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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

6o EP 2008/2 AR Lic. em Matemática Semana 5 - Aulas 10 e 11 Versão Tutor Coord. H. Clark

Ex. 1 Mostre que


1 1 1 1
+ + + · · · + n−1 ≤ 1 para todo n ∈ N − {1}.
2 4 8 2
Demonstração- Seja
1 1 1 1
Sn = + + + · · · + n−1 para todo n ∈ N − {1}. (1)
2 4 8 2
Daı́,
1 1 1 1 1
Sn = + + · · · + n−1 + n para todo n ∈ N − {1}. (2)
2 4 8 2 2
Sobtraindo (2) de (1) tem-se
1 1 1 1
Sn = − n ⇐⇒ Sn = 1 − n−1 para todo n ∈ N − {1}.
2 2 2 2
1
Como 2n−1
≤ 1 para todo n ∈ N − {1}, então Sn ≤ 1 para todo n ∈ N − {1}
Ex. 2 Mostre que

X ∞
X ∞
X
1 2n+1 18
(a) = 1; (b) = ; (c) 32n 81−n diverge.
2n 32n 7
n=1 n=1 n=1
Demonstração- (a) Há duas maneiras usuais de mostra a convergência acima, a saber
• usando a série geométrica, isto é, a convergência

X α
αβ n−1 = quando |β| < 1,
1−β
n=1

e observando que

1 ³ 1 ´n−1

X ∞
X
1 1
= para α=β=
2n 2 2 2
n=1 n=1
1³ 1 ´
= = 1,
2 1 − 1/2
• usando que a n-ésima soma parcial associada
1 1 1
Sn = + 2 + · · · + n−1 ,
2 2 2

1
pode ser expressa por meio da identidade
³ 1 ´n ³ 1 ´³ 1 1 1 ´
1− = 1− 1 + + 2 + · · · + n−1
2 2 2 2 2
³ 1´
= 1− (1 + Sn ).
2
Então ³ ´n
1 − 12
1 + Sn = ³ ´ = 2[1 − (1/2)n ].
1
1− 2

Portanto,
1 + lim Sn = 2 ⇐⇒ lim Sn = 1.
n−→∞ n−→∞

Daı́, tem-se a convergência desejada


(b) O termo geral an da série é dado por

2n+1 2n 2 ³ 2 ´n
an = = = 2 .
32n (32 )n 9

Portanto, trata-se de um caso particular de série geométria, com α = 2 e β = 2/9. Logo,



X ∞ ³ ´
X
2n+1 2 n 2 18
= 2 = =
32n 9 1 − 2/9 7
n=1 n=1


X
(c) Reescrevendo a série 32n 81−n tem-se
n=1


X ∞
X ∞
X µ ¶n−1
2n 1−n 9n 9
3 8 = n−1
= 9 .
8 8
n=1 n=1 n=1

Portanto, tem-se uma série do tipo geométrica com α = 9 e β = 9/8 ≥ 1. Logo, divegente
X∞
1
Ex. 3 Mostre que a série (série hormônica) é divergente.
n
n=1
Demonstração- Há algumas maneiras de mostra a divergência da clássica série homônima, talvez a
mais simples seja usando o critério de Cauchy. De fato, considerando as seguintes somas parciais da
série da homônima
1 1 1 1 1 1
Sn = 1 + + ··· + e S2n = 1 + + ··· + + + ··· + ,
2 n 2 n n+1 2n
tem-se
1 1 1 1 1
S2n − Sn = + ··· + ≥ + ··· + = .
n+1 2n 2n 2n 2

X 1
Logo, para ² ≤ 1/2 as sucessões (Sn ) e (S2n ) não satisfazem o critério de Cauchy. Logo, é
n
n=1
divergente
Ex. 4 Mostre que

2

X ∞
X
ln n (−1)n+1
(a) é divergente; (b) não é absolutamente convergente.
n n
n=1 n=1
Demonstração- (a) Note que ln n > 1 para n ≥ 3. Daı́,

ln n 1
> para n ≥ 3.
n n
Logo, usando Ex. 3 e o teste de comparação conclui-se que a série é de fato divergente
(b) Note que esta série é convergente. Veja Exemplo 10.3 (e), pag. 142 do Módulo I. Ela não
converge em módulo, pois
∞ ¯
X ¯ ∞
¯ (−1)n+1 ¯ X 1
¯ ¯= . E esta é a série harmônica
¯ n ¯ n
n=1 n=1

Ex. 5 Mostre que


X∞ ³ n ´ ∞
X ³ n ´ ∞
X 1
(a) ln é divergente; (b) (−1)n ln é convergente; (c) é
n+1 n+1 n(n + 1)
n=1 n=1 n=1
convergente.
Demonstração- (a) Usando a propriedade: ln(a/b) = ln a − ln b para todo a, b > 0, tem-se

X ³ n ´ X∞
ln = [ln n − ln(n + 1)].
n+1
n=1 n=1

Daı́, as reduzidas da série é uma soma telescópica, a saber,

Sn = (ln 1 − ln 2) + (ln 2 − ln 3) + · · · + (ln(n − 1) − ln n) = − ln n.

Assim, lim Sn = −∞. Logo, a série é de fato divergente


n−→∞
(b) Sendo o termo geral da série dada por an = ln (n/(n + 1)), tem-se que an < an+1 para todo
n
n ∈ N, pois n2 + 2n < n2 + 2n + 1 ⇐⇒ n+1 < n+1
n+2 . Além disso,
³ n ´ ³ 1 ´
lim an = lim ln = lim ln = ln 1 = 0.
n−→∞ n−→∞ n+1 n−→∞ 1 + 1/n

Logo, pelo teorema de Leibniz a série é convergente. Conclua que a convergência desta série não é
absoluta. Por quê?
(c) Como

X 1 X³1 1 ´

= −
n(n + 1) n n+1
n=1 n=1

então as reduzidas da série é também uma soma telescópica, a qual é dada por,

Sn = (1 − 1/2) + (1/2 − 1/3) + · · · + (1/(n − 1) − 1/n) = 1 − 1/n.

Assim, lim Sn = 1. Logo, a série convergente para 1


n−→∞

X 3
Ex. 6 Mostre que converge para 1.
(3n − 2)(3n + 1)
n=1

3
Demonstração- O modo mais comum de determinar-se o limite de uma série é por meio das reduzidas
desta série. Assim, usando frações parciais tem-se que
3 1 −1
= + .
(3n − 2)(3n + 1) 3n − 2 3n + 1
Daı́, as reduzidas associadas à série dada por
³ 1´ ³1 1´ ³1 1´ ³ 1 1 ´ 1
Sn = 1 − + − + − + ··· + − =1− .
4 4 7 7 10 3n − 2 3n + 1 3n + 1
Assim, Sn = 3n/(3n + 1) e lim Sn = 1. Logo,
n−→∞

X 3
=1
(3n − 2)(3n + 1)
n=1

Ex. 7 Justifique a convergência das séries abaixo sem ter que explicitar seus respectivos limites.
X∞ ∞
X X∞
(−1)n (−1)n (−1)n n
(a) ; (b) n
; (c) .
n n2 n2 − 5
n=1 n=1 n=3
Respostas- (a) O termo an = 1/n é decrescente, pois an /an+1 = 1 + 1/n > 1, o que acarreta
an+1 < an para todo n ∈ N, e lim an = 0. Logo, pelo Critério de Leibniz a série é convergente.
n−→∞
Os itens (b) e (c) são feitos de modo similares. Verifique-os!
Ex. 8 Mostre que a série

X (−1)n nn
n!
n=3
é divergente.
Demonstração- Este exercı́cio é uma aplicação direta do Teste da Razão e do limite fundamental
³ 1 ´n
lim 1 + = e,
n−→∞ n
onde e ' 2.7 · · ·. De fato, sendo an = nn /n!, então da identidade
µ ¶
an+1 (n + 1)n+1 n! n+1 n
= =
an (n + 1) n! n
tem-se que
an+1
lim = e ≥ 1.
n−→∞ an
Logo, a série é divergente
P∞
Ex. 9 Considere a série nxn para x ∈ R. Estabeleça condições restritivas sobre x de modo que a
n=1
série dada seja convegente.
Resposta- Pelo teste da razão (teste de d’Alembert), tem-se
µ ¶
un+1 (n + 1)xn+1 n+1 1
= =x =x 1+ .
un nxn n n
Assim, µ ¶
un+1 1
lim = x lim 1 + = x.
n−→∞ un n−→∞ n
Logo, a série converge se |x| < 1

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