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Romantismo

Profa. Letícia Pereira


Contexto Histórico
Surge na Europa Séc. XVIII - Oposição ao Arcadismo

Revolução Francesa
Ascensão da burguesia (Rev. Industrial)
Chegada da Família Real (Brasil)
Independência do Brasil

Brasil e Portugal - Romantismo séc. XIX


Portugal: "Camões" - Almeida Garrett (1825)
Brasil: "Suspiros poéticos" - Gonçalves de Magalhaes (1836)
Características
Oposição ao modelo clássico
Cristianismo
Individualismo / Subjetivismo
Nacionalismo (cor local)
Natureza pátria
Criação de Herói nacional
Sentimentalismo exacerbado
Escapismo (suicídio)
Reividicação da autoria
Versos livres e brancos
Prosa - Poesia - Teatro
Folhetins - Romances
POESIA
1ª Geração - Indianista ou nacionalista
Índio como herói nacional
Gonçalves Dias
Natureza pátria

2ª Geração - ultrarromântica ou de mal do século


Morte como solução de conflitos
Alvares Azevedo
Sentimentalismo exacerbado
Casimiro de Abreu
Pessimismo (Lord Byron)

3ª Geração - condoreira ou humanista


Temas sociais
Castro Alves
Influência de Victor Hugo
lírica amorosa
Não chores, meu filho; III
Não chores, que a vida O forte, o cobarde
É luta renhida: Seus feitos inveja
Viver é lutar. De o ver na peleja
A vida é combate, Garboso e feroz;
Que os fracos abate, E os tímidos velhos
Que os fortes, os bravos, Nos graves concelhos,
Só pode exaltar. Curvadas as frontes,
II Escutam-lhe a voz!
Um dia vivemos! IV
O homem que é forte Domina, se vive;
Não teme da morte; Se morre, descansa
Só teme fugir; Dos seus na lembrança, Na voz do
Canção do Tamoios No arco que entesa porvir. Não cures da vida! Sê bravo,
GONÇALVES DIAS Tem certa uma presa, sê forte! Não fujas da morte, Que a
Quer seja tapuia, morte há de vir!
Condor ou tapir.
Minha desgraça
Alvares de Azevedo

Minha desgraça, não, não é ser poeta,


Nem na terra de amor não ter um eco,
E meu anjo de Deus, o meu planeta
Tratar-me como trata-se um boneco...

Não é andar de cotovelos rotos,


Ter duro como pedra o travesseiro...
Eu sei... O mundo é um lodaçal perdido
Cujo sol (quem mo dera!) é o dinheiro...

Minha desgraça, ó cândida donzela,


O que faz que o meu peito assim blasfema,
É ter para escrever todo um poema,
E não ter um vintém para uma vela.
Oh ! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!

Casimiro de Abreu
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
Meus 8 anos
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
– Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é – lago sereno,
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d’amor ! (...)
O Navio Negreiro - Castro Alves
Canção do Exílio
Gonçalves Dias

Minha terra tem palmeiras,


Onde canta o Sabiá, Minha terra tem primores,
As aves, que aqui gorjeiam, Que tais não encontro eu cá;
Não gorjeiam como lá. Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer eu encontro lá;
Nosso céu tem mais estrelas, Minha terra tem palmeiras
Nossas várzeas tem mais flores, Onde canta o Sabiá.
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores. Não permita Deus que eu morra,
[...] Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras
Onde canta o Sabiá.
Canto de regresso à Pátria
Oswald Andrade

Minha terra tem palmares


Paródia Modernista
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Minha terra tem mais rosas
Não permita Deus que eu morra
E quase tem mais amores
Sem que volte para lá
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que eu veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo
PROSA
ROMANCE URBANO
José Manuel de Macedo
Retrata pequena burguesia
Manuel Antônio de Almeida
Relações sociais e morais

ROMANCE REGIONAL
Bernardo Guimarães
Valorização dos sertanejos
Visconde de Taunay
Linguagem regional
Costumes e cultura do povo

ROMANCE NACIONAL
José de Alencar
Valorizar herói nacional (Índio)
Código de honra do Cavaleiro Medieval
Etnocentrismo

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