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Atelectasia:

1 – Definição
O termo atelectasia, ou colapso, indica redução do volume de um pulmão, lobo ou
segmento pulmonar, por qualquer causa. Nos casos de etiologia aguda, o colapso é
geralmente muito pronunciado; nos crônicos, como há o preenchimento brônquico por
secreções e produtos inflamatórios distalmente ao local do colapso, geralmente o
colapso é menor e muitas vezes pode se assemelhar a uma pneumonia de evolução
prolongada.

2 – Etiologia
Há varias causas de atelectasia:
• processo obstrutivo endobrônquico, por neoplasias benignas e malignas primárias ou
secundárias), corpos estranhos ou secreção;
• estenose decorrente de processos infecciosos, inflamatórios ou radioterapia;
• fratura brônquica por trauma (geralmente atelectasia pronunciada, pois o processo é
agudo);
• compressão extrínseca, por linfonodos, neoplasias pulmonares ou mediastinais,
aneurismas da aorta ou cardiomegalia (geralmente atelectasia do lobo inferior
esquerdo).

3 – Sinais radiológicos
Existem sinais diretos e indiretos de atelectasia na radiografia simples de tórax.

Diretos:
• Deslocamento das fissuras: quanto maior o colapso, mais intenso o deslocamento.
Este é um dos principais sinais radiológicos para diagnóstico de atelectasia.
• Perda da aeração pulmonar, com redução da transparência do segmento ou do lobo
colabado.
• Aproximação dos vasos pulmonares e dos brônquios no local da atelectasia.

Indiretos:
• Elevação da cúpula diafragmática ipsilateral: este sinal ocorre principalmente na
atelectasia dos lobos inferiores.
• Desvio das estruturas mediastinais para o lado da atelectasia.
• Aproximação das costelas do lado da atelectasia.
• Hiperinsuflação compensatória de outros lobos pulmonares.
• Deslocamento hilar para a região da atelectasia.

Ventilação mecânica: aumentar PEEP para promover expansão de unidades


alveolares colabadas.

Tradicionalmente indicava-se, no tratamento ventilatório dos pacientes com


SDRA, o uso do respirador com a seguinte calibração:
. VC 10al5mL/Kg;

• VI 40 a 60 L/min (onda quadrada);

. FR 10a24 relação TI/TE 1:2;

• FIO2 a necessária para uma Pa<>> entre 60 e 90 mmHg.

Nesta forma de ventilar o paciente, notava-se ser a intenção manter uma boa
oxigenação associada a uma boa ventilação alveolar (PaCO2<40mmHg), não
existindo uma preocupação epecífica com os níveis de pressão atingidos nas
vias aéreas.

Recomendação: a pré-oxigenação com FiO2 ao redor de 100% visando


aumentar a reserva e diminuir o risco de hipoxemia.

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