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São Leopoldo
2011
RITA DE CÁSSIA DE SOUZA
Trabalho Final de
Mestrado Profissional
Para obtenção do grau de
Mestre em Teologia
Escola Superior de Teologia
Programa de Pós-Graduação
Linha de Pesquisa: Educação
Comunitária com Infância e
Juventude
São Leopoldo
2011
RITA DE CÁSSIA DE SOUZA
Trabalho Final de
Mestrado Profissional
Para obtenção do grau de
Mestre em Teologia
Escola Superior de Teologia
Programa de Pós-Graduação
Linha de Pesquisa: Educação
Comunitária com Infância e
Juventude
Data:
Aos colegas de trabalho: Iara Augusta, Fátima Carvalho, Carla Carvalho, Márcia
Wilhelms, Alcione Valadares, Roberval Angelo, Rildo Cesar, e Wilma Correa;
Aos grandes mestres que passaram por minha vida e deixaram indeléveis marcas da
verdadeira educação: Mirella Villa, Regina Frias, Bruno Magalhães, Marcos Batista,
Carla Centeno, Márcia Rita, Nádia Bigarella, Heleina Serra, Koji Sy, Gilson Breder,
Osmar Augusto, Gisela Streck e Laude Brandenburg;
E por fim...
The work in question is intended to describe the historical and conceptual view on
the Universal Declaration of Human Rights through its implementation and
consolidation in the country. It was thus necessary to study and interpret existing
laws to make a connection with educational activities teaching about the discipline of
Religious Education. The theme of Human Rights and Religious Education Building
for a Citizenship aims at conducting classes that can generate benefits for learners in
the formation of the cultivation of moral and ethical values that will provide a true
citizenship. To address the problem we used the qualitative method, literature
search, and document analysis for historical definition of the process of Human
Rights in Brazil, the trajectory of religious education in public schools and conceptual
process on Citizenship.
INTRODUÇÃO ..............................................................................................................10
1 PANORAMA HISTÓRICO DOS DIREITOS HUMANOS ..........................................13
1.1 Origens dos Direitos Humanos ...........................................................................13
1.2 A trajetória dos Direitos Humanos no Brasil a partir de 1948 até a Constituição
de 1988 ......................................................................................................................14
1.3 O Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos......................................18
1.4 O Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos e o Ensino Religioso ...19
2 EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E AS LEGISLAÇÕES PERTINENTES AO
ENSINO RELIGIOSO ....................................................................................................21
2.1 O ensino religioso nas escolas públicas do Brasil a partir da Lei n. 9.394/96 ..24
2.2 Os parâmetros curriculares nacionais e as propostas educacionais para o
ensino religioso ..........................................................................................................29
2.3 O Ensino Religioso e a dimensão pedagógica dos Direitos Humanos na
construção da cidadania............................................................................................32
3 ENSINO RELIGIOSO E DIREITOS HUMANOS NA CONSTRUÇÃO PARA
CIDADANIA ...................................................................................................................36
3.1 O desenvolvimento histórico do conceito de cidadania em Ensino Religioso ..38
3.2 O que é cidadania................................................................................................40
3.2.1 Como surgiu a cidadania ..............................................................................42
3.2.2 O atual conceito de cidadania ......................................................................44
3.3 O papel do ensino religioso na construção da cidadania ..................................45
3.4 O papel dos Direitos Humanos nas aulas de Ensino Religioso e sua
contribuição para a cidadania ...................................................................................47
CONCLUSÃO ................................................................................................................50
REFERÊNCIAS .............................................................................................................52
INTRODUÇÃO
1
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil: subchefia para assuntos jurídicos. Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional, n. 9.394, 20 dez. 1996. Disponível em:
<http://www.mec.gov.br/legis/default.shtm>. Acesso em: 12 ago. 2010.
11
Rede Pública e, por fim, faz uma ponte entre os Direitos Humanos e o ER através da
ministração de aulas que propiciam a construção da cidadania.
2
O governo autoritário foi imposto ao país por meio de determinadas parcelas conservadoras
presentes nas Forças Armadas Brasileiras. Muitas instituições contrárias foram silenciadas e
muitas outras partiram para o combate ao Estado de exceção, exemplo de resistência foram as
várias guerrilhas urbanas e camponesas desencadeadas contra o governo durante o período de
maior repressão, 1968-1974. VIOLA, Solon Eduardo Annes. Direitos humanos e democracia no
Brasil. São Leopoldo: UNISINOS, 2008; MIRANDA, Nilmário; TIBÚRCIO, Carlos. Dos filhos deste
solo: a responsabilidade do Estado. São Paulo: Fundação Perseu Abramo; Boitempo, 1999.
3
HUNT, Lynn. A invenção dos Direitos Humanos: uma história. São Paulo: Companhia das Letras,
2009; LEPARGNEUR, Hubert. A Igreja e o reconhecimento dos direitos humanos na história. São
Paulo: Cortez & Moraes, 1977.
14
Japão) que parte dos grupos que compunham suas sociedades passou a apoiar de
maneira mais efetiva a elaboração de diretrizes mais norteadoras às ações político-
administrativas. 4 No período imediato à Segunda Guerra Mundial, optou-se por
definir, explicitamente, parâmetros multilaterais aos desenvolvimentos sociopolíticos
entre as nações reunidas em perspectivas similares para que determinados
postulados, os quais defendidos desde o século XVII fossem pactuados como de
interesse comum, tais como: a inviolabilidade de consciência por meios violentos, a
legitimidade de defesa contra a tirania, o Habeas Corpus,5 o sufrágio universal, etc.
A necessidade de que tais fatos não voltassem a se repetir adquiriu determinada
fundamentação na constituição da Organização das Nações Unidas (ONU) que tinha
por função discutir certas questões relacionadas aos interesses das nações
partícipes. Assim, no ano de 1948, a ONU reuniu 148 nações, as quais, em conjunto,
redigiram a assim conhecida Declaração Universal dos Direitos Humanos.6 Tal
declaração representou um enorme progresso na defesa dos Direitos Humanos, o
que incluía a compreensão dos Direitos dos Povos e das Nações darem
encaminhamentos autônomos a suas necessidades sem que se desrespeitassem
aqueles direitos fundamentais da pessoa humana. Sabe-se, no entanto, que tais
diretrizes funcionam mais a título de idealização do que de positivação. 7
4
Hunt diz que “os julgamentos de Nuremberg de 1945-6 não só chamaram a atenção do grande
público para essas atrocidades, mas também estabeleceram o precedente de que os governantes,
os funcionários e o pessoal militar podiam ser punidos por „crimes contra a humanidade‟”. HUNT,
2009, p. 203.
5
SUANNES Adauto. O que é Habeas Corpus? São Paulo: Brasiliense, 1985.
6
NAÇÕES UNIDAS. Assembléia Geral. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Genebra:
ONU, 1948.
7
São amplamente conhecidas as infrações cometidas pelos países ricos aos direitos humanos dos
povos pobres tanto de seus próprios territórios quanto dos territórios de outros povos, inclusive
tornados pobres por causa da dependência econômica a que foram submetidos vários povos
latino-americanos, asiáticos e africanos. DEVINE, Carol; POOLE, Hilary. Direitos humanos:
referências essenciais. São Paulo: Edusp, 2007.
15
8
ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. Arendt
argumenta que no século XX o único Estado totalitário existente foi o implantado pelo regime
nazista na Alemanha. Os outros tipos de Estados foram fascistas ou autoritários, além dos
democráticos liberais. O governo brasileiro sob a tutela dos militares concatena-se no tipo
autoritário, isto é, existe todo um cerceamento dos direitos fundamentais e civis da pessoa,
mantém-se ainda uma legislação o poder é exercido assimetricamente, pois o Poder Legislativo
fica preso ao Poder Executivo. SODRÉ, Nelson Werneck. Vida e morte da ditadura: vinte anos de
autoritarismo no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1984.
9
BETTO, Frei. Batismo de sangue: os dominicanos e a morte de Carlos Maringhella. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 1982.
10
ARNS, Paulo Evaristo. Brasil: nunca mais! Petrópolis: Vozes, 1985.
11
RAMPON, Ivanir Antonio. Ensino social da igreja e direitos humanos. Caminhando Com o ITEPA,
v. 49, p. 19-33, 1998.
16
art. 5.º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos
desta Constituição;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado
o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção
aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa
nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação
alternativa, fixada em lei;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas
as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos
ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem
outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas
exigido prévio aviso à autoridade competente;
XXII - é garantido o direito de propriedade. 12
12
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada em 5 de outubro de 1988.
Brasília: Congresso Nacional, 1988.
13
ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2000. p. 22.
17
14
HUNT, 2009, p. 204.
15
HUNT, 2009, p. 204.
16
ALMEIDA, Paulo Roberto de. Uma interpretação econômica da constituição brasileira.
Humanidades, v. 3, n. 11, p. 18-26, 1986/87.
17
O direito civil parece contemplado com mais ênfase do que o direito econômico nas declarações
de Direitos Humanos. Tal configuração tem sido debatida intensamente por muitos setores e
pessoas que se dedicam ao pensamento rigoroso da pesquisa acadêmica. Desconfia-se que a
ênfase nos direitos civis seja a forma de se desviar a atenção de problemáticas estritamente
ligadas aos direitos econômicos. Essa cisão ocorreu em grande parte devido aos embates
desenvolvidos durante a chamada Guerra Fria entre as potências vencedoras da Segunda Guerra
Mundial. Muitos procuram entender os direitos econômicos inseridos nos direitos civis, pelo menos
tem sido a tática de acessar certos direitos econômicos por meio de institutos civis presentes na
Constituição, pois como seria possível falar em direito à escola ou à saúde sem recursos
financeiros?! BEDIN, Gilmar Antonio. Os direitos do homem e o neoliberalismo. Ijuí: Unijuí, 2002.
18
Entretanto, ainda hoje há uma grande distância entre a prática dos direitos
humanos e as leis que reconhecem estes direitos, pois para que a Constituição se
efetive é necessário que leis sejam criadas para a normatização da indicação
constituinte. Muito se tem feito e acessado, mas falta muito para que os direitos
sociais como direitos eminentemente humanos sejam efetivados, o que requer a
participação de toda a sociedade civil organizada.
18
MARTINEZ, Vinício C. Estado do Direito no Brasil: o Direito que interessa ao Brasil hoje. Jus
Navigandi, Teresina, ano 10, n. 656, abr. 2005. Disponível em:
<http://jus.uol.com.br/revista/texto/6619>. Acesso em: 16 abr. 2011.
19
PENA, F. M. Democracia, direitos humanos e globalização. Revista Espaço Acadêmico, n. 64, ano
VI, set, 2006. Disponível em: <http://www.espacoacademico.com.br/064rea.htm>. Acesso em: 09
nov. 2010.
20
BRASIL. Comitê Nacional de EDH. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. Brasília:
Secretaria Especial dos Direitos Humanos; Ministério da Educação, 2003. p. 30.
19
Neste sentido, Dias faz o seguinte comentário sobre o PNEDH: “surgiu como
um discurso da escola é redimensionado voltado agora para contribuir com a
realização de ações pedagógicas educativas, visando estimular e promover a cultura
dos direitos humanos”. 24
21
CIPRIANO, Perly. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos – PNEDH. SEDH.
Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/educar/historia/index.htm>. Acesso em: 28 mar. 2011.
22
NUNES, Maria de Lourdes Rocha Lima; ANDRIOLA, Wagner Bandeira; FERREIRA, Maria Divina
Lima; NUNES, Teresa Maria Lima. Avaliação do plano nacional de educação em direitos
Humanos: a experiência do Estado do Piauí. Disponível em:
<http://www.dhnet.org.br/educar/pnedh/textos/lurdinha_avaliacao_pnedh.pdf>. Acesso em: 4 abr.
2011.
23
BRASIL, 2003, p. 5.
24
DIAS, Adelaide Alves. A escola como espaço de socialização da cultura em Direitos Humanos. In:
ZENAIDE, Maria de Nazaré Tavares (Org.). Direitos Humanos: capacitação de educadores. João
Pessoa: Universitária/UFPB, 2008.
20
mais amplo que o direito à escola, sendo um direito subjetivo da pessoa humana”. 25
No Brasil, o direito à educação é protegido por leis e promulgado na Constituição
Federal de 1988. Também a disciplina de Ensino Religioso está garantida.
25
GARCIA, E. O Direito à Educação e suas perspectivas de efetividade. Revista Forense, Rio de
Janeiro, v. 383, 2006. p. 96.
26
Já Émile Durkheim, no fim do século XIX, preconizava que a função do direito em uma sociedade
é ajudar a dar ordem e, ao mesmo tempo, buscar a solução de problemas para os muitos fatos
sociais. PARSONS, Talcott. A estrutura da ação social: um estudo de Teoria Social com especial
referência a um grupo de autores europeus recentes. Petrópolis: Vozes, 2010. vol. 1: Marshall,
Pareto, Durkheim. p. 365.
27
AGUIAR, Roberto. A. R. Direito, poder e opressão. São Paulo: Alfa-Omêga, 1984. p. 153.
2 EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E AS LEGISLAÇÕES PERTINENTES
AO ENSINO RELIGIOSO
28
SILVEIRA, Rosa Maria Godoy (Org.). Educação em Direitos Humanos: fundamentos teórico-
metodológicos. João Pessoa: Universitária, 2007. p. 75.
29
PAULY, Evaldo Luiz. O dilema epistemológico do ensino religioso. Espaço Aberto, n. 27, set./dez.
2004.
30
BRASIL, 1996, art. 33.
31
GIL FILHO, Sylvio Fausto. O ensino religioso nas escolas públicas do Brasil: discurso e poder
frente ao pluralismo religioso. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 5, n. 16, p. 121-145,
set./dez. 2005. Disponível em: <http://br.monografias.com/trabalhos917/religioso-escolas-
poder/religioso-escolas-poder.shtml>. Acesso em: 23 fev. 2011.
32
SARTORI, Kelly Sebben. O desenvolvimento do julgamento moral e a educação de valores na
disciplina de ensino religioso. Dissertação (Mestrado em Teologia) – Programa de Pós-Graduação
em Teologia, Escola Superior de Teologia, São Leopoldo, 2007.
22
33
SCHAPER, Valério Guilherme. Liberdade e obrigação: notas sobre ética e educação no contexto
de escolas confessionais. In: BRANDENBURG, Laude; WACHHOLZ, Wilhelm (Orgs.).
Contribuições do luteranismo para a educação. São Leopoldo: Sinodal, 2010. p. 171-177.
34
BARCELLOS, Carlos Alberto; REGINATTO, Ivanor. Ensino Religioso Escolar e Cidadania.
Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/dados/livros/edh/br/rs/cidadan/cap7.htm>. Acesso em: 2
mar. 2011.
35
OLIVEIRA, Lilian B. A formação de docentes para o Ensino Religioso no Brasil: leituras e
tessituras. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 5, n. 16, p. 247-267, set./dez. 2005. Ver
também o Apêndice B.
36
Reza da seguinte forma a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: “art. 33. O ensino
religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui
disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o
respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. § 1º
Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do
ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores. § 2º
Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas
para a definição dos conteúdos do ensino religioso”. BRASIL, 1996.
23
37
SILVEIRA, 2007, p. 80.
38
SILVEIRA, 2007, p. 81.
39
CARON, Lurdes. Ensino Religioso e Cidadania. Revista de Educação AEC, Brasília. v. 34, n. 136,
p. 55-74, set. 2005.
24
Grande parte dos direitos que estão estabelecidos nas legislações em vigor,
e que também vigoram na comunidade escolar através do processo teórico-
metodológico, os quais visam o êxito no ensino educacional, conforme estabelecido
na LDBEN, têm por função criar uma cotidianidade de direitos, uma cultura que
fomente a igualdade no reconhecimento das diferenças.
2.1 O ensino religioso nas escolas públicas do Brasil a partir da Lei n. 9.394/96
43
CAMILO, Janaína. Ensino Religioso na Escola Pública: uma mudança de paradigma. Revista de
Estudos da Religião, n. 2, p. 26-36, 2004.
44
BRASIL, 1996.
45
Um Estado confessional é aquele no qual há uma religião (por vezes também citada como religião
de Estado) oficialmente reconhecida pelo Estado, o que não deve ser confundido com
uma teocracia. WIKIPEDIA: a enciclopédia livre. Verbete: Estado Confessional. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_confessional>. Acesso em: 2 mar. 2011.
26
O texto substitutivo, Lei n. 9.475/97, que deu nova redação ao art. 33 foi
elaborado e apresentado ao Congresso Nacional pelo deputado Padre Roque
Zimmermann. Segue abaixo redação da nova proposta:
46
CAETANO, Maria Cristina; OLIVEIRA, Maria Auxiliadora Monteiro. Ensino Religioso: sua trajetória
na educação brasileira. Disponível em:
<http://www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe4/individuais-
coautorais/eixo01/Maria%20Cristina%20Caetano%20e%20Maria%20Auxiliadora%20Monteiro%20
Oliveira.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2011.
47
CAETANO, 2011, p. 8.
48
CAETANO, 2011, p. 9.
49
PADRE ROQUE. Ensino Religioso: uma grande mudança. Brasília: CEDI, 1998. p. 6.
27
50
PAULY, Evaldo Luiz. Ética, educação e cidadania: questões de fundamentação teológica e
filosófica da ética na educação. São Leopoldo: Sinodal, 2002. p. 30-31.
51
CAETANO, 2011, p. 9.
52
O Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso (FONAPER) “foi criado em 1995 e vem desde
então buscando acompanhar, organizar e subsidiar o esforço de professores, associações e
pesquisadores no campo deste componente curricular. Não é possível entendê-lo de forma
estática, ou mesmo linear. Em um primeiro momento ocupou-se com a promulgação da Lei de
Diretrizes e Bases, simultaneamente com a estrutura do Ensino Religioso através da produção do
Parâmetro Curricular Nacional do Ensino Religioso”. Disponível em:
<http://www.fonaper.com.br/hp/>. Acesso em: 22 dez. 2010.
28
53
JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo. O processo de escolarização do Ensino Religioso no
Brasil. Rio de Janeiro: Vozes, 2002. p. 49.
54
FONAPER aupd INCONTRI, Dora; BIGHETO, Alessandro Cesar. Ensino religioso, sem
proselitismo. É possível? Videtur, Salamanca/São Paulo, Arvo/USP, v. 13, 2002. p. 3. Disponível
em: <http://www.pedagogiaespirita.org.br/tiki-download_file.php?fileId=53>. Acesso em: 22 mar.
2011.
29
55
SILVA, Ligiane Aparecida da; LIMA, Rosilene de. Florestan Fernandes na Comissão de Educação
da Constituinte: a luta pela escola pública, laica e gratuita no Brasil. X Congresso Nacional de
Educação: EDUCERE. III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia, 26 a 29 de outubro de 2009,
PUCPR. Disponível em:
<http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/3122_1859.pdf>. Acesso em: 28
mar. 2011.
56
FIGUEIREDO, Anísia de Paulo. Realidade, poder, ilusão: um estudo sobre a legalização do
Ensino Religioso nas escolas e suas relações conflitivas como disciplina „sui generis‟ no interior do
sistema público de Ensino. Dissertação (Mestrado em Ciência da Religião) – Programa de Pós-
Graduação em Ciência da Religião, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo,
1999. p. 61.
30
57
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais: história. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental, 1998.
58
BRASIL, 1998.
59
BRASIL, 1998, p. 12.
31
a) Apresentação:
1- Declaração dos propósitos do documento e indicação das partes do
texto;
2. Elementos históricos do Ensino Religioso: Visão panorâmica do tema nos
5 séculos de colonização do Brasil. Define a concepção de área de ensino e
explicita os objetivos da disciplina;
3. Critérios para a organização e seleção de conteúdos e seus pressupostos
didáticos. Além disso, fornece orientação didática sugerindo formas de
avaliação;
4. O Ensino Religioso nos ciclos: Elege os conteúdos sugeridos para os
61
quatro ciclos do Ensino Fundamental.
Amaral, em seu artigo “Análise dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino
Religioso nas Escolas Públicas”, “a questão incide sobre a proposta aprovada, que
consta nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Religioso (PCNER).
Este modificou o caráter do Ensino Religioso, que, de religioso passou a ser
„científico‟”. 64
Então, uma nova abordagem para o ER nas escolas públicas passou a ser
observada, houve também um despertamento por parte de muitos estudiosos sobre
o assunto. O caráter científico da disciplina passou a ser o centro de estudos e
pesquisas. 65 Para Lopes, todas as disciplinas devem receber igualdade de direitos e
estudos científicos:
64
AMARAL, 2003, p. 2.
65
DIAS, Valmir Roberto. O Ensino Religioso na rede estadual e privada de educação: Campo
Grande/MS, 2009. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em História) – Departamento de
História, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2009.
66
LOPES, Alice Casimiro; MACEDO, Elizabeth Macedo. A estabilidade do currículo disciplinar: o
caso das ciências. In: LOPES, Alice Casimiro; MACEDO, Elizabeth Macedo (Orgs.). Disciplinas e
integração curricular: história e políticas. Rio de janeiro: DP&A, 2002. p. 151-152
67
SCHAPER, 2010, p. 171.
33
68
OLIVEIRA, Luciana Loureiro. Os Direitos Humanos no Brasil e a Constituição de 1988: o desafio
da efetivação dos Direitos Humanos. Disponível em:
<http://www.juspodivm.com.br/i/a/%7B837410D2-34C5-4B14-87A7-A4CCC175A14A%7D_4.pdf>.
Acesso em: 12 mar. 2011.
69
DIAS, 2009, p. 11.
70
UNESCO, artigo 26 §1.
71
OLIVEIRA, [s.d], p. 7.
34
72
BRASIL, 1996, p. 25-26.
73
BRASIL. Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos (Coord.). Plano Nacional de
Educação em Direitos Humanos. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos; Ministério da
Educação, 2003. p. 6.
74
UNESCO, art. 26, § 2.º
35
Educação em Direitos Humanos pode ser um bem comum para essa busca que
promove toda a sociedade, pois uma pessoa plena de sua consciência humana e
social só pode ser um bem ao coletivo social. É encontrada nos PCNER a seguinte
observação: “o homem finito, inconcluso, busca fora de si o desconhecido, o
mistério: transcendente”. 75 Segundo Costella,
aquilo que para as igrejas é objeto de fé, para a escola é objeto de estudo.
Isto supõe a distinção entre fé/crença e religião, entre o ato subjetivo de crer
e o fato objetivo que o expressa. Essa condição implica na superação da
identificação entre religião e igreja, salientando sua função social e o seu
potencial de humanização das culturas. Por isso, o Ensino Religioso na
escola não pode ser concebido, de maneira nenhuma, como uma espécie
de licitação para as igrejas. 76
75
BRASIL, 1998, p. 26.
76
COSTELLA, Domenico. O fundamento epistemológico do Ensino Religioso. In: JUNQUEIRA,
Sérgio Rogério Azevedo; WAGNER, Raul. O Ensino Religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat,
2004. p. 97.
3 ENSINO RELIGIOSO E DIREITOS HUMANOS NA CONSTRUÇÃO PARA
CIDADANIA
77
TOURAINE, A. Crítica da modernidade: o que é democracia? São Paulo: Vozes, 2000. p. 348.
78
SCANTIMBURGO, João de. O Brasil e a revolução francesa. São Paulo: Pioneira, 1989.
37
que este seja transmitido em forma de catequese. Os conteúdos estão divididos nos
cinco eixos referendados nos PCNER, os quais trabalham a vida, seus ideais e seus
objetivos mais concretos, mesmo que este conhecimento seja na esfera abstrata a
respeito das experiências com o Transcendente, os quais experimentados pelas
várias religiões presentes no contexto social brasileiro. Tal é o grande desafio dos
educadores de ER: ensinar o sentido da vida como ser realmente uma pessoa
cidadã. Conforme argumenta Nascimento,
79
NASCIMENTO, Ricardo Moreira Braz. Diferença em Educação Cristã e Ensino Religioso. São
Paulo. Disponível em: <http://www.comunidadeabiblia.net/teologia/artigos/diferenca-em-educacao-
crista-e-ensino-religioso.html>. Acesso em: 21 dez. 2010.
80
BRASIL, 1996, art. 2º.
38
81
BARROS, Sandra dos Reis. Ensino Religioso na formação do cidadão. São Paulo: AEC.
Disponível em: <http://books.google.com.br/books?id=MQSDH-
m2nJAC&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 14 dez. 2010.
39
86
WITT, Maria Dirlane (Org.). Dinâmicas para o ensino religioso. São Leopoldo: Sinodal, 2008.
41
87
DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p. 14
88
SCHERER-WARREN, Ilse. Redes de movimentos sociais. São Paulo: Loyola. 1993. p. 69.
89
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1997. p. 194.
90
GENTILI, Pablo; ALENCAR, Chico. Educar na esperança em tempos de desencanto. Petrópolis:
Vozes, 2001. p. 87.
42
de valores e práticas mencionados por eles conduz ao conceito de que fazer o que é
correto é algo desenvolvido socialmente nos indivíduos, faz parte da educação
familiar. No entanto, observa-se que a prática de direitos e deveres não está bem
estabelecida no cotidiano da família, e a escola acaba por receber em seu ambiente
todo tipo de alunos indisciplinados. Para que haja um caminhar pedagógico
coerente, a escola e a comunidade devem participar da elaboração e construção do
Projeto Político Pedagógico (PPP), no qual sejam estabelecidos os limites e
parâmetros para uma proposta pedagógica eficaz no que tange à educação para a
cidadania. O Estatuto da Criança e do Adolescente também traz a questão da
educação para a cidadania, no art. 53, como segue:
91
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Estatuto da
Criança e do Adolescente. Lei n. 8.069, 13 jul. 1990. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm>. Acesso em: 27 mar. 2011.
43
O poder estava concentrado nas mãos nos reis que viviam dos impostos que
recebiam. Com esse dinheiro, construíam exércitos cada vez mais fortes. Os reis
ficavam cada vez mais ricos sendo eles quem se beneficiava, economicamente, da
produção confeccionada pelos vassalos. No entanto, com o passar dos anos, os reis
passaram a ser vistos como um perigo e um obstáculo para o progresso da classe
emergente – construída desde fins do século XIV, a assim conhecida burguesia, pois
usava o poder econômico em seu favor contra os déspotas. “Com o objetivo de tirar
o rei do poder surgiram as revoluções, sendo a Revolução Francesa um marco
fundamental para o fim do absolutismo”. 94
92
BERNARDES, W. L. M. Da nacionalidade: brasileiros natos e naturalizados. Belo Horizonte: Del
Rey, 1995. p. 23.
93
CORRÊA, Darcísio. Implicações Jurídico-Políticas da Dicotomia Público-Privado na Sociedade
Capitalista. Florianópolis. Tese (Doutorado em Direito) – Curso de Pós-Graduação em Direito,
Universidade Federal de Santa Catarina, 1996. p. 209.
94
SORJ, Bernardo. A democracia inesperada: cidadania, direitos humanos e desigualdade social.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004. p. 24.
44
95
CANIVEZ, Patrice. Educar o cidadão? Campinas: Papirus, 1991. p. 15-31.
96
Welfare State é “a mobilização em larga escala do aparelho de Estado em uma sociedade
capitalista a fim de executar medidas orientadas diretamente ao bem-estar de sua população”.
MEDEIROS, Marcelo. A Trajetória do Welfare State no Brasil: Papel Redistributivo das Políticas
Sociais dos Anos 1930 aos Anos 1990. (Texto Para Discussão / N. 852). Brasília: Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada, 2001. p. 6.
97
LUMIER, Jacob J. Direitos Humanos e Direitos Sociais: observações sociológicas para o
altermundismo. Grupo WSF 2008 – Contribuição à Reflexão Sociológica. Disponível em:
<http://www.oei.es/salactsi/lumier3.pdf>. Acesso em: 1 abr. 2011.
98
ALENCAR, Chico. Direitos mais humanos. Petrópolis: Vozes, 1998. p. 49.
45
muito além do discurso existente, e este não é o suficiente para o ser humano, pois
a cidadania difundida pelo discurso dominante não produz cidadão cônscio de seus
valores, embora, esta cidadania existente tenha seu valor como vínculo entre sujeito
e Estado. Por outro lado, não basta transformá-la em direitos humanos formais.
[...] sabemos que os valores são o núcleo da vida social, porque neles se
fundamentam tanto a criação como a conservação das normas sociais. Se
não há valores, não há conduta social: a sociedade fragmenta-se como
totalidade e a cultura se dissolvem, porque no núcleo de qualquer estrutura
há um conjunto de valores.103
102
BARCELOS, Carlos Alberto. Educando para a cidadania. Os Direitos Humanos no Currículo
Escolar. João Pessoa: Pallotti, 1992.
103
MAY, Roi H. Discernimento moral: uma introdução à ética cristã. São Leopoldo: Sinodal, 2008. p.
80.
47
3.4 O papel dos Direitos Humanos nas aulas de Ensino Religioso e sua
contribuição para a cidadania
a cidadania precisa ser vivenciada em sala de aula por todo educador que
se pretenda cidadão e que não queira estabelecer sua prática sobre bases
esquizofrênicas. Isto não se confunde com “liberalismo”, nem com qualquer
coisa com que nos querem assustar os mistificadores, amantes da velha
ordem. Isto confunde-se com... democracia! Tem nome, tem proposta, tem
honestidade intelectual, não nega nem superestima as diferenças nos
papéis professor/aluno e até hoje não tem qualquer problema com a
questão da competência.105
104
JUNQUEIRA; WAGNER, 2004, p. 59.
105
BALESTRERI, Ricardo Brisolla. O que é educar para a cidadania? In: Educar para a cidadania: os
Direitos Humanos no Currículo Escolar. João Pessoa: Pallotti, 1992. p. 11.
106
BALBINO, Vivina do C. Rios. Violações dos direitos humanos no Brasil e propostas de mudanças
na formação e prática do psicólogo. Revista Eletrónica Internacional de la unión Latinoamericana
48
Aqueles que conhecem seus direitos para questionar uma situação vigente
terão melhores condições de analisar criticamente a realidade. Nas aulas de ensino
111
SCHLÖGL, Emerli. Ensino Religioso: perspectiva para os anos finais do ensino fundamental. São
Paulo: IBPEX, 2009. p. 9.
CONCLUSÃO
Como foram apresentadas nos capítulos desse trabalho, as leis que regem a
disciplina do ER estabelecem que ela seja ofertada nos estabelecimentos de ensino
público. No entanto, os educandos, bem como seus familiares ou responsáveis
podem recusá-la. Observa-se que nem a Constituição Federal e nem a LDBEN
estimulam os estudantes a cursar tal disciplina, mesmo ela sendo parte integrante
dos componentes da educação básica. É dever da família e do Estado cuidar da
educação de todas as crianças, jovens e adultos pelos princípios da liberdade, assim
como nos ideais da solidariedade, atentando para o desenvolvimento de todos os
estudantes, preparando-os para o mundo do trabalho, bem como para a cidadania.
BALESTRERI, Ricardo Brisolla. O que é educar para a cidadania? In: Educar para a
cidadania: os Direitos Humanos no Currículo Escolar. João Pessoa: Pallotti, 1992.
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55
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