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Romantismo brasileiro

Módulo 1 : Literatura brasileira


O romantismo:
● O romantismo faz referência à estética definida pela
expressão da imaginação, das emoções e da individualidade
do artista. Representa uma ruptura do padrão clássico.
○ Valorização do indivíduo
○ Divulgação dos valores burgueses.
○ Exaltação da pátria e dos símbolos nacionais.
ROMANCE:
● Romance romântico europeu.
● Contexto brasileiro.
● Valores burgueses (esforço do trabalho, saga do herói).
Contexto histórico:
● Revolução francesa.
● Crição da Imprensa Régia.
● Chegada dos portugueses ao Brasil (1808).
● Ascensão burguesa.
Primeira fase.
A busca pela identidade, a ?
escolha da utopia.
I -juca-pirama - Gonçalves E os campos talados,
Já vi cruas brigas,
Dias E os arcos quebrados,
De tribos imigas,
E as duras fadigas E os piagas coitados
Meu canto de morte, Já sem maracás;
Guerreiros, ouvi: Da guerra provei;
Nas ondas mendaces E os meigos cantores,
Sou filho das selvas, Servindo a senhores,
Nas selvas cresci; Senti pelas faces
Os silvos fugaces Que vinham traidores,
Guerreiros, descendo Com mostras de paz.
Da tribo tupi. Dos ventos que amei.

Da tribo pujante, Andei longes terras


Lidei cruas guerras, Aos golpes do inimigo,
Que agora anda errante Meu último amigo,
Por fado inconstante, Vaguei pelas serras
Dos vis Aimoréis; Sem lar, sem abrigo
Guerreiros, nasci; Caiu junto a mim!
Vi lutas de bravos,
Sou bravo, sou forte, Com plácido rosto,
Sou filho do Norte; Vi fortes — escravos!
De estranhos ignavos Sereno e composto,
Meu canto de morte, O acerbo desgosto
Calcados aos pés.
Guerreiros, ouvi. Comigo sofri. (...)
Primeira geração: Romance indianista

● Ideal de herói nacional.

● Super-humano, com poderes e características fantásticas.

● Exaltação do discurso voltado para a natureza e para a

honra.

● Narrativa que remete ao passado histórico e ao processo de


Autores:

● Gonçalves de Magalhães.

● Antônio Gonçalves Dias.

● Joaquim Manuel de Macedo.

● José de Alencar.
(Enem – 2009) Minha terra tem primores,
TEXTO A Que tais não encontro eu cá;
Canção do exílio Em cismar - sozinho, a noite -
Minha terra tem palmeiras, Mais prazer eu encontro la;
Onde canta o Sabiá; Minha terra tem palmeiras
As aves, que aqui gorjeiam, Onde canta o Sabiá.
Não gorjeiam como lá. Não permita Deus que eu morra,
Nosso céu tem mais estrelas, Sem que eu volte para lá;
Nossas várzeas têm mais flores, Sem que desfrute os primores
Nossos bosques têm mais vida, Que não encontro por cá;
Nossa vida mais amores. Sem qu'inda aviste as palmeiras
[...] Onde canta o Sabiá.
TEXTO B Não permita
Canto de regresso à Pátria Deus que eu morra
Minha terra tem palmares Sem que volte para lá
Onde gorjeia o mar Não permita Deus que eu morra
Os passarinhos daqui Sem que volte pra São Paulo
Não cantam como os de lá Sem que eu veja a rua 15
Minha terra tem mais rosas E o progresso de São Paulo.
E quase tem mais amores ANDRADE, O. Cadernos de
Minha terra tem mais ouro poesia do aluno Oswald. São
Paulo: Cfrculo do Livro. s/d.
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Os textos A e B, escritos em contextos históricos e culturais diversos, enfocam o
mesmo motivo poético: a paisagem brasileira entrevista a distância. Analisando-os,
conclui-se que:
a) o ufanismo, atitude de quem se orgulha excessivamente do país em que nasceu, é
o tom de que se revestem os dois textos.
b) a exaltação da natureza é a principal característica do texto B, que valoriza a
paisagem tropical realçada no texto A.
c) o texto B aborda o tema da nação, como o texto A, mas sem perder a visão crítica
da realidade brasileira.
d) o texto B, em oposição ao texto A, revela distanciamento geográfico do poeta em
relação à pátria.
e) ambos os textos apresentam ironicamente a paisagem brasileira.

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