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Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza

Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas


Curso Técnico de Eletrônica

REFRIGERADOR PORTÁTIL

São Paulo
2014
Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza
Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas
Curso Técnico de Eletrônica

Anderson Teixeira
César da Costa Silva
Felipe José Rodrigues de Carvalho
Mathews Gabriel Rodrigues Cardoso
Vivianne Satiko Hariki

REFRIGERADOR PORTÁTIL
Trabalho apresentado aos professores da
banca da ETEC Getúlio Vargas como pré-
requisito para a obtenção de Certificado
de Conclusão de Curso de Técnico em
Eletrônica.
Orientador: Professor Eduardo

São Paulo – SP

2014
Anderson Teixeira
César da Costa Silva
Felipe José Rodrigues de Carvalho
Mathews Gabriel Rodrigues Cardoso
Viviane Satiko Hariki

REFRIGERADOR PORTÁTIL

Trabalho apresentado aos professores da


bancada da ETEC Getúlio Vargas como
pré-requisito para a obtenção de
Certificado de Conclusão de Curso de
Técnico em Eletrônica.
Orientador: Professor Eduardo

Data: __________________
Resultado: ______________

BANCA EXAMINADORA

Prof. _______________________________________ ____________________


Assinatura __________________________________

Prof. _______________________________________ ____________________


Assinatura __________________________________

Prof. _______________________________________ ____________________


Assinatura __________________________________
AGRADECIMENTOS

Aos pais, professores e amigos que ofereceram a ajuda necessária para o inicio do
planejamento e desenvolvimento do trabalho
RESUMO

O trabalho tem como objetivo a criação e o desenvolvimento de um refrigerador portátil, de


médio tamanho, refrigerado por meio de célula de Peltier, que será alimentada por baterias
seladas VRLA (chumbo-ácida regulada por válvula), e terá para controle, um medidor de
carga das baterias e um termômetro, ambos configurados com um bargraph.
A ideia inicial era de desenvolver o refrigerador com células fotovoltaicas, mas visto o alto
custo e o baixo rendimento, não era um projeto viável. A solução encontrada foi alimentar a
célula de Peltier por meio de baterias, essas, recarregáveis, tem um custo mais baixo, mas
um segundo problema veio à tona, a duração da bateria, o que foi resolvido com a leitura de
textos explicativos em relação ao modo de ligação das mesmas, tendo como possibilidade a
soma das tensões ou da corrente, e o contato com a fabricante Unipower, que prestou a
ajuda necessária para o conhecimento do funcionamento dos sistemas de regulagem de
tensão e corrente necessárias para o funcionamento desejado das baterias.

Palavras-chave: Refrigerador Portátil. Célula de Peltier. Baterias Selada de Chumbo.


Termômetro. Medidor de Carga. Bargraph.
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Tabela de descarga para corrente constante (A) à 25ºC (adaptada) 25


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Gráficos Peltier TEC1-12706 24


Figura 2 – Associação de baterias em série e paralelo 26
Figura 3 – Datasheet bateria UNIPOWER UP1270SEG 27
Figura 4 – Datasheet TEC1-12706 (1) 28
Figura 5 - Datasheet TEC1-12706 (2) 29
Figura 6 - Datasheet TEC1-12706 (3) 30
Figura 7 – Gráfico de performance LM35 31
Figura 8 – Efeitos possíveis com o LM3914 32
Figura 9 – Pinagem DIL18 do LM3914 33
Figura 10 – Diagrama de blocos correspondente às funções internas do LM3914 34
Figura 11 – Dimensões internas da caixa de isopor 35
Figura 12 – Formulário de pesquisa 36
Figura 13 – Gráficos da pesquisa de marketing 37
Figura 14 – Diagrama de blocos 38
Figura 15 – Circuito de alimentação do Peltier 39
Figura 16 – Esquema elétrico medidor de carga 40
Figura 17 – Esquema elétrico termômetro 41
Figura 18 – Esquema elétrico carregador da bateria 42
Figura 19 – Fotos do projeto (Caixa de isopor) 43
Figura 20 – Fotos do projeto (Medidor de carga) 44
Figura 21 – Fotos do projeto (Termômetro com bargraph) 45
Figura 22 – Fotos do projeto (Dissipador e cooler) 46
Figura 23 – Fotos do projeto (Interior do isopor) 47
Figura 24 – Fotos do projeto (Montagem da caixa) 48
Figura 25 – Fotos do projeto (Temperatura obtida na geladeira) 49
Figura 26 – Fotos do projeto (Temperatura obtida com o refrigerador) 50
Figura 27 – Fotos do projeto (Montagem concluída) 51
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................8
1.1 O PROBLEMA.................................................................................................................8
1.2 OBJETIVOS.................................................................................................................... 8
1.2.1 OBJETIVO GERAL......................................................................................................8
1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................................8
1.3 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO..........................................................................................8
1.4 RELEVÂNCIA DO ESTUDO............................................................................................8
1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO....................................................................................8
2. REVISÃO DA LITERATURA...................................................................................8
3. PROPOSIÇÃO.........................................................................................................8
4. MÉTODO.................................................................................................................8
5. RESULTADOS.........................................................................................................8
REFERÊNCIAS...........................................................................................................8
ANEXO A – GRÁFICOS PELTIER TEC1-12706 8
ANEXO B – TABELA DE DESCARGA PARA CORRENTE CONSTANTE (A) À 25ºC (ADAPTADA) 8
ANEXO C – ASSOCIAÇÃO DE BATERIAS EM SÉRIE E PARALELO 8
ANEXO D – DATASHEET BATERIA UNIPOWER UP1270SEG 8
ANEXO E – DATASHEET TEC1-12706 88
ANEXO F – GRÁFICO DE PERFORMANCE LM35 8
ANEXO G – EFEITOS POSSÍVEIS COM O LM3914 8
ANEXO H – PINAGEM DIL18 DO LM3914 83
ANEXO I – DIAGRAMA DE BLOCOS CORRESPONDENTE ÀS FUNÇÕES INTERNAS DO LM3914
84
APÊNDICE A – DIMENSOES INTERNAS DA CAIXA DE ISOPOR 85
APÊNDICE B – FORMULÁRIO DE PESQUISA 86
APÊNDICE C – GRÁFICOS DA PESQUISA DE MARKETING 87
APÊNDICE D – DIAGRAMA DE BLOCOS 88
APÊNDICE E – CIRCUITO DE ALIMENTAÇÃO DO PELTIER 89
APÊNDICE F – ESQUEMA ELÉTRICO MEDIDOR DE CARGA 8
APÊNDICE G – ESQUEMA ELÉTRICO TERMÔMETRO 81
APÊNDICE H – ESQUEMA ELÉTRICO CARREGADOR DA BATERIA 82
APÊNDICE I – FOTOS DO PROJETO 83
1. INTRODUÇÃO

O trabalho tem como finalidade a criação e o desenvolvimento de um refrigerador

portátil, compacto, com espaço suficiente para média quantidade de conteúdo

interno.

A decisão de criar um refrigerador ao invés de um freezer foi a diferença entre a

temperatura interna de ambos, a de um refrigerador, por exemplo, varia de

aproximadamente -5ºC a 8ºC, enquanto a de um freezer chega a aproximadamente

-15ºC.

A principal função desse refrigerador é obter uma temperatura suficiente para manter

seu conteúdo interno resfriado para ambientes quentes, como por exemplo, uma

praia, beirada de uma piscina, onde normalmente são levados coolers, com gelo, o

que acaba tirando espaço útil dentro do compartimento, e deixando-o cada vez mais

pesado, e não com mais conteúdo consumível.

O princípio de refrigeração a ser utilizado é o do efeito Peltier, que foi descoberto em

1834 por Jean Charles Athanase Peltier, que diz que quando uma corrente elétrica é

aplicada em duas junções de dois condutores de materiais diferentes, provoca uma

gradiente de temperatura, e graças a isso, fará o calor mover de um lado ao outro.

A célula de Peltier, também conhecida como pastilha termoelétrica, ou inversor de

Peltier, é constituída de junções de materiais diferentes, onde uma delas é dopada

para funcionar como tipo P, e outra para tipo N. Essas junções são feitas com

pequenos cubos de Telureto de Bismuto, que são ligados termicamente em paralelo

e eletricamente em série e são soldadas entre duas placas cerâmicas.


1.1 O PROBLEMA

O problema que levou à discussão sobre o tema foi inicialmente a eficiência de um

cooler convencional, que não pode ser considerada boa, pela quantidade de gelo

que é necessário para uma boa refrigeração, o que acaba tornando o cooler muito

pesado, e esse espaço que é ocupado pelo gelo, poderia ser ocupado com conteúdo

consumível, e mesmo com muito gelo, este acaba derretendo, o que faz com que a

parte interna ganhe calor muito rápido, necessitando de uma reposição, o que acaba

também trazendo uma segunda questão, o preço das reposições constantes de

gelo, uma vez que com a célula de Peltier, só é necessária a recarga das baterias

que alimentam o circuito, assim tornando o produto com rendimento e custo-

benefício bons.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Desenvolver um projeto de refrigeração portátil, com baixo custo, e bom

desempenho, executando sua função principal, manter a temperatura interna abaixo

dos 8ºC.

Ao ver que os coolers convencionais apresentam um rendimento regular, foi

pensado que poderia ser feito um tipo de refrigerador, de médio porte, mas com

rendimento superior, e com mais capacidade de refrigeração.


Com pesquisas de boca-a-boca, foi feito um teste de marketing com o produto, que

foi bastante aceito pelas famílias dos integrantes do grupo.

1.2.2 Objetivos Específicos

Utilizando a célula de Peltier e dissipadores de alta qualidade, é esperado que a

função refrigeradora aconteça de forma rápida e eficiente, assim concluindo o

objetivo programado para o projeto.

1.3 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

Para o desenvolvimento do projeto, como parte isolante de calor, será utilizada uma

caixa de isopor com dimensões internas de 35x19x28 (comprimento x largura x

altura) em centímetros, e com capacidade de 18 litros.

A duração aproximada da bateria é de aproximadamente 3,5 horas, com o conjunto

das duas baterias pesando 4Kg.

O transporte do refrigerador poderá ser feito por faixas diagonais (convencionais)

utilizadas em coolers comuns para ambientes externos, e para ambientes internos

haverá a opção de rodinhas na base para fácil deslocamento.

A capacidade de 18 litros é considerada média ao seguir o padrão de anúncios de

coolers com a mesma capacidade, onde as pequenas são de até 15 litros, e as

grandes são a partir de 40 litros.

.
1.4 RELEVÂNCIA DO ESTUDO

O foco do trabalho é melhorar a qualidade de produtos já disponíveis, como

frigobares e mini geladeiras, mas portáteis, para um uso externo e interno, como por

exemplo, em um quarto, em uma sala ou na beira de uma piscina.

O produto final é leve, possui facilidade de transporte devido à faixa diagonal, ou as

rodinhas, se tornando portátil, tem fácil manuseio, onde só há a necessidade de abrir

a tampa, colocar os itens consumíveis em seu interior, pressionar o botão para ligar

as baterias, não possui problemas de reposição de gelo e consequentemente a

acumulação de líquidos residuais em curto período, como por exemplo, em coolers

convencionais, onde é necessário repor o gelo, e tirar o excesso da água, que nada

mais é do que o gelo derretido.

Dessa forma o produto se torna um bom substituto portátil, pois além de todas as

vantagens que oferece, não custa tão caro quanto produtos mecânicos como

frigobares.

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

A finalidade do trabalho é a criação de um refrigerador portátil que tenha um fácil

transporte, um rendimento consideravelmente melhor do que coolers convencionais,

e que suporte uma carga mediana.

Sua principal função é obter temperaturas suficientes para manter o conteúdo

armazenado internamente resfriado em diversos ambientes, desde externos até

internos.
Para tornar o aparelho portátil, é necessário um método de refrigeração que não

possua motores nem fluidos refrigerantes, para ficar mais leve, facilitando o

transporte, e sabendo disso, foi utilizado como método de refrigeração o do efeito

Peltier, onde a célula de Peltier será alimentada por baterias seladas, que serão

associadas em paralelo para obter assim, um rendimento superior ao de uma bateria

individual.

Serão desenvolvidos circuitos secundários, como por exemplo um termômetro com

indicação de led’s e um medidor de carga das baterias também com indicação por

meio de led’s, que informarão a necessidade de recarga da bateria, que poderá ser

feita em qualquer tomada..


2. REVISÃO DA LITERATURA

O físico francês Jean Charles Athanase Peltier, por volta de 1834, observou que

quando há a passagem de uma corrente elétrica por junções de dois metais

diferentes, ocorre um efeito térmico, de gradiente de temperatura. Esse efeito foi

denominado efeito Peltier. Nesse efeito, o calor é transferido de um lado ao outro da

junção, onde o lado quente e o lado frio são determinados pelo sentido da corrente

que é aplicada nas junções, normalmente feitas de bismuto e antimônio.

Jean Charles, enviando uma corrente elétrica por um termopar feito de antimônio e

bismuto, conseguiu congelar uma gota de água, e essa foi a primeira demonstração

obtida de um tipo de refrigeração termelétrica.

Atualmente as células de Peltier são usadas para refrigeração de bancos de

automóveis, aquecedores de bebidas, refrigeradores pequenos e médios,

refrigeração de circuitos e refrigeração de computadores.

Baterias nada mais são do que geradores de uma diferença de potencial (d.d.p.), ou

seja, tensão, e existem modos de associações para que seja obtida a tensão, ou a

corrente desejada.

Essas associações podem ocorrer em série, onde o polo positivo de uma é ligado ao

polo negativo de outra, e nesse caso a tensão total, vai ser a soma das tensões

individuais de cada uma das baterias; e em paralelo, onde o polo positivo é ligado ao

polo positivo de outra bateria, e dessa mesma forma com o polo negativo. Nesse

caso, não é desejado o aumento de tensão, mas sim o de corrente, que será a soma

das duas correntes individuais de cada uma das baterias.

A duração das baterias é medida em Ampere-hora (Ah), onde a capacidade nominal

equivale à uma hora de uso, descarregando tal nível de corrente.


Atualmente existem diversos modelos de baterias, como por exemplo, baterias

VRLA (Valve Regulates Acid Batteries), também conhecidas como baterias seladas,

baterias alcalina e baterias de níquel-cádmio, as mais conhecidas.

Cada modelo de fabricação tem suas vantagens e suas desvantagens, e sendo cada

uma delas desenvolvida para um uso em específico.

Baterias VRLA, são mais utilizadas para aplicações como sistemas de segurança, e

aplicações estacionárias. Este tipo de bateria tem dois processos básicos de

fabricação: eletrólito em manta de fibra de vidro AGM (Absorbent Glass Mat) e Gel,

mas ambos os tipos citados tem como componente principal uma válvula reguladora

de pressão interna, que tem a finalidade de aliviar o excesso de hidrogênio liberado

durante o processo de recarga da mesma, que impede que o oxigênio do ambiente

seja injetado na reação, o que prejudicaria o rendimento e diminuiria a vida útil da

mesma.

Este modelo de bateria tem a vantagem de ser selada, pois não necessita

manutenção na parte interna da bateria, ter um custo relativamente baixo, e ter

resistência a grandes variações de temperatura e grande durabilidade, mas mesmo

assim apresenta algumas desvantagens, como por exemplo, o peso.

O poliestireno, mais conhecido no Brasil como Isopor, é inicialmente um líquido

derivado da indústria petroquímica, o monômero de estireno, que é uma eficiente

barreira contra o oxigênio e o vapor da água.

O motivo de o isopor ser um bom isolante térmico é sua composição, 98% feita de

ar, e apenas 2% de plástico. O principal isolante térmico do isopor, não é

necessariamente o plástico de sua composição, e sim o ar onde a transferência de

calor por condução é quase nula.


O medidor de carga da bateria e o termômetro foram feitos baseados em um circuito

integrado, o LM3914, que é um indicador de barra ou de ponto móvel que pode

acionar até 10 LEDs comuns a partir de uma tensão de referencia e uma entrada de

sinal.

O LM3914 pode ser configurado como uma barra móvel ou como ponto móvel, como

pode ser visto na Figura 8.

Individualmente cada LM3914 pode controlar até 10 LEDs, mas se for necessário o

uso de mais, é possível fazer a interligação de dois ou mais CI’s, tendo assim

indicadores com 20, 30 ou 40 LEDs.

O acionamento dos LEDs não é matricial, e sim independente o que torna possível

usar suas saídas para acionar outros tipos de cargas como transistores, SCRs e

TRIACs.

A alimentação deste CI pode ser feita com tensões a partir de 3V, o que faz com que

possa ser utilizado em aplicações alimentadas por pilhas ou baterias.

O LM3914 contém uma referencia interna de tensão e um divisor preciso de 10

etapas. A precisão do divisor é da ordem de 0,5% numa ampla faixa de temperaturas

de operação. Um “buffer” excita o circuito numa faixa de -35V a 35V.

São as seguintes principais características que o fabricante destaca neste

componente:

 Possibilidade de excitar LEDs, lâmpadas, displays, e outros tipos de

dispositivos indicadores;
 Operação tanto no modo ponto, como barra móvel, ambos sendo

selecionados externamente;
 Referencia de tensão interna de 1,2 a 12V;
 Operação com tensões a partir de 3V;
 Admite sinais negativos de entrada;
 Corrente de saída programável entre 2mA a 30mA;
 Não há multiplicação das saídas;
 Pode interfacear diretamente circuitos TTL e CMOS.
A série de sensores LM35 é um circuito integrado de precisão para medição de

temperatura, e sua saída de tensão é linearmente proporcional a temperatura em

graus Celsius.

É um componente de fácil manuseio, pois não necessita de nenhum tipo de

calibração externa para prover uma precisão de ± ¼ ºC em temperatura ambiente e

±¾ ºC ára um alcance total de -55 até +150ºC.

No sensor LM35, a tensão de saída é de 10mV por grau centígrado.

Podemos citar como principais características:

 Escala em graus Celsius;


 Encapsulamento que evita corrosão interna;
 Trabalho com alimentação entre 4 e 30V;
 Alto alcance de temperaturas;
 Baixa impedância de saída, 0,1 Ω para 1mA de carga.

Como caixa externa, será utilizada o MDF (medium-density fingerboard), um material

derivado da madeira, que é um uniforme, plano, denso, e consideravelmente leve, o

que é necessário para o projeto.

Em termos de resistência mecânica, é mediano, pois é fabricado através da

aglutinação de fibras de madeira com resinas sintéticas e outros aditivos.

A madeira é inicialmente desfibrada, e estas partes são cozidas no vapor e na

pressão, se separando uniformemente. Posteriormente são ligados com resinas e

passam pelo processo de prensagem, que é onde será dado o tamanho desejado.

A caixa terá tamanho de 60x35x35 (comprimento x largura x altura) em centímetros.

Foi escolhido este tamanho para deixar tanto as baterias, quanto os circuitos com

boa ventilação.
3. PROPOSIÇÃO

A proposta do trabalho é desenvolver um aparelho refrigerador, cujo método de

resfriamento vai obedecer ao efeito Peltier, que atualmente já é utilizado para

resfriamento, no caso de computadores e bebidas, e aquecimento, como é o caso

dos aquecedores para bebidas quentes.

A alimentação das células de Peltier precisa seguir o datasheet do componente, que

diz que a corrente máxima suportada é de aproximadamente 6.4A e a tensão de

alimentação máxima é entre 14 e 16V. Dessa forma foram escolhidas duas baterias

VRLA de 12V e 7Ah.

Para o aumento da duração da bateria, foi escolhido o método em paralelo, pois

seria mais viável utilizar duas baterias de 7Ah, do que uma bateria de 12Ah, que tem

menor capacidade, e a diferença de peso é muito pequena, e do que uma de 18Ah,

que por ter maior capacidade, tem um custo mais elevado, e pesa por volta de 2Kg a

mais, o que pode se tornar um incômodo na hora de carregar.

O isopor foi escolhido como isolante principal do conteúdo consumível por ter seu

custo baixo, e apresentar uma alta eficiência na isolação do calor externo para a

parte interna do refrigerador.


4. MÉTODO

O método utilizado ao se trabalhar com a célula de Peltier foi o empírico, também

conhecido como método de tentativa e erro, onde é testado o rendimento da própria

célula, em questão de temperatura alcançada em lado frio, e a dissipação eficiente

no lado quente.

Para a dissipação do lado quente, será utilizado um dissipador de alumínio, para

retirar a concentração do calor no lado quente da célula, e para esfriar ainda mais o

dissipador, que fará a condução do calor, um mini ventilador, também conhecido

como cooler, que fará a remoção do calor no dissipador.

Serão desenvolvidos circuitos para o monitoramento do produto final, como por

exemplo, a medição de carga da bateria, para quem estiver utilizando o refrigerador,

saber quando será necessária a recarga das baterias, e um circuito medidor de

temperatura, que utiliza como sensor, o LM35.

A pesquisa de aceitação da sociedade será executada com pessoas da média

classe média, onde serão feitas perguntas como:

 Aprova a necessidade de um produto com esta finalidade?

 Compraria o produto final?

 A capacidade é suficiente?

 A faixa de preço está dentro dos limites?

As opções de resposta seriam o sim e o não.


5. RESULTADOS

Para definir a dissipação do Peltier, é utilizada a fórmula P=V.I, onde a tensão e a

corrente da bateria seriam respectivamente 12V e 4A, assim tendo uma dissipação

de 48W, e com esses valores, de acordo com a tabela de descarga da bateria,

teríamos uma duração de aproximadamente 3,5 horas de funcionamento sem

interrupções.

Com os testes iniciais realizados foi constatado que no momento em que a energia é

ligada ao Peltier, o mesmo consome um valor entre 1A e 1,5A, tornando estável em

4A após algo em torno de um minuto, fazendo com que a bateria dure as 3,5 horas,

como era esperado.

Como referência, foram obtidos valores de temperatura obtidos de uma geladeira

comum, com os valores do recipiente (lata de alumínio) e do conteúdo interno

(líquido), respectivamente 11,7ºC e 4,5ºC, como pode ser visto na Figura 25.

Após o circuito principal, o de alimentação do Peltier, ligado, foi colocado o mesmo

tipo de recipiente com o mesmo tipo de líquido, e foram obtidas as temperaturas, do

recipiente e do conteúdo interno, respectivamente 13ºC e 6,7ºC, como pode ser visto

na figura 26.

Os resultados obtidos foram considerados como satisfatórios tendo em vista que o

projeto prevê um circuito que mantem a temperatura por uma quantidade longa de

tempo com temperaturas bastante parecidas com o momento que o mesmo foi

retirado de um aparelho cuja função é resfriar, gelar, somente aumentando 2ºC na

temperatura do conteúdo.
REFERÊNCIAS

BATERIAS SELADAS <http://www.bbc.com.br/batselmsie.htm> Acesso em 9/11/13, as


14:05.

CONHEÇA O LM3914 (ART087). Instituto Newton C. Braga


<http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/como-funciona/748-conheca-o-lm3914-art087>
Acesso em:14/05/14, as 10:13.

<http://www.peltier.com.br/intro.htm> Acesso em: 30/10/13, as 19:55.

<http://www.sunrom.com/media/files/p/140/3802-datasheet.pdf> (visualizado 03/09/2013, as


22:11)

<http://www.unipower.com.br/index.php?/UP1270-SEG-Linha-SEG.html> Acesso em:


14/05/14, as 9:43.

NETTO, Prof. L. F. TERMOELETRICIDADE.


<http://www.feiradeciencias.com.br/SALA12/12_08.ASP> Acesso em: 30/10/13, as 20:33.

OLIVEIRA, A. R. P.; LEISMANN, I. A. COOLER PELTIER MICROCONTROLADO. Paraná:


PUCPR, 2007 <http://www.ppgia.pucpr.br/~santin/ee/2007/1s/3/> Acesso em: 13/8/13, as
15:18.

PROJETO EXPERIMENTOS DE FÍSICA COM MATERIAIS DO DIA-A-DIA. São Paulo:


UNESP/BAURU < http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/ele08.htm> Acesso em:
3/11/13, as 21:45.

REIS, M. dos. LM35 – SENSOR DE TEMPERATURA. 2010.


<http://baudaeletronica.blogspot.com.br/2010/11/lm35-sensor-de-temperatura.html>. Acesso
em 25/05/14, as 21:36.

REVISTA SABER ELETRÔNICA – Ano 44 – Nº423 – Abril/2008.


<http://www.sabereletronica.com.br/artigos-2/1610-caixa-trmica-para-bebidas-efeito-peltier-
parte-1?showall=&start=1> Acesso em: 3/11/13, as 22:03.

SOUZA, L. A. TIPOS DE BATERIAS <http://www.mundoeducacao.com/quimica/tipos-


baterias.htm> Acesso em: 9/11/13, as 13:48.

TIPOS BATERIAS <http://www.electronica-pt.com/index.php/content/view/281/222/> Acesso


em: 9/11/13, as 13:22.
ZHU, Min. Electrical Engineering and Control: Selected Papers from de 2011
International Conference on Electric and Electronics (EEIC 2011) in Nanchang, China
on June 2011. Volume 2. China: Springer, 2011. Disponível em:
<http://books.google.com.br/books?id=l3KvVMjamcEC&pg=PA152&dq=sensor+lm-35&hl=pt-
BR&sa=X&ei=_3qCU_CND-_QsQTko4DAAw&ved=0CEkQ6AEwAA#v=onepage&q=sensor
%lm-35&f=false>. Acesso em 25/05. 2014. 20:45.
ANEXO A – GRÁFICOS PELTIER TEC1-12706
ANEXO B – TABELA DE DESCARGA PARA CORRENTE CONSTANTE (A) À

25ºC (ADAPTADA)

Tensão 30m 1h 3h
10,2V 7,51 A 3,93 A 1,69 A
10,5V 7,15 A 3,79 A 1,63 A
10,8V 6,75 A 3,64 A 1,56 A
ANEXO C – ASSOCIAÇÃO DE BATERIAS EM SÉRIE E PARALELO
ANEXO D – DATASHEET BATERIA UNIPOWER UP1270SEG
ANEXO E – DATASHEET TEC1-12706
ANEXO F – GRÁFICO DE PERFORMANCE LM35
ANEXO G – EFEITOS POSSÍVEIS COM O LM3914
ANEXO H – PINAGEM DIL18 DO LM3914
ANEXO I – DIAGRAMA DE BLOCOS CORRESPONDENTE ÀS FUNÇÕES

INTERNAS DO LM3914
APÊNDICE A – DIMENSOES INTERNAS DA CAIXA DE ISOPOR

19 cm

28 cm

35 cm
APÊNDICE B – FORMULÁRIO DE PESQUISA

REFRIGERADOR PORTÁTIL SIM NÃO

Aprova a necessidade de um
produto com esta finalidade?

Compraria o produto final?

A capacidade é suficiente?

A faixa de preço está dentro


dos limites?
APÊNDICE C – GRÁFICOS DA PESQUISA DE MARKETING
APÊNDICE D – DIAGRAMA DE BLOCOS
APÊNDICE E – CIRCUITO DE ALIMENTAÇÃO DO PELTIER
APÊNDICE F – ESQUEMA ELÉTRICO MEDIDOR DE CARGA
APÊNDICE G – ESQUEMA ELÉTRICO TERMÔMETRO
APÊNDICE H – ESQUEMA ELÉTRICO CARREGADOR DA BATERIA
APÊNDICE I – FOTOS DO PROJETO

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