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Considerações Iniciais:
No RN tem mais Liq. extra-celular (LEC) do que Líq. intra-celular (LIC). Nos adultos
isto se inverte;
Temperatura do RN = 36,6 °C, e cai logo após o nascimento, chegando à 32,7 °C após 2
h do nascimento;
Mamas: Se desenvolvem a partir da 7ª semana fetal (antes dos pêlos!) através de um
espessamento da ectoderme da clavícula até a prega inguinal (linha ou crista mamária).
São firmes e planas. Podem eliminar um pouco de líq. cinza opalescente = colostro
(resultado da estimulação hormonal materna para o filho, através da placenta). Com o
tempo vão saindo da linha mediana em direção às laterais;
Esqueleto: Pode ter 2 origens: membranácea (ex: calota craniana) ou cartilaginosa (ex:
ossos longos = ossificação endocondral). O processo de ossificação começa com os
centros de ossificação (6ª semana), que existem em nº ± de 800, e após o nascimento
restam apenas pouco mais da metade. Eles aparecem em 1º lugar na linha mediana da
clavícula. Os ossos são formados por 2 ou + centros. Existem centros primários (que
aparecem antes do nascimento, e que formam a maior parte de um osso) e os
secundários, que aparecem após o nascimento, e aparecem primeiro em meninas. Os
ossos do RN são muito esponjosos (porosos), mais do que nos adultos (nestes, ocorre
aumento da compactação por diminuição dos centros hematopoéticos, que se resumem
em apenas alguns ossos esponjosos). O nº de ossos num RN = 270 (ossos separados),
onde 172 = esqueleto axial, e 98 = esqueleto apendicular;
SISTEMA OSTEO-ARTICULAR
-Ossos frontais: Possuem a sutura frontal mediana (metópica), que geralmente não
persiste em adultos. Sem seios frontais ao nascimento (por isso não se deve fazer RX
para sinusite em RN) apenas após o 2º ano eles começam a invadir os ossos.
-Osso maxilar: Cada maxilar no RN é baixo e largo. A porção alveolar tem 5 grandes
alvéolos, com 5 grandes dentes decíduos. Crescimento posterior ocorre mais no sentido
vertical, devido ao desenvolvimento dos seios maxilares, principalmente.
-Mandíbula: 2 metades ósseas unidas por tec. fibroso na sutura mandibular. Após 1º ou
2º ano de vida, eles se unem. Corpo grande, com alvéolos (dentes decíduos e alguns já
permanentes). Ângulos curtos.
SISTEMA MUSCULAR
Musculatura
Músculos Branquioméricos:
SISTEMA LINFÁTICO
Linfonodos
Tonsilas
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Coanas
Septo Nasal
Tuba auditiva
Laringe
Já bem desenvolvida
Traquéia
Como nos adultos, é mais larga em cima do que em baixo. Os anéis traqueais já
estão prontos ao nascimento (cerca de 16 a 20), e os ligamentos traqueais também
existem, porém até a infância crescem na mesma proporção que os anéis traqueais,
vindo a ter seu crescimento maior (em largura, levando a um crescimento em
comprimento) apenas na puberdade (por isso é difícil de se realizar traqueotomia em
RN). Por isso, no RN, a traquéia é mais estreita do que nos adultos.
Brônquios e alvéolos
Como nos adultos, o Brônquio Principal Direito é mais curto, grosso e vertical
do que o esquerdo. As ramificações básicas dos brônquios e a ramificação segmentar
dos vasos pulmonares já estão estabelecidas em fetos de 5-6 semanas(1 mês e 1-2
semanas). O nº de alvéolos e bronquíolos cresce até a puberdade.
No 6º/7º mês é formada a subst. surfactante, que diminui a tensão superficial alveolar e
protege contra a ação direta e tóxica do oxigênio. Em RN prematuros, pode ocorrer
morte devido à não produção desta substância, e isto é chamado de doença da
membrana hialina. Por este motivo a freqüência respiratória é muito mais alta do que
em adultos ( 40/44 rpm contra 12 rpm em média).
Pulmões e Pleura
No RN, o peso do pulmão é 20x menor do que em adultos. Os pulmões são mais
curtos e largos. A pleura parietal em RN possui o recesso costomediastinal muito
afastado ( o que também faz com que a área nua do esterno seja maior do que em
adultos).
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Coração
Até o 3º mês, a espessura das paredes é igual (5 mm), porém após isto, o VE é se
torna mais espesso.
Forame Oval : Abertura que une a parte posterior do AD (que recebe sangue
oxigenado da placenta pela V. Cava Inferior *, e sangue não oxigenado vindo da V.
Cava Superior) com AE, no decorrer da vida fetal, e por um período variável após
nascimento.
* OBS: a veia cava inferior, na realidade, traz sangue também não oxigenado, porém
este sangue se torna oxigenado devido à junção com a V. umbilical (pelo ducto venoso,
em boa parte), que traz sangue arterial, e, assim, quando as 2 se juntam, formando a V.
cava inferior, dizemos ser sangue oxigenado, mas na realidade, é misturado.
Ducto Arterial
É um curto vaso arqueado que liga o tronco pulmonar com a parte superior
descendente da aorta torácica. Origina-se como uma continuação direta do tronco
pulmonar no local onde este se divide nas artérias pulmonares direita e esquerda.
Artérias Umbilicais
No RN, são continuações diretas das aa. ilíacas internas (elas levam sangue misto).
Ao passarem ao longo da parede abdominal anterior, elas elevam o peritônio nas
chamadas pregas umbilicais mediais. Imediatamente após o funículo umbilical ser
seccionado, as artérias sofrem uma contração de modo que o fluxo sangüíneo é
interrompido mesmo que o funículo não seja ligado., isto graças à bradicinina
(constrictor) , que forma-se no sangue do funículo, quando a temperatura deste baixa,
logo após o nascimento. A obliteração segue ao longo do funículo, de modo que no 2-3º
mês pós nascimento, ocorre o fechamento total, formando os chamados ligamentos
umbilicais mediais.
Veia Umbilical
Leva sangue oxigenado. Quando passa através do umbigo, ela estende-se até a
porta hepática, onde se junta com o ramo esquerdo da veia porta, (antes disso, ela emite
vários e calibrosos ramos intra-hepáticos que se distribuem diretamente no parênquima
hepático; de 40 a 60% do sangue passa por este caminho, o restante através do ducto
venoso) formando um seio. Ao longo da maior parte de seu curso, ela está inserida
dentro do ligamento falciforme do fígado. Ao nascimento, e conseqüente queda de
temperatura corporal do RN, a bradicinina age fechando esta veia (formando o chamado
ligamento redondo do fígado).
Ducto Venoso
SISTEMA DIGESTÓRIO
Estômago
Quando o RN chora, ele deglute grande quantidade de ar, que vai para o estômago,
e, assim, ele pode aumentar de 4 a 5x o seu tamanho. Todas as subdivisões estão
presentes no RN. Ao nascimento, a capacidade dele é de 75 ml, e, nos adultos, é de ± 1
L. A mucosa e a submucosa são relativamente mais espessas que nos adultos. Onda
peristáltica progressiva está ausente em RN (apenas contrações não peristálticas ).
obs: pode ocorrer o mecônio (sofrimento fetal) = o feto não elimina no liquido
amniótico .
Apêndice Vermiforme
Intestino Grosso
É mais liso que em adultos. Possui tênias, mas não possui haustros (apenas após 6
meses eles aparecem ).
Fígado
Vesícula Biliar
SISTEMA UROGENITAL
Rins
Ureteres
Próstata
No RN é muito grande
RESQUÍCIOS DA CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA
logo após parto - queda da temperatura (até 32, 7°C após 2 horas), o que faz com que a
bradicinina haja interrompendo o fluxo sangüíneo das aa. umbilicais e também da veia
umbilical; 1ª respiração (=expansão pulmonar, aumento de fluxo sanguíneo para os
mesmos, fechamento funcional do forame oval e início do fechamento do ducto arterial
- junto com bradicinina).
3º mês pós parto - fechamento das fontanelas (início); espessura das paredes
ventriculares cardíacas ainda é igual (até este mês, quando o VE passa a ficar bem
maior); ainda ocorre (até este mês), preponderância funcional do VD sobre o VE;
oclusão total das aa. umbilicais (formação dos ligamentos umbilicais mediais); fim da
oclusão do ducto venoso.
1º ano pós parto - junção das 3 partes do osso esfenóide; Primeiros molares inferiores
(mastigação)
2º ano pós parto - fechamento total das fontanelas; início do aparecimento dos seios
frontais; prazo máximo para junção das 2 partes da mandíbula
7º ano pós parto- data máxima para junção das 4 partes do osso occipital
O cuidar neonatal faz necessário uma abordagem multiprofissional, onde todos atuarão
de maneira conjunta com o fim de possibilitar uma recuperação adequada e com o
mínimo de sequelas possíveis. Assim, uma das profissões atuantes nesse público é a
Fisioterapia e dentre as muitas atenções ofertadas ao recém-nascido com alguma
intercorrência perinatal, umas das assistências lhe ofertada é por meio do respirador
mecânico, técnica invasiva que permite oferta intermitente de oxigênio com o fim de
suprir dentre outros tecidos, o cérebro e assim impedir uma hipóxia nessa região e
prejuízos neuromotores no recém-nascido, sendo que a administração e desmame desse
aparelho ficam a cargo do Fisioterapeuta. Dessa forma, a avaliação da mecânica
respiratória é de auxílio aos pacientes que foram expostos por um longo tempo à
ventilação mecânica. Essa avaliação permite identificar a força de contração dos
músculos respiratórios, tais como diafragma e os acessórios (escalenos,
esternocleidomastóideos e paravertebrais), mecânica torácica e o drive respiratório.
Porém, muitos são os fatores naturais que influenciam o trabalho respiratório do recém-
nascido. Dentre eles estão: a forma horizontalizada dos arcos costais, onde estão fixados
os músculos respiratórios, pondo-os em desvantagem mecânica pela relação curva-
tensão; A diminuição da zona de aposição do diafragma também diminui a capacidade
de contração dessa musculatura, provocando distorções durante a respiração por
aumento da instabilidade do pulmão; a pouca mineralização dos arcos costais também é
compromete o trabalho respiratório por diminuir a estabilidade pulmonar diante de
diferentes forças de tensão. Esses fatores ficam evidentes na respiração assíncrona
desempenhada pelos recém-nascidos.