Você está na página 1de 27

FORMAÇÃO DA

ECONOMIA
GLOBAL
Profª Luna de Freitas Araújo
CONTEXTO HISTÓRICO-GEOGRÁFICO
A maior parte das sociedades se desenvolveram através de
interação com outras sociedades, por meio de intercâmbio
de produtos, técnicas e culturas. Entretanto, durante a maior
parte da história humana, esses intercâmbios não tiveram
um alcance verdadeiramente planetário. A integração
mundial, que conecta povos e lugares atualmente, resultou
de um processo de longa duração.
COLONIALIS
MO E
INTEGRAÇÃO
MUNDIAL
A expansão comercial no século XV e XVI, dada pelas
Grandes Navegações, impulsionou potências como
Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Holanda para a
busca de matérias-primas fora dos limites do mundo
conhecido pelos europeus. Este foi um momento crucial do
processo de integração mundial.
MERCANTILISMO
 Na época dessas navegações, as monarquias renascentistas europeias seguiam a doutrina econômica
conhecida como mercantilismo, onde os metais preciosos eram a medida de riqueza de um estado.

 Acúmulo de riquezas por meio de uma balança comercial favorável:

Valor das exportações (+)

Valor das importações (-)

 Colonização europeia na América baseada no mercantilismo.


 Exclusivo colonial ou pacto colonial: cada colônia só podia fazer comércio com seu país colonizador,
fornecendo principalmente metais preciosos e produtos agrícolas tropicais.

 O colonialismo foi essencial para o desenvolvimento da economia mundial, pois permitiu o acúmulo
de capitais e gerou condições para que ocorresse a Revolução Industrial.

 Consequências do colonialismo:
 colônias com suas populações nativas praticamente dizimadas;
 Subordinação por um longo período ao pacto colonial.
A internacionalização da economia e a
interdependência econômica entres os
países se acentuaram nos séculos XIX e XX,
período marcado pelas intensas mudanças
tecnológicas: as revoluções industriais.

DESENVOLVIMENTO
TECNOLÓGICO E
INTERNACIONALIZAÇÃ
O

Início de uma época de mudanças nos


modos de produção, na vida cotidiana e até
na paisagem: ferrovias, eletricidade,
telefones, automóveis e etc, começaram a
fazer parte do novo mundo
PRIMEIRA REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL
 Ocorreu entre meados dos séculos XVIII e XIX.
 Característica: substituição do trabalho artesanal (manufatura) pela maquinofatura.
 A Inglaterra foi a pioneira na introdução de inovações na maneira de produzir (fazia uso
de energia hidráulica), por isso industrializou-se antes de todas as outras potências. Seu
vasto império colonial lhe fornecia diversas matérias-primas essenciais.
 O ciclo do carvão – o vapor alimentava tanto as máquinas nas industrias quanto as
locomotivas (período de mecanização). Com isso, a produção passou a se concentrar nas
fábricas.
MUDANÇAS OCORRIDAS NO
CICLO DO CARVÃO

ECONÔMICAS SOCIAIS POLÍTICAS ESPACIAIS


SEGUNDA  A partir de 1850, as novas mudanças no
modo de produzir se estenderam aos EUA,
REVOLUÇÃO Japão, França e Alemanha.
 As máquinas foram aperfeiçoadas e a
INDUSTRIAL produção tornou-se maior e mais veloz.
TAYLORISMO E FORDISMO
 Henry Ford introduziu nas fábricas a produção em série e a
divisão da produção, com o objetivo de produzir mais em menos
tempo. Houve a separação do trabalho intelectual do manual.
Essas inovações baseadas nas propostas do engenheiro mecânico
Frederick Taylor. Regime
fordista/taylorista
 Para dominar os mercados, as empresas agregaram tecnologia ao
processo produtivo e criaram ofertas superiores à demanda, tendo
início , assim, o consumo em massa,
CONSOLIDAÇÃO DO
CAPITALISMO MUNDIAL
 Nascimento da proposta do livre-comércio;

 Estabelecimento do padrão ouro;

 O predomínio europeu;

 Imperialismo;

 Oligopólios;

 Crise no capitalismo: recessão econômica (A Grande Depressão);

 Liberalismo;

 Bretton Woods e a retomada da internacionalização econômica;

 Ciclo da eletrônica;
A TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
E A GLOBALIZAÇÃO CONTEMPORÂNEA
 Início na década de 70;

 “Dispensa” do regime fordista;

 A robótica permitiu uma revolução nos processos produtivos e gerenciais e tornaram a produção mais
flexível.

 No fim do século XX, as novas tecnologias de informação permitiram a formação de redes digitais e a
programação por computador da produção e dos serviços, provocando transformações no sistema
capitalista e na organização do trabalho. Os custos e os preços caíram, tornando acessíveis produtos até
então difíceis de ser adquiridos por uma parcela da população.
 Modelo pós-fordista ou Toyotista: custos
barateados sem comprometer a qualidade
e agilidade significativa no processo
produtivo. - Modificações como a
FLEXIBILIZAÇÃ substituição de funcionários menos
O DA adaptados a mudança, a utilização de
braços mecânicos;
PRODUÇÃO E
DOS PROCESSOS  Regime terceirizado;
PRODUTIVOS
 “Just in time”;

 Características que distinguem o modelo


toyotista do fordista.(pág. 412-413).
A FLEXIBILIDADE
DEZ MAIORES TRANSNACIONAIS
DO MUNDO, SEGUNDO A REVISTA
GEOGRÁFICA DAS
FORTUNE - 2014 EMPRESAS
 Final do século XIX, formação de multinacionais
1- Wal-Mart
(conhecidas recentemente como transnacionais);
2- Royal Dutch Shell

3- Sinopec   Apesar de as empresas internacionais atuarem em


vários países, elas possuem uma única sede, as demais
4- China National Petroleum são filiais.
5- Exxon Mobil
 Essas corporações se espalharam pelo mundo e
6- British Petroleum
assumiram a hegemonia na economia mundial.
7- State Grid

8- Volkswagen  Controlam todos os setores da economia: agricultura,


indústria, comércio e serviços.
9- Toyota Motor

10 - Glencore  O poder das transnacionais, pág. 416.


AS ECONOMIAS
EMERGENTES
 Os países de economias emergentes dispõem de certa infraestrutura industrial, recebem
grandes investimentos estrangeiros e apresentam acelerado crescimento econômico. Além
disso, contam com disponibilidade de mão de obra barata e sua produção volta-se para o
mercado externo.

 Destacam-se Brasil, Rússia, Índia, China e África do sul – os chamados Brics.

 A China tornou-se a “fábrica” da economia global.


O BRASIL NO
CENÁRIO DA
ECONOMIA
GLOBAL
Crescimento econômico
Da economia
A indústria brasileira no De país agroexportador e desenvolvimento global às
cenário mundial; a país industrializado. desigual: a globalização desigualdades
da economia. sociais.
SETORES DA ECONOMIA
Setor primário – onde
atividades primárias como a
pecuária e agricultura são
realizadas.

Setor secundário – os produtos extraídos das


atividades primárias serão transformados no setor
secundário, passarão pela indústria. Após a produção
do produto, ele vai para o comércio.

Setor terciário – o
consumo desses Os setores das economia contribuem para
produtos se dá pelo
setor terciário. o desenvolvimento do país.
 PIB: R$ 6,8 trilhões (2018)

 Segundo o FMI:

 Nona maior economia mundial.


 Segunda da América.

 Membro de organizações econômicas:


 Mercosul

ECONOMIA  UNASUL

DO BRASIL  G8+5
 G20
 Grupo de Cairns

 Principais parceiros comerciais:


 Mercosul e América Latina
 União Européia
 Ásia
 EUA e outros
FÓRUM ECONÔMICO
MUNDIAL – BRASIL
(1990)
 Medidas para liberar e abrir a economia;

 Estabilizar a economia;

 Impulsionar o país para


competitividade;

 Desenvolvimento do setor privado.


FÓRUM ECONÔMICO
MUNDIAL – BRASIL
(2009)
 País que mais aumentou
competitividade;

 Superou a Rússia pela primeira vez;

 Avanço da inclusão social.


FÓRUM ECONÔMICO
MUNDIAL – BRASIL
(2019)
 Intenção de abrir a economia;

 Atrair investidores;

 Fazer reformas;

 Diminuir o peso do estado;

 Reduzir a pobreza e a miséria no BR por meio da


educação;

 Combater a corrupção
ECONOMIA DO BRASIL ATUAL
 Base econômica atual está diversificada (agricultura, turismo, agropecuária, indústria,
etc);

 Economia baseada na produção agropecuária:


- Principais exportadores de soja e suco de laranja do mundo;
- Criação de animais – carne bovina e de frango (carne, leite, ovos);
- Exportador de petróleo;
- Destaque na produção de minério de ferro.
PROPOSTA PARA DEBATE
O papel do agronegócio, da indústria e da exportação na
economia brasileira em relação ao cenário global.

A economia global e as desigualdades sociais.

A pandemia e o novo cenário econômico. O que esperar?


MANCHETES
“Guedes reconhece que economia podia estar em 'estado meio anêmico' antes da
pandemia. Ministro reafirma que recuperação será em V, mas diz que 'pode ser um V
meio torto? Pode. Pode ser um V da Nike? Pode’.” – Folha de São Paulo.

Desemprego, pobreza, falências e crédito são desafios do pós-pandemia, avalia


equipe econômica. Para a equipe econômica do governo federal, o pós-pandemia traz
quatro grandes desafios para o Brasil: aumento da pobreza, desemprego, o grande
número de falências e a necessidade de mais eficiência na oferta de crédito. – G1.
Temos visto que, apesar da emergência sanitária, as medidas de isolamento e quarentena da população
esbarram em limites, tanto econômicos quanto de apoio da própria população, em algumas situações. Se já é
difícil para um país rico como a França manter o confinamento, é ainda mais duro para os países em
desenvolvimento, como o Brasil. A questão é: poder fazer quarentena é um luxo de quem pode pagá-la? –
Portal UOL.

Em todas as crises econômicas, que foram muitas em nossa história recente, os caminhos de solução
apontavam invariavelmente para retração das políticas de saúde. Em todos os casos, as autoridades da área
econômica ditavam medidas para a saída que resultavam invariavelmente em cortes orçamentários, afetando
ou impedindo o desenvolvimento de ações, às vezes essenciais. A economia encontra-se hoje paralisada, não
por falhas internas, mas pela propagação de um vírus pandêmico que mata por complicações respiratórias. –
Fiocruz.

Você também pode gostar