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Resistc3aancia Dos Materiais Cap 02 PDF
Resistc3aancia Dos Materiais Cap 02 PDF
Capítulo 2:
Tensão e Deformação – Carregamento Axial
Professor Fernando Porto
• ou
Diagrama Tensão-Deformação
• É o diagrama que
representa as relações
entre tensões e
deformações específicas de
um material.
• Para obtenção do diagrama
tensão-deformação de
certo material,
normalmente se faz um
ensaio de tração de uma
amostra do material.
Máquina para ensaios de tensão
• Neste ensaio, utiliza-se um
corpo-de-prova típico do
material.
• Corpo-de-prova é uma amostra
de um dado material, retirado
de um lote, com o objetivo de
se obter as propriedades
mecânicas do material.
Corpo de
prova típico
• O corpo-de-prova é levado
à máquina de teste, que é
usada para aplicar a carga
centrada P.
• A medida que aumenta o
valor de P, a distância L
entre as duas marcas
também aumenta
• É obtido dividindo-se as ordenadas (forças)
pela área da seção transversal inicial
(estimando assim as tensões) e as abscissas
(deformações) pelo comprimento inicial L,
estimando assim a deformação específica.
=
=
400
Ruptura
280
[MPa]
e
escoamento R
140
recuperação estricção =
• O diagrama tensão-deformação varia muito
de material para material, e, para um mesmo
material, podem ocorrer resultados diferentes
em vários ensaios, dependendo da
temperatura do corpo de prova ou da
velocidade de crescimento da carga.
• Entre os diagramas tensão-deformação de
vários grupos de materiais é possível, no
entanto, distinguir algumas características
comuns. Elas nos levam a dividir os materiais
em duas importantes categorias:
• Materiais dúcteis;
• Materiais frágeis.
Material dúctil Material frágil
Corpos de prova de
material dúctil:
a) Estricção
b) Ruptura
• Podemos perceber que a
ruptura se dá segundo uma
superfície em forma de cone,
que forma um ângulo
aproximado de 45o com a
superfície inicial do corpo-de-
prova.
• Isto mostra que a ruptura dos
materiais dúcteis ocorre sob
tensão de cisalhamento;
Onde:
e Tensão de escoamento (início do escoamento);
U Tensão última (máxima carga aplicada);
R Tensão de ruptura (ponto de ruptura).
400
Ruptura Ruptura
[MPa]
280
e
140
[MPa]
280
e
140
[MPa]
280
e
140
Alumínio
• Para esses materiais se define um valor convencional
para a tensão e.
• A tensão convencional de escoamento é obtida
tomando-se no eixo das abscissas a deformação
específica = 0,2% (ou = 0,002), e por esse ponto
traçando-se uma reta paralela ao trecho linear inicial
do diagrama.
• A tensão se corresponde ao ponto de interseção dessa
reta com o diagrama, é conhecida como tensão
convencional a 0,2%.
• A tensão se corresponde ao ponto de interseção dessa
reta com o diagrama, é conhecida como tensão
convencional a 0,2%.
Ruptura
e
convencional
Materiais Frágeis
• Materiais frágeis, como ferro fundido, vidro e
pedra, são caracterizados por uma ruptura
que ocorre sem nenhuma mudança sensível
no modo de deformação do material.
• Então, para os materiais frágeis, não diferença
entre tensão última e tensão de ruptura. Além
disto, a deformação até a ruptura é muito
menor nos materiais frágeis do que nos
materiais dúcteis.
Materiais Frágeis
• Não ocorre estricção nos materiais frágeis e a
ruptura se dá em uma superfície
perpendicular ao carregamento.
• Pode-se concluir daí que a ruptura dos
materiais frágeis se deve principalmente a
tensões normais.
Ruptura
U = R
2ª Parte
Capítulo 2:
Tensão e Deformação – Carregamento Axial
Professor Fernando Porto
= .
• Esta relação é conhecida como Lei de Hooke, e
se deve ao matemático inglês Robert Hooke.
= .
Robert Hooke
(Julho 1635 – Março 1703)
• O coeficiente E é chamado
módulo de elasticidade
longitudinal do material, ou
módulo de Young (Thomas
Young, cientista inglês).
• Expresso em [Pa] ou seus
múltiplos no sistema
internacional, o coeficiente
E é uma propriedade
mecânica do material
Leonhard Euler
(Abril 1707 –
Setembro 1783)
• Ao maior valor para o qual a Lei de Hooke é
válida se denomina limite de
proporcionalidade do material.
• Quando o material é dúctil e possui o início do
escoamento em um ponto bem definido do
diagrama, o limite de proporcionalidade
coincide com o ponto de escoamento.
• Para outros materiais, o limite de
proporcionalidade não se define tão
facilmente.
= .
Diagramas tensão-deformação
para ferro puro e para
diversos tipos de aço.
: deformação
Deformações de barras sujeitas
a esforços axiais
• Se a tensão atuante =
P/A não exceder o limite
de proporcionalidade do
material, podemos aplicar
a Lei de Hooke :
= .
: deformação
= .
: deformação
• Atenção: A equação acima só pode ser usada
se a barra for homogênea (módulo de
elasticidade E constante), tiver seção
transversal uniforme de área constante A e
carga for aplicada nas extremidades da barra.
• Se as forças forem aplicadas em outros pontos, ou se
a barra consiste de várias partes com diferentes
seções transversais ou compostas de diferentes
materiais, devemos dividi-la em segmentos que,
individualmente satisfaçam a as condições de
aplicação da fórmula do slide anterior. Assim, a
deformação total da barra pode ser escrita como:
Exemplo: A barra rígida BDE é suspensa por duas hastes
AB e CD. A haste AB é de alumínio (E = 70GPa) com área de
seção transversal de 500mm2; a haste CD é de aço (E = 200GPa)
com área de seção transversal de 600mm2. Para a força de 30kN
determine: a) deslocamento do ponto B; b) deslocamento de D;
c) deslocamento do ponto E.
Corpo livre Barra BDE
tensão
compressão
Deslocamento de B
Capítulo 2:
Tensão e Deformação – Carregamento Axial
Professor Fernando Porto
Resposta: 0,453 mm 9 9ª ed
Exercício 4
• A barra rígida é suportada pela barra CB, conectada por
pinos, a qual tem uma seção transversal de 14mm2 e é feita
de alumínio 6061-T6. Determine a deflexão vertical da barra
em D quando a carga é aplicada.
Resposta: 17,3 mm 13 9ª ed
Exercício 5
130kN
• Para a treliça de aço (ASTM
A36) e carregamentos 2,5 m
mostrados, determinar as 130kN
deformações nos membros BD
e DE, sabendo-se que suas 2,5 m
seções transversais tem 130kN
1300mm2 e 1950mm2.
2,5 m
4,5 m
2-23 3ª ed
Exercício 6
• Os membros AB e BE da treliça mostrada são de barras de
aço ASTM A36, com diâmetro de 25mm. Para o carregamento
mostrado, determinar o alongamento da barra AB e da barra
BE.
P = 5kN
0,38 m
0,44 m
0,20 m
Exercício 9 400 mm
250 mm
40 mm
300 mm
Peso Específico
Kg/m3
Tração MPa
Compressão
MPa
Cisalhamento
Tensões de Ruptura
MPa
Tração MPa
Cisalhamento
Tensões de
escoamento
MPa
Longitudinal
GPa
Transversal
Módulos e
elasticidade
GPa
Coef Dilatação
Térmica 10-6/ oC
Alongamento %
Material
Peso Específico
Kg/m3
Tração MPa
Compressão
MPa
Cisalhamento
Tensões de Ruptura
MPa
Tração MPa
Cisalhamento
Tensões de
escoamento
MPa
Longitudinal
GPa
Transversal
Módulos e
elasticidade
GPa
Coef Dilatação
Térmica 10-6/ oC
Alongamento %
Tensões de Ruptura Tensões de Módulos e
Peso Específico
Alongamento %
escoamento elasticidade
Térmica 10-6/ oC
Coef Dilatação
Cisalhamento
Cisalhamento
Longitudinal
Compressão
Tração MPa
Kg/m3
Tração MPa
Transversal
MPa
MPa
MPa
GPa
GPa
Material
Aço
Estrutural ASTM A36
Baixa liga alta resistência
ASTM A709 Grade 345
ASTM A913 Grade 450
ASTM A992 Grade 345
Temperado e revenido
ASTM A709 Grade 690
Aço inoxidável AISI 302
Laminado a frio
Recozido
Aço para concreto armado
Média resistência
Alta resistência
Ferro Fundido
Ferro Fundido Cinzento
4,5% C, ASTM A-48
Ferro Fundido Maleável
2% C, 1% Si,
ASTM A-47
Tensões de Ruptura Tensões de Módulos e
Peso Específico
Alongamento %
escoamento elasticidade
Térmica 10-6/ oC
Coef Dilatação
Cisalhamento
Cisalhamento
Longitudinal
Compressão
Kg/m3
Tração MPa
Tração MPa
Transversal
MPa
MPa
MPa
GPa
GPa
Material
Alumínio
Ligas de Magnésio
Titânio
Cuproníquel
Peso Específico
Alongamento %
escoamento elasticidade
Térmica 10-6/ oC
Coef Dilatação
Cisalhamento
Cisalhamento
Longitudinal
Compressão
Kg/m3
Tração MPa
Tração MPa
Transversal
MPa
MPa
MPa
GPa
GPa
Material
Ligas de Cobre
Cobre livre de Oxigênio
Bronze Estanho
Bronze Manganês
Bronze Alumínio
Peso Específico
Alongamento %
escoamento elasticidade
Térmica 10-6/ oC
Coef Dilatação
Cisalhamento
Cisalhamento
Longitudinal
Compressão
Kg/m3
Tração MPa
Tração MPa
Transversal
MPa
MPa
MPa
GPa
GPa
Material
Concreto
Resistência média
Resistência alta
Plásticos
Nylon tipo 6/6
(material para moldagem)
Policarbonato
Poliéster PBT
(termoplástico)
Elastômero Poliéster
Poliestireno
Vinil, rígido PVC
Borracha
Granito (valores médios)
Mármore (valores médios)
Arenito
Vidro 95% Si
Obs.:
Q&T - Quenched and Tempered (Temperado e Revenido)
Q&T* - Water-Quenched and Tempered (Temperado e Revenido em Água)
Normalized – Normalizado
Annealed - Recozido
Tensão de Tensão de
Temperatura Alongamento Redução em Dureza
No AISI Tratamento oC (oF)
Ruptura Escoamento
MPa (kpsi) MPa (kpsi) em 2pol, % área, % Brinell
Obs.:
Q&T - Quenched and Tempered (Temperado e Revenido)
Q&T* - Water-Quenched and Tempered (Temperado e Revenido em Água)
Normalized – Normalizado
Annealed - Recozido
Tensão de Tensão de
Temperatura Alongamento Redução em Dureza
No AISI Tratamento oC (oF)
Ruptura Escoamento
MPa (kpsi) MPa (kpsi) em 2pol, % área, % Brinell
Obs.:
Q&T - Quenched and Tempered (Temperado e Revenido) Normalized – Normalizado
Q&T* - Water-Quenched and Tempered (Temperado e Revenido em Água) Annealed - Recozido
4ª Parte
Capítulo 2:
Tensão e Deformação – Carregamento Axial
Professor Fernando Porto
Tubo
Barra
Placa rígida
• Chamando de P1 e P2 as forças axiais na barra e no
tubo, desenhamos os diagramas de corpo livre dos 3
elementos:
P1 + P2 = P
P1 + P2 = P
= . e lembrando que P1 + P2 = P :
. + =
. + = . +1 =
+
. =
Similarmente:
= . = .
+ +
Deformação total:
= . +
1,95 × 10
= .
Adotar E = 200GPa
A haste CE (10mm ) e a DF
Exemplo 4 (15mm ) são ligadas à barra
rígida ABCD como mostrado.
Sabendo-se que as hastes são
450mm
300mm 200mm de alumínio (E = 70GPa),
determinar:
(a) a força atuante em cada
haste;
32KN 600 mm (b) deslocamento do ponto A.
750 mm
• Condições de Equilíbrio
Considerando como corpo livre a barra ABCD, notamos
que as reações em B e nas hastes são estaticamente
indeterminadas. No entanto, da estática podemos
escrever:
300mm 200mm
450mm
32KN
+MB = 0
=
0,3 0,5
= = 0,6.
0,45 0,5
= 0,9.
• Deformações
Empregando a equação de deformação:
. .
= =
. .
= 0,6.
. .
= 0,6.
. .
• Deformações
= 0,6
. . = 0,75m
= 0,6. E = 70 × 10 Pa
. .
= 0,010
4
= 0,333. Eq.2 = 0,015
4
= 7,8540 × 10
= 1,7671 × 10
Aplicando a equação 1 na equação 2:
= 0,333. Eq.2
= 24
. 24000 . 0,75
= =
. 1,7671 × 10 . 70 × 10
= 1,455
= 0,9.
= 1,310
5ª Parte
Capítulo 2:
Tensão e Deformação – Carregamento Axial
Professor Fernando Porto