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1.1 Precipitação
É a remoção de um soluto (específico), de uma solução saturada, pela formação
de um composto sólido, tipicamente cristalino, através da perda da solubilidade
provocada por um método químico.
Figura 1: Produto de solubilidade dos íons Me z+ e P y– (linha curva contínua); de acordo com a técnica
de precipitação de adição de íon comum, os íons, inicialmente na condição A, são obrigados a passar à
condição B, atingindo eventualmente o estado final; o deslocamento líquido é de A para C.
1.2 Hidrotérmico
A técnica de síntese hidrotermal usa uma autoclave para realização das reações
químicas, que mantém a temperatura acima da temperatura e pressão ambientes para
sintetizar o produto. Segue o princípio de preparação de dissolução/precipitação, onde a
força motriz para o processo é a diferença de solubilidade de pelo menos um reagente
solúvel e o produto insolúvel. Variáveis importantes do processo são: a concentração dos
reagentes, o tempo da reação, a temperatura e a pressão. O método hidrotérmico é
amplamente utilizado para síntese de materiais cristalinos, especificamente zeólitas e
outros minerais contendo silicato. Este processo de cristalização ocorre a temperaturas
elevadas no meio aquoso. A maioria das fases cristalinas que se obtém em condições
hidrotermais, sob pressão autógena, é metaestável. Se o tempo de cristalização não for
suficiente para a formação dos cristais, muitas fases cristalinas desaparecem e se formam
outras de estabilidade relativa.
Alguns materiais preparados pelo método sol-gel são formados por cadeias
ramificadas ou por agregados com estrutura fractal [5]. Este tipo de estrutura é associada
a objetos que possuem auto-similaridade geométrica, i.e., mudando-se a escala de
dimensão observa-se sempre a mesma forma. Além disso, um objeto de estrutura fractal
ocupa simultaneamente uma dimensão Euclidiana de(3) e uma dimensão fractal D. No
caso de um aglomerado relativamente grande, o máximo valor de D possível é de, e
quando considera-se aglomerados completamente conectados, o menor valor de D é um.
Em geral, pequenos valores de D são associados a estruturas pouco compactas, enquanto
D próximo de 3 é típico de agregados mais densos.
2. TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO
Este capítulo apresenta uma breve teoria das técnicas empregadas para se obter
informações como a estrutura cristalina, morfologia e propriedades magnéticas dos
nanosistemas.
𝑛𝜆 = 2𝑑𝑠𝑒𝑛𝜃
A mecânica quântica prevê que uma partícula como um elétron, pode ser descrito
por uma função de onda. Assim sendo, tem uma probabilidade finita de entrar em uma
região classicamente proibida e, por conseguinte, essa partícula pode tunelar através de
uma barreira de potencial que separa duas regiões classicamente permitidas. A
probabilidade de tunelamento é exponencialmente dependente da largura da barreira de
potencial. Então a observação experimental dos eventos de tunelamento só é mensurável
para barreiras bastante finas, já para a mecânica clássica uma barreira é uma barreira, ou
seja, se uma partícula não tiver energia cinética suficiente, ela não conseguirá ultrapassá-
la.
Modo não-contato: Neste modo a força sobre a superfície é do tipo atrativa e muito
pequena (aproximadamente 10-12 N) e a distância ponta-amostra é de 10-100 Å.
Este é o modo mais indicado para superfícies macias ou elásticas pois é a menos
destrutiva (o que conduz a um maior tempo de vida da ponta). O cantilever oscila
próximo da amostra mas sem entrar em contato com a mesma, com frequências
da ordem de 100-1000 Hz. Eletronicamente consegue-se ajustar essa frequência
para o valor da frequência de ressonância, 𝜔, permitindo assim uma maior
sensibilidade:
𝑘𝑒𝑓𝑓
𝜔= √
𝑚
Talvez Raman não imaginasse a grande contribuição que sua descoberta traria à
física experimental, quando utilizou os próprios olhos como detectores, a luz solar como
fonte e um telescópio como coletor, para observar o fenômeno pela primeira vez. Ao
longo dos anos os instrumentos utilizados têm passado por constante evolução e hoje
conta-se com um aparato experimental complexo e que consequentemente proporciona
resultados mais precisos e confiáveis. Além disso, a técnica ganhou uma larga variedade
de aplicações e em áreas diversas como a ciência forense (para identificar substâncias
desconhecidas), indústria farmacêutica (no controle e identificação das fases de um
produto), ciências biológicas e biomédicas (na distinção de células cancerígenas e tecidos
normais), etc.
Figura 7: Esquema de espalhamento dos níveis de energia dos epalhamento Raman e Rayleigh.
3. REFERÊNCIAS
[3] Brinker, C. J.; Scherer, G. W.“Sol-gel Science – The physics and chemistry of
sol- gel processing”, Academic Press Inc., San Diego, 1992.
[4] Brinker, C. J.; Scherer, G.W. Sol-gel science. The physics and chemistry of sol-
gel processing. Academic Press, San Diego, California, 1990.
[5] La Rosa, J. L.; Cawley, J.D. J. Am. Ceram. Soc., v.75(7), p.1981, 1992.
[6] Janasi, S.R.; Emura, M.; Landgraf, F.J.G.; Rodríguez, D. J. Magn. Magn.
Mater., v.238, p.168, 2002.
[7] Blaskov, V.; Petrov, V.; Rusanov, V.; Martinez, Li. M.; Martinez, B.;Muños,
J.S.; Mikhov, M. J. Magn. Magn. Mater., v.162, p.331, 1996.
[9] Lamer, V.K.; Dinegar, R.H. Journal of the American Chemical Society, v.72,
p.4847, 1950.
[10] Cullity, B. D., Elements of X-ray diffraction. 2nd ed. New York: Addison
Wesley, p. 110, 1978.
[11] Kawaguti, C. A., Influência da modificação da superfície de nanopartículas de
SnO2 por tensoativos na formação e estabilidade de suspensões coloidais e de filmes
suportados, 190 f. tese (Doutorado em Química) – Instituto de Química, Universidade
Estadual Paulista, Araraquara, 2006.
[12] Neveu, S.; Bee, A.; Robineau, M.; Talbot, D., J. Coll. Inter. Scien., v.225,
n.2, p.293, 2002.
[13] Popplewell, J.; Sakhnini, L., J. Magn. Magn. Mater., v.149, n.1-3, p.72,
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[14] Bakuzis, A.F.; Morais, P.C.; Pelegrini, F., J. Appl. Phys., v.85, p. 7480, 1999.
[15] Raber, J.F., Experimental Methods in Polymer Chemistry—Physical Principal
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