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Gonçalves Dias
- Basta! Clama o
chefe dos Timbiras,
- Basta, guerreiro O guerreiro parou,
ilustre! Assaz caiu nos braços
(suficiente) lutaste, Do velho pai, que o
E para o sacrifício cinge contra o
é mister (emprego) peito,
forças. Com lágrimas de
júbilo bradando:
"Este, sim, que é
meu filho muito
amado!
Um velho Timbira, "Eu vi o brioso no
coberto de glória, largo terreiro
Guardou a memória Cantar prisioneiro
Do moço guerreiro, Seu canto de
do velho Tupi! morte, que nunca
E à noite, nas tabas, esqueci:
se alguém duvidava Valente, como era,
Do que ele contava, chorou sem ter
Dizia prudente: - pejo;
"Meninos, eu vi! Parece que o vejo,
Que o tenho
nest’hora diante de
mi.
"Eu disse comigo: Que infâmia d’escravo!
Pois não, era um bravo;
Valente e brioso, como ele, não vi!
E à fé que vos digo: parece-me encanto
Que quem chorou tanto,
Tivesse a coragem que tinha o Tupi!“
Assim o Timbira, coberto de glória,
Guardava a memória
Do moço guerreiro, do velho Tupi.
E à noite nas tabas, se alguém duvidava
Do que ele contava,
Tornava prudente: "Meninos, eu vi!".