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BIOFÍSICA – 13/04/2018

Osmose é o nome dado ao movimento da água entre meios com concentrações diferentes de
solutos separados por uma membrana semipermeável. É um processo físico-químico em que a
água se movimenta sempre de um meio hipotônico (menos concentrado em soluto) para um
meio hipertônico (mais concentrado em soluto) com o objetivo de se atingir a mesma
concentração em ambos os meios, tornando-os isotônicos, através de uma membrana
semipermeável, ou seja, uma membrana cujos poros permitem a passagem de moléculas de
água, mas impedem a passagem de outras moléculas.

A Osmose Reversa (R.O) é um processo de separação que usa pressão para forçar uma solução
através de uma membrana que retém o soluto em um lado e permite que o solvente passe para
o outro lado. Mais formalmente, é o processo de forçar a solução de uma região de alta
concentração de soluto através de uma membrana para uma região de baixa concentração de
soluto, através da aplicação de uma pressão externa que exceda a pressão osmótica. A
tendência que o solvente tem de fluir através da membrana semipermeável pode ser expressa
como “Pressão Osmótica”. De modo análogo, esse fluxo pode ocorrer causado por uma pressão
diferencial. Na Osmose Reversa, em um arranjo similar ao da Osmose, a pressão é aplicada o
compartimento com alta concentração. Nesse caso, há duas forças influenciando o movimento
da água: a pressão causada pela diferença na concentração de soluto entre os dois
compartimentos (a pressão osmótica) e a pressão aplicada externamente.

CURIOSIDADES: Nas Máquinas de Hemodiálise o processo utilizado é o de R.O, que filtra o


sangue, retirando substâncias tóxicas como uréia e água, que deveriam ser eliminadas na urina,
retornando o sangue “limpo” ao corpo, fazendo a mesma função dos rins. O sangue passa pelas
membranas de R.O sob pressão de uma bomba, realizando, assim, a filtragem.

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Dentro dos nossos pulmões, nos alvéolos pulmonares, as células alveolares tipo II produzem
uma mistura de vital importância para o ser humano, conhecida como surfactante pulmonar.
Composta em sua maioria por fosfolipídios, essa mistura nos auxilia durante o processo de
respiração, facilitando a absorção de oxigênio pelos pulmões por meio da diminuição da tensão
superficial das paredes dos alvéolos e evitando seu colapso durante o ciclo respiratório.

A função do surfactante pulmonar: A palavra “surfactante” é a contração da expressão em


inglês “surface active agents” (agentes de atividade superficial) e é empregada devido à
capacidade das moléculas de fosfolipídios de reduzir a tensão interfacial das paredes dos
alvéolos para valores baixos, facilitando a difusão de O2. Durante o ciclo respiratório, os
fosfolipídios adsorvem nas paredes internas dos alvéolos, formando uma monocamada. Além
de evitar que as paredes dos alvéolos grudem, o que impediria a passagem de ar, a monocamada
aumenta a permeabilidade das moléculas de O2 . Entretanto, para que esse processo seja
eficiente, a tensão superficial deve ser reduzida para um valor muito baixo (<10 mN/m), o que
somente é possível pela compressão da monocamada na superfície (Shaw, 1975). Quando isso
ocorre, as cadeias hidrocarbônicas dos surfactantes ficam mais próximas, aumentando o
empacotamento da monocamada. Isto representa um aumento do número de defeitos na
membrana elástica por unidade de área, tornando-a ainda mais fraca, reduzindo assim a tensão
superficial para valores muito baixos.

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