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Resumo Traumato II

Joelho - Sinovial

Art. Tibiofemoral -> dobradiça -> 2 graus de liberdade -> FLEX/EXT e RI e RE.
Repouso: 25° de flexão

Art. Patelofemoral -> PATELA melhora eficiência durante os últimos 30° de extensão.

Art. Tibiofibular proximal -> sinovial plana – entre tíbia e a cabeça da fíbula.

Estabilizadores dinâmicos: quadríceps, isquiossurais, tríceps sural ( PRINCIPALMENTE


gastrocnêmio).

Estabilizadores estáticos: ligamento colateral lateral, ligamento colateral media, ligamento


cruzado anterior, ligamento cruzado posterior.

INSPENÇÃO E PALPAÇÃO

Menisco medial mais risco de lesão pois está mais “preso”.

Observar alinhamento da patela -> desequilíbrio muscular -> assimetria;


Atrito da patela causa desgaste e consequentemente DOR.

GENO VARO E VALGO

Há uma pequena tendência normal em VALGISMO.


Mulher: quanto mais largo o quadril,, maior o VALGISMO.

Varismo -> mais complicado o tratamento -> alteração na estrutura óssea.


Alinhamento -> frontal -> maléolos se tocam e côndilos não = VARO
-> maléolos não se tocam e os côndilos sim = VALGO

Recurvatum:
1) anatômico: é estrutural, não há como reverter
2) sóleo: se não há flexão plantar, o sóleo puxa a tíbia -> quando está encurtado, o calcanhar
eleva-se do chão.
3) quadríceps (principalmente retofemoral) -> encurtado -> puxa o joelho.
* retofemoral tenso demais, a patela fica rígida.

TESTES GERAIS

Teste de apreensão patelar: identifica o deslocamento da patela.


Paciente em DD com joelho em 30° de flexão. Fisioterapeuta desloca a patela lateralmente,
suvamente. Positivo: se o paciente estiver apreensivo e tentar CONTRAIR o quadríceps para
trazer a patela de volta à posição neutra.

Teste de Clarke: identifica a presença de condromalácia patelar.


Paciente DD, com os joelhos estendidos, o fisioterapeuta pressiona proximalmente a base da
patela com a mão e solicita ao paciente para contrair o quadríceps enquanto o mesmo aplica
mais força. Positivo: se o paciente não conseguir completar a contração devido à dor.

Teste da Plica: identifica uma plica suprapatelar anormal.


Paciente em DD, o fisioterapeuta flete o joelho e roda medialmente a tíbia com o braço e mão
enquanto com a outra, a patela é levemente deslocada medialmente com os dedos sobre o
curso da plica. Positivo: se houver um “pop” provocado na plica enquanto o joelho é fletido e
estendido pelo fisioterapeuta.

Teste Mcmurray: identifica lesões meniscais.


Paciente em DD, o fisioterapeuta segura o pé com uma mão e palpa a linha articular com a
outra. O joelho é colocado em flexão completa e a tíbia movimentada para frente e para trás e
mantida alternadamente em rotação interna e externa enquanto o joelho é estendido.
Positivo: Se há um clique ou sentir crepitação no sentido da linha articular no co caso de lesão
meniscal posterior, quando o joelho é estendido.

Teste de estresse em Valgo: Indicador de rompimento importante do ligamento colateral


medial.
O teste é feito com o joelho em extensão completa e depois repetido com o joelho a 20° de
flexão. Positivo: quando é feito com o joelho em extensão completa – rompimento de
ligamentos importantes. Positivo quando é feito em joelho em flexão, indica-se com lesão de
ligamento colateral medial.

Teste de estresse em Varo: Estabiliza-se o tornozelo e aplica-se um estresse em varo no joelho


do paciente. O teste é feito com o joelho em extensão completa ou com 20 a 30° de flexão.
Positivo quando feito em extensão sugere rompimento de ligamentos importantes, quando
feito em flexão indica-se rompimento do ligamento colateral lateral.

Teste de compressão de Apley: Lesões meniscais.


Paciente em DV com os joelhos em 90°. O fisioterapeuta aplica uma força compressora na
planta do pé e faz rotação INTERNA e EXTERNA. Positivo: se o paciente relatar dor em
qualquer lado do joelho, sendo indicada a lesão meniscal do respectivo lado a sentir a dor.

Teste de distração de Apley: Detecta lesão ligamentar.


O paciente estará na mesma posição do teste de compressão, ao invés de ser feita uma
compressão, será feita uma tração. Positivo se o paciente relatar dor.

Sinal de Gaveta: Anterior – LCA – Paciente em DD, com os joelhos a 90°. Fisioterapeuta senta-
se em ambos os pés do paciente e coloca-se as duas mãos em torno da tíbia proximal da perna
a ser examinada. Os polegares devem estar posicionados na tuberosidade anterior da tíbia e
então o examinador puxa a tíbia para si. Se houver uma translação anterior execessiva e uma
sensação de movimento mole, é POSITIVO para lesão do ligamento cruzado anterior.

Posterior – LCP - É feito da mesma maneira do LCA, porém empurra-se a tíbia para trás, sendo
positivo quando a tíbia fizer uma posteriorizaçao.

 Observar se há presença de sulco acima da tuberosidade da tíbia, sendo indicativo


para uma possível lesão de LCP.

Teste de Lackmann: Identifica lesão de LCA.


Paciente em DD, fisioterapeuta estabiliza o fêmur distal com uma mão e segura a tíbia
proximal com a outra mão, o joelho é mantido em flexão leve e a tíbia é movimentada para
frente sobre o fêmur. Positivo quando há uma sensação e movimentação excessiva da tíbia.

 Teste INVERSO – feito em decúbito ventral.


PATOLOGIAS

Síndrome da dor patelo-femoral

Aparece gradualmente com o surgimento de uma dor na região anterior à patela e posterior a
ela quando se executam atividades como subir ou descer escadas, ficar agachado ou mesmo
sentado por longos períodos. O repouso é uma forma de alívio para a dor.
Esta disfunção ocorre devido ao estresse produzido na cartilagem articular e provoca um
aumento do estresse no osso subcondral.

Ainda há uma etiologia estabelecida, mas o desequilíbrio muscular que fornecem estabilidade
à patela está entre os principais fatores para desencadear a síndrome.

Atrofia + fraqueza do músculo vasto medial oblíquo = desequilíbrio dos componentes mediais
e laterais do quadríceps -> mecanismo EXTENSOR desalinhado.

Sinais e sintomas: dor, rigidez, sensibilidade local, crepitação, edema, aumento do ângulo Q*,
desalinhamento do MMII.

Diagnóstico: Teste de apreensão*, Raio X, TC e Artroscopia.

 Ângulo Q: Duas linhas que se cruzam no centro da patela, uma linha direcionada da
EIAS ao centro da patela e outra da tuberosidade anterior da tíbia ao centro da patela.
Quanto MAIOR o ângulo, maiores serão as forças de lateralização da patela,
aumentando a pressão retropatelar entre a faceta lateral da patela e o côndilo femoral
lateral.

TRATAMENTO FISIOTERÁPICO

Objetivo: promover o equilíbrio entre as porções musculares do quadríceps femoral.

Eletroterapia: associada a exercícios funcionais, para recrutar melhor a musculatura,


principalmente vasto medial oblíquo.

Termoterapia:

Cinesioterapia: CCA e CCF para uma promoção do fortalecimento da musculatura dos MMII
promovem alterações na biomecânica das articulações femoropatelar e tibiofemoral, sendo
capazes de melhorar a ativação muscular na região.

Indicações e contra indicações das cadeias cinéticas: Em CCF de 0° de extensão até 30° de
flexão ocorrerá menor estresse femoropatelar. Para exercícios em CCA seria de 90° de flexão
para até 60° de extensão.

Os exercícios em CCF diminui o esforço sobre a articulação femoropatelar, alguns exercícios:


miniagachamento, deslizamento contra a parede, leg press, subida de degraus em aparelhos,
subida lateral de degraus, exercício de extensão terminal do joelho com auxilio de elástico,
bibicleta ergométrica e pranchas deslizantes. OBS: os exercícios de miniagachamento ou
deslizamento contra a parede realizam a extensão simultânea do joelho e do quadril, devendo
ser realizados numa amplitude de 0 a 40°.
Síndrome do Atrito do Trato ilibiotibial – Joelho de corredor

Síndrome dolorosa localizada na face lateral da articulação do joelho

Musculo tensor da fáscia lata + aponeurose fáscia lata = trato iliotibial = dor na lateral do
joelho -> atrito dos côndilos ( FLEX/EXT).

Teste de Ober: Paciente em DL, o MI em contato com a mesa é fletido e o outro que está
sendo testado é ABDUZIDO e ESTENDIDO, sendo o joelho fletido em 90°, o examinador então
solta o membro para que o mesmo volte a mesa, se o membro não voltar o teste será
POSITIVO.

Teste de compressão de Noble: Fisioterapeuta posiciona o polegar sobre o condilo femoral


lateral e faz uma flexão e extensão ativa do joelho, POSITIVO se o paciente sentir dor em
flexão a 30°.

Joelho de Saltador – Jamper’s Knee

Ocorre na INSERÇÃO PROXIMAL DO TENDÃO PATELAR, abaixo do ápice da patela -> ruptura
por excesso de tração = processo inflamatório.

Tratamento

Fase AGUDA -> PRICE


Fase CRÔNICA -> analgesia, mobilização da patela para evitar aderência.
Fortalecimento isométrico -> após a dor -> fortalecimento excêntrico -> repetindo o
mecanismo da lesão.
Propriocepção e pliometria.

Doença de Osgood- Schlatter

Saltos + corridas = microtraumas por tração – INSERÇÃO DISTAL DO TENDÃO PATELAR.

Sinais e sintomas

Dor na região anterior da perna -> TAT


Ridigez articular
Pele quente e vermelha – inflamação.

Doença que evolui para a cura -> deixa sequelas -> crescimento da TAT (protuberância) devido
à microrupturas favorecendo um maior deposito de cálcio.

Tratamento

Ultrasom -> não fazer em cima de proeminência óssea, somente em volta.


Reforço muscular + alongamento quadríceps.

Lesões ligamentares e meniscais do joelho

1) Ligamento colateral lateral -> resiste a movimentos de estresse em varo.


Em caso de rompimento nem sempre necessitará de procedimento cirúrgico, sendo
possível uma cicatrização. TESTE: Estresse em varo.
2) Ligamento colateral medial -> resiste a movimentos de estresse em valgo.
Em caso de rompimento também há chances de cicatrização a partir de imobilização.
TESTE: Estresse em valgo.
Entorses grau II -> claudicação
Entorses grau III -> muita dor, não consegue sustentar o pé ao chão.

Lesão do tendão quadriciptal -> pessoas com mais de 40 anos, alterações degenerativas,
inferiorização da patela, incapacidade de EXTENSÃO do joelho.

Lesão do tendão patelar -> pessoas com menos de 40 anos, impossibilidade de EXTENSÃO
ativa do joelho ( patela sobe).

Tratamentos

LCM/LCL – 78h -> PRICE – Após -> Analgesia.

LCL-> Enfase no fortalecimento dos músculos TFL (estabilizador) e quadríceps.

LCM -> Enfase no fortalecimento dos músculos pata de ganso: grácil, sartorio e semitendinoso
+ quadríceps.

Ligamento cruzado anterior -> impede o deslocamento anterior da tíbia.


Dor do LCA -> difusa
Testes de gaveta + lachman.

Ligamento cruzado posterior -> impede o deslocamento posterior da tíbia


Dor na fossa poplítea.

LESÃO DE GRAU I -> Tratamento conservador


LESÃO DE GRAU II -> Atletas cirurgia, sedentários tratamento conservador
LESÃO DE GRAU III -> Cirurgia -> ligamentoplastia -> enxerto a partir do tendão patelar ou
musculo semitendinoso.

Menisco -> Função -> amortecedor, mantém espaço articular entre fêmur e tíbia, facilita a
rolagem dos condilos femurais do platô tibial.

Lesão + comum é no MEDIAL -> maior fixação ligamentar, não há escape.


Tríade infeliz -> rompimento do menisco medial + LCM + LCA em um único mecanismo de
lesão.

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