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0B ALTERAÇÃO NAS PÁGINAS 23, 25, 43, 106.

RRB CECG 01/02//12


Nº DESCRIÇÃO PREP. APROV. DATA
REVISÕES

ELABORADO: RRB DATA: 23/01/2012


Gerente do Projeto: Giovani Moser Girardi CREA: 51.736/D
VERIFICADO CECG DATA: 23/01/2012
Resp. Técnico: José Henrique Rodrigues Lopes CREA: 12.545/D
APROVADO: GMG DATA: 23/01/2012

PCH MATA VELHA

PROJETO EXECUTIVO
TÍTULO
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
OBRAS CIVIS

FOLHA DOC. Nº CLIENTE REV.


1.384
01 de 154 R0B
Nº VLB: ES-G10-001 MV-MC-GER-ET-03-001
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
OBRAS CIVIS

ÍNDICE

ET-1. DESVIO E CONTROLE DO RIO ........................................................................................................ 6


ET-1.1. OBJETO ............................................................................................................................... 6
ET-1.2. ESQUEMA DE DESVIO DO RIO ........................................................................................ 7
ET-1.3. CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DAS ENSECADEIRAS ............................................... 7
ET-1.4. RESPONSABILIDADES ...................................................................................................... 9
ET-1.5. ESGOTAMENTO DA ÁGUA NAS ÁREAS DE CONSTRUÇÃO ......................................... 9
ET-1.6. TAMPONAMENTO DAS ADUFAS DE DESVIO ............................................................... 10
ET-1.7. FECHAMENTO DOS TUBOS DE SUCÇÃO ..................................................................... 11
ET-1.8. DISPOSITIVO DE ESCOAMENTO DE VAZÃO SANITÁRIA ............................................ 11
ET-2. DESMATAMENTO, ESCAVAÇÃO E PREPARO DE FUNDAÇÃO .................................................. 12
ET-2.1. OBJETO ............................................................................................................................. 12
ET-2.2. DESMATAMENTO, DESTOCAMENTO E RASPAGEM (NÃO INCLUIDO ÁREA DE
RESERVATÓRIO) ............................................................................................................. 12
ET-2.3. ALINHAMENTOS, DECLIVIDADES E TALUDES ............................................................. 12
ET-2.4. ESCAVAÇÃO SELETIVA, ESTOQUES E BOTA-FORAS ................................................ 13
ET-2.5. ESCAVAÇÃO COMUM ..................................................................................................... 14
ET-2.6. ESCAVAÇÃO EM ROCHA ................................................................................................ 14
ET-2.7. ESCAVAÇÃO EM ROCHA A CÉU ABERTO .................................................................... 16
ET-2.8. LIMPEZA E PREPARO DAS FUNDAÇÕES ..................................................................... 20
ET-2.9. TRATAMENTO E PROTEÇÃO DOS TALUDES DE ESCAVAÇÃO ................................. 23
ET-2.10. JAZIDAS DE SOLO E PEDREIRAS .................................................................................. 23
ET-3. PERFURAÇÕES E INJEÇÕES ........................................................................................................ 25
ET-3.1. OBJETO ............................................................................................................................. 25
ET-3.2. PROGRAMA ...................................................................................................................... 25
ET-3.3. EQUIPAMENTOS .............................................................................................................. 26
ET-3.4. CALDA DE CIMENTO ....................................................................................................... 27
ET-3.5. TUBOS-GUIA..................................................................................................................... 28
ET-3.6. CLASSIFICAÇÃO, DIMENSÕES, PROFUNDIDADES E MÉTODOS EXECUTIVOS
DOS FUROS ...................................................................................................................... 29
ET-3.7. LAVAGEM E ENSAIO DAS PERFURAÇÕES .................................................................. 30
ET-3.8. MÉTODO EXECUTIVO GERAL DAS INJEÇÕES ............................................................ 32

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ET-3.9. INJEÇÕES AO LONGO DA BARRAGEM E VERTEDOURO ........................................... 36
ET-3.10. INJEÇÃO DO TAMPÃO DAS ADUFAS............................................................................. 36
ET-3.11. INJEÇÕES DE CONSOLIDAÇÃO SOB ESTRUTURAS DE CONCRETO ....................... 37
ET-3.12. TRABALHOS DE LIMPEZA ............................................................................................... 37
ET-3.13. CONTROLE E REGISTRO DOS TRABALHOS DE PERFURAÇÃO, ENSAIO E
INJEÇÃO ........................................................................................................................... 37
ET-3.14. DRENAGEM ...................................................................................................................... 38
ET-3.15. LIMPEZA DAS FRENTES DE SERVIÇO .......................................................................... 39
ET-4. BARRAGEM DE ENROCAMENTO E ATERROS DIVERSOS......................................................... 40
ET-4.1. OBJETO ............................................................................................................................. 40
ET-4.2. BARRAGEM DE ENROCAMENTO COM NÚCLEO DE ARGILA E ATERROS
DIVERSOS ........................................................................................................................ 40
ET-4.3. PREPARO DAS FUNDAÇÕES ......................................................................................... 42
ET-4.4. INSTRUMENTAÇÃO PARA A BARRAGEM DE ENROCAMENTO COM NÚCLEO
ARGILOSO ........................................................................................................................ 43
ET-5. CONCRETO CONVENCIONAL ........................................................................................................ 44
ET-5.1. OBJETO ............................................................................................................................. 44
ET-5.2. COMPOSIÇÃO .................................................................................................................. 44
ET-5.3. CIMENTO .......................................................................................................................... 44
ET-5.4. ADITIVOS .......................................................................................................................... 46
ET-5.5. ÁGUA ................................................................................................................................. 47
ET-5.6. AGREGADOS .................................................................................................................... 47
ET-5.7. AGREGADO MIÚDO ......................................................................................................... 49
ET-5.8. AGREGADO GRAÚDO ..................................................................................................... 51
ET-5.9. DOSAGEM DO CONCRETO ............................................................................................ 54
ET-5.10. ENSAIOS DO CONCRETO ............................................................................................... 55
ET-5.11. PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ........................................................................................ 56
ET-5.12. PREPARAÇÃO PARA O LANÇAMENTO ......................................................................... 58
ET-5.13. LANÇAMENTO .................................................................................................................. 59
ET-5.14. TRATAMENTO DAS JUNTAS DE CONSTRUÇÃO .......................................................... 64
ET-5.15. FÔRMAS ............................................................................................................................ 66
ET-5.16. ESCORAMENTO ............................................................................................................... 67
ET-5.17. CURA E PROTEÇÃO ........................................................................................................ 68
ET-5.18. ACABAMENTOS ............................................................................................................... 70
ET-5.19. REPAROS NO CONCRETO ............................................................................................. 73
ET-5.20. ARGAMASSA PARA ENCHIMENTO SECO ..................................................................... 74
ET-5.21. LIXAMENTO E PINTURA DE CONCRETO ...................................................................... 74
ET-5.22. JUNTAS DE EXPANSÃO E CONTRAÇÃO ...................................................................... 75
ET-5.23. PEÇAS EMBUTIDAS E PEÇAS APOIADAS EM CONCRETO ........................................ 77

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ET-5.24. CONCRETO PROJETADO ............................................................................................... 78
ET-5.25. CONCRETO PROTENDIDO ............................................................................................. 81
ET-5.26. CONCRETO PRÉ-MOLDADO .......................................................................................... 84
ET-6. CONCRETO COMPACTADO COM ROLO (CCR) ........................................................................... 86
ET-6.1. OBJETO ............................................................................................................................. 86
ET-6.2. ENSAIOS ........................................................................................................................... 86
ET-6.3. MATERIAIS ........................................................................................................................ 86
ET-6.4. COMPOSIÇÃO DOS CONCRETOS E ARGAMASSA ...................................................... 88
ET-6.5. CENTRAL PARA CCR ...................................................................................................... 89
ET-6.6. ARRANQUE DA FUNDAÇÃO ........................................................................................... 91
ET-6.7. TRANSPORTE .................................................................................................................. 92
ET-6.8. LANÇAMENTO .................................................................................................................. 93
ET-6.9. ESPALHAMENTO DO CCR .............................................................................................. 96
ET-6.10. ADENSAMENTO ............................................................................................................... 97
ET-6.11. CURA ................................................................................................................................. 98
ET-6.12. JUNTAS ............................................................................................................................. 99
ET-6.13. FÔRMAS ............................................................................................................................ 99
ET-6.14. EXECUÇÃO DA JUNÇÃO ENTRE O CCR E OS CONCRETOS CONVENCIONAIS ...... 99
ET-6.15. DRENAGEM E GALERIA ................................................................................................ 100
ET-6.16. ENSAIOS DE CONTROLE .............................................................................................. 100
ET-6.17. PISTA EXPERIMENTAL .................................................................................................. 102
ET-6.18. ALTERNATIVA PARA EXECUÇÃO DO CCR EM CAMADAS RAMPADAS .................. 102
ET-6.19. INSTRUMENTAÇÃO ....................................................................................................... 103
ET-7. ARMADURAS ................................................................................................................................. 104
ET-7.1. OBJETO ........................................................................................................................... 104
ET-7.2. AÇO PARA ARMADURAS E BARRAS DE ANCORAGEM ........................................... 104
ET-7.3. BARRAS DE ANCORAGEM ........................................................................................... 107
ET-7.4. TIRANTES ....................................................................................................................... 109
ET-7.5. TIRANTES PASSANTES ................................................................................................ 110
ET-7.6. TELAS DE AÇO SOLDADAS .......................................................................................... 110
ET-7.7. MATERIAIS DE PROTENSÃO ........................................................................................ 112
ET-8. DRENAGEM, PROTEÇÃO SUPERFICIAL, PAVIMENTAÇÃO E CONSTRUÇÕES
DIVERSAS ...................................................................................................................................... 115
ET-8.1. OBJETO ........................................................................................................................... 115
ET-8.2. TERRAPLENAGEM ......................................................................................................... 115
ET-8.3. PAVIMENTAÇÃO ............................................................................................................ 119
ET-8.4. DRENAGEM E PROTEÇÃO SUPERFICIAL ................................................................... 121
ET-8.5. DISPOSITIVOS MOLDADOS IN LOCO ......................................................................... 122

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ET-8.6. BUEIROS DE GREIDE .................................................................................................... 124
ET-8.7. PLANTIO DE GRAMA ..................................................................................................... 124
ET-8.8. CERCAS E DEFENSAS .................................................................................................. 127
ET-8.9. SINALIZAÇÃO ................................................................................................................. 127
ET-8.10. GABIÕES ......................................................................................................................... 129
ET-8.11. ALVENARIA ..................................................................................................................... 130
ET-8.12. IMPERMEABILIZAÇÃO ................................................................................................... 131
ET-8.13. PISOS .............................................................................................................................. 132
ET-8.14. REVESTIMENTOS .......................................................................................................... 136
ET-8.15. PINTURA ......................................................................................................................... 137
ET-8.16. POLIMENTO E PINTURA DE PISOS ............................................................................. 138
ET-8.17. ESQUADRIAS ................................................................................................................. 139
ET-8.18. VIDROS ........................................................................................................................... 139
ET-8.19. PLACAS DE GRANILITE ................................................................................................. 140
ET-8.20. APARELHOS E ACESSÓRIOS SANITÁRIOS ................................................................ 140
ET-8.21. INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS - ÁGUA .................................................... 141
ET-8.22. INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS - ESGOTO ............................................... 142
ET-8.23. SUPERFÍCIES DE CONCRETO (PAREDES) ................................................................ 142
ET-8.24. PISOS DE CONCRETO .................................................................................................. 142
ET-9. INSTALAÇÃO DE PARTES EMBUTIDAS ...................................................................................... 143
ET-9.1. OBJETO ........................................................................................................................... 143
ET-9.2. QUALIDADE DE EXECUÇÃO ......................................................................................... 143
ET-9.3. SOLDAGEM ELÉTRICA .................................................................................................. 143
ET-9.4. CHAPAS DE SOLDA, ANCORAGENS, ARMAÇÕES E PEÇAS METÁLICAS
DIVERSAS ....................................................................................................................... 144
ET-9.5. TUBULAÇÃO EMBUTIDA ............................................................................................... 145
ET-9.6. ELETRODUTOS E CAIXAS EMBUTIDOS ...................................................................... 148
ET-9.7. ATERRAMENTO ............................................................................................................. 151

MV-MC-GER-ET-03-001 5/154
OBRAS CIVIS
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

ET-1. DESVIO E CONTROLE DO RIO

ET-1.1. OBJETO

Esta Seção trata dos procedimentos gerais que deverão ser obedecidos pela CONTRATADA,
para a execução de serviços e obras necessários ao desvio e controle do rio, durante o período
de construção da PCH Mata Velha.

Esses serviços e obras incluem, porém sem a elas se limitar, as seguintes atividades:

Escavação comum para a construção do canal de desvio e execução da


escavação em rocha a céu aberto prevista para esse canal, executados com a
proteção de septos naturais remanescentes das escavações em rocha ou
ensecadeiras auxiliares;
Construção das ensecadeiras para fechamento do rio Preto e respectivo desvio
através do canal de desvio;
Manutenção e remoção de ensecadeiras auxiliares e septos do canal de desvio;
Esgotamento inicial e controle da água existente na área entre as ensecadeiras
e nas demais áreas de construção, qualquer que seja a sua origem;
Escavação comum para a construção dos canais de entrada e saída das adufas
de desvio no vertedouro e execução da escavação em rocha a céu aberto
prevista para esses canais, executados com a proteção de septos naturais
remanescentes das escavações em rocha ou ensecadeiras auxiliares nos canais
de entrada e saída;
Execução da estrutura em concreto das adufas de desvio englobando, também o
fornecimento e a instalação das peças fixas embutidas no concreto de primeiro
estágio;
Construção das ensecadeiras para fechamento do canal e respectivo desvio
através das adufas;
Manutenção e remoção de ensecadeiras auxiliares e septos dos canais de
entrada e saída das adufas de desvio;
Esgotamento inicial e controle da água existente na área entre as ensecadeiras
e nas demais áreas de construção, qualquer que seja a sua origem;
Fechamento das adufas de desvio, incluindo o fornecimento, a montagem e a
operação das comportas das estruturas de emboque, para permitir o início do
enchimento do reservatório;
Tamponamento em concreto das adufas de desvio.
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A execução dos mencionados serviços e obras deverá obedecer, também, aos demais
requisitos das presentes Especificações.

ET-1.2. ESQUEMA DE DESVIO DO RIO

O esquema de desvio do rio encontra-se apresentados nos Desenhos de Projeto.

ET-1.3. CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DAS ENSECADEIRAS

ET-1.3.1Generalidades

Entendem-se como ensecadeiras os aterros, provisórios ou definitivos, necessários à execução


a seco das escavações e à construção da barragem e, demais estruturas e que tenham por
finalidade a contenção de águas de qualquer origem.

Todas as ensecadeiras deverão ser executadas de acordo com o estabelecido nos Desenhos
de Projeto sendo o lançamento das mesmas efetuada de acordo com a presente especificação
e segundo a melhor prática de construção de obras dessa natureza.

As ensecadeiras deverão permitir o ensecamento total das fundações das diversas estruturas
componentes do aproveitamento.

Basicamente, estas Especificações abrangem as seguintes ensecadeiras:

Ensecadeiras principais, no leito do rio, contra enchentes de acordo com o


projeto, necessárias à execução de parte do barramento e casa de força;
Ensecadeiras no canal de desvio, contra enchentes de acordo com o projeto,
necessárias para o fechamento do canal e execução da barragem de terra.

Ao término da obra da barragem a ensecadeira de jusante no leito do rio deverá ser totalmente
removida.

A CONTRATADA deverá estar alerta para o caráter extremamente variável do regime do rio
Preto e para o fato de que variações de níveis de água, da ordem de vários metros, poderem
ocorrer em períodos inferiores a 24 horas.

Além das ensecadeiras acima mencionadas, outras, que eventualmente se fizerem


necessárias, serão, também, construídas obedecendo às presentes Especificações.

ET-1.3.2Materiais de Construção das Ensecadeiras

a) Enrocamentos

Todos os tipos de enrocamento serão aplicados de acordo com as indicações dos Desenhos
de Projeto.

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Os materiais rochosos a serem utilizados na construção das ensecadeiras deverão ser
prioritariamente obtidos das escavações requeridas na construção das estruturas e, quando
necessário, a partir da abertura de pedreiras.
Não será permitida a utilização de rochas contaminadas com materiais impróprios ou que
tenham características não satisfatórias.

A granulometria dos enrocamentos, lançados diretamente no rio, deverá ser adequada, a fim
de evitar erosão excessiva devido à ação do fluxo de água.

A CONTRATADA deverá constituir um estoque suficiente de materiais com diâmetros


maiores, de modo a garantir a operação de fechamento das pré-ensecadeiras.
Os materiais lançados acima do nível de água deverão ser espalhados em camadas com
espessura definidas nos Desenhos de Projeto, prevendo-se que a compactação seja
efetuada apenas pelo tráfego dos equipamentos de construção.

b) Transição

Na interface entre o material terroso e os enrocamentos, nas linhas apresentadas nos


Desenhos de Projeto, está prevista a colocação de transição, constituída por material
proveniente da escavação de rocha alterada.
Acima do nível de água, o material de transição deverá ser espalhado em camadas de, no
máximo, 40 cm de espessura, compactadas através do tráfego dos equipamentos de
construção.

c) Materiais de Vedação e Alteamento

A vedação das ensecadeiras será realizada por meio de solos superficiais isentos de
matéria orgânica ou saprolíticos, lançados até o nível de água observado por ocasião de sua
execução.
Acima do nível de água, os materiais de vedação serão espalhados em camadas com
espessura de 30 cm ou 40 cm (solo ou saprólito, respectivamente), sendo a compactação
efetuada através do tráfego dos equipamentos de construção.

ET-1.3.3Ensecadeiras

As ensecadeiras de montante serão constituídas de enrocamento com vedação em solo a


montante. A jusante do sítio do empreendimento, as ensecadeiras serão constituídas de
enrocamento com vedação em solo a jusante.

O fechamento do rio e o seu conseqüente desvio através do canal será realizado através de
cordões de enrocamento pelo processo de lançamento em ponta-de-aterro. Tais cordões serão
incorporados às ensecadeiras. Da mesma maneira, para a passagem de água pelas adufas de
desvio, o fechamento do canal será feito através de cordões de enrocamento.

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As seções, elevações das cristas e locação das ensecadeiras para construção da barragem,
bem como, para os demais ensecadeiras estão indicadas nos Desenhos de Projeto.

ET-1.3.4Manutenção das Ensecadeiras

A manutenção das ensecadeiras deverá ser executada pela CONTRATADA, no sentido de


mantê-las nas mesmas condições em que foram construídas, durante o prazo necessário,
conforme especificado nesta Seção e de modo a garantir suas funções de estanqueidade e
estabilidade.

Serão considerados como serviços de manutenção: a prevenção de infiltrações através das


ensecadeiras ou de seu contato com a fundação, o reparo de qualquer dano ocorrido, a
recomposição de taludes etc, devido à erosão superficial, desgaste ou qualquer outra razão.
Entende-se, também, que a manutenção das ensecadeiras compreenderá a execução de
aterros na crista das mesmas, quando necessário, para satisfazer as suas condições de
segurança e trafegabilidade, quando for o caso, de acordo com o estabelecido nos Desenhos
de Projeto.

ET-1.3.5Remoção das Ensecadeiras

As ensecadeiras dos canais das adufas de desvio e o septo do canal de fuga da casa de força
deverão ser removidos, através de procedimentos executivos que impeçam a entrada de
fragmentos de rocha respectivamente nas adufas de desvio e no canal de fuga da casa de
força.

A ensecadeira de jusante no leito do rio deverá ser totalmente removida e a ensecadeira de


montante deve ser removida até uma cota que não cause redução da capacidade de vazão do
vertedouro.

ET-1.4. RESPONSABILIDADES

ET-1.4.1Cotas de controle durante a construção

A CONTRATADA fará a construção e manutenção das ensecadeiras até as cotas


estabelecidas nos Desenhos de Projeto, respeitando os prazos apresentados no cronograma.

ET-1.5. ESGOTAMENTO DA ÁGUA NAS ÁREAS DE CONSTRUÇÃO

ET-1.5.1Generalidades

Os serviços abrangidos por este item referem-se a todo o fornecimento, operação e


manutenção do sistema de bombeamento e de outros dispositivos necessários para realizar o
esgotamento adequado e manter secas as diversas áreas de construção do Aproveitamento,
podendo incluir: ensecadeiras adicionais, calhas, canais, valetas, condutos e tubos de
drenagem, poços e outros.

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ET-1.5.2Áreas Ensecadas

A CONTRATADA executará o esgotamento adequado das áreas das obras, durante a


execução dos serviços, incluindo, mas não se limitando, a:

Área de implantação da barragem, tomada de água e vertedouro;


Canais de entrada e saída das adufas de desvio;
Fundação da casa de força e canal de fuga;
Canal de desvio;
Adufas de desvio, durante a construção dos tampões;
Todas as áreas que necessitarem de esgotamento para a execução adequada
dos serviços, ou como indicado nos Desenhos de Projeto.

Serão de responsabilidade da CONTRATADA a construção, manutenção e posterior remoção


de outras obras auxiliares, tais como: canais, valetas, drenos, condutos, corta-rios etc,
necessárias para interceptar e desviar as águas superficiais das áreas de escavação, de modo
a evitar erosões e conseqüentes paralisações dos trabalhos.

ET-1.5.3Métodos Adotados

O rebaixamento do nível de água deverá ser realizado de forma a manter as fundações


suficientemente secas para possibilitar a execução dos trabalhos.

A água esgotada deverá ser descarregada fora dos limites das ensecadeiras ou das
escavações, de modo a não provocar refluxo ou erosão nas diversas frentes de trabalho.

As canaletas, valas e poços, construídos dentro da área das fundações de estruturas


permanentes em concreto, deverão ser preenchidos com concreto da mesma qualidade que
aquele utilizado nas obras permanentes e suas superfícies serão tratadas da mesma forma que
as fundações.

ET-1.6. TAMPONAMENTO DAS ADUFAS DE DESVIO

O fechamento das adufas estará condicionado à conclusão de todas estruturas do barramento


e casa de força.

Concluídos os serviços de fechamento das adufas de desvio, a CONTRATADA deverá


construir comportas do tipo stop-log à jusante da mesma para possibilitar seu ensecamento e,
em seguida, lançar o concreto do tamponamento definitivo, conforme indicado nos Desenhos
de Projeto.

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ET-1.7. FECHAMENTO DOS TUBOS DE SUCÇÃO

Anteriormente à remoção da ensecadeira principal a jusante, a CONTRATADA deverá ter


concluído o fechamento dos tubos de sucção das unidades geradoras, com conjunto de
comportas ensecadeiras metálicas.

ET-1.8. DISPOSITIVO DE ESCOAMENTO DE VAZÃO SANITÁRIA

Visando a manutenção de vazão sanitária mínima a ser escoada para jusante durante o
enchimento do reservatório e operação da PCH Mata Velha, está previsto a execução de um
dispositivo de descarga de água.

O sistema de descarga sanitária consistirá de uma tubulação que liberará para jusante a vazão
sanitária, durante o enchimento do reservatório e deverá ser executado conforme os Desenhos
de Projeto.

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ET-2. DESMATAMENTO, ESCAVAÇÃO E PREPARO DE FUNDAÇÃO

ET-2.1. OBJETO

Esta Seção trata dos procedimentos e diretrizes que deverão ser tomados para a execução do
desmatamento, escavações e preparo das fundações, relativos às obras de desvio do rio,
construção da barragem, vertedouro, estruturas de geração, subestação, valas, estoques, bota-
foras e áreas de empréstimo.

ET-2.2. DESMATAMENTO, DESTOCAMENTO E RASPAGEM (NÃO INCLUIDO ÁREA DE


RESERVATÓRIO)

O desmatamento consistirá na limpeza de toda a vegetação da área onde serão executadas as


construções e incluirá o corte e remoção da vegetação, de forma que a superfície resultante se
apresente livre de detritos. O destocamento contempla a remoção e transporte dos tocos e
raízes existentes na área desmatada.

Todo o material removido deverá ser transportado para locais previamente programados, onde
deverá ser enterrado.

Por razões ambientais, não deverão ser queimados ou lançados galhos, troncos, raízes ou
detritos, provenientes de operações de desmatamento e destocamento, em rios ou riachos
localizados dentro ou fora do canteiro de obra.

As áreas a serem desmatadas serão unicamente aquelas em que se realizarão as escavações


programadas ou as que serão utilizadas como estoque ou bota-fora. Além disso, será
desmatada a região do canteiro de obras e as estradas de serviço.

Todas as áreas utilizadas pelo CONSTRUTOR, em que se necessite desmatamento fora do


canteiro de obra, deverão ser recuperadas com hidrossemeadura ou semeadura manual.

ET-2.3. ALINHAMENTOS, DECLIVIDADES E TALUDES

Todas as escavações deverão ser realizadas até os alinhamentos, declividades e taludes


mostrados nos Desenhos de Projeto.

A CONTRATADA tomará todas as precauções indispensáveis, a fim de não danificar quaisquer


materiais além do alinhamento da escavação.

No contorno das escavações, a CONTRATADA deverá executar, quando necessário, valas,


drenos ou muretas de captação de águas superficiais, a fim de desviá-las para fora da área a
ser escavada, mantendo-as dessa forma, protegidas das ações intempéricas e erosivas.

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Todas as superfícies escavadas, que ficarem permanentemente expostas, deverão apresentar
taludes estáveis e acabamento final uniforme, adequadamente protegidas por sistemas de
drenagens superficiais, conforme estabelecido nos Desenhos de Projeto.

ET-2.4. ESCAVAÇÃO SELETIVA, ESTOQUES E BOTA-FORAS

ET-2.4.1Generalidades

Durante a execução dos serviços de escavação, a CONTRATADA deverá procurar aplicar


métodos que possibilitem a escavação seletiva de materiais, de modo a separá-los, de acordo
com as necessidades de utilização, diretamente ou com eventual estocagem e posterior
recarga.

Nas escavações em solo, para aplicação nas vedações de ensecadeiras está prevista a
separação dos materiais de graduação grossa, dos solos silto-argilosos e de outros materiais.

A fim de selecionar os melhores tipos de rocha para a futura utilização como agregados para o
concreto, aterros e proteções rochosas a CONTRATADA executará a escavação seletiva, onde
necessário e ensaios de laboratório específicos para atestar sua aplicabilidade como
agregados.

A escavação seletiva deverá ser executada mediante a elaboração de planos de desmonte,


que visem a adequada seleção de materiais entre as diversas litologias, de acordo com o
tamanho dos blocos e o uso previsto para o material.

Todo o material aproveitável, retirado das escavações programadas, deverá ser separado por
cargas no equipamento de transporte, durante as operações de escavação.

ET-2.4.2Pilhas de Estoque

As cargas de material selecionado resultante das escavações serão britadas e/ou depositadas
em pilhas de estoque, de maneira separada, conforme o fim a que se destinam.

A camada orgânica existente nos níveis mais superficiais do solo deverá ser adequadamente
estocada para posterior utilização na recomposição paisagística dos locais afetados pelas
obras.

A CONTRATADA deverá tomar o maior cuidado a fim de evitar a contaminação das pilhas de
estoque por materiais indesejáveis. Caso seja constatada essa hipótese, será de
responsabilidade da CONTRATADA a substituição do material contaminado.

ET-2.4.3Bota-Foras

O material não aproveitável deverá ser depositado em bota-foras que serão formados nas
áreas previstas nos Desenhos de Projeto ou em locais propostos pela CONTRATADA e em

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conformidade com as diretrizes ambientais. Esses bota-foras deverão ser estáveis e apresentar
taludes uniformes e regulares.

As áreas de bota-fora deverão ser construídas pela CONTRATADA, obedecendo aos critérios
de preparação do local e drenagem.

O material do bota-fora deverá ser lançado em camadas contínuas com, no máximo, 1,0 m de
espessura, de maneira que a sua compactação seja obtida pelo tráfego dos equipamentos de
transporte e espalhamento. Para propiciar uma drenagem adequada, as superfícies das áreas
de bota-foras deverão apresentar uma declividade mínima de 2%.

ET-2.5. ESCAVAÇÃO COMUM

ET-2.5.1Escavação Comum Acima do Nível de Água

Essa atividade prevê a remoção de solos coluviais, residuais e saprolíticos, saprólitos, turfa,
aluviões e matacões com volume menor que 1,0 m³ ou placas soltas de rocha, bem como
qualquer material que possa ser removido com o emprego de lâmina de trator tipo CAT D-8 ou
equivalente.

ET-2.5.2Escavação Comum Abaixo do Nível de Água

Essa atividade inclui todo o material comum (solos diversos, depósitos coluviais e aluvionares),
localizado nas margens ou no leito do rio, abaixo do nível de água, que será removido por
métodos e equipamentos apropriados, tais como: dragas de sucção, "drag-lines", clam-shell,
retro-escavadeiras, etc.

ET-2.6. ESCAVAÇÃO EM ROCHA

ET-2.6.1Generalidades

Terminada a escavação comum, a CONTRATADA deverá executar a limpeza grossa da


superfície remanescente, antes de iniciar a escavação em rocha. Essa limpeza será executada
mediante a utilização de equipamentos mecânicos leves.

ET-2.6.2Definição

Esse tipo de escavação inclui todo o material que não possa ser removido por lâmina de trator
tipo CAT D-8 ou equivalente, como também todos os blocos isolados e matacões cujo volume
seja superior a 1,0 m³. Abrange, ainda, toda a escavação em rocha a frio, executada por meio
de marteletes, rompedores, martelos hidráulicos acoplados à retro-escavadeiras, cunhas e
outros dispositivos, eventualmente necessários para a escavação de locais especiais na
fundação das estruturas.

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ET-2.6.3Carga e Distância

A escavação com utilização de explosivos será executada somente até as profundidades e em


quantidades e extensões que não possam comprometer a estabilidade ou provocar danos à
rocha remanescente, estruturas de concreto, edificações etc.
Serão empregados os critérios para "carga máxima x distância segura" Eletrobrás conforme
quadro abaixo:

LOCAL TEMPO DE CURA DO VELOCIDADE MÁXIMA DE


CONCRETO - t(horas ou dias) PARTÍCULA - Vp(cm/s)
Rocha remanescente dos - 20
canais
Rocha remanescente dos - 10
túneis
Concreto t < 24 horas 5
t 24 horas 15
Cortinas de injeção t < 7 dias 7
t 7 dias 10

Recomendação:
Na falta de equipamento de monitoramento adequado ou de critérios especificamente definidos no local
por meio de ensaios, deverão ser obedecidos os seguintes critérios:
1/2
D 22,5 x Q
U.S. Bureau of Mines, sendo:
D = distância de segurança (m) para prevenir danos às estruturas;
Q = carga máxima de explosivo por tempo de espera (retardo) (kg).

ET-2.6.4Planos de Fogo

Quando solicitada, a CONTRATADA deverá disponibilizar para a CONTRATANTE os planos


de fogo das escavações a serem executadas que deverão conter, entre outros, as informações
sobre os seguintes elementos: inclinação, altura, diâmetro do furo, comprimento, subfuração,
afastamento, espaçamento, tampão, carga de fundo (razão linear de carregamento,
comprimento e diâmetro de cada furo, densidade do explosivo), carga de coluna (razão linear,
comprimento, peso), carga total, perfuração específica e razão de carga.

A CONTRATADA deverá emitir uma "Programação Diária de Fogo", a ser encaminhada para
conhecimento dos serviços relacionados com o desmonte. Essa programação deverá conter,
basicamente, para cada fogo, a data de detonação, local e hora.

A CONTRATADA deverá, por razões de segurança, encaminhar os documentos a todos os


setores da obra envolvidos.

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ET-2.6.5Instruções Adicionais

Após a conclusão das escavações, as superfícies finais deverão ser repassadas com remoção
da massa rochosa ainda presa às paredes escavadas “saneamento do maciço rochoso ou
bate-choco”, instalação de drenos, barras de ancoragem, tirantes, telas metálicas e aplicação
de concreto projetado onde necessário, para garantir sua estabilidade. Estes tratamentos serão
definidos no campo por profissionais habilitados, a partir de mapeamentos geológico-
geotécnicos do maciço com auxílio de critérios para classificação de maciços rochosos a céu-
aberto como subterrâneos, conforme previsto nos itens 7.4 e 8.6 destas especificações.

ET-2.6.6Tolerâncias

As escavações deverão ser executadas dentro das linhas de projeto indicadas nos Desenhos
de Projeto. Não serão admitidas subescavações ("under-break"), ao longo das superfícies de
contorno das estruturas em concreto e canal de desvio e canal de fuga.

ET-2.7. ESCAVAÇÃO EM ROCHA A CÉU ABERTO

ET-2.7.1Generalidades

As escavações em rocha a céu aberto, conforme quadro a seguir, em função da localização da


região escavada, em relação às superfícies finais de projeto, serão divididas em dois tipos:

Desmonte do miolo;
Desmonte das faixas finais.

TÉCNICA DE POSIÇÃO DA REGIÃO ESCAVADA CARACTERÍSTICAS


DESMONTE
Desmonte do Miolo Maciço rochoso, situado a mais de O desmonte deverá atender aos
10,0 m dos limites das escavações critérios de velocidade de partícula
(ver nota) admissível, bem como aos requisitos
para a obtenção dos materiais
pétreos necessários
Desmonte das
Faixas Finais
Fogos de contorno Todos os taludes verticais/inclinados Pré-fissuramento ou pós-
das estruturas em concreto fissuramento
Alguns taludes verticais/inclinados Perfuração em linha
dos canais Fogo cuidadoso
Fogos controlados Bancada final de fundação das Altura da bancada reduzida; malha e
escavações para as estruturas de razão de carga, controladas
concreto
Taludes verticais/inclinados dos Malha, diâmetro dos furos e razão de
canais, onde não estiver previsto fogo carga controlados
de acabamento

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Nota: essa distância poderá ser eventualmente reduzida em função dos resultados das medições de
freqüência das ondas sísmicas geradas e das velocidades das partículas obtidas a partir de medições
em campo.

Considera-se como miolo a parte central da seção de escavação, afastada de até 10,0 m das
superfícies finais indicadas nos Desenhos de Projeto.

As faixas finais de escavação serão constituídas pelo trecho do maciço rochoso situado entre o
fogo de miolo e as superfícies limites de projeto e terão como objetivo a obtenção de
superfícies, mais intactas e regulares, através de fogos controlados e fogos de contorno, pela
redução dos impactos provocados pelo desmonte de miolo sobre as superfícies limites de
escavação.

A espessura lateral da faixa final será igual ou superior a 4,0 m e inferior a 10,0 m.

A camada final horizontal das escavações deverá ser detonada e removida em operação
separada, obedecendo aos requisitos especiais que visem preservar o maciço rochoso.

As camadas finais verticais ou sub-verticais, onde não estiver prevista a execução de fogos de
acabamento, poderão ser detonadas e removidas conjuntamente com o desmonte do miolo.

ET-2.7.2Desmonte de Miolo
São fogos relativamente afastados dos contornos e fundações, onde os desmontes têm maior
liberdade, de modo a atender os volumes e produções necessárias. Considera-se como miolo
a parte central da seção de escavação, afastada pelo menos 4,0 m das superfícies finais
indicadas nos Desenhos de Projeto. A critério da CONTRATADA poderão ser levadas em
conta as exigências granulométricas requeridas para os materiais de construção a serem
utilizados em aterros rochosos ou para a britagem dependendo da qualidade do material
escavado.

Esses desmontes terão características limitadas em função da proteção necessária às


estruturas existentes, às estruturas em concretagem, às escavações adjacentes e também à
necessidade de produção de blocos de rocha com dimensões específicas. Para tanto, os
desmontes em referência deverão ser executados visando à proteção dessas estruturas, em
função das velocidades de partícula e freqüência permitidas, conforme o sub-item 6.3 desta
especificação.

ET-2.7.3Desmonte de Faixas Finais


As faixas finais de escavação serão constituídas pelo trecho do maciço rochoso situado entre o
fogo de miolo e as superfícies limites de projeto e terão como objetivo a obtenção de
superfícies mais intactas e regulares, através de fogos controlados e fogos de contorno, pela
redução dos impactos provocados pelo desmonte de miolo sobre as superfícies limites de
escavação.

As faixas verticais ou sub-verticais, adjacentes ao contorno das escavações, deverão ter os


esquemas de fogo cuidadosamente planejados e implantados, de forma a se obter superfícies
mais regulares e intactas possíveis.
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A espessura lateral da faixa final será igual ou superior a 4,0 m e inferior a 10,0 m.

A camada final horizontal das escavações deverá ser detonada e removida em operação
separada, obedecendo aos requisitos especiais que visem preservar o maciço rochoso
remanescente.

As camadas finais verticais ou sub-verticais, onde não estiver prevista a execução de fogos de
acabamento, poderão ser detonadas e removidas conjuntamente com o desmonte do miolo.

O desmonte das faixas finais será dividido em fogos controlados e fogos de contorno, conforme
exposto a seguir:

Fogos Controlados:

São fogos de desmonte programados de modo a proteger a rocha remanescente além dos
limites da escavação, tanto em fundações de estruturas de concreto como em taludes finais de
escavação. Têm como objetivo preservar a superfície final e reduzir as sobrescavações na
bancada final da fundação de estruturas de concreto.

Estão previstos fogos controlados na escavação da última bancada acima da superfície de


fundação, assim como nas superfícies que deverão receber concreto e em outros locais
específicos.

Para a execução desse tipo de escavação deverão ser tomadas medidas preventivas como
eventuais reduções de altura de bancadas, de razão de carga, da condição geológica-
geotécnica apresentada pelo maciço e outras julgadas necessárias.

Deverão, ainda, ser obedecidos os seguintes critérios:

A altura deve ser limitada, não podendo exceder a 10 m em taludes rochosos;


O diâmetro dos furos deve ser limitado a, no máximo, 76 mm;
A carga máxima por espera deve estar de acordo com os critérios apresentados no
subitem 6.3 desta especificação;
O explosivo deve ser de baixa velocidade de detonação;
A furação deve ser inclinada 1H:3V ou 1H:2V; e
A subfuração deve ser limitada ou reduzida até o ponto em que não produza efeitos
de subescavação.

Na escavação dos 10 metros adjacentes a linhas de contorno, o diâmetro dos furos deve ser
limitado a, no máximo, 76 mm, e o afastamento, espaçamento e razões de carga dos furos
gradativamente diminuídos a partir dos furos adjacentes de miolo, procurando manter as
malhas pouco alongadas e as cargas por espera suficientemente baixas para evitar danos aos
taludes finais.

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Fogos de Contorno:

Os taludes finais verticais ou inclinados das escavações serão obtidos por meio de fogos de
contorno (fogos esculturais), adotando técnicas de prefissuração, posfissuração, perfuração em
linha ou fogo cuidadoso.

As diretrizes descritas a seguir visam alcançar uma adequada superfície de acabamento dos
taludes, tendo por base resultados obtidos em operação de escavação em obras similares.

As técnicas de fogo de contorno deverão seguir os seguintes critérios:

Prefissuração

Na prefissuração, a detonação dos furos de contorno é efetuada antes da escavação da faixa


adjacente de fogo controlado. Os furos de contorno deverão ter um diâmetro de, no máximo, 76
mm e serão localizados ao longo dos taludes finais, de acordo com o estabelecido no projeto.
Desvios na marcação topográfica dos furos e na perfuração em relação ao plano teórico de
corte deverão ser evitados para reduzir sobrescavações ou subescavações.

O espaçamento entre os furos, de centro a centro, não deverá exceder a 60 cm,


excepcionalmente chegando até 90 cm, em função das características da rocha e dos
resultados obtidos nos testes.

A carga máxima por tempo de espera não deverá ultrapassar 0,35 kgf por metro quadrado de
superfície a prefissurar, adaptada às condições locais. Os explosivos a utilizar deverão ser de
baixa velocidade de detonação, com força máxima de 60%.

No caso de linhas de prefissuração extensas, poderá ser necessária a instalação de retardos


de cordel, ligados de forma segura, e eventualmente a utilização de dois retardos em paralelo,
para diminuição da carga detonada simultaneamente.

A detonação de linhas de prefissuração deverá ser efetuada antes que os desmontes dos
fogos de miolo atinjam os 10 m adjacentes da superfície final de rocha.

Para desmontes esculturais, como método alternativo, poderá ser utilizada a técnica da
utilização de cordel detonante de alta gramatura tipo NP-60, NP-40 ou similar, visando
minimizar os efeitos da quebra mecânica excessiva sobre o maciço rochoso remanescente.

Posfissuração

Como alternativa à prefissuração poderá ser empregado o processo de fogo de contorno por
posfissuração. Para este método são válidas todas as especificações da prefissuração, com a
diferença de que a detonação será efetuada imediatamente após a última espera do fogo de
desmonte adjacente. No início dos trabalhos de escavação deverão ser testados cortes
efetuados tanto por prefissuração como por posfissuração, de modo a definir qual o método
que melhor se adapta aos maciços rochosos locais, em termos de qualidade dos taludes finais.

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Perfuração em Linha

O processo de “perfuração em linha” é um caso particular de fogo de contorno por


prefissuração, executado com furos espaçados no máximo 0,30 m entre centros, sendo um
carregado e outro não. Poderá vir a ser aplicado onde as condições da rocha sejam muito
desfavoráveis e acabamentos adequados só possam ser obtidos por este processo.

Fogo Cuidadoso

O processo denominado “fogo cuidadoso” corresponde a um caso particular de fogo de


contorno por posfissuração, executado com espaçamentos entre furos de até 1,2 m e cuidados
proporcionalmente diminuídos na região de fogo controlado.

O fogo cuidadoso poderá ser empregado em taludes definitivos, fora das áreas de construção
de estruturas de concreto, que ficarem abaixo dos níveis mínimos de flutuação do reservatório.

ET-2.7.4Tratamentos dos maciços rochosos a Céu-Aberto


Os tratamentos a serem implantados nos taludes escavados deverão obedecer aos Desenhos
de Projeto, assim como serem adaptados às reais condições de campo após avaliação
geológica-geotécnica. A princípio, os critérios para mapeamento geomecânico,
dimensionamento dos tratamentos e classificação dos maciços rochosos, deverão obedecer ao
sistema RMR (“Rock Mass Rating”) descritos por Bieniawski, Z.T.1989.

ET-2.8. LIMPEZA E PREPARO DAS FUNDAÇÕES

ET-2.8.1Generalidades

Toda a superfície final de fundação deverá ser protegida contra danos provocados por erosão e
intemperismo ou decorrentes do tráfego de equipamentos, até que os materiais previstos nos
Desenhos de Projeto (solos, transições, enrocamentos ou concreto) sejam lançados.

Surgências de água deverão ser drenadas para fora da área de trabalho, através de valetas,
drenos especiais ou poços. Quando necessário, os drenos e poços com brita, após sua
utilização, serão injetados por meio de argamassa de cimento e areia.

Taludes negativos ou muito íngremes, que não permitam a colocação de transições,


enrocamentos ou aterros, deverão ser regularizados, conforme indicado nos Desenhos de
Projeto.

ET-2.8.2Fundações das Ensecadeiras

A área de fundação, acima do nível normal do rio, deverá ser escavada de modo a remover os
solos, pedras soltas e parte da rocha decomposta que possa afetar a vedação ou o suporte
adequado para as ensecadeiras, conforme indicado nos Desenhos de Projeto. A escavação
deverá ser executada de maneira a não contaminar o leito do rio.

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A limpeza final da fundação consistirá na remoção de todo material coesivo ou não, de baixo
suporte, eventualmente existente, utilizando métodos propostos pela CONTRATADA.

ET-2.8.3Fundação das Estruturas de Concreto

As escavações deverão atender aos alinhamentos, declividades e dimensões indicadas nos


Desenhos de Projeto.

Estas estruturas deverão ter suas fundações localizadas em rocha sã a praticamente sã.
Prevê-se que isto ocorrerá naturalmente nas estruturas escavadas na rocha, tal como no
vertedouro e na casa de força. Já a fundação da barragem de CCR e enrocamento com núcleo
de argiloso, será localizada no topo da rocha sã, e conseqüentemente, vai requerer trabalhos
de escavação e preparo cuidadoso.

Após a escavação, a área de fundação dessas estruturas deverá ser limpa, com a remoção
total de blocos e rocha solta ou de zonas de rocha alterada. Neste último caso, a remoção da
rocha alterada deverá expor a rocha sã ou, no caso de zonas estreitas de rocha decomposta,
ser levada até uma profundidade de pelo menos duas vezes a sua largura.

A fundação deverá ficar situada em rocha sã, limpa e sem pontos altos e saliências ou baixos e
reentrâncias que dificultem a concretagem, sobre uma superfície cuja geometria será definida
para cada bloco individual de concreto. Escavação cuidadosa poderá ser requerida para
afeiçoar esta superfície, eliminar ou reduzir a altura de saliências, ou para remover lajes de
rocha sobrejacentes a zonas decompostas. Após a escavação deverá ser executado pela
CONTRATADA, levantamento topográfico para análise por parte da PROJETISTA, da
conformação final da geometria da fundação. As superfícies finais deverão sofrer limpeza fina
por meio de jatos de ar e água e preparadas de forma a proporcionar uma aderência perfeita
entre a rocha e o concreto.

Surgências de água deverão ser controladas, conforme descrito a seguir.

Antes de liberadas para concretagem, as superfícies,tanto basais, como laterais deverão ser
mapeadas quanto às suas características geológicas e geotécnicas, escala de 1:100.

ET-2.8.4Fundação da Barragem de Enrocamento com Núcleo de Argila

As escavações deverão atender aos alinhamentos, taludes e dimensões indicados nos


Desenhos de Projeto.

As escavações deverão ser efetuadas de modo a remover todo o material inadequado para as
fundações, tais como blocos e fragmentos de rocha solta, raízes, bolsões de matéria orgânica
ou solo mole, etc.

A cobertura de solo e rocha alterada deverá ser removida até o topo da rocha dura, injetável,
tratada como descrito abaixo e impermeabilizada por meio de injeções de calda de cimento.

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Os tratamentos superficiais, nestas áreas, constarão do seguinte:

Remoção da cobertura de solo e rocha decomposta, assim como de blocos de


rocha soltos, por meio de retro-escavadeiras, rompedores, trabalho manual e
limpeza fina;
A superfície deverá ser lavada com jatos de água sob pressão e ar comprimido;
Ao longo de zonas em que a alteração da rocha se mostre mais profunda, os
materiais alterados deverão ser removidos até atingir a rocha adequada ou até uma
profundidade igual a duas vezes a largura da zona em questão;
Deverá ser efetuado o mapeamento topográfico e geológico-geotécnico da área,
com identificação de feições como fraturas abertas ou alteradas, surgências de
água e outros aspectos que possam merecer atenção especial nos tratamentos
subseqüentes. Os mapeamentos deverão ser encaminhados para conhecimento da
CONTRATANTE;
A superfície final deverá ser a mais regular possível, de modo a evitar trabalhos de
compactação manual, evitando-se reentrâncias, saliências ou degraus com alturas
maiores do que 1,0 m;
As depressões e trechos de rocha mais fraturada ou alterada devem ser cobertos
por concreto dental de 12 MPa de resistência;
Antes da aplicação do concreto dental, fraturas mais abertas e zonas alteradas
deverão ser tratadas com argamassa e calda grossa de cimento (slush grout);
Eventuais surgências de água na superfície da fundação deverão ser tratadas antes
do lançamento do concreto dental e das primeiras camadas de rocha. As águas
deverão ser conduzidas através de drenos de brita protegidos por argamassa,
concentrando as infiltrações em pontos localizados, onde deverão ser instalados
nos drenos tubos para respiro e injeção. Os pontos localizados de concentração
deverão ser mantidos acessíveis para o bombeamento durante o alheamento do
aterro através da colocação de tubos de concreto apoiados verticalmente sobre a
fundação. Após o aterro ter atingido elevação suficiente para equilibrar a carga
hidráulica das surgências, os drenos de brita deverão ser injetados com calda de
cimento, através dos tubos de respiro e injeção e os tubos de concreto preenchidos
com concreto.

ET-2.8.5Aterros Diversos

Nas operações para o preparo de fundações constará, além do desmatamento, destocamento


e raspagem, a remoção de materiais moles e saturados e o escalonamento do terreno nos
locais onde a declividade natural for superior a 1V:5H.

A superfície final de fundação deverá ser protegida contra danos provocados por erosão e
intemperismo, ou decorrentes do tráfego de equipamentos, até que os materiais previstos
sejam lançados.

Surgências de água deverão ser drenadas, por meio de tapetes drenantes de areia e drenos de
brita.

ET-2.8.6Drenos Horizontais Profundos


Os drenos horizontais profundos - DHP’s deverão ser perfurados com inclinação de 5º com a
horizontal.
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No interior do furos deverão ser instalados tubos de PVC rígido perfurados com diâmetro
conforme requerido em projeto. Nos últimos 10 cm os tubos deverão ser ranhurados e nos
primeiros dois metros cegos ou sem furos. O tubo todo deverá ser envolto por duas voltas do
GEOTEXTIL BIDIN OP-30 ou similar.

Após a instalação dos DHP’s, o furo em torno do tubo de PVC deverá ser preenchido em sua
porção inicial com calda de cimento, de modo a fixá-lo ao terreno. O restante do trecho deverá
ficar livre.

Quando a perfuração para instalação dos DHP’s atingir blocos de rocha ou rocha a mesma
deverá ser finalizada, instalando-se o dreno no comprimento perfurado. Deverá ser feito o
registro de todos os DHPs nestas condições.

ET-2.9. TRATAMENTO E PROTEÇÃO DOS TALUDES DE ESCAVAÇÃO

Ao final da escavação de cada bancada, em função do tipo de material e da segurança


requerida para as obras, serão determinados os tratamentos e proteções necessárias. Esses
tratamentos poderão consistir, sem se limitar a uma ou mais combinações, das seguintes
providências:

Plantio de grama, conforme especificado na Seção ET-8;


Drenos sub-horizontais, conforme especificado na Seção ET-8;
Valetas de drenagem, meias-canas e tubos-dreno, conforme especificado na
Seção ET-8;
Aplicação de concreto projetado ou asfalto, conforme especificado nas Seções
ET-5 ou ET-8, respectivamente;
Barras de ancoragem, tirantes e telas metálicas, conforme especificado na
Seção ET-7;
Muretas de contenção, a serem executadas de concreto convencional, conforme
especificado na Seção ET-5;
Proteção com material granular (enrocamento), conforme especificado na Seção
ET-4.

ET-2.10.JAZIDAS DE SOLO E PEDREIRAS

ET-2.10.1 Jazidas de solo

A definição dos locais adequados para utilização como jazidas para complementar as
necessidades de material terroso serão de responsabilidade da CONTRATADA, desde que a
solução proposta seja submetida à aprovação da CONTRATANTE.

A proponente deverá comparar o planejamento/orçamento para explorar a pedreira na margem


esquerda do Rio Preto ou importar o material rochoso de um fornecedor próximo.

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Todo o solo obtido a partir de áreas de empréstimo a serem aplicados em estruturas definitivas
deverá ser submetido a ensaios geotécnicos de caracterização para comprovação de sua
qualidade técnica.

ET-2.10.2 Pedreiras

A definição dos locais adequados para utilização como pedreiras serão de responsabilidade da
CONTRATADA, sendo preferencialmente posicionadas a montante do barramento e abaixo do
nível de água mínimo previsto, devendo a localização e extensão das mesmas serem
submetidas e aceitas pela CONTRATANTE.

Assim como os materiais coesivos (solos para impermeabilização), também todo o material
rochoso a ser utilizado e obtido a partir de pedreiras deverá ser submetido a ensaios
geotécnicos de caracterização para comprovação de sua qualidade técnica.

Todos os serviços necessários para definição dos locais adequados para utilização como
pedreira serão de responsabilidade da CONTRATADA, incluindo sondagens e ensaios de
caracterização de rocha. As pedreiras deverão ser escavadas de maneira uniforme e de forma
que, em qualquer tempo, a superfície se apresente com condições de drenagem adequada e
bom aspecto.

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ET-3. PERFURAÇÕES E INJEÇÕES

ET-3.1. OBJETO

Esta seção trata dos serviços de perfuração em solo, rocha ou concreto, para a construção das
cortinas de injeção e drenagem, assim como a realização das operações de injeções de caldas
de cimento ou argamassa para impermeabilização, consolidação e contato entre estruturas e
entre estruturas e paredes rochosas.

Basicamente, estes serviços incluem, sem necessariamente se limitar a:

Perfuração, lavagem e ensaios de furos exploratórios e de verificação;


Perfuração, lavagem e ensaio de furos para injeções de contato e consolidação;
Perfuração e lavagem de furos de drenagem e para instrumentação na fundação
e no corpo da barragem;
Execução das conexões para injeção;
Preparo dosagem e injeção de calda de cimento e argamassa;
Preenchimento e acabamento dos furos de injeção terminados;
Limpeza das áreas após o término dos trabalhos e todas as demais operações
relacionadas com trabalhos de perfuração e injeção de calda de cimento.

ET-3.2. PROGRAMA

Os trabalhos previstos, sem limitação de outros julgados necessários, poderão ser os


seguintes:

Injeções da cortina de impermeabilização e furos da cortina de drenagem ao


longo da barragem e vertedouro além de outros locais em que venham a ser
necessários;
Injeções de contato e impermeabilização no tampão das adufas de desvio;
Injeções de consolidação na fundação da barragem;
Furos para instalação de instrumentos; e
Furos para pesquisas geológico-geotécnicas em jazidas e mais aonde for
necessário.

O programa de perfurações e injeções, definido nestas especificações e nos Desenhos de


Projeto não é de caráter final. A CONTRATADA deverá executar todos os serviços de
perfurações e injeções de acordo com as reais condições que forem sendo encontradas e
conforme Projeto Executivo apresentado.

A quantidade, os locais, a disposição e a profundidade das perfurações e injeções que serão


efetivamente necessárias deverão ser determinadas pelas condições reveladas à medida que
progridam os trabalhos. Os processos de injeção, inclusive tempos de ensaio e lavagem,
dosagens de caldas, pressões, regime de bombeamento, duração das injeções, critérios de
paralisações, seqüência em que os furos serão perfurados e injetados, assim como a ordem de
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prioridade dos trabalhos serão determinados no local, de acordo com as condições
efetivamente encontradas.

ET-3.3. EQUIPAMENTOS

Todos os equipamentos a serem utilizados nos trabalhos de perfuração e injeção deverão ser
do tipo, capacidade e condição mecânica apropriados para a execução dos trabalhos. Os
equipamentos e sua disposição na obra deverão atender a todos os requisitos aplicáveis, de
regulamentos e normas, relativos à segurança. Não deverá ser permitido o emprego de
motores de combustão para a operação dos equipamentos de perfuração e injeção em áreas
fechadas, que caracterizem trabalhos em espaços fechados, conforme previsto na Norma
Regulamentadora – NR-33 Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados.

ET-3.3.1Equipamento de Perfuração

Os furos de injeção e drenagem deverão ser feitos com perfuratrizes rotopercussivas, salvo
furos exploratórios e os de verificação, que deverão ser executados com sondas rotativas. As
perfuratrizes rotopercussivas devem ser equipadas com dispositivo para circulação de água.
Prevê-se que na maior parte dos trabalhos a céu-aberto a perfuração possa ser executada com
perfuratrizes montadas sobre carretas de esteira.

As sondas rotativas para furos exploratórios e de verificação para a instalação de piezômetros


e outros instrumentos, devem estar em perfeitas condições de funcionamento e devem ter
avanço hidráulico e capacidade para sondar até 100 m de profundidade, usando haste NW em
toda a composição. Devem dispor de barriletes duplos-livres, com diâmetro de perfuração NW
(75,64 mm para o furo e 54,73 mm para o testemunho) e HW (99,23 mm para o furo e 76,20
mm para o testemunho) e ainda coroas de diamante adequadas.

As perfurações de um modo geral, deverão obedecer ao Manual de Sondagens – publicado no


Boletim nº3 – 4ª edição da ABGE (Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e
Ambiental).

Para efetuar furos de drenagem, injeções ou para a instalação de instrumentos em recintos


fechados, a CONTRATADA deverá dispor de perfuratrizes rotopercussivas de dimensões
adequadas, de acionamento pneumático ou elétrico, equipadas com silenciadores.

ET-3.3.2Equipamentos para Injeções

Todos os equipamentos para dosagem e injeção de calda de cimento deverão ser sempre
mantidos em ótimas condições de funcionamento e a sua aferição poderá ser requerida, pela
CONTRATANTE, a qualquer momento. Qualquer furo de injeção desperdiçado ou danificado
devido à falha mecânica do equipamento, imperícia do operador ou insuficiência do suprimento
da injeção, deverá ser refeito.

O equipamento de injeção deverá consistir de uma unidade injetora completa, para cada local
onde operações de injeção estejam sendo executadas. A capacidade de cada unidade injetora

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deverá ser de, no mínimo, 150 l/min, quando operando a uma pressão de descarga de 1,4 MPa
Cada unidade injetora deverá incluir, no mínimo, o seguinte:

Uma bomba do tipo avanço-com-rosca, capaz de conservar uma pressão de


descarga a mais uniforme possível e de operar a uma pressão máxima de 2,0
MPa.
Um misturador mecânico de alta velocidade, para preparar calda de cimento;
Um ou mais depósitos de agitação mecânica, com capacidade mínima igual a
três vezes a produção das bombas e para a descarga máxima especificada,
adequadamente graduados e equipados com peneiras;
Um tanque ou dispositivo equivalente, para o suprimento da água a ser usada
nas operações de ensaios, de lavagem dos furos sob pressão e de injeção de
água nas tubulações e equipamentos;
Hidrômetros de precisão, graduados em litro e fração de litro, devidamente
aferidos;
Um manômetro aferido, adequadamente graduado, de alta precisão, para
verificação dos demais manômetros antes do início de cada operação de
injeção;
Válvulas, manômetros, mangueiras de pressão, linhas de alimentação,
obturadores, peneira vibratória, ferramentas comuns, em quantidade e da
qualidade necessárias para prover um fornecimento contínuo de calda de
cimento e controle acurado das pressões; e
Uma bomba especial para injeção de argamassa de areia, cimento e água.

A CONTRATADA deverá dispor de equipamentos sobressalentes suficientes para garantir a


continuidade dos serviços nos casos de problemas mecânicos.

A disposição do equipamento injetor deverá ser tal que possa prover uma circulação contínua
de calda de cimento em todo o sistema e permita um controle acurado da pressão, por menor
que seja a quantidade de calda injetada.

A distância máxima entre o agitador e a bomba injetora não deverá exceder 10 m e a distância
entre a bomba injetora e o furo a ser injetado não deverá ultrapassar 50 m, a não ser que seja
introduzido um agitador intermediário. Por meio de lavagens periódicas com água, dever-se-á
evitar que o equipamento e as tubulações se obstruam devido à deposição de calda.

No circuito de injeção, não será permitido o emprego de tubulações ou acessórios com


diâmetro interno inferior a 38 mm e hastes com diâmetro interno inferior a 25 mm.

ET-3.4. CALDA DE CIMENTO

A calda deverá ser composta, basicamente, de água e cimento, mas poderá receber a adição
de areia, pozolana ou outros materiais considerados necessários. As dosagens da calda
variarão de acordo com as condições encontradas para atender às características de cada
trecho de furo, como descrito adiante.

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ET-3.4.1Água

A água usada nas caldas deverá atender às prescrições da NBR 6118. Deverá ser límpida e
isenta de quantidades inadmissíveis de silte, matéria orgânica, óleo, álcalis, sais e outras
substâncias consideradas nocivas na fabricação das caldas. A CONTRATADA será a
responsável pelo fornecimento de toda a água necessária para as perfurações e injeções.

ET-3.4.2Cimento

O cimento empregado na calda deverá ter superfície específica (Blaine) igual ou superior a
4.000 cm²/g, atendendo às exigências da ABNT NBR-5732 e NBR-5736 no que se refere às
demais características. Nas injeções de preenchimento de vazios ou nas obturações de furos,
poderão ser utilizados cimentos com finura Blaine inferior a 4.000 cm²/g. Somente será aceito o
cimento acondicionado em sacos de papel.

Uma quantidade suficiente de cimento deverá ser armazenada nas proximidades do local de
trabalho, para assegurar que as operações de injeção não sejam retardadas devido à sua falta.
O cimento poderá ser rejeitado na eventualidade de conter partículas aglomeradas ou matéria
estranha, de natureza e em quantidade tais que possam ser prejudiciais às operações de
injeção.

Para as injeções de consolidação deverá ser empregado cimento com índice de finura elevada,
compatível com as características da rocha fraturada da fundação.

ET-3.4.3Areia

A areia empregada deverá ser bem graduada, passante na peneira nº 16, porém com
porcentagem passante na peneira nº 200 inferior a 5 %. As areias deverão ser estocadas
próximo às frentes de serviço e protegidas contra chuvas.

ET-3.5. TUBOS-GUIA

As perfurações no concreto serão geralmente executadas usando-se tubos-guia colocados


através da armadura. Estes tubos serão de PVC rígido, com diâmetro indicado nos Desenhos
de Projeto. Os tubos para a injeção da cortina principal não precisarão ser rosqueados e, após
a abertura dos furos, nos intervalos entre trabalhos, deverão ser mantidos fechados por meio
de tampões de madeira.

Em furos de drenagem ou para instrumentação os tubos guia devem ser rosqueados e


providos de tampas apropriadas.

No caso de furos a serem feitos diretamente na rocha, para injeção ou drenagem, deverão ser
colocados tubos guias instalados em furos de diâmetro maior, com argamassa de cimento e
areia, penetrando 0,3 m na rocha e sobressaindo 0,1 m da superfície.

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ET-3.6. CLASSIFICAÇÃO, DIMENSÕES, PROFUNDIDADES E MÉTODOS EXECUTIVOS
DOS FUROS

Os furos a serem executados podem ser classificados, quanto à sua finalidade, em:

ET-3.6.1Furos de Injeção

Os furos de injeção classificados como primários, secundários, terciários e, se necessários,


quaternários serão executados com equipamentos rotopercussivos, com diâmetro de 76 mm.
Os Desenhos de Projeto apresentam a cortina de impermeabilização prevista.

Os furos de contato, diâmetro 38 mm, poderão ser abertos com perfuratrizes leves.

A maior parte destas perfurações, tanto com 76 mm, como com 38 mm de diâmetro, será
executada através de concreto, com o emprego de tubos-guia quando em região com
armadura.

ET-3.6.2Furos Exploratórios e de Verificação


Entende-se por furos exploratórios aqueles executados ao longo da cortina de injeção, antes
da abertura dos furos primários, e por furos de verificação aqueles executados após as
injeções, para análise dos seus resultados. Tanto os furos exploratórios, como os de
verificação deverão ser executados com sondas rotativas Os furos rotativos deverão ser
executados com diâmetros HW ou NW, com recuperação de testemunho, conforme previsto no
item 3.

Os furos de verificação não foram indicados nos Desenhos de Projeto, e a sua quantidade,
localização e profundidade serão definidas durante a execução dos serviços, e de acordo com
os resultados obtidos.

A CONTRATADA deverá exercer um controle minucioso da água de sondagem, das pressões,


dos comprimentos de manobras e demais cuidados necessários para assegurar uma
recuperação máxima. As manobras deverão ser limitadas ao comprimento de 1,5 m, a não ser
quando o testemunho apresentar menos de 3 quebras por metro na manobra imediatamente
anterior, quando a manobra subsequente poderá ser aumentada para 3 m.

O testemunho deverá ser imediatamente retirado dos furos, independentemente do


comprimento já perfurado, sempre que o comportamento da sonda indicar encunhamento da
broca ou trituração do testemunho. Quando for recuperado menos de 85% do testemunho, a
manobra seguinte deverá ser encurtada em 50% em relação à anterior, salvo se determinado
em contrário.
Os testemunhos deverão ser colocados em caixas de plástico, marcadas na tampa e na frente
com tinta indelével ou plaqueta de alumínio, com a designação do furo, número da caixa,
número total de caixas no furo e cota da boca do furo. A CONTRATADA deverá fornecer todas
as caixas e demais materiais necessários para acondicionar os testemunhos. A
CONTRATADA deverá fornecer a mão-de-obra e equipamentos para transportar as caixas

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com os testemunhos da área de sondagem ao abrigo de testemunhos, em local a ser definido
pela CONTRATANTE.

ET-3.6.3Furos para Drenagem

Os furos de drenagem serão executados com equipamentos rotopercussivos e diâmetro de


76 mm, nos locais indicados nos desenhos de projeto. Os furos poderão ser verticais ou
inclinados, ascendentes ou descendentes, conforme indicados nos Desenhos de Projeto.

ET-3.6.4Furos para Instalação de Instrumentos e Pesquisas Geológico-Geotécnicas

Os furos para instalação de instrumentação e pesquisas, verticais ou inclinados, serão


executados por sondas rotativas, com diâmetro HW ou NW, com recuperação de testemunho,
nos locais indicados nos desenhos de projeto.

As perfurações para instrumentação, quando em solo, deverão ser executadas por percussão e
o material do interior, removido por processos que não alterem as condições do terreno abaixo
do revestimento.

Quando em rocha, as perfurações para instalação de instrumentação geotécnica, tais como


piezômetros, medidores de nível de água e extensômetros, entre outros, deverão ser
executadas por sondas rotativas, com recuperação de testemunhos.

ET-3.6.5Cuidados a serem observados nas Perfurações

Nos serviços de perfuração, as seguintes instruções deverão ser seguidas:

Não se executarão perfurações em locais situados a menos de 30 m dos furos


que estão sendo injetados, ou que tenham sido injetados a menos de 24 horas;
Após a conclusão da perfuração de qualquer estágio de um furo, este deverá ser
fechado provisoriamente com tampões de madeira, até que as operações de
injeção exijam a sua reabertura;
Sempre que houver perda de água de sondagem, absorções excessivas nos
ensaios ou quando se encontrar fluxo artesiano, as operações de perfuração
deverão ser paralisadas e o trecho afetado deverá ser testado e eventualmente
injetado, antes de serem reiniciadas as operações;

ET-3.7. LAVAGEM E ENSAIO DAS PERFURAÇÕES

ET-3.7.1Lavagem dos Furos

Todos os furos e, especialmente, os executados a percussão, deverão ser lavados antes de


qualquer operação de ensaio e injeção.

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Esta lavagem deverá constar de uma limpeza inicial por meio de jatos de água e ar, com o
emprego de mangueira com tubo metálico na extremidade ou dispositivo adequado, de modo a
remover os detritos da sondagem pela boca do furo.

Subseqüentemente, no caso de furos próximos intercomunicantes, será feita uma lavagem por
circulação de água sob pressão, cujo objetivo será o de remover argila e eventuais materiais
terrosos das fraturas da rocha, por circulação de água entre furos. Esta lavagem sob pressão
será executada imediatamente antes dos ensaios de perda de água, com o obturador já
posicionado no furo, usando pressão igual à do ensaio e será considerada terminada quando
somente água limpa emergir dos furos vizinhos. Em furos estanques, que não se comuniquem
com furos próximos, esta lavagem sob pressão será eliminada.

ET-3.7.2Ensaios de Furos Exploratórios e de Verificação

Os ensaios de perda de água sob pressão nos furos exploratórios deverão ser executados à
medida que o furo estiver sendo aberto, em trechos de aproximadamente 3 m nos primeiros 15
m de profundidade e 6 m daí em diante. Os ensaios serão executados, salvo instrução em
contrário, em 3 estágios de pressão, usando-se a seqüência pressão mínima, pressão máxima,
pressão mínima. A pressão máxima será igual a 0,025 Hob (em MPa), onde Hob é a
profundidade do obturador expressa em metros na vertical. A pressão mínima será sempre
igual a 0,01 MPa.

Os furos de verificação serão ensaiados em trechos de comprimento variado, de acordo com


as zonas de injeção utilizadas no trecho em questão, em apenas um estágio, usando-se
pressão igual àquela utilizada para a injeção desta zona.

A duração de cada estágio, tanto em furos exploratórios como em furos de verificação, será de
10 minutos, contados do final do período de estabilização de pressões. Em cada estágio,
quando as perdas de água forem nulas, o ensaio poderá ser interrompido após o terceiro
minuto e, quando as perdas de água forem inferiores a um l/min/m, o ensaio poderá ser
interrompido após cinco minutos de trabalho. Em furos exploratórios, caso os dois primeiros
estágios apresentem perdas nulas, o terceiro estágio poderá ser suspenso.

Em quaisquer destes furos, poderá ser requisitada a execução de ensaios com obturadores
duplos, diminuindo o espaçamento entre os mesmos em sucessivos estágios, a fim de se
verificar a efetiva localização das perdas de água.

ET-3.7.3Ensaios de Furos de Injeção

Os furos de injeção serão ensaiados em cada zona logo após o término da lavagem sob
pressão, caso esta tiver sido executada, em um único estágio com pressão igual à de injeção
para o mesmo trecho. O ensaio terá a duração de 5 minutos, contados após a estabilização
das pressões. Caso as perdas de água sejam nulas nos primeiros 2 minutos, o ensaio poderá
ser suspenso. Caso as perdas sejam muito elevadas, o ensaio poderá ser repetido em trechos
mais curtos. Prevê-se que serão efetuados ensaios na maioria dos furos primários e terciários,
mas que o número de ensaios poderá ser diminuído ou até eliminado nos secundários.

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ET-3.7.4Cuidados a Serem Observados nos Ensaios

Sempre que forem encontradas perdas totais de água de perfuração durante a execução de
furos de qualquer tipo (menos os de drenagem), a sondagem deve ser interrompida e a
profundidade da perda cuidadosamente determinada. Em seguida, deve ser feito um ensaio de
perda de água no trecho em questão.

Não devem ser executados ensaios ou operações de lavagem sob pressão em furos situados a
menos de 30 m de outros que estejam sendo injetados ou tenham sido injetados a menos de
24 horas.

ET-3.8. MÉTODO EXECUTIVO GERAL DAS INJEÇÕES

ET-3.8.1Definições

ET-3.8.1.1 Zona e Estágio

Entende-se por zona, a área da cortina de impermeabilização individualizada por uma


profundidade parcial pré-determinada. As profundidades previstas das cortinas e zonas, assim
como o espaçamento dos furos de injeção, são mostrados nos Desenhos de Projeto. Não
obstante, estas profundidades e espaçamentos irão variar de acordo com as condições locais
encontradas durante a execução do serviço.

Por estágio, entende-se o trecho de furo isolado em uma zona qualquer. O comprimento real
de um estágio depende das condições geológicas encontradas durante as perfurações. Este
poderá variar desde uma fração até a profundidade total da zona e será delimitado
principalmente pela perda ou ressurgência da água de sondagem em quantidades apreciáveis.

ET-3.8.1.2 Seção

Uma seção é um trecho ao longo da cortina, em que não serão permitidas operações de
injeção simultaneamente com operações de perfuração, lavagem e ensaio de perda de água.

Tanto quanto praticável, a cortina de injeção será subdividida em seções, de modo a facilitar as
operações da CONTRATADA.

ET-3.8.1.3 Método de Espaçamento Divisional

O método de espaçamento divisional é o processo pelo qual se realizam furos adicionais de


injeção a meia distância de dois furos previamente perfurados e injetados.

ET-3.8.1.4 Injeções por Estágios Ascendentes

A injeção pelo método ascendente consiste em executar um furo em todo seu comprimento ou
em prolongar um furo a uma profundidade pré-determinada e injetá-lo, a partir do fundo, a
diferentes profundidades, através do emprego de obturadores.
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ET-3.8.1.5 Injeções por Estágios Descendentes

A injeção por estágios descendentes consiste em executar um furo até uma profundidade
determinada, injetá-lo neste trecho, limpá-lo antes da calda atingir um grau de pega que exija
reperfuração, deixar a calda admitida atingir a pega, abrir o furo até nova profundidade, injetar
o novo trecho e assim por diante, por tantos estágios de perfuração e injeção quantos sejam
necessários.

ET-3.8.1.6 Injeções de Cortina

A injeção de cortina consiste na impermeabilização profunda da fundação, sob as estruturas de


concreto e zonas intermediárias, por meio de uma linha única de furos dispostos como indicado
nos desenhos de projeto. Ela será executada pela perfuração e injeção em zonas sucessivas,
empregando o processo de injeção por estágios descendentes ou ascendentes e pelo método
do espaçamento divisional. Em locais onde for considerado necessário, poderão ser
executados furos adicionais de injeção, até se atingir o grau desejado de impermeabilização.

ET-3.8.1.7 Injeções de Consolidação

Injeções executadas a baixa pressão para consolidar a fundação nos locais em que a rocha se
apresenta muito fraturada, conforme indicado nos desenhos de projeto.

ET-3.8.1.8 Injeções de Contato

Injeções executadas para vedar contatos entre concreto x rocha, concreto x concreto ou
concreto-aço, onde necessário.

ET-3.8.1.9 Injeções de Argamassa

Injeções efetuadas a baixa pressão usando argamassa composta por cimento, areia e água
para enchimento de vazios entre concreto e rocha e entre concreto x concreto nos tampões
das adufas.

ET-3.8.2Pressões de Injeção

As pressões de injeção a serem empregadas nos trabalhos variarão com as condições


encontradas nos furos. De maneira geral, elas serão calculadas pela relação:

Pm = Pmb + 0,3 Hob

onde:

Pm = pressão a ser medida no manômetro (MPa)

Pmb = pressão de injeção com o obturador na boca do furo (MPa)


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Hob = profundidade do obturador (m)

Os valores de Pmb deverão variar de 0,01 a 0,04 MPa para os furos localizados nas estruturas
de concreto, devendo estes valores de pressão ser estabelecidos ao início dos trabalhos, de
acordo com os primeiros resultados de injeção. Para furos injetados diretamente da superfície
da rocha, o valor de Pmb poderá variar entre 0,025 e 0,01 MPa, dependendo das condições
locais da rocha e dos resultados obtidos no início dos trabalhos.

A pressão Pm deverá ser acrescentada de 0,025 MPa toda vez que a calda for engrossada.

Poderá haver variações nas pressões a serem utilizadas em função do tipo de rocha. Tais
definições deverão ser estabelecidas a partir dos primeiros resultados dos ensaios de perda de
água e das injeções.

ET-3.8.3Dosagens da Calda de Cimento

Nos trabalhos de injeção poderão ser empregadas caldas constituídas por cimento (comum ou
pozolânico) e água, ou argamassa de cimento (comum ou pozolânico), areia e água, com
eventual adição de pozolana e/ou fluidificantes. A relação água/cimento, por peso, variará de
acordo com as características de cada furo, como reveladas pela operação de injeção, e
geralmente oscilará entre 0,5 e 1,0. No início dos trabalhos poderão ser utilizadas caldas mais
finas, dependendo das condições geomecânicas efetivamente apresentadas pelo maciço,
principalmente em relação ao número e configuração das famílias de juntas existentes.

As características das caldas para o início das injeções serão função dos testes de pressão,
utilizando-se de caldas mais grossas para permeabilidades elevadas. O quadro abaixo indica
as relações usuais que deverão ser utilizadas nas dosagens comuns das caldas a serem
injetadas.

Relação – Água:Cimento:Areia Absorção Máxima


(em massa) (kg Sólidos/m)

1:1:0 50

0,7 : 1 : 0 200

0,5 : 1 : 0 400

1:2:1 Até a recusa (ver nota abaixo)

Se, devido à dimensão e continuidade das descontinuidades, após bombear um volume


razoável de calda com a menor relação água-cimento que possa ser trabalhada, considerar-se
impossível atingir a pressão exigida, o bombeamento deverá ser diminuído ou interrompido

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temporariamente. Injeções intermitentes serão então executadas, dando tempo suficiente,
entre as injeções, para que a calda comece a endurecer. Se o resultado desejado não for
obtido, poderá ser determinada a paralisação do serviço. Nesta eventualidade, o furo deverá
ser limpo, deixando que a calda se solidifique pelo tempo julgado necessário, devendo-se,
então, efetuar injeções adicionais neste furo ou em outros perfurados nas áreas adjacentes, até
que se consiga um resultado satisfatório.

Depois de terminada a injeção de qualquer estágio de um furo, a pressão deverá ser mantida
por uma válvula até que a calda se solidifique a ponto de permanecer retida no furo. A calda
que não puder ser injetada, por qualquer razão, dentro de duas horas após a mistura, deverá
ser inutilizada.

ET-3.8.4Realização das Injeções

O sistema de injeção deverá ser tal que a calda de cimento possa ser introduzida tanto dentro
de todo o furo como em diferentes profundidades do mesmo, mediante emprego de
obturadores. O equipamento principal e as conexões do sistema de injeção, para cada furo,
deverão ser como segue.
A calda de cimento deverá ser colocada em um depósito, agitada mecanicamente, próximo à
bomba injetora. A tubulação de descarga da bomba injetora deverá conter um manômetro e
deverá ser ligada a uma conexão T. Ambos lados da conexão T deverão ser ligados a
registros, um conectado ao tubo de injeção e o outro para sangria da calda. A finalidade do
registro é a de auxiliar a regulagem da pressão, sob a qual a calda é introduzida no furo. A
CONTRATADA deverá manter uma circulação constante de calda e deverá lavar o sistema,
periodicamente, com água, para evitar a obstrução do equipamento e tubulações.

Quando se verificar a tendência à obstrução do furo, por desmoronamento, a CONTRATADA


deverá empregar o sistema de injeção em circuito, introduzindo a calda por meio de um tubo
estendendo-se até o fundo do furo.

Engrossamento e Recusa da Calda

Nos trabalhos de injeção poderão ser empregadas caldas constituídas por cimento (comum ou
pozolânico) e água, ou argamassa de cimento (comum ou pozolânico), areia e água, com
eventual adição de pozolana e/ou fluidificantes. As demais características do cimento a ser
empregado estão definidas no item 4.2.

Para que se dê por encerrada a injeção de um estágio, a pressão máxima especificada não
deverá ser retirada até que se observe um dos seguintes critérios:

a) A pressão mantida por 10 minutos sem tomada de calda, dentro dos limites de medida do
equipamento;
b) Quando após interrompida a injeção (fechado registro), em virtude de rejeição da calda, a
pressão não cair mais do que 25 % durante 10 minutos, a injeção poderá prosseguir nas
condições especificadas anteriormente.

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Nota: Se devido à dimensão e continuidade da fratura não se conseguir atingir a pressão exigida, deverá
ser seguido o procedimento do item 8.3.

Depois de terminada a injeção de qualquer estágio de um furo, a pressão deverá ser mantida
por uma válvula até que a calda se solidifique a ponto de permanecer retida no furo.

Caso ocorram vazamentos de calda, a CONTRATADA deverá calafetar os locais de


vazamento.

ET-3.8.5Obturação dos Furos

Após o término das injeções, cada furo deverá ser cuidadosamente obturado com calda grossa
(A/C de 0,5:1, em peso) assegurando-se seu completo preenchimento com esta calda. Para
isso, deve-se introduzir a calda com auxílio de mangueira, a partir do fundo do furo, incluindo,
se julgado necessário, a desobstrução parcial ou total do furo.

Caso a obturação seja feita algum tempo após a injeção do furo, este deve ser mantido
fechado com um tampão de madeira, até a sua obturação final.

ET-3.9. INJEÇÕES AO LONGO DA BARRAGEM E VERTEDOURO

As injeções a serem executadas na barragem e vertedouro consistirão de uma linha única de


furos localizada ao longo de uma laje de concreto a ser executada no lado de montante das
estruturas de concreto e sob o núcleo argiloso da barragem em aterro. Elas seguirão o método
e a seqüência determinados pelos desenhos de projeto, de acordo com as condições de
fundação encontradas. A este respeito, ressalta-se que o programa de injeções constante nos
desenhos de projeto representa um esquema preliminar, prevendo-se que ele possa ser
localmente diminuído da mesma forma como possam ocorrer locais que eventualmente
requeiram um tratamento mais intenso.

Eventualmente injeções adicionais poderão ser necessárias em locais diversos aos previstos
no programa inicial, devendo ser incorporadas ao projeto quando executadas.

ET-3.10.INJEÇÃO DO TAMPÃO DAS ADUFAS

ET-3.10.1 Injeção de Argamassa de Cimento e Areia

Durante a fase de concretagem dos tampões das adufas de desvio, antes de ser lançada a
última camada e enquanto houver acesso à face de montante do enchimento, deverá ser
construído um pequeno muro de concreto no alinhamento desta face até a parte superior da
adufa. Este muro deverá ser cuidadosamente calafetado contra as laterais e o teto da adufa de
modo a garantir uma perfeita estanqueidade para os últimos lançamentos de concreto.

A injeção de argamassa será iniciada através de tubos deixados no concreto. A injeção será
considerada terminada quando, após o aparecimento de calda nos suspiros, as absorções

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tornarem-se nulas. A pressão de injeção deverá ser de 0,2 MPa e a calda de cimento, areia e
água, traço 1:1:1, em peso, podendo ser alterados durante o desenvolvimento dos trabalhos.

ET-3.10.2 Injeções de Contato

A injeção final de contato dos tampões e do concreto de enchimento com o concreto das
adufas somente poderá ser efetuada quando a diferença entre as temperaturas do concreto
das adufas ou da barragem, e dos concretos de enchimento atingir um valor inferior a 4°C.

A injeção deverá ser efetuada da seguinte forma:

Serão instaladas tubulações para injeção, que são apenas reperfuradas antes da
execução das injeções.
Os furos deverão ser ensaiados quanto à perda de água e injetados;
A fase final da injeção consistirá na obturação cuidadosa de todas as tubulações
deixadas através do concreto.

ET-3.11.INJEÇÕES DE CONSOLIDAÇÃO SOB ESTRUTURAS DE CONCRETO

Refere-se a eventuais tratamentos de trechos de fundação das estruturas de concreto onde


ocorram trechos de rochas muito fraturadas e alteradas, e outras feições geológicas que se
mostrem passíveis de deformações excessivas com as solicitações das estruturas de concreto
e cuja remoção seja considerada antieconômica ou inviável. Nestes locais será projetada uma
malha de injeções rasas para consolidação do maciço rochoso.

Em geral a injeção de consolidação será executada em uma malha regular com furos
espaçados de 2 metros. A profundidade dos furos será limitada a, no máximo, 10 metros e a
calda de injeção a ser empregada, a princípio, com relação A/C de 0,7:1 em peso, podendo ser
afinada e/ou até engrossada dependendo das condições efetivamente encontradas.

ET-3.12.TRABALHOS DE LIMPEZA

Durante as operações de injeção, a CONTRATADA deverá tomar as precauções necessárias


para evitar que partículas de rocha, descargas de óleo dos equipamentos, água da lavagem e
calda danifiquem as estruturas permanentes. Será exigido da CONTRATADA um número
suficiente de bombas para manter as áreas de serviço livres de água e calda inutilizada.

Terminados seus trabalhos, a CONTRATADA deverá fazer uma limpeza geral dos resíduos de
suas operações, de tudo o que se apresente desagradável à vista ou que possa interferir na
eficiência dos serviços subseqüentes.

ET-3.13.CONTROLE E REGISTRO DOS TRABALHOS DE PERFURAÇÃO, ENSAIO E


INJEÇÃO

A CONTRATADA manterá registros de todas as operações tais como locais, profundidades,


seqüência de furos, métodos de ensaio e lavagem, seqüências e métodos de injeção, caldas
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iniciais, critérios de engrossamento ou afinamento de caldas, pressões de injeção ou ensaio
em cada trecho, critérios de término de injeção e demais dados necessários.

Estes registros deverão ser anotados em boletins adequados e entregues à equipe


responsável pelo controle de qualidade da obra um dia após a conclusão da atividade a que se
refere.

Deverão ser lançados nos projetos executivos de injeção, os resultados individualizados para
cada furo injetado, de forma a se obter, ao longo e ao final dos trabalhos, uma representação
gráfica da construção das cortinas para cada estrutura tratada, de modo a se identificar os
trechos com maior condutividade hidráulica.

Para cada furo, as seguintes informações deverão ser lançadas:

Identificação dos furos;


Subdivisão dos trechos injetados;
Perda de água específica (Hv);
Absorção média de sólidos injetados (kg/m).
Para facilitar a visualização gráfica dos trechos mais e menos permeáveis,
poderá ser utilizada a seguinte legenda colorida:
Cor amarela: perda de água (Hv) entre 0,00 e 0,30;
Cor azul: perda de água (Hv) entre 0,31 e 0,50;
Cor verde: perda de água (Hv) entre 0,51 e 1,00;
Cor vermelha: perda de água (Hv) > 1,00;

ET-3.14.DRENAGEM

As quantidades, locais e profundidade das drenagens serão definidas nos Desenhos de


Projeto.

A drenagem das estruturas de concreto será executada através das superfícies acabadas ou
diretamente a partir da rocha para alívio das sub-pressões no maciço rochoso de fundação da
barragem, vertedouro, adufas de desvio e casa de força. Caso seja considerado nos cálculos
de estabilidade das estruturas de concreto o alívio de sub-pressões, deverá ser previsto um
sistema de drenagem que possibilite a sua inspeção e manutenção.

Os taludes de escavação em rocha e/ou solo, além de estruturas escavadas, eventualmente,


poderão ser drenados sub-horizontalmente, objetivando melhorar as condições de estabilidade.

A posição e a quantidade de drenos encontram-se indicadas nos desenhos de projeto. Os


drenos serão executados a partir de tubulações embutidas, quando situados em estruturas de
concreto.

A perfuração de qualquer dreno somente poderá ser iniciada três dias após a conclusão das
injeções de todos os furos previstos a uma distância de até 30,0 m do dreno em questão. Caso

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os drenos venham a ser perfurados antes das injeções, a CONTRATADA deverá manter
circulação de água nos mesmos, durante a realização das injeções.

Em taludes em solo ou mesmo rochosos alterados poderão ser requeridos tanto drenos tipo
DHP’s (drenos horizontais profundos) com também drenos superficiais, tipo barbacãs.

Em locais onde as condições do maciço assim o exigirem, deverão ser executados drenos
com revestimento ou com preenchimento de materiais granulares.

ET-3.15.LIMPEZA DAS FRENTES DE SERVIÇO

Durante as operações de perfuração e injeção, a CONTRATADA deverá tomar as precauções


necessárias para evitar que partículas de rocha, óleo dos equipamentos, água de lavagem e
calda de cimento danifiquem ou prejudiquem a aparência das estruturas permanentes.

Após a conclusão dos serviços, a CONTRATADA deverá efetuar uma limpeza geral das áreas,
removendo todos os resíduos e restos de materiais que, além do mau aspecto visual, possam
interferir na eficiência dos serviços subseqüentes.

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ET-4. BARRAGEM DE ENROCAMENTO E ATERROS DIVERSOS

ET-4.1. OBJETO

Esta seção abrange o fornecimento de toda a mão-de-obra e todo equipamento para a


execução de todas as operações ligadas à preparação das fundações, seqüência construtiva,
colocação e compactação de todos os materiais para a barragem de enrocamento e para os
aterros diversos.

ET-4.1.1Generalidades

A CONTRATADA deverá providenciar os levantamentos topográficos necessários da fundação


da barragem/vertedouro, conforme mencionado no item 9.3 da Seção ET-2. Deverá também
instalar marcos topográficos, inclusive estaqueamento, para o controle dos greides e
alinhamentos.

ET-4.2. BARRAGEM DE ENROCAMENTO COM NÚCLEO DE ARGILA E ATERROS


DIVERSOS

ET-4.2.1Materiais de Construção

a) Generalidades

Os materiais a serem utilizados na construção da barragem de enrocamento e nos aterros


diversos deverão ser obtidos diretamente de escavações obrigatórias, pedreiras e estoques
de materiais e deverão estar isentos de matérias orgânicas e substâncias estranhas e
atender os requisitos destas Especificações.
A CONTRATADA deverá programar a execução das escavações e a formação dos
estoques de materiais, de modo a prever o uso desses materiais, de acordo com o
cronograma de lançamento dos aterros e com os requisitos técnicos previstos nestas
Especificações.
As espessuras de compactação das camadas, indicadas nos Desenhos de Projeto e nestas
Especificações, referem-se aos valores máximos antes da compactação.
Os materiais usados serão classificados em enrocamentos, transições e materiais
impermeáveis.

b) Materiais impermeáveis (tipos I e II)

Material de aterros impermeáveis, definido como solos, será formado por material obtido de
áreas de empréstimo ou selecionado das limpezas e escavações obrigatórias, após
remoção dos fragmentos de rocha com tamanhos superiores a 200 mm de diâmetro.
Este material deverá ter um teor de umidade durante o lançamento, que permita o tráfego
normal do equipamento e que, como resultado da compactação, produza um material de
aparência homogênea, maciça e impermeável.
Os aterros das estruturas definitivas deverão ser, normalmente, executados com a utilização
de materiais provenientes das escavações obrigatórias ou quando necessário, obtidos de
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áreas de empréstimo. Os aterros deverão ser executados conforme indicado nos Desenhos
de Projeto, podendo ser dos seguintes tipos:

Materiais Tipo I – constituído por solos e saprólitos lançados em camadas


uniformes de 30 cm, compactados pela ação do tráfego dos equipamentos de
transporte e espalhamento. Nas faixas adjacentes aos taludes não protegidos por
plantio de grama deverão ser colocados materiais de granulometria mais graúda;
Materiais Tipo II – constituído por solos e saprólitos compactados com grau
superior ou igual a 95%, relativamente ao Ensaio Proctor Normal (NBR 7182 da
ABNT). O desvio de umidade, em relação ao referido ensaio, poderá variar de
menos 2 % a mais 3 %. A espessura das camadas não deverá exceder a 25 cm.
Para compactação dos solos, poderão ser utilizados rolos pé-de-carneiro,
transmitindo tensões nos pés na ordem de 3 MPa. Para compactação dos
saprólitos, são recomendados os rolos “tamping”, adequados à compactação de
solos coesivos ou semi-coesivos, com mínimo de 120 kN de peso estático.

O revestimento primário dos aterros deverá ser espalhado com motoniveladora e


compactado com quatro passadas de trator tipo CAT D-8 ou similar.

Durante a execução do aterro as praças deverão ser mantidas com declividade mínima de
2 % para facilitar a drenagem. Quando houver eminência de chuvas, as praças deverão ter
sua superfície selada mediante a passagem de rolos lisos.
Os materiais provenientes das escavações poderão ter sua umidade corrigida na praça de
lançamento. Entretanto, visando minimizar tais correções e evitar o excesso de umidade, as
escavações deverão ser executadas prevendo-se a implantação de sistemas de drenagem
superficial.

c) Enrocamento (Tipo III)

Os materiais rochosos utilizados na construção da barragem deverão ser constituídos de


rocha sã e obtidos prioritariamente das escavações requeridas, pedreiras e estoques de
rochas.
Não será permitida a utilização de rochas contaminadas com materiais impróprios ou que
tenham características não satisfatórias. Os enrocamentos executados acima do nível de
água deverão ser lançados em camadas de 1,00 metro e compactados com rolos
compactadores.

d) Transições e Filtros (Tipos IV e V)

Os materiais de transição e filtros para a barragem serão obtidos de britagem de rocha sã.
Deverão ser lançados em camadas de 0,25 metros e compactados com rolos
compactadores.

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ET-4.2.2Equipamentos de Compactação

a) Generalidades
Antes de utilizar qualquer equipamento de compactação, a CONTRATADA deverá
disponibilizar na obra as especificações dos respectivos fabricantes, incluindo dimensões,
pesos, dados técnicos e cálculo da energia aplicada. Uma vez definido os equipamentos de
compactação a CONTRATADA deverá submeter à apreciação da CONTRATANTE
especificação técnica complementar para a execução dos trabalhos.

b) Equipamentos para a Compactação de Enrocamentos e Transições

Para a compactação dos enrocamentos e transições, deverão ser utilizados rolos lisos
vibratórios, rebocados por tratores de esteira ou autopropelidos.
Em qualquer hipótese, os rolos deverão atender as seguintes especificações:

peso mínimo estático total ............................................................................................. 92 kN;


peso mínimo estático por metro de rolo ......................................................................... 40 kN;
peso mínimo de impacto dinâmico ............................................................................... 370 kN;
freqüência de vibração............................................................................ maior que 1.400 rpm.

Os tambores deverão ser de aço e providos de acessórios, de modo a evitar o acúmulo de


material na sua superfície durante a operação de compactação.

c) Equipamentos para a Compactação dos Aterros Diversos

Para a compactação dos solos, deverão ser utilizados rolos tipo pé-de-carneiro e de impacto
tipo "tamping". O rolo tipo pé-de-carneiro deverá transmitir, nos pés, tensão da ordem de
3 MPa e o rolo tipo "tamping" deverá ter no mínimo 120 kN de peso estático.
Rolos tipo pneumático poderão ser utilizados para o selamento de camadas. Esses rolos
serão do tipo autopropulsor, com sete rodas oscilantes, e deverão ter um peso total superior
a 250kN. A pressão nos pneumáticos deverá ser superior a 0,6 MPa.

d) Compactadores Manuais

Os compactadores mecânicos manuais, tais como placas vibratórias e soquetes


pneumáticos serão utilizados para a compactação de materiais em áreas inacessíveis a
outros tipos de compactadores e em locais de instalação de instrumentação.
Esses compactadores deverão produzir densidades equivalentes àquelas obtidas com a
utilização de rolos vibratórios ou do tipo pé-de-carneiro. Para o uso de compactadores
manuais, a espessura da camada será limitada a 15 cm para materiais argilosos ou a 20 cm
para materiais granulares, podendo, ainda ser reduzidas, em função do grau de
compactação desejado.

ET-4.3. PREPARO DAS FUNDAÇÕES

As fundações da barragem de enrocamento e aterros deverão estar limpas e preparadas e


atender os requisitos destas Especificações da Seção ET-2.
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ET-4.4. INSTRUMENTAÇÃO PARA A BARRAGEM DE ENROCAMENTO COM NÚCLEO
ARGILOSO

Para o monitoramento do barramento de enrocamento o sistema deverá prever a instalação de


instrumentos de controle visando à segurança da estrutura.
Na estruturas de enrocamento e jusante desta, há a necessidade dos seguintes
instrumentos de medição:
Piezômetros de corda vibrante ou tipo “Casagrande” para medir as sub-pressões
transmitidas pela fundação – durante e após o enchimento do reservatório;
Medidor de Nível D’água em forma de tubos piezométricos para medir a altura do
lençol freático – durante e após enchimento;
Medidor de Vazão para medir a percolação da barragem de enrocamento – durante
e após o enchimento do reservatório;
Pinos Topográficos ou Geodésicos ao longo da barragem e marcos fixos a jusante
das ombreiras para medir deslocamentos e/ou recalques – durante e após o
enchimento do reservatório;
Células de Recalque para medidas de deformações sofridas pelo aterro.

A definição final dos tipos, quantidade e locação dos instrumentos específicos, a serem
implantados nas estruturas, será feita no decorrer do desenvolvimento do Projeto Executivo
apresentado pela CONTRATANTE.

Prever a automação da instrumentação, cuja a definição será detalhada, também durante o


Projeto Executivo.

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ET-5. CONCRETO CONVENCIONAL

ET-5.1. OBJETO
Esta Seção trata da execução dos concretos de tipo convencional das estruturas permanentes
da Obra, estabelecendo seu processo de produção, de lançamento, de adensamento, de cura,
e os controles de qualidade tanto dos materiais constituintes do concreto como do produto
acabado. Os serviços a cargo da CONTRATADA compreenderão a fabricação, transporte e
lançamento dos concretos, bem como o suprimento, armazenamento e manuseio de cimento,
agregados, água, aditivos, escoramentos e fôrmas. Adicionalmente, deverão incluir a proteção,
cura e acabamentos do concreto executado.

O controle de qualidade da produção do concreto implica na realização rotineira de diversos


ensaios tanto no Canteiro de Obras como em laboratórios especializados, bem como na
emissão regular e rotineira de relatórios e laudos referentes aos resultados dos ensaios
realizados. Desta forma a CONTRATADA deverá instalar, operar e manter um laboratório para
a realização de ensaios tecnológicos de concreto no âmbito da Obra, bem como contar com
equipe técnica para analisar os resultados obtidos neste laboratório e nos laboratórios
especializados, e para atuar nas correções requeridas. A CONTRATADA deverá enviar uma
cópia do relatório e/ou laudo de ensaio à CONTRATANTE, para conhecimento, de todos os
ensaios realizados, assim que sejam emitidos, para conhecimento interno da CONTRATANTE.

Deverão ser enviados à CONTRATANTE relatórios periódicos com os resultados do controle


de qualidade dos concretos na obra, com periodicidade máxima de um mês.

ET-5.2. COMPOSIÇÃO
O concreto será composto, basicamente, de cimento Portland comum ou pozolânico, água, e
agregados graúdo e miúdo, além de aditivos e adições que possam ser necessários para
adequar as características da mistura às necessidades da obra e para garantia das
características do produto final.

A composição dos diversos tipos de concreto será objeto de estudo de dosagem em laboratório
especializado de forma a se obter, com o menor fator água/cimento possível, uma mistura
plástica, trabalhável e adequada para as condições específicas de cada lançamento e, quando
devidamente curado, um concreto de durabilidade, permeabilidade, densidade, resistência e
textura que satisfaça todas as exigências das estruturas.

Os materiais componentes do concreto não devem conter substâncias prejudiciais em


quantidades que possam comprometer a durabilidade do concreto e devem ser adequados
para o uso pretendido.

ET-5.3. CIMENTO
Todo o cimento a ser usado na Obra deverá ser de boa qualidade, de conformidade com as
prescrições da ABNT, adquirido em fábricas com qualidade reconhecida. O cimento a ser
empregado deverá ser definindo após estudos de qualificação e caracterização.

Poderão ser empregados os cimentos Portland comum (CPI), os cimentos Portland composto
tipo CPII-F ou CPII-Z, cimento de alta resistência inicial tipo CPV ARI ou CPV ARI RS ou
cimento pozolânico tipo CPIV. No caso de uso do cimento tipo CPI, CPII–F, CPII-Z, CPV ARI

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ou CPV ARI RS é necessário utilizar adições em quantidade suficiente para inibição da
reatividade álcali agregado conforme NBR 15577-1 a NBR 15577-6, assim como revisão do
comportamento térmicos das estruturas. As adições que podem ser utilizadas são descritas em
3.4. As adições devem ter qualidade comprovada em conformidade com as prescrições ABNT
especificadas para cada material e seu uso deve ser precedido de estudos de dosagem para
garantia de atendimento dos requisitos de projeto nas idades de controle.

A CONTRATADA fornecerá e entregará o cimento no local das Obras e notificará à


CONTRATANTE, indicando o nome da Companhia que venderá o cimento, nome da fábrica
fornecedora, a forma de transporte (se a granel, em "containers" ou em sacos), o número da
ordem de compra, números de contratos e outras designações que identifiquem o cimento a
ser fornecido. A CONTRATADA será responsável pelo fornecimento, manuseio e
armazenamento do cimento e pelos certificados dos resultados dos ensaios feitos pela fábrica
ou Laboratório credenciado pela NBR ISO 9001/2000 e NM ISO 9001/2007.

ET-5.3.1Ensaios
Todos os cimentos empregados deverão estar acompanhados dos certificados dos ensaios de
fábrica, executados de conformidade com as normas da ABNT. Além desses ensaios, deverão
ser coletadas amostras no Canteiro de Obra para realização de ensaios, que estão descritos
no item 10 desta especificação técnica. Estas amostras serão coletadas de cada carga a
granel transportada para o Canteiro de Obras.

Quando o cimento for transportado em sacos ou “containeres” de lona vinílica, deverão


também ser coletadas amostras representativas para a execução de ensaios.

ET-5.3.2Transporte e Armazenamento
O Cimento deverá ser transportado e armazenado adequadamente, de maneira a não alterar
propriedades que resultem em perda de qualidade.

Na utilização do cimento a granel, o transporte para o Canteiro de Obra deverá ser efetuado
em caminhões e/ou vagões equipados com silos estanques, adequadamente construídos, de
forma a proteger completamente o cimento da umidade. No transporte de cimento ensacado,
as cargas deverão ser permanentemente protegidas por uma cobertura de lona ou material
similar.

Poderá ainda ser considerada, como alternativa de transporte e armazenamento intermediário,


a utilização de "containeres" de lona vinílica.

Imediatamente após o recebimento no Canteiro de Obra, o cimento deverá ser armazenado em


silos ou depósitos secos, convenientemente ventilados e estanques, equipados para impedir
absorção de umidade pelo material.

O cimento ensacado não deverá ser armazenado em pilhas com mais de 14 sacos, se sua
utilização for prevista para períodos não superiores a 30 dias, nem com mais do que 7 sacos,
quando por períodos maiores.

Para evitar a utilização de cimento envelhecido, deverá ser, prioritariamente, utilizado cimento
que estiver armazenado por 45 dias ou mais. Estes cuidados são requeridos tendo em vista
que cimentos com mais de 4 meses de armazenamento em silos ou 2 meses em sacos ou
"containeres" serão rejeitados.

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ET-5.3.3Temperatura do Cimento
A temperatura do cimento na entrada das betoneiras não deverá exceder a 50°C.

ET-5.3.4Adições
As adições poderão ser constituídas de polzolanas, cinzas volantes, escória de alto-forno, sílica
ativa ou metacaulim. Estas adições devem atender aos requisitos especificados nas normas
NBR para cada tipo de material, métodos de ensaio e os limites preconizados, devendo ser
dada atenção especial à quantidade e homogeneidade da finura e atividade pozolânica dos
materiais disponíveis.

ET-5.4. ADITIVOS
Os aditivos a serem usados nos concretos serão dos tipos descritos a seguir, devendo atender
às prescrições da NBR 11768 e NBR 10908. Estes produtos deverão ter sua qualidade
assegurada por meio de atestados emitidos pelos fabricantes, bem como, deverão ser usados
e testados de acordo com recomendações do fabricante. A verificação do desempenho dos
aditivos deverá ser efetuada de acordo com a NBR 12317.

ET-5.4.1Aditivo Redutor de Água


A fim de melhorar as características do concreto, tais como plasticidade, trabalhabilidade,
compacidade, resistência e minimizar o problema de juntas frias, poderá ser adicionado aos
concretos, segundo as dosagens especificadas para os traços, aditivos redutores de água.
Estes aditivos deverão estar de acordo com a ASTM C 494/C 494M-05a, "Standard
Specification for Chemical Admixtures for Concrete".

ET-5.4.2Argamassas Não Retráteis


Em locais onde seja necessário reduzir ou evitar retrações de massa, tais como enchimento de
"blockout" ou outras aberturas nas estruturas de concreto, para fixação de máquinas, colunas e
vigas, furos de injeção, chumbadores, etc., deverão ser utilizadas argamassas não retráteis de
alta resistência.

ET-5.4.3Incorporadores de Ar
O aditivo incorporador de ar será qualquer substância ou composto aprovado que produza
bolhas de ar no concreto, como especificado subseqüentemente e que esteja de acordo com
os requisitos da ASTM C260, "Standard Specifications for Air-Entraining Admixtures for
Concrete", e deve apresentar qualidade uniforme em cada embalagem e em todo o
fornecimento. O agente incorporador de ar deverá ser usado em todos os concretos de peças
estruturais maciças ( com menor dimensão superior a 0,6m) ou em estruturas em contato com
a água. O incorporador de ar deverá ser adicionado aos traços na betoneira, diluído numa
proporção de água da mistura, por meio de um dosador mecânico, capaz de medidas rigorosas
e de maneira a garantir uma distribuição uniforme do agente através da massa de concreto
durante o tempo especificado para mistura. O conteúdo total de ar dos concretos será
determinado por ensaios de laboratório. Quando utilizado aditivo incorporador de ar, a
porcentagem de ar sobre o volume de concreto fresco peneirado deverá estar entre 3% a 5%,
para dimensão característica máxima de 50 mm e entre 2% e 4% para concretos com
dimensão característica máxima de 19 mm.

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Os ensaios deverão ser efetuados de acordo com a ASTM C231-03, "Test for Air Content of
Freshly Mixed Concrete by the Pressure Method".

Todos os ensaios para liberação do agente incorporador de ar serão realizados pela


CONTRATADA. Nenhum agente que tenha permanecido no local das Obras por um período
maior que 6 (seis) meses poderá ser usado antes de novos ensaios provarem que suas
condições são satisfatórias.

ET-5.4.4Aditivo acelerador para Concreto Projetado


O aditivo acelerador, para uso em concreto projetado, deverá estar de acordo com a ASTM C
494/C 494M-05a.

ET-5.4.5Outros Aditivos
Outros aditivos poderão ser utilizados, em função da necessidade de melhorar alguma
característica do concreto, devendo-se confirmar a adequação destes aditivos por meio de
ensaios de laboratório.

Os aditivos plastificantes (redutores de água) e modificadores de pega, os aditivos


superplastificantes e os aditivos impermeabilizantes de pega normal, deverão satisfazer às
normas da ABNT ou ASTM, conforme sua aplicabilidade.

ET-5.5. ÁGUA
A CONTRATADA será responsável pelo fornecimento da água para fins industriais que será
utilizada na obra, e também pelo seu tratamento, se este se fizer necessário. O local de coleta
de água deverá ser previamente comunicado à CONTRATANTE para seu conhecimento.

A água usada na lavagem dos agregados e para amassamento e cura dos concretos,
argamassas e caldas deverá atender o especificado na norma EB-2059 e na NM137, a qual for
mais restrita, e deverá estar livre de quantidades excessivas de silte, matéria orgânica, álcalis,
sais, ácidos, óleos ou outras impurezas que possam prejudicar a qualidade do concreto,
interferir com as reações de hidratação do cimento e afetar a cura ou aspecto (coloração) final
do concreto. Deve-se atender ainda, aos seguintes limites: sólidos totais em suspensão serão
limitados a 500 mg/l, a água não conterá mais de 500 mg/l de cloretos e nem mais de 500 mg/l
de sulfatos, e o pH deverá estar compreendido entre 5,8 e 8,0. Para que os parâmetros acima
sejam obtidos em todas as estações e não ocorram problemas, inclusive de coloração do
concreto, deverá ser providenciada a decantação ou filtração das águas destinadas à central
de concreto, lavagem dos agregados e cura do concreto.

Deverão ser providenciadas instalações para o armazenamento de água, de maneira a garantir


a continuidade das operações de concretagem e cura.

ET-5.6. AGREGADOS

Os agregados para o concreto deverão ser obtidos de fontes que contenham materiais que
possam atender às exigências destas Especificações.

Os agregados graúdos serão obtidos do processamento das rochas através de um sistema de


britagem.

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Poderão ser utilizadas como agregado miúdo areia artificial, areia natural ou mistura entre as
mesmas.

O processamento das matérias primas deverá incluir a britagem, peneiramento, transporte e


mistura, como necessário, para a produção de agregados apropriados. Para o caso de uso da
areia natural deverá ser previsto a eventual necessidade de lavagem e classificação.

Como rocha para britagem, a fonte principal dos agregados serão as rochas sã não
intemperizada obtidas das escavações obrigatórias. Devido à presença de derrames e zonas
de material de brecha ou com preenchimentos indesejáveis, será necessário proceder-se uma
seleção das rochas escavadas, liberando-se para a britagem apenas os maciços sãos,
considerados adequados para a produção de agregados.

Os agregados deverão ser constituídos de fragmentos sólidos, densos, resistentes e isentos de


películas. Para minimizar a possibilidade de incidências de reação álcali-agregado, amostras
representativas das rochas maciças previstas para produção de agregados deverão ser
submetidas, previamente ao início das Obras, a ensaios específicos para determinação de seu
potencial em termos de reatividade. Deverão ser previstos pelo menos os seguintes ensaios:

Análise Petrográfica
A análise petrográfica representa o primeiro ensaio na investigação do potencial reativo da
rocha e deverá ser realizado de acordo com a norma ASTM C-295.

Método Químico
Este método avalia a reatividade potencial do agregado em função da concentração de sílica
dissolvida e da redução de alcalinidade e deverá ser realizado conforme as normas ASTM-289
e NBR-9774 (ABNT).

Método Acelerado NBRI


Este método investiga a reatividade potencial do agregado pela variação do comprimento de
barras de argamassa, devendo ser executado segundo procedimento padronizado pelo
National Building Research Institute (África do Sul) e normatizado como ASTM-1260/07.

Caso os resultados dos ensaios indiquem potencial de reatividade do agregado previsto,


deverá ser considerada a necessidade do uso de inibidores desta reação no concreto com a
adição de pozolana, escórias de alto forno ou sílicas ativas. O emprego destes aditivos irá
requerer estudos tecnológicos específicos do concreto.

ET-5.6.1Composição
A CONTRATADA deverá fornecer toda a quantidade necessária de agregados para os
serviços de concretagem, e produzi-los na central de britagem instalada no local das obras. O
esquema proposto pela CONTRATADA para as instalações da central deverá ser de
conhecimento da CONTRATANTE.

Todos os agregados utilizados devem cumprir com os requisitos estabelecidos na NBR 7211.

O agregado miúdo poderá ser areia natural ou artificial, sendo esta também obtida da central
de britagem.

Agregados graúdos consistirão de brita de rocha sã não intemperizada.


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Todos os agregados consistirão de fragmentos de rocha sem película, dura, densa e durável.
Produção de Agregados

O agregado graúdo e a areia artificial serão obtidos pelo processamento dos materiais
provenientes das escavações obrigatórias, de pedreiras ou de jazidas que apresentem material
de boa qualidade e em quantidade suficiente para suprir as necessidades das Obras.

O capeamento de solo ou rocha intemperizada será removido para que se obtenha uma rocha
sã e isenta de materiais inadequados para a fabricação dos agregados. A aprovação dos
locais de extração de rocha destinada à fabricação dos agregados não deverá ser interpretada
como sendo a aprovação de todos os materiais retirados dos mesmos.

O processamento da matéria prima consistirá de britagem, peneiramento, transporte e lavagem


para produzir um agregado adequado. A água a ser usada na lavagem dos agregados será
razoavelmente limpa e livre de material contaminante.

ET-5.6.2Pilhas de Estoque e Controle de Umidade de Agregados


A CONTRATADA deverá dispor de estoque suficiente de agregados adequados para o
atendimento de qualquer produção de concreto programada. O agregado será estocado em
pilhas de acordo com suas dimensões nominais e de maneira a evitar segregação, mistura de
várias dimensões antes do preparo do concreto, contaminação por poeira ou outros materiais
estranhos, e possibilitando a drenagem livre do excesso de água.

O teor de umidade dos agregados deverá ser controlado antes de sua entrada na betoneira, de
modo que não exceda 7% para a areia e 2% para o agregado graúdo (água livre). O teor da
umidade superficial será calculado pela água em excesso em relação à massa do agregado
saturado com superfície seca.

ET-5.7. AGREGADO MIÚDO


O termo "agregado miúdo" será empregado para designar o agregado cuja dimensão máxima
da partícula seja de 4,8 mm (3/16").

O agregado miúdo será basicamente composto de: (i) material proveniente da britagem de
rochas na central prevista - areia artificial; (ii) areia natural; e, (iii) mistura de areia artificial e
natural.

Na produção de areias artificiais, deverão ser previstos equipamentos para detectar e eliminar
ou minimizar a presença de partículas lamelares dos grãos do agregado. Esta correção na
forma das partículas é de grande importância para reduzir ou eliminar o uso de areia natural.

Na entrada da Central de Concreto, o agregado miúdo deverá ter uma porcentagem de


umidade uniforme e relativamente estável, de modo a não causar variações apreciáveis no
total da água do concreto.

O agregado miúdo estará de acordo com o prescrito pela ABNT para uso no concreto e
requisitos indicados no Quadro 7.1, a seguir.

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QUADRO 7.1 - AGREGADO MIÚDO
PROPRIEDADE MÉTODO DE ENSAIO LIMITES
NBR 7211/2005
Composição Mineralógica NBR 7389 -
Absorção (%) NBR NM30 -
Granulometria (M.F.) NBR NM 248 -
Granulometria a Lazer de Material Pulverizado 1.02.1333 *** _
Inchamento Médio (%) Umidade Crítica NBR 6467 -
Massa Específica – (g/cm³) NBR NM 52 -
Sanidade ao Ataque por Sulfato de Sódio (%) ASTM C 88 < 10,0%(*)
Teor de Matéria Orgânica NBR NM49 (**)
Massa Unitária no Estado Solto (kg/dm³) NBR 7251 -
Teor de Argila em Torrões e Materiais Friáveis (%) NBR 7218 < 1,5%
Teor de Material Pulverulento(%) NBR NM 46 < 5,0% (*****)
Teor de Partículas Leves NBR 9936 < 0,5% **** < 1,0%
Reatividade Potencial (%) – Método Químico NBR 9774 (*)
Reatividade Potencial (%) – Método Acelerado ASTM C 1260 < 0,1%

(*) Limite especificado pela norma ASTM C-33


(**) Limite especificado pela norma NBR 7211
(***) Procedimento FURNAS
(****) Concreto aparente
(*****) O teor de materiais pulverulentos poderá superar o limite indicado, caso tais materiais sejam
provenientes da pulverização de rocha sã durante o processo de britagem. Neste caso há que
se proceder aos ajustes necessários nas dosagens do concreto.

Ensaios colorimétricos para indicação de impurezas orgânicas pelo Método NBR NM 49, da
ABNT: a cor do líquido em que a amostra está imersa no ensaio não será mais escura do que a
cor padrão de referência. Caso contrário, a liberação ficará condicionada a resultados
satisfatórios em ensaios complementares, incluindo o da NBR 7221.

ET-5.7.1Qualidade
O agregado miúdo deverá consistir de fragmentos sem películas, duros, densos e resistentes.
As porcentagens de substâncias deletérias no agregado, ao ser colocado na betoneira, não
deverão exceder aos valores prescritos pela ABNT para uso no concreto.

O agregado miúdo quando obtido da britagem da rocha, deverá ser manufaturado


exclusivamente com rocha sã, isento de crostas ou películas amareladas indicativas de
alteração.

ET-5.7.2Granulometria
Os agregados miúdos deverão ser bem graduados e, quando colocados na betoneira, a
graduação deverá estar de acordo com a granulometria definida no Quadro 7.2, a seguir:

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QUADRO 7.2 – FAIXA GRANULOMÉTRICA PARA
AGREGADO MIÚDO
Peneira Nº Porcentagem em Porcentagem em
Peso Passante Peso Passante
Areia Natural Areia Artificial
3
8" (10,0 mm) 100 100
nº 4 (4,80 mm) 95-100 95-100
nº 8 (2,40 mm) 65-80 80-100
nº 16 (1,20 mm) 40-60 50-85
nº 30 (0,60 mm) 25-40 25-60
nº 50 (0,30 mm) 10-28 15-30
nº 100 (0,15 mm) 5-20 10-20
nº 200 (0,075 mm) 0-2 8-15

Além dos limites indicados no Quadro 7.2, o agregado miúdo deverá ter um módulo de finura
não inferior a 2,3 e não superior a 3,1. Durante operações normais, pelo menos 9 de 10
amostras não deverão variar além de 0,20 da média. O módulo de finura deverá ser
determinado dividindo-se por cem a soma das porcentagens acumuladas retidas nas peneiras
acima designadas. O teor de material passante pela peneira #200, deverá ser não inferior a
12% a não superior a 20% no caso de uso de 100% de areia artificial. Durante as operações
normais pelo menos 9 entre 10 amostras não deverá variar 2 pontos percentuais da média.

Cuidados especiais com a granulometria deverão ser tomados quando da utilização de


concreto auto-adensável, de maneira a garantir a integridade da massa e a coesão da mistura
de concreto.

ET-5.7.3Estocagem
O agregado miúdo deverá ser estocado e conservado de modo a evitar contaminação por
materiais estranhos. As pilhas de estoque deverão ser formadas de modo a impedir
segregação. A disposição dos materiais estocados e sua retirada deverão ser efetuadas de
maneira a obter a melhor uniformidade da graduação, tanto quanto praticável. As pilhas de
estocagem deverão dispor de sistema adequado de drenagem e serem utilizadas de maneira a
permitir um mínimo de 24 horas de drenagem, anteriormente à utilização do agregado.

A areia natural deverá ser peneirada a fim de eliminar materiais indesejáveis ou de grandes
dimensões, que possam estar nela incorporados, antes de sua deposição na pilha de
alimentação da central de concreto. Poderá ser requerida a lavagem desta areia antes da sua
colocação na pilha de estoque.

A quantidade mínima de agregado estocado deverá ser determinada do acordo com o


cronograma de construção mas não deve ser inferior a 30 dias de produção de concreto.

ET-5.8. AGREGADO GRAÚDO


O termo "agregado graúdo" é empregado para designar o agregado bem graduado, com
dimensões entre 4,8 a 50 mm (3/16" a 2"), ou qualquer dimensão ou faixa dentro destes limites.

MV-MC-GER-ET-03-001 51/154
O agregado graúdo para concreto deverá ser exclusivamente composto de rocha britada de
rocha sã. Ao ser transportado para a central de concreto, o agregado graúdo deverá ter um
teor de umidade uniforme e estável.

O agregado graúdo deverá atender as normas vigentes da ABNT e demais requisitos definidos
no Quadro 8.1, a seguir:

QUADRO 8.1 - AGREGADO GRAÚDO


PROPRIEDADE MÉTODO DE LIMITES
ENSAIO NBR 7211
Análise Petrográfica NBR 7389 -
Absorção (%) NBR NM 53 -
Granulometria (M.F.) NBR NM 248 -
Massa Específica – (g/cm³) NBR NM 53 -
Sanidade ao Ataque por Sulfato de Sódio (%) ASTM C 88 < 12%(*)
Massa Unitária no Estado Solto (kg/dm³) NBR 7251 -
Teor de Argila em Torrões e Materiais Friáveis (%) NBR 7218 < 3,0%
Teor de Material Pulverulento(%) NBR NM 46 < 1,0% (***)
Teor de Partículas Leves NBR 9936 < 0,5% (**)
< 1,0%
Abrasão Los Ângeles(%) NBR NM 51 < 50%
Ciclagem Acelerada Água/Estufa (%) NBR 12696 -
Ciclagem Acelerada Etileno Glicol (%) NBR 12697 -
Ciclagem Natural (%) NBR 12695 -
Reatividade Potencial (%) – Método Químico NBR 9774 (*)
Reatividade Potencial (%) – Método Acelerado ASTM C 1260 < 0,10%
(*) Limite especificado pela norma ASTM C-33
(**) Concreto aparente
(***) O teor de materiais pulverulentos poderá superar o limite indicado, caso tais materiais
sejam provenientes da pulverização de rocha sã durante o processo de britagem,
desde que ensaiados previamente.

ET-5.8.1Qualidade
O agregado graúdo deverá consistir de fragmentos de rocha sólidos, densos, resistentes e sem
películas obtidos por britagem de rocha maciça, sem presença de alterações que
comprometam sua aplicação em concretos.

A porcentagem de substâncias deletérias, em qualquer dimensão de agregado graúdo, ao ser


transportado para a betoneira, não deverá exceder aos valores apresentados a seguir:

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QUADRO 8.2 – VALORES MÁXIMOS DE SUBSTÂNCIAS DELETÉRIAS
PRESENTES EM AGREGADOS GRAÚDOS
Porcentagem em
peso
Material passando na peneira nº 200, de natureza argilosa ou argilo- 1,0
siltosa
Partículas com massa específica inferior a 1,95 tf/m³ (partículas de 2,0
folhelho, matéria carbonosa, etc.), de acordo com a NBR 9936
Torrões de argila, de acordo com a NBR 7218 0,5
Outras substâncias deletérias 1,0

O agregado graúdo deverá ser rejeitado se não atender às exigências dos seguintes ensaios:

Ensaio de abrasão "Los Angeles": perda inferior a 12%, em peso, a 100


rotações, ou 48%, em peso, a 500 rotações, usando-se a graduação A (NBR NM
51).
Ensaio de durabilidade com sulfato de sódio: perda inferior a 10%, em peso
(ASTM C-88).
Peso específico da rocha: superior a 2,80 tf/m³ para superfície saturada, base
seca (NBR NM 53).

O agregado graúdo deverá ser manufaturado exclusivamente com rocha maciça sã, isento de
crostas ou películas amareladas indicativas de alteração.

ET-5.8.2Granulometria
O agregado graúdo será composto de duas faixas granulométricas de 4,8 a 25 mm (brita nº 1
ou 1”) e 25 a 50 mm (brita nº 2 ou 2”), obtido da central de britagem. Admite-se uma fração de
infra e supratamanhos, nas duas faixas, em torno de ± 5,0%.

QUADRO 8.3 – FAIXA GRANULOMÉTRICA PARA


AGREGADO GRAÚDO
Porcentagem em peso passante
Peneira nº
4,8 - 25 mm (25 mm) 25 - 50 mm (50 mm)
2” (50 mm) 95 - 100
1 1/2” (38 mm) 66 - 86
1” (25 mm) 40 - 60
3/4” (19 mm) 95 - 100 0-5
3/8” (10 mm) 26 - 46
nº 4 (4,8 mm) 0-5

O teor de material passante na peneira #200 proveniente de rocha pulverizada não deverá
exceder 2% para a brita 25mm e 1% para a brita 50mm.

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O diâmetro máximo do agregado graúdo a ser empregado nas várias partes da Obra deverá
estar de acordo com o Quadro 8.4, a seguir:

QUADRO 8.4 – USO DO AGREGADO


Dimensão máxima do Uso previsto
agregado
2" (50 mm) Lajes, paredes e pilares com espessura superior a 30 cm, partes
maciças de estruturas e paramentos de baixa permeabilidade
1" (25mm) Paredes, lajes e vigas finas, com espessura inferior ou igual a 30 cm e
junto aos vedajuntas

ET-5.8.3Estocagem
As pilhas de estoque deverão ser formadas e conservadas de modo a evitar a contaminação
por qualquer material estranho, a mistura das faixas granulométricas de agregados antes da
incorporação no concreto, a segregação e fraturamento excessivo. Nenhum equipamento
enlameado deverá operar nas pilhas de estocagem.

As pilhas de estoque serão providas de drenagem, de modo a permitir um escoamento


satisfatório, no mínimo, 24 horas antes da utilização do agregado graúdo. Deverá ser sempre
mantido um estoque suficiente para permitir um lançamento contínuo do concreto dentro do
programa previsto de construção. O volume estocado, por dimensão do agregado, deverá ser
determinado de acordo com o programa de concretagem mas deve ser suficiente para
assegurar pelo menos 30 dias de produção de concreto.

ET-5.9. DOSAGEM DO CONCRETO


O concreto será dosado de forma a se obter misturas suficientemente trabalháveis que, com a
mínima quantidade possível de cimento, possam atender às exigências destas Especificações.

ET-5.9.1Controle
Para determinar os traços a serem utilizados nos concretos das várias partes da Obra, deverão
ser desenvolvidos estudos de dosagens e ensaios experimentais com agregados e com
concreto. As proporções de todos os materiais que compõem o concreto poderão ser
modificadas, sempre que for necessário, a fim de manter o padrão de qualidade exigido.

O teor de aglomerantes nos vários tipos de concreto variará de acordo com a resistência
especificada no projeto, dependendo dos requisitos estruturais. As dosagens de concreto serão
elaboradas visando o emprego das maiores quantidades possíveis de agregado miúdo e
graúdo.

ET-5.9.2Classes de Concreto
Os concretos convencionais destinados às diversas partes das estruturas serão classificados
de acordo com a resistência característica de projeto (fck) e de acordo com sua idade de
controle. Estas classes estão definidas no Documento “Critérios de Projeto Civil”.

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ET-5.10.ENSAIOS DO CONCRETO
A CONTRATADA efetuará todos os ensaios necessários à definição, produção e controle dos
concretos, atendendo à NBR 12655 e NBR 12654. Para isto, a CONTRATADA instalará,
operará e manterá um laboratório suficientemente equipado para realizar todos os ensaios, de
conformidade com as normas aplicáveis da ABNT. De um modo geral, esses ensaios
compreenderão:

Determinação da adequabilidade dos materiais propostos para utilização no


concreto.
Determinação, por meio de cálculos e/ou misturas experimentais, dos traços para
obtenção de um concreto econômico, com a necessária resistência, trabalhabilidade
e outras propriedades exigidas por estas Especificações.
Verificação, durante o andamento da Obra, da uniformidade qualitativa e
adequabilidade dos materiais.
Verificação, por meio de ensaios em corpos de prova produzidos à medida que os
trabalhos avançam, se está sendo obtido concreto com a qualidade exigida.
Determinação das alterações nos traços que se tornem necessárias ou
aconselháveis.

Os traços dos diversos concretos utilizados na Obra deverão ser verificados ou aferidos
mensalmente, visando que as diferenças entre os volumes medidos na Central e os volumes
reais lançados nas estruturas sejam mínimas.

Deverão ser mantidos registros de todos os ensaios e resultados e deverão ser emitidos, com
freqüência no mínimo mensal, relatórios técnicos apresentando estes dados devidamente
analisados e compilados. Uma cópia desses relatórios técnicos deverá ser enviada para
conhecimento da CONTRATANTE imediatamente após cada emissão.

ET-5.10.1 Ensaios com Agregados


Os ensaios serão efetuados de conformidade com as normas aplicáveis da ABNT ou outras
similares. Deverão ser executados os ensaios de controle rotineiros dos agregados, com
freqüência requerida nas normas aplicáveis citadas, nos diversos estágios das operações de
processamento, transporte, empilhamento, recuperação e mistura.

ET-5.10.2 Ensaios com Concreto


As resistências à compressão serão determinadas pelos ensaios em conformidade com a NBR
5739, em cilindros de 15 cm x 30 cm e/ou 20 cm x 40 cm, feitos e curados de conformidade
com a NBR 5738. As amostras para a confecção desses cilindros serão obtidas em
conformidade com as especificações em vigor da ABNT. Serão retiradas amostras em número
suficiente para proporcionar um registro completo das resistências do concreto empregado em
cada parte da Obra.

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ET-5.11.PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

ET-5.11.1 Central de Concreto


O canteiro de obra deverá ser equipado com pelo menos uma moderna central de concreto
dosadora e misturadora, para produção de concreto convencional com controle automático,
que permita obter dosagens que atendam aos requisitos desta Especificação.

A central de concreto convencional deverá possuir:

Capacidade efetiva de produção compatível com o cronograma da obra;

Dispositivos para dosagens em peso de todos os materiais, exceto os aditivos


incorporadores de ar e redutores de água que poderão ser dosados em
volume;

Silos ou compartimentos de dimensões amplas, separados para todas as


condições de trabalho, para cimento e agregados;

Capacidade de dosar no mínimo três traços pré-definidos, dispondo de meios


para identificar e direcionar cada mistura sem erro para o lançamento
apropriado;

Balanças separadas e adequadas para a medição e controle preciso de cada


um dos materiais que comporão cada betonada;

Dispositivos que permitam a observação dos mostradores das balanças, a


operação das comportas e a descarga dos materiais;

Conjunto de pesos-padrão e outros equipamentos necessários para aferir as


balanças ou qualquer dispositivo de medida, desde zero à plena capacidade,
com limite de precisão de 0,4%;

A colocação dos materiais no misturador da central, deverá se situar dentro dos


limites de precisão definidos no Quadro 11.1, em relação às quantidades
prescritas no quadro de dosagens:

QUADRO 11.1 - LIMITES DE PRECISÃO DOS MATERIAIS


COMPONENTES DO CONCRETO
Material Porcentagem em Peso
Cimento 1,0
Água 1,0
agregado < 25 mm 2,0
agregado 25 mm 3,0
Aditivo 3,0

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Registrador de precisão para a indicação dos pesos de todos os materiais
colocados no misturador, capaz de fornecer um registro numérico contínuo e
visível dos pesos de cimento, água e de cada tipo de agregado, assim como do
tempo de mistura de cada traço, além do ano, mês, dia e hora, com
aproximação de minutos;
Dispositivos que permitam a pronta e fácil ajustagem para compensar a
variação do teor de umidade do agregado e para alterar os pesos dos materiais
que estão sendo dosados;
Mecanismo para levar água para o misturador que impeça vazamentos e
possua válvulas de saída do reservatório que não possam ser abertas antes
que as de entrada estejam totalmente fechadas;
Equipamento de dosagem construído de maneira que a seqüência e o tempo
da descarga possam ser controlados para produzir uma mistura uniforme dos
agregados e, sempre que praticável, do cimento com os agregados, à medida
que os materiais passam da tremonha de carga para dentro do misturador, cujo
controle deverá ser efetuado pela operação das comportas de descarga dos
dosadores;
Dispositivo automático para possibilitar a incorporação de aditivos aos traços,
sincronizado com a descarga do agregado ou da água e ajustado para permitir
variação na quantidade do aditivo;
Dispositivo para a indicação e registro do número de traços misturados;
Dispositivos adequados para pronta obtenção de amostras representativas de
agregado, de cada um dos dosadores;
Dispositivos, inclusive ferramentas, adequados para a obtenção de amostras
representativas do concreto, coletadas para fins de realização de ensaios;
Dispositivo, nos misturadores, para travar o mecanismo de descarga até que
haja decorrido o tempo necessário para a mistura;
Meios para rejeitar prontamente qualquer material ou concreto impropriamente
misturado ou retido no misturador por um período excessivo;
Sistema de comunicação com as frentes de serviço onde o concreto estiver
sendo lançado;
Plataforma para acesso ao piso do compartimento de controle de modo a
permitir a inspeção visual do concreto no misturador, quando da sua mistura.

ET-5.11.2 Mistura
Os traços deverão ser totalmente misturados até que apresentem aspecto homogêneo, com
todos os componentes distribuídos uniformemente. A água deverá ser adicionada antes e
durante as operações de carga na betoneira. Não deverá ocorrer mistura excessiva, que exija
adição de água para preservar a consistência do concreto. A seqüência de introdução dos
componentes deverá ser determinada no campo, por meio de ensaios de rendimento e
ajustada como necessário. O período de mistura deverá ser aumentado quando as operações
de carga e mistura não produzirem a uniformidade exigida na composição e consistência do
concreto, ou então, quando as amostras retiradas da frente, centro e fundo da betoneira
indicarem diferença superior a 10% nas proporções de areia-cimento ou água-cimento.

MV-MC-GER-ET-03-001 57/154
Em princípio, serão os seguintes os períodos de mistura para cada traço, contados depois de
estarem todos os materiais sólidos no tambor da betoneira:

Para betonadas de 2 m³ ou menos, os períodos de mistura não serão inferiores


a 1,5 minutos, nem maiores que 5 minutos, quando o concreto tiver ar
incorporado;
Para betonadas de maior volume o período de mistura será aumentado em 15
segundos para cada 0,5 m³ adicionais.
A betoneira deverá girar a uma velocidade uniforme, de acordo com as recomendações do
fabricante.

ET-5.11.3 Transporte e Distribuição


O concreto deverá ser transportado da betoneira da Central para as fôrmas, tão rapidamente
quanto praticável, limitado a um tempo máximo de 45 minutos contados a partir da adição de
água (para o caso de não se utilizar aditivos retardadores) por processos que impeçam a
segregação ou perda de componentes. Não deverá haver queda vertical superior a 1,5 m na
operação de carga, a não ser onde exista equipamento apropriado para impedir a segregação.

Quando utilizado concreto bombeado, as saídas das bombas e as tubulações deverão ter
diâmetro mínimo de 150 mm.

As calhas poderão ser utilizadas quando a consistência do concreto garantir uniformidade e


não apresentar segregação durante o lançamento. Calhas e caçambas abertas deverão ter
proteção contra sol e chuva, garantindo a mínima perda de abatimento ("slump") ou aumento
do fator A/C durante a distribuição do concreto.

Não será permitida a passagem de concreto por tubos, calhas e trombas de alumínio.

Quando nos lançamentos forem utilizados silos intermediários de armazenamento, estes


deverão ter paredes com forte declividade e comportas que permitam a saída do concreto sem
segregação e sem engaiolamento da carga.

ET-5.12.PREPARAÇÃO PARA O LANÇAMENTO

ET-5.12.1 Superfícies de Rocha


Imediatamente antes do lançamento do concreto, todas as superfícies de rocha, sobre as
quais, ou de encontro às quais, o concreto deva ser lançado deverão estar livres de água, lodo,
detritos, óleos, materiais nocivos, fragmentos soltos, semi-soltos e alterados.

Quando houver qualquer surgência de água na fundação, a mesma deverá ser coletada em
drenos apropriados e conduzida para manilhas de concreto. Os drenos deverão conduzir as
águas para tubulações, que serão identificadas. Estas tubulações deverão descarregar em
manilhas de concreto, até que o nível de água se equilibre. Após o equilíbrio do nível de água,
as manilhas serão preenchidas com brita, até o nível de água, e as tubulações e manilhas
injetadas. O restante da manilha, acima do nível de água, será preenchida com concreto.

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As superfícies de fundações porosas de encontro às quais o concreto deva ser lançado serão
completamente umedecidas, de modo que a umidade de concreto fresco recém-lançado não
seja absorvida.

ET-5.12.2 Superfícies das Juntas de Construção


As superfícies de concreto sobre as quais, ou de encontro às quais, o concreto novo será
lançado, devendo a elas aderir, mas que tenham se tornado tão rígidas que o concreto novo
não possa ser incorporado ao concreto anteriormente colocado, são definidas como juntas de
construção. As superfícies das juntas de construção deverão apresentar-se limpas, ásperas e
úmidas, isentas de água livre, antes de serem cobertas com o concreto fresco. A limpeza
consistirá da remoção da nata, concreto solto ou defeituoso, películas, areia ou outros
materiais estranhos.

As superfícies das juntas de construção serão limpas com jatos de areia úmida, ou jatos de
água/ar de alta pressão, ou outro método que produza resultados iguais aos obtidos com os
jatos de areia úmida. Na limpeza das juntas de construção, será tomado cuidado para evitar
excesso de desbastamento. Depois do desbastamento e imediatamente antes do início do
lançamento do novo concreto, a superfície das juntas de construção será limpa e lavada com
jatos de ar/água, até que cessem os sinais de turvação da água. Todo o excesso de água será
removido das superfícies das juntas de construção, antes que o novo concreto seja lançado, de
modo que no ato de lançamento as juntas estejam na condição de saturadas com superfície
seca.

ET-5.13.LANÇAMENTO
Previamente a qualquer lançamento, deverão ser minuciosamente verificadas as fôrmas,
armaduras, tubulações, embutidos, feita a verificação topográfica, definidos os traços e
esquemas de lançamento, verificadas as condições gerais, quais sejam, de pessoal,
equipamentos, segurança, e estoques de materiais que garantam a execução dos lances sem
interrupção.

O concreto deverá ser lançado, sem segregação, em subcamadas aproximadamente


horizontais, com, no máximo, 0,5 m de espessura. A concretagem deverá ser uma operação
contínua, tanto quanto praticável, até que seja completada a colocação na camada, seção,
painel ou bloco.

Junto às fôrmas, o concreto deverá ser depositado, sem segregação, a uma distância de 0,5 m
e espalhado rapidamente, de modo que preencha os cantos e ângulos das fôrmas e os
espaços em volta das armaduras, juntas de vedação e outras peças embutidas.

Em locais onde for julgado necessário, deverão ser providenciadas janelas de


inspeção/adensamento nas fôrmas para garantir uma melhor qualidade do concreto adensado.
A colocação deverá ser feita em velocidade tal, que não tenha ainda sido iniciada a pega numa
superfície quando sobre ela for lançado o concreto adicional. As lajes com até 0,5 m de
espessura serão concretadas de uma só vez.

O concreto deverá ser sempre lançado com "slump" especificado pela dosagem. Em nenhuma
hipótese será permitido o acréscimo de água ao concreto para correção da trabalhabilidade.

As operações de expedição e colocação de concreto deverão estar programadas para permitir


o lançamento de concreto com traços diferentes no mesmo lance de concretagem.

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ET-5.13.1 Concreto sobre Rocha
As superfícies rochosas sobre as quais será colocado concreto deverão estar limpas, isentas
de óleo, água parada ou corrente, lama e detritos. Imediatamente antes da colocação do
concreto, todas as superfícies deverão ser totalmente limpas com jatos de ar e água sob alta
pressão.

Não deverão ser liberados lançamentos de concreto com limpeza parcial da fundação de
rocha.

Todas as superfícies deverão estar no estado de saturado com superfície seca (SSS) antes da
colocação do concreto e todas as superfícies aproximadamente horizontais deverão ser
cobertas, imediatamente antes da colocação de concreto, com cerca de 2 cm de argamassa,
com a mesma relação cimento-areia usada no concreto. Esta argamassa deverá ser
uniformemente distribuída de modo a cobrir todas as irregularidades da superfície.

Onde forem empregados drenos cegos para controlar a água de infiltração, estes deverão ser
protegidos com concreto de baixa fluidez, antes do início da colocação do concreto.

ET-5.13.2 Concreto do Tampão da Estrutura de Desvio

O concreto do tampão da estrutura de desvio deverá ser executado em camadas horizontais,


obedecendo as juntas de construção previstas nos Desenhos de Projeto.

A máxima altura de camada não excederá a 1,50 m, devendo ser construída por métodos que
garantam o mínimo consumo de cimento e o máximo tamanho de agregado graúdo, com o
objetivo de diminuir a diferença de temperatura entre o concreto da adufa e o concreto dos
tampões. A utilização de bombas para o lançamento do concreto deverá ser limitada à última
camada.

A última camada do tampão deverá ser lançada por meio de bombas.

A execução das injeções finais de impermeabilização, de acordo com a ET-3, será programada
em função do equilíbrio térmico entre o concreto da adufa e o concreto dos tampões.

A CONTRATADA programará a instalação de termômetros de resistência elétrica ou pares


térmicos para acompanhar o diferencial térmico entre o concreto do tampão e a parede do
concreto da adufa, de tal maneira a definir a época certa para a execução das injeções finais
de impermeabilização, de acordo com a ET-3.

ET-5.13.3 Concreto de Segundo Estágio para Unidades Geradoras

A concretagem de segundo estágio das unidades geradoras, deverá em princípio ficar limitada
à ancoragem da caixa espiral.
Após a instalação de cada equipamento, ou grupo de componentes, a serem embutidos, será
realizada a correspondente etapa de concretagem de segundo estágio.

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Não deverão ser utilizados vibradores a menos de 0,3 m das blindagens ou peças de apoio,
seja do tubo de sucção, da caixa espiral, do pré-distribuidor, blindagem do poço, fundações dos
geradores, tubulações ou qualquer outro material a ser embutido permanentemente na região.
O limite usual de temperatura contra partes metálicas da caixa espiral durante a concretagem,
de 50 a 60 graus Celsius deverá ser respeitado.
As concretagens da região correspondente à interligação da caixa espiral com o conduto
forçado deverão ser executadas assim que forem terminados os trabalhos do Montador nesse
setor.

ET-5.13.4 Concreto de Segundo Estágio dos Equipamentos Hidromecânicos

O concreto de segundo estágio dos equipamentos hidromecânicos deverá ser lançado


cuidadosamente, a uma velocidade não superior a 40 cm/h. A altura das camadas do concreto
junto ás guias das comportas não poderá ser maior do que 2,5 m. Deverão ser tomados
cuidados especiais para evitar segregação do concreto e no seu adensamento, de modo a
evitar a presença de ar na região das emendas, reforços e fixação das guias, devendo ainda
ser deixados tubos para injeção e saída do ar, conforme indicado nos Desenhos de Projeto.

Para as guias e quadros de vedação, o concreto deverá ser produzido nas frentes de serviço
em betoneiras estacionárias com capacidades compatíveis com os volumes e as velocidades
de concretagem especificadas. Neste tipo de concreto o cimento deverá ser dosado em sacos,
os agregados medidos em volume e a água adicionada a partir de recipientes graduados.

No posicionamento das fôrmas e na realização das concretagens deverão ser evitados danos
às partes metálicas, que não poderão sofrer desalinhamentos além das tolerâncias admitidas.

As superfícies das juntas no concreto de primeiro estágio deverão ser rigorosamente tratadas,
inclusive com apicoamento total, de modo a eliminar todas as substâncias e materiais
indesejáveis.

ET-5.13.5 Concreto de Segundo Estágio de Caminhos de Rolamento de Equipamentos de


Içamento
Os lançamentos do concreto de segundo estágio dos caminhos de rolamento das pontes e
pórticos rolantes, deverão ser executados conforme requisitos estabelecidos nos Desenhos de
Projeto, evitando danos aos equipamentos, obedecendo às tolerâncias de posição dos
mesmos, que não poderão ser desalinhados. Onde requerido, deverão ser executadas injeções
de contato entre o concreto e as placas e demais elementos metálicos das fundações.

O concreto deverá ser executado com os mesmos cuidados e meios descritos para os
concretos de segundo estágio dos equipamentos hidromecânicos.

ET-5.13.6 Colocação de Concreto Através de Armaduras


Ao colocar o concreto através de armaduras, dever-se-á ter o cuidado para que não ocorra a
segregação dos agregados. No fundo de vigas e lajes, onde a acumulação de barras perto das
fôrmas dificulta a colocação, deverão ser primeiramente colocadas camadas de argamassa

MV-MC-GER-ET-03-001 61/154
com, no mínimo, 15 mm de espessura, dosada com a mesma proporção de cimento-areia
usada no concreto que irá cobrir a armadura.

Deverá ser tomado cuidado especial quando as barras formarem gaiolas ou divisórias no lance
de concretagem. Nestas regiões, as camadas deverão ser contínuas, com suas juntas
horizontais e, principalmente as verticais, englobando essas barras.

ET-5.13.7 Bases de Equipamentos Permanentes em Geral


O lançamento dos concretos pertinentes às bases de equipamentos em geral, tais como,
bombas hidráulicas, cubículos elétricos, compressores, tubulações, válvulas, suportes para
dutos, painéis, prateleiras, dispositivos para montagem e outros similares, deverá ser
executado conforme requisitos estabelecidos pelo projeto, evitando danos aos equipamentos,
bem como obedecendo às tolerâncias de posição dos mesmos, que não poderão ser
desalinhados. Onde requerido, deverão ser executadas injeções de contato entre o concreto e
as placas e demais elementos metálicos das fundações.

ET-5.13.8 Adensamento do Concreto


Cada camada de concreto deverá ser adensada à máxima densidade praticável, de maneira a
não conter bolsões ou vazios no seu interior ou ao longo das superfícies das fôrmas e materiais
embutidos. Ao adensar cada camada de concreto, deve-se deixar que o cabeçote de vibração
penetre e revibre o concreto na parte superior das camadas subjacentes, onde praticável, ou
onde o concreto subjacente não venha a ser danificado. O vibrador deverá ser operado numa
posição quase vertical, deixando que o cabeçote penetre sob a ação de seu próprio peso.

Deverá ser evitado qualquer contato dos vibradores em operação com a armadura ou qualquer
material embutido.

A vibração excessiva, que provoque segregação e exsudação de água, deverá ser evitada.
Não se prevê o uso de vibradores de superfície e/ou de fôrmas. O equipamento de vibração
deverá sempre ser adequado, em número de unidades, diâmetro e potência unitária, para
adensar, satisfatoriamente, todo o concreto.

Para o concreto massa, a vibração continuará até que deixem de aparecer bolhas de ar na
superfície do concreto. As camadas adicionais do concreto não serão superpostas até que o
concreto lançado anteriormente tenha sido completamente vibrado. Serão tomadas precauções
para evitar-se contato entre as cabeças vibratórias e as faces das fôrmas.

Será evitada a vibração excessiva que cause segregação, exsudação e excesso de água na
superfície.

O adensamento do concreto será feito por vibradores de imersão. Não serão empregados
vibradores de superfície.

Todos os vibradores deverão ser mantidos em operação, estritamente dentro das


especificações dos fabricantes. Os vibradores com cabeças vibratórias menores que 10,0 cm
de diâmetro, usados para vibrar concreto em peças estruturais de pequena espessura, serão
operados com velocidade de, pelo menos, 7.000 oscilações por minuto.

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As partículas graúdas de agregado que estiverem na superfície ou nas bordas das
subcamadas de concreto deverão ser introduzidas na massa de concreto durante a operação
de adensamento, por operação manual ou paleamento.

Os vibradores não deverão ser utilizados para promover a distribuição do concreto na


subcamada. A CONTRATANTE poderá exigir revibração do concreto nos locais em que julgar
necessário.

O equipamento para adensamento deverá ser freqüentemente inspecionado e mantido em


perfeitas condições de funcionamento pela CONTRATADA.

A quantidade, o diâmetro, a potência unitária e demais características dos vibradores


colocados na obra deverão ser suficientes e adequados para atender a todos os padrões de
qualidade aqui especificados, bem como compatíveis com as dimensões das peças a serem
concretadas.

ET-5.13.9 Acabamento da Superfície dos Lances de Concreto


A manipulação do concreto adjacente à superfície de cada camada, quando de sua conclusão,
deverá ser a mínima necessária para produzir não somente o grau de adensamento desejado
na superfície, mas também uma textura com aspereza suficiente para aderir ao lance seguinte
do concreto. Todas as superfícies finais não produzidas por fôrmas e que não devam ser
cobertas por outra camada de concreto ou reaterro deverão ser executadas ligeiramente acima
do nível, e cortados por régua, ou poderão receber outro acabamento necessário que garanta a
qualidade especificada, como indicado nos Desenhos de Projeto, e aprovado pela
CONTRATANTE.

ET-5.13.10 Espaçamento de Juntas Verticais


O espaçamento de juntas verticais, incluindo juntas de construção e contração, deverá ser
como definido nos Desenhos de Projeto.

ET-5.13.11 Tempo entre Lançamentos Adjacentes

O tempo entre lançamentos deverá ser definido como o tempo decorrido desde o passar da
régua num lance até o início do lançamento adjacente. O tempo mínimo decorrido entre
lançamentos adjacentes será como segue:

Tomada de Água ................................................................................................... 7 dias

Superestrutura da casa de força ............................................................................ 5 dias

Outros locais ........................................................................................................... 3 dias

ET-5.13.12 Lances de Concretagem


A altura admissível para cada lance de concretagem deverá ser a indicada nos Desenhos de
Projeto, ou como determinado para cada estrutura. A altura máxima permissível e o tempo
mínimo decorrente entre a colocação de lances sucessivos, em geral, será como estabelecido
no Quadro 13.1, a seguir:

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QUADRO 13.1 - LIMITES DE ALTURA E TEMPO PARA O
LANÇAMENTO DO CONCRETO CONVENCIONAL
Local Altura máxima Tempo mínimo entre a
permissível de cada colocação de lances
lance de concretagem sucessivos
Concreto de grandes blocos ou 0,6 m quando iniciado em 72 horas
lajes com mais de 2 m de rocha ou concreto com
espessura mais de 14 dias; 1,5 m em
caso contrário
Paredes e pilares com menos de 2,5 m 48 horas
3 m de espessura
Paredes e pilares com 2,0 m 48 horas
espessura entre 3 e 5 m
Concreto ao redor da caixa 2,5 m 72 horas
espiral e blindagem do tubo de
sucção
"Blockouts" de guias de 2,5 m 6 horas
comportas e grades
Todos os outros concretos Como mostrado nos 72 horas
Desenhos de Projeto

ET-5.13.13 Lançamento de Concreto sob Chuva


Deverão ser tomadas todas as precauções nos lançamentos quando houver iminência de
chuvas, ou na ocorrência delas. Se a incidência de chuvas afetar o lançamento de concreto em
qualquer estrutura deverá ser providenciada uma proteção para os lançamentos ou, em caso
extremo, suspender o lançamento até que as condições garantam a qualidade do concreto.

ET-5.13.14 Retomada de Juntas Frias


Em função de problemas que possam afetar um lançamento de concreto, este poderá ser
interrompido. Caso o lançamento reinicie antes do início de pega do concreto em todas as
frentes das camadas do lance, não será necessário nenhum tratamento. Em caso contrário, a
junta fria deverá ser tratada como uma junta de construção comum, conforme o item 14 desta
especificação técnica.

Após a execução do tratamento, a limpeza, o ajuste das fôrmas e outras operações o


lançamento será retomado.

A junta fria, sempre que possível, deverá estar situada em locais de pequena solicitação
estrutural e pouca densidade de armadura e embutidos.

ET-5.14.TRATAMENTO DAS JUNTAS DE CONSTRUÇÃO


As superfícies de concreto sobre as quais, ou de encontro às quais, o concreto novo será
lançado, devendo a elas aderir, mas que tenham se tornado tão rígidas que o concreto novo
não possa ser incorporado ao concreto anteriormente colocado, são definidas como juntas de
construção. As superfícies das juntas de construção deverão apresentar-se limpas, ásperas,
isentas de água livre, antes de serem cobertas com o concreto fresco. A limpeza consistirá da
remoção da nata, concreto solto ou defeituoso, películas, areia ou outros materiais estranhos.
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As superfícies das juntas de construção serão limpas com jatos de areia úmida, ou jatos de
água/ar de alta pressão, ou outro método que produza resultados iguais aos obtidos com os
jatos de areia úmida. Na limpeza das juntas de construção, será tomado cuidado para evitar
excesso de desbastamento do novo concreto, a superfície das juntas de construção será limpa
e lavada com jatos de ar/água, até que cessem os sinais de turvação da água. Todo o excesso
de água será removido das superfícies das juntas de construção, antes que o novo concreto
seja lançado, de modo que no ato de lançamento as juntas estejam na condição de saturadas
com superfície seca.

Durante os estágios iniciais de endurecimento, deverão ser evitados distúrbios no concreto e


na armadura de espera na superfície das juntas de construção. O tráfego sobre o concreto
recente, caso se torne necessário, deverá ser feito sobre lastros de madeira, colocados de
modo a evitar danos no concreto.

ET-5.14.1 Limpeza das Juntas Horizontais


As juntas de construção horizontais, nas camadas com superfícies relativamente expostas e
acessíveis, deverão ser preparadas para receber a camada seguinte, através de corte por água
a alta pressão. Poderá ser utilizada a limpeza por corte com jato de ar-água antes do fim da
pega, desde que imediatamente antes da concretagem do lance seguinte se proceda o corte
final por água a alta pressão. Se a superfície de um lance for de difícil acesso ou estiver
congestionada, o corte por meio de jatos de ar-água não deverá ser empregado devendo-se,
posteriormente, aplicar o apicoamento ou água a alta pressão. Os procedimentos para limpeza
das juntas estão descritos a seguir. Não poderá ser utilizado aditivo retardador de pega nas
superfícies das juntas de construção horizontais.

a) Corte por Ar-Água

O corte por ar-água de uma junta de construção deverá ser executado após o início da pega
ter ocorrido, porém antes de o concreto ter atingido a pega final. A superfície deverá ser
cortada com um jato ar-água, para remover toda a nata e para expor agregado limpo e
sólido, mas não a ponto de cortar o agregado graúdo. Após o corte, a superfície deverá ser
lavada enquanto existirem traços de turbidez na água sobre as juntas cortadas.

b) Corte por Água a Alta Pressão

O corte por água a alta pressão (mínimo 400kg/cm2) deverá ser executado após o concreto
ter atingido a pega final e imediatamente antes da colocação do lance seguinte. Deverá ser
regulado de modo a resultar uma superfície semelhante à tratada por corte por ar-água. A
superfície do concreto deverá ser totalmente lavada para remover todo o material solto.

c) Apicoamento

O apicoamento deverá ser utilizado em locais onde não for possível o tratamento das juntas
de construção por outros meios. A região das guias dos equipamentos hidromecânicos
deverá ser apicoada.

ET-5.14.2 Limpeza das Juntas de Construção Verticais


As juntas de construção verticais deverão ser limpas por jateamento úmido de areia,
apicoamento ou água a alta pressão.

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ET-5.14.3 Vedajuntas de Aço
Caso definido e mostrado nos Desenhos de Projeto deverão ser colocados vedajuntas de aço
nas juntas de construção. O aço deverá ser, no mínimo, da categoria ASTM-A36.

ET-5.15.FÔRMAS
Onde necessário, as fôrmas deverão ser usadas para confinar o concreto e dar-lhe a forma nas
linhas exigidas pelos Desenhos de Projeto. As fôrmas deverão ter resistência suficiente para
suportar a pressão resultante do lançamento e vibração do concreto, estar rigidamente fixadas
na posição correta e ser suficientemente estanques para impedir a perda de argamassa. As
fôrmas para superfícies que receberão aterro poderão ser construídas com madeira bruta e
aquelas para superfícies expostas e de passagem de água deverão ser revestidas ou
construídas com material liso, tal como aço ou madeira compensada.

O revestimento das fôrmas deverá ser mantido em condições tais que garanta o nível de
acabamento exigido para o concreto e substituído quando necessário, por material novo.
Deverão ser colocadas tiras nos cantos, de modo a produzir cantos chanfrados nas superfícies
do concreto permanentemente expostas. Os ângulos interiores dessas superfícies não
necessitarão chanfros, salvo se exigidos nos Desenhos de Projeto.

Os materiais das fôrmas de contato com o concreto deverão ser adequados para produzirem
acabamentos como especificado mais adiante, os quais, de um modo geral, podem ser
classificados conforme o Quadro 15.1:

QUADRO 15.1 - TIPOS DE ACABAMENTO DAS FÔRMAS PARA CONCRETO


Local Acabamento
Parapeito da barragem e encontros laterais Liso
Superfícies hidráulicas do vertedouro – ogiva, laje e pilares Muito liso
Estrutura da tomada de água – passagens de água Muito liso
Estrutura da tomada de água – faces externas, pisos, guias e Liso
parapeitos
Casa de força – superfícies externas Liso
Casa de força – passagens de água Muito liso
“Blockouts” Áspero

Deverá ser tomado cuidado especial no preparo das fôrmas da ogiva do vertedouro, das
passagens de água na tomada de água e outras superfícies que irão entrar em contato com o
fluxo de água, para se obter acabamentos muito lisos, isentos de saliências e outras
irregularidades que possam causar cavitação.

ET-5.15.1 Tirantes
Os tirantes metálicos, usados para prender as fôrmas, deverão permanecer embutidos e
terminar, no mínimo, 50 mm para dentro das superfícies dos concretos. Os vazios deixados
pelos tirantes deverão ser enchidos com concreto ou argamassa. A composição da argamassa
será definida em testes de laboratório e deverá alcançar uma coloração tão aproximada quanto
possível à do concreto existente.

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Os esticadores embutidos nas extremidades dos tirantes deverão ser tais que sua remoção
deixe furos de formato regular. Os furos nas faces permanentemente expostas ao ar ou à água
deverão ser enchidos com argamassa seca não retrátil.

Não deverão ser utilizados tirantes de arame embutidos, para prender as fôrmas, em paredes
de concreto sujeitas a pressão de água, ou onde as superfícies de concreto, através das quais
os tirantes se estendam, venham a estar permanentemente expostas. Estes poderão ser
usados onde deva ser feito aterro contra ambos os lados das paredes. Os tirantes deverão ser
cortados rentes às superfícies do concreto, depois de removidas as formas, devendo ser
pintados com tinta betuminosa ou anti-corrosiva, conforme definido nos Desenhos de Projeto .

ET-5.15.2 Limpeza e Preparo


Por ocasião da colocação do concreto nas fôrmas, as suas superfícies deverão estar isentas
de incrustações de argamassa, cimento ou qualquer material estranho que possa contaminar o
concreto ou interferir com o cumprimento das exigências das especificações relativas ao
acabamento das superfícies. Antes do lançamento do concreto ou durante a movimentação
das fôrmas, as superfícies deverão ser untadas com um desformante comercial apropriado que
possa, efetivamente, impedir a aderência e que não manche as superfícies do concreto. Dever-
se-á tomar cuidado para que este desformante não contamine o concreto que se ligará com
uma nova camada, nem afete a armadura, o material embutido, vedajuntas e outros materiais.

ET-5.15.3 Remoção
Em geral, as fôrmas deverão ser removidas logo que praticável, a fim de evitar demora na cura
e reparos das imperfeições de superfície. As fôrmas deverão permanecer no lugar por tempo
não inferior a:

QUADRO 15.2 - TEMPO MÍNIMO PARA A REMOÇÃO DAS FÔRMAS


Peça Estrutural Tempo
Lajes 14 dias
Faces laterais de vigas 7 dias
Colunas e paredes 3 dias
Concreto massa 1 dia

As fôrmas deverão ser removidas com cuidado, a fim de evitar danos ao concreto. Quando
estes ocorrerem, os reparos ou tratamentos necessários deverão ser executados de imediato,
de tal forma a alcançar coloração tão aproximada quanto possível do concreto existente.

ET-5.16.ESCORAMENTO
Os escoramentos das estruturas em concreto deverão ser executados exclusivamente com
peças metálicas e/ou sistemas industrializados tais como: sistemas tubulares, treliças metálicas
ou de madeira, perfis metálicos, sistemas tubulares de encaixe.

Estes cimbramentos deverão ser dimensionados de forma a suportar, com segurança, todas as
cargas e sobrecargas atuantes durante as etapas construtivas até o concreto atingir as
propriedades mecânicas especificadas. Também as deformações das peças deverão ser

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avaliadas e minimizadas, mantendo-se sempre dentro das linhas teóricas, dos limites das
normas e dos parâmetros condicionantes dos componentes e equipamentos eletromecânicos.

Os escoramentos deverão dispor de mecanismos apropriados que permitam a realização do


descimbramento sem choques e sem causar danos à estrutura.

Cada operação de descimbramento de uma estrutura será condicionada pelo tipo de concreto
aplicado, sua deformabilidade e resistência verificadas em corpos de prova, a idade de controle
e as cargas atuantes.

O critério adotado no dimensionamento é de que cada laje, durante a fase construtiva, não
necessite estar escorada para suportar os esforços atuantes gerados pela distribuição do
cimbramento do piso imediatamente superior.

De forma genérica as lajes terão então sua resistência e deformabilidade para descimbramento
definidas de forma a admitir o carregamento de seu peso próprio e das cargas atuantes
provenientes do escoramento apenas do piso imediatamente superior.

ET-5.17.CURA E PROTEÇÃO
Em geral, o concreto deverá ser curado logo após a pega, como segue:

Pisos, Degraus e Juntas de Construção Horizontais:


O concreto dos pisos, degraus de escadas e juntas de construção horizontais das
estruturas deverá ser curado durante 14 dias, com água ou cobertura saturada. A cura
das superfícies das juntas de construção poderá ser interrompida antes dos 14 dias,
quando após tratadas, conforme item 14 desta especificação técnica, forem cobertas
com concreto fresco.
Superfícies Internas:
As superfícies internas da casa de força e da tomada de água, incluindo os tetos,
superfícies das juntas de contração e das juntas de construção verticais, não
necessitarão cura, devendo no entanto, ser deixadas as fôrmas no lugar durante pelo
menos 3 dias. As paredes internas deverão ser lavadas durante e depois de
completadas as operações de concretagem em cotas superiores. A lavagem será feita
de maneira a manter a parede isenta de gotejamento ou escorrimento de material que
possa deixar vestígios ou manchas no concreto.
Outras superfícies:
De modo geral deverão ser curadas com água. As superfícies sem fôrmas, do topo de
paredes e pilares, deverão ser umedecidas. Estas superfícies, inclinadas ou verticais,
deverão ser mantidas completa e continuamente úmidas, antes e durante a remoção
das fôrmas, aplicando-se a água nas superfícies do topo e deixando-a fluir entre as
fôrmas e as faces de concreto. Depois deste procedimento, deverá ser feita a cura
com água.

ET-5.17.1 Cura com Água


As superfícies superiores do concreto serão mantidas úmidas, pela cobertura com um material
saturado de água ou pela sobreposição de uma lâmina permanente de água, logo que o
concreto estiver endurecido suficientemente para evitar danos provocados pela água.

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Superfícies com fôrmas serão mantidas úmidas antes e durante a remoção das fôrmas, por
água aplicada nas superfícies superiores, de maneira que a água penetre entre as fôrmas e as
faces do concreto.

A cura com água consistirá na manutenção do concreto em estado molhado durante um


período de 14 dias consecutivos, pela cobertura com material saturado de água, pela
sobreposição de uma lâmina de água, por um sistema de tubos perfurados, borrifadores
mecânicos ou mangueira perfurada.

A água utilizada na cura do concreto atenderá às mesmas exigências que a água usada na
mistura do concreto.

No caso das concretagens expostas a raios solares, deverá ser colocado um tecido úmido
espesso (sacos de aniagem) nas camadas sucessivas, de modo a proteger a superfície em
concretagem do efeito danoso de evaporação (perda excessiva de umidade).

A pulverização, se utilizada, deverá manter um lençol de umidade sobre o concreto, porém sem
deslocar a pasta de cimento ou criar uma superfície molhada durante as operações de
acabamento. As superfícies de concreto serão pulverizadas imediatamente após as operações
de acabamento.

A cura especificada começará logo que o concreto endureça. A superfície do concreto deverá
ser mantida molhada durante mudanças de métodos de cura.

Se ocorrerem fissuras devidas à retração plástica (antes que o concreto endureça), as mesmas
serão fechadas pela revibração do concreto.

Papéis impermeáveis ou membranas plásticas impermeáveis, se usados, deverão proporcionar


uma cobertura eficaz, estanque ao ar e à prova de vapor, de maneira que impeça perdas de
umidade do concreto por evaporação.

Os bordos da cobertura serão sobrepostos e vedados. O papel ou membrana permanecerá no


lugar pelo menos 14 dias. Se as superfícies tiverem que ficar sujeitas a qualquer uso durante o
período de cura, que possa romper ou danificar, de qualquer modo, a cobertura, esta será
protegida por uma camada de areia ou outro material de proteção (amortecimento).

Após a cura, a cobertura e todo o material estranho serão removidos.

A cura de superfícies nos interiores de galerias e poços não será necessária caso seja mantida
uma umidade relativa de 90% durante todo o período especificado para cura com água.

Reparos em paredes expostas serão curados pelo menos durante 7 dias, com aniagem
molhada de tipo aprovado, não devendo haver excesso de água capaz de causar gotejamento
de água em cima do concreto já concluído.

ET-5.17.2 Cura com Película

A cura através de película deverá ser feita por aplicação de um composto selante que forme
uma película retentora de água na superfície do concreto. O composto selante deverá ser
branco, qualidade reconhecida e ter consistência e qualidade uniformes, em cada recipiente de
cada lote.

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O composto selante deverá ser aplicado às superfícies de concreto por pulverização, de modo
a resultar numa película contínua e uniforme sobre toda a área. A média de aplicação deverá
ser de, no mínimo, a especificada pelo fabricante, a fim de se obter a película contínua
adequada.

O composto selante só poderá ser aplicado após molhar-se a superfície até sua saturação,
iniciando-se então a aplicação imediatamente. O equipamento de aplicação deverá ser do tipo
tanque de pressão, provido de agitadores contínuos do composto.

Durante o período de cura deverão ser controlados o tráfego e outras operações, a fim de
proteger a película contra danos. A cobertura da película com areia ou outros materiais poderá
ser empregada, se o tráfego sobre a superfície não puder ser evitado. Em caso de danos ou
descolamento da película, durante o período de cura, os reparos deverão ser imediatamente
realizados.

Este tipo de solução deverá ser empregada em áreas limitadas, com possibilidade de inspeção
da eficiência, sendo estabelecido tempo mínimo de manutenção da película igual a 28 dias.
No caso de utilização de areia para proteção contra o tráfego, será empregada uma espessura
mínima de 5 cm deste material.

Será tomado cuidado especial para assegurar uma cobertura ampla com o composto selante
nos bordos, cantos e pontos ásperos das superfícies com fôrmas. Qualquer reparo necessário
será executado depois que a aplicação do composto selante tenha sido concluída e o
revestimento esteja seco ao tato. Cada reparo, depois de acabado, será umedecido e revestido
com o composto selante, de acordo com os requisitos acima.

A cobertura de proteção não será colocada até que a película esteja completamente seca.
Toda a areia ou terra de cobertura será removida, de maneira que não danifique o concreto.

Qualquer película que for danificada ou que descole das superfícies de concreto dentro de 28
dias, após sua aplicação, será reparada sem demora.

Amostras do agente químico serão ensaiadas pela CONTRATADA. Nenhum agente químico
poderá ser usado sem que os resultados sejam satisfatórios.

ET-5.17.3 Proteção
As superfícies expostas do concreto deverão ser protegidas dos raios solares, pelo menos nos
três primeiros dias após o início da cura. Os locais sujeitos ao fluxo de água, na região do piso,
deverão ser cobertos com proteção de madeira.

ET-5.18.ACABAMENTOS
Os tipos de acabamentos a serem efetuados nas várias superfícies deverão ser os aqui
especificados, a menos que indicado em contrário nos Desenhos de Projeto. As irregularidades
nas superfícies serão classificadas como "abruptas" ou "graduais". As irregularidades causadas
por descolamento ou má colocação da fôrma, nós soltos ou madeira defeituosa, serão
consideradas como irregularidades abruptas e serão verificadas por medição direta. Todas as
outras irregularidades serão consideradas como graduais e serão verificadas por gabarito. O
comprimento do gabarito será de 1,5 m para as superfícies com fôrmas e de 3,0 m para as
demais.

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"Ninhos de abelha" e outros concretos defeituosos não serão considerados como
irregularidades e deverão ser reparados, onde ocorrerem. Deverão ser eliminadas todas as
incrustações e manchas das superfícies expostas, bem como as irregularidades que
excederem os limites a seguir especificados.

ET-5.18.1 Superfícies com Fôrmas


a) Superfícies Não Expostas

As superfícies que serão cobertas com concreto, aterro ou água, somente exigirão
correções das irregularidades ou defeitos, naquelas que alterem as características
estruturais da Obra.

b) Superfícies Não Evidentemente Expostas

Nas superfícies expostas, tais como, muros de arrimo, galerias e subestrutura da casa de
força, as irregularidades não deverão exceder a 6 mm para as abruptas e a 13 mm para as
graduais.

c) Superfícies Evidentemente Expostas

Nestas superfícies as irregularidades abruptas não deverão exceder a 3 mm e as graduais


a 6 mm.

d) Degraus de Escadas

As fôrmas para os espelhos dos degraus de escadas moldadas "in loco" deverão ser
removidas enquanto o concreto ainda não tiver endurecido, porém não antes de 12 horas,
nem depois de 24 horas após o lançamento. Quaisquer reparos necessários serão
efetuados imediatamente depois da remoção das fôrmas. A superfície dos degraus deverá
ser completamente molhada e, então, acertada com uma desempenadeira de madeira
dura, mergulhada em água contendo cerca de 5 kg de cimento Portland por litro de água.
O desempenamento deverá ser contínuo, até que as marcas das fôrmas e outras
saliências tenham sido removidas. Os resíduos dessas operações deverão ser espalhados
uniformemente com uma escova sobre as superfícies dos degraus, para encher todas as
cavidades e pequenos vazios. O desempenamento não deverá ser iniciado enquanto os
agregados possam ser ainda deslocados facilmente, nem depois que a superfície esteja
tão dura que não possa ser desbastada. Depois de completado o escovamento final, a
cura das superfícies dos degraus deverá ser continuada, até que se expire o período de
cura especificado.

e) Passagens de Água

Nestas superfícies, as irregularidades abruptas não deverão exceder a 3 mm e as graduais


a 6 mm. Entretanto, as irregularidades abruptas na crista dos vertedouros, pilares, muros
laterais, tubo de sucção e tomada de água deverão ser aplainadas.

ET-5.18.2 Superfícies sem Fôrmas


Os tipos de acabamento para as superfícies de concreto produzidas sem fôrmas serão os
realizados por sarrafeamento, desempenadeira, colher de aço e escovamento, de maneira a
produzir o tipo de acabamento especificado nos Desenhos de Projeto. As superfícies deverão

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ser inclinadas para drenagem, conforme indicado nos Desenhos de Projeto. Isso se aplica,
também, às superfícies que ficarem expostas ao tempo e que normalmente estariam em nível.
Salvo se outros declives forem indicados nos Desenhos de Projeto, as superfícies estreitas,
tais como os topos de paredes e bordas, deverão ser inclinadas, aproximadamente, em 3%.
Superfícies mais largas, como calçadas, estradas, plataformas e pisos, deverão ser inclinadas,
aproximadamente, em 2%. Nas ogivas e soleiras dos vertedouros não poderão existir
quaisquer irregularidades abruptas. No caso de ocorrerem irregularidades graduais, estas não
deverão ser maiores que 6 mm e a inclinação da irregularidade não poderá exceder à relação
1:20, em relação à linha teórica de projeto.

Os tipos de acabamento aplicáveis são os seguintes:

a) Acabamento por Sarrafeamento

O acabamento por sarrafeamento será aplicado às superfícies que serão cobertas por
material de enchimento. Esse acabamento deverá, também, ser empregado como primeiro
estágio dos acabamentos por desempenadeira e por colher de aço. As irregularidades
graduais não deverão alterar as características estruturais da Obra.

b) Acabamento por Desempenadeira

O acabamento por desempenadeira deverá ser aplicado nas superfícies não


permanentemente encobertas por enchimento. Este acabamento deverá, também, ser
usado como o segundo estágio anterior aos acabamentos por colher de aço. O
acabamento por desempenadeira poderá ser feito com equipamento manual ou acionado
mecanicamente. Deverá ser iniciado assim que a superfície acabada por sarrafeamento
tenha endurecido suficientemente e deverá ser o mínimo necessário para produzir uma
superfície isenta de marcas de sarrafo e uniforme em textura. Se o acabamento por colher
de aço for requerido, o desempenamento deverá prosseguir até que uma pequena
quantidade de argamassa, sem excesso de água, surja na superfície. As irregularidades
graduais não deverão exceder a 6 mm. As juntas e bordas deverão ser rematadas onde
mostrado nos Desenhos de Projeto. Irregularidades abruptas na ogivas e soleiras, deverão
ser alisadas.

c) Acabamento por Colher ou Desempenadeira de Aço

O acabamento por colher ou desempenadeira de aço deverá ser aplicado às superfícies


indicadas nos Desenhos de Projeto. Será necessário o acabamento por colher ou
desempenadeira de aço em todos os pisos que devem receber chapas de borracha ou
vinílicas. Quando a superfície desempenada estiver endurecida suficientemente para
impedir que venha à tona material fino em excesso, o acabamento por colher ou
desempenadeira de aço deverá ser iniciado. Esse acabamento deverá ser executado com
bastante pressão, de modo a eliminar a textura arenosa da superfície desempenada,
livrando-a de deformidades e marcas de colher. As irregularidades graduais de superfície
não deverão exceder a 6 mm, a não ser no acabamento de pisos separados, caso em que
não deverão exceder a 3 mm. Todas as superfícies acabadas por colher ou
desempenadeira de aço deverão ser protegidas contra danos durante toda a construção.

d) Acabamento por Escovamento


O acabamento por escovamento deverá ser aplicado nas superfícies de rodovias e locais
de passagem de veículos, onde indicado nos Desenhos de Projeto. Quando a superfície
desempenada tiver endurecido suficientemente para impedir que venha à tona material em
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excesso, o escovamento deverá ser iniciado puxando-se uma vassoura pela superfície, na
direção transversal à linha do eixo da rodovia.

ET-5.18.3 Preparação das Superfícies para o Reboco


As superfícies de concreto produzidas com fôrmas que devam receber acabamento de reboco
deverão ser tornadas ásperas com uma escova de aço pesada, martelamento leve ou com
outra ferramenta especial (ponteiro), imediatamente após a remoção das fôrmas. O
apicoamento e a limpeza deverão continuar até que o concreto insatisfatório e toda nata,
películas, manchas, óleo, pó, sujeira, detritos e outras matérias estranhas que possam impedir
uma aderência satisfatória sejam removidos. A superfície do concreto deverá, então, ser
totalmente lavada, para remover todo o material solto.

ET-5.18.4 Pisos em Concreto


As superfícies que receberão tratamento final através do polimento do próprio concreto de
primeiro estágio, conforme indicado nos Desenhos de Projeto, deverão ser cuidadosamente
acabadas, com as declividades indicadas. Estas áreas deverão receber acabamento do tipo
muito liso e se enquadrar dentro dos limites especificados no item 18.2 para as irregularidades
em superfícies evidentemente expostas.

ET-5.19.REPAROS NO CONCRETO
Os reparos das imperfeições no concreto com fôrmas deverão ser completados 24 horas após
a remoção das mesmas. As rebarbas deverão ser totalmente removidas das superfícies
expostas. O concreto danificado ou com "ninhos de abelhas" deverá ser removido até a parte
sã e substituído com enchimento seco, argamassa ou concreto, como especificado adiante. A
superfície a ser removida deverá ser contornada por um sulco de 2 cm de profundidade, feito
com disco de corte no concreto são. Onde irregularidades graduais e/ou abruptas excederem
aos limites especificados no item 18 desta especificação técnica, as saliências deverão ser
eliminadas por martelamento ou desbaste.

Todo concreto poroso ou fraturado deverá ser removido por escareamento. Os cortes deverão
ser em forma de cunha (rabo de andorinha), ficando as bordas em ângulos agudos. Deverão
ser preenchidos até a linha de projeto com concreto fresco ou argamassa. Quando for utilizado
concreto para o preenchimento do corte, este não deverá ter profundidade inferior a 10 cm e
dimensões como especificado adiante. Em alguns reparos poderá ser necessária a aplicação
de adesivos epóxicos, os quais serão utilizados de acordo com as instruções do fabricante.

Os enchimentos secos deverão ser aplicados em vazios que tenham, pelo menos, uma
dimensão inferior à profundidade. Estes serão, normalmente, os furos causados pela remoção
dos prendedores das extremidades dos tirantes das fôrmas, os rebaixos de cimentação e
tubulação e as ranhuras estreitas cortadas para o reparo das fendas. Não será necessário o
enchimento dos vazios deixados pela remoção dos prendedores das extremidades dos tirantes
em juntas de construção ou em superfícies sujeitas a enchimento com concreto. Não deverá
ser usado enchimento seco para preencher vazios contíguos a armaduras ou que se estendam
inteiramente por uma seção de concreto.

O enchimento com argamassa, colocada com pistola, deverá ser feito em vazios
demasiadamente largos para serem preenchidos com enchimento seco e muito rasos para
serem obturados com concreto.

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O enchimento com concreto deverá ser feito em vazios que se estendam inteiramente pelas
seções do concreto, ou que sejam maiores em áreas do que 1.000 cm² e mais fundos do que
10 cm e, também, em vazios em concreto armado maiores em área do que 500 cm², que se
estendam além da armadura. Em todos os reparos deste tipo, deverá ser aplicado adesivo
epoxídico na superfície do concreto velho imediatamente antes da colocação do concreto de
reparo.

Todos os enchimentos deverão aderir firmemente às superfícies dos vazios e deverão ser
perfeitos e isentos de rachaduras produzidas por retração. Deverão igualar-se em cor ao
concreto adjacente. Para que isto seja alcançado, dever-se-á prever a utilização de cimento
branco nas argamassas de reparo, nas quantidades determinadas em testes de laboratório.

Nas superfícies permanentemente submersas, ou sujeitas à ação do fluxo de água, poderá ser
requerida a colagem com adesivo epoxídico do reparo ao substrato e também aplicação de
argamassas pré-dosadas, com polímeros de alta resistência e adesivo sintético tixotrópico.

Caso ocorram infiltrações de água não previstas através de qualquer estrutura de concreto,
esta deverá receber tratamento adequado, a fim de eliminá-las.

ET-5.20.ARGAMASSA PARA ENCHIMENTO SECO


O enchimento seco deverá consistir de uma mistura (por volume ou peso seco), de uma parte
de cimento para duas partes de agregado miúdo, acentuando-se que 100% da granulometria
deverá passar pela peneira nº 16. Deverá ser usada água somente o suficiente para produzir
uma argamassa que, ao ser moldada no formato de uma bola e pressionada levemente com as
mãos, transpire água e ainda mantenha as mãos úmidas.

Imediatamente antes da aplicação de argamassa, a superfície a ser tratada deverá ser mantida
úmida por um período não inferior a 2 horas. O enchimento seco deverá ser colocado em
camadas. Cada camada deverá ser solidamente socada em toda a sua superfície, mediante o
emprego de um soquete de madeira de lei e um martelo.

ET-5.21.LIXAMENTO E PINTURA DE CONCRETO


Algumas superfícies de concreto aparente, principalmente as internas da casa de força,
deverão ser lixadas para regularização do concreto e a seguir pintadas. O lixamento será
executado em duas passadas, com lixadeiras mecânicas, adequadas para o serviço a que se
destinam e sua execução deverá ocorrer no menor prazo possível, para reduzir interferências
com outras atividades, tais como montagem dos equipamentos eletromecânicos.

A eliminação da poeira deverá ser completa, tomando-se precauções especiais contra o


levantamento de pó durante os trabalhos, até que a tinta de superfícies adjacentes já pintadas
estejam secas.

Simultaneamente com os serviços de lixamento, estarão sendo executadas, em áreas


próximas, montagens de equipamentos. Portanto, cuidados especiais deverão ser tomados
para evitar eventuais danos aos equipamentos ou interferências nos serviços de montagem,
causados pela poeira do lixamento.

Deverão ser providenciadas barreiras, tapumes e sistemas de vedação necessários para


reduzir e/ou eliminar a poeira formada.

MV-MC-GER-ET-03-001 74/154
Todas as superfícies lixadas deverão ser limpas e lavadas com uma solução de ácido muriático
(1:10) e água tratada limpa. Após a perfeita secagem destas superfícies, deverão ser aplicadas
2 demãos de silicone incolor de comprovada qualidade. A primeira demão será aplicada até a
saturação da superfície. A segunda, após secar a primeira, sendo desejável manter um
intervalo mínimo de 24 horas entre ambas.

Adotar-se-ão precauções especiais no sentido de evitar respingos de tinta em superfícies não


destinadas a pintura (concreto aparente, vidros, ferragens de esquadrias, equipamentos, etc.),
convindo prevenir a grande dificuldade de posteriores remoções de tinta aderida a superfícies
rugosas. Remover-se-ão respingos que não puderem ser evitados, enquanto a tinta estiver
fresca, empregando-se removedor adequado, sempre que necessário.

ET-5.22.JUNTAS DE EXPANSÃO E CONTRAÇÃO


As juntas no concreto deverão ser construídas como indicado nos Desenhos de Projeto. Exceto
onde indicado em contrário, nenhum metal fixo, embutido no concreto, deverá ser contínuo
através de uma junta de expansão ou de contração. As superfícies de lajes adjacentes não
deverão ser desencontradas em mais do que 6 mm.

ET-5.22.1 Materiais
Os materiais empregados nos trabalhos desta Seção deverão estar de acordo com as normas
de fabricantes a seguir especificadas.

Revestimento Antiaderente:

Pintura asfáltica ou com outro material similar, tal como óleo mineral ou piche.

Vedajuntas:

Aço Comum

Tipo ASTM A36, "Specification for Structural Steel".

Cloreto de Polivinil

Os vários tipos de vedajuntas deverão ter seções transversais como mostrado


nos Desenhos de Projeto.
Todos os tipos deverão ser de resina de cloreto de polivinil extrudado e
plastificado com plastificante do tipo não-migratório, resistente ao tempo e de
acordo com as seguintes características:

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QUADRO 22.1 - CARACTERÍSTICAS MÍNIMAS REQUERIDAS PARA OS
VEDAJUNTAS DE CLORETO DE POLIVINIL EXTRUDADO
Dureza "Shore": 68 5
Alongamento de ruptura: 300%
Peso específico: 1,48 0,03 gf/cm³
Resistência à tração 14 MPa
Tensão de ruptura 14 MPa
Resistência ao cisalhamento: 10 MPa

Enchimento de Junta de Expansão:

Compensado

Madeira compensada de 25 mm de espessura.

Feltro

Manta de feltro industrial com peso entre 3 e 3,3 kgf/m² para espessura de 25
mm, segundo especificações da "ASTM D-146 Standard Test Methods for
Sampling and Testing Bitumen-Saturated Felts and Woven Fabrics for Roofing
and Waterproofing".

Cobre, Manto de Borracha, Faixa de Polivinil e Igas

Os detalhes de aplicação destes materiais deverá ser de acordo com as recomendações do


fabricante.

ET-5.22.2 Aplicação

a) Revestimento Antiaderente
Onde mostrado, ou como indicado, as juntas de contração deverão ser tratadas com um
revestimento antiaderente. Este revestimento deverá ser colocado pelo menos 24 horas
antes do lançamento do concreto adjacente. As superfícies que devam receber a aplicação
deverão estar limpas e secas. Todos os revestimentos deverão ser aplicados de acordo com
as instruções do fabricante.

b) Vedajuntas
Os vedajuntas deverão ser fornecidos num comprimento tal que a soldagem de campo seja
mínima. Uniões em tê e cruz, fornecidas pelo fabricante, deverão ser usadas em todos os
locais onde os ângulos de conexão possam ser determinados pelos Desenhos de Projeto,
para permitir a aquisição. As emendas especiais de campo para outros locais deverão ser
executadas por pessoal experiente por se tratar de operação fundamental para a adequada
estanqueidade da estrutura. Ambas as soldagens, de campo e de fábrica, deverão ser
efetuadas de acordo com as recomendações do fabricante dos vedajuntas e as soldas
deverão resistir a um esforço de tração não inferior a 75% do material não soldado. Todas
as emendas e peças especiais de ligação deverão ser soldadas de maneira que quaisquer
seções transversais sejam densas, homogêneas e isentas de qualquer porosidade.

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A fim de eliminar instalação defeituosa que possa resultar em vazamento na junta, deverá
ser tomado cuidado especial de modo que os vedajuntas estejam corretamente
posicionados durante a instalação. Todas as emendas defeituosas, tanto por motivo de
defeito de fábrica como por má execução da solda na Obra terão que ser rejeitadas.

Medidas adequadas deverão ser tomadas para apoiar os vedajuntas durante o andamento
do trabalho e para assegurar o seu devido embutimento no concreto. As metades simétricas
deverão ser igualmente divididas entre os lançamentos de concreto adjacentes às juntas,
em todos os casos onde o eixo dos vedajuntas deva coincidir com as aberturas das juntas.

Deverá ser assegurada a máxima densidade e baixa permeabilidade do concreto nas


proximidades de todas as juntas. Deverão ser tomadas precauções adequadas para
proteger contra danos as bordas e extremidades expostas e salientes dos vedajuntas
parcialmente embutidos.

Os vedajuntas metálicos deverão ser unidos por solda, numa união estanque. Os vedajuntas
metálicos deverão ser suportados e fixados para manterem a posição determinada.

c) Enchimento de Junta de Expansão


Nas juntas de expansão, como indicado nos Desenhos de Projeto, serão aplicados
enchimentos de madeira compensada ou de juntas elásticas expansíveis.

A colocação de feltro em torno dos elementos metálicos indicados nos Desenhos de Projeto
deverá ser feita da seguinte forma:

aplicar, a frio, uma demão de revestimento aderente;


fixar uma primeira camada de feltro, com espessura de 25 mm, utilizando o revestimento
como adesivo;
aplicar, a frio, outra demão de revestimento aderente sobre a primeira camada de feltro;
fixar uma segunda camada de feltro, com espessura igual a anterior, utilizando o
revestimento aderente como adesivo;
aplicar, a frio, uma demão final de revestimento antiaderente sobre a segunda camada
de feltro.

Os recortes das mantas de feltro devem ser realizados de forma a desencontrar as emendas
entre a primeira e a segunda camadas.

ET-5.23.PEÇAS EMBUTIDAS E PEÇAS APOIADAS EM CONCRETO


Antes da colocação do concreto ou argamassa, deve-se tomar o cuidado de verificar que todas
as peças embutidas estejam firme e seguramente presas no lugar, como mostrado nos
Desenhos de Projeto. Todas as peças embutidas deverão estar limpas e isentas de óleo e
outras matérias estranhas, tais como películas soltas de ferrugem, tinta, argamassa, etc.

Quaisquer materiais como tubos para ar ou água, madeira e outros materiais embutidos nas
estruturas para facilitar a construção, deverão ser evitados. Se for necessário, as tubulações
terão que ser preenchidas com calda de cimento ou argamassa.

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ET-5.23.1 Enchimento sob Placas de Apoio e Bases de Máquinas
Os enchimentos finais a serem feitos sob as placas de apoio, bases de máquinas e trilhos
deverão ter as espessuras mostradas nos Desenhos de Projeto, ou as praticáveis, se não
especificadas. Estes enchimentos serão feitos com graute, que não apresentem retração e
tenham a resistência requerida nos Desenhos de Projeto. As fôrmas para os enchimentos
deverão ser instaladas onde necessário, tomando-se cuidado para que a argamassa não
retrátil penetre em todos os espaços, sem deixar vazios. Quando as espessuras forem
superiores a 50 mm, deverá ser utilizado agregado graúdo, conforme as recomendações do
fabricante.

ET-5.23.2 Injeções no Pré-Distribuidor da Turbina


Depois do concreto de segundo estágio ter sido executado, deverá ser injetada argamassa
(calda de cimento) sob o pré-distribuidor, por meio de furos e tubulações previstos para este
fim.

Após uma cura de 7 dias da argamassa (calda de cimento), deverá ser executada injeção de
calda sob pressão, através dos furos.

As injeções serão executadas de acordo com a ET-3.

ET-5.24.CONCRETO PROJETADO
O concreto projetado corresponde àquele aplicado com uma máquina especial pneumática
dotada de um bocal espargidor, formando uma camada sobre uma determinada superfície.

A utilização de concreto projetado será indicada nos Desenhos de Projeto e deverá ser feita
após a limpeza da rocha, nas escavações que o requeiram.

O concreto será composto de uma mistura de cimento Portland, agregado miúdo e água,
podendo ou não conter agregado graúdo. Deverá ser usado aditivo acelerador de pega. O
processo a ser empregado é o denominado por "via úmida", no qual todos os ingredientes,
incluindo a água, são misturados antes de serem introduzidos no equipamento de projeção.

ET-5.24.1 Composição
As dosagens deverão estar de acordo com as especificações ACI 214, para se obter
resistências à compressão de 3,5 MPa em 8 horas e 28,0 MPa em 28 dias.

A mistura deverá possuir aproximadamente uma parte de cimento Portland para quatro partes
de agregado em volume. O fator água/cimento do concreto lançado deverá ser o mínimo, para
a obtenção das resistências adequadas. O aditivo acelerador de pega deverá ser produto
comercial produzido regularmente, de modo que sua mistura resulte num concreto com início
de pega em menos de 5 minutos e final de pega em menos de 15 minutos. A aplicação deverá
seguir as instruções do fabricante.

Os agregados miúdo e graúdo para o concreto-projetado deverão estar de acordo com o


especificado nesta ET. A porcentagem de água contida no agregado deverá ser menor que 5%
do peso do agregado seco.

A água deverá estar de acordo com o anteriormente especificado e o ar usado para o


lançamento deverá ser limpo e isento de óleo.
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ET-5.24.2 Dosagem
As dosagens deverão ser testadas em laboratório existindo duas classes de concreto
projetado:

Tamanho máximo de agregado: 10,0 mm (3/8");


Tamanho máximo de agregado: 4,8 mm (nº 4).

As proporções da mistura poderão ser alteradas com o objetivo de obter uma reflexão mínima.

A resistência especificada será determinada por meio de rompimento de cubos ou testemunhos


extraídos de placas moldadas.

O aditivo de pega rápida deverá ser misturado imediatamente antes do lançamento.

ET-5.24.3 Equipamento
Todos os equipamentos para concreto projetado serão pneumáticos. Deverão ser
providenciadas instalações de ar e água nas quantidades e pressões indicadas pelo fabricante.

ET-5.24.4 Testes e Controle de Qualidade


Deverão ser preparados painéis de testes antes de qualquer aplicação de concreto projetado
para avaliação das características do produto acabado.

Para o controle de qualidade de rotina, são previstos dois painéis para cada local de
tratamento.

Os painéis de testes deverão ser constituídos por uma caixa rígida, de base quadrada, tendo
1,00 m de lado por 80 mm de profundidade. Após umedecê-la, aplica-se concreto projetado na
superfície por ela confinada, usando-se a mesma dosagem e equipamento a serem utilizados
nos trabalhos. A projeção deve ser feita com o painel em posição vertical.

A resistência à compressão será determinada em corpos de prova retirados dos painéis


imediatamente antes dos ensaios, de acordo com as especificações da ABNT.

ET-5.24.5 Lançamento e Cura


O intervalo de tempo admissível entre a escavação a céu aberto ou subterrânea e o
lançamento do concreto projetado será determinado com base no exame das superfícies de
rocha imediatamente após o fogo e a limpeza. Com base nesses exames, poder-se-á requerer
o tratamento imediato dessas superfícies com ou sem tela e, nestes casos, o concreto
projetado poderá ser aplicado imediatamente, antes de se iniciar a furação da próxima etapa.

As infiltrações de água deverão ser confinadas e controladas antes do início do lançamento.

Deverão ser desenvolvidas técnicas de operação que resultem em reflexão mínima, superfície
tão regular quanto possível, inexistência de vazios no concreto, um mínimo de fissuras por
retração, boa aderência do concreto projetado à rocha ou a outras superfícies.

O fluxo de material no bico deverá ser contínuo e uniforme, bem como a taxa de aplicação
sobre qualquer área. As espessuras serão as indicadas nos Desenhos de Projeto.

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A rocha deverá ser lavada com água sob pressão e mantida em estado de saturado com
superfície seca (SSS) antes da aplicação da camada inicial, para garantir uma boa aderência
entre a rocha e o concreto projetado.

A espessura de uma camada deverá ser monitorada por medição imediata, por meio de um
estilete de aço, ou pela fixação na rocha de pinos de comprimentos conhecidos, antes do
lançamento.

Nos lançamentos verticais ou em superfícies fortemente inclinadas, a aplicação deverá


começar do ponto inferior, com uma camada sendo feita em faixas horizontais, até que toda a
superfície esteja coberta.

Onde houver furos de drenagem e onde houver instrumentação dentro da rocha, cuja
superfície será projetada, deverão ser tomadas todas as precauções necessárias para não
obturar os drenos ou danificar os instrumentos.

Quando o lançamento for próximo a estruturas já existentes, deverão ser providenciadas


proteções necessárias para garantir que não ocorram danos.

O material refletido deverá ser removido antes do prosseguimento dos trabalhos, em qualquer
área adjacente; não poderá ser reutilizado e cuidados especiais deverão ser tomados para que
não se acumule nas junções de paredes e pisos, tanto nos trabalhos de superfície como nos
subterrâneos.

Quando manchas secas aparecerem sobre a superfície de qualquer camada de concreto


projetado, deverão ser molhadas com jatos de água por um período mínimo de 7 dias.

Produtos químicos para cura, em princípio, não deverão ser usados.

ET-5.24.6 Reparos
Antes de qualquer camada de concreto projetado ser lançada, a camada precedente deverá
ser examinada por percussão, para serem detectadas falhas de aderência.

Todos os defeitos, tais como áreas soltas, arenosas ou fissuradas e qualquer outra área onde o
concreto projetado estiver falho, deverão ser reparados. Os reparos serão executados pela
remoção total da região defeituosa, preparando-se novamente a superfície e reprojetando-a.

ET-5.24.7 Concreto Projetado com Tela Metálica


Nos locais onde a rocha apresentar-se intensamente fragmentada ou alterada, deverá ser
executado concreto projetado com tela metálica, isolada ou conjugadamente com outro tipo de
tratamento

A tela utilizada será de aço CA-60. A malha terá 10 cm de lado com fios de aço de 3,0 mm ou
equivalente, e será fixada nos taludes por meio de chumbadores curtos ou outro processo
equivalente aceito pela CONTRATANTE. Os chumbadores serão de aço CA-25 ou CA-50, de
comprimento mínimo de ancoragem de 0,80 m e protegidos contra a corrosão por meio de
galvanização e/ou pintura anti-corrosiva.

A tela, quando não previamente determinada, deverá ser aplicada após a aplicação da primeira
camada de concreto projetado, em torno de 2 cm. E deverá ser montada a uma distância
mínima de 1 cm da rocha.
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A tela deverá ser fixada com chumbadores na rocha, formando uma malha de 1,5 m.

ET-5.24.8 Concreto Projetado com Fibra de Aço


Alternativamente à tela metálica descrita no item precedente, poderão ser empregadas fibras
de aço como elemento de reforço do concreto projetado.

O reforço do concreto projetado destina-se, no caso em questão, a evitar a abertura de trincas


e fissuras e eventuais desplacamentos, não possuindo função estrutural. A adição de fibras de
aço confere ao concreto projetado, para camadas de mesma espessura, resistência à tração
equivalente e dutilidade (resistência após a ruptura) superior às que se obtêm com o uso de
tela metálica. Esta resistência é função da dosagem de fibras de aço.

A eficácia das fibras de aço como elemento de reforço é função do seu fator de forma, ou seja,
da relação comprimento/diâmetro das mesmas. Recomenda-se a utilização de fibras com fator
de forma 50. Para evitar entupimento do mangote na aplicação do concreto projetado, o
comprimento das fibras não deve ser superior a 30 mm.

A dosagem de fibras de aço que atendam às especificações acima deve ser igual ou superior a
0,3 kN/m3 de mistura de concreto projetado. O traço da mistura e a espessura da camada
podem ser mantidos os mesmos que para o concreto projetado convencional ou com tela. As
fibras de aço devem ser adicionadas à mistura por ocasião da confecção da mesma e
homogeneizadas previamente à aplicação em um misturador de concreto, para evitar a
formação de “ouriços” que possam obstruir o equipamento de projeção.

ET-5.24.9 Drenagem
A drenagem dos taludes em que for aplicado o concreto projetado será feita através de
barbacãs, numa malha regular conforme mostrado nos Desenhos de Projeto.

ET-5.25.CONCRETO PROTENDIDO
Para o concreto protendido, os materiais deverão estar de acordo com esta Especificação e
com a ET-7, e a execução em conformidade com o especificado a seguir.

Os serviços em concreto protendido serão executados de acordo com as seguintes normas:


NBR-6118, NBR-7482, NBR-7483, NBR 14931 demais normas da ABNT e CEB-FIP.

Todos os materiais e procedimentos de instalação deverão estar de acordo com


recomendações do fabricante do sistema de protensão.

O sistema de protensão escolhido deverá atender às exigências do Projeto, que fixará os


seguintes dados:

Definição da geometria das peças a serem protendidas, com indicação dos


diversos estágios de concretagem.
Definição da resistência do concreto com indicação da posição da armadura de
aço convencional na região que interfere com os trabalhos de protensão.
Definição de todas as cargas solicitantes que interessem ao Sistema de
Protensão.

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Os serviços de protensão são de responsabilidade da CONTRATADA, a qual responderá pelo
perfeito desempenho mecânico, tolerâncias de medida, constituição de materiais, acabamento
e aspecto das partes componentes do sistema de protensão. Os serviços de protensão
deverão ser executados por firma especializada.

Será exigida a permanência de um Engenheiro Supervisor da firma especializada, durante a


execução de todos os serviços referentes à protensão.

A CONTRATADA deverá apresentar para conhecimento da CONTRATANTE, diretamente ou


através da firma especializada em protensão, detalhes e dados construtivos complementares
ao projeto bem como relativos ao sistema adotado antes da data prevista para execução dos
serviços.

ET-5.25.1 Mão-de-Obra
O pessoal atuante no serviço de protensão do concreto deve ser experiente e estar
perfeitamente familiarizado com o equipamento utilizado, com a sequência de execução e deve
estar apto a proceder todos os registros e apontamentos, em tabelas apropriadas, que se
fizerem necessários. Deve estar apto a solucionar, em primeira mão, incidentes que porventura
venham a ocorrer.

ET-5.25.2 Tensionamento e Injeção


Os serviços de tensionamento, ancoragem e injeção dos cabos só deverão ser executados
com presença do Engenheiro Supervisor da empresa especializada.

a) Protensão
A colocação dos cabos será feita como descrito na ET-7. Antes da firma especializada
proceder a protensão, as extremidades dos cabos e as superfícies de apoio das ancoragens
e macacos hidráulicos deverão ser limpas de todo o tipo de impurezas.
O programa de execução da protensão deverá indicar os seguintes dados:

Tipo de aço;

Seção do pistão do macaco hidráulico;

Perda por atrito admitida no conjunto macaco-bomba;

Perda devida à acomodação das cunhas na ancoragem;

Coeficientes de atrito cabo-bainha admitidos;

Sequência de protensão dos cabos;

Alongamento teórico;

Comprimento dos cabos.


Durante as operações de protensão, o alongamento de cada cabo deverá ser medido e o
resultado anotado. Cada cabo será protendido em etapas e de cada etapa deverão ser
medidos e anotados a força de protensão e o respectivo alongamento.

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Os alongamentos correspondentes às pressões do macaco hidráulico, indicados no
"Programa de Protensão", deverão ser corrigidos pelo seguinte fator:

Et
K
Er

Onde:

Et é o módulo de elasticidade teórico do aço, adotado no cálculo;

Er é o módulo de elasticidade do aço utilizado, obtido através de ensaios.

Atingida a força de protensão especificada, as cunhas serão cravadas pelo recuo do êmbolo
do macaco hidráulico ou, preferencialmente, por acionamento de dispositivo apropriado para
cravação, de modo a reduzir as perdas na operação, que serão em qualquer hipótese,
medidas e controladas.

As referências para a medição do alongamento deverão ser conservadas a fim de poderem


ser determinados quaisquer escorregamentos nas cunhas.

Ao final da operação de protensão a CONTRATADA deverá encaminhar para conhecimento


da CONTRATANTE o relatório da protensão, contendo os valores esperados pelo projeto
para os alongamentos dos cabos, os valores obtidos, as consequentes perdas de protensão
estimadas em projeto e observadas durante a protensão, bem como, o aceite da operação
pela CONTRATADA. Após 24 horas do término da protensão de todos os cabos de uma
unidade, as suas pontas devem ser cortadas com o disco de corte, ficando uma extremidade
não inferior a 3 cm, medidos a partir da face do cabeçote.

Antes do enchimento dos nichos, as ancoragens devem ser protegidas por uma massa que
impeça infiltrações pelos interstícios das cordoalhas e cunhas. Deverão ser feitos o
enchimento e acabamento dos nichos.
A diferença entre o alongamento calculado, corrigido pelo fator K, e o medido não deverá
ser superior a 5%. Quando essa diferença exceder a 5%, os cabos não deverão ser
cravados e a protensão interrompida até o esclarecimento e correção da diferença, e
estejam garantidas as condições que satisfaçam aos estados limites últimos e de utilização.
A CONTRATADA deverá fornecer à CONTRATANTE cópia dos relatórios de ensaio,
emitidos pelo fabricante do aço, referente ao diagrama tensão-deformação e demais
características gerais dos cabos.

b) Calda de Injeção

A calda deve seguir, além do disposto nestas especificações, o Anexo B da NBR 14931, e
NBR 7681.
A calda de injeção deve apresentar fluidez adequada, ser estável, isto é, não apresentar
segregação e possuir resistência à compressão exigida.
O índice de Fluidez da calda de injeção, será determinado sistematicamente na Obra com
auxílio do Funil de Marsh, conforme NBR 7682. O Índice de Fluidez da calda, imediatamente
antes de ser injetada, não deve ultrapassar o valor de 18 segundos, de acordo com a NBR
7681.
A operação de injeção deve prosseguir até que o Índice de Fluidez da calda na saída da
bainha seja, no mínimo, igual ao índice de fluidez na entrada, menos 3 segundos. O índice
de fluidez na saída, entretanto, não deve nunca ser inferior a 8 segundos.
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Não é admitida calda cujo Índice de Fluidez ultrapasse o valor de 18 segundos, durante o
período de 30 minutos, após conclusão da mistura, determinado conforme NBR 7685.
A água exsudada deve ser no máximo 2% do volume inicial da calda, medida 3 horas após
a mistura, conforme NBR 7683. A resistência à compressão do corpo de prova feito com a
calda, após 28 dias, deve ser pelo menos igual a 35,0 MPa.
O fator A/C 0,45 deverá ser o mais baixo possível, mas de modo a permitir perfeita
trabalhabilidade da calda nas condições climáticas da Obra.
A calda será constituída de água, cimento Portland comum e aditivo próprio, destinado a
melhorar a fluidez e a estabilidade. O aditivo não deve conter nitratos, cloretos ou outras
substâncias capazes de provocar a corrosão do aço.

c) Injeção nas Bainhas

Deve-se seguir, além do disposto nestas especificações, o Anexo B da NBR 14931.


A injeção tem por finalidade proteger os cabos após sua protensão, por meio do
preenchimento perfeito das bainhas que os envolvem e garantir a aderência cabo-bainha.
Deverão ser usados purgadores (respiros), que serão constituídos por tubos plásticos
flexíveis e resistentes.
Antes da injeção, as bainhas deverão ser lavadas com água limpa, até que esta seja
expelida pelo purgador oposto, em idênticas condições. Em seguida, esta água deve ser
eliminada inicialmente por gravidade e depois pela passagem de ar comprimido, isento de
óleos e impurezas.
A injeção deve ser feita de baixo para cima, com equipamento próprio e capaz de
desenvolver uma pressão adequada, de modo a garantir uma velocidade de injeção da
ordem de 10 m/min.
A injeção num mesmo cabo deve ser aplicada sem interrupção até o enchimento completo
da bainha, comprovado pela saída, na extremidade final do cabo, de nata da mesma
consistência da de entrada.

ET-5.25.3 Equipamento de Protensão e Injeção


Todo o equipamento de protensão e injeção deve estar em perfeitas condições de utilização e
deve obedecer rigorosamente às especificações de origem do sistema de protensão escolhido,
não se admitindo adaptação com recursos locais incompatíveis com o bom desempenho do
equipamento que será fornecido pela firma especializada encarregada da protensão.

Os macacos hidráulicos de protensão, as bombas para acioná-los e também o equipamento de


injeção da calda de cimento serão dotados de manômetros devidamente aferidos. A
CONTRATADA deverá apresentar os certificados de aferição dos manômetros.

ET-5.26.CONCRETO PRÉ-MOLDADO
Os berços de concretagem e as fôrmas deverão ser adequados e preparados para permitir
uma desforma sem impactos e com a reutilização prevista, contemplando ainda todos os
elementos embutidos e outros que auxiliem na fabricação, manuseio e fixação dos elementos,
bem como cantoneiras de alinhamento, batentes, pontos de apoio e outros.

A classe de concreto utilizada deverá atender ao estabelecido nas normas da ABNT além de
permitir que a movimentação das peças, dos berços de moldagem para as áreas de
estocagem, seja realizada com idade de 3 dias.

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Os materiais a serem aplicados no concreto pré-moldado serão os mesmos especificados para
os outros concretos convencionais, bem como os procedimentos pertinentes para sua
produção, transporte, acabamento e cura.

O concreto deverá ser lançado em pequenos volumes por meios apropriados e


cuidadosamente adensado com vibradores de imersão de pequeno diâmetro e, se necessário,
com vibradores de parede.

As peças, durante a fase de estocagem, deverão ser cuidadosamente apoiadas e com


empilhamento limitado pelas suas características, evitando sobrecargas e deformações.

O manuseio, movimentação e posicionamento das peças deverão ser executados quando o


concreto atingir a resistência especificada para a etapa em questão, sendo executado por
meios seguros e que não provoquem danos aos pré-moldados e às estruturas.

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ET-6. CONCRETO COMPACTADO COM ROLO (CCR)

ET-6.1. OBJETO

Esta especificação abrange os serviços relativos à mão-de-obra, instalações, materiais e


equipamentos, assim como as operações de preparo, transporte, lançamento, adensamento,
compactação, cura e controle de qualidade dos concretos utilizados na execução dos maciços
mencionados pelo processo de concreto compactado com rolo - CCR.

A CONTRATADA deverá dispor de equipamentos, para todas as fases do trabalho,


englobando a produção, transporte, lançamento, espalhamento e compactação do CCR.

ET-6.2. ENSAIOS

Ficará a cargo da CONTRATADA a execução dos estudos de dosagem e dos ensaios


referentes à determinação das propriedades dos materiais, concretos e outros considerados
necessários pelo projeto, assim como os ensaios de controle de qualidade da obra
estabelecidos nesta Especificação. A CONTRATADA deverá emitir e encaminhar, para
conhecimento da CONTRATANTE, relatórios dos estudos e ensaios efetuados de modo a
possibilitar o acompanhamento contínuo, por parte da CONTRATANTE, dos serviços e
decisões da CONTRATADA antes da efetiva implantação dessas em campo.

Os relatórios deverão ter periodicidade no mínimo mensal, e a qualquer momento a


CONTRATANTE poderá pedir resultados parciais dos ensaios efetuados durante o processo
de Controle de Qualidade, ou ainda, pedir complementação de ensaios para dirimir dúvidas ou
verificação de dados conflitantes.

Antes de iniciar os trabalhos, será executada uma pista experimental de CCR para definir os
critérios executivos, que deverão ser aplicados na execução da obra.

ET-6.3. MATERIAIS

ET-6.3.1Material Cimentício

Os materiais cimentícios deverão obedecer às prescrições das especificações técnicas


estabelecidas na ET-5.3 e das normas NBR 5735, 5736 e 5739 da ABNT.

Deverá ser mantido um estoque mínimo de material cimentício nos silos da central de acordo
com o programa de produção previsto, valendo todas as prescrições da ET-5.3.

ET-6.3.2Agregados

O agregado graúdo será composto das frações de dimensões máximas características de 25 e


50 mm, apresentando as mesmas características quanto à qualidade e à granulometria que se
encontram estabelecidas nas especificações da Seção ET-5. Admite-se que, em princípio, a
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proporção aproximada de 50% para cada fração deverá atender à composição granulométrica
básica apresentada a seguir. Com base em resultados a serem obtidos a partir da análise do
material britado, estudos de laboratório e da pista experimental, será estabelecida a proporção
final da mistura. A pista experimental, portanto, deverá ser executada com a devida
antecedência para que seus resultados possam ser conhecidos e aplicados na proporção final
da mistura.

O “agregado miúdo”, que irá compor a mistura de CCR, poderá ser constituído por areia
artificial, a ser produzida na central de britagem, ou por uma mistura de areia artificial e natural
ou ainda por areia natural. Este agregado deverá atender as mesmas características quanto à
qualidade e à granulometria que se encontram estabelecidas nas especificações da ET-5.

Deverá ser considerada uma fração de areia artificial, a ser utilizada no traço de CCR,
mantendo o teor de material pulverulento do agregado miúdo total de 14 a 20%. Este agregado
deverá fixar no mínimo 30 mgf de CaO por 100 mgf de material passante na peneira nº 200.

A composição granulométrica dos agregados resultantes deverá ser orientada pela faixa dada
pela expressão a seguir:

1
P = [ ( d/Dmáx) /3 x 100] ± 5%
onde:
P (%) = percentagem de agregado passante na peneira de malha "d"
d = tamanho da abertura da peneira (mm)
Dmáx = dimensão máxima característica do agregado (mm)
De acordo com a fórmula acima e para Dmáx = 50 mm, a composição granulométrica da mistura deverá
ser conforme o Quadro 3.1 a seguir:

QUADRO 3.1 – COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA DOS AGREGADOS


PARA A PRODUÇÃO DO CCR

Peneira malha quadrada padrão Porcentagem acumulada passante


americano em peso
2" (50 mm) 100
1½" (38 mm) 86-96
1" (25 mm) 75-85
¾" (19 mm) 67-77
½" (12,5 mm) 58-68
" (10 mm) 53-63
nº 4 (4,8 mm) 41-51
nº 8 (2,4 mm) 31-41

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Peneira malha quadrada padrão Porcentagem acumulada passante
americano em peso
nº 16 (1,2 mm) 24-34
nº 30 (0,6 mm) 18-28
nº 50 (0,3 mm) 13-23
nº 100 (0,15 mm) 9-19

O material passante na peneira nº 200 deverá ter seus limites determinados na composição
granulométrica, de acordo com os valores mínimos descritos para o agregado miúdo, porém
em qualquer hipótese o agregado miúdo deverá conter, pelo menos, 14% de material agregado
pulverizado passante na peneira nº 200.

O agregado miúdo composto apenas por areia artificial não deverá ser lavado, para evitar a
remoção dos finos provenientes do processo de britagem da rocha sã, desde que atendam aos
requisitos de qualidade exposto na ET 5.

Atendidas as propriedades especificadas para o CCR, poderão ser propostas alternativas de


composição granulométrica dos agregados, ressalvando-se os limites determinados para o
agregado miúdo.

ET-6.3.3Água de Amassamento e Cura

A água de amassamento e cura deverá obedecer às prescrições das especificações técnicas


estabelecidas na ET-5.5 e atender o especificado na NBR-11560.

Deverão ser previstas instalações para o armazenamento de água, de maneira a garantir a


continuidade das operações de concretagem e cura durante eventuais acidentes ou eventos
que impeçam o abastecimento normal.

ET-6.4. COMPOSIÇÃO DOS CONCRETOS E ARGAMASSA

As composições dos concretos e argamassa descritos a seguir tem caráter orientativo visto
que, as dosagens a serem aplicadas na Obra serão estabelecidas e otimizadas no decorrer
dos trabalhos, subsidiadas, principalmente, pelos resultados da pista experimental e de ensaios
tecnológicos de laboratório.

ET-6.4.1Características do Concreto Compactado com Rolo

A resistência característica a compressão do CCR deverá atingir um valor mínimo de 7,0 MPa
(fck) aos 180 dias, ou outros valores indicados nos Desenhos de Projeto. A densidade mínima
do CCR deverá ser de 25,5 kN/ m³.

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Os limites para o controle de qualidade da produção do CCR deverão atender aos seguintes
critérios:

O coeficiente de variação admissível será de 18%;


O número de valores menores que a resistência característica – fck será no
máximo de 20%.

Na seção transversal da barragem/vertedouro é previsto aplicação da argamassa de ligação


entre as camadas de CCR conforme mostrado nos Desenhos de Projeto. Para esta argamassa
deverá ser atingido o valor característico de 12,0 MPa (fck) na idade de 90 dias.

A espessura final das camadas compactadas deverá ser de 0,30m.

Os resultados de estudos de laboratório permitirão definir os traços a serem empregados.

As características do concreto deverão ser confirmadas de acordo com os resultados dos


ensaios realizados com os materiais locais.

ET-6.4.2Concreto Convencional

O concreto convencional de base e o concreto convencional a ser aplicado na face de


montante e de jusante deverão ter as resistências características fck e as idades de controle
como definido nos Desenhos de Projeto e nas especificações da Seção ET-5.

ET-6.4.3Argamassa de Ligação
A argamassa a ser utilizada nas juntas entre camadas de CCR terá, preliminarmente, relação
cimento: areia, em peso, variando de 1:4 a 1:5. Sua aplicação deverá ocorrer nas regiões
indicadas nos Desenhos de Projeto e conforme aqui especificadas.

O uso da argamassa será dispensado nos casos prescristos no item 8.4 desta especificação. O
lançamento de concreto convencional de face deve ser mantido com tempo máximo de
exposição de 30 minutos, e deve ser garantido em todo o processo seu correto adensamento,
garantindo os parâmetros especificados, e, também, uma adequada ligação na interface entre
o CCR e o concreto convencional através da utilização de vibradores de imersão nesta região.

ET-6.5. CENTRAL PARA CCR

O preparo do CCR e do concreto convencional poderá ser efetuado em centrais de concreto


distintas. As instalações para a produção de CCR poderão ser do tipo mistura contínua,
devendo possibilitar a mistura homogênea dos componentes, sem segregação e no tempo de
amassamento especificado.

Deve ser destacado que, embora a descrição da Central seja baseada no tipo mistura
contínua, depedendo dos volumes de CCR a serem executados, poderá se optar pelo emprego
da Central de concreto convencional. Para esta aplicação, os testes requeridos para comprovar
sua adequação serão realizados pela CONTRATADA.
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As instalações de produção deverão ser equipadas com pelo menos três silos de transferência
de agregados e um silo convencional para cimento e dos misturadores propriamente ditos.

A dosagem dos componentes do CCR, sob os silos de materiais, deverá ser feita por um
sistema gravimétrico contínuo, por meio de correias transportadoras de velocidade regulável
conforme a dosagem requerida.

A alimentação deverá ser controlada pelo peso das correias de dosagem, cujos dados deverão
ser enviados à cabine de comando por células de carga.

Os silos de transferência e dosagem de agregados poderão ser geminados com saídas


independentes para os misturadores. A geometria dos silos deverá garantir uma saída uniforme
de cada material, devendo ser previstos dispositivos para evitar o embricamento dos
agregados na saída dos silos.

Dar preferência a utilização de correias coletoras de agregados sob os estoques para os silos
da central, vizando minimizar a segregação dos agregados.

As instalações deverão contar com dosador contínuo para o material cimentício que o coleta
diretamente do silo e o transporta continuamente para o alimentador principal. O dosador do
material cimentício deverá ser do tipo gravimétrico por correia transportadora e deverá permitir
a dosagem do cimento por variação de velocidade.

A alimentação dos silos pelos materiais das pilhas de estoque deve minimizar a segregação
dos agregados, devendo o processo ser monitorado através de ensaios específicos pela
CONTRATADA.

O controle de dosagem dos materiais cimentícios pelos processos descritos deverá ser
executado em cabine de comando para onde deverão ser transmitidas as leituras instantâneas
e acumuladas das quantidades transportadas pela correia dosadora.

O dosador de água deverá ficar situado no misturador de CCR e será constituído por tubos
aspersores controlados através de hidrômetros e medidores volumétricos remotos. O controle
do fluxo de água será feito pela cabine de comando por válvulas elétricas. Este sistema deverá
ter recursos para eventual operação manual. Para efeito de dimensionamento do sistema
adutor de água deverá ser considerada uma pressão do sistema de abastecimento de
20 m.c.a., tomada junto à central misturadora ao nível do solo.

As instalações de produção de CCR, como já mencionado, deverão contar com uma cabine de
comando central, dotada de painéis individuais de controle de operação automatizadas e
manual das centrais misturadoras. Os seguintes instrumentos de monitoramento e controle
deverão ser instalados na cabine de comando:

Painel de controle com indicadores individuais de dosagem instantânea para


todos os materiais do CCR, inclusive água, contando ainda com indicador para
registro do consumo acumulado;
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Controladores de velocidade das correias dosadoras localizados junto ao
respectivo indicador;
Máquina impressora para registro das dosagens instantâneas individuais,
inclusive água, programada para tomada de registros acumulados a cada 2, 4, 6,
10, 12 ou 15 minutos conforme se determinar;
Comando de acionamento centralizado no respectivo painel na cabine de
comando, supervisionados por luzes indicadoras de funcionamento, para todos
os componentes da central;
Indicadores de nível crítico, para controle de abastecimento de todos os silos de
materiais.

A central de CCR deverá, ainda, atender aos seguintes requisitos:

Permitir a rápida e precisa mudança nas quantidades requeridas de agregados,


devido às variações de umidade dos mesmos;
Possibilitar o controle do peso dos componentes. As variações permitidas serão:

 Aglomerante e água: no máximo 1% em peso;

 Agregado miúdo: no máximo 2% em peso;

 Agregado graúdo: no máximo 3% em peso.

Deverá ser equipada com dispositivos que permitam a rápida obtenção de


amostras do concreto fresco para ensaios de sua consistência VêBê, bem como
para a moldagem de corpos de prova para determinação da resistência à
compressão e de outros parâmetros no laboratório.

A consistência do concreto medida através do aparelho VêBê modificado (sem contrapeso),


deverá registrar um tempo de vibração de 8 a 16 segundos.

Poderá ser necessário a implementação de “shooting” na saída da central de CCR, conforme a


segregação do material.

ET-6.6. ARRANQUE DA FUNDAÇÃO

ET-6.6.1Preparo da Fundação

Todas as depressões e sulcos da rocha de fundação deverão ser cuidadosamente limpos e


isentos de impurezas e água, e preenchidos com concreto de regularização (argamassa, caso
necessário), que será adensado por vibrador de imersão.

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Nas áreas relativamente planas da fundação, deverá ser lançada uma camada de concreto
convencional de base com espessura mínima de 0,30 m, e fck de 12 MPa. Para lançamento e
compactação do CCR, deverá ser aguardado o final de pega do CCV, respeitando um intervalo
mínimo de 36 horas. Em qualquer situação o concreto convencional deverá ser lançado sobre
a rocha em condições de superfície saturada seca.

ET-6.6.2Contato com os Taludes de Rocha

Nos locais adjacentes aos taludes de rocha ou nas superfícies inclinadas da rocha da
fundação, deverá ser lançada previamente uma camada de base de concreto convencional,
com altura igual a da camada de CCR e largura de 0,30 a 0,40 m.

ET-6.7. TRANSPORTE

O concreto a ser compactado deverá ser transportado, da central de concreto até o local de
lançamento, o mais rápido possível, sem que ocorra contaminação e secagem. O tempo entre
o início da mistura e o fim da compactação não deverá ser superior a 60 minutos, que será
avaliado na pista experimental.

O transporte poderá ser realizado por correia transportadora ou por caminhões basculantes, ou
outro equipamento alternativo que atenda as presentes especificações. O concreto, quando
transportado, deverá estar protegido para evitar a secagem pelo vento ou pelo sol ou a
saturação pelas chuvas. Portanto, os caminhões (ou demais equipamentos) deverão possuir
dispositivos para proteger o concreto transportado.

Caso se opte pelo uso de correias transportadoras, estas deverão ser operadas com
velocidades adequadas, de maneira a atender as exigências da produção, sem que haja a
segregação dos materiais. Todas as correias deverão contar com dispositivos para proteger o
concreto transportado, para evitar a secagem pelo vento ou pelo sol ou a saturação pelas
chuvas.

A CONTRATADA, caso seja necessário, providenciará a colocação de anteparos nas


extremidades dos transportadores e dentro dos depósitos, para limitar as quedas livres, e em
outros pontos em que possam ocorrer segregação.

Sendo utilizados caminhões para transporte do concreto a ser compactado, os mesmos


deverão, obrigatoriamente, ter suas rodas lavadas numa pista de acesso, antes de entrarem na
praça de lançamento para descarga do concreto, para evitar que as superfícies de
concretagem sejam contaminadas. O trecho da pista de acesso onde será feito o controle de
lavagem das rodas dos caminhões deverá ser forrado com fragmentos de rocha para facilitar a
drenagem.

Contaminações nas pistas de acesso ao local de lançamento deverão ser eliminadas antes da
chegada de novo carregamento de CCR.

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Qualquer segregação que resultar de queda vertical, quando a caçamba do caminhão estiver
inclinada, deverá ser corrigida manualmente ou retrabalhando os materiais de forma efetiva
durante o espalhamento.

Os veículos deverão ser mantidos em boas condições de operação, com dispositivo de


proteção de tal forma que evite a contaminação das praças de lançamento com óleo, graxa ou
qualquer outro material contaminante.

Os veículos deverão ser manobrados sem golpe de direção, paradas repentinas ou outros
procedimentos que danifiquem a camada de CCR sobre a qual estejam trafegando. No caso de
uma camada ser danificada pela operação do veículo, a superfície danificada deverá ser limpa
e o material danificado retirado.

O transporte de concreto convencional para as praças de lançamento de CCR será feito, de


preferência, por caminhão betoneira.

ET-6.8. LANÇAMENTO

ET-6.8.1Concreto de Regularização

Não será realizado lançamento do CCR em contato direto com a fundação em rocha, devendo
ser utilizada uma camada de concreto convencional de regularização, tal como especificado na
ET-5, item 12.1, e no item 6 desta especificação. No lançamento desta camada de base
poderão ser utilizados guindastes providos de caçamba.

ET-6.8.2Lançamento do Concreto Compactado com Rolo

O lançamento do concreto consistirá da descarga através de correias transportadoras providas


de anteparos para controlar a segregação ou por descarga direta dos caminhões basculantes,
diretamente nas frentes de concretagem ou por outro sistema adequado. Há preferência pela
descarga direta através de correias transportadoras nas frentes de concretagens ou uma
associação de correia com caminhões basculantes que, neste caso, ficariam permanentemente
na praça de lançamento. Caso ocorra alguma segregação durante a descarga, a mesma
deverá ser corrigida por paleamento. O CCR nunca deverá ser descarregado de encontro às
formas.

A espessura das camadas poderá ser ajustada no início dos trabalhos, após a execução da
pista experimental. Isto deverá ser feito em função dos resultados destes testes, da capacidade
dos equipamentos propostos e do ritmo construtivo a ser imprimido, de modo a atender ao
planejamento de construção, aos requisitos destas Especificações e às exigências do Projeto.

Entretanto, independente dos resultados, deve-se em princípio, fixar a espessura da camada


de CCR após a compactação em 0,30 m, não utilizando em nenhuma hipótese valores
superiores a este.

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O CCR deverá ser descarregado sobre a camada que estiver sendo espalhada, em sub-
camadas, até se obter uma camada nivelada com a espessura final.

Nenhum concreto deverá ser lançado sobre uma camada que tenha sido considerada como
suspeita e que esteja sendo analisada para fins de aprovação ou rejeição.

Deve ser ressaltado que poderá ser alterado o processo de lançamento pela aplicação do
método “Chinês” em que as camadas são lançadas com inclinação máxima de 1V : 10 H,
conforme descrito no item 18 desta especificação. No caso de aplicação deste processo, sua
adequação será comprovado pela CONTRATADA em pistas experimentais.

ET-6.8.3Interrupções de Lançamentos em Períodos Chuvosos

Nas superfícies em que o lançamento for interrompido, devido a fortes chuvas inesperadas, o
CCR lançado deverá ser imediatamente compactado e como medida de proteção adicional, a
camada deverá ser protegida da chuva com emprego de coberturas impermeáveis.

No caso de uma camada ainda não compactada receber uma chuva forte, sem proteção, o
concreto deverá ser removido.

O CCR não deverá ser lançado durante o período chuvoso nas seguintes hipóteses:

Ocorrência de chuvas torrenciais capazes de lavar as superfícies dos agregados


do concreto recém-compactado;
Penetração de água pluvial na massa do concreto recém-lançado e ainda não
compactada, modificando a umidade da mistura em mais de 1%;
Precipitações superiores a 7 mm/h (0,7 mm em 6 minutos).

A produção deverá ser paralisada sempre que alguma água superficial livre comece a se
acumular sobre o concreto ou após a compactação, quando ocorrer formação de trilhas ou
qualquer avaria inaceitável.

ET-6.8.4Intervalo e Preparação das Juntas de Construção

O intervalo máximo entre o lançamento de camadas de CCR sem argamassa é de 2 horas. No


caso deste limite ser ultrapassado deve ser obrigatoriamente aplicar argamassa de ligação.

Os seguintes critérios de tratamento de juntas poderão ser utilizados:

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QUADRO 8.1 – CRITÉRIOS DE LANÇAMENTO, TRATAMENTO DE JUNTAS E
INTERVALO DE TEMPO ENTRE DOIS LANÇAMENTOS
CONSECUTIVOS

Intervalo de tempo entre


Tipo de Tratamento
camadas consecutivas
A camada pode ser lançada
sem qualquer tratamento desde
que a praça esteja limpa, caso
< 2 horas contenha resíduos ou água
deve se proceder limpeza com
jato de ar (*).

Limpeza da superfície com jato


de ar (*).
Entre 2 e 24 horas

Preparação da superfície com


escova giratória ou jato de ar e
água (**).
> 24 horas

(*) A limpeza deve ser feita com jatos de ar úmido, pressão de 0,7 MPa.

ET-6.8.5Argamassa de Ligação

A argamassa de ligação entre camadas, onde prevista, deverá ser lançada imediatamente
antes do concreto com consistência bem plástica, espalhada com rodo ou projetada por via
úmida, numa espessura de 1,0 cm. O espalhamento da argamassa deverá ser feito de modo
que sua superfície não fique exposta por muito tempo, devendo se lançar a camada
sobrejacente de CCR no menor espaço de tempo possível.

A exposição da argamassa durante o dia ficará limitada a 20 minutos e durante a noite a 40


minutos, dependendo da temperatura e presença de vento. Estes intervalos de tempo serão
avaliados na pista experimental. Caso o tempo de exposição, até a cobertura pelo CCR, supere
ao aqui indicado, a argamassa deverá ser removida. Neste caso, a superfície deverá ser
novamente tratada e nova camada de argamassa lançada.

Deverá ser mantida na praça uma quantidade de argamassa para repor a removida pelo
tráfego dos equipamentos (rolos e caminhões).
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Deve ser observado o limite máximo de tempo na qual a argamassa possa ser armazenada
sem perder as características necessárias para sua correta aplicação e dentro do qual se
garantam os parâmetros físicos especificados. Acima deste intervalo de tempo limite, toda a
argamassa para reposição deve ser descartada.

O trabalho deverá ser interrompido quando houver precipitação pluvial que venha a prejudicar
o lançamento do CCR, devendo o material recém-lançado, ser protegido com manta de
plástico.

A superfície do CCR ao receber a argamassa deve estar em condições de saturada seca,


devendo as poças de água ser removidas por equipamentos de aspiração ou outro método
aprovado.

ET-6.8.6Concreto Convencional

No paramento de montante será lançado concreto convencional conforme mostrado nos


Desenhos de Projeto e especificado na Seção ET-5. O lançamento será do tipo “árvore de
natal’ em camadas na mesma espessura do lançamento do CCR.

ET-6.8.7Concreto Convencional nos Contatos com os Taludes de Rocha

Nos locais adjacentes aos taludes de rocha ou nas superfícies inclinadas da rocha da
fundação, deverá ser lançada previamente uma camada de concreto convencional de base,
como descrito nestas especificações.

ET-6.8.8Lançamento de CCR junto à Fôrma

Nos locais em que o CCR for lançado junto à fôrma como nos paramentos, os seguintes
cuidados deverão ser tomados:

O rolo vibratório não deverá compactar o concreto junto à forma, observando-se


um afastamento em torno de 0,30 m;
A camada será dividida em duas sub-camadas;
A compactação desta sub-camada com largura aproximada de 0,30 m, deverá
ser feita com vibrossoquetes ou placas e complementada com rolo vibratório
manual ou de pequena dimensão.

ET-6.9. ESPALHAMENTO DO CCR

O espalhamento deverá ser feito com trator de esteiras do tipo D6 CAT ou similar, e executado
de forma a tornar a superfície a mais plana possível.

Uma forma prática de produzir uma superfície plana é estabelecer referências topográficas.
Estas referências são marcadas (tracejadas) com tinta bem visível nas fôrmas de montante e
jusante. Nestas referências poderão ser marcados o número das camadas, elevação ou
mesmo outras observações de interesse.
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De modo geral, o equipamento de espalhamento deverá operar somente com o material não
compactado, não sendo permitidas manobras sobre o concreto após a sua compactação, para
não danificá-lo. Equipamento especial deverá ser previsto para descarga e espalhamento em
áreas confinadas, como nas partes irregulares das fundações e outros locais.

O espalhamento deverá ser efetuado de maneira a não causar segregação, com equipamento
com capacidade de produção compatível com a quantidade de material descarregada pelo
equipamento de transporte.

O nivelamento das camadas de concreto espalhado poderá ser feito através de sistema a
"laser" ou outro processo adequado.

A camada de concretagem será composta por faixas adjacentes, cuja largura não deverá ser
inferior a 1,8 vezes a largura do cilindro do rolo vibratório.

No caso de lançamento pelo método de camadas horizontais, se houver paralisação para


mudança de forma, a última camada deve estar ligeiramente abaulada, com declividade de 1 a
2% para as laterais, para evitar acúmulo de água.

O intervalo de tempo entre o lançamento de duas faixas adjacentes não deve ultrapassar
60 minutos. No caso deste limite ser ultrapassado por qualquer contingência na produção ou
transporte do concreto, a última faixa deverá ser semi-preparada com uma passada de rolo
sem vibração para fechar a superfície. Se a concretagem prosseguir, a costura entre as faixas
em questão será feita normalmente. Se a interrupção se aproximar de 4 horas no turno diurno
e 8 horas no turno noturno, a rampa deverá ser completada, obrigatoriamente.

O comprimento de faixa a ser compactada não deverá ser inferior a 4 ou 5 vezes o do


comprimento do equipamento compactador.

A espessura da camada no espalhamento deverá exceder de 8 a 10% a espessura final da


camada compactada, ou como verificado na pista experimental.

ET-6.10.ADENSAMENTO

A compactação deve ser efetuada com rolos vibratórios lisos, de tambor duplo ou tambor
simples com peso nominal de 10 tf, freqüência de vibração variável até um máximo da ordem
de 2.500 impactos por minuto. Deverão ser utilizados rolos de compactação manual e
adensadores manuais de placa, junto aos paramentos da barragem e do vertedouro, paredes
das galerias de drenagem, de juntas de contração induzidas, ao redor de peças embutidas e
dos poços de aeração. Esta compactação, com rolos vibratórios manuais, vibrossoquetes ou
placas, deverá assegurar os mesmos resultados obtidos com os rolos compactadores.

A compactação deve ser iniciada tão logo a camada do concreto recém-lançado tenha sido
regularizada.

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A espessura final da camada compactada será de 0,30 m, conforme item 4.1.

O número de passadas será determinado de acordo com as características do rolo vibratório,


através dos testes efetuados na pista experimental e deverá estar situado entre um mínimo de
6 (seis) e um máximo de 10 (dez) passadas. Cada passada é definida pelo percurso de ida e
de volta do equipamento. Este número deverá ser suficiente para que o CCR atinja uma massa
específica úmida de 98 % (noventa e oito por cento) da massa específica úmida teórica (soma
do peso de todos os materiais utilizados, em um determinado traço, para produzir um metro
cúbico de concreto).

O procedimento de compactação, a ser aferido na pista experimental, prevê que a primeira


passada seja realizada sem vibração e as demais com rolo vibrando.

As características do rolo, fornecidas pelo Fabricante, principalmente peso e freqüência,


deverão ser previamente aferidas e verificadas periodicamente.

Pelo menos dois rolos em boas condições de operação, e que atendam à presente
especificação, deverão ser mantidos em tempo integral com seus operadores, na área de
lançamento, durante todo o tempo em que se processar o adensamento da camada.

Na compactação de uma faixa, o rolo compactador deverá sobrepor a faixa adjacente numa
largura mínima de 0,30 m.

A condição ideal da compactação do CCR aparece, visualmente, quando a superfície


apresenta um filme de água ou um brilho tênue, e o rolo vibratório mostra-se semi-molhado.
Esta condição é uma forma indireta do controle de umidade do CCR e corresponde a um
tempo de vibração de 15 a 20 segundos com o Vêbê modificado.

ET-6.11.CURA

Após a compactação deverá ser mantida uma neblina com ar e água, até o início da cura
normal do CCR, que deverá seguir os procedimentos adotados para o concreto convencional.
O umedecimento da camada deverá ser permanente, evitando que as mesmas fiquem
alagadas ou encharcadas.

Não deverão ser aplicados jatos de água de forma concentrada ou sob pressão para evitar a
erosão da superfície fresca do CCR, bem como o carreamento de partículas de cimento.
Qualquer superfície que vier a ser danificada por erosão e que exponha o agregado graúdo
deverá ser tratada com argamassa de ligação.

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ET-6.12.JUNTAS

ET-6.12.1 Juntas de Contração

As juntas de contração serão formadas pela cravação de uma lâmina de aço com equipamento
vibratório, por folhas de PVC perdidas na camada, ou outro método aprovado, devendo-se
tomar cuidado para que o concreto não desagregue ou fendilhe na operação.

As juntas de contração serão executadas na seção completa do maciço, tipicamente a cada 15


m (ou conforme Desenhos de Projeto) ao longo do eixo, coincidentes com as juntas do
concreto convencional da face de montante.

ET-6.12.2 Juntas de Construção

As juntas de construção programadas para limitar praças de lançamento, para redução de


volume, jornada de trabalho ou outro motivo deverão ser executadas com fôrmas de modo a
coincidir com as juntas de contração projetadas para a estrutura.

ET-6.13.FÔRMAS

As fôrmas deverão ser projetadas de maneira a não interferir com o lançamento do CCR.

As fôrmas serão executadas em conformidade com os locais de aplicação, sendo os painéis


fixados na rocha para as primeiras camadas ou fixados em camadas subjacentes para
camadas superiores.

ET-6.14.EXECUÇÃO DA JUNÇÃO ENTRE O CCR E OS CONCRETOS CONVENCIONAIS

Nos maciços de CCR correspondentes às faces de montante e de jusante, e aos taludes


inclinados da rocha de fundação (principalmente, nas ombreiras), a junção entre o CCR e os
concretos convencionais deve ser executada cuidadosamente obedecendo ao seguinte
procedimento:

Lançar o concreto convencional próximo à fôrma ou junto à rocha de fundação,


com volume compatível com a largura final especificada e a altura final da
camada de compactação;
Lançar o CCR com uma altura adequada para a camada compactada,
encostando-o no concreto convencional;
Consolidar o concreto convencional através de vibrador de imersão, antes que o
mesmo complete 2 horas desde sua produção na central, eliminando totalmente
os vazios, principalmente, junto à fôrma ou à rocha;
A vibração junto ao CCR deverá unir os dois tipos de concreto, fazendo uma
junção a mais solidária possível. Os vibradores de imersão devem ser
introduzidos verticalmente e retirados vagarosamente, em intervalos variáveis de
0,30 a 0,40 m;

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Executar a compactação do CCR com o número de passadas prescrito, no
sentido paralelo ao da junção com o concreto convencional;
Após a compactação com o rolo vibratório, proceder a revibração do concreto
convencional, forçando o vibrador de imersão contra o CCR;
Antes que o concreto convencional entre em início de pega, compactar sua
junção com o CCR, com rolo vibratório pequeno ou placa vibratória, no sentido
da junção, fazendo com que o nível seja o mesmo para os dois concretos.

ET-6.15.DRENAGEM E GALERIA

O maciço de CCR poderá contar com sistemas de drenagem internos para assegurar a coleta e
condução controlada dos fluxos de água percolados. Caso seja feita a oção por este tipo de
solução, o sistema de drenagem será constituído por meias-canas de concreto assentadas
sobre o maciço de CCR antes do lançamento do concreto convencional. Estes drenos irão
impedir o aparecimento de subpressões na camada de concreto convencional, descarregando
os eventuais fluxos de água coletados para jusante da estrutura. As galerias de drenagem
internas ao maciço de CCR deverão ter processo construtivo que forneça acabamento
compatível com estruturas semelhantes, que garanta a inspeção adequada, a colocação de
equipamentos de leitura de instrumentação e a segurança do tráfego humano e de
equipamentos de sondagem e injeção.

ET-6.16.ENSAIOS DE CONTROLE

ET-6.16.1 Concreto Convencional

Os concretos convencionais a serem utilizados seguirão o controle estabelecido para os


concretos convencionais das demais estruturas.

ET-6.16.2 Concreto Compactado com Rolo

a) Central de Britagem

Os ensaios de agregados serão efetuados de conformidade com as normas aplicáveis da


ABNT ou outras. A CONTRATADA executará os ensaios de controle de rotina nos
agregados, nos diversos estágios das operações de processamento, transporte,
empilhamento, recuperação e mistura.

b) Central de Concreto

Vêbê (Canon Time) e teor de umidade:


A cada 4 horas será feita amostragem do CCR para determinação do Vêbê modificado
(Canon Time) e teor de umidade do CCR.

Moldagem de corpos de prova:

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A cada turno de trabalho serão feitas 2 amostragens para ensaios de resistência à
compressão, compressão diametral, massa específica e permeabilidade em corpos de prova
de 15 x 30 cm, para as idades de 7, 28 e 90 dias.

c) Na Praça de Lançamento

Teor de cimento:

Após espalhamento do CCR e imediatamente antes da compactação será retirada uma


amostra de CCR, não inferior a 50 kg para determinação em laboratório do teor do cimento,
na freqüência de 2 determinações por turno de trabalho.

Densidade "in situ":

O número de passadas do rolo compactador deverá ser definido durante a execução da


pista experimental, de tal forma a satisfazer as exigências da massa específica úmida do
CCR. A massa específica úmida do CCR deverá ser determinada com densímetro nuclear
ou outro processo aprovado.
A massa específica úmida mínima será a média de pelo menos três determinações nas
profundidades da camada de CCR compactada. A referida média deve ser superior a 98%
da massa específica úmida teórica, não se aceitando determinações individuais com valores
inferiores a 95% da massa específica úmida teórica.
Caso a média seja inferior a 98% da massa específica úmida teórica, devem ser realizadas
novas determinações em um raio máximo de 1,5 m para constatar que não houve erros na
primeira determinação. Em caso de persistirem os resultados com médias inferiores a 98%
da massa específica úmida teórica, deve ser feita a recompactação, com passadas
adicionais.
O controle da densidade será feito com referência ao valor nominal - massa específica
úmida teórica (DE) que será fixado durante os testes de campo.
Se a densidade for inferior a 95% da densidade nominal, uma compactação adicional será
permitida desde que seja executada dentro de um período de tempo inferior a 1 hora. No
caso em que este período máximo não for respeitado, o concreto terá que ser removido. Os
ensaios de densidade deverão ser executados dentro de 15 minutos após a compactação
da camada.

d) Extração de Testemunhos na Praça de Lançamento

Deverá ser previsto programa de extração de testemunhos para verificação da qualidade do


CCR lançado na barragem, com relação a suas propriedades mecânicas e para avaliar sua
durabilidade.
Inicialmente a extração de testemunhos deverá ser de 3 metros lineares a cada 10.000 m³
de CCR lançado, mantendo-se o mínimo de 30 metros de extração e deverá obedecer a um
programa específico elaborado pela Projetista, considerando a resistência mínima
necessária á obtenção de testemunhos confiáveis.

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ET-6.17.PISTA EXPERIMENTAL

Antes do início dos trabalhos definitivos a CONTRATADA deverá executar uma pista
experimental, cujos objetivos principais são:

Ajustar as dosagens definidas para uso, quanto à trabalhabilidade, umidade e


densidade;
Conhecer o desempenho dos equipamentos, principalmente do rolo vibratório e do tipo
de compactador a ser utilizado nas regiões não acessíveis ao rolo vibratório;
Definir o número de passadas do rolo vibratório em função da trabalhabilidade e
densidade requeridas;
Investigar intervalos de lançamentos sucessivos, diurno e noturno, em termos de
tempos de exposição admissíveis;
Investigar situações de juntas de concretagem quanto a aderência e tipos de
tratamento;
Testar o método executivo de juntas induzidas;
Investigar alternativas construtivas, tais como:

o Lançamento e adensamento do CCR junto às fôrmas (simulando adensamento a


jusante);

o Lançamento e adensamento do CCR e concreto convencional junto à rocha, nas


ombreiras.

Extrair testemunhos para:

o Avaliar a qualidade do CCR e concreto convencional através da caracterização


de suas propriedades mecânicas, elásticas e de permeabilidade;

o Avaliar aderência entre camadas e alternativas de construção investigadas.

ET-6.18.ALTERNATIVA PARA EXECUÇÃO DO CCR EM CAMADAS RAMPADAS


Os procedimentos já descritos nesta especificação técnica das Obras Civis, para lançamento,
espalhamento, compactação e cura do CCR, são basicamente os mesmos a serem aplicados
na execução do maciço de CCR em camadas rampadas.

Nas camadas próximas da fundação, onde os volumes e as áreas das camadas são maiores, a
execução do CCR deverá ser feita em blocos separados, com fôrmas nas juntas de contração
programadas para a formação das rampas de CCR que deverão ficar com uma relação de 1:10
(V:H). As alturas de lançamento, do método sem aplicação de argamassa, serão múltiplos de
0,30 m, limitando-se a um máximo de 2,40 m.

Nas camadas superiores e nos blocos de menor altura o CCR poderá ser lançado
continuamente, executando-se as juntas de contração conforme previsto no item 12.1 desta
especificação.

No caso de interrupção do lançamento, a rampa da camada em execução deverá ser


adequadamente compactada e para a sua retomada se procederá conforme prescrito no item
8.4 desta especificação.
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No paramento de montante será lançado concreto convencional, conforme mostrado nos
desenhos de construção.

ET-6.19.INSTRUMENTAÇÃO

Para o monitoramento do barramento através da instrumentação, há necessidade de instalação


de instrumentos de controle visando a segurança das estruturas.

Na estrutura da barragem de CCR, quando previsto com galeria e sistema de drenagem para
consideração de alívio de sub-pressões, recomenda-se:
Drenos de fundação, junta e cortina para alívio de sub-pressões e medição de vazões de
percolação – durante e após o enchimento do reservatório;
Medidores de Vazão para medir a percolação da barragem de CCR – durante e após o
enchimento do reservatório;
Piezômetros de corda vibrante ou tipo “Casagrande” para medir as sub-pressões
transmitidas pela fundação e no maciço – durante e após o enchimento do reservatório;
Termômetros e Extensômetros, na barragem de CCR, visando a medição de temperatura e
formação de fissuras no concreto – durante a construção, durante e após o enchimento do
reservatório, ou outro equipamento a ser apresentado pelo projetista.
Marcos Superficiais;
Triortogonal de Junta.

Instrumentação na Soleira Vertente:


Por se tratar de uma estrutura sem galeria de drenagem, baixa altura e baixo nível de
tensões comparados à capacidade de suporte da fundação; devido à dificuldade de
instalação e operação / leitura dos instrumentos e sua pouca funcionalidade, sugerimos a
eliminação destes (piezômetros, extensomentros e termômetros) e que os dados mais
relevantes a serem instrumentados seja no contato barragem de terra / muro de concreto,
onde se instrumentará com medição de piezometria e marcos superficiais.

A definição final dos tipos, quantidade e locação dos instrumentos específicos, a serem
implantados nas estruturas, será feita no decorrer do desenvolvimento do Projeto Executivo
pela CONTRATADA.

Prever a automação da instrumentação, cuja a definição será detalhada, também durante o


Projeto Executivo.

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ET-7. ARMADURAS

ET-7.1. OBJETO

Esta Seção abrange a execução de todos os trabalhos relacionados com armaduras, telas de
aço, barras de ancoragem e tirantes.

A CONTRATADA deverá fornecer, cortar, dobrar e colocar todas as armaduras que incluem
barras ou telas soldadas, arames e acessórios, como mostrado nos Desenhos de Projeto.

Todas as armaduras, telas, barras de ancoragens e tirantes deverão estar acompanhados dos
certificados dos ensaios de fábrica, executados de conformidade com as normas da ABNT,
garantindo o produto a ser aplicado na Obra.

O controle de qualidade das armaduras implica na realização rotineira de ensaios no Canteiro


de Obras, complementares aos ensaios realizados pelo Fabricante. Desta forma a
CONTRATADA deverá instalar, operar e manter um laboratório para a realização de ensaios
de armaduras no âmbito da Obra, bem como contar com equipe técnica para analisar os
resultados obtidos.

ET-7.2. AÇO PARA ARMADURAS E BARRAS DE ANCORAGEM

ET-7.2.1Generalidades

Salvo especificação em contrário, os aços para as armaduras e barras de ancoragem deverão


ser de categoria CA 50 (de alta aderência, b=1,50) ou de categoria CA 25 (que poderá
apresentar baixa aderência, b=1,0) e atender as especificações e normas aplicáveis da
ABNT, em especial a NBR 7480.

Nos Desenhos de Projeto estão indicados a localização geral e os dobramentos típicos das
barras consideradas no projeto das estruturas de concreto. Durante a execução da obra, serão
fornecidos os Desenhos Executivos de armaduras, acompanhados das respectivas listas de
ferros e esquemas de dobramento do aço, mostrando, em detalhe, como deverão ser
preparadas e montadas as armaduras e as barras de ancoragem.

ET-7.2.2Fornecimento e Ensaios

Os lotes recebidos na Obra deverão ser marcados, indicando o nome da siderúrgica, categoria
do aço e número do lote, de tal maneira que possam ser facilmente correlacionados com os
correspondentes certificados de testes anexos a cada fornecimento.

Devem ser seguidas as recomendações da NBR 7680 ( Item 6) com relação às inspeções de
recebimento, ressaltando-se:
Verificação dos defeitos e do comprimento;

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Ensaios de tração, de dobramento e de determinação do coeficiente de conformação
superficial, seguindo as recomendações de amostragem e de tolerâncias.

Todas as armaduras, grampos e barras de ancoragem deverão estar isentas de ferrugem, óleo,
graxa ou outras películas que possam destruir ou reduzir sua aderência ao concreto.

ET-7.2.3Manuseio e Estocagem

O aço para as armaduras e barras de ancoragem deverá ser estocado afastado do solo, em
grupos separados, de acordo com a categoria do aço, bitola e lotes de fornecimento, a fim de
permitir rapidez no acesso e facilitar a inspeção, sempre que necessária. O aço cortado e
dobrado deverá ser marcado com o número da barra, como mostrado nos Desenhos de
Projeto, usando-se algum tipo de etiqueta à prova de água e colocando-se as barras em áreas
demarcadas e previamente selecionadas para este armazentamento.

ET-7.2.4Preparo e Colocação da Armadura

a) Corte e Dobramento

Todo o aço deverá ser cortado e dobrado como mostrado nos Desenhos de Projeto
utilizando métodos e práticas consagradas. Nos locais onde for indicada armadura contínua
e reta, não poderão ser utilizadas barras mais curtas que as mostradas nos Desenhos de
Projeto e relacionadas na Lista de Ferro. Barras já dobradas não poderão ser endireitadas
ou redobradas. Não poderão ser executados dobramentos de barras com o auxílio de calor.

b) Emendas

As emendas das barras de aço para as armaduras poderão ser executadas por qualquer
dos processos especificados no item 9.5 da NBR 6118. Em geral, nos Desenhos Executivos,
as emendas das barras de aço serão indicados por traspasse ou, quando necessário, por
solda ou luva.

Emenda por Solda

Emendas com solda de topo por caldeamento, serão executadas somente nos aços CA-50A
ou CA-25 nas bitolas de 12,5 mm até 32 mm, observando as normas aplicáveis da ABNT. A
solda de topo poderá ser efetuada na totalidade das barras, ressalvados os pontos a seguir
mencionados. As emendas deverão estar convenientemente espaçadas para permitir uma
boa concretagem. As barras a serem soldadas deverão estar perfeitamente alinhadas, as
seções de contato deverão ser planas e normais aos eixos longitudinais e isentas de
quaisquer materiais que prejudiquem uma boa ligação. Partes curvas das armaduras não
poderão ser soldadas.
Os serviços de solda de topo deverão ser executados em instalações especiais, ao abrigo
de intempéries, evitando-se um resfriamento brusco das soldas das barras. O controle de
qualidade de rotina das soldas será conduzido em ensaios de laboratório, de acordo com o

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NBR-11919 e deverá ser enviado, em formato de relatório, mensalmente para a
CONTRATANTE.
A aplicação de barras soldadas deverá ser feita de acordo com as seguintes diretrizes:
As emendas com solda de topo poderão ser realizadas na totalidade das barras
de uma seção transversal, quando as barras não forem tracionadas e não
houver preponderância de carga acidental (armadura secundária ou corrida).
Estes casos serão mostrados nos Desenhos de Projeto;
Nos outros casos, em uma seção transversal de qualquer elemento estrutural, só
poderá existir uma barra de armadura emendada por solda, em qualquer grupo
de duas;
Para não serem consideradas como estando numa mesma seção, a distância
mínima entre as emendas por solda em duas barras vizinhas será de quinze
vezes o diâmetro da barra, medida na direção do eixo;
Cada barra utilizada poderá ter, no máximo, três emendas por solda,
distanciadas de, no mínimo, 2,0 m; e
A distância mínima entre a extremidade da barra e a primeira solda não deverá
ser menor que 2,0 m.

Para dirimir qualquer dúvida sobre a possibilidade de realização de emenda por solda numa
barra, os desenhos de armadura do projeto executivo indicarão os locais onde poderá ser
utilizado este processo.

Emenda com Luva Prensada-Rosqueada

A emenda com luvas será executada pela compressão de dois "tubos-luva" (um em cada
barra a ser emendada) através de uma prensa hidráulica, que deverá deformá-los contra as
barras de aço a serem emendadas. Nesta emenda, cada luva deverá ser prensada até
cerca da metade de seu comprimento, ficando a outra metade livre com rosca interna. Para
eficiência do processo, as barras a serem emendadas deverão ter saliências ou nervuras
superficiais.
A união das barras deverá ser feita por meio de um pino a ser rosqueado internamente nas
extremidades livres das luvas. Para a adequada operação de aperto do pino de união, a
peça poderá ter rosca "só direita" ou "direita esquerda".
Este tipo de emenda poderá ser utilizado nas emendas de armaduras da casa de força, na
região onde está prevista a instalação da calota de teste de pressurização da caixa espiral,
e em outros locais de acordo com o indicado nos Desenhos de Projeto.

c) Espaçamento

Os espaçamentos das barras deverão obedecer ao indicado nos Desenhos de Projeto e


atender as tolerâncias indicadas no item e, mostrado a seguir. As distâncias livres deverão
atender o disposto na NBR 6118.

d) Recobrimento

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O recobrimento das armaduras, ou seja, a distância livre entre a superfície do concreto e a
face da armadura, deverá obedecer às dimensões indicadas nos Desenhos de Projeto,
respeitando as indicações da NBR-6118 e as tolerâncias indicadas no item a seguir.

e) Tolerâncias de Construção

Variação no espaçamento
A tolerância de variação no espaçamento indicado, desde que a seção total da armadura
esteja de acordo com os Desenhos de Projeto, será de 25 mm.

Variação no recobrimento

Para o recobrimento, a tolerância será como indicado na Tabela 6.2.1, a seguir:

TABELA 6.2.1 – TOLERÂNCIA PARA O RECOBRIMENTO


DAS ARMADURAS

Recobrimento Tolerância
Menos de 50 mm 3 mm
50 até 75 mm 6 mm
Mais de 75 mm 12 mm

f) Fixação

Todas as armaduras deverão ser mantidas na posição prevista nos Desenhos de Projeto
mediante o uso de suportes, espaçadores, tirantes de metal ou concreto.
Nas interseções, as barras deverão ser firmemente atadas com arame próprio para este
serviço. Os suportes deverão ter resistência suficiente para manter a armadura em posição
durante toda a operação de concretagem e deverão ser usados de tal forma que não fiquem
expostos ou contribuam, de qualquer maneira, para a descoloração ou deterioração do
concreto. Os suportes de concreto deverão ser fabricados com o mesmo concreto usado na
estrutura a ser concretada.

ET-7.3. BARRAS DE ANCORAGEM

ET-7.3.1Generalidades

As barras de ancoragem deverão ser instaladas como indicado nos Desenhos de Projeto e
atender as especificações da NBR 5629.

Quando a colocação das barras deverá for feita imediatamente após a conclusão da escavação
da área, deve-se tomar cuidado com fogos próximos, durante a pega da argamassa de
preenchimento. Em geral, as barras de ancoragem terão diâmetro de 32 mm ou 25 mm, em
aço CA 50 (de alta aderência b>=1,5), devendo atender as condições estabelecidas no item 2,
referentes às características, fornecimento, corte, dobramento e outras, quando aplicáveis.
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ET-7.3.2Perfuração

A não ser onde especificamente definido em contrário, a perfuração deverá ser efetuada com
equipamento rotopercussivo.

A profundidade, inclinação e localização dos furos serão as indicadas nos Desenhos de


Projeto.

Em geral, os furos deverão ter diâmetro de 75 mm e 64 mm, para a utilização de barras com
diâmetro de 32 mm e 25 mm, respectivamente.

ET-7.3.3Preparação dos Furos

Os furos para as barras de ancoragem deverão ser lavados com água limpa, utilizando-se jatos
alternados de água e ar, até remover todos os resíduos de perfuração. No caso em que as
barras não devam ser imediatamente fixadas nas posições indicadas nos Desenhos de Projeto,
os furos deverão ser tamponados firmemente e, imediatamente antes da colocação, deverão
ser novamente lavados e limpos.

ET-7.3.4Instalação de Barras de Ancoragem

Os furos deverão ser preenchidos com argamassa ou nata de cimento não retrátil,
imediatamente antes da colocação da barra. Tanto a argamassa como a nata de cimento
deverão ser previamente aprovadas com base nos resultados dos ensaios em laboratório.

A barra deverá, então, ser colocada no furo, procurando-se mantê-la axial à furação e
movimentando-a, a fim de eliminar possíveis bolhas de ar do interior da argamassa.

O furo deverá, então, ser totalmente preenchido com a mesma argamassa.

Nos furos em que houver água vertendo, a colocação de argamassa será feita do fundo para a
boca do furo, por meio de um tubo, a fim de evitar a diluição da argamassa.

Em casos de fluxos de água sob pressão, será necessário efetuar a drenagem, para reduzir ou
eliminar a água vertente.

Poderão ser, também, utilizados aditivos aceleradores de pega que contenham hidróxidos
alcalinos, amônia, carbonato de sódio, aluminato de sódio, silicatos, silicofluoretos e
trietanolamina. Não será permitida a utilização de aditivos que contenham cloretos.

Quaisquer barras encontradas soltas, depois que a argamassa tenha se solidificado, deverão
ser reinstaladas pela CONTRATADA, iniciando-se o processo pela retirada da barra,
reperfuração e recolocação, de acordo com os procedimentos anteriormente descritos.

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O preenchimento com argamassa e a fixação das barras deverão ser realizados com
antecedência mínima de 3 dias do lançamento de qualquer concreto adjacente.

ET-7.3.5Nata de cimento para Instalação de Barras de Ancoragem

A nata de cimento para fixação das barras de ancoragem deve ter fator água/cimento em
massa inferior a 0,5. Para melhorar o desempenho da fixação, poderá ser adicioanda sílica
ativa na proporção de 3 a 5% de massa de cimento. A dosagem da nata deverá ser justificada
através de ensaio laboratoriais que serão submetidos à Aprovação da CONTRATANTE. A
resistência a compressão da calda deverá ser de 24 MPa aos 28 dias.

ET-7.4. TIRANTES

Os tirantes deverão ser instalados conforme indicado nos Desenhos de Projeto.

A preparação e a colocação dos tirantes, assim como os ensaios a que serão submetidos,
deverão obedecer à norma NBR 5629 da ABNT. Os ensaios serão executados pela
CONTRATADA.
Os furos deverão ser realizados com equipamento rotopercussivo, a não ser onde
especificamente definido em contrário. Os furos deverão ser cuidadosamente lavados e limpos.

As hastes dos tirantes deverão ser de aço de alta resistência, com tensão de escoamento
maior ou igual a 500 MPa, conforme especificado nos Desenhos de Projeto. A rosca da
extremidade da haste deverá ser usinada.

A capacidade dos tirantes será baseada na mínima resistência da parte menos resistente do
conjunto.

Todas as recomendações do fabricante relativas às hastes dos tirantes, armazenamento,


comprimento de ancoragem, diâmetro e limpeza dos furos, acessórios e outros materiais, bem
como aos equipamentos para furação, montagem e protensão, deverão ser observados para
garantir uma perfeita instalação dos tirantes.

Após a colocação e tensionamento dos tirantes, periodicamente e em locais determinados, os


mesmos deverão ser controlados com torquímetro, a fim de verificar se a tensão no tirante
sofreu um decréscimo significativo. Caso esses controles comprovem diminuição na tensão, a
CONTRATADA deverá tomar as medidas corretivas, que poderão ser:

refazer os tirantes;
aumentar a tensão nos tirantes anteriormente colocados;
diminuir o espaçamento entre os furos futuros;
colocar tirantes adicionais, de maneira a reduzir o espaçamento entre tirantes já
instalados.

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Novos controles e medidas corretivas poderão ser requeridos durante o andamento dos
serviços.

ET-7.5. TIRANTES PASSANTES

Os tirantes passantes deverão ser instalados conforme indicado nos Desenhos de Projeto.

As hastes dos tirantes deverão ser de aço de alta resistência, com tensão de escoamento
maior ou igual a 500 MPa.

As roscas das extremidades das hastes deverão ser usinadas. Os acessórios deverão ser
padronizados pelo fabricante dos tirantes.

Os furos deverão ser realizados com equipamento rotopercussivo, a não ser onde
especificamente definido em contrário. Os furos deverão ser cuidadosamente lavados e limpos.

As placas deverão ser ajustadas, de maneira que o eixo do tirante fique o mais perpendicular
possível ao plano da base das placas.

As roscas deverão estar isentas de ferrugem e de outros materiais indesejáveis. Antes da


colocação, as roscas deverão ser untadas com lubrificantes à base de bissulfeto de molibdênio.

Após a montagem, será executado o aperto da porca com o torquímetro até que seja
alcançada a tensão exigida. No decorrer da obra, periodicamente e em locais determinados, os
tirantes deverão ser controlados com torquímetro, a fim de verificar se a tensão no tirante
sofreu um decréscimo significativo. Caso ocorra redução de tensão dos tirantes, a
CONTRATADA deverá aplicar os mesmos procedimentos corretivos indicados para os tirantes.,

ET-7.6. TELAS DE AÇO SOLDADAS

ET-7.6.1Generalidades

As telas de aço soldadas deverão ser instaladas conforme indicado nos Desenhos de Projeto.
Usualmente, elas deverão ser aplicadas nos espelhos dos emboques dos túneis forçados, nas
abóbadas dos túneis e em tratamentos de taludes de escavação em rocha sã, alterada ou
saprólito.

Poderá ser necessária a aplicação da tela em locais onde forem constatados problemas de
instabilidade, provocados por fogos de desmonte, que poderão comprometer a segurança dos
trabalhos.

As telas de aço soldadas deverão atender a especificação da NBR 7481 e ser confeccionadas
em aço de categoria CA 50 ou CA 60, conforme indicado nos Desenhos de Projeto.

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ET-7.6.2Fornecimento e Ensaios

Os ensaios de recebimento e os critérios de aceitação ou rejeição serão aqueles estabelecidos


na NBR 7481 da ABNT.

ET-7.6.3Transporte, Manuseio e Estocagem

As telas de aço soldadas deverão resistir aos impactos provocados pelo transporte e
manuseios normais. O número de quebras de juntas soldadas não deverá exceder a 1% do
número total de juntas soldadas por painel. No caso de rolos, esse número de quebras
admissível não deverá exceder a 1% do número total de juntas soldadas em cada 15,0 m² de
tela, desde que 50% ou mais do número máximo permitido de juntas soldadas quebradas não
sejam localizadas em um único fio.

As telas deverão ser estocadas afastadas do solo e em grupos separados, a fim de permitir e
facilitar a sua inspeção, quando necessária.

ET-7.6.4Colocação e Fixação

As telas metálicas terão aplicação tanto em concreto de lajes como em tratamento com
concreto projetado de superfícies escavadas a céu aberto, ou ainda podem ser usadas no
tratamento das escavações em túneis.

As telas de aço soldadas deverão ser colocadas nos locais indicados nos Desenhos de Projeto,
devendo estar isentas de sujeira, ferrugem, óleo, graxa ou qualquer material que possa
prejudicar a aderência.

Todas as telas deverão ser mantidas na posição definitiva, mediante o emprego de suportes,
espaçadores de concreto, tirantes, chumbadores ou grampos metálicos.

ET-7.6.5Espaçamento, Cobrimento e Emenda

Os espaçamentos dos fios deverão obedecer ao indicado nos Desenhos de Projeto e atender à
tolerância no espaçamento de 6 mm, desde que a seção total da armadura, por metro, seja
mantida.

O cobrimento mínimo das telas deverá ser de 2 cm, com tolerância de 0,5 cm, quando
utilizadas em tratamentos com concreto projetado. Nas estruturas de concreto armado os
cobrimentos mínimos serão aqueles indicados nos Desenhos de Projeto.

As emendas serão feitas apenas por superposição das telas, com comprimentos de traspasse
que atendam as recomendações apresentadas pelo CEB-FIP MODEL CODE 1990 (item
9.1.2.3).

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ET-7.6.6Dimensões

As dimensões (largura e comprimento) e a malha das telas, fornecidas em rolos ou painéis,


serão aquelas indicadas nos Desenhos de Projeto.

Serão utilizadas, de preferência, telas com largura normal de fabricação igual a 2,45 m e
comprimentos usuais para painéis ou rolos, conforme item 4.2 da NBR 7841 da ABNT.

ET-7.7. MATERIAIS DE PROTENSÃO

ET-7.7.1Generalidades

O aço para concreto protendido deverá atender às especificações da ABNT - NBR-7482 e


NBR-7483, como mostrado nos Desenhos ou como requerido pela CONTRATANTE. As
cordoalhas não poderão ter, em toda a sua extensão, junções ou uniões, dobras, entalhes ou
defeitos. Os fios deverão ser entregues em rolos de pelo menos 1,50 m de diâmetro,
devidamente protegidos contra abrasão e corrosão, de acordo com as recomendações do
fabricante. As ancoragens, cunhas, bainhas e acessórios deverão ser de materiais e tipos
compatíveis com os sistemas patenteados de protensão.

Na confecção de cada cabo, somente será permitida a utilização de cordoalhas do mesmo rolo.
Havendo a necessidade de utilização de cordoalhas de mais de um rolo, a CONTRATADA
deverá comprovar que as cordoalhas apresentam as mesmas características físicas. Neste
caso deverão ser caracterizadas as cordoalhas componentes de cada cabo de modo a permitir
a determinação precisa de suas origens e respectivas características físicas.

As bainhas para os cabos deverão ser metálicas, corrugadas, galvanizadas e semi-rígidas. As


bainhas deverão apresentar resistência mecânica compatível com o trabalho de montagem e
construção civil, resistindo inclusive ao empuxo e pressão do concreto.

As bainhas deverão apresentar estanqueidade completa, que permita a circulação de água no


seu interior e não devem apresentar defeitos ou irregularidades que venham a prejudicar o seu
desempenho junto aos cabos de protensão.

As ancoragens deverão possuir dispositivo que permita a perfeita entrada (ou saída) da calda
de injeção dos cabos.

Todos os componentes de protensão deverão ser fornecidos pela CONTRATADA, de acordo


com as especificações de materiais do fabricante. As amostras das cordoalhas deverão ser
objeto de ensaios de caracterização do material. Todas as amostras ensaiadas deverão ser
representativas do material a ser fornecido e deverão ser do mesmo cilindro laminador
principal. Uma amostra de cordoalha deverá ser retirada da extremidade de cada rolo e deverá
ser testada, de acordo com a ABNT. O relatório com os resultados desses ensaios deverá ser
encaminhado para conhecimento da CONTRATANTE, antes da efetiva aplicação desses
materiais na obra.

MV-MC-GER-ET-03-001 112/154
A CONTRATANTE poderá, a seu critério, solicitar a execução de ensaios de dureza e
cimentação nos blocos e cunhas de ancoragem, bem como outros ensaios que julgue
necessários para determinar a perfeição das peças. A embalagem e a marcação do aço de
protensão deverão obedecer às exigências da ABNT. Todos os elementos deverão ser
adequadamente protegidos e embalados na fábrica, para evitar danos e impedir que sujeira ou
água alterem suas características originais.

Na armazenagem dos materiais da protensão, os cabos e as bainhas deverão ser mantidos


sempre sobre apoios de madeira afastados de, no mínimo, 30 cm do solo. Deverão ser
protegidos contra as intempéries, mas de modo a existir circulação de ar no seu entorno.

Não serão permitidos trabalhos de solda ou corte a maçarico nas proximidades dos cabos de
protensão. Para um período prolongado de armazenagem, os cabos de protensão deverão ser
protegidos com banho de óleo do tipo solúvel ou similar. Esta proteção deverá ser
rigorosamente removida com auxílio de água ou detergente que, comprovadamente, não
provoque ou predisponha aços ou bainhas dos cabos à corrosão.

A CONTRATANTE poderá fiscalizar e, com base nas Normas e indicações específicas do


processo de protensão escolhido, refugar materiais que julgar inaceitáveis.

Os dispositivos de pós-tracionamento deverão ser aprovados pela CONTRATANTE. Os


macacos hidráulicos deverão ser equipados com manômetros devidamente calibrados, de
modo a permitir que as tensões no aço de protensão possam ser medidas a todo instante. A
CONTRATADA deverá apresentar, para conhecimento da CONTRATANTE, uma curva
certificada de calibração de cada dispositivo e efetuar verificações sempre que solicitado. Os
métodos de protensão deverão seguir as normas do fabricante e estar de acordo com o
especificado nos Desenhos de Projeto. Os componentes da protensão deverão ser
transportados para área de moldagem, locais de instalação e manuseados conforme instruções
e recomendações do fabricante.

ET-7.7.2Instalação

A instalação das ancoragens e dos cabos de protensão deverá ser executada conforme
indicado nos Desenhos de Projeto e instruções do fabricante.

Os cabos deverão ser colocados conforme curvatura e dimensões projetadas e dentro das
tolerâncias de alinhamento especificadas. A fim de evitar deslocamento de posição durante o
lançamento do concreto, as armações de montagem deverão ser convenientemente espaçadas
e rígidas. As bainhas dos cabos deverão estar isentas de graxa, óleo, tinta, ferrugem ou
qualquer outro material estranho. Todas as extremidades das bainhas já instaladas devem ser
munidas de tampões para impedir a entrada de corpos estranhos ou penetração de água, calda
ou argamassa.

As bainhas, tubulações de injeção e suspiros deverão ser estanques, para evitar problemas de
obstrução por penetração de calda de cimento durante a concretagem.

MV-MC-GER-ET-03-001 113/154
Antes da concretagem, as bainhas devem ser verificadas. Eventuais furos e emendas devem
ser cobertos cuidadosamente com fita adesiva, para impedir a penetração de nata de cimento.

As placas de ancoragem, quando existirem, deverão ser prévia e corretamente instaladas nas
formas e, após a concretagem, deverão ser limpas na sua face aparente, a fim de permitir uma
perfeita adaptação ao cabeçote de ancoragem.

ET-7.7.3Colocação dos Cabos

A colocação dos cabos deve ser precedida de uma lavagem das bainhas com água a uma
pressão de aproximadamente 5 kgf/cm², até que se eliminem todas as impurezas do seu
interior. A colocação dos cabos será feita depois que a concretagem estiver terminada. Os
cabos serão numerados de acordo com o projeto.

O tempo decorrido entre a colocação dos cabos, sua protensão e injeção deve ser o menor
possível. A injeção só poderá ser feita depois que todos os cabos tiverem sido protendidos.

MV-MC-GER-ET-03-001 114/154
ET-8. DRENAGEM, PROTEÇÃO SUPERFICIAL, PAVIMENTAÇÃO E CONSTRUÇÕES
DIVERSAS

ET-8.1. OBJETO

Esta Seção abrange a execução de todos os trabalhos relacionados com a drenagem e


proteção superficial complementar de cortes, aterros e de áreas cuja recomposição seja
julgada necessária. Estão, também, incluídos nesta Seção os serviços de pavimentação, as
obras complementares relativas aos acessos definitivos e as construções diversas.

ET-8.2. TERRAPLENAGEM

ET-8.2.1Cortes

ET-8.2.1.1 Equipamentos

Para a execução dos cortes serão utilizados pela CONTRATADA equipamentos específicos
para cada tipo de material de escavação, conforme segue:

Materiais de 1ª categoria: escavadeiras hidráulicas sobre esteiras, caminhões basculantes e


motoniveladoras;

Materiais de 2ª categoria: escavadeiras hidráulicas sobre esteiras, caminhões basculantes,


motoniveladoras, compressores de ar e marteletes pneumáticos;

Materiais de 3ª categoria: escavadeiras hidráulicas sobre esteiras, compressores de ar,


marteletes pneumáticos, perfuratrizes sobre esteiras e caminhões basculantes para rocha;

ET-8.2.1.2 Execução de Cortes

A execução de cortes deverá ser precedida de desmatamento, destocamento, limpeza e


demarcação do offset pela CONTRATADA.

O destino de material à bota-foras, pela CONTRATADA, só deverá acontecer após conclusão


dos aterros adjacentes, exceto para material cujas características indiquem que não deva ser
utilizado. Antes dessa solução deve-se procurar alargar aterros existentes, diminuir suas
declividades e executar bermas adicionais.

Em caso de ocorrência de rocha sã, o greide deverá ser rebaixado em 0,40 m e, em caso de
ocorrência de solos expansivos, de baixa capacidade de suporte ou orgânicos, deverá ser
rebaixado 0,60 m.

Considerando-se as condições geológicas e geotécnicas, os taludes, tanto de cortes como de


aterros, deverão ser deixados com inclinações que não comprometam a segurança dos

MV-MC-GER-ET-03-001 115/154
usuários da via. Neste sentido, onde for necessário, deverão ser executados pela
CONTRATADA banqueteamentos, drenagem e/ou revestimentos das saias dos taludes.

As valetas de proteção, tanto de cortes como de aterros deverão ser executadas


concomitantemente a sua execução.

O acabamento da plataforma de corte deverá ser feito com motoniveladora. Não deverão ser
deixados blocos de rocha sobre a plataforma final.

Logo que as condições climáticas permitirem, deverá ser executado pela CONTRATADA
imediato plantio de grama conforme item ET-8.7 desta especificação, nos taludes de corte e
aterro, bem como na reconstituição da paisagem das áreas de bota-fora.

Serão tolerados no máximo 0,20 e 0,05 m de erro na largura e na altura da plataforma final,
respectivamente.

ET-8.2.2 Aterros

ET-8.2.2.1 Generalidades

Antes de utilizar qualquer equipamento de compactação, a CONTRATADA deverá


disponibilizar na obra as especificações dos respectivos fabricantes, incluindo dimensões,
pesos, dados técnicos e cálculo da energia aplicada.

ET-8.2.2.2 Equipamentos para a Compactação de Enrocamentos e Transições

Para a compactação dos enrocamentos e transições a CONTRATADA deverá utilizar rolos


lisos vibratórios, rebocados por tratores de esteira ou autopropelidos.

Em qualquer hipótese, os rolos deverão atender as seguintes especificações:

peso mínimo estático total .................................................................................................. 92 kN;


peso mínimo estático por metro de rolo.............................................................................. 40 kN;
peso mínimo de impacto dinâmico ................................................................................... 370 kN;
freqüência de vibração ................................................................................ maior que 1.400 rpm.

Os tambores deverão ser de aço e providos de acessórios, de modo a evitar o acúmulo de


material na sua superfície durante a operação de compactação.

ET-8.2.2.3 Equipamentos para a Compactação dos Aterros Diversos

Para a compactação dos solos deverão ser utilizados pela CONTRATADA rolos tipo pé-de-
carneiro e de impacto, tipo "tamping". O rolo tipo pé-de-carneiro deverá transmitir, nos pés,
tensão da ordem de 3 MPa e o rolo tipo "tamping" deverá ter no mínimo 120 kN de peso
estático.
MV-MC-GER-ET-03-001 116/154
Rolos tipo pneumático poderão ser utilizados para o selamento de camadas. Esses rolos serão
do tipo autopropulsor, com sete rodas oscilantes, e deverão ter um peso total superior a 250
kN. A pressão nos pneumáticos deverá ser superior a 0,6 MPa.

ET-8.2.2.4 Compactadores Manuais

Os compactadores mecânicos manuais, tais como placas vibratórias e soquetes pneumáticos


serão utilizados pela CONTRATADA para a compactação de materiais em áreas onde o uso
de outros tipos de compactadores não é possível ou é desaconselhada.

Esses compactadores deverão produzir densidades equivalentes àquelas obtidas com a


utilização de rolos vibratórios ou do tipo pé-de-carneiro. Para o uso de compactadores
manuais, a espessura da camada deverá ser limitada em 15 cm para materiais argilosos ou em
20 cm para materiais granulares, podendo ainda ser reduzidas em função do grau de
compactação desejado.

ET-8.2.2.5 Material

Os materiais usados serão classificados em enrocamentos, transições e materiais


impermeáveis.

ET-8.2.2.6 Enrocamento

Os materiais rochosos eventualmente utilizados, deverão ser constituídos de rocha sã obtida


pela CONTRATADA prioritariamente de cortes e, na falta destes, de pedreiras sob sua
responsabilidade.

Não será permitida a utilização de rochas contaminadas com materiais impróprios ou que
tenham características não satisfatórias. Os enrocamentos executados acima do nível d’água
deverão ser lançados em camadas de 1,00 metro e compactados com rolos compactadores.

ET-8.2.2.7 Materiais impermeáveis

Os materiais de aterros impermeáveis definidos como solos, serão obtidos pela


CONTRATADA prioritariamente de cortes e, na falta desses, de áreas de empréstimo sob sua
responsabilidade. Deverão ser removidos fragmentos de rocha com tamanhos superiores a 200
mm de diâmetro.

Este material deverá ter um teor de umidade durante o lançamento, que permita o tráfego
normal do equipamento e que, como resultado da compactação, produza um material de
aparência homogênea, maciça e impermeável.

Os aterros deverão ser executados conforme indicado nos Desenhos de Projeto, podendo
ser dos seguintes tipos:

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S – constituído por solos e saprólitos lançados em camadas uniformes de 30 cm,
compactados pela ação do tráfego dos equipamentos de transporte e
espalhamento. Nas faixas adjacentes aos taludes não protegidos por plantio de
grama deverão ser colocados materiais de granulometria mais graúda;

SC – constituído por solos e saprólitos compactados com grau superior ou igual a


95%, relativamente ao Ensaio Proctor Normal (NBR 7182). O desvio de umidade em
relação ao referido ensaio poderá variar de menos 2 % a mais 3 %. A espessura
das camadas não deverá exceder 25 cm. Para compactação dos solos poderão ser
utilizados rolos pé-de-carneiro, transmitindo tensões nos pés da ordem de 3 MPa.
Para compactação dos saprólitos são recomendados os rolos “tamping”, adequados
à compactação de solos coesivos ou semi-coesivos, com mínimo de 120 kN de peso
estático.

ET-8.2.2.8 Execução de Aterros

A execução de aterros deverá ser precedida de desmatamento, destocamento, limpeza e


demarcação do offset pela CONTRATADA.

A CONTRATADA deverá espalhar, umedecer e compactar o material uniformemente em toda


a largura da plataforma. As camadas deverão ter no máximo 0,30 m de espessura e teor de
umidade igual a 3% da umidade ótima. A compactação deverá obter no mínimo 95% da massa
específica aparente máxima seca.

As três últimas camadas merecem cuidados especiais. Devem ter no máximo 0,20 m, teor de
umidade igual a 3% (camadas inferiores) e 2% (última camada) da umidade ótima. A
compactação deverá obter 100% da massa específica aparente máxima seca.

No caso de aterros em áreas alagadas, a CONTRATADA deverá prever e executar dispositivos


de drenagem ou então, deverá executá-lo sobre material drenante, como enrocamento.

A utilização de enrocamento deve obedecer camadas de 0,75 m, sendo que nos dois últimos
metros, deverão ser executadas camadas de no máximo 0,30 m. O material utilizado não
deverá ter diâmetro maior que 2/3 da espessura da camada.

Considerando as condições geológicas e geotécnicas, os taludes, tanto de cortes como de


aterros, deverão ser deixados com inclinações que não comprometam a segurança dos
usuários da via. Neste sentido, onde for necessário, deverão ser executados pela
CONTRATADA banqueteamentos, drenagem e revestimentos das saias dos taludes.
Alargamentos de corpos de aterro deverão ser feitos sempre começando pela sua base.

As valetas de proteção, tanto de cortes como de aterros deverão ser executadas


concomitantemente a sua execução.

MV-MC-GER-ET-03-001 118/154
O revestimento primário dos aterros deverá ser espalhado com motoniveladora e compactado
com quatro passadas de trator tipo CAT D-8 ou similar.

Durante a execução do aterro as praças deverão ser mantidas com declividade mínima de 2 %
para facilitar a drenagem. Quando houver eminência de chuvas, as praças deverão ter sua
superfície selada mediante a passagem de rolos lisos.

Os materiais provenientes das escavações obrigatórias poderão ter sua umidade corrigida na
praça de lançamento.

Logo que as condições climáticas permitirem deverá ser feito plantio de grama pela
CONTRATADA, conforme item ET-8.7 destas especificações, nos taludes de corte e aterro,
bem como reconstituição da paisagem nas áreas de bota-fora e/ou empréstimo.

Serão tolerados erros de acréscimo de no máximo 0,30 e 0,03 m, na largura e na altura da


plataforma final, respectivamente. O abaulamento transversal máximo será de 0,5%.

Compete a CONTRATADA a execução dos ensaios necessários à boa execução dos serviços.

ET-8.3. PAVIMENTAÇÃO

ET-8.3.1Generalidades

Os acessos definitivos, cujas características geométricas estão definidas nos Desenhos de


Projeto, compreendem os acessos internos para se atingir o coroamento do barramento,
vertedouro, tomada de água, a plataforma da casa de força, o pátio da subestação, ponte a
jusante e a estrada não pavimentada (estrada do leite), conforme o desenho de acessos MV-
MC-GER-DE-03026. Estas estradas deverão receber pavimentação betuminosa, tipo TSD,
sendo o projeto e dimensionamento compatível com o tipo de fluxo previsto durante o período
de concessão.

Para a construção destas estradas, deverá ser considerado que:

Nos trechos onde são previstos cortes em material comum e em rocha deverão
ser integralmente atendidas as prescrições estabelecidas na Seção ET-2 -
Desmatamento, Escavação e Preparo da Fundação, além dos itens ET-8.2.1 e
ET-8.2.2 desta seção;
A execução de aterros de material comum deverá obedecer, sem se limitar, as
"Especificações de Serviços Rodoviários" do Departamento de Estradas de
Rodagem do Estado do Paraná, em especial a DER/PR-T 06/91 "Aterros";
As especificações para serviços de drenagem e obras de arte correntes, tais
como bueiros, valetas e sarjetas, caixas coletoras, dissipadores de energia, e
demais estruturas previstas;

MV-MC-GER-ET-03-001 119/154
A execução da pavimentação deverá estar de acordo com o "Manual de
Pavimentação" do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná
(DER), 1996;
Os serviços deverão atender todos os requisitos, como as características dos
materiais, o processo executivo, o controle de qualidade, entre outros;

ET-8.3.2Escopo dos Serviços

O fornecimento dos materiais e a execução dos serviços de pavimentação serão de


responsabilidade da CONTRATADA, a qual deverá obedecer aos procedimentos e
especificações a seguir.

A CONTRATADA deverá implantar as vias definitivas executando a terraplenagem e


regularização do greide na largura definida nos Desenhos de Projeto.

As obras de drenagem deverão ser executadas segundo informações e geometria presentes


nos Desenhos de Projeto, podendo, no entanto, haver necessidade de serem executadas
eventuais complementações, a cargo CONTRATADA, a fim de facilitar a execução dos
serviços.

As vias deverão ser executadas em conformidade com as extensões, geometria e demais


detalhes indicados nos Desenhos de Projeto.

Para a realização dos serviços de pavimentação deverão ser desenvolvidas, basicamente, as


seguintes atividades:

Escavação, carga e transporte de solo para a execução da caixa de pavimento;


Regularização e compactação do sub-leito;
Execução da sub-base e base estabilizadas granulometricamente;
Execução da pintura de ligação e imprimação;
Execução do revestimento asfáltico em tratamento superficial duplo (TSD) na
faixa de rodagem;
Execução do revestimento asfáltico em tratamento superficial simples (TSS) nos
acostamentos;
Fornecimento e execução das cercas de proteção e defensas;
Fornecimento de todo o material e implantação das sinalizações horizontal e
vertical.

MV-MC-GER-ET-03-001 120/154
ET-8.4. DRENAGEM E PROTEÇÃO SUPERFICIAL

ET-8.4.1Generalidades

O fornecimento de materiais e a execução dos serviços de drenagem serão de


responsabilidade da CONTRATADA que deverá realizar essas atividades de acordo com os
Desenhos de Projeto, procedimentos e especificações indicados a seguir:

ET-8.4.1.1 Materiais

Elementos Pré-Moldados em Concreto - Tubos

A CONTRATADA deverá fornecer e instalar tubos pré-moldados de concreto, simples ou


armado, conforme indicado em projeto, para realizar a drenagem superficial.

Os tubos de concreto armado deverão ser do tipo e dimensões indicados nos Desenhos de
Projeto. Deverão ser de encaixe tipo ponta e bolsa e obedecerão às especificações e normas
da ABNT.

A classe dos tubos será determinada para cada local em função das solicitações atuantes.

ET-8.4.1.2 Instalação

Tubos

Para assentamento dos tubos nas cavas, a CONTRATADA deverá obedecer as dimensões e
inclinações indicados nos Desenhos de Projeto. O fundo das cavas será compactado para
servir de apoio dos tubos.

Quando não estiver prevista a execução de berços de concreto, os tubos serão assentados
sobre material granular (areia ou brita) compactado, com espessura mínima de:

10 cm sob os tubos ou
25% do diâmetro externo dos tubos, na sua parte inferior

Adotando-se o maior valor.

O restante da cava será preenchido com solo compactado a um mínimo de 95% relativo ao
Ensaio Proctor Normal (NBR 7182). Serão utilizados compactadores manuais até que o
reaterro ultrapasse a geratriz superior do tubo em 1,0 m. Esses trabalhos serão executados
conforme as disposições pertinentes da Seção ET-04.

As juntas serão preenchidas com argamassa de cimento e areia, no traço de 1:4. Os tubos
serão assentados de modo que a bolsa de cada unidade esteja sempre voltada para montante,
com relação ao escoamento das águas.

MV-MC-GER-ET-03-001 121/154
ET-8.5. DISPOSITIVOS MOLDADOS IN LOCO

ET-8.5.1Materiais

ET-8.5.1.1 Concreto

A execução pela CONTRATADA de dispositivos de concreto moldados in loco deverá


obedecer a NBR 6118.

ET-8.5.1.2 Manta Filtrante de Geotêxtil

Serão fornecidas e utilizadas pela CONTRATADA mantas filtrantes de geotêxtil para


envolvimento de drenos de brita e como transições. O tipo, espessura e fabricante destes
materiais devem estar em conformidade com os Desenhos de Projeto.

A instalação e emendas das mantas serão efetuadas conforme orientações do fabricante. As


mantas deverão estar dispostas de modo a evitar infiltração de partículas finas.

ET-8.5.2Execução

ET-8.5.2.1 Descidas D’água

Serão escavadas valas em degraus, deixando-se espaço para colocação e travamento das
formas. As formas e as armaduras deverão ser executadas conforme geometria e
especificações dos Desenhos de Projeto.

O concreto utilizado nos dispositivos deve ter resistência característica à compressão simples,
aos 28 dias, de 15 MPa. Após a cura serão retiradas as formas e o espaço lateral será
reaterrado e apiloado.

ET-8.5.2.2 Dissipadores de Energia

Serão executadas pela CONTRATADA estruturas para dissipação de energia nas saídas de
sarjetas, descidas d’água ou bueiros a fim de evitar processos erosivos. Podem ser utilizados
berços de pedra-de-mão argamassada ou caixas com depósito de pedra argamassada.

As pedras-de-mão deverão ter diâmetro entre 10 e 15 cm e ser assentadas com argamassa de


cimento e areia, com traço 1:3, diretamente sobre o solo compactado. O segundo tipo de
estrutura citado deverá abrigar as pedras dentro de uma caixa de concreto armado.

Devem ser evitadas sobre-escavações que propiciem pontos de erosão laterais. Também
deve-se atentar para que a elevação do fundo do dispositivo coincida com o terreno natural.

ET-8.5.2.3 Caixas e Bocas de Bueiros

MV-MC-GER-ET-03-001 122/154
Eventualmente e conforme especificado nos Desenhos de Projeto, deverão ser construídas
pela CONTRATADA caixas e bocas para bueiros.

Estas estruturas deverão ser construídas após escavação e compactação do terreno na área
correspondente ao fundo da estrutura, execução e montagem das formas e armaduras,
seguida de concretagem, cura e desforma. Deverá ser dada atenção especial à compactação
do terreno adjacente às paredes destas estruturas.

ET-8.5.2.4 Drenos Sub-superficiais

Conforme especificado nos Desenhos de Projeto ou necessidade constatada durante as


escavações, deverão ser construídos pela CONTRATADA drenos sub-superficiais transversais
ou longitudinais.

Estes dispositivos deverão constituir-se de valas transversais e/ou longitudinais ao eixo da via,
preenchidas com material drenante, tendo caixas coletoras à jusante. Os drenos transversais
poderão estar ligados aos longitudinais.

A execução destes dispositivos deverá iniciar pela escavação de vala na geometria e


dimensões indicadas nos Desenhos de Projeto. A vala deverá ser revestida em seu perímetro
por manta sintética grampeada ao terreno adjacente.

Poderão conter, conforme especificado, tubos no seu interior. Neste caso ressalta-se que as
perfurações ou cortes dos tubos deverão estar voltados para baixo.

O espaço deverá ser preenchido com material drenante resultante da britagem de rocha,
pedregulhos ou seixos isentos de impurezas. Segue-se pelo fechamento da manta com
sobreposição de 20 cm e execução de selo impermeável de argila compactada.

ET-8.5.2.5 Drenos Sub-horizontais (DHPs)

Conforme especificado nos Desenhos de Projeto ou necessidade constatada durante as


escavações, deverão ser construídos pela CONTRATADA drenos sub-horizontais nos taludes
de cortes e aterros.

A execução destes dispositivos deverá iniciar pela demarcação e perfuração do talude por
meio de sonda rotativa, obedecendo sempre as inclinações e profundidades indicadas nos
Desenhos de Projeto, e de modo a alcançar o lençol freático.

Segue-se a introdução dos tubos envolvidos por manta sintética. Os tubos deverão ser de PVC
rígido com diâmetro especificado nos Desenhos de Projeto, devendo ser ranhurados nos
últimos 10 cm, e envoltos por GEOTEXTIL BIDIN OP-30 ( 2 voltas) ou similar.

Quando a perfuração para instalação dos DHP’s atingir blocos de rocha ou rocha deve-se
finalizá-la e instalar o dreno no comprimento perfurado.

MV-MC-GER-ET-03-001 123/154
Após a instalação dos DHP’s, o furo deverá ser preenchido em seu trecho inicial com calda de
cimento, de modo a fixá-lo ao terreno. O restante do trecho deverá ficar livre.

Eventualmente, deverá ser construída uma vala para captação das águas provenientes dos
drenos. Tais taludes deverão ser supervisionados freqüentemente, após o término da obra e
durante a operação da estrada.

ET-8.6. BUEIROS DE GREIDE

Poderão ser constituídos de uma ou mais linhas de tubos pré-moldados de concreto armado ou
celulares. Os tubos deverão obedecer as normas da ABNT.

As dimensões e inclinações das cavas para assentamento dos tubos deverão obedecer as
especificações dos Desenhos de Projeto Complementar executado pela CONTRATADA. Neste
sentido recomenda-se a utilização de gabaritos para configuração dos berços e cruzetas para
assentamento.

O fundo das cavas deverá ser compactado. Os berços serão executados com concreto em
duas etapas: inicialmente até a elevação da geratriz inferior dos tubos e, depois de assentados
os tubos e rejuntados, será lançada a última camada. Ambas as camadas serão vibradas.

As juntas deverão ser preenchidas em todo o diâmetro com argamassa de cimento e areia, no
traço de 1:4. Os tubos serão assentados de modo que a bolsa de cada unidade esteja sempre
voltada para montante, com relação ao escoamento das águas.

O restante da cava será preenchido com solo compactado a um mínimo de 95% relativo ao
Ensaio Proctor Normal (NBR 7182). Serão utilizados compactadores manuais até que o
reaterro ultrapasse a geratriz superior do tubo em 1,0 m. Esses trabalhos serão executados
conforme as disposições da Seção ET-04.

Caso existam sarjetas ou tubulações conectadas ao bueiro, esta ligação deverá ser constituída
por uma caixa em concreto para inspeção e transferência das águas conforme ET.7.5.7.

À jusante da saída dos bueiros deve-se atentar para que conformação final do terreno
direcione o fluxo. Também deve-se atentar para que a elevação do fundo do dispositivo
coincida com o terreno natural.

Deverão ser usados os dispositivos do item ET.7.5.6 para dissipação de energia.

ET-8.7. PLANTIO DE GRAMA

Para os serviços de plantio de grama a CONTRATADA deverá obedecer, sem se limitar, à


especificação DER/PR ES-OC15/05 - Proteção Vegetal, onde aplicável.

MV-MC-GER-ET-03-001 124/154
Está previsto o plantio de grama em leivas nos taludes de escavações e aterros ao longo das
vias, precedido pelo lançamento de uma camada de terra vegetal.

O plantio de grama por hidrossemeadura está previsto para recomposição de áreas de


empréstimo e bota-fora.

Qualquer que seja o processo utilizado, dentre os aqui enumerados, para controle de erosão,
será indispensável que a área esteja drenada, de modo que as águas pluviais sejam impedidas
de escoar, com maior volume, sobre a superfície tratada.

ET-8.7.1Materiais

ET-8.7.1.1 Terra Vegetal

A terra vegetal será constituída de solo superficial orgânico (horizonte pedológico A),
homogêneo, desprovido de torrões de argila, arbustos, raízes, ervas daninhas ou outras
vegetações indesejáveis.

A terra vegetal será obtida a partir de escavações obrigatórias pela CONTRATADA e mantida
separadamente em depósito, para futura utilização.

As áreas indicadas para reposição da camada vegetal deverão ser preparadas de modo a
evitar irregularidades abruptas, eliminando-se as pedras e os materiais estranhos com
dimensões superiores a 25 cm.

Sobre essas áreas será espalhada terra vegetal, de modo a se obter uma espessura mínima
de 15 cm. A terra vegetal deverá ser limpa de todo material impróprio ou prejudicial ao
crescimento de grama. A seguir, a camada de terra vegetal será convenientemente
compactada e regularizada.

ET-8.7.1.2 Adubos e Corretivos

Serão adquiridos e utilizados pela CONTRATADA os fertilizantes comerciais e corretivos, com


indicação da composição química de cada produto. Caso se utilize o estrume animal, este
deverá ser integral e não poderá conter sementes de ervas, palhas, pedras ou outros materiais
estranhos.

ET-8.7.1.3 Preventivos Químicos e Herbicidas

Contra as pragas e doenças, em regiões suscetíveis ao ataque, serão adquiridos e utilizados


pela CONTRATADA, como prevenção, produtos químicos específicos. Os herbicidas serão
usados especialmente para destruir a vegetação inconveniente ou daninha, durante o preparo
do terreno para o plantio.

ET-8.7.1.4 Sementes e Leivas

MV-MC-GER-ET-03-001 125/154
As sementes que serão adquiridas e utilizadas pela CONTRATADA no controle de erosão
serão de gramíneas de porte baixo, de sistema radicular profundo e abundante, de preferência
nativas da região.

As leivas deverão ter dimensões uniformes, quer sejam extraídas por processo manual ou
mecânico.

ET-8.7.2Plantio

ET-8.7.2.1 Leivas (Enleivamento)

A execução dos serviços de enleivamento pela CONTRATADA deverá obedecer às seguintes


etapas:

1ª etapa - correspondente ao preparo do solo, será constituída pelas seguintes atividades:

Revolvimento e/ou escarificação do solo;


Nivelamento do terreno no greide ou na seção transversal;
Drenagem da área;
Camada de terra vegetal;
Tratamento do solo contra pragas e doenças;
Incorporação de adubação química e orgânica;
Adição de calcário (de preferência dolomítico).

2ª etapa - poda, arrancamento, carga, transporte e descarga de leivas.

3ª etapa - plantio de grama - nas áreas inclinadas, as leivas serão sustentadas por estacas de
madeira, após a cobertura com uma camada de terra, devidamente compactada com soquetes
de madeira ou ferro, para preenchimento dos vazios.

4ª etapa - irrigação - será efetuada com equipamento apropriado para alcançar grandes alturas,
não sendo permitida a adoção de métodos impróprios que possam comprometer a estabilidade
dos maciços, na medida em que as leivas forem plantadas.

ET-8.7.2.2 Hidrossemeadura

Na aplicação deste processo, deverão ser utilizadas pela CONTRATADA sementes de


gramíneas com as características descritas no sub-item 8.1.4.

A preparação prévia do terreno será efetuada mediante as seguintes operações:

1ª etapa - correspondente ao preparo do solo, será constituída pelas seguintes atividades:

MV-MC-GER-ET-03-001 126/154
Revolvimento e/ou escarificação do solo;
Nivelamento do terreno no greide ou na seção transversal;
Drenagem da área.

2ª etapa - plantio de grama

O equipamento a ser utilizado será a hidrossemeadeira, que realizará adicionalmente a


mistura prévia de terra vegetal com produtos contra pragas e doenças do solo, bem como a
incorporação de adubação química e orgânica e a adição de calcário (de preferência
dolomítico).

A irrigação será feita com equipamento apropriado para alcançar grandes alturas, não sendo
admitida a adoção de métodos impróprios que possam comprometer a estabilidade dos
maciços, à medida em que a semeadura for realizada.

ET-8.8. CERCAS E DEFENSAS

A CONTRATADA deverá implantar as cercas de proteção da faixa de domínio dos acessos


definitivos, obedecendo aos critérios e recomendações do Departamento Estadual de Estradas
de Rodagem (DER).

ET-8.9. SINALIZAÇÃO

ET-8.9.1 Sinalização Horizontal

A sinalização horizontal é constituída por marcas viárias, tais como: faixas, legendas e
símbolos, apostas ao pavimento, podendo ser complementada por tachas e tachões.

Sua função é regulamentar, advertir e orientar os usuários da via, com a finalidade de otimizar
a operação da mesma, tornando-a mais segura.

Faixas de Sinalização Horizontal

Nos locais indicados pela CONTRATANTE, deverão ser pintadas as faixas de sinalização
horizontal, com largura e espessura conforme padrões atuais do Departamento Nacional de
Infra-estrutura (DNIT).

As faixas poderão ser contínuas ou interrompidas e de cor branca ou amarela, de acordo com
o local de aplicação, que será definido pela CONTRATANTE.

Devem ser refletivas, sendo normalmente utilizada nas faixas interrompidas de eixo, uma
cadência na proporção de 4,00 m pintados para 12,00 m interrompidos.

MV-MC-GER-ET-03-001 127/154
As faixas de bordos serão contínuas, na largura de 0,10 m, com seu eixo distando 0,15 m da
extremidade da pista.

As tintas a serem utilizadas nas demarcações viárias deverão ser à base de resina acrílica e
deverá ser fornecida embalada em recipientes metálicos e contendo em sua parte externa, as
seguintes informações:

Nome;
Cor;
Data de fabricação;
Prazo de validade;
Referência quanto à natureza química da resina;
Identificação da partida de fabricação;
Nome e endereço do fabricante;
Quantidade, em litros.

A aplicação de tintas sobre o pavimento deverá atender, sem se limitar, às seguintes


recomendações:

Para iniciar os serviços, a superfície do pavimento deverá estar limpa, seca e


isenta de graxa e óleo. O eixo da pista deverá estar locado, de 20 em 20 m;
A aplicação da tinta deverá ser feita com máquina automotriz, provida de pistola
e misturador automático no tanque;
A pintura não poderá ser executada em dias chuvosos ou com pavimento úmido;
As linhas deverão ser marcadas a cada metro, com pontos de tinta.

ET-8.9.2 Sinalização Vertical

A sinalização vertical será constituída por placas de Advertência e placas de Regulamentação


fixados ao lado da pista, transmitindo mensagens através de símbolos ou legendas pré
reconhecidos e legalmente instituídos.

Deverão estar de acordo com o Manual de Sinalização Rodoviária do Departamento Nacional


de Infra-estrutura (DNIT), e as orientações da CONTRATANTE.

As placas de Advertência deverão ter a dimensão de 1,00 m x 1,00 m, enquanto que as placas
de Regulamentação deverão ter diâmetro de 1,00 m.

Serão fixadas em postes de sustentação de madeira de lei pintada com tinta branca, acrílica. A
travessa de amarração e o prolongamento do suporte dos postes serão pintados com tinta
preta à base de PVA.

A base de suporte, na parte a ser enterrada no solo, deverá ser tratada com óleo creosoto,
como preservativo.

MV-MC-GER-ET-03-001 128/154
As chapas metálicas para confecção das placas deverão ser do tipo chapa zincada especial,
com no mínimo 270 g de zinco por metro quadrado, espessura de 1,25 mm, pintada com
sistema contínuo e curada a temperatura de 350º C, com tratamento à base de cromo e fósforo
e pintura com 5 micra de primer epoxi, mais 20 micra de poliéster em cada face.

Uma das faces das placas será pintada na cor preta semi-fosca e a outra em uma das
seguintes cores: amarela, vermelha e branca, seguindo padrão de cores do manual do DNER.

Para fins de fixação da placa ao suportes, devem ser utilizados parafusos zincados, presos por
arruelas e porcas.

Para compor os sinais rodoviários, na forma de tarjas, símbolos e legendas, serão utilizadas
películas refletivas, a fim de obter legibilidade diurna e noturna, por luz retro-reflexiva.

As condições de armazenamento das películas e tintas, bem como sua aplicação, devem
seguir as recomendações dos fabricantes.

ET-8.10.GABIÕES

a) Materiais

A CONTRATADA deverá fornecer gabiões do tipo caixa ou colchão, constituídos


respectivamente com malha de 8 cm x 10 cm e de 6 cm x 8 cm, obedecendo às dimensões
indicadas em Projeto. Em ambos, os gabiões serão subdivididos em celas, por diafragmas
dispostos transversalmente à sua maior dimensão a cada metro linear.

Para a confecção dos gabiões será utilizado o arame galvanizado, cujas características
estão especificadas na EB 1562 (NBR 8564) da ABNT. A rede será de malha hexagonal de
dupla torção, obtida entrelaçando os fios por três vezes e meia volta. Os fios terão diâmetro
de 2,7 mm para o tipo caixa e 2,2 mm para o tipo colchão. Todas as bordas livres do gabião
serão enroladas mecanicamente a fim de que as malhas não se desfaçam e adquiram maior
resistência. O fio utilizado nas bordas terá um diâmetro maior que o fio utilizado na
fabricação da malha.
Os gabiões serão preenchidos por fragmentos de rocha sã, com diâmetro ligeiramente
superior à abertura da malha.

b) Execução

Os gabiões serão despachados da fábrica dobrados e reunidos em pacotes.

Os gabiões serão abertos e armados, na obra, costurando-se entre si pelas arestas e


fixando-se os diafragmas às paredes laterais.

Os gabiões vazios serão sucessivamente colocados e amarrados aos vizinhos pelas


arestas, nas direções vertical e horizontal, antes do enchimento. A depender de sua posição

MV-MC-GER-ET-03-001 129/154
especialmente no caso de colchões revestindo taludes - será determinada a ancoragem dos
gabiões por barras de ancoragem.

O enchimento dos gabiões será manual ou mecânico, procurando-se obter a mínima


percentagem de vazios. Durante o enchimento, serão inseridos tirantes no interior dos
gabiões, para solidarizar as paredes opostas.

ET-8.11.ALVENARIA

As alvenarias de blocos cerâmicos ou bloco de concreto deverão satisfazer as Normas e


Especificações da ABNT e deverão ser executadas com blocos, de boa qualidade, com largura
mínima de 9 cm, sendo expressamente proibido o uso de peças quebradas.

As fiadas deverão ser perfeitamente niveladas, alinhadas e aprumadas. O posicionamento dos


tijolos deverá ser cuidadoso, devendo apresentar aspecto uniforme na confecção das juntas.

As juntas deverão ter espessura de 12 mm, sendo tolerada a espessura máxima de 15 mm. As
juntas deverão ser rebaixadas a ponta de colher, antes do endurecimento da argamassa de
assentamento, para que o chapisco e o reboco tenham melhor aderência. As juntas verticais
deverão ser bem aprumadas e desencontradas, a fim de se obter boa amarração.

Em todo o assentamento de alvenaria de blocos cerâmicos deverá ser colocada primeiro a


argamassa e sobre esta o bloco sendo permitido o emprego simultâneo de bloco e argamassa
nas juntas verticais. Nestas, deverá ser colocada boa quantidade de argamassa, de modo que
esta penetre parcialmente nos furos dos blocos, quando for o caso, garantindo maior
estabilidade às paredes.

A argamassa de assentamento deverá ser constituída de cimento, cal e areia, traço 1:2:8. O
assentamento das três primeiras fiadas de tijolos de todas as paredes de alvenaria deverá ser
executado com argamassa enriquecida com 2 kg de impermeabilizante Vedacit, para cada 50
kg de cimento, dissolvido na água de amassamento da argamassa.

Sobre e sob as janelas e sobre as portas deverão ser executadas vergas e contravergas de
concreto, com largura igual a da parede e altura variável (de acordo com o vão), estribo de
6,3mm a cada 15 cm e 4 ferros de 12,5mm corridos. O comprimento destas vergas deverá ser
igual ao vão da porta ou janela mais 25 cm de cada lado.

As alvenarias de blocos levantadas junto a paramentos de concreto deverão ter suas


amarrações aos ferros ali deixados durante a concretagem ou aos ferros chumbados àquela
estrutura.

O enchimento entre as paredes de alvenaria de blocos e vigas ou lajes superiores de concreto


deverá ser executado somente depois de decorridos 8 dias da conclusão do pano de parede.

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Este enchimento deverá ser executado com tijolos maciços dispostos obliquamente,
assentados com argamassa e fortemente encunhados.

ET-8.12.IMPERMEABILIZAÇÃO

ET-8.12.1 Lajes de Cobertura e Calhas

A impermeabilização de calhas das coberturas, lajes de cobertura da galeria eletromecânica,


bacias de captação de óleo dos transformadores, entre outras áreas deverá ser executada com
emulsão a base de elastômero sintético e betumes emulsionados, com reforço de véu de
poliéster, ou ainda, com manta asfáltica. Sobre esta impermeabilização deverá ser aplicada
adequada proteção mecânica com camada de argamassa e concreto.

A impermeabilização deverá ser aplicada sobre superfície limpa, seca e com todos os trabalhos
preparatórios já concluídos. Todas as superfícies a serem impermeabilizadas deverão ser
lavadas com escova de aço e se necessário, apicoadas ou lixadas mecanicamente. Cuidados
especiais deverão ser tomados junto aos ralos, juntas de dilatação, arremates de paredes, etc.
As juntas de dilatação deverão ser retocadas quando irregulares e preenchidas com mástique
elástico quando excederem 5 mm.

Sobre a área a ser impermeabilizada será executada uma camada de regularização com
argamassa de cimento e areia (granulometria de 0 a 3 mm), traço 1:3, com espessura mínima
de 2 cm. Esta camada servirá para dar os caimentos necessários para o escoamento das
águas pluviais. Todos os cantos deverão ser arredondados com raio mínimo de 8 cm. O
acabamento deverá ser feito com desempenadeira de madeira.

A aplicação da emulsão deverá ser feita após a homogeneização do produto em quatro


demãos, cruzadas, com o produto de concentração normal, podendo ser aplicado com brocha,
trincha ou vassourão de pêlo. A primeira demão deverá estar seca ao toque para ser aplicada
uma camada de véu de poliéster. A segunda demão da emulsão será aplicada sobre o véu de
poliéster com sentido de aplicação cruzada em relação a primeira demão. Estando seca ao
toque, a segunda camada de véu de poliéster deverá ser aplicada. A terceira demão será
aplicada sobre a segunda camada de véu de poliéster com sentido de aplicação cruzada. A
quarta demão será aplicada como arremate.

No caso de utilização de manta asfáltica, esta deve obedecer, sem se limitar, as


recomendações do Fabricante e utilizar mão-de-obra habilitada para a aplicação.

Deve se atentar para a junção do piso com as paredes, onde a emulsão ou manta deverá ser
prolongada por 30 cm a partir do piso, ascendendo a parede.

Sobre a camada de impermeabilização deverá ser executada a proteção mecânica, formada


por uma camada de 2 cm de argamassa de cimento e areia e uma capa de concreto com 5 cm
de espessura, com tela metálica do tipo Telcon Q196 ou similar, malha de 10 x 10cm 5 mm.

MV-MC-GER-ET-03-001 131/154
A capa de concreto deverá ter juntas de controle de trincas a cada 1,5 m e deverá ser dosado
com fck de 12,0 MPa aos 90 dias utilizando agregado máximo de 25 mm. A superfície do
concreto deverá ser desempenada com desempenadeira de madeira.

Para as bacias de contenção de óleo dos transformadores deverá ser aplicado sobre a camada
de proteção mecânica, um revestimento à base de resina epóxi (como Epóxi Sikaguard 63CL),
de modo a evitar o ataque do óleo à camada impermeabilizante.

Sobre a impermeabilização, onde haverá tráfego de veículos a capa de concreto deverá


obedecer as cotas indicadas nos Desenhos de Projeto.

ET-8.12.2 Caixas de Água, Tanque de Esgoto e Tanques de Coleta e Separador de Óleo

A impermeabilização das caixas de água, será executada com revestimento impermeabilizante


semiflexivel, tipo SIKA TOP 107 e para Tanque de Esgoto e Tanques de Coleta e Separador de
Óleo, será executada com revestimento impermeabilizante a base de resina epóxi, tipo
SIKAFLOOR 2530W.

As superfícies, tanto das paredes como dos pisos deverão estar isentas de poeira, óleo, graxa,
nata de cimento ou qualquer incrustação. Eventuais falhas nas superfícies de concreto a serem
impermeabilizadas deverão ser corrigidas com argamassa de cimento e areia, traço 1:3.

Havendo necessidade de ser efetuada regularização dos pisos, isto deverá ser feito também
com argamassa de cimento e areia, traço 1:3, reguado e desempenado com desempenadeira
de madeira.

Cantos vivos, junções de laje/parede, parede/parede, deverão ser arredondados em meia cana
com argamassa de cimento e areia e raio mínimo de 8 cm.

O revestimento deverá ser aplicado como pintura com 3 demãos nas paredes e 4 demãos nos
pisos, em demãos cruzadas.

Após a primeira demão, deverá ser aplicado véu de poliéster com 60 cm de largura, na junção
das paredes com os pisos, ficando 30 cm nas paredes e 30 cm nos pisos. Deverá ser
observado um intervalo de 3 horas entre demãos e os componentes do produto deverão ser
misturados até que se obtenha uma aparência homogênea. Para a aplicação do produto
deverão ser seguidas as especificações e recomendações do Fabricante.

ET-8.13.PISOS

ET-8.13.1 Cerâmicas

Os pisos dos sanitários e copa serão revestidos com cerâmica 33,5X33,5cm, tipo Forma
Branco BR, da Eliane ou equivalente. Os pisos dos demais ambientes serão revestidos com
cerâmica 41X41cm, tipo Cargo Plus White, da Eliane ou equivalente.
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A aplicação das cerâmicas deverá obedecer as dimensões e diretrizes mostradas nos
Desenhos de Projeto. Na falta de projeto de paginação de piso, as peças devem ser dispostas
de forma a distribuir o recorte (quando houver) entre as filas perimetrais. As peças cerâmicas
serão assentadas com desempenadeira metálica dentada sobre camada de argamassa colante
(AC-I), misturada conforme especificação do Fabricante. Deverão ser deixadas juntas de 3mm
através de espaçadores apropriados. As juntas deverão ficar perfeitamente alinhadas nos dois
sentidos entre si e com as paredes. A superfície final dos pisos deverá ser perfeitamente plana
e sem ressaltos de uma placa em relação a outra.

As juntas serão preenchidas com rejunte apropriado e, quando não indicado em projeto
arquitetônico, deverão ser da mesma cor das peças cerâmicas.

Onde houver ralos, o piso deve ter caimento convergindo para os mesmos, em inclinação
suficiente ao perfeito escoamento das águas.

ET-8.13.2 Piso Elevado

O piso elevado a ser executado na Sala de Comando será constituído de placas metálicas
600x600x32mm com borda bisotada, da engeplac ou equivalente compostas de duas chapas
de aço com enchimento em concreto leve, sendo a chapa superior nº14 e a chapa inferior nº16
estampada com domus estruturais. Estrutura de sustentação com pedestáis telescópicos e
longarinas fabricados em aço galvanizado. Para aterramento o piso elevado deverá ser
conectado a malha densa com cabos de cobre a cada 5m². o sistema deve resistir a uma carga
distribuída de 16,5kN/m² e carga concentrada de 5,5kN.

O arremate dos pisos elevados, junto às paredes será com rodapés de madeira, fixados nas
paredes, devidamente lixados e envernizados.

Os furos para passagem de cabos executados nas placas, deverão ser vedados com adesivo
condutivo “RTV Conductive Silicone Adhesive”, após a instalação dos cabos. A aplicação do
adesivo deverá seguir as instruções e recomendações do Fabricante.

Deverá ser fornecido um puxador de sucção para a remoção de placas.

ET-8.13.3 Piso Vinílico Condutivo

O piso vinílico condutivo será o formipiso dissipativo, da Fórmica, módulo 0,60 x 0,60m.

A aplicação do piso vinílico condutivo sobre o piso elevado deverá ser com adesivo condutivo e
executado com mão-de-obra especializada. Deverão ser observadas as especificações e
recomendações do Fabricante. Deverão também ser observadas todas as características do
piso indicadas nos Desenhos de Projeto.

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ET-8.13.4 Contrapiso

As lajes onde serão executados os contrapisos deverão estar ásperas e livre de impregnações,
tais como óleos, graxas, grânulos, etc. As lajes que se apresentarem lisas deverão ser
apicoadas.

Antes do lançamento da argamassa de contrapiso, as lajes deverão ser abundantemente


molhadas e chapiscadas com argamassa de cimento e areia, traço 1:2, com fator água/cimento
alto. A espessura do chapisco não deverá ser superior a 2 mm.

A argamassa de contrapiso deverá ser lançada logo após a aplicação do chapisco. Caso a
espessura do contrapiso resulte superior a 3 cm, poderá ser incorporado pedrisco (areia
artificial com diâmetro menor que 0,5 centímetro) à argamassa adotando-se traço 1:1,5:1,5
(cimento, areia grossa, pedrisco).

A argamassa de contrapiso deverá ser bem compactada e desempenada, devendo sua cota
final ser tal que o piso acabado, a ser sobreposto, alcance as cotas e declividades indicadas
nos Desenhos de Projeto.

Os contrapisos deverão ser cuidadosamente curados, sob permanente umidade, por um


período nunca inferior a 7 dias.

Onde houver malha densa, todos os serviços preparatórios deverão ser executados antes da
aplicação das telas metálicas. O contrapiso deverá ter juntas de controle de trincas a cada 1,20
m e deverá ficar perfeitamente reguado, nivelado e desempenado com desempenadeira de
madeira.

ET-8.13.5 Malha Densa

A malha densa será executada com telas metálicas soldadas, com espaçamento entre os fios
de 5 cm x 5 cm com diâmetro dos fios de 3 mm. Estas telas deverão ser adquiridas sob
encomenda por não constarem das tabelas de telas padrão.

Nas emendas das telas o traspasse deverá ser no mínimo de duas malhas e ponteadas com
solda. Nas juntas de contração, para continuidade da malha, haverá uma chapa galvanizada,
conforme detalhe nos Desenhos de Projeto. As telas deverão estar isentas de sujeiras,
ferrugem, óleo, graxa ou qualquer outro material que possa prejudicar a aderência.

As telas metálicas serão aplicadas sob o contrapiso da Sala de Comando e deverão ser fixadas
nas lajes de concreto e conectadas à malha de aterramento.

Todos os materiais para aterramento, como cabos, cordoalhas, conectores, etc., deverão
obedecer aos detalhes dos Desenhos de Projeto.

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ET-8.13.6 Piso de Argamassa de Alta Resistência

Os pisos de argamassa de alta resistência poderão ser aplicados na casa de força (pisos da
turbina e geradores), área de serviço e bloco lateral esquerdo, galerias elétricas superior e
inferior, galeria mecânica, ou conforme indicado nos Desenhos de Projeto.

A argamassa de piso de alta resistência deverá apresentar a seguinte composição:

554 kgf de cimento pozolânico;


554 kgf de areia natural;
1108 kgf de areia artificial;
216 litros de água; e
144 mm de abatimento (flow table).

O transporte da argamassa desde a central de concreto até os locais de aplicação deverá ser
feito por meios apropriados e tão rapidamente quanto possível.

A resistência da argamassa não deverá ser inferior a 30 MPa (28 dias) e sua espessura não
poderá ser inferior a 15 mm.

Os agregados, cimento e água deverão atender aos requisitos da Seção ET-5.

As superfícies de concreto que receberão o piso de alta resistência poderão ser preparadas
com martelos pneumáticos adaptados a "rock-bits", equipamento para corte de concreto com
água a alta pressão (water blaster) ou qualquer outro tipo de equipamento que permita a
escarificação ou apicoamento do concreto.

Após terminado o processo de escarificação e total limpeza, por lavagem, do concreto, deverão
ser assentadas juntas plásticas de dilatação, dispostas de tal modo que formem placas de 2,0 x
2,0 m. Estas juntas deverão ter 27 mm de altura e 3 mm de espessura. É recomendável que as
juntas sejam dispostas em uma direção com o total comprimento de fabricação (sem
emendas), enquanto que na outra direção se apresentem com o comprimento igual ao da
dimensão da placa.

As juntas plásticas deverão ser fixadas com a aplicação de argamassa de cimento e areia,
traço 1:2. A argamassa de fixação deverá ser aplicada em toda extensão da junta. Coloca-se
primeiro a argamassa de fixação para posterior imersão da junta plástica. Após a cura, a
argamassa de fixação deverá, também, ser escarificada.

A aplicação da argamassa de piso de alta resistência deverá ser feita sobre a superfície de
concreto escarificada e saturada de água sem excesso superficial (estado de superfície
saturada seca). O adensamento da argamassa deverá ser feito com soquete metálico de
espessura mínima 25 mm.

O acabamento final deverá ser feito com sarrafo de alumínio e desempenadeira de madeira.
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A cura deverá ser cuidadosamente conduzida até o quarto dia, quando deverá começar o
processo de polimento.

ET-8.14.REVESTIMENTOS

ET-8.14.1 Reboco

Todas as superfícies das paredes de alvenaria deverão receber chapisco, emboço e reboco.
As superfícies deverão estar limpas e abundantemente molhadas para serem inicialmente
chapiscadas com argamassa de cimento e areia grossa, traço 1:3. É imprescindível que os
paramentos estejam aprumados, mantendo a linearidade em qualquer direção e estejam
ortogonais entre si.

Após a completa pega do chapisco e depois de embutidas todas as tubulações previstas


deverá ser executado o emboço com argamassa de cimento, cal e areia fina, no traço 1:2:7,
com espessura constante, compreendida entre 1,5 e 2,5 cm. As superfícies deverão estar
limpas e suficientemente molhadas para a aplicação do reboco que deverá ser aplainado e
desempenado utilizando-se desempenadeira provida de feltro, ou desempenadeira metálica, ou
conforme especificado no projeto. Ao final, deve apresentar aspecto uniforme e com
paramentos perfeitamente planos. Não será tolerada qualquer ondulação ou desigualdade de
alinhamento da superfície rebocada.

ET-8.14.2 Azulejos

As paredes serão revestidas com azulejo 33,5X25cm, tipo Forma Branco BR, da Eliane ou
equivalente. Deverão ser bem cozidos, duros, maciços, resistentes e impermeáveis com
dimensões e cor uniformes. As faces visíveis devem ser perfeitamente planas com arestas
vivas, sem fendas, manchas ou falhas. Não serão aceitas peças que apresentarem defeitos.

Os azulejos que necessitarem de cortes para passagem de tubulações, torneiras ou outros


elementos não deverão apresentar rachaduras nem emendas ao final do serviço. As bordas
dos cortes deverão ser esmerilhadas e lixadas de forma a se apresentarem lisas e sem
irregularidades.

Os azulejos deverão ser assentados sobre camada de argamassa colante (AC-I) aplicada com
desempenadeira metálica dentada, misturada conforme especificação do Fabricante. Deverão
ser deixadas juntas de espessura uniforme em ambas direções, garantidas através de
espaçadores apropriados.

As juntas deverão ficar perfeitamente alinhadas nos dois sentidos entre si e com a laje e o piso.
A superfície final da parede deverá ser perfeitamente plana, sem ressaltos de uma placa em
relação a outra. A fiada próxima ao teto (laje ou forro) não deverá ter recortes.

As juntas serão preenchidas com rejunte apropriado e, quando não indicado em projeto
arquitetônico, deverão ser da mesma cor das peças cerâmicas.

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ET-8.15.PINTURA

As superfícies a serem pintadas deverão estar secas, sem manchas de umidade, limpas e
retocadas. Manchas de óleo ou graxa deverão ser removidas com detergente apropriado.

Deverão ser aplicadas tintas já preparadas em fábrica e entregues na obra em embalagem


original. Deverão ser evitados escorrimentos ou salpicos de tinta em superfícies de vidros,
painéis elétricos, interruptores, dobradiças, pisos, portas, janelas, aparelhos sanitários, etc. Os
salpicos que não puderem ser evitados deverão ser imediatamente removidos com emprego de
removedor adequado.

As superfícies pintadas deverão apresentar depois de prontas textura, tonalidade e brilho


uniformes.

ET-8.15.1 Massa Corrida

As superfícies das paredes de alvenaria que serão pintadas deverão receber tratamento com
massa corrida. A aplicação da massa corrida deverá ser feita com espátula ou desempenadeira
de aço em camadas finas e em número suficiente para se obter um perfeito nivelamento.
Deverá ser feito lixamento entre a aplicação de duas camadas consecutivas. O intervalo de
aplicação entre duas camadas não deverá ser inferior a 2 horas. Imperfeições localizadas
devem ser corrigidas com aplicações isoladas.

Vinte e quatro horas após a aplicação da última camada de massa corrida deverá ser feito o
lixamento final com lixa fina. A superfície deverá ser limpa, removendo-se totalmente os
materiais pulverulentos, antes da aplicação de tinta.

ET-8.15.2 Látex Acrílico

Onde indicado nos Desenhos de Projeto, as paredes ou tetos deverão ser pintados com látex
acrílico. Deverão ser aplicadas pelo menos 3 demãos. Cada demão só poderá ser aplicada
após a precedente estar perfeitamente seca. Um intervalo mínimo de 3 horas entre duas
demãos sucessivas deverá ser observado. Deverão ser aplicadas tantas demãos quantas
forem necessárias ao perfeito acabamento.

ET-8.15.3 Epóxi

Na Sala de Baterias, o piso e as paredes serão pintados com tinta a base de epóxi das Tintas
Sumaré ou similar.

No piso aplicar uma demão de “Sumadur Sher-Tile Clear BR” como primer e duas demãos de
“Sumadur Phenicon Acabamento BR Cinza” como acabamento.

Nas paredes e tetos serão aplicados uma demão de “Sumadur Sher-Tile Clear BR” como
primer e duas demãos de “Sumadur Sher-Tle HS Acabamento BR Branco” como acabamento.

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ET-8.16.POLIMENTO E PINTURA DE PISOS

O polimento de pisos deverá ser aplicado sobre substratos de argamassa de alta resistência ou
sobre o concreto de primeiro estágio.

As superfícies de concreto que deverão receber o polimento deverão estar limpas e livres de
impregnações tais como óleos, graxas, grânulos, restos de concretos e outras contaminações.

Os locais com irregularidades abruptas ou buracos deverão ser desbastados ou reparados com
argamassa de cimento, areia natural e artificial, traço 1:1:2, aplicada sobre superfície limpa,
tratada e com os contornos definidos, obtidos através de corte no formato de "rabo de
andorinha".

Após a execução dos reparos e total limpeza da superfície, o processo de polimento deverá ser
iniciado com a utilização de pedra abrasiva grana 36 e, repetido o procedimento com pedra
abrasiva grana 60, removendo as irregularidades superficiais.

Terminado o polimento com a pedra grana 60, deverá ser aplicada uma calda de cimento com
fator A/C = 0,30. Dois dias após a aplicação da calda deverá ser feito o polimento com pedra
grana 120. O polimento deverá ser prolongado até que toda a calda tenha sido removida e a
superfície esteja bem polida.

Os pisos de argamassa de alta resistência que receberão polimento, deverão ter esta operação
iniciada no quarto dia de cura com a utilização de pedra grana 60 desenvolvendo-se, a partir
desta fase, as mesmas atividades como descrito para os pisos de concreto.

O número de máquinas politrizes deverá ser tal que propicie um polimento rápido já que este
serviço é de difícil realização em piso envelhecido.

Terminado o processo de polimento o piso deverá ser imediatamente lavado com solução de
água limpa e ácido muriático a 10% e, em seguida, somente com água limpa em abundância.

Estando o piso totalmente seco e limpo, aplicam-se duas demãos de verniz a base de resina
epóxi, poliamida, bicomponente, incolor, com sólidos por volume na faixa de 28%, para
aplicação com espessura final de 100 micrometros.

Para diluição do verniz poderá ser utilizado diluente a base de aromáticos e glicóis de acordo
com as recomendações do Fabricante.

Os respingos de nata de cimento, provenientes do polimento, em equipamentos


eletromecânicos e nas paredes, deverão ser removidos após o término do serviço de
polimento. Os equipamentos deverão ser protegidos contra os respingos antes do início desse
serviço.

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Para sua diluição poderão ser utilizados diluentes do tipo genérico aromático-glicol ou
aromático-cetona de acordo com as recomendações do fabricante.

Em qualquer caso o verniz, o revestimento e o diluente deverão ser de um mesmo fabricante e


aplicados de acordo com sua recomendação.

ET-8.17.ESQUADRIAS

Todas as esquadrias deverão ser fabricadas com as dimensões indicadas nos Desenhos de
Projeto. As esquadrias de alumínio serão fabricadas com perfis e chapas protegidas contra
corrosão, extrudados e anodizados. As esquadrias de ferro serão fabricadas com perfis e tubos
sem costura protegidos com pintura anticorrosiva. Todos os perfis, tanto de alumínio como de
ferro deverão ser de comprovada resistência mecânica.

As esquadrias quando externas, deverão proporcionar total vedação à entrada de água. Nos
encontros entre quadros ou marcos com alvenaria ou concreto, as juntas deverão ser
preenchidas com massa de calafetagem, com composição tal que lhe assegure plasticidade
permanente.

Todos os trabalhos de serralheria deverão ser realizados com esmero e qualidade, mediante
emprego de mão-de-obra especializada. Deverá ser empregado material novo, limpo,
perfeitamente desempenado e sem defeitos de fabricação. As condições e dimensões das
aberturas que receberão as esquadrias deverão ser levantadas antes da fabricação das
mesmas. Deverão ser tomados todos os cuidados para garantir o prumo e nível das esquadrias
e seu perfeito funcionamento. Os chumbadores (madeira ou metálicos) deverão ser
solidamente fixados na alvenaria ou no concreto.

Os quadros deverão ser perfeitamente esquadriados com os ângulos ou linhas de emendas


bem aparelhados, de modo a desaparecer saliências ou rebarbas.

As esquadrias de ferro, portas e grades deverão ser protegidas com pintura anticorrosiva. As
superfícies deverão estar limpas e deverão ser pintadas com uma demão de primer e duas
demãos de esmalte sintético como acabamento.

ET-8.18.VIDROS

Os vidros a serem empregados deverão ser planos, sem bolhas, lentes, ondulações,
rachaduras ou outro tipo de defeito. As chapas de vidro não poderão apresentar defeitos de
corte, beiradas lascadas, pontas salientes ou cantos quebrados.

Os serviços de fornecimento e colocação deverão ser executados rigorosamente de acordo


com os Desenhos de Projeto observando as espessuras e dimensões indicadas.

Os vidros laminados serão compostos por 2 lâminas de vidro incolor com 3 mm de espessura
intercalada com uma película de polivinil butiral neutro.

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Todas as bordas dos vidros laminados deverão ser lapidadas.

ET-8.19.PLACAS DE GRANILITE

As paredes divisórias dos sanitários serão com placas pré-moldadas de granilite, na cor natural
e nas dimensões indicadas nos Desenhos de Projeto.

As divisórias deverão ser fixadas às paredes e piso através de acessórios metálicos


específicos, com superfícies tratadas conforme o projeto.

As placas de granilite deverão ficar perfeitamente alinhadas e aprumadas e não poderão


apresentar qualquer defeito, como cantos quebrados, trincas, fissuras, etc. As placas deverão
ser polidas e pintadas com verniz incolor.

ET-8.20.APARELHOS E ACESSÓRIOS SANITÁRIOS

ET-8.20.1 Louça Sanitária

A louça sanitária utilizada na confecção de vasos sanitários, lavatórios e outros aparelhos e


acessórios deverá ser de grês branco (grês porcelânico), salvo quando expressamente
especificado em contrário nos Desenhos de Projeto.

O material cerâmico ou louça deverá satisfazer rigorosamente a NBR-15097 da ABNT.

As peças deverão ser bem cozidas, desempenadas, sem deformações e fendas, duras,
sonoras, resistentes e impermeáveis.

O esmalte deverá ser homogêneo, sem manchas, depressões, granulações ou fendilhamento.

Os aparelhos deverão funcionar satisfatoriamente após a instalação, que deverá ser executada
de acordo com as exigências regulamentares.

Os aparelhos deverão ser revestidos com vidrado impermeável, contínuo e uniforme,


recobrindo as superfícies externas. Fazem exceção as superfícies necessárias ao apoio das
peças durante a cozedura, bem como as partes invisíveis, que no uso do aparelho não entrem
em contato com a água.

Os aparelhos terão forma e dimensões indicadas nos Desenhos de Projeto, conforme as


normas da ABNT, com tolerância de 5%, salvo casos expressamente indicados. A espessura
média das paredes não deverá ser inferior a 9 mm, não se tolerando, em ponto algum da peça,
espessura inferior a 6 mm.

Em conformidade com os Desenhos de Projeto, deverão ser fornecidos e instalados os


seguintes aparelhos e acessórios: vaso sanitário convencional, assento, lavatório sem coluna,
saboneteira sem alça, papeleira com rolete plástico, porta-toalha, cabide e mictórios.
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A marca e a linha das louças sanitárias, assim como o detalhamento de todos os acessórios
serão corretamente definidos, nos Desenhos de Projeto.

ET-8.20.2 Metais Sanitários

Os metais sanitários deverão ser de perfeita fabricação e cuidadoso acabamento. As peças


não poderão apresentar defeitos de fundição ou usinagem.

As peças móveis deverão ser perfeitamente adaptáveis às suas sedes, não sendo tolerados
empenos, vazamentos e defeitos de polimento ou de acabamento.

A cromagem dos metais deverá ser perfeita, não sendo tolerado qualquer defeito na película do
revestimento, especialmente falta de aderência com a superfície de base.

Todas as peças deverão estar de acordo com as normas técnicas, específicas para cada caso,
e serão fornecidas com a marca e linhas especificadas nos Desenhos de Projeto. Fazem parte
destas Especificações: registro de gaveta, registro de pressão, torneira de lavatório, torneira de
pia, chuveiro, válvula de descarga, sifões, válvula dos aparelhos sanitários, tubos de ligação de
água e, ainda parafusos, porcas, arruelas, acabamentos, etc.

ET-8.20.3 Espelhos

Os sanitários deverão possuir espelhos nos locais com as dimensões e acabamentos indicados
nos Desenhos de Projeto.

Os espelhos serão executados a partir de uma placa de vidro com espessura de 3 mm e


deverão se apresentar perfeitamente planos, sem arranhões, bolhas de ar, ondulações ou
qualquer outro defeito.

As molduras dos espelhos deverão ser de latão cromado ou aço inoxidável polido, com
vedação na parte posterior, sendo fixadas com chumbadores que não fiquem aparentes ao
final do serviço.

As molduras deverão ser projetadas de tal maneira que os espelhos possam ser substituídos
sem que elas sejam retiradas da parede.

ET-8.21.INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS - ÁGUA

O sistema de água tratada fria será abastecido por reservatório de água potável que
abastecerá os sanitários, as copas e afins por gravidade, por meio de coluna de abastecimento
instalada em abertura própria nas lajes.

As instalações do sistema deverão ser executadas conforme estabelecido na norma


NBR-5626 - “Instalações Prediais de Água Fria” da ABNT.

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As tubulações e conexões da coluna de abastecimento do reservatório até os ramais de
distribuição nos pisos serão de ferro fundido maleável, classe 10, com dimensões de acordo
com a norma NBR-6943 e rosca de acordo com a norma NBRNM-ISO7-1.

As tubulações e conexões dos ramais de distribuição nos pavimentos serão de PVC rígido,
junta soldada conforme NBR-5648 e quando necessário com bucha metálica roscada,
conforme NBRNM-ISO7-1.

ET-8.22.INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS - ESGOTO

O sistema de esgoto sanitário será composto de ramais de tubulações e conexões. Este


sistema coletará todo o efluente sanitário e o conduzirá, por meio de coletor instalado em
abertura própria, por gravidade até um tanque de coleta. O projeto e as instalações terão como
parâmetro a norma NBR8160 ( Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução).

As tubulações e conexões dos ramais de coleta serão de PVC rígido conforme norma NBR-
5688 e o coletor principal será de ferro fundido dúctil, com ponta e bolsa elástica, classe K9,
conforme norma NBR-7675.

ET-8.23.SUPERFÍCIES DE CONCRETO (PAREDES)

Todas as irregularidades, saliências, etc., das superfícies deverão ser removidas, exceto as do
poço interno do elevador e plenum de ventilação.

As paredes deverão também estar isentas de graxas, grafismos, aguada de cimento, oxidações
e todos os vestígios perceptíveis do produto pigmentado utilizado para a cura química.

Deverá ser realizada a aplicação de silicone nas paredes internas de concreto e as paredes
externas de concreto serão tratadas com um hidrofugante como acabamento.

ET-8.24.PISOS DE CONCRETO

Piso com acabamento tipo nível zero, polido ou áspero, conforme indicação dos Desenhos de
Projeto, com concreto classe "f" nos 5 centímetros finais, aplicando pintura epóxi na cor cinza
para os pisos internos.

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ET-9. INSTALAÇÃO DE PARTES EMBUTIDAS

ET-9.1. OBJETO

O trabalho abrangido por esta Seção consiste no fornecimento de toda mão-de-obra,


ferramentas, equipamentos, materiais e transporte necessários para a instalação de materiais e
peças diversas, incluindo parafusos de ancoragem e chapas de solda, furação das partes
embutidas dos equipamentos elétricos e mecânicos principais, parafusos de ancoragem para
equipamentos elétricos e mecânicos auxiliares, partes metálicas diversas, suportes metálicos
para montagem e fixação das tubulações, suportes metálicos nas galerias de cabos,
eletrodutos rígidos de aço galvanizado e de polietileno helicoidal, parafusos de expansão,
caixas de ligações elétricas e aterramento elétrico. Os Desenhos do Projeto Executivo
indicarão os locais e detalhes da instalação de todos os materiais e peças.

De um modo geral, os diversos materiais e peças a serem instalados, de conformidade com


esta Seção, serão embutidos no concreto de primeiro estágio, ou sua instalação será
necessária simultaneamente com a execução das obras civis. Partes embutidas no concreto de
segundo estágio e as instalações expostas deverão ser executadas pelo Fornecedor de
Equipamentos Eletromecânicos.

Além do fornecimento e aplicação dos diversos materiais de montagem, consideram-se


incluídos andaimes, acessos, escadas, dispositivos de segurança, estopa, compostos de
vedação, lubrificantes de rosca, composto antiaderente, material para solda, tirantes, calços,
suportes, tampões e prendedores para fixação dos materiais e peças durante a concretagem e
materiais similares necessários para a instalação e proteção dos itens diversos.

ET-9.2. QUALIDADE DE EXECUÇÃO

A qualidade de execução deverá adaptar-se aos códigos e normas brasileiras aplicáveis e aos
requisitos detalhados constantes destas Especificações e dos Desenhos do Projeto Executivo.
A instalação deverá ser executada por pessoal habilitado, treinado e especializado nos
serviços a serem efetuados. Todos os serviços de instalação deverão ser executados de
acordo com a boa prática de construção, empregando-se equipamentos, ferramentas e
materiais adequados para os fins propostos.

ET-9.3. SOLDAGEM ELÉTRICA

ET-9.3.1Processos e Qualificação de Soldagem

De uma forma geral, todos os processos de soldagem deverão ser preparados e qualificados
com base nas normas aplicáveis da ABNT e da AWS. Os soldadores e operadores de
soldagem também deverão ser qualificados segundo os requisitos estabelecidos por intermédio
dessas mesmas normas técnicas.

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ET-9.3.2Preparação e Execução de Soldagens

As peças a serem soldadas deverão ser cortadas nas dimensões exatas. As bordas das peças
deverão ser cortadas e usinadas de modo adequado ao tipo de soldagem exigido. As
superfícies cortadas deverão evidenciar material perfeito, sem defeitos superficiais. As
superfícies a serem soldadas deverão estar limpas, isentas de oxidações, graxa ou outra
matéria estranha.

Todas as soldas deverão evidenciar boa fusão com o metal base, exercendo-se cuidado
especial ao alinhamento e espaçamento das bordas de partes unidas por solda de topo, de
modo a assegurar penetração total e boa fusão na raiz do cordão de solda. Toda porosidade,
trincas e outros defeitos deverão ser reparados, desbastando-se até ser encontrado metal são
e ressoldando-se.

ET-9.4. CHAPAS DE SOLDA, ANCORAGENS, ARMAÇÕES E PEÇAS METÁLICAS


DIVERSAS

A CONTRATADA deverá instalar todas as peças fixas embutidas em primeiro estágio, tais
como chapas de solda para fixação das guias das comportas, caminhos de rolamento de
pórticos e pontes rolantes e bases de equipamentos, parafusos de ancoragem, cantoneiras,
caixas e armações de aço embutidas, blindagem do pilar do tubo de sucção, olhais para
fixação de tirantes, luvas para corrimãos e guarda-corpos, dutos de ventilação embutidos,
testeiras para degraus e demais peças metálicas para fins específicos.

ET-9.4.1Instalação

Todas as peças metálicas deverão ser montadas cuidadosamente. As peças deverão ser
criteriosamente numeradas e as partes componentes estar vinculadas entre si, por meio de
solda ou parafusos, conforme indicados nos Desenhos de Projeto Executivo. Todas as
estruturas deverão ser providas de suportes apropriados para manter o alinhamento. Os
componentes não deverão ser expostos a tensões excessivas durante o processo de
montagem, não devendo ser utilizado equipamento ou ferramenta que venha a danificar ou
deformar as peças.

Os parafusos de ancoragem, chapas de solda e luvas deverão ser cuidadosamente


posicionados, para permitir uma fixação adequada das peças não embutidas. As partes
embutidas deverão ser corretamente posicionadas e rigidamente fixadas durante a
concretagem, para impedir que o impacto do concreto possa causar deformação ou
deslocamento. A CONTRATADA deverá fornecer todos os eletrodos necessários para as
soldas no campo e todas as ancoragens, andaimes e escadas, suportes provisórios, tirantes,
calços, grampos, parafusos para montagem e outros materiais diversos, necessários para fixar
as peças metálicas nas posições e mantê-las em adequado alinhamento durante a
concretagem ou injeções de cimento.

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ET-9.4.2Tolerâncias

As chapas de solda deverão ser suportadas nas fôrmas, de maneira que fiquem rentes à
superfície de concreto. Independente desta fixação, deverão ainda ser fixados no concreto
anterior, por intermédio de gabaritos rígidos, ou meios similares, a fim de evitar que sejam
desalinhadas em função dos eventuais movimentos das fôrmas. As placas deverão ser
instaladas em conformidade com as tolerâncias de posição estabelecidas nos Desenhos de
Projeto Executivo.

ET-9.4.3Pintura

Imediatamente após a remoção das fôrmas, todas as superfícies metálicas de aço carbono
não-galvanizadas e permanentemente expostas deverão ser completamente limpas com
escova rotativa de aço, aplicando-se uma demão de tinta anticorrosiva "shop-primer", de
conformidade com as recomendações do fabricante da tinta.

ET-9.5. TUBULAÇÃO EMBUTIDA

A CONTRATADA deverá fornecer e instalar toda a tubulação embutida no concreto de primeiro


estágio para os sistemas de esgotamento, drenagem, água, esgoto e ventilação; para os
medidores de nível de água de montante e de jusante; luvas de passagem para tubulações; e
outras tubulações diversas, como será indicado nos Desenhos de Projeto Executivo.

A qualidade de execução deverá adaptar-se às normas e códigos brasileiros aplicáveis e às


exigências aqui especificadas. A tubulação deverá ser cortada corretamente, nas dimensões
estabelecidas, montada e fixada de maneira rígida e sem tensões, para posterior concretagem
sem deslocamentos ou rompimentos. No preparo dos tubos, a deverá ser empregado métodos
de otimização, a fim de minimizar as perdas por sobra de trechos inaproveitáveis.

Toda a tubulação embutida deverá ser instalada respeitando-se o alinhamento e declividade


indicados nos Desenhos de Projeto Executivo. As tubulações e conexões deverão ser mantidas
a uma distância suficiente de outras peças embutidas e faces externas, para permitir uma
cobertura de concreto não inferior a 50 mm. Medidas apropriadas, incluindo revestimento de
tubulação, deverão ser adotadas nas juntas de contração do concreto, conforme mostrado nos
Desenhos de Projeto Executivo. Deverão ser observadas as especificações que prevêm
junções entre tubulação embutida e exposta, conforme mostrado nos Desenhos de Projeto
Executivo.

Na medida em que forem sendo instaladas, as tubulações deverão ser submetidas a testes
hidrostáticos e outros ensaios não destrutivos pertinentes, conforme requisitos estabelecidos
em projeto. Os testes hidrostáticos deverão ser efetuados antes de cada etapa de lançamento
do concreto, subdividindo-se as linhas de tubulação na medida do necessário e conforme as
recomendações técnicas a serem emitidas no projeto executivo.

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ET-9.5.1Materiais

As tubulações e acessórios para utilização nos diversos sistemas, serão, em linhas gerais, os
seguintes:

Tubulação de ferro fundido com flange ou ponta e bolsa, com conexões de ferro
fundido;
Tubulação de aço inoxidável, com conexões de aço inoxidável;
Tubulação de aço preto, com conexões soldadas ou com flange;
Tubulação de aço galvanizado, com conexões rosqueadas de ferro maleável;
Tubulação não metálica (PVC, Polietileno, Fibra de Vidro, etc.)

ET-9.5.2Tubulação de Ferro Fundido

As pontas da tubulação de ferro fundido, tipo ponta e bolsa e de suas conexões deverão ser
cuidadosamente colocadas nas bolsas, garantindo total estanqueidade nas juntas. Em
particular, deverão ser tomados cuidados especiais quanto ao preparo dos tubos e à
montagem com os anéis de borracha das juntas elásticas, a fim de evitar danos às mesmas
causados por rebarbas devidas ao corte do tubo.

As uniões flangeadas das tubulações de ferro fundido deverão ser conectadas corretamente,
com gaxetas apropriadas e os parafusos apertados adequadamente, conforme os materiais
empregados e de maneira a garantir total vedação.

Serão instalados ralos e conexões para inspeção da tubulação, cujo acabamento será efetuado
por ocasião da execução final dos pisos. Deverão ser montados em "block-outs" previstos no
concreto primário, sobre luvas ou extremidades em bolsa apropriadas, e envoltos pela
argamassa do piso, de maneira que fiquem rentes à superfície acabada, ou em canaletas que
permitam total escoamento através da superfície acabada. As conexões para inspeções das
tubulações deverão consistir de uma derivação da tubulação até um ponto acessível, como
será indicado nos Desenhos de Projeto Executivo.

ET-9.5.3Tubulação de Aço

Fazem parte das instalações o corte, conexão, preparação das extremidades, solda de flanges
à tubulação e soldagem da tubulação.

As uniões flangeadas deverão ser conectadas corretamente, com gaxetas apropriadas e os


parafusos apertados adequadamente, conforme os materiais empregados e de maneira a
garantir total vedação. As juntas soldadas deverão ser fabricadas de conformidade com as
seções aplicáveis das normas ANSI. As interseções e mudanças de direção deverão ser feitas
com o emprego de conexões soldadas, a menos que juntas em ângulo estejam
especificamente indicadas nos Desenhos de Projeto Executivo.

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As uniões por encaixe com interferência por cravamento, deverão ser efetuadas em
conformidade com os requisitos estabelecidos pelas normas aplicáveis e correspondentes
instruções do Fabricante.

Toda tubulação a ser rosqueada deverá ser cortada da maneira mais vantajosa e prática e
instalada de acordo com a boa técnica usual para esse serviço. Depois de cortada e antes de
serem executadas as roscas, toda a tubulação deverá ser escareada para remoção das
rebarbas. Os fios de rosca deverão ser inteiramente cortados, não apresentando trincas de
ruptura ou rebarbas. No máximo 3 filetes de rosca da tubulação deverão ficar expostos, após a
instalação das conexões. As uniões rosqueadas serão feitas metal contra metal, com
lubrificante de rosca, não devendo ser utilizado vedante para eliminar ou evitar vazamentos.

ET-9.5.4Tubulação não metálica (PVC, Polietileno, Fibra de Vidro, etc.)

A montagem das tubulações não metálicas deverão seguir as instuções do fabricante,


garantindo a estanqueidade das uniões e juntas, sejam soldadas, coladas ou roscadas. Em
função de sua maior fragilidade, as tubulações deverão ser cuidadosamente montadas e
fixadas à armadura ou dispositivos e suportes para não serem danificadas e/ou movidas do
local definido para sua instalação no projeto executivo, durante os testes de estanqueidade
antes da concretagem ou com o uso de vibradores durante a concretagem.

ET-9.5.5Luvas para Passagem de Tubulação através de Paredes, Pisos e Vigas

As luvas para passagem de tubulação, através de paredes ou vigas, deverão ser colocadas
rentes a ambos os lados da parede ou viga. As luvas através de pisos deverão ser colocadas
de modo que sua parte inferior fique rente ao lado inferior do piso e deverão se projetar acima
da superfície acabada do lado superior, como especificado nos Desenhos de Projeto
Executivo.

ET-9.5.6Declividade da Tubulação

Toda tubulação projetada em um plano horizontal, de ventilação de esgotos sanitários e de


drenagem, deverá ser instalada com a declividade indicada nos Desenhos de Projeto
Executivo, porém, em nenhum caso, com menos de 5 mm/m.

ET-9.5.7Coordenação com outros Trabalhos

Todos os serviços de instalação de tubulação deverão ser coordenados com outros trabalhos,
evitando-se a interferência entre as tubulações, dutos e equipamentos e adaptações estruturais
ou arquitetônicas. Cortes ou aberturas nas partes construídas só poderão ser feitos com
anuência da projetista da CONTRATADA e serão efetuados de maneira a não enfraquecer as
partes estruturais da edificação.

ET-9.5.8Proteção

As peças metálicas, tubulações e conexões a serem embutidas no concreto deverão ser


mantidas firmemente em suas posições e protegidas contra danos, principalmente enquanto o
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concreto estiver sendo lançado. Deverá se assegurar que todas as tubulações e conexões
estejam limpas e assim sejam mantidas durante o andamento da obra. No caso de alguma
tubulação estar parcial ou totalmente obstruída antes da conclusão da obra, esta deverá ser
desobstruída ou substituída.

Para impedir a obstrução de drenos e tubulações embutidas, durante os trabalhos de


construção, as extremidades abertas da tubulação deverão ser fechadas com tampões de ferro
fundido ou outros similares.

ET-9.5.9Testes de Tubulação e Reparos

Deverão ser realizados testes de pressão, para verificar a estanqueidade na tubulação, antes
da concretagem. Estes ensaios deverão ser realizados com base nos requisitos aplicáveis das
normas NBR 9650, para tubulação de ferro fundido e ANSI, para as demais tubulações. Caso
os testes indiquem vazamentos ou qualquer defeito deverão ser efetuados os reparos
necessários ou substituição. Todos os reparos nas tubulações defeituosas ou danificadas
deverão ser feitos com material novo.

Após cada concretagem, deverão ser realizados testes para verificar a existência de eventuais
obstruções, as quais, caso constatadas, deverão ser removidas.

ET-9.5.10 Recebimento das Tubulações

Ao final da obra ou durante a construção , para os ensaios de recebimento, deverão ser


testadas todas as tubulações embutidas, a fim de verificar o seu perfeito funcionamento.
Qualquer obstrução detectada deverá ser eliminada.

ET-9.6. ELETRODUTOS E CAIXAS EMBUTIDOS

A CONTRATADA deverá fornecer e instalar todos os eletrodutos, caixas e conexões


embutidas, nos locais mostrados nos Desenhos de Projeto Executivo.

Os materiais de consumo como estopa, graxa, lixas, tintas, pincéis e outros necessários à
execução das instalações também farão parte do fornecimento.

Deverão também ser executadas canaletas externas com tampas de concreto, linhas de
eletrodutos com envoltória de concreto e caixas de passagem de eletrodutos localizadas no
pátio da casa de força e tomada de água.

Todos os equipamentos e os materiais de consumo como lubrificante, estopa, tinta à base de


zinco para retoque de galvanização, composto vedante a base de grafite e zinco e outros
necessários farão parte deste fornecimento.

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ET-9.6.1Material

Serão empregados eletrodutos de aço galvanizado e polietileno helicoidal, caixas metálicas e


seus acessórios como mostrado nos Desenhos de Projeto Executivo.

Os eletrodutos de aço galvanizado, pelo processo de imersão a quente em zinco fundido, serão
rígidos, com costura removida, com diâmetros nominais 20 a 100 mm, classe pesada, fabricado
conforme norma NBR-5598 (com rosca paralela BSP), com superfície interna lisa e ambas
extremidades com rosca e com cantos internos chanfrados. Terão acessórios como, dentre
outros: curvas, luvas, buchas, arruelas, bujões, tampões, caixas metálicas de passagem, cabo-
guia, etiqueta de identificação, todos incluídos no fornecimento.

Os eletrodutos em polietileno serão flexíveis, helicoidais, com diâmetros nominais de 50 a


100 mm, com alta resistência ao desgaste e ao estiramento, sem emendas, com baixo
coeficiente de atrito interno, cor preta. Terão acessórios como tampão e luva de emenda. Estes
eletrodutos serão empregados em linhas, com envoltório de concreto (envelopes).

ET-9.6.2Instalação

A instalação de todos os eletrodutos, caixas, conexões e acessórios deverá atender às


exigências da ABNT, onde forem aplicáveis e, por extensão, outras específicas como ANSI,
NEMA, NEC, DIN, ASTM e similares. Durante a instalação, deverão ser tomadas as devidas
precauções para proteger os eletrodutos contra danos e suas extremidades deverão ser
tamponadas com buchas plásticas. Depois de completada a instalação, os eletrodutos que
terminarem por meio de luvas deverão ser tamponados em cada extremidade, com um bujão
de aço galvanizado e os não terminados com luvas deverão ser tamponados com buchas
plásticas. As tampas deverão ser mantidas, exceto durante a inspeção e teste, até que os
condutores sejam instalados pelo Fornecedor de Equipamentos Eletromecânicos.

Terminada a concretagem de um lance e depois de removidas as fôrmas, todos os eletrodutos


deverão, em toda a sua extensão, ser limpos com uso de ar comprimido isento de umidade e
vapor de óleo e pela passagem de passador com diâmetro 6 mm menor que o diâmetro interno
do eletroduto, secos, desobstruídos de detritos e imediatamente tamponados.

Cada trecho do eletroduto metálico, entre caixas ou equipamentos, deverá ter continuidade
elétrica. As roscas deverão ser paralelas BSP e atender aos detalhes mostrados nos Desenhos
de Projeto Executivo. Os cortes dos eletrodutos deverão ser perpendiculares ao seu eixo, as
extremidades escareadas para remover rebarbas e cantos-vivos e as roscas feitas com
cossinetes adequados. Roscas com ajuste folgado não deverão ser usadas. Os eletrodutos
deverão ser fixados nas caixas com uma contraporca em cada lado da parede da caixa e com
uma bucha, com ou sem aterramento, na extremidade.

Nas emendas com luvas os eletrodutos deverão ser rosqueados, de modo que as
extremidades dos mesmos se toquem no centro das luvas. A rosca deverá ser coberta com
uma demão grossa de zarcão, para assegurar a estanqueidade da junta e prevenir contra a
entrada de argamassa durante a concretagem. O comprimento das roscas expostas, depois de
o eletroduto ter sido completamente rosqueado dentro da luva ou conexão, não deverá exceder
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ao indicado nos Desenhos de Projeto Executivo. O comprimento das roscas expostas deverá
ser aproximadamente igual em cada lado da luva.

Os eletrodutos deverão ser mantidos livres de contato com a armadura de aço, para assegurar-
lhe envolvimento adequado. Os eletrodutos deverão ser rigidamente escorados e fixados, para
evitar movimentação e para manter a posição exata durante a colocação do concreto, como
será indicado nos Desenhos de Projeto Executivo. Se necessário, deverão ser instalados, para
esse fim, suportes adequados. Caso não seja definido nos Desenhos de Projeto Executivo, o
recobrimento dos eletrodutos deverá ser, no mínimo, de 75 mm e a distância entre eletrodutos
deverá ser, no mínimo, de 50 mm, exceto onde os mesmos entrarem nas caixas de passagem.

Onde os eletrodutos atravessarem as juntas de contração, os mesmos deverão ser instalados


perpendicularmente ao plano da junta e com as conexões de expansão previstas, as quais
permitem pequenos movimentos transversais e longitudinais.

Os eletrodutos que terminarem sob painéis e quadros de controle, ou em bases de


equipamentos, deverão ser fixados por gabarito e terminar 50 mm acima da superfície de
acabamento do concreto, ou como será indicado nos Desenhos de Projeto Executivo, com
acoplamentos apropriados e tamponados, com esmero, como especificado anteriormente, para
evitar danos às roscas.

Não deverá ser utilizada soldagem dos eletrodutos ou conexões, devendo ser usadas
conexões rosqueadas apropriadas. Os eletrodutos não deverão ser soldados às armaduras ou
aos elementos estruturais.

Quando necessário, os eletrodutos deverão ser curvados na obra, em curvas longas conforme
NB-3 (NBR-5413). Todas as curvas feitas na obra deverão ser executadas com máquina de
curvar, ou outro dispositivo aprovado, que não modifique a seção transversal do eletroduto, não
reduza o seu diâmetro interno, ou danifique o revestimento protetor. A curva deverá estar
isenta de pregas, saliências ou superfícies achatadas. Não deverá ser aplicado aquecimento
para execução da curvatura. Tanto quanto praticável, o eletroduto deverá ser fornecido com
curvas pré-moldadas, para que uma quantidade mínima de curvas seja feita na obra.

Nos lances horizontais, os eletrodutos terão a declividade necessária, para evitar o acúmulo de
água proveniente de condensação ou infiltração.

Deverá ser instalado dentro de cada eletroduto um guia em arame de aço galvanizado bitola
mínima 12 BWG.

As caixas metálicas para instalações elétricas, arruelas, buchas, tampas e seus pertences,
embutidas no concreto, parte integrante do fornecimento, deverão ser firmemente fixadas às
fôrmas, para que não se movimentem durante a concretagem. O método de fixação deverá ser
tal que facilite a remoção das fôrmas. Deverão estar firmemente chumbadas no concreto para
que durante e após a remoção das fôrmas estejam permanente e fortemente fixadas e
completamente embutidas na posição. Deverão estar completas antes do início da
concretagem, com todos os eletrodutos fixados e todas as ligações externas de terra
necessárias devidamente ajustadas em suas posições. Todas as aberturas, através das quais
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possa vazar concreto, deverão ser calafetadas cuidadosamente. A própria caixa deverá ser
convenientemente protegida contra seu possível enchimento com concreto. As caixas deverão
ser instaladas de modo a estar no nível, no prumo e alinhadas, de maneira a apresentar um
bom acabamento. As caixas embutidas com volumes iguais ou superiores a 1.500 cm³ e as
caixas menores, terminando com menos de dois eletrodutos metálicos rígidos, deverão ser
fixadas com suportes, que não sejam os seus próprios eletrodutos. As soldas, furos no aço,
danos na galvanização do aço e aço não galvanizado, deverão ser limpos com escova de aço,
ou de outro modo e retocados com tinta à base de zinco, aplicada de acordo com as instruções
do Fabricante.

Todas as caixas deverão estar isentas de concreto, argamassa e outras matérias estranhas. As
bordas frontais das caixas não deverão se projetar além da parede acabada, nem serem
colocadas a mais do que 6 mm dentro da parede acabada, a menos que indicado de outro
modo nos Desenhos de Projeto Executivo. A localização das caixas de passagem deverá ser
como mostrado nos Desenhos de Projeto Executivo e não deverão se deslocar mais do que 10
mm do local indicado, em qualquer direção.

ET-9.6.3Inspeção e Testes

Todos os materiais a serem embutidos deverão estar de acordo com as especificações


técnicas.

Deverão ser efetuados testes e inspeções, em todos os eletrodutos embutidos, para determinar
se estão sendo adequadamente instalados. Para estes testes é necessário além de mão-de-
obra, equipamentos, ferramentas e as tubulações de ar comprimido.

Estas inspeções deverão verificar no mínimo, a condição de desobstrução, limpeza, ausência


de umidade interna nos eletrodutos e sua continuidade elétrica, entre caixas de passagens ou
terminais.

Após constatada a boa condição dos eletrodutos instalados, deverá ser verificado o cabo-guia,
a correta identificação do eletroduto e o correto tamponamento em ambas extremidades.

ET-9.7. ATERRAMENTO

A CONTRATADA deverá fornecer e instalar todas as partes do sistema de aterramento


embutidas ou cobertas pelas estruturas de concreto e a malha de terra indicada nos Desenhos
de Projeto Executivo. O fornecimento e instalação inclui toda mão-de-obra, equipamentos,
todos os materiais como condutores de terra nus e isolados, hastes de terra, conexões
exotérmicas de terra, placas e conectores de aterramento, caixas de teste de terra, argamassa
composta e todas as ferramentas, materiais e acessórios necessários para completar a
instalação. A CONTRATADA fornecerá ainda todos os materiais necessários para a execução
da soldagem exotérmica das conexões, inclusive as ferramentas, consumíveis, componentes
da argamassa composta, materiais de limpeza dos moldes e cabos, luvas de adaptação ou
proteção de hastes.

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Todos os materiais a serem embutidos, fornecidos pela CONTRATADA, deverão estar de
acordo com as Especificações Técnicas e de acordo com as Normas Técnicas Brasileiras -
ABNT.

ET-9.7.1Materiais

O sistema de aterramento será construído com condutores de cobre nu têmpera meio dura,
formado por fios sólidos nus dispostos helicoidalmente, conforme normas brasileiras NBR-5111
e NBR-7575.

Cabo 25 mm², classe 2A, formação 7 x 2,50 mm, diâmetro externo 7,50 mm,
peso líquido nominal 308,5 kgf/km, resistência máxima do condutor a 20°C
(Ohms/km) 0,529, ou de acordo com o projeto executivo;
Cabo 70 mm², classe 3A, formação 19 x 2,50 mm, diâmetro externo 12,50 mm,
peso líquido nominal 845,7 kgf/km, resistência máxima do condutor a 20°C
(Ohms/km) 0,195, ou de acordo com o projeto executivo.

As hastes de aterramento terão 19 mm de diâmetro e 3.000 mm de comprimento, fabricadas


com núcleo de aço SAE-1045, revestidas com uma camada de cobre eletrolítico com
espessura mínima de 0,254 mm conforme ANSI-C-33-8-1972 e condutividade superior a 83%
IACS, ou de acordo com o projeto executivo.

ET-9.7.2Instalação

O cabo deverá estar isento de sujeira, graxa, umidade e oxidação, antes que sejam feitas as
conexões. Não serão empregadas conexões soldadas com estanho ou com solda forte.

Cada cruzamento entre cabos do sistema de aterramento, cada conexão de cabo à haste de
terra e toda a conexão embutida de cabo à parte metálica deverá ser efetuada pelo método de
soldagem exotérmica. As soldas exotérmicas deverão ser efetuadas por pessoal treinado e
experimentado,.

A CONTRATADA deverá fornecer e utilizar para a execução das soldas exotérmicas somente
materiais, ferramentas, dispositivos e acessórios consumíveis padronizados, fabricados para
uso específico por empresas de reconhecida experiência no ramo. Incluem-se nestes, todos os
materiais, dispositivos, materiais de limpeza, preparação e de consumo, necessários à boa
qualidade de execução das soldas exotérmicas, constando no mínimo de:

Raspador - para limpeza das superfícies de aço ou ferro fundido, quando do


preparo de uma conexão;
Escovas - para remoção e limpeza do óxido de cobre de todos os tipos de
condutores de cobre ou aço cobreado, e cabos encordoados, quando do preparo
para execução da conexão;
Limpador de Molde - para remover a escória que se forma após a execução da
solda exotérmica;

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Massa para Vedação - para aplicação ao redor do cabo, do lado de fora dos
vários tipos de moldes aplicados, evitando-se a fuga do metal de solda;
Solvente - usado para remover óleo ou graxa do cabo, barramento ou superfície
metálica, antes da execução da solda;
Tesoura para Cabos - para cortar eficientemente os cabos, sem deformar suas
extremidades;
Acendedor - para dar início a reação da conexão exotérmica;
Luva de Cravação - para evitar a deformação da extremidade superior da haste
de aterramento;
Grampo de Fixação de Cabos - para a fixação mecânica dos cabos, visando
alinhamento dos mesmos e prolongamento da durabilidade dos moldes, evitando
também escorrimento do metal fundente;
Grampo Fixador de Molde - para a rígida fixação dos moldes em colunas,
superfícies, estruturas, tubos, usando uma combinação com os alicates, para a
execução da solda;
Alicate para Moldes - utilizados para abrir e fechar os moldes durante seu
manuseio, preparação e execução da solda;
Lâmina de Ajuste ou Luvas de Adaptação - são aplicadas ao redor do cabo de
menor diâmetro para adaptar este ao do furo do molde, podendo-se usar
condutores de menor seção em moldes para cabos de maior seção;
Moldes em Grafite - para se fazer a conexão com controle do processo, próprio
para elevadas temperaturas e para suportar 50 ou mais conexões em condições
normais de uso. Deve-se usar o molde adequado para cada tipo de conexão a
ser executada, conforme indicado nos Desenhos de Projeto Executivo e detalhes
típicos;
Cartucho ou Metal de Solda - mistura de óxido de cobre e alumínio, utilizado
como metal de ignição e de solda, preenchendo os moldes entre as partes
soldadas, permitindo com sua fusão, a perfeita emenda entre as partes. Deve
ser utilizado o metal de solda adequado para cada tipo de molde, conforme
especificado pelos Fabricantes dos mesmos.

Deverá ser previsto sobrecomprimento nos cabos, para as subidas, ligações a todos os
equipamentos permanentes e onde ocorrer uma interrupção na sequência do trabalho, tal
como entre a concretagem do primeiro e segundo estágios. Esses sobrecomprimentos não
deverão ser menores do que 1,5 m e serão de cabo isolado ou revestido com espessura de 3
mm até 10 cm de cada lado da superfície de concreto, para impedir curvatura acentuada do
condutor. Os sobrecomprimentos deverão ser enrolados e protegidos contra avarias e os
avariados durante a construção, reparados, desbastando suficientemente o concreto para
permitir a soldagem exotérmica de um novo sobrecomprimento e, então, proceder ao reparo do
concreto.

O sobrecomprimento dos cabos que saem das estruturas, para conexões nas malhas de terra
do canal de fuga, deverá ser, no mínimo, de 2 m, e ser fixado em local visível, bem protegido e
livre de entulhos.

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As armações dos equipamentos elétricos principais, quadros de controle e estruturas que
sustentam condutores elétricos, deverão ter duas ligações ao sistema de aterramento, como
mostrado nos Desenhos de Projeto Executivo. Os equipamentos auxiliares deverão ter uma
ligação ao sistema de aterramento, salvo se de outro modo indicado nos Desenhos de Projeto
Executivo.

As ligações às partes metálicas, armaduras, trilhos do pórtico ou pontes rolantes e outras


partes metálicas, deverão ser feitas por solda exotérmica, exceto as ligações a equipamentos
galvanizados, os quais deverão ser parafusados, como será indicado nos Desenhos de Projeto
Executivo.

Excepcionalmente, as soldas a equipamentos galvanizados poderão ser feitas com solda


exotérmica, caso em que será necessária a recomposição a quente da camada galvanizada a
descoberto, imediatamente após a solda.

As armaduras de aço para concreto deverão também fazer parte do sistema de aterramento e
serão apresentados detalhes típicos destas instalações nos Desenhos de Projeto Executivo.

Os cabos-terra embutidos no concreto deverão atravessar as juntas de contração e de


construção, perpendicularmente às mesmas e ser instalados e protegidos por bolsões ou
outros meios, de tal maneira que a movimentação não os danifique, além de estar de acordo
com os detalhes mostrados nos Desenhos de Projeto Executivo.

Deverão ser fornecidas e instaladas caixas de testes de terra, para seccionamento do sistema
de aterramento para testes como será indicado nos Desenhos de Projeto Executivo.

Os furos para hastes de aterramento do canal de fuga deverão ser executados na rocha, como
será indicado nos Desenhos de Projeto Executivo, com diâmetro de 76 mm. As hastes deverão
ser cimentadas no lugar, na profundidade total dos furos, com uma argamassa composta,
contendo negro de acetileno, para uma melhor condutividade. A argamassa composta deverá
ser constituída, em peso, de 10 partes de cimento, 50 partes de areia e uma parte de negro de
acetileno, com fator água/cimento igual a um. Antes da colocação da argamassa composta, a
partir do fundo dos furos, estes deverão ser lavados até que a água se torne límpida e, então,
esgotados. O número de furos e sua profundidade estarão sujeitos a alteração, como
determinado pelos ensaios de resistência.

Onde as tomadas de terra emergem do concreto, as placas de aterramento deverão ser


fornecidas e instaladas rentes ao concreto acabado e mantendo perfeita ortogonalidade com os
eixos de referência, conforme os Desenhos de Projeto Executivo. Os furos das placas deverão
ser tampados com parafusos logo após a desforma, para evitar entupimentos e danos às
roscas.

Os condutores de terra bem como todos os materiais das malhas deverão ser fornecidos e
instalados sobre a superfície de rocha e cobertos com uma capa protetora de argamassa
composta, como mostrado nos Desenhos de Projeto Executivo.

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