Você está na página 1de 36

Trocador de calor

casco e tubos
Feixe de tubos
bocais casco Tubos Casco
conexões saída entrada Chicanas
Cabeçote
espelho estacionário
- frontal

Cabeçote posterior
ou de retorno
tubos casco Casco Tubos
saída entrada

chicanas Feixe de tubos

gaxetas
cabeçote
Casco

Elemento metálico de formato cilíndrico que envolve o feixe


tubular. Dependendo das dimensões, pode ser fabricado a partir do
corte de um tubo existente (D < 0.6 m), ou da calandragem de uma
chapa metálica seguida de soldagem.

Bocais (injetores e ejetores)


No lado do casco, são geralmente fabricados a partir de seções
de tubo soldadas ao casco, podendo estar acompanhados de placas de
proteção de tubos.
No lado dos tubos, onde o fluido geralmente é o mais corrosivo, os
injetores e ejetores podem ser protegidos por ligas especiais.
Tubos

placas tubulares ou espelhos

Espelhos
Tubos

Arranjo dos tubos


Arranjo dos tubos
Tringular
• Maior densidade de tubos Maior área de
troca por unidade de volume Maior q
• Maior p
• Maior dificuldade de limpeza

Quadrado
• 85% do número de
tubos comparado
com o triangular
• Menor TC
Passo

• Facilidade de
Passo Passo limpeza
Passo Passo • Menor p
Passo Passo
triangular triangular quadrado quadrado
girado (60º) (30º) (90º) girado (45º)
Chicanas ou defletores
O arranjo de chicanas no lado casco do trocador serve a dois propósitos:
• Dar suporte aos tubos contra flexão e vibração
• Guiar o fluido do lado do casco através do feixe de tubos de uma forma o mais
próximo possível de um escoamento cruzado ideal
O tipo mais comum de chicanas são as segmentadas

Chicana segmentada simples

Chicana segmentada sem tubos na janela


Chicana segmentada dupla

Chicana disco-anel
Chicana segmentada tripla
Chicanas – outros tipos

Chicana anel - haste

Chicana helicoidal

tubo
Chicanas

característica Chicana Chicana Tubo Chicana helicoidal


segmentada haste
Boa TC por unidade de ∆p não sim sim sim

Alto h_casco sim não não sim

Adequado para alta efetividade não sim sim não


do trocador
Tende a ter baixa incrustação não sim sim sim

Pode ser limpo mecanicamente sim, com passo sim sim sim, com passo
quadrado quadrado
Baixo escoamento induzido pela com projeto sim sim com dupla hélice
vibração tubo especial
Pode ter tubos com baixa aleta sim sim sim sim

Quebra jato Bocal entrada


Quebra
jato

tubos
Bom projeto Muito próxima Muito afastada
Chicanas e feixe de tubos
Norma

(60in)
Normas Cabeçote Cabeçote
TEMA estacionário Casco posterior
Exemplos
AES

BEM

BFU
Exemplos de layout

Quebra jato

Borda do defletor

Casco

Tirantes

DIcasco= 685mm, passo triangular, 2 passes nos tubos, feixe em U


Quebra jato

Casco

Tirantes
Borda do defletor
Tiras de selagem

DIcasco= 685mm, passo quadrado girado, 4 passes nos tubos, cabeçote flutuante S
Para aumentar a transferência de calor
aumentar o coeficiente de transferência de calor, h aumentar a área de troca

Lado dos tubos Lado do casco - Aumentar o - Aumentar o - Empregar


comprimento diâmetro do múltiplos casco
- Aumentar nº de tubos - Diminuir o do tubo, L casco (Di) c/ em série ou
-Diminuir externo dos espaçamento (Ld) apropriado paralelo
tubos (de) ou corte do defletor nº de tubos
Aumentar F ou efetividade

- Usar configurações contracorrente e


múltiplos configurações de casco

Para reduzir a perda de carga

Lado dos tubos Lado do casco

- Aumentar -Aumentar o - Aumentar - Usar


- Diminuir o -Aumentar -Diminuir o L o corte do espaçamento o passo dos defletores
nº de passes diâmetro do e aumentar Di defletor do defletor, tubos segmentados
nos tubos tubo e nºtubos Ld duplos ou
triplos
Incrustações, limpeza, manutenção
Vantagens
 São robustos e de construção relativamente simples
 São de limpeza e manutenção relativamente simples, se forem projetados
corretamente
 Métodos de projeto existentes já foram testados
 Flexibilidade na construção permite que praticamente qualquer processo
possa ser executado no trocador C&T (pressões e temperaturas
extremamente baixas ou altas, altas diferenças de temperatura, mudança de
fase, incrustações severas, fluidos corrosivos, etc.)
Projeto de trocadores casco e tubos
Problema UA (mcp)1 (mcp)2 T1,e T1,s T2,e T2,s

1       

2       

3    o   

4       

5    o   

6    o   

 Variável  Variável
desconhecida conhecida

q  ( mcp )1( T 1,e  T 1, s )  ( mcp )2 ( T 2 , s  T 2 ,e )

q
Ae  Ae  πdeLNtt
U e Tml ,cc F
onde Ue (baseado na área externa dos tubos) é dado por:

1
Ue 
1 Ae Ae 1
 Rfi  AeRp  Rfe 
hi Ai Ai he

Como os valores dos coeficientes de transferência de calor, h, não são


conhecidos ainda, são necessárias estimativas iniciais desses valores
(baseadas em valores típicos)
Valores típicos do coeficiente de transferência de calor convectivo e fatores de
incrustação para trocadores de calor casco e tubos

Problema Condições do fluido h (W/m²K) Rf (m²K/W)

água líquido 5000 - 7500 1 - 2,5 x 10-4

amônia líquido 6000 - 8000 0 - 1 x 10-4

Líquidos orgânicos líquido 1500 - 2000 0 -2 x 10-4

Médios orgânicos líquido 750 - 1500 1 - 4 x 10-4

Orgânicos pesados Líquido


aquecendo 250-750 2 – 10 x 10-4
resfriando 150-400 2 – 10 x 10-4

Orgânicos muito pesados Líquido


aquecendo 100 - 300 4 – 30 x 10-3
resfriando 60 - 150 4 – 30 x 10-3
Gás Pressão 100 – 200 kPa 80-125 0 – 1 x 10-4
Pressão 1 Mpa 250-400 0 – 1 x 10-4
Pressão 10 Mpa 500-800 0 – 1 x 10-4
Alocação das correntes de fluido no casco e tubos
Considerar os seguintes aspectos:

 A corrente com maior propensão à incrustação deve ir pelos tubos (mais fácil
a limpeza)
 A corrente de maior pressão estática deve ir pelos tubos (mais fácil a
vedação)
 O fluido mais corrosivo deve ir pelos tubos (se não casco e tubos será
corroídos)
 A corrente de menor vazão deve ir pelo casco (escoamento se torna turbulento
em menores Re no casco)
 O fluido mais viscoso deve ir pelo casco ( escoamento através das chicanas
compensa o efeito da viscosidade com uma maior turbulência)
MÉTODO KERN PARA CÁLCULO DO LADO DO
CASCO

Lbch
Bc 
Lbch
x100
Di

Di
Número Reynolds – Lado Casco
GDh
Recasco 

Fluxo mássico Área de escoamento do fluido do casco
m  Di 
Gcasco  Acasco   C´ Ld
Acasco  P
C´  P  de
Diâmetro hidráulico - Dh
Arranjo quadrado Arranjo triangular

 P 2 3 de 2 
4 
Dh  4
P 2  de 2 / 4   4
Dh  

8 

de de / 2
Correlação para Nu do lado do casco
0 ,14
  
1 / 3
Nu casco  0 ,36 Re 0 ,55
Pr 
 p 
 
Válida para 2000 < Re < 1 x 106

Coeficiente de transferência de calor convectivo fluido-casco

he Dh
Nu casco 
k
Número total de tubos no casco
Exemplo tabela:

Ou de forma aproximada: CTP=0,93 1 passe nos tubos


CTP=0,9 2 passes nos tubos
2
 CTP  Dic CTP=0,85 3 passes nos tubos
N tt  0 ,875 
 CL  ( PR )2 de CL=1 arranjos 90 e 45º
CL=0,87 arranjos 30 e 60º
2
CL  Ae( PR )2 de 
Dic  0 ,637 PR=Pt/de
CTP  L 

fG 2 Nd  1Di
pcasco  0 ,14
  
2 Dh  
 p 
 

O fator de atrito, f, leva em conta as perdas de


f  exp( 0 ,576  0 ,19 ln Re) entrada e saída do casco

Válida para 400 < Re < 1 x 106

Número de defletores

Nd=L/Ld - 1
Trocadores com mais passes no casco

- Trocadores 1:2 são limitados, não permitindo uma efetiva recuperação de calor;

- Quando ocorre interseção de temperatura num trocador 1:2, o F cai agudamente e a


pequena diferença de T na saída do casco abaixo da T de saída do tubo (ts-Ts) elimina a
possibilidade de elevada recuperação de calor, p.e.: quente: Te=93 ºC e Ts=60 ºC frio:
te=27ºC e ts=71ºC
R=0,75 e P=0,67 F1:2=0,68

- Neste casco um trocador 2:4 permite melhorar o F, devido às interseções de temperaturas


permitidas (F=0,94) e, portanto, se recupera mais calor

 Em um mesmo casco somente até 2 passagens no casco (trocador 2:4 – casco tipo F) com
uso de defletor longitudinal
Acasco/2; para ∆p: (Nd + 1) x 2

 Usual usar trocadores 1:2 em série.


A=nº cascos (deLNtt)

∆pcasco: (Nd+1) x nºcascos


∆ptubos: (Npt x nºcascos)
Tml  Tml ,cc F

Fator F

1:2n
2:4n (2 TC 1:2)
Em um processo industrial deve-se resfriar óleo térmico de 120°C a 70 °C
usando uma corrente de água de um rio nas proximidades a temperatura de 18°C.
As vazões mássicas iniciais de óleo e água são 4500 L/min e 2500 L/min,
respectivamente.
São indicados tubos de ¾ in 18 BWG dispostos no casco em arranjo quadrado
(90°) com passo de 1 in. Inicialmente testar um trocador casco e tubos tipo AES,
23:192.
O material dos tubos é cobre.
As perdas de carga admissível no lado do casco é de 0,6 bar e nos tubos 0,5 bar.
Os fatores de incrustação para as correntes devem ser estimados conforme os
fluidos.

Fazer o cálculo térmico, da perda de pressão das correntes e da efetividade do


trocador. A partir destes resultados avaliar se o trocador de calor pode ser
utilizado para este serviço. O tamanho do trocador é adequado ou poderia ser
utilizado um menor?
Projeto térmico e hidráulico de um trocador de calor casco e tubos.

Em um processo industrial deve-se resfriar um produto de 120°C a 80 °C e vazão de 4000


L/min. Como a empresa tem um rio nas proximidades esta água é usada para o resfriamento.
Considere que a água está a uma temperatura de 20ºC e vazão de 2000 L/min.

Inicialmente testar tubos de diâmetro de ¾ in 13 BWG dispostos no casco em arranjo


quadrado (90°) com passo de 1 in. Inicialmente testar um trocador casco e tubos tipo AES,
15:192. O material dos tubos é cobre.
As perdas de carga admissível no lado do casco é de 0,6 bar e nos tubos 0,45 bar.
O fator de incrustação para o produto pode ser considerado de 0,000262 m²K/W e para a
água deve ser pesquisado no banco de dados do EES.

Propriedades do produto:
k=0,138 W/mK, cp=1,622 kJ/kgK, =1044 kg/m³, =0,0027 Ns/m²

Fazer o estudo proposto a seguir através do programa EES.


- Utilizar todos os recursos do software para cálculo de propriedades, uso dos métodos de
cálculo (∆Tml e -NUT), cálculos de coeficientes de transferência de calor e perdas de
pressão.
- Selecionar o fluido que escoará no casco e nos tubos e justificar a escolha.
- Selecionar o número de passes nos tubos
- Selecionar espaçamento entre defletores
1.Fazer o cálculo térmico, da perda de pressão das correntes e da efetividade do trocador.
A partir destes resultados avaliar se o trocador de calor pode ser utilizado para este
serviço. O tamanho do trocador é adequado ou poderia ser utilizado um trocador casco e
tubos menor?
Apresentar coeficiente de limpeza e discutir.

2.Verifique a influência de trocar as correntes de fluido de local de escoamento, ou seja, a


do casco passa a escoar nos tubos e a dos tubos no casco. Onde isto influi? Comente e
justifique os resultados.

3.Qual a influência de aumentar o número de passes nos tubos? E o número de passes no


casco?

4.Como varia a temperatura de saída do produto e a efetividade se a temperatura de


entrada da água varia numa faixa de 18 a 30 ºC, mantendo a temperatura de entrada do
produto e as vazões dos fluidos? Seria possível alcançar a temperatura de saída
especificada do produto. Plotar os resultados em um gráfico e explicar.

5.Como varia a temperatura de saída do produto, da água e a efetividade, se a vazão de


produto varia de 3.500 a 4.500 L/min, mantendo as temperaturas de entrada dos fluidos e
a vazão de água? Plotar os resultados em um gráfico e explicar.

Você também pode gostar