado pelo funcionário quando em atividade.
»» EPC com fácil acesso e em funcionamento adequado, de acordo com as especificações de projeto.
Sistema de diferença de
»» Manutenção e treinamento periódicos.
pressão (negativa / positiva)
»» Acionado pelo funcionário quando em atividade.
»» EPC com fácil acesso e em funcionamento adequado, de acordo com as especificações de projeto.
Outros EPC »» Manutenção e treinamento periódicos.
»» Acionado pelo funcionário quando em atividade.
PARÂMETROS CRITÉRIOS
RE 01 VENTILAÇÃO
»» Sistema de condicionamento de ar ou sistema de ventiladores adequado para execução das tarefas.
Conforto »» Confortável durante toda a jornada de trabalho, com os servidores não recebendo fluxo direto de ar.
»» Manutenção e limpeza dos componentes do sistema.
RE 02 ILUMINAÇÃO
»» Luminosidade (função da quantidade e disposição das luminárias) adequada para execução das tarefas.
Conforto »» Confortável durante toda a jornada de trabalho, sem mudanças bruscas de luminosidade no
ambiente. Manutenção e limpeza das luminárias e lâmpadas.
RE 03 CONFORTO TÉRMICO
»» Adequado para execução das tarefas.
Conforto
»» Confortável durante toda a jornada de trabalho.
RE 04 CONFORTO ACÚSTICO
»» Adequado para execução das tarefas.
Conforto
»» Confortável durante toda a jornada de trabalho.
RE 05 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
»» Ordens de serviço para execução das tarefas.
Normas e procedimentos
»» Periodicidade dos treinamentos.
»» Divisão de tarefas “equitativa”.
Jornada de trabalho »» Trabalho em turnos (diurno e noturno).
»» Excesso de horas extras.
60
SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
PARÂMETROS CRITÉRIOS
»» Ritmo de trabalho não excessivo com pausas no trabalho.
»» Reconhecimento e valorização dos trabalhos de extrema responsabilidade, cujos erros geram graves
Rotina no trabalho
consequências.
»» Planos de escalonamento de férias e licenças que não sobrecarreguem os demais colegas.
Avaliação pessoal de
»» Entrevista com alguns servidores solicitando que eles avaliem (0 a 10) a organização de seu trabalho.
trabalhador
RE 06 GINÁSTICA LABORAL
Profissional qualificado »» Empresa especializada ou profissional qualificado.
RE 07 MANIPULAÇÃO DE PESO
»» Ordem de serviço para execução das tarefas.
Treinamento
»» Periodicidade dos treinamentos em carga, descarga e transporte.
RE 08 MESA
Cantos vivos »» Observação da adequação e conforto do parâmetro.
RE 09 CADEIRA
Bordas arredondadas »» Observação da adequação e conforto do parâmetro.
RE 10 COMPUTADOR
»» Treinamento para utilizar o recurso.
Suporte de teclado com altura
»» Braço e antebraço em ângulo de 90 graus.
regulável
»» Ombros relaxados.
»» Treinamento para utilizar o recurso.
Monitor com altura regulável
»» Dentro do campo direto de visão (pescoço relaxado).
»» Movimento fácil.
Espaço para mouse
»» Próximo ao teclado.
61
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
PARÂMETROS CRITÉRIOS
Disposição de computadores »» De modo a minimizar a reflexão de luz na tela.
RE 11 POSTO DE TRABALHO
»» Posto sentado com conforto na posição da coluna e com espaço suficiente para as pernas.
Postura
»» Posto em pé com conforto na posição da coluna e assento para realizar pausas.
»» Alcance dos movimentos do corpo (membros superiores e inferiores) adequado.
Movimentos corporais
»» Alcance visual adequado.
Visualização
»» Campo de visão adequado (linha dos olhos para baixo).
PARÂMETROS CRITÉRIOS
QUEDA
»» Procedimentos e instalações específicos para evitar a queda de pessoas em mesmo nível,
Controle de exposição principalmente, em piso molhado, escorregadio, com ressaltos ou buracos ou com trepidação, e a
queda de pessoas em níveis diferentes (> 2,0m).
CHOQUE ELÉTRICO EM INSTALAÇÕES, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
»» Controle de acesso aos ambientes e instalações e às máquinas e equipamentos que gerem riscos
Controle de exposição de choque elétrico, limitado e restrito ao pessoal autorizado e qualificado.
»» Procedimentos e instalações específicos para evitar o choque elétrico em máquinas e equipamentos.
SOTERRAMENTO
»» Procedimentos e instalações específicos para evitar o deslizamento de solos e materiais que possam
gerar o soterramento de trabalhadores: estudos geotécnicos, estabilização de taludes, sistemas de
Controle de exposição contenção etc.
»» Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos.
CHOQUE MECÂNICO
»» Procedimentos e instalações específicos para evitar as batidas e as quedas de objetos,
Controle de exposição principalmente, no manuseio de máquinas e de ferramentas.
»» Avaliações periódicas da eficiência dos procedimentos.
CORTES E PERFURAÇÕES – MATERIAIS PERFUROCORTANTES
»» Controle de acesso aos materiais perfurocortantes, limitado e restrito ao pessoal autorizado e qualificado.
Controle de exposição »» Procedimentos e instalações específicos (guarda, uso e descarte – com embalagem segura e
recipiente específico) para evitar cortes e perfurações.
62
SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
PARÂMETROS CRITÉRIOS
QUEIMADURAS
»» Controle de acesso aos ambientes com superfícies e materiais em alta ou baixa temperatura,
energizados ou com radiação, limitado e restrito ao pessoal autorizado e qualificado.
Controle de exposição
»» Procedimentos e instalações específicos para evitar acidentes (queimaduras) com superfícies em
temperaturas extremas, com eletricidade ou radiação.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
»» Combate e controle periódicos de insetos, baratas e roedores.
Controle de exposição »» Combate à proliferação.
»» Limpeza e organização de forma a evitar o depósito ou acúmulo de resíduos.
ACIDENTE DE TRÂNSITO
»» Procedimentos e instalações (sonorizadores, quebra-molas, sinalização etc.) específicos para evitar
Controle de exposição acidentes de trânsito, no interior das instalações, na garagem e em serviços externos (transporte de
pessoas e de cargas).
INCÊNDIO E EXPLOSÃO
»» Procedimentos e instalações específicos para evitar o início de fogo no ambiente.
»» Sinalização (advertência de risco e de emergência) e desobstrução de extintores, hidrantes e saídas
de emergência.
»» Equipamentos adequados ao combate em quantidade suficiente e em bom estado de conservação.
Controle de risco »» Procedimentos e instalações específicos para evitar explosões:
›› no local de armazenamento de materiais explosivos (distância segura, parede e piso de fácil
lavagem, fiação elétrica antiexplosão e ventilação),
›› no local de manipulação e uso desses materiais.
»» Sinalização (advertência de risco e de emergência).
»» Ordem de serviço para execução das tarefas com explosivos.
»» Treinamentos em evacuação, socorro e combate.
Treinamento
»» Procedimentos em caso de emergência.
»» Simulações periódicas.
ROTA DE FUGA
»» Placas de identificação de saídas, portas, escadas e andares.
Sinalização
»» Sinalização luminosa.
»» Iluminação de emergência na rota de fuga.
»» Saídas próximas, visíveis, destrancadas e desobstruídas.
Manutenção da rota de fuga
»» Porta corta-fogo com abertura no sentido do fluxo.
»» Faixa antiderrapante e corrimão nas escadas de emergência.
»» Treinamentos em evacuação e socorro.
Treinamento
»» Simulações periódicas.
MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS
»» Controle de acesso às máquinas, equipamentos e ferramentas que gerem riscos, limitado e restrito
ao pessoal autorizado.
»» Procedimentos e instalações específicos para evitar acidentes em máquinas, equipamentos e ferramentas.
Controle de exposição
»» Instrução de uso fixado próximo à máquina, equipamento e ferramenta.
»» Ferramentas adequadas para execução das tarefas, em bom estado de conservação e com partes
perigosas isoladas.
63
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
PARÂMETROS CRITÉRIOS
»» Manutenção inadequada (peças soltas, gastas e/ou sem lubrificação).
Manutenção da fonte geradora »» Manutenção corretiva (planejada ou não planejada).
»» Manutenção preventiva.
»» Ordem de serviço para execução das tarefas.
Treinamento »» Periodicidade dos treinamentos.
»» Procedimentos em caso de emergência.
»» Atuação na fonte (enclausuramento da fonte).
Equipamento de Proteção
»» Atuação na trajetória (barreiras) dimensionada por técnico habilitado.
Coletiva
»» Funcionamento adequado, manutenção periódica e acionamento pelo funcionário quando em atividade.
PARÂMETRO CRITÉRIOS
Proteção visual e facial.
»» Riscos: projeção de partículas, respingos, gases, vapores, poeiras e radiações.
»» Protetores: óculos, anteparos, protetores faciais etc.
Proteção respiratória.
»» Riscos: deficiência de oxigênio no ambiente, contaminantes nocivos (gases, vapores, poeiras e fumos).
»» Protetores: máscaras, respiradores etc.
Proteção para membros superiores e inferiores.
»» Riscos: cortes, perfurações, abrasão, substâncias nocivas, agentes térmicos (calor ou frio), choques
elétricos, impacto de objetos, compressões e umidade.
»» Protetores superiores: luvas, protetores de palma da mão e punho, mangas, mangotes, dedeiras etc.
Adequado ao risco
»» Protetores inferiores: sapatos, botinas, botas, chancas etc.
Proteção para cabeça.
»» Riscos: impacto, penetrações, choques elétricos, queimaduras e arrancamento do cabelo.
»» Protetores: capacetes, bonés, gorros, redes etc.
Proteção auditiva.
»» Riscos: ruído.
»» Protetores: protetores auditivos de inserção, tipo “concha” ou “plug”, protetores ativos etc.
Proteção para o tronco.
»» Riscos: cortes, projeção de partículas, golpes, abrasão, calor, respingos, substâncias nocivas e umidade.
»» Protetores: aventais, jaquetas, capas etc.
64
SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
PARÂMETRO CRITÉRIOS
Roupas especiais.
»» Riscos: temperaturas extremas, radiações, visualização noturna.
»» Protetores: vestimentas de amianto, aventais de chumbo, coletes, capas, bonés fluorescentes etc.
Adequado ao risco
Cinturões de segurança.
»» Riscos: quedas.
»» Protetores: cinturão de corda, cinturão com talabarte, trava-quedas etc.
Procedimentos específicos para higienização, guarda, manutenção e substituição dos EPI.
Treinamento »» Instruções de segurança para execução das tarefas.
»» Periodicidade dos treinamentos.
Certificado de aprovação.
Gestão dos EPI »» Controle de uso dos EPI nos locais de trabalho.
»» Controle de qualidade e validade dos EPI.
65
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
Existem, ainda, duas classes de serviços que são realizados em todos os ambientes de
trabalho de um órgão público:
66
SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO │ UNIDADE II
ambiental. O certificado de calibração deve ser válido para o período das avaliações
realizadas e deve conter informações sobre a sua rastreabilidade, segundo os critérios
da Rede Brasileira de Calibração (RBC).
67
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
Tabela 8.
PARÂMETRO CRITÉRIOS
»» Manutenção adequada (peças soltas, gastas e/ou sem lubrificação).
Manutenção »» Manutenção corretiva planejada.
»» Manutenção preventiva
»» Ordem de serviço para execução das tarefas.
Treinamento »» Periodicidade dos treinamentos.
»» Procedimentos em caso de emergência.
»» Controle de acesso aos locais com riscos reconhecidos, limitado e restrito ao pessoal autorizado e
qualificado.
»» Controle de acesso às máquinas com riscos reconhecidos, limitado e restrito ao pessoal autorizado e
Controle de Acesso habilitado.
»» Avaliações periódicas da saúde das pessoas com acesso aos locais de risco.
»» Avaliações periódicas da eficiência das medidas de controle de acesso.
»» Equipamento (enclausuramento da fonte, barreiras na trajetória etc.) dimensionado por técnico
Equipamento de Proteção habilitado.
Coletiva »» Funcionamento adequado, manutenção periódica e acionamento pelo funcionário quando em
atividade.
»» Equipamento dimensionado por técnico qualificado, com certificado de aprovação.
Equipamento de Proteção »» Procedimentos específicos para higienização, guarda, manutenção e substituição dos EPI.
Individual »» Controle de uso dos EPI nos locais de trabalho.
»» Controle de qualidade e validade dos EPI.
68
Para (não) Finalizar
O incremento do setor produtivo no Brasil aponta para uma crescente demanda por
engenheiros de segurança.
69
Referências
ANDREOTTO, Elifas. Retrato do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Política. vol. IV,
1984,
______. NTEP e FAP: Novo olhar sobre a saúde do trabalhador. 2ª ed. São
Paulo: Editora LTr, 2010.
TOLEDO, Flávio de. Recursos Humanos, crises e mudanças. São Paulo: Atlas,
1986. p. 110.
70
Anexo
MACROAMBIENTE:
NOME DO ORGÃO:
AVALIADORES:
RESPONSÁVEL DA INSTITUIÇÃO:
E-MAIL:
ENDEREÇO:
TELEFONE:
ÁREA TOTAL:
QUANT. DE MESO:
Valor1
ACESSIBILIDADE
0 -10
AC 01 Estacionamento
AC 02 Calçadas
AC 03 Recepção
AC 04 Elevadores
AC 05 Rampas/corredores/escadas
AC 06 Telefones
AC 07 Bebedouros
AC 08 Posto de Trabalho
AC 09 Banheiros
AC 10 Aparelhos Sanitários
AC 11 Vestiários
71
anexos
Valor1
EDIFICAÇÃO
0 –10
ED 01 Escadas/rampas/corredores
ED 02 Elevadores
ED 03 Subestação e gerador
ED 04 Quadro elétrico
ED 05 Serviços de limpeza/jardinagem
ED 06 Vigilância
ED 07 SESMT
ED 08 CIPA
ÍNDICE DE CONDIÇÃO AMBIENTAL
EDIFICAÇÃO
ICA-ED2 = SOMA [(ED 01 a ED 08) / 8] x 10
Valo1
MEIO AMBIENTE DO TRABALHO
0 –10
MAT 01 Sistema de ar-condicionado
MAT 02 Qualidade da água
MAT 03 Bebedouros
MAT 04 Sanitários
MAT 05 Esgotos sanitários
MAT 06 Refeitórios
MAT 07 Vestiários
MAT 08 Resíduos sólidos
ÍNDICE DE CONDIÇÃO AMBIENTAL
MEIO AMBIENTE DO TRABALHO
ICA-MAT2 = SOMA [(MAT 01 a MAT 08) / 8] x 10
Valor1
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
0 –10
SPI 01 Brigada de incêndio
SPI 02 Combustíveis inflamáveis
SPI 03 Sistema de alarme e chuveiros automáticos
SPI 04 Hidrante de rua
SPI 05 Hidrantes internos
SPI 06 Sistema de extintores
SPI 07 Sistemas de emergência
ÍNDICE DE CONDIÇÃO AMBIENTAL
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
ICA-SPI2 = SOMA [(SPI 01 a SPI 07) / 7] x 10
72
anexos
HOLOAMBIENTE:
MACROAMBIENTE:
LOCAL:
MICROAMBIENTE:
RF 02 Ruído de impacto
RF 03 Temperatura extrema – calor
RF 04 Temperatura extrema – frio
RF 05 Umidade
RF 06 Vibração
RF 07 Pressão anormal
RF 08 Radiação ionizante
RF 09 Radiação não ionizante
ÍNDICE DE CONDIÇÃO AMBIENTAL
RISCOS FÍSICOS
ICA-RF2 = SOMA [(RF 01 a RF 09) / 9] x 10
73
anexos
RE – RISCOS ERGONÔMICOS
Valor1
E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
RE 01 Ventilação
RE 02 Iluminação
RE 03 Conforto térmico
RE 04 Conforto acústico
RE 05 Organização do trabalho
RE 06 Ginástica laboral
RE 07 Manipulação de peso
RE 08 Mesa
RE 09 Cadeira
RE 10 Computador
RE 11 Posto de trabalho
ÍNDICE DE CONDIÇÃO AMBIENTAL
RISCOS ERGONÔMICOS
ICA-RE2 = SOMA [(RE 1 a RE 11) / 11] x 10
74
anexos
QA 02 PROGRAMA DE MANUTENÇÃO
Obs:
QA 03 TREINAMENTO DE SEGURANÇA
Obs:
QA 04 PLANO DE ABANDONO
Obs:
75