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AS CONSEQUÊNCIAS DO TRÁFICO DE ESCRAVOS
TRÁFICO DE ESCRAVOS
Por outra parte, nos primeiros tempos da invasão espanhola do Caribe, também
os índios foram transportados à Espanha como escravos, mas sucumbiram rapidamente.
No entanto, este primeiro tráfico negreiro, por deplorável que fosse, não poderia ter
ganho a mesma gravidade que a que seguiu. Mas teve como consequência que se
inaugurasse a segunda onda de tráfico por meio da deportação de escravos africanos ao
Haiti e Cuba, não partindo da África, mas de Espanha, onde eram empregados nos
campos.
As exigências dos negreiros, que vão aumentando sem parar, sobretudo quando
se passa da necessidade de mão nas minas às plantações açucareiras e de outro tipo,
geram uma profunda desestruturação de toda a vida política, económica e social da maior
parte do continente, pois a caça da matéria-prima que virou o escravo (para o capitalismo
europeu) vai deixando-se sentir cada vez mais longe, nas terras do interior.
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As guerras vão multiplicar-se para assegurar o abastecimento de escravos e os
postos negreiros não deixam de alimentá-las, proporcionando armas e fomentando
intrigas políticas. Uns estados vão desintegrar-se, enquanto outros basearão o seu poder
e a sua (relativa) riqueza no controle do comércio escravista.
As estruturas de intermediários são cada vez mais importantes para a sua vida e
existência. Assinalemos que isto concerne aos povos dotados de uma certa estrutura
estatal mais ou menos desenvolvida.
Os negreiros não ignoram que existem povos africanos sem estado, os balantes
da Guiné Bissau, por exemplo, mas apenas lhes interessam porque precisam de um
poder com o que tratar, quer dizer, no qual influir.
Aos finais do séc. XVIII, uma cultura brilhante, de mais de dois séculos de
vida, tinha-se transformado num vasto campo de confrontos contínuos, que ganharam
para Benim o triste apelido de „sangrento‟. Os estados do litoral e os que estavam
relativamente perto deles, lograram uma remodelação institucional e instauraram poderes
fortes. Na região de Senegâmbia, por exemplo, as estruturas políticas tradicionais
sofreram profundas transformações.
O LEGADO DA ESCRAVIDÃO
Mais tarde, o problema foi agravado, e generalizado, pelo fato de a África ter
sido dividida em países artificiais, forjados pela régua dos burocratas da Organização
das Nações Unidas (ONU) após a Segunda Guerra Mundial. Sem levar em conta a
cultura local, a ONU subjugou ao tacão de líderes não reconhecidos como tal, povos
com hábitos, idiomas e economias diversas.
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CONCLUSÃO
Depois de termos feito uma pesquisa deste trabalho com o tema acima
mencionado, chegamos à conclusão que a escravidão foi uma instituição presente na
maior parte do mundo. Na África, ela surgiu antes mesmo da era dos descobrimentos
marítimos dos europeus. Desde a antiguidade clássica, escravos negros eram vendidos
para os mercados da Europa e da Ásia através do Deserto do Saara, do Mar Vermelho
e do Oceano Índico. Eles eram vendidos entre os egípcios, os romanos e os
muçulmanos, mas há notícias de escravos negros vendidos em mercados ainda mais
distantes, como a Pérsia e a China, onde eram recebidos como mercadorias exóticas.
Na própria África, os africanos serviam como escravos em diversas funções, desde
simples trabalhadores até comandantes ou altos funcionários de Estado. Portanto, tanto
a escravidão como o comércio africano de escravos precederam à chegada dos
europeus e à abertura do comércio marítimo com o Novo Mundo.
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BIBLIOGRAFIA
Google
A África e a Escravidão de 1500 à 1700.
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