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CANÇÃO DO TAMOIO

(CANÇÃO NATALÍCIA)
I IV VII X
Não chores, meu filho; Domina, se vive; E a mão nessas tabas, As armas ensaia,
Não chores, que a vida Se morre, descansa Querendo calados Penetra na vida:
É luta renhida: Dos seus na lembrança, Os filhos criados Pesada ou querida,
Viver é lutar. Na voz do porvir. Na lei do terror; Viver é lutar.
A vida é combate, Não cures da vida! Teu nome lhes diga, Se o duro combate
Que os fracos abate, Sê bravo, sê forte! Que a gente inimiga Os fracos abate,
Que os fortes, os bravos Não fujas da morte, Talvez não escute Aos fortes, aos bravos,
Só pode exaltar. Que a morte há de vir! Sem pranto, sem dor! Só pode exaltar.
II V VIII
Um dia vivemos! E pois que és meu filho, Porém se a fortuna, (1851)
O homem que é forte Meus brios reveste; Traindo teus passos, Gonçalves Dias
Não teme da morte; Tamoio nasceste, Te arroja nos laços
Só teme fugir; Valente serás. Do inimigo falaz!
No arco que entesa Sê duro guerreiro, Na última hora
Tem certa uma presa, Robusto, fragueiro, Teus feitos memora,
Quer seja tapuia, Brasão dos tamoios Tranquilo nos gestos,
Condor ou tapir. Na guerra e na paz. Impávido, audaz.
III VI IX
O forte, o cobarde Teu grito de guerra E cai como o tronco
Seus feitos inveja Retumbe aos ouvidos Do raio tocado,
De o ver na peleja D'imigos transidos Partido, rojado
Garboso e feroz; Por vil comoção; Por larga extensão;
E os tímidos velhos E tremam d'ouvi-lo Assim morre o forte!
Nos graves concelhos, Pior que o sibilo No passo da morte
Curvadas as frontes, Das setas ligeiras, Triunfa, conquista
Escutam-lhe a voz! Pior que o trovão. Mais alto brasão.

CANÇÃO DO TAMOIO
(CANÇÃO NATALÍCIA)
I IV VII X
Não chores, meu filho; Domina, se vive; E a mão nessas tabas, As armas ensaia,
Não chores, que a vida Se morre, descansa Querendo calados Penetra na vida:
É luta renhida: Dos seus na lembrança, Os filhos criados Pesada ou querida,
Viver é lutar. Na voz do porvir. Na lei do terror; Viver é lutar.
A vida é combate, Não cures da vida! Teu nome lhes diga, Se o duro combate
Que os fracos abate, Sê bravo, sê forte! Que a gente inimiga Os fracos abate,
Que os fortes, os bravos Não fujas da morte, Talvez não escute Aos fortes, aos bravos,
Só pode exaltar. Que a morte há de vir! Sem pranto, sem dor! Só pode exaltar.
II V VIII
Um dia vivemos! E pois que és meu filho, Porém se a fortuna, (1851)
O homem que é forte Meus brios reveste; Traindo teus passos, Gonçalves Dias
Não teme da morte; Tamoio nasceste, Te arroja nos laços
Só teme fugir; Valente serás. Do inimigo falaz!
No arco que entesa Sê duro guerreiro, Na última hora
Tem certa uma presa, Robusto, fragueiro, Teus feitos memora,
Quer seja tapuia, Brasão dos tamoios Tranquilo nos gestos,
Condor ou tapir. Na guerra e na paz. Impávido, audaz.
III VI IX
O forte, o cobarde Teu grito de guerra E cai como o tronco
Seus feitos inveja Retumbe aos ouvidos Do raio tocado,
De o ver na peleja D'imigos transidos Partido, rojado
Garboso e feroz; Por vil comoção; Por larga extensão;
E os tímidos velhos E tremam d'ouvi-lo Assim morre o forte!
Nos graves concelhos, Pior que o sibilo No passo da morte
Curvadas as frontes, Das setas ligeiras, Triunfa, conquista
Escutam-lhe a voz! Pior que o trovão. Mais alto brasão.

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